O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu, participaram, hoje (27) de uma rodada de visitas e conversações para fomento da bacia leiteira do Agreste Meridional. Os gestores públicos se reuniram com membros da Câmara Setorial para detalhar um plano de trabalho anual, assim como avaliar projetos candidatos a incentivos fiscais do Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco) ligados ao setor de laticínios.
Trata-se da primeira reunião ordinária promovida com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados após a publicação do Decreto nº 47.189, que vinculou o órgão consultivo à AD Diper. A Câmara reúne representantes de várias entidades públicas, privadas e de organizações não governamentais com o objetivo de estabelecer metas e promover estratégias de desenvolvimento voltadas à bacia leiteira.
A ida a Garanhuns compôs uma missão capitaneada pela SDEC, que consiste em conferir “in loco” a realidade dos empreendedores das principais cadeias produtivas do Estado em mais de 15 municípios do Agreste e do Sertão.
PRODUÇÃO PERNAMBUCANA – Pernambuco está entre os 10 maiores estados produtores de leite do Brasil, sendo o segundo no Nordeste, atrás apenas da Bahia. O setor movimenta, anualmente, R$ 1 bilhão só na bovinocultura de leite, sem considerar derivados e produtos lácteos industrializados. O segmento gera cerca 100 mil empregos diretos e indiretos na atividade de produção de leite. Desde 2014, a produção está em crescimento – hoje, há uma geração de 2 milhões de litros/dia.
Entretanto, os produtores têm sofrido com a falta de mercado e baixa dos preços de venda devido à mudança no comportamento das grandes indústrias de laticínios, as quais reduziram a aquisição do leite in natura de Pernambuco em detrimento do leite em pó produzido no Sudeste e no exterior.
Para combater essa prática e incentivar a produção local, o governador Paulo Câmara assinou o Decreto nº 47.220, que veda a participação de incentivo do Prodepe para empresas que importam leite em pó, soro de leite e mistura láctea. Há ainda o Decreto nº 47.182, que revoga a isenção do imposto na importação do exterior de leite em pó, soro de leite e mistura láctea.
As secas prolongadas que atingem a região provocam uma diminuição de alimentos para os animais, na maior parte do ano, o que atinge diretamente os produtores da bovinocultura leiteira e a subsistência das pequenas propriedades. Para não afetar a produção leiteira dos rebanhos, eles precisam incrementar a alimentação ofertada aos animais com milho, soja e ração. Com o intuito de diminuir esse custo, foi publicado o Decreto Nº 47.357, que confere a isenção do ICMS na compra de milho, por produtores de leite.
(Da Sdec)