Projeto pioneiro inclui audiodescrição e Libras para tornar acervo mais inclusivo. Foto: Keila Castro
A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, localizada na Fundação Gilberto Freyre, em Apipucos, passou por sua primeira intervenção para garantir acessibilidade comunicacional a pessoas com deficiência visual e auditiva. O projeto, desenvolvido pela produtora Arkhé Cultural com incentivo do Funcultura-PE, implementou recursos como audiodescrição e vídeos em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para proporcionar uma experiência inclusiva no circuito de visitação.
Com os novos recursos disponíveis desde janeiro, visitantes com deficiência auditiva contam com um catálogo interativo contendo QR-codes que direcionam para vídeos interpretados em Libras. Já as pessoas com deficiência visual podem utilizar a audiodescrição para conhecer detalhes dos 13 cômodos da casa, incluindo o Memorial Gilberto Freyre. “O projeto é um primeiro passo para que possamos democratizar o acesso ao bem cultural e ao acervo da casa onde morou Gilberto Freyre”, destaca o produtor executivo Francisco Pereira.
A iniciativa também permite que visitantes conheçam em detalhes peças icônicas do acervo, como a rara edição de Os Lusíadas, presente do governo português, o Prêmio Jabuti recebido pelo escritor e a coleção de bengalas. O projeto foi desenvolvido por uma equipe especializada, incluindo o consultor em acessibilidade Artur Mendonça, o intérprete de Libras Marcos Ribeiro e a audiodescritora Marina Simões. A diretora da Fundação Gilberto Freyre, Jamille Barbosa, reforça a importância da ação: “O público que vamos alcançar a partir desta iniciativa também precisa ter acesso a atividades culturais.”
A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, com visitas iniciando a cada meia hora. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Agendamentos para grupos podem ser feitos pelo telefone (81) 3441-1733 ou 3348.