Arquivos Algomais Saúde - Página 100 de 159 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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73% dos brasileiros pensam frequentemente sobre sua saúde mental

O Brasil é o terceiro país que mais pensa sobre saúde mental, aponta a pesquisa Global Advisor “World Mental Health Day 2019” da Ipsos. Sete em cada dez brasileiros (73%) disseram que pensam sobre o seu próprio bem-estar mental com muita frequência. O resultado só é menor do que o da Colômbia (76%) e se iguala ao do México (73%). A Rússia (25%) é o país em que as pessoas estão menos preocupadas com a saúde mental. “O brasileiro mostra em nosso estudo uma preocupação maior que a esperada com sua saúde mental, em relação ao restante do mundo” afirma Fabrizio Rodrigues Maciel, Head de Healthcare na Ipsos. Já o bem-estar físico preocupa 75% dos brasileiros. O resultado coloca o Brasil como o 10º país que mais pensa sobre a questão. Colômbia (87%), México (86%) e África do Sul (85%) são os que mais se preocupam com a saúde física. O Brasil também é o segundo que menos concorda com a afirmação "doença mental é uma doença como qualquer outra", com 44% de concordância, à frente apenas do Japão com 41%. A Grã-Bretanha é o país que mais concorda com essa afirmação (76%). 69% dos entrevistados brasileiros acreditam que as saúdes mental e física são igualmente importantes, mas não enxergam que haja a mesma atenção do sistema de saúde para ambas. Para 36% dos brasileiros, o sistema prioriza a saúde física, outros 34% acham que a atenção é a mesma para os dois e apenas 13% acreditam que a prioridade é a saúde mental. “Existe consciência de que a saúde no Brasil é negligenciada pelas autoridades, e quando questionamos separadamente sobre saúde física e mental, fica evidenciado que a segunda está longe de ser prioridade para as instituições brasileiras, segundo a população” Entre os brasileiros, 71% concordam que é preciso ter uma atitude mais tolerante a respeito de pessoas com doenças mentais na nossa sociedade. O índice coincide com o de brasileiros que concordam que ver um profissional de saúde mental é um sinal de força. No entanto, com 20% das respostas em concordância, o Brasil é o quarto entre os países que mais acreditam que a maioria dos adultos diagnosticados com alguma doença mental pode melhorar com o tempo, sem ajuda médica. O índice é o mesmo para os que acreditam na afirmação quando o diagnóstico é para crianças. Segundo o estudo, 13% dos brasileiros concordam com a afirmação "o aumento dos gastos com serviços de saúde mental é um desperdício de dinheiro", o que coloca o país em quarto do ranking, atrás apenas de Índia (27%), Arábia Saudita (25%) e China (21%) e empatado com a Malásia.

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Dezembro Laranja alerta sobre câncer de pele nesse final de ano

O final de ano é marcado por altas temperaturas no litoral pernambucano, confraternizações na praia é uma excelente opção para quem busca relaxar e entrar em contato com a natureza. Porém, é importante lembrar que a exposição solar é um fator de risco para o câncer de pele, que atinge cerca de 200 milhões de brasileiros por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em função disso, desde 2014 acontece o Dezembro Laranja, campanha que busca alertar acerca dos riscos associados a doença. “No caso dos brasileiros, o problema torna-se mais grave porque boa parte da população ainda não tem o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol” explica Rosana Chagas, dermatologista da Real Derma. Os responsáveis pelas queimaduras do sol são os raios UVB, já aos raios UVA são atribuídos os sinais de envelhecimento das células presentes na epiderme. Ambos aumentam o risco do câncer de pele, dessa maneira, na hora de comprar o protetor solar é importante saber que o FPS (fator de proteção solar) está ligado à proteção contra os raios UVB e a proteção contra os raios UVA é um terço do FPS rotulado. Por isso, é indicado o uso de protetor solar com FPS mínimo de 30. “Muita gente não sabe passar a quantidade correta de protetor solar, recomendamos que o paciente use o equivalente a uma colher de sopa cheia em todo corpo, reaplicando a cada duas horas ou depois que entrar em contato com água”, explica Rosana Chagas. Existem também outras medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h), utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo. Além disso, os danos causados pelo sol são cumulativos, ou seja, com o passar da idade, maior a possibilidade de ocorrerem manchas e tumores malignos, o cuidado também precisa ser redobrado para quem já possui histórico da doença na família “Existem dois tipos de câncer de pele, o “melanoma”, com origem nas células produtoras de melanina e o “não melanoma”, responsável por 30% de todos os casos registrados no Brasil” ressalta Rosana, ela também explica a importância de visitar o dermatologista no caso de suspeita da doença, já que o diagnóstico precoce pode ter até 90% de chance de cura. Uma lesão indicativa de câncer tem algumas características, sendo elas: Aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente; Pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; Mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento. Ao perceber qualquer um desses sintomas, procure um médico especialista para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

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Games são usados em tratamentos de saúde

Quem já teve de fazer sessões de fisioterapia para reabilitar alguma parte do corpo sabe o quanto o tratamento é eficaz, porém entediante. Para a alegria dos pacientes, fisioterapeutas têm recorrido aos games e os resultados têm sido muito bons. Psicólogos também constatam as vantagens de tratar casos de transtornos como o déficit de atenção transformando seus pacientes em gamers. Para quem pensa que tal novidade não é coisa séria, saiba que os jogos viraram objeto de estudos científicos de instituições renomadas que passaram a desenvolver games para usos na área de saúde. Um interessante movimento que tem integrado acadêmicos desse setor aos estudiosos da área de tecnologia. A fisioterapeuta Adelany Santos, da clínica Savita, já constata na prática os benefícios dos jogos. Ela confessa que um grande desafio da sua profissão é tornar as sessões de reabilitação mais atraentes, porque são cansativas, repetitivas e monótonas e muitos interrompem a terapia antes de concluí-la. “Usamos o videogame como uma ferramenta para o paciente aderir ao tratamento de forma mais prazerosa”, justifica. . . Nessa diversão, Adelany utiliza o console Xbox integrado a um dispositivo conhecido como Kinect, que não depende de acessório periférico, como mouse, teclado ou controle ligado a fio. Ele capta todos os movimentos do usuário por meio de um sensor. Dessa forma, ele fica com as mãos livres, o que lhe dá mais mobilidade. Quando uma pessoa joga um videogame de voleibol, por exemplo, o avatar (no caso, a animação de jogador de vôlei do jogo) realiza os mesmos movimentos do usuário. Assim, em vez de jogar sentado, o paciente joga em pé, simulando a movimentação dos jogadores numa partida. Essa “jogada terapêutica” tem sido efetiva em indivíduos que sofreram sequela neurológica, ou que estejam em recuperação no pós-operatório ou até mesmo um idoso. “Pessoas mais velhas vão perdendo suas capacidades ao longo da vida e precisam de reabilitação para restaurar algumas funções do cotidiano, como trocar de roupa, tomar banho sozinho, se deslocar”, explica Adelany. O game é escolhido pelo fisioterapeuta de modo a simular a atividade que o paciente necessita. . . O resultado dessa “brincadeira”? “Por ser mais lúdico, o videogame aumenta a adesão do paciente ao tratamento”, assegura Adelany. Mas não é só isso. Como a realidade virtual é um sistema imersivo e interativo, ela permite que a entrada e a saída de informações no cérebro sejam facilitadas. Isso possibilita uma recuperação melhor. “É como um processo de aprendizado, em que são estimuladas as células do sistema nervoso para que o paciente reaprenda um ato motor”, esclarece a profissional. Outro aspecto interessante é que na reabilitação tradicional é comum o paciente não realizar corretamente os exercícios com receio de sentir dor. “Mas ao jogar, graças à interação lúdica, ele se distrai com o game, se expondo gradativamente ao movimento, perdendo o medo. Por isso, acaba se recuperando mais rápido", relata a fisioterapeuta. Para os idosos o game trabalha o equilíbrio, estimula a coordenação motora e o próprio movimento. Com o passar do anos, muitas pessoas diminuem sua necessidade de mover-se porque a vida social se retrai, param de trabalhar e ficam mais tempo em casa. “O objetivo da fisioterapia é estimular o movimento desses pacientes, só que com o game acaba sendo de uma forma divertida”, afirma Adelany. Que o diga a arquiteta Rosa Bonfim, de 72 anos. Ela tem osteoporose em alto grau e sofreu fratura espontânea em três vértebras, além de apresentar um problema sério de coluna. “Também sou cardiopata, tenho uma prótese na válvula mitral”. Seu médico a aconselhou a não fazer exercícios que forçassem muito suas costas, mas com a ressalva de que não ficasse completamente parada. A atividade com videogame foi a solução. “Faço há dois anos. Tenho mais equilíbrio, sinto até mais segurança e é também divertido”, comemora Rosa. Apesar dos problemas de saúde, a arquiteta move-se com destreza, usando pés, mãos, braços e cabeça ao jogar games nos quais simula ser jogadora de vôlei, de ping-pong, uma artilheira de futebol e até goleira. As sessões de fisioterapia têm sido tão prazerosas que ela não teme mais realizar movimentos que antes lhe pareciam imposíveis de executar. “Nem na imaginação eu me vejo pulando com os dois pés, mas, jogando, eu consigo pular”, alegra-se Rosa, que tem uma vida ativa, trabalha e caminha sozinha de casa até a clínica para se exercitar. O futuro dos games na saúde é muito promissor, segundo Adelany. “Cada vez mais, universidades estudam essa ferramenta e algumas a usam como desenvolvimento de pesquisa”, aponta. Em Pernambuco isso é realidade. As vantagens dos games na recuperação dos pacientes, estimulou a professora de Engenharia Biomédica Alana Elza Gama a desenvolver, por meio do projeto Ikapp, no Voxar Labs, laboratório do Centro de Informática da UFPE, uma tecnologia que permite criar jogos de uma forma personalizada. Um dos games, por exemplo, usa o recurso da realidade aumentada, isto é, reproduz no computador o ambiente onde a pessoa está e inclui alguns elementos virtuais de animação. No caso, uma bola e uma cesta de basquete. O desafio é fazer um movimento para erguer o braço, simulando pegar a bola e colocá-la na cesta. “Se o paciente só levanta o braço a 20 graus, eu adapto a partida para esse alcance. Se ele conseguiu atingir a meta, elevo a localização da cesta”, explica Alana. À medida em que o movimento é feito, o paciente recebe um feedback se está se exercitando da forma correta e, ao término da sessão de fisioterapia, o sistema oferece um relatório com o percentual de acertos e erros da atividade feita. Um estudo comprovou a eficácia da tecnologia. “Entre os pacientes que faziam a reabilitação com jogo, a quantidade de movimentos dobrou. O número de exercícios corretos melhorou muito, a média foi de 93% e, sem o game, 60%”, compara Alana. A tecnologia permite ainda ao paciente se exercitar em casa, sem perigo de treinar de forma errada e se machucar, já que o sistema oferece o feedback. Benefício que aumenta a

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Osteoporose custa R$ 1,2 bilhão ao Brasil

A osteoporose é uma doença de evolução silenciosa, raramente apresenta sintoma antes que aconteça a sua consequência mais grave: a fratura. Atinge principalmente idosos e mulheres na menopausa, sendo também o uso de corticoides, tabagismo, sedentarismo, baixa ingesta de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, história de fraturas na família, alcoolismo crônico, diabete mellitus e baixo peso fatores de risco para a doença. Caracteriza-se por baixa massa óssea e desorganização na microarquitetura do osso, aumento da sua fragilidade e consequente aumento do risco de fraturas. É a principal causa de fratura após os 50 anos de idade. Só no Brasil, estima-se uma prevalência de pelo menos 10 milhões de pessoas com osteoporose, segundo a Abrasso (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo) e, segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation), 1 a cada 3 mulheres e 1 a cada 5 homens sofrerão uma fratura osteoporótica durante a vida. A importância das fraturas se relaciona às complicações e ao alto custo associado, e o tipo de fratura influencia a sobrevida. A fratura vertebral é a manifestação mais comum e está associada à perda da altura, dorsalgia/lombalgia, deformidades e até comprometimento da função pulmonar devido à modificação da caixa torácica. A fratura do fêmur é a de maior gravidade, com elevada morbimortalidade: sobrevida de 80% do esperado para a idade após 5 anos e mortalidade de até 20% no primeiro ano após a fratura. Cerca de 1/3 dos sobreviventes fica impossibilitado de deambulação de forma independente, com redução importante da qualidade de vida e da autonomia. Mesmo assim, a maioria dos pacientes com fratura não recebe o diagnóstico de osteoporose, nem muito menos o tratamento para prevenir nova fratura. Segundo dados do recente estudo “The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia and Argentina” publicado na Journal of Medical Economics, o custo anual de hospitalização por fraturas osteoporóticas é de R$ 19,8 bilhões, maior que o custo de infarto (R$ 16,7 bilhões), derrames (R$ 11,7 bilhões) e câncer de mama (R$ 1,9 bilhão). No Brasil, a osteoporose custa R$ 1,2 bilhão anualmente, sendo que mais da metade (61%) se associa à perda da produtividade. As despesas com hospitalização e os custos cirúrgicos, altíssimos, na casa de centenas de milhões. Esses números excedem em muito os dos cuidados na sua prevenção, visto que o custo com medicação corresponde a R$ 31,9 milhões e, com diagnóstico, R$ 45,2 milhões. Com o aumento da longevidade, esses números se tornarão ainda mais alarmantes. Precisamos modificar essa realidade e adotar medidas de prevenção, diagnóstico precoce (através da densitometria óssea) e instituição de tratamentos adequados, amplamente disponíveis no SUS por meio dos ambulatórios especializados. *Por Renata Menezes, reumatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia 

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Pesquisadores criam minifígado por impressão 3D

A partir de células sanguíneas humanas, pesquisadores brasileiros conseguiram obter organoides hepáticos – ou minifígados – capazes de exercer as funções típicas do órgão, como produção de proteínas vitais, secreção e armazenamento de substâncias. A inovação permite a produção de tecido hepático no laboratório em apenas 90 dias e pode se tornar, no futuro, uma alternativa ao transplante de órgãos. No estudo, realizado no Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP na Universidade de São Paulo (USP) –, foram combinadas técnicas de bioengenharia, como reprogramação celular e produção de células-tronco pluripotentes, com a bioimpressão 3D. A estratégia permitiu que o tecido produzido pela impressora mantivesse as funções hepáticas por um período mais longo que o registrado em trabalhos anteriores de outros grupos. “Ainda existem etapas a serem alcançadas até obtermos um órgão completo, mas estamos em um caminho muito promissor. É possível que, em um futuro próximo, em vez de esperar por um transplante de órgão seja possível pegar a célula da própria pessoa e reprogramá-la para construir um novo fígado em laboratório. Outra vantagem importante é que, como são células do próprio paciente, a chance de rejeição seria, em teoria, zero”, disse Mayana Zatz, coordenadora do CEGH-CEL e coautora do artigo publicado na revista Biofabrication . A inovação do estudo está na forma de incluir as células na biotinta usada para formar o tecido na impressora 3D. “Em vez de imprimir células individualizadas, desenvolvemos uma maneira de agrupá-las antes da impressão. São esses ‘gruminhos’ de células, ou esferoides, que constituem o tecido e mantêm a sua funcionalidade por muito mais tempo”, explicou Ernesto Goulart, pós-doutorando do Instituto de Biociências da USP e primeiro autor do artigo. Desse modo, evita-se um problema comum à maioria das técnicas de bioimpressão de tecidos humanos: a perda paulatina do contato entre as células e, consequentemente, da funcionalidade do tecido. No estudo, a formação dos esferoides ocorre já no processo de diferenciação, quando as células pluripotentes são transformadas em células do tecido hepático (hepatócitos, células vasculares e mesenquimais). “Começamos o processo de diferenciação já com as células agrupadas. Elas são cultivadas em agitação e espontaneamente formam agrupamentos”, disse Goulart. Um fígado em 90 dias De acordo com os pesquisadores, o processo completo – desde a coleta do sangue do paciente até a obtenção do tecido funcional – demora aproximadamente 90 dias e pode ser dividido em três etapas: diferenciação, impressão e maturação. Inicialmente, os pesquisadores reprogramam as células sanguíneas para que regridam a um estágio de pluripotência característico de célula-tronco (células-tronco pluripotentes induzidas ou iPS, técnica que rendeu o Nobel de Medicina ao cientista japonês Shinya Yamanaka, em 2012). Em seguida, induzem a diferenciação em células hepáticas. Os esferoides são então misturados à biotinta, uma espécie de hidrogel, e impressos. As estruturas resultantes passam por um período de maturação em cultura que dura 18 dias. “A deposição dos esferoides durante a impressão ocorre em três eixos, algo necessário para o material ganhar volume e o tecido ter sustentação. Depois é feita uma reação de reticulação para que a impressão – que tem a consistência de um gel – enrijeça a ponto de ser manipulada ou até mesmo suturada”, disse Goulart. A maioria dos métodos disponíveis para impressão de tecidos vivos usa imersão e dispersão celular dentro de um hidrogel para recapitular o microambiente e a funcionalidade do tecido. No entanto, provou-se que, ao fazer a dispersão célula a célula, a tendência é que ocorra a perda de contato celular e de funcionalidade. “É um processo um pouco traumático para as células, que necessitam de um tempo para se acostumar com o ambiente e ganhar funcionalidade. Nessa etapa, elas ainda não são um tecido, pois estão dispersas, mas, como pudemos constatar, já têm a capacidade de desintoxicar o sangue e também de produzir e secretar albumina [proteína produzida exclusivamente pelo fígado], por exemplo”, disse Goulart à Agência FAPESP. No estudo, os pesquisadores desenvolveram os minifígados usando como matéria-prima células de sangue de três voluntários. Foram comparados marcadores relacionados à funcionalidade, como a manutenção de contato celular, produção e liberação de proteínas. “Os esferoides funcionam muito melhor do que os obtidos por dispersão célula a célula. Como previsto, durante a maturação, eles não tiveram os marcadores de função hepática reduzidos”, disse. Embora o estudo tenha se limitado à produção de fígados em miniatura, Goulart acredita ser possível a produção de órgãos inteiros no futuro, que poderiam ser transplantados. “Fizemos em uma escala mínima, mas com investimento e interesse é muito fácil de escalonar”, disse. O artigo 3D bioprinting of liver spheroids derived from human induced pluripotent stem cells sustain liver function and viability in vitro (doi: 10.1073/pnas.1904384116), de Ernesto Goulart, Luiz Carlos de Caires-Junior, Kayque Alves Telles-Silva, Bruno Henrique Silva Araujo, Silvana Aparecida Rocco, Mauricio Sforca, Irene Layane de Sousa, Gerson Shigeru Kobayashi, Camila Manso Musso, Amanda Faria Assoni, Danyllo Oliveira, Elia Caldini, Silvano Raia, Peter I Lelkes e Mayana Zatz, pode ser lido em iopscience.iop.org/article/10.1088/1758-5090/ab4a30. Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

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Mudanças climáticas já prejudicam saúde das crianças, diz relatório

As mudanças climáticas já prejudicam a saúde das crianças em todo o mundo, com ameaças de impactos ao longo da vida, de acordo com o relatório internacional Lancet Countdown 2019 (Contagem Regressiva da Lancet), lançado hoje (18) no Brasil. Se o mundo continuar no atual padrão econômico de altas emissões de carbono e mudanças climáticas, o documento aponta que uma criança nascida hoje enfrentará um planeta em média 4° C mais quente até os seus 71 anos, o que ameaçaria sua saúde em todas as fases da vida. “A mensagem chave desse relatório global é que a gente precisa se atentar para as mudanças climáticas logo, para que as crianças, no futuro, não sejam tão afetadas. A criança vai ser afetada, mas para que ela não seja tão afetada”, disse a médica Mayara Floss, uma das autoras do relatório no Brasil. O impacto da poluição do ar deve piorar nos próximos anos, mostra o relatório. O fornecimento de energia derivada do carvão, por exemplo, triplicou no Brasil nos últimos 40 anos; ao mesmo tempo que os níveis perigosos de poluição atmosférica ao ar livre contribuíram para 24 mil mortes prematuras em 2016. O projeto é uma colaboração de 120 especialistas de 35 instituições, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde brasileiro. “Longas secas, chuvas excessivas e incêndios não controlados estão agravando os efeitos sobre a saúde. Impulsionado em parte pelas mudanças climáticas, o crescimento contínuo da dengue pode tornar-se incontrolável em breve - a incidência triplicou desde 2014. Lamentavelmente, o desmatamento de florestas maduras está aumentando novamente, assim como o uso de carvão. Não podemos desperdiçar o histórico de sucesso conquistado com tanto esforço”, disse Mayara. Segundo o relatório, as crianças são as que mais sofrerão com o aumento de doenças infecciosas, como a dengue. “A gente sabe que a capacidade do mosquito da dengue de transmitir doença tem aumentado muito. Esse é um dado muito alarmante. E isso está relacionado às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura”, disse Mayara. Ainda de acordo com o documento, eventos climáticos extremos se intensificarão na idade adulta de pessoas nascidas hoje. No Brasil, 1,6 milhão de pessoas foram expostas a incêndios florestais desde 2001. Em todo o mundo houve um aumento de 220 milhões de pessoas acima de 65 anos expostas a ondas de calor em 2018, na comparação com 2000. Em relação a 2017, a alta foi de 63 milhões. Mitigação de impactos O documento tem o objetivo de oferecer recomendações políticas aos tomadores de decisão para mitigação dos impactos. Uma delas é que as diretrizes do Acordo de Paris sejam cumpridas a fim de limitar o aquecimento a um nível bem abaixo de 2 °C, o que poderá permitir que uma criança nascida hoje cresça em um mundo que atingirá emissões zero até seu 31º aniversário. Os autores do relatório alertam que para que o mundo atinja as metas climáticas da Organização das Nações Unidas e proteja a saúde da próxima geração, o cenário energético terá que mudar de forma drástica e rápida: apenas um corte anual de no mínimo 7,4% nas emissões fósseis de CO2 entre 2019 e 2050 limitará o aquecimento global à meta de 1,5 °C, considerada a mais ambiciosa. “Interromper e reverter a perda de florestas tropicais e comprometer-se com a eliminação gradual do carvão será essencial para o Brasil cumprir as metas climáticas acordadas sob o Acordo de Paris e proteger a saúde das futuras gerações”, disse Mayara. Além da eliminação da energia a carvão, o relatório traz outras ações prioritárias para mudar os rumos do impacto das mudanças climáticas na saúde, como aumentar os sistemas ativo e público de transporte acessível, econômico e eficiente, especialmente a pé e de bicicleta, com a criação de ciclovias e incentivo ao aluguel ou compra de bicicletas. Outra ação é assegurar que as maiores economias do mundo cumpram os compromissos internacionais de financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar os países de baixa renda. (Da Agência Brasil)

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Campanha de sarampo foca em adultos jovens de 20 a 29 anos

Começa nesta segunda-feira (18.11) a campanha nacional de vacinação contra o sarampo voltada para os adultos jovens entre 20 e 29 anos. A iniciativa busca imunizar aqueles ainda não vacinados ou completar as duas doses dos que ainda não finalizaram o esquema vacinal. A campanha segue até o dia 30.11, data da realização do Dia D. Até o dia 02.11, 90 casos de sarampo foram confirmados em Pernambuco. Desse total, 22 foram no público entre 20 e 29 anos. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ainda reforça que as crianças até de 6 meses a 4 anos, além do público até os 49 anos, ainda não imunizadas ou que não completaram o esquema vacinal devem ser levadas aos postos de saúde para receber a proteção. É preciso lembrar que até os 29 anos são necessárias 2 doses da tríplice viral. Dos 30 aos 49 anos, 1 dose. "Essa é uma população que procura menos os postos de saúde, então precisamos fazer com que essas pessoas se conscientizem da importância de procurar a vacina. Vamos trabalhar com as secretarias municipais de saúde para termos sucesso também nessa fase da campanha", afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo. O gestor reforça que o Programa Estadual de Imunização distribuiu as vacinas para que os gestores municipais pudessem realizar suas atividades. DADOS DE SARAMPO: Até 02.11, foram notificados 1.020 casos de sarampo em Pernambuco, com 90 confirmações e 429 descartes. Os municípios com casos confirmados, oriundos das I e VI Geres, são: I Geres: Recife (05) e Jaboatão dos Guararapes (01); IV Geres: Bezerros (01); Brejo da Madre de Deus (03); Caruaru (09); Frei Miguelinho (01); Gravatá (01); Santa Cruz do Capibaribe (18); Taquaritinga do Norte (30); Toritama (10) e Vertentes (11). A SES-PE reforça que as ações de vigilância epidemiológica (investigação dos casos e vacinação de bloqueio), além da assistência ao paciente, são iniciadas logo após a notificação do caso, ou seja, independente do resultado laboratorial. A medida busca evitar o agravamento do caso e a propagação da doença. As medidas são realizadas pelos municípios com o apoio das Geres e do Estado. (Do blog do Governo de PE)

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15 principais dúvidas sobre o câncer de próstata

O câncer de próstata é o tipo mais incidente entre os homens. Só em 2018 foram mais de 68 mil novos casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Além disso, ele também figura no topo da lista como o câncer que mais mata brasileiros. Como ocorre com os demais tipos de câncer, suas chances de cura aumentam quando o tumor é identificado precocemente. Porém, diversos mitos acerca dos exames e tratamento, bem como a relação entre o câncer e o desempenho sexual afastam os homens do consultório médico. Segundo o Dr. Rodrigo Campos, urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, esse principal obstáculo no combate à doença. “Por medo e falta de informação, os pacientes demoram a procurar um médico e realizar os exames preventivos, o que dificulta um diagnóstico precoce”, explica. Por isso, convidamos o especialista a responder as principais dúvidas que os pacientes costumam ter sobre a doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos. Confira! 1 - Qual a função da próstata? A próstata é uma glândula que produz e armazena o líquido espermático. Esse líquido nutre e protege os espermatozoides, propiciando um ambiente adequado para a sobrevivência e deslocamento desses espermatozoides, especialmente após a ejaculação. 2 - O aumento da próstata tem relação com o câncer? O aumento da próstata pode coexistir com o câncer e as duas doenças apresentam maior incidência em homens da mesma faixa de idade, na sexta década de vida. O crescimento benigno surge da parte central da próstata e o câncer surge geralmente na parte periférica da glândula 3 - A vasectomia afeta o risco de câncer de próstata? Não. Um estudo antigo sugeria essa associação entre a realização de vasectomia e maior risco de câncer de próstata. Uma releitura dos dados desse estudo concluiu que os homens que faziam vasectomia, passavam a frequentar o consultório do urologista mais cedo e, portanto, faziam mais exames preventivos. Isso é o que chamamos de vício de seleção da amostra de pacientes, era uma população que procurava mais ativamente o diagnóstico. 4 - Histórico familiar pode aumentar o risco da doença? Sim. Um dado importante é se o homem tem parentes em primeiro grau (pai, irmãos, primos) diagnosticados com câncer de próstata, especialmente se foram diagnosticados com menos de 60 anos. 5 - O câncer de próstata mata? Sim, pode matar se não for diagnosticado e tratado a tempo. Entre os homens, é o segundo tumor que mais mata no Brasil, perdendo apenas para câncer de pulmão, segundo dados do Inca, do ano de 2017. Mas existe uma variação muito grande no grau de agressividade dos tumores, desde aqueles que nem merecem tratamento e aqueles muito agressivos. 6 - Quais são os sintomas mais claros do câncer de próstata? É importante ressaltar que o câncer de próstata é assintomático na imensa maioria dos casos na sua fase inicial. Muitos pacientes têm sintomas decorrentes do crescimento benigno da próstata, doença que pode coexistir. Alguns sintomas que podem aparecer: dificuldade para urinar, sangramento urinário, urinar mais vezes, retenção urinária. Em casos avançados, pode surgir dor nos ossos, consequência de metástases, anemia e perda de peso. 7 - Disfunção erétil tem relação com o câncer de próstata? Os dois problemas têm alguns fatores de risco em comum e afetam homens na mesma faixa de idade. Hoje sabemos que a obesidade, o sedentarismo e a síndrome metabólica, que é a combinação de hipertensão, obesidade e diabetes ou pré-diabetes, são fatores de risco para os dois problemas. Além disso, qualquer tratamento para câncer de próstata pode afetar a ereção. Para alguns homens, o fato de ser diagnosticado já tem impacto no desempenho sexual. 8 - Quando é necessário retirar a próstata? A remoção da próstata pode ser necessária principalmente quando a glândula é acometida por um câncer. Nesse caso se faz a remoção total da glândula. Quando o problema é um crescimento benigno, o procedimento realizado normalmente é a parte interna da glândula. 9 - Quais são as mudanças que ocorrem no corpo e na vida do homem após retirada da próstata? Ele fica impotente? Se for realizada a retirada total, existe risco de impotência e incontinência urinária. Esses riscos variam muito com estágio da doença, a idade do paciente, a experiência do cirurgião e a técnica empregada no procedimento. Pacientes mais jovens, com doença inicial, tratados por um cirurgião experiente e com técnica cirúrgica adequada, com boa potência sexual e continência antes do tratamento tem maiores chances de recuperação. Aqueles que se recuperam terão ereção, sentirão prazer durante a relação, apenas não vão ejacular. 10 - Existe algum exame que substitua o toque retal? O exame físico, o toque retal é importante e pelo menos por enquanto, na maioria das situações não pode ser substituído. O que fazemos é aliar vários exames. Além do toque retal, o exame de sangue, o PSA, e o ultrassom da próstata fazem parte da avaliação. Quando necessária, uma ressonância magnética pode ser utilizada. 11 - Ele dói? Quanto tempo demora? O exame não dói. Caso o paciente tenha alguma doença no ânus ou no reto, como hemorroidas ou fissuras anais, pode causar desconforto. É um exame rápido, leva menos de um minuto. 12 - Aumento da próstata é sinal de câncer? Não. O crescimento benigno da próstata e o câncer podem coexistir. Por outro lado, alguns pacientes têm próstatas bem pequenas e um câncer agressivo e avançado e outros podem ter próstatas enormes sem nenhum foco de câncer. 13 - O que significa PSA? Porque esse exame é importante? O PSA é uma abreviação da expressão da língua inglesa para Antígeno Prostático Específico. É uma proteína produzida pelas células da próstata. A função dessa proteína é manter o esperma na forma líquida, já que em contato com o meio externo ele coagula. Essa proteína pode ser dosada no sangue. Os níveis sanguíneos de PSA podem aumentar quando existe algum problema na próstata, como câncer, crescimento benigno, inflamações ou prostatites, traumatismos. Então a dosagem do PSA é

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Zika inibe proliferação de células do câncer de próstata

Agência FAPESP – Após revelar de modo pioneiro o potencial do vírus zika de combater tumores no cérebro, um grupo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) liderado pelo professor Rodrigo Ramos Catharino mostrou que o patógeno também pode ser uma arma contra o câncer de próstata. Por meio de experimentos feitos com uma linhagem de adenocarcinoma de próstata humano (PC-3), os cientistas observaram que o zika, mesmo após ser inativado por alta temperatura, é capaz de inibir a proliferação das células tumorais. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados na revista Scientific Reports. “O próximo passo da investigação envolve testes em animais. Caso os resultados sejam positivos, pretendemos buscar parcerias com empresas para viabilizar os ensaios clínicos”, disse Catharino, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp e coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores. A linha de pesquisa coordenada por Catharino teve início em 2015, quando foi descoberta a relação entre a epidemia de zika e o aumento nos casos de microcefalia nos estados do Nordeste. Depois que estudos confirmaram a capacidade do patógeno de infectar e destruir as células progenitoras neurais – que nos fetos em desenvolvimento dão origem aos diversos tipos de células cerebrais – o pesquisador idealizou testar o vírus em linhagens de glioblastoma, o tipo mais comum e agressivo de câncer do sistema nervoso central em adultos (leia mais em agencia.fapesp.br/26991). Os bons resultados observados in vitro pelo grupo da Unicamp foram confirmados em modelo animal por cientistas do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP na Universidade de São Paulo (USP) (leia mais em: agencia.fapesp.br/27676). “Como também já foi confirmada a transmissão sexual do zika e a preferência do vírus por infectar células reprodutivas, decidimos agora testar seu efeito contra o câncer de próstata”, contou à Agência FAPESP Jeany Delafiori, estudante de doutorado sob a orientação de Catharino. O trabalho vem sendo conduzido com o apoio do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), um CEPID da FAPESP na Unicamp. Inflamação persistente Em estudo divulgado recentemente, também na Scientific Reports, o grupo de Catharino descobriu que marcadores de inflamação neurológica podiam ser encontrados na saliva de bebês nascidos com microcefalia – e cujas mães foram diagnosticadas com zika durante a gestação – até pelo menos dois anos após o parto. “Isso mostrou que esse patógeno induz uma inflamação que perdura por muito tempo, mesmo após sua eliminação completa do organismo. Na versão ‘selvagem’ [sem passar pelo processo de inativação], portanto, o vírus poderia trazer efeitos indesejáveis e não poderia ser usado como terapia”, explicou Catharino. Os pesquisadores então decidiram testar se mesmo após a inativação o zika manteria a capacidade de destruir células tumorais. Os experimentos foram feitos com uma linhagem viral obtida a partir de amostras isoladas de um paciente infectado no Ceará, em 2015. Após cultivo em laboratório, o vírus foi fusionado a uma nanopartícula e aquecido a uma temperatura de 56º C durante uma hora, com o intuito de inibir o potencial de causar infecção. O passo seguinte foi colocar uma cultura de células PC-3 (adenocarcinoma de próstata) em contato com o vírus inativado e, após 24 e 48 horas, comparar com outro grupo de células tumorais não exposto ao patógeno. “Observamos um efeito citostático [inibição da reprodução celular] seletivo para as células PC-3. Na análise feita após 48h, a linhagem que ficou em contato com o vírus inativado apresentou um crescimento 50% menor que a linhagem controle”, contou Delafiori. Para descobrir de que modo o zika alterou o metabolismo das células tumorais, o material da cultura foi analisado em um espectrômetro de massas – aparelho que funciona como uma balança molecular, ou seja, que permite separar e identificar elementos presentes em amostras biológicas de acordo com a massa. Em seguida, com o objetivo de dar sentido ao grande volume de dados obtido por espectrometria, foi feita uma análise estatística multivariada conhecida como PLS-DA (análise discriminante por mínimos quadrados parciais, na sigla em inglês), que revelou 21 marcadores capazes de descrever de que modo o vírus afeta o metabolismo da célula tumoral e inibe sua proliferação. “Encontramos, por exemplo, marcadores lipídicos envolvidos em condições de estresse e em processo de morte celular, como ceramidas e fosfatidiletanolaminas. Esses e outros marcadores relatados traduzem o remodelamento lipídico induzido pela partícula e o comprometimento de vias do metabolismo de moléculas como porfirina e ácido fólico, que contribuiria para o estresse celular e o efeito antiproliferativo observado”, disse Catharino. Segundo o pesquisador, o conjunto de 21 metabólitos pode auxiliar tanto no entendimento das alterações bioquímicas induzidas pelo vírus quanto na busca de alvos terapêuticos, abrindo caminho para diversos novos estudos. Além de Delafiori, a pesquisa contou com a participação do bolsista de doutorado da FAPESP Carlos Fernando Odir Rodrigues Melo, também orientando de Catharino. O artigo Molecular signatures associated with prostate cancer cell line (PC-3) exposure to inactivated Zika vírus, de Jeany Delafiori, Estela de Oliveira Lima, Mohamed Ziad Dabaja, Flávia Luísa Dias-Audibert, Diogo Noin de Oliveira, Carlos Fernando Odir Rodrigues Melo, Karen Noda Morishita, Geovana Manzan Sales, Ana Lucia Tasca Gois Ruiz, Gisele Goulart da Silva, Marcelo Lancellotti e Rodrigo Ramos Catharino, pode ser lido em www.nature.com/articles/s41598-019-51954-8.

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Equipamentos ambientais do Recife de portas abertas neste feriadão

O feriadão será repleto de atividades recreativas para quem visitar os equipamentos ambientais da Prefeitura do Recife. O Econúcleo Jaqueira e o Jardim Botânico do Recife (JBR), ligados à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), estarão abertos com uma programação especial nesta sexta-feira (15), feriado nacional, sábado (16) e domingo (17). Os visitantes poderão conferir contações de histórias, oficinas, apresentações e participar do evento Ciência na Praça. As atividades são todas gratuitas e abertas para o público em geral. Quem preferir ir ao Econúcleo Jaqueira, na sexta-feira (15), será oferecido, a partir das 9h40, o Tangram ambiental, que consiste em um quebra-cabeça de origem chinesa formado por sete figuras geométricas que, juntas, formam um quadrado. A atividade é um importante recurso didático que auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico e da criatividade, além de oferecer apoio em Educação Ambiental, matemática, artes, história e ciências naturais. Usando suas peças, é possível montar inúmeras figuras diferentes, tornando uma experiência lúdica e divertida. O objetivo é proporcionar reflexão acerca da biodiversidade e do respeito aos animais. No sábado (16), o espaço será palco do evento Ciência na Praça, que acontece das 8h às 13h. A iniciativa é de pesquisadores da unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Recife, uma das instituições científicas mais respeitadas do Brasil e conceituada no exterior. O projeto existe desde julho de 2019 e aborda a importância da ciência para a população. Na ocasião, irão discutir sobre vacinas, como se faz ciência ou circulam fake news, entre outros temas. O evento tem apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Afoc) e faz parte de um movimento mundial pela popularização da ciência. Já no domingo (17), às 10h, o equipamento ambiental conta com a oficina de Swing Poi, que irá abordar a importância do reaproveitamento dos resíduos sólidos para a construção de outros materiais, entre este o Swing Poi, que é formado por uma corda, com uma bola no fim, terminado em fitas coloridas. O malabarismo com Swing Poi é difundido e aperfeiçoado em mundialmente. Utilizada por pessoas de todas as idades para aumentar a flexibilidade, força e coordenação, a atração promete entreter os participantes. A diversão também está garantida para quem visitar o Jardim Botânico do Recife. Na sexta (15), o espaço receberá, a partir das 10h, a oficina de mudas “Bombinhas de sementes”, que pretende ensinar técnicas sustentáveis para o plantio de mudas em casa através da utilização de bombinhas de sementes. A atividade será repetida no sábado (16), às 11h. Também no sábado, será oferecida, por volta das 9h, a vivência ecológica “Caminhos dos sentidos, no jardim de fitoterápicos: cheiros, texturas e sabores”. Nela, os participantes irão sentir as diferentes texturas das folhas, caules, sabores e cheiros que essas plantas medicinais exalam. Em seguida, acontecerá uma roda de diálogo sobre o que foi feito. O objetivo é promover o resgate e o conhecimento dessas espécies, que podem prejudicar a saúde se usadas incorretamente. Por fim, no domingo (17), às 15h, o JBR promoverá a oficina de bancos com garrafa PET. Nela, será ensinado como transformar o material das garrafas em bancos sustentáveis, que também podem ser usados na decoração de casas e apartamentos. O Econúcleo Jaqueira está aberto para visitação de quinta a domingo, das 9h às 17h. Já o Jardim Botânico do Recife abre as portas de terça a domingo, das 9h às 15h30. Ambos os espaços possuem entrada gratuita. Confira a programação completa dos equipamentos ambientais: Jardim Botânico do Recife Sexta (15) 09h00 – Vivência ambiental “Faço parte deste lugar” 10h00 – Oficina de mudas “Bombinhas de sementes” 11h00 – Histórias cantaroladas 12h00 – Encerramento manhã 13h30 – Caminhada Ecológica “Na trilha da biodiversidade” 14h30 – Oficina de mini hortas “Viveiro de mudas” 15h30 – O Meio que se conta: contação de histórias “As Aventuras de Pé de Pano” 16h00 – Encerramento tarde Sábado (16) 09h00 – Caminhos dos sentidos, no jardim de fitoterápicos: cheiros, texturas e sabores 10h00 – Oficina de xilogravura sustentável (isogravura) 11h00 – Oficina de mudas “Bombinhas de sementes” 12h00 – Encerramento manhã 13h30 – Caminhada ecológica “Olhando e ouvindo o pulmão do mundo” 14h30 – Faz de conto: contação de histórias em cordel 15h30 – Cine ambiental: refletindo sobre a poluição 16h00 – Encerramento tarde Domingo (17) 09h00 – Caminhada Ecológica “Trilha cega” 10h00 – Oficina de brinquedos com resíduos sólidos 11h00 – O meio que se conta: contação de histórias “Vozes de um rio” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Caminhada poética "Caminho diVersos" 15h00 – Resíduos nos eixos: oficina de bancos com garrafa PET 16h00 – Encerramento tarde Jardim Botânico do Recife BR 232, km 7,5 - Curado De terça a domingo, das 9h às 15h30 Entrada gratuita Econúcleo Jaqueira Sexta (15) 09h00 – Caminhada ecológica “Caminhos diVersos” 09h40 – Tangram ambiental 11h00 – Pocket show com maricota “Um show de minhoca” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Sala de ECOinteratividade: jogos digitais 15h00 – O Meio que se conta: contação de histórias “Pedrinho e o barco” 16h00 – Oficina de xilogravura sustentável 17h00 – Encerramento tarde Sábado (16) 09h00 – Apresentação do espaço sustentável com fantoche da turma Mangue e Tal 09h30 – Oficina de malabares 11h00 – Em cena verde com Astrogilda e Alcebíades 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Apresentação do espaço sustentável com fantoche da turma Mangue e Tal 14h40 – Histórias cantaroladas 15h00 – Pocket show com Maricota 16h00 – O Meio que se conta: contação de histórias “As aventuras de Pé de Pano” 17h00 – Encerramento TARDE Domingo (17) 09h00 – Meditação com o grupo Sahaja Yoga 10h00 – Resíduos nos eixos: oficina de swing poi 11h00 – O meio que se conta: contação de histórias “Pedrinho e o barco” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – O meio que se conta: contação de historias “Borboletando coisa e tal” 15h00 – Histórias cantaroladas 16h00 – Pocket show com maricota “Um show de minhoca” 17h00 – Encerramento tarde Econúcleo Jaqueira R. do Futuro, 959 – Jaqueira De quinta à domingo, das 9h às

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