Em nota oficial encaminhada à imprensa, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afirmou que a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado Federal seguiu as normas constitucionais e o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal(STF). Câmara, entretanto, ressaltou que a é medida extremamente traumática.
"Como afirmei anteriormente, não é algo singelo e confortável o fato de em um período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República", analisa o governador que afirmou que o momento agora é de união em prol d0 País. "Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer. Não é de hoje que prego esse caminho, por acreditar que o desarmamento dos espíritos é fundamental para superar a maior crise econômica desde o início da década de 1930, defendeu Câmara.
Recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar o desemprego - " a maior chaga da atual crise", segundo governador é essencial. "Estou à
disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes", coloca Câmara.
Ele ressaltou que o seu partido, o PSB, em decisão tomada pela maioria da Executiva
Nacional, decidiu não indicar e nem chancelar nomes para o novo Ministério. No entanto, salientou que o PSB ajudará em todas a propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil, tornadas públicas por ocasião das eleições presidenciais de 2014, primeiro por
Eduardo Campos e, posteriormente, por Marina Silva.