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Câncer: consumo de cigarro light, eletrônico ou narguilé também são responsáveis pela doença

Hoje, dia 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Fumo. Com mais de 21 milhões de fumantes no Brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de muitas pesquisas levantarem os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Cigarro light Cientistas da Ohio State University, nos Estados Unidos, apontaram que o cigarro do tipo light pode ser a razão do aumento de um câncer chamado adenocarcinoma pulmonar, muito comum entre fumantes, bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica. Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que o consumo excessivo desses cigarros pode estar diretamente ligado ao aumento dos casos nos últimos 50 anos. Isso porque os cigarros do tipo light foram desenvolvidos com filtros minúsculos. Os furos de ventilação do filtro permitem que os fumantes inalem mais fumaça, responsável por aumentar os níveis de produtos químicos e outras toxinas no organismo. Considerada uma opção menos agressiva que os demais cigarros comercializados no mercado, hoje essa ideia já é contestada por toda a comunidade médica. Segundo o oncologista Felipe Marinho, da Multihemo, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, comenta. Cigarro eletrônico Um estudo publicado na revista científica Thorax, realizado pela Universidade de Birmingham, revelou que o vapor inalado através do cigarro eletrônico pode debilitar as células que protegem os tecidos pulmonares. Os macrófagos alveolares – importantes células que promovem o controle de elementos estranhos no corpo – que foram expostos ao vapor apresentaram danos maiores em relação à exposição apenas ao líquido do dispositivo. Essa não foi a primeira pesquisa que evidenciou os perigos do cigarro eletrônico. Outro estudo elaborado por pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Nova York relacionou o uso do o cigarro eletrônico ao aumento do risco de câncer e doenças cardíacas. Silvia Fontan, oncologista da Oncoclínica Recife, conta que, apesar de conter menos substâncias cancerígenas que os cigarros convencionais, o cigarro eletrônico, principalmente após o uso prolongado, ainda apresenta riscos e não deve ser considerado uma opção segura. Narguilé O Narguilé é um cachimbo que traz um fumo feito de tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. Por conter água e um mecanismo de filtragem, difundiu-se a ideia de que o seu consumo pode ser menos prejudicial à saúde, mas na realidade, ele pode ser tão ruim quanto os cigarros tradicionais. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, equivale a fumar cerca de cem cigarros. Os oncologistas ainda afirmam que as outras formas de consumo de tabaco (como narguilé, charuto, cachimbo e cigarros eletrônicos) são responsáveis por ampliarem em cerca de 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 13 outros tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.

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Acupuntura para a cura da depressão

A Acupuntura é um conjunto de práticas terapêuticas baseadas na Medicina Tradicional Chinesa, que consiste, principalmente, na inserção de agulhas para a estimulação de regiões anatômicas sobre a pele, chamados de Pontos de Acupuntura. De acordo com a medicina ocidental, é um método que estimula a liberação de substâncias químicas, que atuam sobre o sistema nervoso, promovendo o equilíbrio do organismo. Atualmente, a técnica da acupuntura busca ajudar os canais energéticos do corpo (meridianos), de acordo com o equilíbrio de Yin e Yang e, consequentemente, a normalização de funções alteradas, reforço do sistema imunológico e controle da dor. Ela pode ser utilizada em vários tratamentos, podendo obter diferentes tipos de resultados. De acordo com a fisioterapeuta, especialista em estética, Gabriela Laubé, a acupuntura pode aliviar muitos problemas, dentre eles a depressão. A depressão é uma disfunção que faz parte dos chamados transtornos afetivos e do humor, atingindo 16% da população mundial. As pessoas que sofrem deste problema, podem contar com o auxílio de remédios ou até mesmo com terapias alternativas, como a acupuntura. “A inserção de agulhas provoca uma série de reações que liberam neurotransmissores, como serotobina e dopamina, que geram sensação de prazer e bem-estar, tendo o mesmo efeito de alguns medicamentos antidepressivos. A acupuntura tem inúmeros benefícios, mas a maior vantagem é que ela enxerga e trata o corpo como um todo, proporcionando uma melhora geral e não possui efeitos colaterais, como os remédios” – afirma Gabriela. A acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos, atingindo neurotransmissores responsáveis pelo controle do humor e das emoções. O estímulo das agulhas desencadeia muitos efeitos importantes, como analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular e sobre os sistemas endócrino e imunológico. Laubé conclui: “Ao inserirmos agulhas de acupuntura em pontos específicos do corpo de pacientes que sofrem com a depressão é possível liberar substâncias neuromoduladoras, que normalizam funções motores sensoriais, autonômicas, neuroendócrinas, de controle de expressão emocional, por isso o paciente se sente melhor”. Esta terapia alternativa é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e quem opta por este tratamento consegue vencer a doença por si próprio. As agulhas são descartáveis e nunca devem ser reutilizadas.

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Síndrome de burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças

O aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas de transtornos associados à atividade laboral, como a síndrome de burnout.                                     Ueliton Pereira A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a síndrome de burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Definida como “estresse crônico”, a patologia está relacionada com o esgotamento laboral. A decisão da OMS ocorreu durante a assembleia mundial da organização, que ocorre desde 20 de maio, em Genebra. A inclusão oficialmente começa a valer em 2022 A lista é feita com base nas avaliações de especialistas de todo o mundo e utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. Para o psicólogo da Holiste Psiquiatria, Ueliton Pereira, o aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas de transtornos associados à atividade laboral, como a síndrome de burnout. O conceito mais usado para a patologia, segundo Ueliton, é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. “A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Geralmente começa com uma crise de ansiedade ou pânico, para depois se desenrolar como a Burnout”, completa o psicólogo. Ele destaca ainda que a doença laboral se caracteriza quando os sintomas surgem decorrentes da rotina do trabalho e envolvem o ambiente e qualquer assunto referente à atividade. Os pacientes podem sentir crises de ansiedade e pânico no momento que têm que sair para ir trabalhar, ou o coração dispara quando fala do chefe ou de alguma situação que remete ao trabalho. “Quando o desânimo começa no final de semana, ao lembrar que no dia seguinte retomará a rotina e isso começa a aumentar a ponto de os sintomas começarem a um ou dois dias antes é um sinal. Muitos pacientes relatam que sonham, só falam no trabalho e sentem todos os incômodos possíveis, a ponto de começar a gerar faltas e outros. Cansaço excessivo - físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e no sono, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança e negatividade constante são possíveis sintomas de adoecimento”, sublinha. A CID-11 também terá outras atualizações, uma delas relacionada à saúde sexual, que passa a abranger a incongruência de gênero, até então citadas na seção sobre enfermidades mentais. Já o transtorno provocado por jogos eletrônicos foi incluído no capítulo sobre dependências.

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Estudo aponta que Pilates diminui sintomas depressivos e ansiosos

Nos últimos anos, diversos estudos comprovaram os benefícios do Pilates para a saúde física. Mas, será que o Pilates também pode melhorar a saúde mental? A resposta é sim! Uma meta-análise, que acaba de ser publicada no jornal Complementary Therapies in Medicine, mostrou que os benefícios de praticar o Pilates se estendem para a saúde mental. Os pesquisadores revisaram oito estudos clínicos, realizados com pessoas que faziam Pilates e com grupos controles (que praticavam outras modalidades esportivas ou eram sedentárias). A conclusão, baseada nas evidências, foi que o Pilates melhora, de forma significativa, a depressão, com redução de até 81% dos sintomas depressivos. A ansiedade também entrou na conta, com redução de até 46% das manifestações ansiosas. O método ainda reduz a fadiga (cansaço), aumenta a energia e alivia o estresse. E tem mais: os benefícios funcionam em diferentes populações, como idosos, universitários e pessoas com doenças crônicas. Opinião da especialista Para a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, não há dúvidas de que o Pilates trabalha o paciente de uma forma global, ou seja, atua tanto na saúde física como na mental. E isso hoje é fundamental. “O aumento da longevidade já é uma realidade, temos pessoas que vivem até 100 anos de idade, graças aos cuidados com a saúde física, sejam eles preventivos ou curativos, por meio de novas tecnologias, como medicamentos, exames, entre outros”, reflete Walkíria. “Por outro lado, quem padece para que vivamos mais tempo é a nossa saúde mental. Vivemos hiperconectados, trabalhamos mais do que deveríamos, usamos o celular o tempo todo e temos hoje altos índices de estresse por conta desta rotina. Portanto, não adianta apenas cuidar do físico, é imprescindível promover práticas que atuem na nossa saúde mental”, E isto já é uma forte tendência dentro das empresas, por exemplo. Recente pesquisa feita por uma rede de academias mostrou que a atividade física é o foco dos programas de qualidade de vida oferecidos pelas corporações, sendo o Pilates uma das atividades mais procuradas. A pesquisa apontou uma tendência de troca de práticas como a musculação, por exemplo, pelo Pilates. Por que o Pilates é um aliado do cérebro? Para Walkíria, há vários fatores que explicam os benefícios do Pilates para a saúde mental. “Um deles é a interação social, principalmente quando olhamos para a população idosa. O momento do Pilates é especial, pois obriga o idoso a ir até a clínica e lá ele acaba encontrando pessoas, conversa e se exercita. Estes fatores, aliados à liberação dos neurotransmissores, como a serotonina, acabam melhorando o bem-estar de uma forma geral”, reforça. Walkíria diz ainda que esta hipótese é válida também para pessoas com depressão, de uma forma geral, uma vez que o isolamento social pode agravar os sintomas depressivos. “Já para os estressados e ansiosos, a respiração profunda e diafragmática acaba causando um efeito muito relaxante, além do fato da necessidade de focar no momento presente durante os exercícios. Este aspecto do Pilates ajuda a desacelerar os pensamentos, se desligar do mundo, dos problemas e, como consequência, diminui o estresse e os sintomas ansiosos, explica a fisioterapeuta. Pilates para todos O estudo também apontou que por ser um método de baixo impacto, pode ser feito por pessoas com doenças que possuem contraindicações ou ainda com limitações para outras práticas, como musculação ou exercícios aeróbicos. “Neste grupo, além dos idosos, podemos citar gestantes, mulheres no pós-parto e pessoas com problemas mais graves na coluna. Lembrando que para estas populações é indicado o Pilates Studio, aplicado por um fisioterapeuta especialista no método”, encerra Walkíria.

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O café pode inibir o sono?

O consumo de café faz parte do hábito dos brasileiros a qualquer hora do dia. Segundo projeção da Euromonitor Internacional o Brasil lidera a demanda global com uma média anual de 817 xícaras por pessoa. Mas afinal, o café pode inibir o sono ou isso é um mito? Um estudo realizado pelo Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, na Inglaterra, e publicado na Science Translation Medicine, revelou que a cafeína pode alterar o ciclo circadiano, pois age como indutora do período da vigília e libera neurotransmissores que estimulam as células cerebrais. Outra pesquisa, feita pela Universidade Wayne State, de Michigan, mostrou que o consumo da bebida até cinco horas antes de dormir pode reduzir em uma hora o período de descanso. Isso porque a substância adia a produção de picos de melatonina, hormônio produzido nos períodos não luminosos e que indicam o início do sono. “A cafeína é uma substância estimulante do sistema nervoso central. Em doses moderadas, produz ótimo rendimento físico e intelectual, com aumento da capacidade de concentração e agilidade nos estímulos sensoriais. Por outro lado, doses elevadas podem causar ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia, zumbido e aumento do estado de vigília, comprometendo o sono”, explica a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi. Há pessoas, no entanto, que acabam ficando condicionadas e tolerantes aos efeitos da cafeína, como explica a especialista. “Nestes casos, mesmo que a pessoa acredite que ela não interfira no tempo de sono, a substância pode atrapalhar a sua qualidade, pois aumenta o número de despertares durante a noite”, alerta. Mas, o que fazer para consumir o tão adorado cafezinho e ainda garantir um sono relaxante? Renata explica que, como tudo em excesso faz mal, é recomendável moderar a dosagem de café por dia e evitar o consumo horas antes de dormir. “Para ter uma noção, a cafeína permanece no organismo por até oito horas, seja do café, ou qualquer outra bebida estimulante, como refrigerantes e alguns chás”, orienta. “Além disso, alguns cuidados podem ser seguidos para melhorar as noites de sono. Tente dormir ao menos oito horas por noite, utilize travesseiros e colchões adequados para manter a disciplina postural, tome um banho morno antes de dormir para relaxar, evite o uso de aparelhos eletrônicos, mantenha o ambiente arejado, silencioso e o mais escuro possível e faça refeições leves antes de deitar”, completa a consultora da Duoflex.

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Congresso discute inteligência artificial a serviço da genética e da reprodução assistida

O Recife vai sediar, amanhã (28), um evento com especialistas conceituados internacionalmente na área de genética e reprodução assistida, para trocar informações e apresentar novidades de como a inteligência artificial pode contribuir para a área de reprodução humana. Organizado pelo Grupo Geare, o International Fertility Talks vai acontecer no Arcádia Boa Viagem, a partir das 8h. Os temas escolhidos mostram a visão de futuro, em que a genética deixa de ser um assunto a tratar apenas quando se esgotam as possibilidades de diagnóstico, uma vez que os pacientes precisam de respostas detalhadas para tomar decisões em conjunto com o médico. Os mais recentes avanços para o tratamento da infertilidade estão, em grande parte, associados à genética. Nesse sentido, a inteligência artificial se junta à capacidade médica para auxiliar nas taxas de sucesso da gestação e da fertilização in vitro. Outro ponto importante que será discutido é o congelamento de óvulos para preservar a fertilidade. Para otimização dos resultados dos tratamentos de reprodução assistida, o congelamento de gametas e embriões é uma mudança sem volta na sociedade. Estudos e pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que um em cada cinco casais enfrentam dificuldade para engravidar e necessitam de ajuda especializada para ter um filho. No Brasil, a quantidade de casais inférteis é de cerca de oito milhões. Destacamos algumas situações que todo casal deve saber sobre infertilidade: 1) A conduta sexual precisa ser consciente. Cerca de 35% dos casos de infertilidade da mulher são decorrentes de problemas tubários. E as infecções pélvicas são as principais responsáveis pela obstrução das trompas, que pode ocorrer também por causa da endometriose e das aderências após cirurgias. Para evitar essas infecções, ele aconselha que se use preservativo em toda relação sexual, quando não se pretende engravidar. 2) Nem sempre a gravidez não ocorre por causa da mulher. Em geral, as causas da infertilidade de um casal estão distribuídas igualmente entre homens e mulheres (por volta de 35% cada), além de um percentual referente à infertilidade sem causa aparente. Apesar de raro, também pode acontecer de não haver nenhum problema com a mulher nem com o homem, e sim com eles como casal. 3) Muitas mulheres não dividem seu problema com ninguém. Passam anos tentando engravidar e sofrendo caladas, pois se julgam culpadas. 4) É importante, também, que a mulher saiba qual é a sua chance de engravidar. Dos 20 aos 29 anos, ela é de 20% a 25% a cada mês. Dos 30 aos 34, cai para 15%. Depois dos 35, é de apenas 10%. Independentemente desses números, a mulher que quer engravidar deve prestar atenção ao seu período menstrual e às datas de sua ovulação, quando suas chances de sucesso aumentam bastante.

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Glaucoma avança no Brasil

Principal causa de perda irreversível da visão, o glaucoma afetará 80 milhões de pessoas em 2020 e 111,5 milhões em 2040, segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, houve um crescimento de 900 mil casos em 2010 para 2,5 milhões no ano passado. Neste domingo, 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. O aumento da expectativa de vida da população ajuda a entendermos esses números, pois a idade avançada eleva os riscos. No geral, a incidência aumenta a partir dos 40 anos, chegando a 7,5% aos 80, assim como o uso de colírios com corticóide de forma indiscriminada e sem acompanhamento médico, já que eles podem causar aumento da pressão intraocular. . . A doença ocorre por conta da pressão intraocular associada a neuropatia óptica, que causa um dano no nervo – parte do olho que leva a informação visual até o cérebro, ocasionando perda progressiva e irreversível da visão. Ele provoca um estreitamento do campo visual, fazendo com que a pessoa perca progressivamente a visão periférica. Mas, ela tem cura? Quais são as causas? É possível prevenir? A oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, tira dúvidas sobre o problema. Causas “As causas do aumento da pressão dos olhos são desconhecidas, porém colírios dilatadores, drenagem restrita ou bloqueada, uso de corticoides, má circulação ou redução sanguínea no nervo óptico e pressão arterial alta são algumas situações que influenciam”. Hereditário “Pessoas que têm casos na família têm mais chances de desenvolvê-la. Nessa situação, a chance de ter a doença é seis vezes maior que uma pessoa sem histórico familiar. Pessoas com diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, negros e idosos também têm mais probabilidades”. Tipos de glaucoma “São quatro: primário de ângulo aberto ou crônico (mais comum); de ângulo fechado ou agudo (mais emergencial); congênito (atinge os bebês logo em seu nascimento) e secundário (causada por complicações médicas)”. Tem cura? “Não, porém a doença pode ser controlada. É necessário que o paciente mantenha a continuidade do tratamento para reduzir a pressão intraocular e evitar a perda de visão. Quanto mais rápido, menor será a perda”. Prevenção “Alimentação saudável, praticar exercícios, usar óculos de sol quando possível, reduzir nível de estresse, moderar no consumo de álcool, não abusar de medicamentos e, claro, consultar um oftalmologista, no mínimo, uma vez por ano para um check-up geral”.

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Brasileiros sofrem com Osteoporose na terceira idade

A grande vilã da terceira idade tem nome, causas e consequências. Conhecida pela perda acelerada de massa óssea que ocorre durante o envelhecimento, a osteoporose é uma doença que provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio. A cada quatro pacientes, três serão do sexo feminino e a cada cinco, um será do sexo masculino após os cinquenta anos de idade. Isso significa que 33% das mulheres e 20% dos homens correrão sério risco de fraturas ao entrar na terceira idade. Para que isso aconteça, alguns fatores contribuem para o quadro: o primeiro é que o Brasil deixou de ser um país jovem e começa a entrar na terceira idade e o segundo é que a expectativa de vida aumentou e mais pessoas chegam à velhice. “O grande motivo do surgimento da Osteoporose é a ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que ocasiona o maior número de quedas em idosos. Por isso, as mulheres são as que mais sofrem com a doença por causa da fase pós-menopausa”, comenta o ortopedista, Dr. Rui Eduardo. Para amenizar essa patologia, uma melhor alimentação, as vacinações e intervenções na saúde física trazem para os idosos motivos mais que suficiente para ter uma boa vida na terceira idade. A boa aparência também é fundamental, porém a saúde osteoarticular e músculoesquelética é quem garantem nossa capacidade para continuar a praticar esportes e curtir algumas viagens, por exemplo. Ainda de acordo com o Dr. Rui, para evitar a tão temida perda de massa óssea estrutural é preciso conhecer a causa da Osteoporose que pode ser a falta de exercícios físicos, o tabagismo, a diminuição do estrogênio após a menopausa, o alcoolismo ou algumas doenças renais. Porém cada fator desses pode ser rebatido, combatido e evitado. “A prevenção é a melhor moeda para combater a doença. A prática de esportes, alimentação saudável, reposição hormonal e evitar o excesso de álcool e tabagismo são os melhores caminhos”, explica. Do ponto de vista clínico, a principal prevenção é a reposição hormonal e os tratamentos dos alendronatos e risendronatos, semanalmente, por períodos prolongados. A detecção da osteoporose pode ser feita pela radiografia, porém seu diagnóstico e a quantificação são feitas pela densitometria óssea.

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Capoeira faz bem para o corpo e a mente

Criada pelos escravos que vieram da África, a capoeira é uma expressão que combina dança, música e luta. Reconhecida em 2014 como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, a arte marcial brasileira está em mais de 140 países por todo o mundo, segundo a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Mas a luta também traz benefícios para a saúde, pois movimenta todos os grupos musculares, proporcionando maior flexibilidade e capacidade cardiorrespiratória. Além disso, a prática da atividade tem um efeito preventivo para diversas doenças. “A capoeira tem uma diversidade de estímulos. A musicalidade, a gestualidade, a ritualística e o convívio social podem ser um meio de promoção de saúde”, afirmou o contramestre capoeirista e professor do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Henrique Kohl. Para o mestre Isnaldo Carvalho, “batizado” na atividade capoeirista de Mula, a capoeira é uma arte completa. “Nela nós trabalhamos o equilíbrio, a força, a coordenação motora, a flexibilidade e até promove atividades culturais e sociais”. É papel de todo capoeirista se aprofundar sobre a manifestação, regida pelo toque de instrumentos como o berimbau, pandeiro, atabaque e agogô, além dos cânticos. Outro benefício é proporcionar uma musculatura forte e bem desenvolvida. “A ampla variedade de golpes, como 'queda de rins', bananeiras, esquivas e saltos potencializa o ganho muscular e auxiliam na perda de gordura corporal, devido ao exercício trabalhar bastante a função cardiorrespiratória”, explica o personal trainer e contramestre Douglas Nagô. Segundo ele, a amplitude dos golpes contribui para o aumento da flexibilidade. “Os movimentos forçam bastante a musculatura e isso contribui para a elasticidade dos praticantes”. Executada por todas as idades, a capoeira não requer muitos requisitos para exercitá-la. Basta ter força de vontade. “Todos podem praticar, pois os movimentos podem ser adaptados às limitações das pessoas”, revelou o contramestre Henrique, “batizado” como Tchê. Mestre Mula também não hesita em afirmar que a capoeira é para todos. “É superbenéfica para a saúde. Respeitando a capacidade individual de cada um, é claro. Vários mestres e amigos participam de projetos para pessoas com deficiência ou de idade avançada. Eu mesmo já trabalhei com um grupo apenas de idosos e foi gratificante”. A arte é uma ótima ferramenta de combate ao estresse, à ansiedade e à depressão, pois além de trabalhar as funções motoras e cognitivas, também atua na socialização. Ao entrar numa roda o praticante é obrigado a lidar com questões de timidez, porque a interação com outras pessoas acontece de forma natural. “O grupo percebe você como um deles, na linguagem da capoeira chamamos de camaradagem, o que ajuda na perspectiva terapêutica”, afirma o contramestre Tchê. Para Douglas, a arte marcial é um grande passo para a aproximação de indivíduos. “A capoeira não tem distinção social, de religião, cor ou gênero”. A professora de dança Cirlanny Nascimento constata no corpo e na mente os benefícios da atividade. “Comecei a praticar em 2012 e sinto que a capoeira contribuiu bastante para o meu fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade, melhora da capacidade cardiorrespiratória e socialização”. Já para a fisioterapeuta Manuela Brito, a capoeira serve para desestressar. “Minha saúde melhorou muito desde que comecei há cinco anos. Sem dúvida, é a minha terapia. Em nosso grupo todos conversam e se ajudam cada um buscando a sua melhora”. Segundo ela, o horário das aulas (20h30) até atrapalha um pouco, mas ela faz questão de não faltar. “É o ponto alto da semana e onde relaxamos”. A dica para aqueles que têm o desejo de tornar-se um capoeirista é ficar atento ao local, grupo e mestre. A razão para a observação é simples: a atividade é dividida em capoeira angola, regional e contemporânea, e cada uma delas tem as suas particularidades. Então, é indicado se certificar sobre qual estilo se quer praticar. Uma boa ideia é visitar o ambiente e se possível, até mesmo, fazer algumas aulas práticas para experimentar. *Por Marcelo Bandeira

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Cuidados com cílios e pálpebras evitam problemas nos olhos

Já passou pela sua mente que os cílios e as pálpebras merecem cuidados? Pois fique atento porque eles são essenciais para a proteção dos olhos. O exemplo disso é que temos o reflexo de piscar quando enfrentamos determinadas situações, como ventos mais fortes, raios solares e poeira. As pálpebras também atuam na lubrificação dos olhos, que é importante para evitar o seu ressecamento. Os cílios têm ainda a função de expulsar todo e qualquer tipo de partícula que se aproxime da região. As duas doenças mais comuns que acometem a região são o terçol, que consiste em caroços vermelhos e dolorosos próximos às pálpebras, e a blefarite, caracterizada por caspas alojadas na base dos cílios. Ambas são muito comuns na região Nordeste do País, devido às altas temperaturas. “O calor aumenta a oleosidade da pele, que fica mais propensa ao acúmulo de bactérias e ao surgimento de inflamações”, explicou o oftalmologista especialista em catarata e cirurgia refrativa do Memorial Oftalmo, Fábio Casanova. Ele explica que existem aproximadamente 30 glândulas na região superior da pálpebra e 20 na inferior. “São muitas glândulas que podem ser obstruídas pela gordura”. Inflamação não contagiosa das pálpebras, a blefarite é uma doença caracterizada pela produção excessiva de oleosidade na região. O problema é crônico e atinge pessoas de todas as idades. “É fundamental manter a região limpa, para que não haja o acúmulo de bactérias”, afirmou Casanova. Segundo a médica Simone Trigueiro, oftalmologista especializada em plástica ocular do IOR (Instituto de Olhos do Recife), a blefarite pode desencadear o surgimento do terçol. “É uma inflamação específica de uma das glândulas que compõem a pálpebra. Mas também podem surgir decorrentes do acúmulo de secreção gordurosa de outras glândulas da região”, informa a médica. O terçol é caracterizado por protuberâncias avermelhadas e dolorosas que surgem no canto interior e exterior da pálpebra. De acordo com a oftalmologista Simone Freire, que também atua no IOR, existem outras causas para o problema. “A mão suja é um dos grandes veículos. É preciso evitar coçar os olhos e ter muito cuidado com a maquiagem”. A rosácea é uma doença crônica da pele que normalmente afeta o rosto e atinge o nariz, bochechas, testa e queixo. São pequenas lesões dermatológicas que pode estar diretamente ligadas à blefarite. As causas ainda são desconhecidas, mas estudos apontam para uma combinação de fatores ambientais e hereditários. “Se uma dessas doenças for tratada, consequentemente, vai melhorar a outra”, revelou Casanova. “A rosácea não tem cura, mas o seu quadro pode ser revertido com medicamentos”. A melhor maneira de prevenir todos esses problemas é manter o rosto e as mãos limpos, evitando o acúmulo da secreção gordurosa e bactérias. “O mais indicado é que a higienização ocorra ao final do banho, pois a gordura localizada na região está mais umedecida e será mais fácil de fazer a limpeza”, disse Casanova. Segundo Simone Trigueiro, no caso de pessoas que fazem uso de maquiagem, o importante é lavar o rosto antes de dormir. "O cuidado é ainda maior se houver diagnóstico de algumas das doenças. Indicamos usar um produto de limpeza com PH neutro”. Aposentada há cinco anos, Aurilete Veras, 72 anos, foi diagnosticada com blefarite ainda na infância, quando tinha apenas 10. Desde então, convive frequentemente com o problema. “Atrapalha demais. Quando estou em crise o incômodo é ainda maior. Minhas pálpebras ficam bem inchadas e lacrimejam bastante”, contou a ex-professora de língua portuguesa. Após anos de convívio com a doença crônica, Aurilete aprendeu na prática a importância de uma boa higienização. “Tenho aproximadamente seis crises por ano. Por causa disso, procuro sempre lavar as mãos e o rosto com xampu neutro. Quando trabalhava era um pouco mais difícil, pois, além de lidar com crianças, eu precisava pegar em cadernos, folhas e sem querer passava a mão nos olhos”. Segundo ela, a blefarite compromete bastante sua qualidade de vida. “É muito desagradável, nem maquiagem eu posso usar para não agravar. Até para ler eu tenho dificuldade”, completou a aposentada. IDADE AVANÇADA O envelhecimento também pode afetar a região. Com a idade, o tendão do músculo responsável pelo recolhimento da pálpebra enfraquece e não consegue desempenhar a sua função normalmente. O problema é popularmente conhecido como “pálpebra caída”. “É um processo natural do corpo. Para solucioná-lo é preciso apelar para o procedimento cirúrgico”, indica Simone Freire, que aponta alternativas para amenizar a flacidez na região, como cremes dermatológicos e compressas de gelo. Casanova também recomenda o uso de óculos escuros, que podem retardar o problema. “O sol danifica a pele e suas estruturas, acelerando, assim, o desgaste”, explicou o oftalmologista. Deve-se ressaltar que muitas vezes não se trata de um problema puramente estético. A redução do campo de visão, a miopia e o astigmatismo são decorrentes do processo. “Nesses casos, o procedimento cirúrgico tanto é uma necessidade que os planos de saúde costumam cobrir a cirurgia e o oftalmologista é o especialista mais indicado para realizá-la”, adverte o médico. *Por Marcelo Bandeira

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