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Aumento do desmatamento na Amazônia é incontestável, diz Carlos Nobre

Elton Alisson, de Campo Grande (MS) – Alvo de recente questionamento, o aumento no desmatamento na Amazônia nos últimos meses, em comparação com 2018, é incontestável. O aumento foi apontado pelo sistema de monitoramento por satélites Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e deverá ser confirmado antes de dezembro com o lançamento dos dados obtidos durante um ano completo por outro sistema de monitoramento da instituição, o Prodes. Nos próximos dias deverão ser divulgados os dados do Deter para o período de agosto de 2018 a julho de 2019. Entre outubro e novembro, sairão os dados do Prodes para o mesmo período, que são utilizados para verificação do Deter. O Prodes usa dados do satélite Landsat – sistema que existe desde 1989 – e apresenta os dados consolidados sobre o desmatamento total apenas uma vez por ano. A afirmação foi feita por Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), durante palestra na 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada de 21 a 27 de julho na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. “Os números da série anual do Prodes, que compreende o período de agosto de 2018 a julho de 2019, devem confirmar o que os dados dos últimos meses mostraram: que o desmatamento da Amazônia nos últimos 12 meses foi muito maior do que no período anterior”, disse Nobre, que é pesquisador aposentado do Inpe. “Temos que partir do princípio de que está realmente ocorrendo um aumento do desmatamento na Amazônia”, disse. Segundo ele, o questionamento dos dados sobre o desmatamento da Floresta Amazônica nos últimos três meses indicados pelo Deter é infundado. Isso porque a margem de incerteza do sistema varia de 10% a 12%. O sistema apontou que o desmatamento na Amazônia em quilômetros quadrados (km²) aumentou nos meses de maio, junho e nos primeiros 20 dias de julho, respectivamente, 34%, 91% e 125% em relação aos mesmos meses em 2018. “Esses percentuais de aumento estão muito além da margem de incerteza. A probabilidade de que o desmatamento da Amazônia está aumentando está acima de 99%”, disse Nobre. Os dados do Deter são disponibilizados desde o lançamento do sistema, em 2004, pelo Inpe. Já os do Prodes – que foi o primeiro sistema de monitoramento de desmatamento na Amazônia criado pelo órgão em 1989 – ficaram embargados no início e só passaram a ser disponibilizados em 2002. “Esses dados públicos permitiram um enorme entendimento das causas do desmatamento e municiaram as políticas de combate que tiveram grande sucesso durante vários anos”, disse Nobre. O eventual embargo dos números de desmatamento obtidos pelo Deter e o Prodes ou a descontinuação desses dois sistemas causariam enormes prejuízos para o país e fariam o Inpe perder o protagonismo mundial no desenvolvimento de sistemas de monitoramento florestal, afirmou. “Não divulgar os dados do desmatamento do Inpe não faria o problema desaparecer, porque hoje há muitos grupos em todo o mundo que fazem esse tipo de mapeamento. Mas o Inpe, que desenvolveu o melhor sistema de monitoramento de florestas tropicais do mundo ao longo dos últimos 30 anos, perderia sua liderança”, disse Nobre. De acordo com o pesquisador, o Brasil, por intermédio do Inpe, foi o primeiro país do mundo a fazer esse tipo de monitoramento florestal por satélite. Os sistemas desenvolvidos pelo instituto ajudaram a capacitar pesquisadores de 60 países e muitos países tropicais usam os algoritmos criados na instituição. Enquanto os sistemas de monitoramento desenvolvidos por outras instituições no mundo, baseados em big data e algoritmos automáticos de inteligência artificial, apresentam hoje uma margem de erro acima de 20%, a do Prodes é de 5 a 6%, comparou Nobre. “Isso representa um enorme aperfeiçoamento desse sistema de monitoramento, que é resultado de 30 anos de avanço científico”, disse. Confiança nos dados Em coletiva de imprensa no dia 26 de julho, na reunião da SBPC, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que “não tem dúvidas de que os dados produzidos pelo Deter estão corretos e são confiáveis, mas foram usados com o objetivo incorreto”. “Os dados do Deter não são para medição do desmatamento, mas para alerta de desmatamento, para auxiliar o Ibama nas ações de fiscalização. Seria errado utilizá-los para indicar desmatamento”, disse Pontes à Agência FAPESP. “Os dados do Prodes é que têm a finalidade de medir desmatamento, mas demoram um certo tempo para ser compilados.” O ministro destacou que o Inpe é uma instituição conceituada, cujo trabalho é reconhecido internacionalmente, e que continuará a desempenhar suas funções como sempre fez. “O fato de perguntarmos sobre a variação de um dado é normal é já aconteceu anteriormente”, disse. O portal TerraBrasilis é uma plataforma web desenvolvida pelo Inpe para acesso, consulta, análise e disseminação de dados geográficos gerados pelos projetos de monitoramento da vegetação nativa do instituto, como o Prodes e o Deter: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/. Agência FAPESP

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Composto de planta brasileira combate leishmaniose e Doença de Chagas

Elton Alisson  – Um composto natural isolado de uma planta originária da Mata Atlântica, popularmente conhecida como canela-seca ou canela-branca (Nectranda leucantha), pode resultar em novos medicamentos para o tratamento da leishmaniose visceral e da doença de Chagas. Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz constataram em um estudo apoiado pela FAPESP que substâncias derivadas de uma molécula da planta, pertencente ao grupo das neolignanas, são capazes de combater os parasitas transmissores dessas doenças que afetam milhões de pessoas no Brasil e em outros países em desenvolvimento. Os resultados do trabalho foram publicados na revista Scientific Reports e no European Journal of Medicinal Chemistry. “Observamos que os compostos foram altamente potentes contra a Leishmania infantum, causadora da leishmaniose visceral, e o Trypanosoma cruzi, transmissor da doença de Chagas”, disse André Gustavo Tempone, pesquisador do Centro de Parasitologia e Micologia do Instituto Adolfo Lutz e coordenador do estudo, à Agência FAPESP. Os pesquisadores da instituição têm se dedicado nos últimos anos a identificar compostos provenientes da biodiversidade da Mata Atlântica que possam resultar no desenvolvimento de novos fármacos para combater doenças negligenciadas – causadas por agentes infecciosos ou parasitas e que afetam principalmente as populações mais pobres. Durante um projeto em colaboração com João Henrique Ghilardi Lago, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), foi possível isolar a neolignana. Já por meio de um projeto em colaboração com colegas da Ohio State University, também apoiado pela FAPESP, foi possível avaliar e comprovar o efeito do composto sobre células do sistema imunológico. Agora, em um projeto em colaboração com Edward Alexander Anderson, professor da Universidade de Oxford, da Inglaterra, também apoiado pela FAPESP na modalidade São Paulo Researchers in International Collaboration (SPRINT), foram sintetizados 23 novos compostos derivados da molécula. “Uma das limitações no desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento de doenças negligenciadas é encontrar parceiros para fazer a síntese dos compostos promissores. A colaboração com o grupo da Universidade de Oxford possibilitou darmos esse passo”, disse Tempone. Os pesquisadores avaliaram os efeitos dos compostos derivados da molécula em células de Leishmania infantum. Os resultados das análises indicaram que quatro deles se mostraram capazes de atingir a mitocôndria do parasita, que é um potencial alvo molecular de um fármaco para combatê-lo. Diferentemente de humanos, que podem ter até 2 mil mitocôndrias, a Leishmania infantum possui apenas uma, explicou Tempone. “Constatamos que os compostos tiveram uma forte atuação na mitocôndria desse parasita”, afirmou. Os compostos provocam um aumento abrupto do nível de cálcio no interior das células da Leishmania infantum. Essa alteração causa uma perturbação na mitocôndria do parasita, provocando sua morte. “Nossa hipótese é que os compostos interferem drasticamente na liberação do cálcio no interior das células e, dessa forma, prejudicam a principal fonte de armazenamento de energia do parasita, que é a ATP [adenosina trifosfato], produzida pela mitocôndria”, disse Tempone. Os compostos também interferiram no ciclo celular da leishmania, induzindo um mecanismo semelhante à morte celular programada e afetando a replicação do DNA. Efeitos similares também foram observados em ensaios com Trypanosoma cruzi. “Também verificamos que a mitocôndria do Trypanosoma cruzi sofre uma alteração logo no início da incubação dos compostos pelo parasita”, disse Tempone. Os pesquisadores pretendem, agora, otimizar os compostos, de modo a assegurar sua biodisponibilidade adequada no organismo. Essa etapa de avaliação da eficácia e segurança das moléculas é crucial para avançar para os estudos com animais, uma vez que mais de 90% dos compostos candidatos a fármacos testados in vitro (em células) falham nessa fase, explicou Tempone. “Estamos otimizando os compostos por meio da química medicinal para que possamos aumentar a taxa de sucesso nos estudos em modelo animal. Mas os compostos que obtivemos já são protótipos bastante promissores para combater a leishmaniose e atendem às recomendações da DNDi [organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas]”, disse Tempone. Uma das recomendações da iniciativa internacional é que os compostos promissores para o tratamento de doenças negligenciadas sejam fáceis de serem sintetizados. “A síntese dos compostos que estamos estudando é simples, feita em cinco etapas, e são baratos”, disse Tempone. O artigo A semi-synthetic neolignan derivative from dihydrodieugenol B selectively affects the bioenergetic system of Leishmania infantum and inhibits cell division (doi: 10.1038/s41598-019-42273-z), de Maiara Amaral, Fernanda S. de Sousa, Thais A. Costa Silva, Andrés Jimenez G. Junior, Noemi N. Taniwaki, Deidre M. Johns, João Henrique G. Lago, Edward A. Anderson e Andre G. Tempone, pode ser lido na Scientific Reports em www.nature.com/articles/s41598-019-42273-z. O artigo Dehydrodieugenol B derivatives as antiparasitic agents: Synthesis and biological activity against Trypanosoma cruzi (doi: 10.1016/j.ejmech.2019.05.001), de Daiane D. Ferreira, Fernanda S. Sousa, Thais A. Costa-Silva, Juliana Q. Reimão, Ana C. Torrecilhas, Deidre M. Johns, Claire E. Sear, Kathia M. Honorio, João Henrique G. Lago, Edward A. Anderson e Andre G. Tempone, pode ser lido por assinantes do European Journal of Medicinal Chemistry em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0223523419304040. Agência FAPESP

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Workshop de Aromaterapia no Recife recebe inscrições

Nos dias 03 e 04 de agosto, o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, de Abreu e Lima, em parceria com a Oshadhi (multinacional que atua no mercado de óleos essenciais puros e naturais), promove o workshop “Aromaterapia - Saúde e Bem Estar Através dos Óleos Essenciais”, ministrado por Guilherme Oberlaender e Yuri Oberlaender. O evento será realizado na Faculdade Estácio de Sá, no bairro da Madalena, das 9h às 17h, com intervalo para almoço. As inscrições estão abertas através do link bit.ly/aromaterapiarecife. Guilherme Oberlaender é psiquiatra e médico ortomolecular, com vasta experiência internacional na utilização de óleos essenciais para tratamento de diversas doenças. Yuri Oberlaender é mestre em filosofia antiga, com estudo aprofundado na perspectiva histórica e alquímica da utilização dos óleos essenciais ao longo da história e como filosofia de vida. Segundo a coordenadora do workshop, Márcia Machado, o evento tem o objetivo de promover a difusão da aromaterapia, técnica natural que utiliza o aroma e as partículas liberadas por diferentes óleos essenciais para estimular partes do cérebro. “São muitos os benefícios que a aromaterapia pode trazer às pessoas, como o alívio de sintomas de ansiedade, insônia, depressão, asma ou resfriado, promoção do bem-estar e fortalecimento das defesas do corpo”, informa ela. O workshop é recomendado para qualquer pessoa que tenha interesse na promoção da saúde de forma natural e segura, além de aromaterapeutas, terapeutas, terapeutas holísticos, profissionais da saúde, mães e o público em geral. “Quem já tem conhecimento na área poderá se beneficiar do workshop para conhecer a perspectiva de atuação do Dr. Guilherme Oberlaender e do Ms. Yuri Oberlaender, suas experiências e expertise na área. Para quem ainda não conhece, poderá ter acesso a um conhecimento valioso que poderá ser útil em diversas circunstâncias do cotidiano. Por ter uma perspectiva médica e alquímica, o encontro se propõe a ser uma experiência ímpar de ampliação de conhecimento”, destaca Márcia Machado. Serviço: Workshop Aromaterapia - Saúde e Bem Estar Através dos Óleos Essenciais 03 e 04 de agosto (das 9h às 17h) Faculdade Estácio de Sá (Av. Eng. Abdias de Carvalho, 1678, Madalena, Recife) Inscrições: bit.ly/aromaterapiarecife Conteúdo Programático: O que é aromaterapia O que são óleos essenciais Qual a função dos óleos essenciais Métodos de extração Porque os óleos agem terapeuticamente em nosso organismo Principais óleos essenciais para o dia a dia Formas de Uso

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Adolescentes que dispensam o café da manhã podem desenvolver obesidade

Peter Moon – Em um trabalho publicado na Scientific Reports, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e de seis países europeus avaliam comportamentos determinantes para o ganho de peso entre crianças e adolescentes. A obesidade infantil pode favorecer o surgimento prematuro de problemas como o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O estudo destaca que o hábito de muitos adolescentes de pular o café da manhã em suas casas antes de seguir para as escolas guarda relação direta com o aumento da circunferência abdominal e com o aumento no índice de massa corporal (IMC) nesse grupo etário. Dispensar a primeira refeição do dia pode levar a uma dieta desequilibrada, além de hábitos nada saudáveis, o que pode tornar os adolescentes vulneráveis ao ganho de peso. “O principal achado de nosso estudo indica que pular o desjejum está associado a marcadores de adiposidade em adolescentes, independentemente de onde vivem, do tempo de sono ou do sexo”, disse Elsie Costa de Oliveira Forkert, epidemiologista e pesquisadora do Grupo de Pesquisa YCare do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. “Ao dispensar o café da manhã, milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo podem substituir uma alimentação mais saudável dentro de casa (lácteos, cereais integrais e frutas) pelo consumo, em cafeterias e lanchonetes escolares, de alimentos industrializados muitas vezes hipercalóricos e de baixo valor nutricional, como salgadinhos, doces e refrigerantes, o que está diretamente ligado ao desenvolvimento da obesidade”, disse. O artigo complementa o trabalho de pós-doutorado de Forkert, apoiado pela FAPESP, e contou com a colaboração de cientistas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Grécia e da Itália. A partir dos dados de dois grandes estudos, um europeu e outro brasileiro, os cientistas avaliaram se os comportamentos relacionados ao equilíbrio energético adotados por esses adolescentes estariam associados a marcadores de adiposidade total e abdominal. O estudo europeu é o Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence Cross-Sectional Study (Helena-CSS), conduzido entre 2006 e 2007 e que avaliou 3.528 adolescentes de 10 grandes cidades europeias (composto por 52,3% de meninas e 47,7% de meninos, todos entre 12,5 e 17,5 anos), estratificados por idade, sexo, região e status socioeconômico. A coordenação do estudo europeu foi feita pelo professor Luis Alberto Moreno, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Zaragoza, na Espanha. Já o estudo brasileiro intitulado Saúde Cardiovascular do Adolescente Brasileiro (BRACAH Study), utilizando metodologia semelhante, avaliou 991 adolescentes (54,5% de meninas e 45,5% de meninos, com idade entre 14 e 18 anos) e foi conduzido em 2007 na cidade de Maringá (PR). Os adolescentes foram avaliados quanto a fatores de risco cardiovascular e comportamentos relacionados à saúde. O estudo BRACAH foi coordenado pelo professor Augusto Cesar Ferreira de Moraes, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP. O novo estudo, do qual participou Forkert, avaliou peso e altura, índice de massa corporal (indicador de obesidade geral), circunferência abdominal e relação cintura-altura (indicadores de obesidade abdominal). “Os comportamentos relacionados ao equilíbrio energético foram medidos por meio de questionário que avaliou, entre outros fatores, o nível de atividade física dos adolescentes (na escola, em casa, nas horas de lazer, no transporte), sendo que um mínimo de 60 minutos por dia de atividade física de moderada a vigorosa foi considerado adequado, enquanto atividade física inferior a 60 minutos ao dia foi considerada insuficiente”, disse Forkert. Para averiguar o comportamento sedentário dos adolescentes, em dias de semana e fins de semana, foi considerado o tempo diário despendido na frente da televisão, do computador ou jogando videogames. O tempo de sono dos adolescentes pesquisados também foi examinado, considerando o tempo de sono habitual, em dias da semana e aos finais de semana. O questionário de Escolhas e Preferências Alimentares, que explora atitudes e preocupações quanto a alimentação, estilo de vida e alimentação saudável entre os adolescentes, também foi usado para avaliar o consumo de café da manhã, com base no grau de concordância (em uma escala de 1 a 7) com a afirmação “Eu muitas vezes pulo o café da manhã”. A partir dessas informações os cientistas analisaram se os adolescentes que dispensavem o café da manhã apresentavam, em média, valores maiores nos marcadores de adiposidade em relação aos adolescentes que tomavam o café da manhã. “Dos comportamentos analisados, relacionados ao equilíbrio energético, o que mais apresentou associação com os marcadores de obesidade foi o comportamento de pular o café da manhã", disse Forkert. Sedentarismo e mais calorias Tanto no estudo europeu como no brasileiro, os meninos se mostraram em média mais pesados e mais altos do que as meninas e apresentaram circunferência abdominal igualmente maior. “Verificamos um aumento médio na circunferência abdominal de 2,61 centímetros e 2,13 centímetros, respectivamente, nos meninos europeus e brasileiros, quando esses têm o hábito de pular o café da manhã”, disse Forkert. “Por outro lado, quando usamos o tempo de sono influenciando a associação entre os outros comportamentos e os marcadores de obesidade, observou-se que os meninos europeus e brasileiros que pularam o café da manhã, mesmo dormindo adequadamente [oito horas por dia ou mais], aumentaram em média 1,29 kg/m² e 1,69 kg/m² o índice de massa corporal, respectivamente”, disse. Entre os meninos europeus e brasileiros, pular o café da manhã foi o comportamento predominante, mostrando associação positiva com os indicadores de obesidade (índice de massa corpórea, circunferência abdominal e relação cintura-altura). “O mesmo ocorreu entre meninas europeias. Diante do comportamento de pular o café da manhã, mesmo dormindo adequadamente houve uma associação positiva com os marcadores de obesidade geral e abdominal. Por exemplo, a circunferência abdominal aumentou em média 1,97 centímetro e a relação cintura-altura 0.02”, disse Forkert. Em relação às meninas estudadas, as brasileiras se mostraram mais sedentárias do que os meninos. Já as europeias, apesar de apresentarem menor prevalência de comportamentos sedentários, eram, em contrapartida, menos ativas fisicamente quando comparadas aos meninos europeus, embora mais ativas do que os adolescentes brasileiros. O comportamento sedentário (mais de duas horas por dia) nessas adolescentes europeias mostrou um aumentou na circunferência

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Afinal, por que as rugas se formam? Saiba como prevenir e tratar essas alterações

Apesar de natural, o envelhecimento da pele e o aparecimento de rugas e linhas de expressão são vistos como um grande problema por muitos. Com isso, a busca por tratamentos rejuvenescedores e antirrugas são cada vez mais procurados. Mas por que as rugas se formam? Segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), a face é composta por várias camadas e, em algumas áreas, a pele fica praticamente sobre os músculos. Por isso, cada vez que o músculo é contraído, o tecido acompanha fazendo curvas e dobras que conferem expressão ao rosto. “Conforme o movimento dos músculos, todas as camadas da pele encurtam e distendem às vezes formando dobras. Devido às fibras de colágeno e elastina, a pele possui a capacidade elástica de voltar ao estado original após o movimento muscular. Porém, com o envelhecimento, as propriedades físicas da pele se alteram. A quantidade e qualidade das fibras se modificam e a pele não consegue mais voltar ao estado original. Então, mesmo sem contrair os músculos as rugas ficam perceptíveis. Estas são chamadas de rugas estáticas”, explica a médica. O principal causador do aparecimento destas rugas é a qualidade da pele, que pode ser comprometida por fatores internos como genética, características anatômicas, idade ou externos como exposição ao sol, poluição, tabagismo. Por exemplo, uma pele mais espessa tende a demorar mais para apresentar rugas, assim como peles mais secas têm maior tendência a rugas. Além disso, fatores como exposição solar, poluição e hidratação também influenciam no envelhecimento da pele. “Os raios UVA e UVB causam lesões na pele desde a epiderme até camadas mais profundas da derme, modificando o colágeno, a elastina, a regeneração da epiderme, aparecimento de manchas, aumentando assim a predisposição ao aparecimento de rugas”, acrescenta a cirurgiã plástica. De acordo com a Dra. Beatriz, o melhor tratamento é a prevenção. A utilização de cremes e filtros solares de forma contínua auxilia na manutenção da qualidade da pele e na prevenção do aparecimento das rugas. “A proteção solar e a hidratação são fundamentais para o bom funcionamento de todas as estruturas. Existem cremes que promovem hidratação profunda na pele e permitem melhor funcionamento das fibras e células. Além disso, os ácidos são capazes de retirar a camada córnea, promovendo uma pele mais macia e melhorando a hidratação do tecido”, afirma. Porém, após o aparecimento, o tratamento depende da causa e da profundidade das rugas. Por exemplo, rugas de expressão devem ser tratadas com toxina botulínica, paralisando o músculo por baixo da pele, o que significa a perda da expressão pela qual o músculo é responsável. Já as rugas estáticas, que também dependem da ação dos músculos, podem ser tratadas com a toxina botulínica, mas são necessários outros procedimentos que variam conforme a profundidade da ruga. “Rugas superficiais podem ser tratadas apenas com a hidratação da pele, existem inúmeros cosméticos que recuperam a epiderme e derme superficial. Rugas mais profundas, que podem atingir todas as camadas da derme, precisam ser tratadas com peelings mais profundos, lasers e preenchedores com ácido hialurônico. Além destes, os estimuladores de colágeno ou bioestimuladores também podem ser utilizados”, explica a Dra. Beatriz Lassance. Segundo a médica, o envelhecimento da pele também pode estar associado a flacidez dos tecidos mais profundos como músculos e ligamentos. Se for o caso, a cirurgia pode se fazer necessária. “É sempre importante lembrar que nenhuma cirurgia substitui o cuidado com a pele. Uma cirurgia facial, chamada de lifting ou ritidoplastia, promove um resultado muito melhor se a pele for bem tratada. Além disso, considero muito importante o trabalho conjunto do cirurgião plástico com o dermatologista”, completa a cirurgiã. FONTE: Dra. Beatriz Lassance - Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery (ASPS).

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Peça a “Rediviva de Magdala” em apresentação especial no Teatro IMIP

Em prol do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), o Grupo de Teatro Anália Franco, vinculado a Fraternidade Espírita Peixotinho, realiza no próximo dia 10 de agosto, nova apresentação da peça “A Redivida de Magdala”, que retrata a história de Maria Madalena desde sua passagem como cortesã até a entrega total aos desvalidos do Vale dos Leprosos. Toda a bilheteria do evento será revertida para o HCP, instituição filantrópica responsável pelo atendimento de mais de 50% dos pacientes oncológicos de Pernambuco. A peça narra a história de Maria Madalena, mostrando esta figura bíblica para além do estereótipo de prostituta, que terminou seus dias em total dedicação aos chagados e desvalidos – total transformação após o seu encontro com Jesus Cristo. Dia: 10 de agosto de 2019 Local: Teatro do IMIP Valor: R$ 25,00. *Os ingressos serão vendidos no HCP (recepção central); Livraria Leitura (Shopping Tacaruna); Fraternidade Peixotinho (Boa Viagem), Lar de Tereza de Jesus (Prado) e Ingressos Prime (Shopping Tacaruna, RioMar, Boa Vista e Patteo Olinda). Link: https://www.ingressoprime.com/peca-rediviva-de-magdala Mais informações: (81) 3217.8025/3217.8034 --

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Trabalho e saúde mental

Tem sido cada vez mais comum nos depararmos com notícias impactantes e inesperadas de pessoas ou colegas de trabalho que de forma inexplicável cometeram suicídio ou foram afastadas do trabalho sem justificativa clara. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), globalmente mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão e 260 milhões vivem com transtornos de ansiedade, chegando a custar US$ 1 trilhão ao ano em perda de produtividade. No Brasil, o afastamento por transtornos psicológicos já está entre as principais causas de afastamento do trabalho. Transtornos já bem conhecidos como depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout, esgotamento psíquico e estresse agudo podem facilmente ser ignorados e tratados como uma simples falta de motivação ou preguiça. Isso acontece porque infelizmente poucas empresas e gestores estão atentos a questões de saúde mental e, por outro lado o próprio funcionário tende a tentar esconder os sintomas por vergonha, ou até mesmo por um sentimento de culpa. Afinal de contas, com o desemprego batendo na porta de tantos brasileiros como poderia se justificar a infelicidade estando empregado? Na maioria das vezes vemos as empresas investirem em programas voltados para a saúde física dos trabalhadores com incentivo a uma alimentação saudável, prática de esportes, ginástica laboral, etc. Porém, infelizmente muitas ainda ignoram os reflexos das questões psicológicas sobre o organismo e o sofrimento emocional decorrente desses transtornos e dessa forma, não investem em ações preventivas voltadas para Saúde Mental. A boa notícia é que algumas empresas, inclusive multinacionais, já começaram a perceber que cuidar da saúde mental de seus funcionários diminui de forma considerável o absenteísmo, aumenta a motivação e consequentemente a produtividade da equipe, trazendo resultados surpreendentes para a organização. Nem sempre é fácil tratar de saúde mental nas empresas, pois existe preconceito sobre o assunto e receio de ser apontado pelos colegas, ou até mesmo demitido por apresentar esse tipo de problema. Dessa forma, as empresas precisam tratar o assunto com muita ética e respeito pelos funcionários, preservando o sigilo e deixando os mesmos tranquilos quanto a não punição devido a essas questões. A maioria das pessoas que sofre de algum transtorno psicológico relata um sentimento de vazio, angústia, tristeza, cansaço, problemas de relacionamento, medo, insegurança, desmotivação, falta de sentido na vida e no trabalho. Outros ainda, já apresentam diagnóstico fechado, relatando depressão, ansiedade, pânico, etc. Aqui vale ressaltar que a Saúde Mental implica muito mais que a ausência de Doenças Mentais. O nexo causal associado ao adoecimento psíquico pode estar relacionado à sobrecarga de trabalho, inflexibilidade da jornada, incompatibilidade de valores e cultura organizacional, monotonia, competição exagerada, estresse, gestão autoritária, falta de reconhecimento, assédio moral, pressão, entre outros. O diálogo, as ações realizadas pela equipe de RH e a sensibilidade dos gestores e/ou dos colegas de trabalho podem ser fatores determinantes para identificar possíveis sofrimentos. Por esse motivo, muitas empresas estão adotando o processo de psicoterapia dentro da própria organização, onde os funcionários são atendidos por um Psicólogo Especializado, que divide sua ação em atendimentos individuais e atividades em grupo. Esse Psicólogo deve ser alguém de fora da organização e que manterá total sigilo, tanto quanto a procura, quanto as questões abordadas por cada funcionário, oferendo a eles um primeiro acolhimento e fazendo o devido encaminhamento para Terapia, Psiquiatria e/ou demais profissionais de acordo com a demanda apresentada. O Acolhimento Terapêutico e encaminhamento para acompanhamento psicológico pode ser determinante na prevenção de consequências mais graves como uma depressão profunda e até mesmo o suicídio. Sofrer em silêncio não deve ser uma opção. Às vezes uma palavra pode salvar uma vida! *Raqueline Lima é Psicóloga Clínica, com Especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Atua há mais de 15 anos com Gestão de Recursos Humanos e Atendimento Psicoterapêutico em Consultório Particular. Formanda em Terapia Corporal na Análise Bioenergética.

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Canabidiol diminui agressividade, conclui estudo

Peter Moon – Um novo estudo concluiu que o canabidiol contribui para diminuir a agressividade induzida pelo isolamento social. O trabalho foi feito em camundongos por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Resultados foram publicados na revista Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry. “Nosso estudo demonstra que o canabidiol tem efeito na redução da agressividade e que a substância realiza o papel de inibidor da agressividade devido ao fato de facilitar a ativação de dois receptores: o receptor 5-HT1A, responsável pelos efeitos do neurotransmissor serotonina, e o receptor CB1, responsável pelos efeitos de endocanabinoides”, disse Francisco Silveira Guimarães, professor titular da FMRP-USP e líder do estudo. Apesar de extraído da maconha, Guimarães ressalta que o canabidiol não produz dependência nem efeitos psicotomiméticos. Na maconha, a substância responsável por isso é o tetraidrocanabinol (THC), enquanto que com o canabidiol ocorre o oposto: ele exerce ação bloqueadora sobre alguns efeitos do THC. “Nos últimos 20 anos, o canabidiol tem sido estudado em diversos contextos, porém são poucos os estudos que investigaram seus efeitos em comportamentos agressivos”, disse Guimarães. O novo estudo também contou com cientistas do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Neurociência Aplicada da USP e foi feito no âmbito do Projeto Temático “Novas perspectivas no emprego de fármacos que modificam neurotransmissores atípicos no tratamento de transtornos neuropsiquiátricos”, com apoio da FAPESP – a pesquisa também tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Guimarães conta que a agressão induzida pelo isolamento é um modelo comportamental clássico usado em experimentos. “A agressão induzida pelo isolamento pode ser atenuada por meio da administração de drogas ansiolíticas, antidepressivas ou antipsicóticas. Como alguns resultados pré-clínicos e clínicos indicam que o canabidiol possui tais propriedades, decidimos testar seu efeito sobre a agressividade induzida”, disse Guimarães. “Usamos um modelo chamado de residente-intruso, condição que induz agressividade em animais em decorrência do seu isolamento por vários dias”, disse Guimarães. Com o objetivo de verificar se o canabidiol exerceria alguma ação capaz de alterar o comportamento agressivo apresentado por roedores no modelo residente-intruso, os pesquisadores injetaram diferentes dosagens de canabidiol em quatro grupos distintos de animais, compostos por seis a oito roedores machos. Em um quinto grupo, que serviu de controle, os roedores não receberam canabidiol, apresentando o comportamento clássico do modelo residente-intruso. Os primeiros ataques por parte dos camundongos residentes contra os invasores ocorreram, em média, 2 minutos após um ser colocado em frente a outro. Foram contabilizados entre 20 e 25 ataques enquanto os animais permaneceram reunidos. Com relação aos animais que receberam canabidiol, no primeiro grupo os camundongos residentes receberam uma dose de 5 miligramas da substância por quilo (cada camundongo macho pesava entre 30 e 40 gramas). Nesse grupo, o primeiro ataque ocorreu cerca de 4 minutos após a introdução do camundongo invasor na gaiola, ou seja, o dobro do tempo quando comparado ao animal que não recebeu canabidiol. Quanto ao número de ataques, esse caiu pela metade. Um segundo grupo, no qual os camundongos receberam cerca de 15 miligramas de canabidiol por quilo, a inibição da agressividade foi a mais pronunciada do experimento. Em média, os primeiros ataques só ocorreram por volta de 11 minutos após a introdução do residente na gaiola. Já o número de ataques também foi o menor verificado, com cerca de cinco ataques, em média, por gaiola. No terceiro e quarto grupos foram injetadas doses de 30 e de 60 miligramas por quilo, respectivamente, mas tais aumentos na quantidade de canabidiol não se traduziram em maior inibição da agressividade dos animais. Ao contrário, os primeiros ataques se deram em menos tempo do que nos animais que receberam doses de 15 miligramas por quilo. Da mesma forma, o número de ataques também foi ligeiramente maior. “Esse resultado da redução do efeito do canabidiol em dosagens maiores já era esperado. Em outros experimentos, como por exemplo para testar o potencial antidepressivo do canabidiol, após um ganho inicial, dosagens maiores levaram a efeitos menores. Em nosso experimento, caso tivéssemos testado um grupo de camundongos com a dosagem de 120 miligramas por quilo, possivelmente não obteríamos inibição alguma na agressividade dos camundongos residentes”, disse Guimarães. Bloqueando o efeito Sabendo que o canabidiol facilita a ativação de um receptor do neurotransmissor serotonina denominado 5-HT1A, os cientistas repetiram o modelo residente-intruso na segunda etapa dos experimentos, só que dessa vez injetando nos camundongos doses variadas de uma substância chamada WAY100635, que atua no organismo como antagonista do receptor 5-HT1A. O teste procurou verificar se o efeito antiagressivo do canabidiol poderia ser anulado ou reduzido com o uso do WAY100635. “Foi exatamente o que observamos. Nos camundongos residentes que receberam doses intermediárias de WAY100635 antes do canabidiol, a latência desde o momento em que o animal intruso foi colocado na gaiola até a ocorrência do primeiro ataque se aproximou muito da latência observada nos camundongos do grupo controle – esses não receberam droga e partiram para o ataque dos intrusos aproximadamente 2 minutos após eles serem colocados nas gaiolas”, disse Guimarães. O mesmo se deu com o número de ataques. Todos os camundongos com dosagens variadas de WAY100635 antes do canabidiol atacaram o camundongo intruso quase tantas vezes quantas fariam caso não tivessem recebido droga alguma. Dados da literatura cientídica e do próprio laboratório da FMRP-USP sugerem que outro mecanismo do canabidiol seria a inibição do metabolismo de um neurotransmissor produzido no cérebro chamado anandamina. Essa substância endógena (um endocanabinoide) ativa receptores de canabinoide tipo 1 (CB1), que são igualmente ativados pelo composto THC, encontrado na maconha. Para verificar se este mecanismo também poderia estar envolvido no efeito antiagressivo do canabidiol, foi feito um terceiro experimento repetindo o modelo residente-intruso com a combinação do canabidiol com o AM251, um antagonista de receptores CB1. O resultado foi semelhante ao do experimento com o antagonista do receptor 5-HT1A, o WAY100635. “Os efeitos antiagressivos do canabidiol foram atenuados pelo antagonista do receptor 5-HT1A, WAY100635 (na dose de 0,3 miligrama por quilo), e pelo antagonista do receptor CB1,

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Benefícios das atividades aquáticas na terceira idade

Com a vida agitada e corrida dos dias contemporâneos, viver bem e envelhecer com saúde é um desafio para muitas pessoas. Mas alguns exercícios podem ajudar a alcançar uma longevidade com qualidade. As atividades aquáticas são algumas das opções de ótimas aliadas de quem deseja ter uma vida saudável, pois podem ser praticadas em todas as fases da vida, principalmente na terceira idade. “Na história da humanidade a água sempre esteve presente em suas mais diferentes ações, seja como irrigação, hidratação, ambiente onde fornece alimentos, como forma de defesa, como ambiente propício ao fim terapêutico, formativo e performance”, explica o professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas da Faculdade IDE Sérgio Abreu. Como toda atividade física, elas também fazem com que a pessoa alcance seus objetivos numa visão que venha a favorecer uma vida saudável. De acordo com Sérgio, as atividades aquáticas podem ajudar a alcançar uma boa qualidade de vida porque a sua influência fisiológica a torna uma protagonista na prevenção da saúde, através de seus elementos próprios, como: a hidrostática, que é o corpo em repouso; a hidrodinâmica, o corpo em movimento; e termodinâmica, que é a troca de calor com o meio ambiente. Existem diferentes tipos de atividades aquáticas e deve ser observada qual delas você se identifica mais e praticá-la com regularidade. “As principais seriam a natação e a hidroginástica, mas o mais importante numa visão de saúde é o contato com ambiente aquático. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), qualquer atividade física independente do meio, para ter seu efeito saudável deve ser praticada em um mínimo de 150 minutos semanais”, orienta o professor. As atividades aquáticas possuem baixo impacto nas articulações, por isso são excelentes também para quem sofre com lesões. “O impacto é inibido pela força de empuxo, que atua sobre os corpos com densidade menor que a água, favorecendo a diminuição da força de gravidade possibilitando a flutuação, fazendo com que este corpo tenha 10% do seu peso neste ambiente. Esta condição favorece o relaxamento muscular, diminuição das compressões articulares que consequentemente diminuem dores e tensões”, relata o educador. Chegar bem na terceira idade é o desejo de todo mundo e ainda mais se houver uma forma de prevenir as doenças do envelhecimento. E os exercícios dentro d’água podem auxiliar neste sentido. “A ajuda é como elemento de prevenção, pois quando realizado de forma moderada numa visão de saúde prepara seu corpo e sistemas, para os malefícios do envelhecimento sedentário. E ajuda a prevenir problemas, já que sua prática leva a um controle das doenças circulatórias, pressão arterial, doenças respiratórias e as dislipidemias, que são as gorduras no sangue”, conta o docente da Faculdade IDE. Alguns problemas nas articulações e nos ossos começam a surgir quando chegamos a velhice e chegam a incomodar até mesmo a mobilidade dos idosos. A prática de atividades na água podem diminuir os sintomas. “No caso das doenças articulares, com a atividade aquática em um ambiente propício, com temperatura e profundidade ideal, será benéfico para estas patologias”, explica Sérgio. O melhor tipo de atividade para os idosos varia de acordo com cada caso, por isso, é importante ter um acompanhamento profissional e seguir as indicações. “O contato com a água de uma forma em geral é saudável e sem contraindicações, mas o que é importante salientar é a sensibilidade do profissional que atua com este público para saber o momento do avançar no passo a passo”, relata. Contraindicações Mesmo sendo uma atividade com baixo impacto e com muitos benefícios para a saúde, assim como qualquer atividade física, existem alguns casos que não é prudente seguir com a prática regular e somente a avaliação médica pode dizer se o idoso pode ou não continuar. “Após a realização de uma avaliação médica e havendo uma liberação para a prática da atividade física ele estará liberado para a prática da atividade aquática”, esclarece o professor Faculdade IDE. “A princípio, a atividade aquática não tem contraindicação o que pode e deve ser necessário é uma atenção maior no caso do idoso portador de epilepsia. O caso da osteoporose também não será interessante, pois para essa patologia é recomendada a prática de atividades que venham favorecer uma reposição dos osteoblastos e para isto seria necessária uma atividade que promova pelo menos impacto moderado, sendo recomendada a musculação”, alerta Sérgio. “Pode acontecer também de algumas pessoas terem problemas dermatológicos ou alergia ao cloro e aí não poderem estar em piscina. Mas, nesses casos, não é a atividade que não pode ser realizada, mas o meio em que ocorre”, finaliza o professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas sobre as contraindicações das atividades aquáticas na terceira idade. * O professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas da Faculdade IDE Sérgio Abreu tem mestrado em Ciência da Educação pela Universidade Lusófona (Lisboa), especialização em bases teóricas da avaliação e prescrição do exercício físico pela Faculdade IDE e especialização em fisiologia do exercício pela Universidade Veiga de Almeida e Ciência da Educação pela Faculdade de Teologia. É também coordenador de esporte e professor de natação do Colégio Grande Passo e da Escola Primeiro Passo, além de coordenador do Circuito Estadual de Natação (Troféu União das Águas).

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Crianças com 5 anos ou menos devem se vacinar contra sarampo e poliomielite

A partir do dia 6 de agosto, crianças menores de 5 anos de todo Brasil já podem procurar os postos de saúde para se vacinarem contra o sarampo e a poliomielite. A medida faz parte da Campanha Nacional de Vacinação que se estenderá até o dia 31 de agosto e eleva o alerta para estas duas doenças que já foram erradicadas no país, mas voltam a assustar a população e a preocupar a comunidade médica. Segundo Dr. Adelino Melo Freire, médico infectologista do Hospital Felício Rocho, o sarampo é uma doença infecciosa transmitida por um vírus através da fala, tosse ou espirro. Seus sintomas são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa bucal. Já a poliomielite, outra doença contagiosa e causada por vírus, e conhecida como paralisia infantil, pode ser transmitida pelas fezes de pessoas doentes e adquirida por meio de água e alimentos contaminados. “A doença pode ser grave, levando à paralisação do sistema muscular”, explica. Ambas enfermidades haviam sido extintas no Brasil. O último caso de poliomielite confirmado foi no ano de 1989, na cidade de Souza, estado da Paraíba. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), um certificado que acusava a eliminação da circulação do vírus do sarampo. Porém, em 2019, o sarampo voltou e já soma 426 casos confirmados em sete estados brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, até meados de julho. São Paulo lidera o ranking com 350 vítimas, cerca de 82% do total. Em seguida aparece o Pará, com 53 infectados e o Rio de Janeiro, com 11. Minas Gerais e Amazonas possuem quatro casos cada, são três confirmações em Santa Catarina e ainda um caso em Roraima. As quedas das taxas de imunização contra as duas doenças vistas nos últimos anos e a reintrodução do sarampo em território nacional endossa a importância da vacinação como principal ferramenta de controle dessas doenças. “A vacinação é a principal estratégia de prevenção e a melhor forma de combater as duas doenças. É essencial que os pais mantenham os cartões de vacinação das crianças atualizados, garantindo que as doses necessárias para proteção sejam realizadas”, evidencia Dr. Adelino. A campanha Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é vacinar 95% das crianças de 0 a 5 anos. Esse percentual totaliza 11,2 milhões de pacientes que enquadram na faixa etária. No caso do sarampo, as crianças precisam tomar uma dose da vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola. Já no caso da poliomielite, as crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina, receberão essa primeira dose pela via injetável. As que já passaram por uma ou mais doses terão à disposição a vacina por via oral

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