Seleção brasileira de conjunto garante pratas históricas e celebra avanço da modalidade com apoio federal em estrutura e investimentos.
O Brasil escreveu um capítulo inédito em sua história no Mundial de Ginástica Rítmica, realizado pela primeira vez no país. No Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, a seleção de conjunto, conhecida como Leoas, conquistou duas medalhas de prata — uma no conjunto geral e outra na série mista (três bolas e dois arcos). O resultado, alcançado nas finais disputadas em 23 e 24 de agosto, representa o melhor desempenho brasileiro nas 41 edições da competição e emocionou o público presente.
O quinteto formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha recebeu 28.550 pontos em sua apresentação embalada por “Evidências”, ficando atrás apenas da Ucrânia por 0.1 ponto. No conjunto geral, o time já havia garantido a primeira medalha da história para o país, atrás apenas do Japão. “Acho que foi a melhor série das nossas vidas. Treinamos muitas vezes e conseguimos voltar para o foco muito rapidamente. Tínhamos em mente que queríamos finalizar este Mundial em casa da melhor maneira possível, honrando todos os brasileiros. Foi perfeito!”, destacou a capitã Duda Arakaki.
As conquistas foram celebradas também pela técnica Camila Ferezin: “Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida, a mais espetacular. Elas estiveram perfeitas. Não tem coisa mais emocionante do que ver o Brasil dentro de quadra com essa performance e com essa torcida.” O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Esporte, André Fufuca, parabenizaram o feito, reforçando o impacto inspirador da equipe para jovens atletas.
A competição contou com R$ 2 milhões em investimentos do Ministério do Esporte, incluindo aquisição de tablados oficiais, estrutura de treinamento e campanha para consolidar o Brasil como sede do primeiro Mundial da modalidade na América do Sul. Desde 2012, os aportes federais na ginástica somam R$ 17,2 milhões, fortalecendo a base e garantindo condições para conquistas históricas. “O último mundial nos serviu de inspiração e motivação para seguir acreditando que essa hora ia chegar… É muito bom ver um sonho ser realizado depois de tantos anos de trabalho e várias gerações”, afirmou Camila Ferezin.