Arquivos Algomais Saúde - Página 103 de 159 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Mitos e Verdades da Depilação

Luana Batista, Coordenadora Técnica da Depil Bella, elaborou algumas questões para esclarecer Mitos e Verdades da Depilação. 1) A depilação pode manchar ou escurecer a pele? VERDADE. Se não utilizar as técnicas e produtos corretos para o procedimento. 2) Usar protetor solar nas áreas depiladas pode prevenir manchas? VERDADE. Quando falamos de exposição solar, especificamente, caso contrário é a mesma situação da questão 1. 3) Usar lâminas pode engrossar o pelo? MITO. As lâminas apenas cortam os pelos, a espessura dos pelos variam de pessoa para pessoa conforme sua genética ou até mesmo alterações hormonais. 4) Depilação pode encravar os pelos? VERDADE. Como os pelos são extraídos da raiz, muitas vezes, eles não conseguem ultrapassar a barreira epidérmica. A indicação é realizar uma manutenção na pele com hidratação e esfolicação (esta, 3 a 5 dias após a depilação, dependendo da sensibilidade da pele), simples e feita em casa, com produtos formulados para esses fins. 5) Depilar as áreas mais sensíveis do corpo, como sobrancelhas e buço, pode deixá-las flácidas? MITO. O que deixa a pele flácida são outros fatores, a perda de colágeno causa isso, por exemplo, no processo natural de envelhecimento. Porém, a sobrancelha devemos evitar o procedimento nas pálpebras, pois a região do orbicular dos olhos é muito sensível e qualquer movimento mais abrupto pode comprometer a saúde dos olhos. 6) A depilação pode causar varizes? MITO. Normalmente, complicações na circulação causam varizes. 7) Depois da depilação, o ideal é não usar desodorante? VERDADE. É desaconselhável uso de qualquer produto que contenha álcool. 8) Passar a lâmina nas pernas, logo após a aplicação com cera, evita que os pelos encravem? MITO. Além de não ser indicado. O que evita encravar pelos é a manutenção da pele conforme resposta da questão 4 9) Cera fria deixa os pelos encravados? MITO. Os processos depilatórios são os mesmos, o que muda é apenas a temperatura, mas o mecanismo é o mesmo. 10) Passar hidratante que contenha álcool, depois da depilação, irrita a pele? VERDADE. O álcool é uma substância irritante e deve ser evitado no pós depilação. 11) Cera quente é o melhor método para depilar o buço? VERDADE. Principalmente as de baixa fusão, pois aderem mais ao pelo do que a pele, sendo excelentes para essa área mais delicada. 12) Quem usa algum tipo de ácido, como retinóico ou glicólico, no rosto, deve tomar cuidado na hora de depilar o buço? VERDADE. É contraindicado a depilação nesse caso. Porém, o profissional que conhece a pele de seu cliente pode orientar e proceder para realizar a depilação, assim, se deve interromper o procedimento alguns dias. 13) A cera quente aplicada com muita frequência pode causar flacidez? MITO. Vide questão 5. 14) A reutilização da cera traz problema de pele? VERDADE. Inúmeras, inclusive infecções por bactérias, vírus e fungos. 15) A depilação com cera quente faz os pelos crescerem mais depressa do que a depilação com cera fria? MITO. O mecanismo é o mesmo. 16) Retirar totalmente os pelos da virilha pode trazer riscos à saúde? VERDADE. Há possibilidade e isso pode depender do quão grande é a área depilada. Os pelos são considerados proteção dessa área. Sendo assim, a chamada “virilha cavada”, por vezes, pode interferir nessa proteção contra microorganismos na entrada da vagina. 17) Depilar antes ou durante o período menstrual causa mais dor? VERDADE. Devido as alterações hormonais algumas mulheres ficam sim mais sensíveis, antes e durante o período menstrual. 18) Depois da depilação na virilha, o ideal é usar calcinha de algodão ou/e dormir sem calcinha? VERDADE. É aconselhável sim. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Depilação com cera ficou estigmatizada pela dor descrita por alguns como torturante. Isso ainda existe? Tem diferença entre a sensação no uso da cera fria ou quente? Principalmente nos dias atuais, com algumas ceras tecnológicas que aderem ao pelo e não a pele da pessoa, a depilação com cera quente causa menor incômodo. Vale mencionar que a na retirada total do pelo, até a porção interna, é previsível alguma dor, mas nada comparável com décadas anteriores, quando todas as ceras aderiam a pele também. Normalmente a cera quente dói menos, pois a temperatura favorece mais conforto a pele e um pouco de dilatação dos óstios foliculares (poros). Falar da diferença entre foliculite e pelo encravado na pós depilação e como evitar? Foliculite X Pseudofoliculite A foliculite é causada, na maioria das vezes, por contaminação bacteriana, inclusive as que existem na flora natural da nossa pele mesmo. A melhor forma de evitar essa situação é realizando a assepsia (limpeza) pré depilatória e todos os cuidados em depilação, como não reaproveitar ceras e aplicar produtos específicos pós depilatórios ao término do procedimento. A Pseudofoliculite é o pelo encravado, isso ocorre pois o pelo quando chega a superfície não consegue ultrapassar a barreira epidermica e retorna, podendo assim causar inflamações na pele. A melhor forma de evitar essa ocorrência é realizar esfoliação e hidratação na pele como forma de manutenção.  

Mitos e Verdades da Depilação Read More »

Exame sorológico para diagnóstico mais preciso do zika chega ao mercado

Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP – Foi aprovado para comercialização um novo exame sorológico que detecta a presença de anticorpos contra o vírus zika em amostras de sangue. O teste avança em relação aos que estão disponíveis no mercado pela sua capacidade de identificar se o indivíduo foi infectado mesmo após o término da fase aguda da doença. Além disso, apresenta alta precisão mesmo em pessoas que já tiveram dengue ou febre amarela. O método, testado em mais de 3 mil mulheres de diferentes estados do Brasil, foi desenvolvido pela empresa AdvaGen Biotech, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e do Instituto Butantan. O projeto contou com apoio da FAPESP e da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) por meio do Programa PAPPE/PIPE Subvenção. A empresa detentora da patente tem sede em Itu (SP) e capacidade para produzir 40 mil testes por dia. Com a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial, a empresa está fazendo a validação do kit de testes junto aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), em Brasília, para a participação junto ao Projeto Cegonha – estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para o acompanhamento das gestantes em todo o país. Além disso, o kit também está sendo apresentado para quatro laboratórios privados do Brasil e está em fase de validação na Argentina e na Colômbia. O objetivo da empresa é que o teste de baixo custo entre no rol de exames de pré-natal do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde. Além de determinar quais pessoas já foram expostas ao vírus, o intuito do produto é identificar casos de mulheres que foram infectadas pelo patógeno durante a gravidez e cujos bebês nasceram sem microcefalia. Essas crianças podem vir a ter complicações de desenvolvimento como déficit cognitivo e dificuldades motoras. “Nosso foco foi atender gestantes, principalmente. O teste consegue identificar quem já está imunizado [já foi infectado pelo zika alguma vez na vida], até mesmo no caso de pessoas que também tiveram dengue ou febre amarela. Com o novo teste, as grávidas que nunca foram infectadas passam a ter mais cuidados, como usar repelente e evitar áreas de risco. Já os casos de detecção do vírus durante a gravidez devem passar a ser acompanhados por mais tempo, mesmo que o bebê nasça sem microcefalia”, disse Edison Luiz Durigon, pesquisador do ICB-USP e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do novo teste. Para Durigon, o novo teste pode ser estratégico para a formulação de políticas públicas. Isso porque bebês expostos ao vírus durante a gestação podem nascer com pequenas lesões no cérebro inicialmente não detectáveis, mas que no futuro podem desencadear déficit cognitivo e outros tipos de problemas. "A microcefalia é só a ponta do iceberg. A doença é assintomática muitas vezes e até hoje não sabemos a dimensão da epidemia por carência de dados. Acreditamos que cerca de 90% das gestantes que tiveram zika não relataram a doença por não terem notado a infecção. Portanto, muitas das crianças que nasceram sem microcefalia podem vir a apresentar disfunções que só serão percebidas a partir da idade escolar”, disse. Segundo Durigon, com o novo teste é possível identificar esses casos específicos, que necessitam de exames mais sofisticados, como tomografia e ressonância, para detectar essas lesões no cérebro. “Hoje temos por volta de 3,8 mil crianças institucionalizadas por causa do vírus zika. Já é um número alto e se refere apenas às crianças com microcefalia. Quantas ao todo foram afetadas não sabemos ainda, pois há uma sombra nessa epidemia que não nos permite ver. O perigo é que novos desdobramentos venham a ser percebidos nos próximos anos, como o aumento de casos de dificuldade de aprendizado nas escolas. Isso pode ser uma consequência, claro que não tão grave quanto a microcefalia, mas também muito séria", disse. Baixo custo e alta especificidade A grande vantagem do teste em relação aos já disponíveis no mercado é a capacidade de medir anticorpos muito específicos e, assim, identificar a ocorrência de infecção por zika no soro sanguíneo mesmo em amostras de pessoas que já tiveram contato com patógenos aparentados, como o vírus da dengue. “O primeiro surto da doença no Brasil ocorreu em dezembro de 2015 e já em julho de 2016 foram colocados no mercado uns três testes sorológicos. Porém, eles são pouco específicos e podem dar um resultado falso positivo caso o indivíduo já tenha tido dengue ou outra doença cujo patógeno pertence à mesma família dos flavivírus. E isso era muito comum em várias regiões do Brasil em que a dengue é endêmica”, disse Danielle Bruna Leal de Oliveira, pesquisadora do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB-USP e coordenadora do projeto. Com isso, a equipe de pesquisadores desenvolveu o teste sorológico para detecção da proteína viral à qual os anticorpos do tipo IgG (imunoglobulina G) aderem durante a infecção. Dessa forma é possível identificar se a pessoa está imunizada, pois as proteínas permanecem no organismo anos após a infecção. A dificuldade da técnica, no entanto, estava no fato de a proteína viral NS1 ser muito parecida em todos os membros da família dos flavivírus, que inclui dengue, zika e febre amarela, entre outros. Para contornar o problema, os pesquisadores da USP usaram uma versão editada da proteína, apenas com o trecho da molécula que é específico para o zika. “Era muito importante que não houvesse reação cruzada em quem já tivesse sido infectado com pelo menos um dos quatro tipos de dengue. Por isso, fizemos mais de 3 mil testes até validar o produto. Buscamos populações de áreas endêmicas de dengue, como São Paulo, Bahia, Goiás e outros estados”, disse Durigon. O teste é baseado na metodologia conhecida como ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês), justamente para ser de baixo custo e de amplo alcance para a população. A plataforma é composta por uma placa com 96 pequenos poços nos quais fica aderida uma proteína viral capaz de ser

Exame sorológico para diagnóstico mais preciso do zika chega ao mercado Read More »

Outubro Rosa: Momento de Beleza para pacientes do HCP

Pelo terceiro ano consecutivo, a Yes! Cosmetics, em parceria com o Hospital de Câncer de Pernambuco, participa da campanha Outubro Rosa, com o intuito de ampliar o debate sobre a prevenção do câncer de mama. Pensando nas mulheres que estão em tratamento, a marca realiza uma manhã de beleza na próxima sexta-feira (18/10), a partir das 8h, no HCP. “Ficamos muito felizes em renovar nossa parceria com o Hospital de Câncer de Pernambuco em mais um Outubro Rosa. Mais do que maquiagem e beleza, nós queremos aumentar a autoestima dessas mulheres e promover momentos de alegria juntas. Nessa ação, a troca é o mais importante, damos e recebemos muito amor”, explica Ketty de Jesus, sócia-fundadora e diretora de P&D da Yes! Cosmetics. “Esses anos de parcerias mostram que a Yes! Cosmetics reconhece o trabalho desenvolvido pelo HCP ao longo das suas sete décadas de história. Ações como essa, que envolvem a beleza, ajudam na promoção da autoestima de nossas pacientes e, consequentemente, colaboram com a nossa missão institucional de promover um tratamento humanizado e de qualidade”, explica Norma Bravo, coordenadora de captação de recursos e doações do Hospital de Câncer de Pernambuco. Este ano, a Yes! Cosmetics está multiplicando as ações, que acontecem durante o mês de outubro nas cidades de Manaus (AM), Unaí (MG), Arcoverde e Camaragibe (PE), Porto Velho (RO), Umuarama (PR) e Itajaí (SC). Além das ações de valorização da beleza e autoestima das mulheres, a Yes! Cosmetics fará a doação de parte do faturamento do mês de outubro de toda a rede para o Hospital de Câncer de Pernambuco. Outubro Rosa é uma campanha mundial de conscientização que tem como objetivo alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. Sobre o Hospital de Câncer de Pernambuco O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) é uma instituição privada e sem fins lucrativos, que se dedica ao diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos, por meio do Sistema único de Saúde – SUS. Atualmente, o HCP acolhe e cuida de cerca de 50% dos pacientes com câncer do estado, oferecendo diagnóstico e tratamento integral e humanizado. É responsável por realizar 48% das cirurgias de mama, 75% das cirurgias de cabeça e pescoço e, aproximadamente, 31% dos leitos oncológicos de Pernambuco. A instituição ainda possui serviços próprios de quimioterapia (4.140 ao mês) e radioterapia (11.469 ao mês), além de oferecer a única urgência exclusivamente oncológica (1.254 atendimentos ao mês).

Outubro Rosa: Momento de Beleza para pacientes do HCP Read More »

Recife apresenta experiência no controle do Aedes aegypti, em feira no Ceará

A Secretaria de Saúde (Sesau) da Prefeitura do Recife apresentará, nesta sexta-feira (18), a experiência no controle do mosquito Aedes aegypti na capital pernambucana, dentro da 3ª Feira de Soluções para a Saúde, em Fortaleza, promovida pela Fiocruz. O convite foi feito pelo Ministério da Saúde, que estuda a possibilidade de implantar algumas dessas ações nos programas de controle do mosquito. O trabalho será apresentado pelo secretário de Saúde, Jailson Correia, e pela diretora-executiva de Vigilância à Saúde, Joanna Freire, no Centro de Convenções do Ceará, onde haverá o seminário “Controle das arboviroses: inovações aplicadas”. A Sesau dividirá a mesa com outros projetos que serão apresentados, como os da Fiocruz e da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte. Além das ações de rotina dos Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) em todos os bairros da cidade, para controle do vetor da dengue, chikungunya e zika, o Recife também incorporou outras alternativas aos seus Planos anuais de Enfretamento às Arboviroses, como a ampliação do uso das ovitrampas para monitoramento dos ovos dos mosquitos e a instalação de Estações Disseminadoras, que são uma espécie de armadilha na qual os mosquitos pousam e espalham o inseticida nos criadouros. Outra inovação é a utilização da tecnologia do mosquito estéril para reduzir a reprodução do inseto, além da implantação das Brigadas Contra o Mosquito em instituições públicas e privadas, para engajar a sociedade civil na luta para reduzir os focos de Aedes. Também foi criado um incentivo financeiro para aumentar a produtividade dos Asaces. A Prefeitura do Recife também utiliza o aplicativo Saúde Ambiental Digital para mapear os focos dos insetos transmissores de doenças. No último mês, a ferramenta foi uma das premiadas no 47º Seminário Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação para Gestão Pública, em Brasília. Desenvolvida pela Empresa Municipal de Informática (Emprel), a ferramenta dá mais agilidade e qualidade na identificação da presença de focos do mosquito, na coleta de dados, transmissão e consolidação das informações. Em 2016, na época da tríplice epidemia, durante visita à capital pernambucana, representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceram o Recife como referência mundial nas ações de enfrentamento às arboviroses. FEIRAS - As Feiras de Soluções para a Saúde surgiram em 2017, a partir do projeto Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika vírus e microcefalia no âmbito do SUS, sob a responsabilidade da Fiocruz Brasília e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs/Fiocruz). A primeira edição da Feira de Soluções para a Saúde, promovida pela Fiocruz, foi realizada em Salvador, em 2017, com tema específico relacionado ao combate à zika e às síndromes congênitas. Em abril deste ano, a segunda edição da Feira foi realizada em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, com o tema Saúde Única para Territórios Saudáveis e Sustentáveis. As soluções cadastradas em ambos eventos estão disponíveis na internet, já que uma das propostas da Feira é justamente montar um banco de soluções para a saúde, organizado por área de atuação.

Recife apresenta experiência no controle do Aedes aegypti, em feira no Ceará Read More »

Anti-inflamatório em formulação injetável atua por até 10 dias em articulações

Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP – Graças a uma nova formulação injetável, pesquisadores brasileiros conseguiram aumentar a eficácia e o tempo de ação de um medicamento comumente usado no tratamento de inflamações articulares. A inovação envolve nanopartículas lipídicas contendo uma alta concentração do princípio ativo, que é liberado paulatinamente dentro da articulação afetada mantendo o efeito desejado por até 10 dias, sem necessidade de reaplicações. Em artigo publicado na revista Scientific Reports, cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descreveram testes da metodologia feitos com o anti-inflamatório naproxeno em ratos com inflamação na articulação temporomandibular (ATM) – responsável por ações como abrir a boca e mastigar alimentos. O estudo foi apoiado pela FAPESP por meio de um Projeto Temático. Os resultados do experimento com animais mostraram que a entrega do medicamento de modo sustentado na ATM diminuiu significativamente por uma semana a migração ao local de células de defesa (leucócitos) e os níveis de sinalizadores da resposta imune, como as citocinas pró-inflamatórias interleucina 1 beta (IL-1β) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Esses são sinais de que a inflamação foi amenizada. “A maior eficiência do fármaco na articulação inflamada se deve, sobretudo, a duas estratégias: ao fato de as nanocápsulas lipídicas liberarem aos poucos o naproxeno na região afetada e à administração injetável [não oral] do fármaco. Conseguimos inserir 99,8% do naproxeno dentro das nanocápsulas lipídicas”, disse Eneida de Paula, professora do Instituto de Biologia da Unicamp e autora do artigo. Segundo a pesquisadora, esses dois fatores fizeram com que a ação do anti-inflamatório durasse mais, sem efeitos colaterais indesejáveis, como irritações e ulcerações no estômago, por exemplo. “E isso foi observado em uma articulação onde nem sempre o medicamento consegue atuar com eficácia”, disse. Embora o estudo tenha sido realizado em modelos de inflamação aguda na ATM – problema que afeta 10% da população mundial –, a inovação tem potencial aplicação no tratamento de inflamações em outras articulações. No local certo O processo inflamatório associado a disfunções na ATM resulta na liberação de uma série de citocinas pró-inflamatórias e de outros sinalizadores imunes, que contribuem para a degradação da cartilagem, o remodelamento da articulação e dor na região afetada. Embora o uso de anti-inflamatórios não esteroides, como o naproxeno, seja comumente prescrito para o tratamento desses distúrbios, seu efeito costuma ser de curta duração (até dois dias de alívio), criando a necessidade de readministração. “Com a nova formulação injetável, o efeito anti-inflamatório dura mais e não há efeitos colaterais. Esse tipo de medicamento pode agredir o estômago e provocar ulcerações. Outro problema é o chamado metabolismo de primeira passagem, que ocorre quando o medicamento administrado por via oral é metabolizado primeiro pelo fígado, reduzindo a ação terapêutica no local afetado”, disse de Paula. Nesse sentido, a injeção intra-articular é mais eficiente para a administração de medicamentos para tratar a ATM e outras articulações. No entanto, existem também desvantagens, como necessidade de repetir as doses, o que diminui a adesão do paciente ao tratamento. “Injeção dentro de uma articulação é algo muito dolorido para ser repetido, por isso fizemos uma formulação capaz de encapsular o medicamento e liberá-lo aos poucos. Esse sistema de administração do medicamento e seu consequente efeito prolongado acabaram com a necessidade de reinjeções”, disse. A escolha certa Para desenvolver a nova formulação, os pesquisadores usaram estratégias de planejamento fatorial. Com o auxílio de softwares e modelos matemáticos, foi possível selecionar de modo racional a formulação que proporcionasse o sistema de entrega ideal e estável (em termos de suas propriedades físico-químicas e estruturais). “Nosso segredo foi escolher uma boa combinação de ingredientes para compor nanopartículas lipídicas apropriadas para o medicamento, considerando sua biocompatibilidade e capacidade de se misturar com o naproxeno. Já sabíamos que deveríamos trabalhar com nanopartículas lipídicas, pois o naproxeno é hidrofóbico [não absorve água]. Mas, em vez de testarmos todas as combinações possíveis, usamos uma estratégia conhecida como planejamento fatorial. Verificamos primeiro quais eram as melhores variáveis e selecionamos as composições ideais”, disse de Paula. A partir do estudo, feito em colaboração com pesquisadores do Instituto de Química da Unicamp, foi possível criar uma matriz de dados. “Os primeiros testes foram empíricos, para decidir se era possível formular o que queríamos: uma nanopartícula que liberasse o medicamento aos poucos dentro da articulação. Em seguida, o planejamento fatorial permitiu testar um grande número de combinações de ingredientes, racionalizando a busca pela formulação ideal”, disse. Além de conseguir encapsular praticamente todo o naproxeno e de entregar o medicamento de forma controlada, a nova formulação permanece estável por um ano quando armazenada a 25°C. A estratégia de planejamento fatorial tem sido empregada para o desenvolvimento de novos fármacos e é recomendada pela Food and Drug Administration (FDA, agência norte-americana que regula alimentos e medicamentos). “O desenvolvimento farmacêutico fica muito mais rápido e eficiente, pois é possível analisar diferentes variáveis de uma só vez. Agora buscamos fazer parceria com alguma empresa para a realização dos testes clínicos e, assim, tentar levar para o mercado”, disse. O artigo Improved efficacy of naproxen-loaded NLC for temporomandibular joint administration (doi: 10.1038/s41598), de Viviane A. Guilherme, Lígia N. M. Ribeiro, Ana C. S. Alcântara, Simone R. Castro, Gustavo H. Rodrigues da Silva, Camila Gonçalves da Silva, Márcia C. Breitkreitz, Juliana Clemente-Napimoga, Cristina G. Macedo, Henrique B. Abdalla, Ricardo Bonfante, Cintia M. S. Cereda e Eneida de Paula, pode ser lido em www.nature.com/articles/s41598-019-47486-w.

Anti-inflamatório em formulação injetável atua por até 10 dias em articulações Read More »

Dor nas costas é campeã em afastamentos do trabalho

Neste Dia Mundial de Combate à Dor, celebrado hoje (17 de outubro), paira um alerta sobre um assunto bastante comum que afeta a aproximadamente 80% da população brasileira: as dores nas costas. Trata-se de um problema que interfere em diversas esferas da vida do indivíduo, especialmente na sua capacidade funcional no trabalho, fato que é atestado pelo INSS ao reportar que a maioria dos pedidos de afastamento das atividades está relacionada ao distúrbio. Só em 2017 foram contabilizados 83,8 mil casos de licença por este motivo, segundo o órgão. Segundo o neurocirurgião pela Unifesp, com foco de atuação em coluna, Dr. Alexandre Elias, a prevalência dos casos de dores nas costas se dá por processos inflamatórios e degenerativos na região, sendo que ambos costumam ser potencializados por maus hábitos do próprio indivíduo. “São erros posturais, sedentarismo, excesso de peso corporal e de carga empregada, além de atividades físicas inadequadas, que em geral passam despercebidos nas ações cotidianas, gerando desgaste das articulações e estruturas adjacentes. E quando somados aos fatores de predisposição genética, tem-se um quadro bastante favorável ao desenvolvimento de problemas crônicos e de mais difícil solução”, explica o médico. Como identificar Não é difícil saber quando as costas doem. Mas se as crises são constantes e insistentes, persistindo por mais de três meses, é indício de que algo não está funcionando bem. Mas é preciso ter atenção! A automedicação, apesar de parecer uma solução eficiente e mais barata, pode trazer sérios riscos. “Se o indivíduo tem quadros dolorosos várias vezes e toma analgésicos para sanar momentaneamente o problema, pode estar mascarando uma doença mais grave. Por isso, recomendo que haja uma espécie de diário para registrar quantas vezes essas crises aparecem, com que intensidade e especialmente em quais situações. Isso facilita o diagnóstico de inúmeros distúrbios, como a hérnia de disco, espondilolistese e até tumores”, diz o neurocirurgião. Tratamentos mais eficientes E qual é o tratamento mais indicado para o controle da dor nas costas? Depende. Quanto mais cedo a disfunção que gera o sintoma for identificada, mais chances o paciente tem de responder positivamente ao método terapêutico escolhido. “Inicialmente o tratamento é feito pela via medicamentosa, que pode sofrer alguns ajustes ao longo do caminho. Quando aliada a reabilitação postural e realização de exercícios de fortalecimento, tende a ser mais que suficiente”, contextualiza o especialista. Porém, casos mais resistentes podem ter indicação de procedimentos cirúrgicos. “Quando a disfunção é crônica, precisamos agir direto na coluna. Um dos recursos que temos é injetar opioides específicos na estrutura da coluna. A toxina botulínica A e o CBD, derivado do canabidiol, também estão sendo considerados atualmente. Para além disso, com o avanço da medicina, felizmente podemos contar com diversas possibilidades de cirurgias minimamente invasivas, com cortes reduzidos e menor tempo de recuperação”, explica. Dr. Alexandre Elias ainda lista algumas medidas que podem ser de grande valia tanto para quem sofre com as dores como para aqueles que querem se prevenir. São elas: 1) Atenção ao uso de saltos: o uso de sapatos com saltos, especialmente os mais finos, pode prejudicar o pescoço e a lombar ao longo do tempo. Isso porque ao andar, os ombros são projetados para trás e a cabeça para a frente, mudando a angulação da coluna. A dica é reduzir o tempo em cima deles e buscar opções que tenham elevação entre 2 e 3 cm, ou ainda solados com sistema que minimize o impacto do peso corporal contra o solo. 2) Observe a angulação do pescoço ao usar o celular: a cabeça inclinada força o pescoço além do necessário, sobrecarregando a região e toda a cervical. O excesso de peso também se reflete nos ombros e costas, podendo até mesmo ocasionar hérnias de disco. Para evitar o problema, basta colocar o telefone na altura dos olhos. 3) Cuidados ao dormir: seja qual for o material do travesseiro, o importante é que a sua elevação esteja alinhada com a cabeça, fazendo com que não seja necessário dobrar o pescoço para cima ou para baixo. Usa-se, como média, uma altura de aproximadamente 10 centímetros. A mesma atenção vale para o colchão, que deve acolher o corpo com flexibilidade, mas não permitir que ele afunde. A posição de dormir também é importante, sempre de lado e não de bruços ou barriga para cima. 4) Alimentação equilibrada: a obesidade pode trazer consequências sérias para a saúde da coluna e corpo como um todo, sobrecarregando suas estruturas. Controlar o peso por meio de uma alimentação balanceada, rica em proteínas, verduras, legumes e frutas é o caminho. 5) Praticar atividades físicas sob supervisão: os exercícios ajudam no fortalecimento de músculos e ossos, liberam hormônios que reduzem a dor, melhoram a capacidade funcional e, por fim, a qualidade de vida.

Dor nas costas é campeã em afastamentos do trabalho Read More »

Exame para identificar vírus Zika é comercializado no país

Um exame sorológico capaz de identificar a contaminação pelo vírus Zika mesmo depois da infecção por dengue começou a ser comercializado no país. Os kits são voltados principalmente para mulheres em idade fértil e para estudos epidemiológicos que pretendam determinar pessoas que já tenham sido expostas ao vírus. Essa era uma das principais demandas após a epidemia de zika no Brasil, entre 2015 e 2016. O teste é resultado de uma pesquisa iniciada há dois anos por um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. O estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e teve o pedido de patente licenciado pela empresa AdvaGen Biotec e recentemente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para uso comercial. O produto foi testado em cerca de 3,2 mil mulheres no Brasil. O exame detecta a presença de anticorpo específico do vírus Zika produzido pelo organismo depois de 15 a 20 dias, após o indivíduo ser infectado. Entretanto, como os vírus da zika e da dengue são muito parecidos, os testes disponíveis no mercado acabam por confundir com resultando em falso positivo ou negativo, dificultando ou impedindo o diagnóstico preciso em áreas endêmicas para a dengue. O teste tem 95% de especificidade para zika, enquanto os outros do mercado têm até 75%. “Esse anticorpo dá proteção para o resto da vida e é muito difícil achar uma proteína que seja específica para o Zika. Mas achamos um local na proteína, que chamamos de Delta NS1, e que não dá reação cruzada com a dengue”, explicou um dos pesquisadores, o especialista em virologia Edison Luiz Durigon. Segundo o pesquisador, o kit facilitará o acompanhamento de gestantes que farão o exame a cada três meses para prevenir a microcefalia em bebês. Caso a mulher seja infectada só no período final da gestação, o bebê corre o risco de desenvolver problemas neurológicos. “Se a gestante tiver Zika o teste acusará. E aí muda-se a conduta médica, com a possibilidade de acompanhar essa criança para que ela seja conduzida a um padrão normal na infância e adolescência”, disse. O exame é baseado no método Elisa e também será útil para estudar a prevalência do vírus porque a maioria das pessoas infectadas não apresentam sintomas, assim a mulher pode ter o vírus sem saber e passar para o feto. Dessa forma, algumas crianças podem nascer sem microcefalia, mas podem ter lesões invisíveis no cérebro em um primeiro momento, podendo desenvolver problemas cognitivos severos. “O exame deve ser feito em laboratório e fica pronto em três horas e meia. É um teste que qualquer laboratório clínico está equipado para fazer. Esse foi um cuidado nosso”, ressaltou o especialista. (Da Agência Brasil)

Exame para identificar vírus Zika é comercializado no país Read More »

Delícias para quem tem restrição alimentar

Quando a quarta filha de Teresa Miranda, Maria Júlia, nasceu com autismo, há 12 anos, a então professora de creche municipal procurou alternativas para aumentar a qualidade de vida da pequena. Entre suas procuras, Teresa se deparou com o livro Autismo – Esperança pela Nutrição, de Cláudia Marcelino. Exatamente nesse momento sua vida mudou. Ela passou a conhecer a chamada culinária inclusiva, que visa a integrar à sociedade pessoas com necessidades alimentares especiais. “É a culinária que coloca na mesma mesa, a maioria das restrições alimentares. Vai desde o diabético até a pessoa que é fit”, elucida a chef. Teresa resolveu apostar nesse caminho alternativo como novo estilo de vida. “Não tem comprovação científica, mas a culinária inclusiva é uma dieta que ajuda muito no desenvolvimento e como coadjuvante nas terapias do autista”, assegura. “A esperança do livro, não é a cura, mas a esperança de melhora”, explica. Segundo Teresa, a criança com autismo tem um nível maior de sensibilidade e o intestino mais facilmente irritável. A dieta inclusiva atenua essas irritações e torna o cotidiano do autista mais agradável. Depois de se aposentar do trabalho de professora, Teresa percebeu que suas receitas inclusivas começaram a fazer sucesso e não só entre aqueles que tinham restrições alimentares. No começo, Teresa preparava seus quitutes para as Super Mães, grupo de mães de autistas. “Comecei a receber ligações de pessoas dizendo: ‘Olha, meu filho é celíaco, faz um brownie. Minha filha é alérgica a ovo, faz sem ovo por favor”, relembra. Os pedidos foram um estímulo para estudar e se especializar na área. Dessa experiência surgiu a Dom Sabores, um petit café abrigado no espaço Casa das Asas, com o cardápio voltado à culinária inclusiva. “Na cozinha da Dom Sabores foram retirados os principais produtos alergênicos (que podem produzir algum tipo de reação alérgica), como: glúten, leite e derivados, ovo, açúcar, farinhas que tenham multi ou poli refinamento e produtos transgênicos, como a soja e o milho", explica. Apesar da ausência desses ingredientes, os quitutes são de dar água na boa. “Quando diziam que certo prato era sem glúten, sem leite, sem ovo, sem açúcar, o que é que vinha depois? O sem sabor!”, brinca a fundadora da Dom Sabores. “Além da inclusão, eu prezo acima de tudo pelo sabor, isso é um diferencial”, garante. O carro-chefe da casa são os brigadeiros, famosos pela mesma consistência e sabor dos tradicionais. Segundo Teresa, o "algo mais" do brigadeiro está na receita, que se atém à original substituindo os ingredientes por aqueles mais próximos dentro da proposta inclusiva. “O brigadeiro convencional é feito com leite condensado, manteiga e chocolate. Como eu não posso usar produtos lácteos, fiz um curso e aprendi a fazer um leite condensado com leite de amêndoas, de castanhas e de arroz integral. Faço a condensação, a manteiga substituí por um pouco de óleo de girassol e o chocolate transformei em cacau”, explica. A casa fornece uma grande variedade de opções de lanches, como: biscoitos de polvilho, pizzas, beijinhos, tortas, brioches, coxinhas (vegana e de frango), pães de queijo, bolos de bacia, tortinhas (vegana e de frango), brownie, todos feitos com ingredientes da culinária inclusiva. Apesar de manter um cardápio fixo, o café adapta a sua produção à demanda dos clientes. “Existem aqueles que pedem coisas específicas, próprias para as suas necessidades, e fazemos a adaptação. Então nosso menu é inclusivo ao mesmo tempo que é adaptativo”, esclarece Amanda Miranda, filha mais velha de Teresa e assistente de cozinha da mãe, nas horas vagas. Hoje, Teresa faz parte do Coletivo de Cozinhas Inclusivas do Brasil e também fornece para escolas que têm crianças alérgicas ou veganas que fazem lanche coletivo. A Dom Sabores atende encomenda para festas infantis, aniversários, formaturas e qualquer outra celebração, além de fazer entrega delivery. O público de Dom Sabores é formado, majoritariamente, por mães que ainda amamentam, ou cujos filhos têm APLV (alergia a proteína do leite de vaca) e pessoas com estilo fit. A localização dentro da Casa das Asas foi um casamento perfeito, já que é um espaço voltado para as crianças brincarem. “A ideia era ter um café para que as pessoas que não conhecem a culinária inclusiva pudessem conhecê-la”, pontua a proprietária do local. “Mas não só isso, as pessoas podem trazer o filho pra brincar e não precisar trazer o lanche. Ou ainda tomar um café e um petisco, enquanto a criança brinca. Como aqui tem wifi, os pais podem trabalhar enquanto comem e os filhos se divertem”. O diferencial do café está em não se especializar no menu de almoço. “Feijão, arroz integral, espaguete de abobrinha ou sem glúten, as famílias já cozinham em casa no dia a dia. Mas e o lanche?”, questiona a cozinheira. “Não tem nada mais triste do que você ir pra uma festa e ver o seu filho voltando pra mesa pra comer a marmita dele sozinho. Eu procurei trazer sabor para quem tem essa alimentação restritiva”, destaca. “Minha comida não é fit, minha comida é inclusiva. Ela tem menos caloria? Ótimo! Ela ajuda na dieta? Ótimo. Mas o meu propósito é ver as crianças com restrições alimentares lanchando igual a todas as outras”. Serviço Casa das Asas, Rua Dom Sebastião Leme, 81. Bairro das Graças. Encomendas por Whatsapp: (81) 99458.7499. *Por Yuri Euzébio

Delícias para quem tem restrição alimentar Read More »

Conheça os riscos das dietas da moda

Quem já não disse “estou fazendo dieta” pelo menos uma vez na vida? Infelizmente, muitas destas dietas utilizadas pela população, em geral, e divulgadas nas redes sociais, não refletem o verdadeiro sentido desta palavra. “Dieta” tem origem no latim diaeta, que vem do grego “díaita”, que significa modo de vida. Em outras palavras, fazer dieta significa mudar o estilo de vida em relação aos alimentos consumidos. Um estudo publicado recentemente na Revista de Nutrição (Braga et al, 2019), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, identificaram déficits significativos de nutrientes nas dietas da moda publicadas em sites e blogs. Nestas, estavam inclusas as famosas low-carb, jejum intermitente e dieta sem glúten. De acordo com a gestora de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira, Ana Ferrer Soares, a busca incessante pelos protótipos de corpo ideal desvirtua o conceito do que se considera um corpo saudável, desconsiderando a saúde do indivíduo e fazendo das dietas da moda verdadeiros milagres que induzem a ilusões de emagrecimento rápido e sem sacrifício. “Uma dieta equilibrada necessita de harmonia entre macronutrientes que são os carboidratos, proteínas e gorduras, e os micronutrientes que são as vitaminas e minerais, fibras alimentares e compostos bioativos”, explica. Pessoas que fazem dieta low-carb geralmente excedem na quantidade de proteína, podendo provocar lesões renais, e na quantidade de gorduras saturadas que podem desencadear doenças cardiovasculares. Já no jejum intermitente, passam por períodos de jejum que não condizem com o objetivo a ser atingido. Quando fazem dieta sem glúten, escolhem alimentos industrializados ao invés de aderirem à dieta baseada em alimentos naturais. “Estes três tipos de dietas são e devem ser usadas, porém no momento certo e com a prescrição de um Nutricionista. A utilização errada de tais dietas provoca o inevitável efeito sanfona, comumente observado em quem “vive” de dieta, e assim a obesidade torna-se mais difícil de ser controlada”, comenta. Por falar em obesidade, essa doença ainda atinge a maioria da população brasileira, sendo reconhecida como uma doença inflamatória crônica de baixo grau. Ela desencadeia uma série de respostas inflamatórias que cursam com o aparecimento de doenças crônicas como Diabetes, Doenças Cardiovasculares e Síndrome Metabólica. Por isso, são recomendados compostos bioativos que atuam reduzindo esta resposta inflamatória e assim auxiliam no processo de emagrecimento e na prevenção de muitas doenças. Entre os compostos mais frequentes estão o resveratrol (uvas e vinho tinto), curcumina (cúrcuma longa, açafrão da terra), quercetina (frutas cítricas, cebola e maça), tirosol (azeite de oliva), licopeno (tomate, melancia e goiaba), gingerol (gengibre), indol-3-carbinol e sulforafano (brócolis, couve-flor), campferol (tomate), apigenina (hortaliças e própolis), luteolina (chás, frutas e hortaliças), catequinas (chá verde), ácido elágico (romã) e capsaicina (pimenta vermelha). Mas, para saber a dieta ideal é preciso orientação de um nutricionista, profissional capacitado que vai identificar a necessidade de suplementação nutricional e utilização de alimentos funcionais com compostos bioativos essenciais e específicos para cada caso. Pensando nisso, a Universidade Salgado de Oliveira disponibiliza atendimento gratuito em seu ambulatório de nutrição, de segunda a quinta das 8h às 12h e das 14h às 18h. As marcações podem ser feitas de segunda a sexta, das 12h às 14h, pelo número 81 3797 9007. O atendimento é realizado pelos alunos do curso, sob orientação de professores nutricionistas capacitados para garantir o melhor atendimento ao público. SERVIÇO: Universidade Salgado de Oliveira Ambulatório de Nutrição Endereço: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2169 – Imbiribeira – Sala 19, Térreo Atendimento: de segunda a quinta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os interessados devem agendar a consulta pelo telefone (81) 3797 9007, de segunda a sexta, das 12h às 14h.

Conheça os riscos das dietas da moda Read More »

PCR abre seleção simplificada para contratar enfermeiros obstetras

A Prefeitura do Recife abriu seleção simplificada para contratar sete enfermeiros obstetras para a Maternidade Professor Barros Lima, em Casa Amarela. O edital que autoriza o processo seletivo foi publicado no Diário Oficial do Município do último sábado (5). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o próximo dia 14. O edital está disponível no site da Prefeitura (www.recife.pe.gov.br). A seleção da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife será realizada em etapa única, através de avaliação curricular. São sete vagas para enfermeiros obstetras, sendo seis para o regime de plantão e uma para diarista. Uma vaga é reservada para pessoa com deficiência. Os plantonistas terão carga horária de 30 horas semanais e salário de R$ 3.012,13, mais adicional de plantão de R$ 1.020. Já o diarista terá carga horária de 40 horas semanais e remuneração é de R$ 5.345,33, mais gratificações. O contrato será de um ano, podendo ser renovado por mais um, assim como também pode ser rescindido, a qualquer momento, de acordo com as necessidades da Sesau ou preenchimento das vagas por candidatos aprovados em concurso público. As inscrições para participar da seleção podem ser feitas via postal ou presencial, em dias úteis, das 8h às 12h ou das 14h às 17h, na Diretoria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, situada na Rua Alfredo de Medeiros, n° 71, Espinheiro. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição e o caderno de apresentação de documentos disponíveis no site da Prefeitura e apresentá-los, junto com a cópia da documentação. O resultado preliminar da avaliação curricular será divulgado no dia 14 de novembro, no Diário Oficial do Município.

PCR abre seleção simplificada para contratar enfermeiros obstetras Read More »