Algomais Saúde - Página: 123 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Você sabe relaxar? Leia as dicas dos especialistas

O estresse é um componente da vida moderna que está cada vez mais presente na rotina daqueles que vivem em grandes centros urbanos, onde ocorre a maior incidência de transtornos mentais. Classificado como epidemia global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essas doenças atingem mais de 90% da população de todo o mundo. Em muitos dos casos, o problema pode estar atrelado à superação de desafios, mas cronicamente pode causar sérios danos para a saúde. Poluição urbana, ilhas de calor, barulhos excessivos, trânsito, transporte público de baixa qualidade, insegurança, desgaste físico e emocional. Em sua palestra realizada no CAM Bem-Estar, Francisco da Costa, mestre em psicologia das organizações pela Universidade de Barcelona, afirma que para o nosso cérebro, essa grande quantidade de problemas acontecendo ao mesmo tempo representa muitos estímulos considerados agressivos. “Em consequência, corpo e mente vão acionar um conjunto de respostas ansiosas”. “Quando acionamos esses mecanismos constantemente, entramos no processo de estresse”, advertiu o especialista. A reação instintiva pode desencadear transtornos mentais, especialmente depressão e ansiedade. O estresse é um conceito emprestado da física para a psicologia, que se refere à exaustão ou perda de elasticidade do material. E na saúde não é diferente. Podemos fazer uma analogia, como se corpo e mente fossem um elástico que, com o excesso de estímulos ao qual todos somos submetidos constantemente, ele precisasse ser estendido. A repetição desse processo acaba provocando a perda da flexibilidade. “Quando soltamos o elástico percebemos a dificuldade dele se recompor e um dos momentos em que sentimos isso é durante a noite, pois temos muita dificuldade em voltar para o estado de calma, que é o pré-requisito do sono”, afirmou Francisco. Na contemporaneidade também vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. “Obviamente que esse quadro gera muitos casos de transtorno de ansiedade. Sabemos que isso é o grande problema da sociedade hoje em dia e arriscaria dizer que, talvez, seja o maior problema para o sono”, considerou o médico especialista nas áreas de nutrologia e prática ortomolecular, Sávio Cardoso, durante sua palestra no CAM Bem-Estar. O grande problema disso tudo é que quando o sono não vem, as pessoas recorrem a uma solução imediata. “Para dar conta das responsabilidades do dia seguinte, muitos acabam tomando os famosos remédio para dormir”, condenou o especialista. Segundo o levantamento realizado pela IQVIA, empresa norte-americana de auditoria e pesquisa de mercado farmacêutico, entre julho de 2013 e junho de 2014, o número de vendas desses medicamentos era de aproximadamente 47 milhões de comprimidos. Já entre julho de 2017 e junho de 2018, o volume foi quase de 71 milhões. . O fato é que as medicações, em muitos dos casos, não resolvem o problema. “O ideal é que a gente trate a causa e não os sintomas. Quando a gente toma esses remédios, muitas vezes eles não favorecem o aprofundamento do sono”, disse Sávio. Em outras palavras, eles colocam as pessoas para dormir, mas não fazem com que elas realmente descansem. Este tipo de medicamento pode ainda afetar a memória, diminuir a libido e alterar a cognição. Umas das receitas de Francisco da Costa para viver bem em meio a toda essa confusão é o Shinrin-Yoku, ou o “Banho de Floresta” – prática adotada por médicos japoneses. De acordo com o psicólogo, o contato direto com a natureza promove a sensação de relaxamento, algo que pode ser obtido até numa praia urbana. “O som das ondas informa para o nosso cérebro que aquele local é um ambiente tranquilo e que pode baixar a guarda. Estar exposto ao vento ou ao sol ajuda o nosso corpo a se equilibrar novamente”. Uma importante dica para aqueles que desejam ter uma melhor qualidade do sono é ficar distante dos aparelhos digitais próximo à hora de dormir. A luz violeta produzida por tais dispositivos interfere diretamente na qualidade do sono, sobretudo na produção da melatonina, hormônio que nos induz a dormir. “Hoje todos nós somos reféns dos dispositivos eletrônicos. Nós brasileiros ficamos em média quatro horas expostos a essa tela”, afirmou Sávio. É fundamental que as quatro fases do sono sejam respeitadas para o bem-estar do corpo. A primeira delas é a do descanso, quando começamos a relaxar na cama e ocorre a liberação da melatonina. Já na segunda, ocorre a redução da frequência cardíaca e o relaxamento da musculatura. A fase três consiste no aprofundamento do sono e a quarta é o sono profundo, onde existe o pico do relaxamento muscular e são liberados diversos hormônios. “É importante que a gente entenda essa necessidade de respeitar essas fases do sono. Quando nós estamos dormindo, por exemplo, e acordamos de madrugada para ir ao banheiro, ao retornarmos para a cama e voltarmos a dormir, não retornamos para a fase quatro e sim para o início delas, afetando a qualidade do sono”, completa o médico. *Por Marcelo Bandeira

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CAM 60 Dias: Desafio proposto e superado

Desafio proposto pelo Cidades Algomais o projeto CAM 60 dias, reuniu no Recife quatro participantes que tinham diferentes objetivos, mas com o propósito em comum de melhorar a qualidade de vida apenas dois meses. O processo partiu de quatro pilares fundamentais: alimentação, atividade física, equilíbrio emocional e sono. Os participantes forma acompanhados pela da equipe multiprofissional da clínica Clínica Cardoso & Ávila. Os resultados de cada um dos participantes foi mostrado durante o evento CAM Bem-Estar. Um dos selecionados pelo projeto, André Maia, 35 anos, é educador físico, atua como professor de boxe e tinha como principal objetivo a perda de peso. Para isso, foi necessário um planejamento alimentar que estabelecia um consumo calórico bem restrito. “Meu corpo sentiu bastante. Na primeira fase dessa programação eu consumia apenas 850 calorias por dia”, disse em depoimento para a plateia. A mudança valeu a pena: ele perdeu pouco mais de 10 kg em dois meses. O resultado não foi sentido apenas na balança mas, também, em sua qualidade de vida. Além disso, hoje em dia, André tem uma nova relação com a alimentação. “Eu pensava que bebia muito líquido, mas quando fazia a monitoração da dieta com os especialistas, percebi que não tomava tanto assim e a partir do momento em que eu bebi mais água a fome acabou diminuindo”. A sua grande transformação, porém, foi durante o sono. “Sofria muito de apneia e hoje eu durmo feito uma criança”. Aline Aquino, 30 anos, é arquiteta e também foi desafiada a reduzir o peso. E conseguiu alcançar o objetivo de perder 6 kg já no primeiro mês. O planejamento bem definido permitiu que até o segundo mês do projeto ela eliminou ao todo 10 kg e quase 15% de gordura corporal. “Fui além das metas propostas para mim”, comemorou. “A maior dificuldade foi a dieta bastante restrita à qual fomos submetidos, mas estou feliz com o resultado”, revela Aline. “Quanto maior o desafio, mais suporte você precisa ter. Fui muito bem assistida pelos outros participantes e pela equipe de especialistas. Vou levar comigo o exemplo de como é possível ter uma vida mais saudável, mais ativa e consequentemente mais feliz”, planeja a arquiteta. Já o desafio de Ione Alves, 30 anos, foi diferenciado. Nutricionista, não enfrentava problemas de sobrepeso, apresentava bom percentual de gordura e massa muscular, mas buscava incrementar sua performance no crossfit. Além de melhorar seu desempenho na atividade física, ela buscava aumentar a massa muscular. O objetivo foi alcançado com sucesso. Aumentou o peso em 2 kg – graças à aquisição de massa magra – e diminuiu a taxa de gordura em 4%. “Queria bater meus recordes pessoais no crossfit. Graças ao acompanhamento geral multidisciplinar, eu alcancei resultados maravilhosos”, comentou. Segundo Ione, a superação e a disciplina adquirida foram o ponto alto do projeto. “Adotei para minha vida um padrão de treinamentos que não tinha antes. Mesmo em viagens e finais de semana sigo as atividades”. A falta de tempo era o principal obstáculo enfrentado pelo professor Carlos André, 40 anos. Ele tinha como desafio adequar a prática de atividades físicas e alimentação saudável em meio à correria da sua rotina cheia de viagens e compromissos. Marido de Ione, Carlos contou que praticamente recebeu uma sentença de morte de um médico, anos atrás, porque na época pesava 135 kg. “Mas eu decidi que não ia morrer”. Com a ajuda de especialistas e da mulher, o professor conseguiu perder peso, mas passados quatro anos voltou a engordar. “Não consegui me disciplinar, o corre-corre, os boletos para pagar, toda essa confusão do cotidiano me atrapalhava”, lembra. Ao entrar no CAM 60 dias, o esforço de Carlos foi mudar a forma de pensar a ponto de entender ser possível incluir os exercícios no seu dia a dia. Uma rotina que perdura até hoje. “Continuo praticando as atividades físicas e a alimentação saudável diariamente”. MUDAR A CABEÇA Segundo o médico especialista em nutrologia e responsável pela orientação dos participantes, Sávio Cardoso, foi fundamental entender que a transformação era algo benéfico para eles e que pensando dessa maneira seria menos dificultoso atingir os objetivos. “A meta principal era mudar a cabeça e o estilo de vida de cada um deles”. Para Laíz Cabral, nutricionista da Clínica Cardoso & Ávila, o grande desafio em comum dos quatro participantes foi adequar a porção a ser consumida dos alimentos. “Todos eles já tinham uma alimentação qualificada. O problema era a quantidade que era preciso individualizar”. Para alançar os números exatos de consumo calórico, foi necessário o uso de uma balança para pesar o que era ingerido. “O desafio foi muito bem atingindo”, afirmou. O educador físico Thiago Borges, que fez parte da equipe que orientou os participantes, destacou que o projeto mostrou a importância da força de vontade na busca da qualidade de vida. “É importante contarmos essas boas histórias para mostrar que é possível mudar de hábitos. Basta a gente querer. Tudo na vida é prioridade e depende apenas da gente”. *Por Marcelo Bandeira

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O que você come tem veneno?

Incluir frutas, legumes e verduras nas refeições não é suficiente para se falar de uma alimentação saudável. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), 70% dos alimentos consumidos in natura do País estão contaminados por agrotóxicos. “É alarmante que mais da metade das substâncias usadas aqui são proibidas nos Estados Unidos e nos países da União Europeia. Somos campeões de uso de agrotóxicos, mas não de fiscalizar a sua utilização. Não se pode falar de bem-estar sem pensar nas escolhas que fazemos cotidianamente, naquilo que a gente consome, principalmente o alimento”, alertou Renata Nascimento, diretora do Tulasi Mercado Orgânico durante sua palestra no CAM Bem-Estar. Defensora da causa da agroecologia, Renata Nascimento explica que o ciclo de produção de alimentos ancorado no latifúndio e na monocultura foi responsável pelo surgimento de pragas e, consequentemente, de agrotóxicos. “A monocultura aumentou o desmatamento e reduziu a biodiversidade dos ecossistemas. Sem os inimigos naturais, vieram as pragas, que são combatidas justamente com essas substâncias nocivas à nossa saúde. Esse sistema gerou também a contaminação do solo e das águas, numa deterioração da cadeia alimentar e da saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores”, aponta Renata. A agroecologia caminha no sentido contrário a esse modelo. É uma ciência e prática social que propõe a criação de ecossistemas produtivos preservadores da natureza, sendo socialmente justos e economicamente viáveis. Há no Brasil e em Pernambuco experiências do cultivo de agroflorestas, que são sistemas produtivos que imitam a natureza. O solo coberto por vegetação e a mescla de várias espécies de plantas e árvores na mesma área são algumas de suas características, além da dispensa do uso de agrotóxicos. “No conceito de Ernst Gotsch, uma das referências no País sobre o assunto, trata-se de uma visão da agricultura que reconcilia o ser humano com o meio ambiente”, informou Renata. A empresária, além de comercializar produtos orgânicos em feiras que promove no Mercado Tulasi e por e-commerce, também incentiva produtores familiares a trabalhar no sistema de agrofloresta. Um dos momentos emocionantes da sua apresentação foi quando pediu para esses agricultores subirem ao palco do CAM Bem-Estar. As vantagens do produto orgânico também foram ressaltadas na palestra da nutricionista Virgínia Campos que abordou seus efeito benéfico à saúde. “O alimento só pode dar ao corpo aquilo que ele encontra no solo. O cultivo orgânico tem mais imunidades, minimizando o uso de defensivos. Quando há necessidade dessas substâncias, utilizam-se as não-tóxicas, provenientes das plantas. Os pesticidas intoxicam o corpo, abrindo portas para doenças autoimunes, infertilidade e até câncer”, afirma a especialista. . . Uma vez intoxicado, o organismo não consegue funcionar de forma adequada. “Isso significa que haverá mais inchaço, enxaquecas e que o metabolismo do corpo fica mais lento. O alimento deve ter energia para trazer vitalidade e não veneno para matar tudo, incluindo o ser humano. Deve-se preferir alimentos frescos e orgânicos. Pode-se economizar em outros produtos, mas jamais na qualidade daquilo que é matéria-prima para saúde: o alimento”, defende a nutricionista. Um estudo do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, que analisou a alimentação de quase 70 mil pessoas, apontou que aqueles que praticam uma dieta à base de orgânicos reduziram em 25% o risco de desenvolvimento de câncer em geral. Em alguns tipos específicos de tumores malignos, a redução da incidência chegou a mais de 70%, quando comparada com o grupo da população que nunca se alimenta com produtos sem agrotóxicos. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, que durou mais de quatro anos com adultos franceses, relacionaram o risco de câncer com a quantidade de agrotóxicos e pesticidas inseridos no processo de cultivo dos alimentos. No Brasil os dados também são alarmantes. “O número de mortes e de intoxicação por agrotóxicos no País dobrou nos últimos 10 anos”, salientou Renata. Esses indicadores são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde. Somente em 2017, uma média de 11 pessoas foram intoxicadas por dia devido à exposição aos venenos usados na agricultura. Os números sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros vieram à tona no momento em que o País discutia mudanças na legislação que flexibilizam as regras para fiscalização e aplicação dessas substâncias e dificultavam a comercialização de orgânicos. No ano passado o Projeto de Lei 6299/02, conhecido como PL do Veneno, tentou trocar o nome de agrotóxicos ou defensivos agrícolas para fitosanitários. A modificação tem como objetivo desburocratizar a aquisição desses produtos no País, sob a alegação de que a regulação atual dificulta o desenvolvimento agrícola brasileiro. Outra polêmica de 2018 foi a discussão da PL 4.576/16 que buscava justamente restringir a comercialização de produtos orgânicos. NADA ARTIFICIAL Além de eliminar os agrotóxicos da dieta, outro recado das especialistas é ter sempre à mesa alimentos que não sejam processados. “Um princípio básico de autocuidado seria minimizar a aquisição de industrializados, ou seja, produtos alimentícios, priorizando comida de verdade, que são folhas, legumes, frutas, raízes, carnes e ovos. Uma alimentação em que se desembala menos e se descasca mais é uma recomendação que vale para todos”, orienta Virgínia. A especialista afirma que a população, ao longo das décadas, passou a consumir mais produtos alimentícios e menos alimentos de verdade, comprometendo a saúde e contribuindo para o aumento do peso. “Esses produtos não são nutritivos e, sim, cheios de sódio, açúcares, aditivos químicos. Já o alimento em si, como veio da natureza, é riquíssimo em fibras, vitaminas, minerais. Tudo o que nosso corpo precisa”, explica Virgínia, que fez um convite à plateia para experimentar o verdadeiro sabor dos alimentos reduzindo o uso de açúcar. Outra recomendação é ficar longe de adoçantes como aspartame, sacarina, sucralose e ciclamato. “Usados em larga escala pela indústria em produtos como refrigerantes, sucos e iogurtes, eles podem ser tão ou mais prejudiciais que o açúcar. Seu uso contínuo contribui para o ganho de peso, ao contrário do que muitos pensam, além de serem danosos para a saúde cerebral”, advertiu. Quando necessário usar adoçante em substituição ao açúcar, Virgínia recomenda que se faça a

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Você tem preguiça de malhar? Veja as dicas de Marcio Atalla

Você é daqueles que tenta encaixar um horário para fazer atividade física no seu cotidiano e não consegue? Então veja essa história: Emílio Surita, apresentador do programa Pânico, dizia ser adepto do estilo de vida CCC – café, cigarro e cachaça – e nem se preocupava em se movimentar. Até que um dia ele se deparou com resultados de exames preocupantes. Suas taxas de colesterol, glicemia, ácido úrico estavam estratosféricas e o médico alertou que perdesse 12 kg. Ele aproveitou, então, um dia em que seu amigo, o educador Marcio Atalla, se apresentara no programa para pedir uns conselhos. “Emílio me disse que não gostava de academia”, recorda-se Atalla, que propôs ao amigo subir os 16 andares de escada da rádio onde trabalha, em vez de pegar o elevador. No primeiro dia ele se esqueceu – por falta de hábito – depois engrenou até que já escalava os andares em menos de cinco minutos. Ficou fácil. “O que mais posso fazer?” Atalla recomendou que subisse também as escadas na volta do almoço. Mas ele fez mais: passou a andar meia hora nos fins de semana em que não trabalhava. “Três meses depois, Emílio subia uma média de 47 andares por dia e andava meia hora aos sábados e domingos. Com essas medidas simples, ele perdeu 11kg, 9 cm de circunferência abdominal e os exames estavam controlados”. A história foi contada por Atalla durante a palestra que fez no Cidades Algomais Bem-Estar e confirma o poder do hábito consciente para que o ser humano comece a priorizar a atividade física. Mas, por que, afinal, precisamos nos exercitar? Atalla rodou o mundo em busca dessa e de outras respostas para questões ligadas ao movimento. Foi até São Paulo conversar com o cardiologista Roberto Kalil, que explicou que durante o processo evolutivo da raça humana aqueles que não estavam aptos a se movimentar não sobreviveram. “Esses não acasalavam, nem procriavam. Quando você olha o nosso corpo fica muito fácil perceber que ele foi moldado para facilitar o movimento: o ser humano foi ficando ereto, com pernas e braços longos, e cheios de articulações”, exemplifica Atalla. Se fomos feitos para o movimento, por que é tão difícil começar a malhar? Engana-se quem pensa que é pura preguiça. A resposta, por incrível que pareça, também está nos nossos ancestrais. Em Nova Iorque, Wendy Suzuki, uma das mais renomadas neurocientistas do mundo, disse para Atalla que nos primórdios da existência humana havia pouco alimento e muita necessidade de movimento. Quem sobreviveu? Nós, seres poupadores, que apresentamos duas características. Primeira: tudo o que consumirmos mais do que gastamos de energia é armazenado em forma de gordura. Nosso corpo está programado para isso. Os seres que não tinham essa capacidade morreram. A segunda característica: como tínhamos pouco alimento e muito movimento, tivemos que criar a capacidade de não gastar muita energia. Como o nosso cérebro fez isso? Automatizando as nossas ações. A primeira vez que executamos uma certa tarefa nós pensamos na maneira de realizá-la. Depois, com o decorrer do tempo, não pensamos mais. Por exemplo, a primeira vez que você amarrou um tênis, foi difícil, você pensou e gastou x calorias. Hoje alguém pensa pra amarrar um tênis? É automático. O mesmo vale para dirigir um carro. “Segundo a Dra. Suzuki, 90% de todas as tarefas que executamos hoje, todos os dias são automatizadas e tudo o que fazemos dessa forma nosso cérebro não gasta energia”, esclarece Atalla. Isso significa que nossa geração é a primeira a ter que colocar a questão do movimento nos 10% restantes do cotidiano, numa decisão consciente. Porque até os anos 1980, éramos ativos simplesmente por viver num lugar onde havia poucas escadas rolantes, poucos elevadores, tínhamos que levantar para mudar o canal da TV, não havia celular, nem computador. “Em 1989 o brasileiro dava em média 10 mil passos por dia, hoje 2.500. Ele está mais preguiçoso? Não. Ele tem muito mais tecnologia”, resume o educador físico. Bem, ok, se o nosso cérebro segue a lei do mínimo esforço, como então ter pique para fazer o corpo se mexer? De acordo com a Dra. Wendy, existem três maneiras. Uma delas é mudar o ambiente. Para verificar na prática como isso acontece, Atalla foi até Copenhague (Dinamarca), onde 70% da população anda de bicicleta. Esse comportamento não aconteceu por vontade própria da população em ter uma vida mais saudável. Foi uma decisão do governo em resposta à crise do petróleo em 1973. As avenidas foram divididas ao meio, metade destinada a tráfego de carros, a outra para bicicleta. Começou-se a cobrar preços absurdos pelos estacionamentos. Moradores da periferia demoravam 20 minutos para chegar até o centro da cidade de bicicleta e uma hora de carro. “Qual era a decisão das pessoas? Poupar energia, então elas optavam pelos 20 minutos”, compara Atalla. A segunda maneira de incentivar a prática de exercício físico é pela educação. Assim como é mais fácil aprender inglês aos 5 anos de idade, é também mais eficaz começar desde cedo a se exercitar. Atalla foi até a longínqua e gélida Finlândia para constatar essa recomendação. O país tem uma educação pública considerada a mais eficiente do mundo, que começou em 2011, partir de um programa educativo baseado no movimento. “Nas escolas não há carteiras. São púlpitos, são bolas de pilates, para as pessoas sentarem. Metade da aula, seja matemática, geografia ou história, é ao ar livre, mesmo quando está nevando”. Qual não foi a surpresa do educador físico ao saber que o objetivo desse método não era tonar os alunos mais saudáveis ou evitar a obesidade infantil. “Mas porque permitia à criança aprender melhor!”. Surpreso, Atalla voltou a Nova Iorque para saber a verdade científica do método educacional com a Dra. Suzuki, que lhe explicou: “a melhor coisa que você pode fazer pela saúde do seu cérebro é se movimentar”. A atividade física produz três efeitos, segundo a neurocientista: o agudo, verificado nos primeiros 30 minutos de movimento, em que ocorre a melhora na oxigenação no cérebro, no

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Saiba o que é o bruxismo

Às vezes uma dor de cabeça pode não ser uma corriqueira cefaleia tensional ou enxaqueca, mas um sintoma do bruxismo, que pode ocorrer em crianças, jovens e adultos. Manifesta-se de duas formas diferentes: o bruxismo de vigília, que ocorre durante o dia, e o bruxismo do sono, que acontece durante o período noturno. Trata-se de uma alteração funcional caracterizada pelo hábito involuntário de ranger ou apertar os dentes. O problema está associado a vários fatores, entre eles o estresse, ansiedade e doenças neurológicas. Não por acaso, de acordo com o levantamento realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), pouco mais de 30% da população de todo o mundo tem essa condição. No Brasil os números são ainda piores, chegando à casa dos 40%.  Os casos mais preocupantes podem, inclusive, causar a disfunção da articulação temporomandibular (ATM), responsável pela ligação entre o maxilar inferior (mandíbula) e o osso temporal do crânio, localizado à frente das orelhas em cada lado da cabeça. Provoca dores, dificuldade em abrir ou fechar a boca e zumbidos. Dentista especializada em ortopedia funcional dos maxilares, Maria Regina Ferreira, aponta de que maneira a doença afeta a saúde das pessoas. “O bruxismo pode fazer com que os dentes fiquem soltos ou bastante doloridos e na grande maioria dos casos, desgastados. Uns dos principais sintomas são as dores de cabeça, na mandíbula e no pescoço”.  O bruxismo nada mais é do que uma descarga de tensão. “É uma espécie de válvula de escape do corpo humano. Todo o problema está diretamente ligado à sobrecarga emocional”, revelou a dentista. Há 15 anos trabalhando na área, Maria Regina revelou que o diagnóstico é bastante complicado, porque, muitas vezes as pessoas não sabem que devem ser examinadas por um dentista ou um cirurgião bucomaxilofacial. Acometido pela dor, o paciente costuma passar por vários especialistas antes de identificar a doença. “Às vezes o enfermo sofre com os sintomas da cefaleia. Logo ele pensa em marcar uma consulta com um neurologista. Geralmente, ele peregrina bastante antes de ter o diagnóstico”, afirmou Josimário Silva, chefe do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Hospital Jayme da Fonte. A dificuldade e a demora decorrente do diagnóstico resultam no avanço dos sintomas. “Alguns pacientes chegam até mesmo com fraturas na raiz do dente e disfunção acentuada na articulação”, disse a dentista. Na grande maioria dos casos em estágio avançado, é necessária a intervenção com medicamentos e relaxantes musculares. “O ideal mesmo é você tratar de imediato com a ortopedia funcional dos maxilares com aparelhos específicos que vão aliviar a tensão dos dentes e da articulação”, destaca. O aparelho mais usado pela especialista é o pistas planas modificado. O objeto é duplo, ficando um no maxilar e outro na mandíbula e o seu grande diferencial é que ele absorve toda a força que a articulação temporomandibular está sofrendo. “O músculo continua trabalhando, mas com o tempo ele vai relaxando e alivia os sintomas. O uso regular pode alcançar resultados significativos e até mesmo reduzir os danos”, disse a especialista. No caso das disfunções de ATMs, por se tratar de um problema que envolve várias estruturas da face e de origem diversa, é indispensável que a intervenção seja multiprofissional. “O tratamento é coletivo e exige a participação direta de outros especialistas, como dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e cirurgião bucomaxilofacial”, advertiu Josimário Silva, alertando que se a pessoa não for tratada corretamente pode afetar a sua qualidade de vida. “É uma das patologias que mais afeta o bem-estar. A dor incessante é o principal sintoma”. Existem casos em que ocorrem lesões ao disco articular da ATM, localizada à frente do ouvido. Em casos mais severos, pode ser necessária a cirurgia, sendo muito comum as cirurgias realizadas por vídeo, chamada de artroscopia de ATMs (artroscopia é uma modalidade cirúrgica que usa técnica endoscópica, a inserção de uma câmera através de uma incisão cirúrgica, aplicada dentro da articulação temporomandibular). "A grande vantagem dessa técnica em relação à cirurgia aberta é a breve recuperação do paciente que tem suas funções mastigatórias e de fonação reestabelecida em pouco tempo", explicou Josimário Silva. No procedimento aberto a recuperação pode chegar a um mês. A fisioterapia é outro recurso utilizado para tratar tanto o bruxismo, como a disfunção da ATM. Segundo Monialy Barros, tutora de do curso de fisioterapia na Faculdade Pernambucana de Saúde, o procedimento tem apresentado ótimos resultados após a reeducação do paciente. “Para reduzir os sintomas é necessário diminuir a intensidade dos músculos mastigatórios, reposicionar a mandíbula ao crânio, para melhorar a função e a amplitude de movimento, e minimizar a dor muscular”. Para o tratamento são usadas técnicas como manobras de relaxamento, luz infravermelha, ultrassom, calor com compressas quentes na região e corrente elétrica de baixa voltagem com finalidade analgésica. A psicóloga Rita de Cássia Barros, 56 anos, foi diagnosticada com o problema há cerca de dois anos. “Percebia algumas alterações no meu corpo, mas não conseguia identificar. Quando abria a boca, faziam tantos estalos que eu até evitava. No processo de evolução os sintomas ficaram mais fortes”, revelou. Ela se consultou com um neurocirurgião e um clínico-geral, mas de nada adiantou. “Apenas me atentei para o bruxismo ao conversar com uma amiga que sofria o mesmo problema. É preciso que os profissionais de saúde tenham uma maior sensibilidade para diagnosticar a patologia”, ressaltou a psicóloga. “O tratamento foi fundamental. Depois que eu comecei a usar o aparelho a minha vida mudou completamente”. Todo o problema foi resultado do alto nível de estresse de Rita e para obter bons resultados, ela resolveu tratar a questão pela raiz. “Tive que aprender a lidar com certas situações”, disse a psicóloga. Para auxiliar no tratamento, ela recorreu à a medicina alternativa. "A meditação da atenção plena me ajudou a entender melhor o meu corpo e a controlar as minhas emoções". Ela também recorreu aos florais do sistema da Califórnia que oferece duas essências específicas para o bruxismo. Essas substâncias começam a ser alvo de estudos científicos.

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Hospital Português inaugura centro com foco em tratamento integral da obesidade e doenças do aparelho digestivo

O Real Hospital Português inaugura seu novo centro de tratamento de doenças do aparelho digestivo e obesidade. Chamado de Real Cirurgia Digestiva e Bariátrica (RCBD), o centro surgiu da necessidade de os pacientes encontrarem em uma única clínica uma equipe capacitada para o tratamento integral da obesidade e das doenças do aparelho digestivo. A inauguração novo espaço será na próxima quinta-feira (21 de fevereiro), às 19h30 e contará com um coquetel para convidados. A equipe é formada por 18 profissionais da área de saúde envolvidos com o tratamento de doenças do aparelho digestivo e tratamento da obesidade e da síndrome metabólica. “O objetivo do espaço é encontrar uma equipe que possa realizar todo o acompanhamento pré e pós operatório e proporcionar uma abordagem multidisciplinar, otimizando o tratamento e melhorando os resultados, dentro da individualidade de cada paciente”, explica a cirurgiã do aparelho digestivo, Dra Clarissa Guedes, uma das médicas da clínica. Entre as áreas de atuação disponibilizadas, destaque para cirurgia bariátrica, cirurgia do aparelho digestivo, endocrinologia, gastroenterologia, proctologia, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiologista, endoscopista e anestesiologistas. O consultório conta com quatro espaços para atendimento e uma sala de espera projetada para maior comodidade e conforto dos pacientes. A Real Cirurgia Digestiva e Bariátrica (RCBD) fica localizada ao lado do CTO, no Hospital Português, bairro do Paissandú, área central da Cidade, e é formada pelos médicos Carlos Falcão (anestesista), Cinthia Cordeiro (gastro e hepatologista), Cláudia Wanderley (nutricionista), Clarissa Guedes (cirurgiã do aparelho digestivo), Clarissa Rocha (gastro e hepatologista), Daniel Santiago (cirurgião do aparelho digestivo), Danielle Teti (cirurgiã do aparelho digestivo), Eliane Ximenes (psicóloga), Flávio Kreimer (cirurgião do aparelho digestivo), Iara Mesel (psicóloga), Justiniano Luna (gastro), Luciana Siqueira (cirurgiã do aparelho digestivo), Marcela Corrêa (endocrinologista), Maria Moura (fonoaudióloga), Pedro Feitosa (cirurgião do aparelho digestivo), Raquel Kelner (proctologista), Ricardo Salzano (gastro e Vladimir Curvêlo (cirurgião do aparelho digestivo).

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Conjuntivite pode ser a grande vilã do carnaval

Carnaval é época de alegria, de tirar a fantasia do armário e caprichar na maquiagem. Quem vai aproveitar as prévias e os dias da folia deve ficar atento a alguns cuidados para evitar doenças oculares comuns nesta época do ano. Entre as de maior incidência no período está a conjuntivite, que é uma inflamação da conjuntiva, membrana que reveste o interior das pálpebras e a parte da frente do globo ocular. Geralmente, a doença acomete os dois olhos, dura entre uma semana e 15 dias, e costuma não deixar sequelas. Os sintomas são bem claros: olhos vermelhos, ardência, inchaço e lacrimejamento. A conjuntivite pode ser viral ou bacteriana, sendo as virais mais frequentes em caso de epidemia. A contaminação do olho ocorre por contato com mãos infectadas, compartilhamento de toalhas de rosto e cosméticos, além do uso prolongado de lentes de contato. Portanto, é importante não compartilhar maquiagem como rímel, lápis, delineador e sombra e lavar sempre as mãos. Deve-se evitar locais muito abafados e de grande aglomeração. Além disso, recomenda-se que, a qualquer sinal da doença, um profissional especializado deve ser consultado imediatamente. Com esses cuidados, o folião poderá aproveitar o carnaval com tranquilidade. No ano passado, Pernambuco passou por um surto de conjuntivite. De acordo com a Fundação Altino Aventura, entre janeiro e maio, foram constatados pela instituição 37.047 casos de conjuntivite viral.

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Pernambucano cria startup que ajuda a perder peso

A Moodar é uma startup pernambucana que auxilia na mudança de hábitos através de ferramentas com foco na perda de peso. Ela é iniciativa do cientista da computação Felipe Farias. Com apenas 26 anos, formado pela Universidade Federal de Pernambuco e pela Universidade Columbia, em Nova York, ele iniciou estudos em busca de respostas sobre as dificuldades das pessoas em se manter em um processo de mudança comportamental. O empreendedor descobriu que o resultado de quem procura perder peso e mudar hábitos é mais eficaz quando o profissional de saúde está mais presente na rotina do paciente. "A gente começou a se perguntar como seria se o especialista pudesse fazer parte da rotina da pessoa. Então, criamos uma plataforma para conectar o profissional com seus clientes, em um formato acessível para ambas as partes", afirma Felipe. Para atingir os objetivos dos seus usuários, a Moodar criou diversas plataformas de comunicação que permitem aos seus participantes uma rotina compartilhada com uma Personal Coach de Perda de Peso. O empreendedor respondeu algumas perguntas sobre o serviço prestado pela startup. Confira abaixo. O que é a Moodar? A Moodar é uma plataforma de mudança de hábitos e perda de peso, cuja missão é facilitar o acesso à vida saudável e previnir complicações de saúde associadas aos maus hábitos. O que é o programa de emagrecimento da Moodar? A Moodar uniu ciência comportamental e tecnologia para conectar Mentores de Perda de Peso a pessoas que não estão interessadas em mais uma alternativa imediata de emagrecimento. Através do acompanhamento diário via aplicativo, ligações semanais de aprofundamento e workshops presenciais periódicos, a Moodar auxilia cada usuário a transformar a sua percepção dos seus hábitos, realizar ajustes importantes na rotina e perceber a cidade de uma forma mais saudável - muitas vezes aprendendo a economizar levando uma vida mais leve. Como funciona o relacionamento do usuário com a coach/mentora de perda de peso? A coach é uma companheira do usuário ao longo do programa. Ela acompanha de perto a evolução de cada um, fazendo ligações semanais e trocando mensagens diárias para orientações, suporte emocional e motivações comportamentais. O usuário também participa de um grupo virtual com a sua Mentora para a troca de experiências e incentivos coletivos em um grupo de pessoas da sua região, com perfis semelhantes. No dia a dia, são construídas metas palpáveis com o apoio da coah e incentivos para coloca-las em prática. O usuário passa a conhecer as suas próprias estratégias para mudar hábitos e perder peso, recebendo conteúdos, dicas e receitas periodicamente. O programa tem apoio de várias plataformas. Quais? O programa oferece diversas plataformas de comunicação com o participante. Ao se cadastrar no site da Moodar, o usuário passa a ter acesso a um aplicativo completo, já disponível para IOS e Android. A comunicação com a Mentora e o grupo acontece via Whatsapp, e-mail, chamada de voz e até vídeo. Além disso, são realizados Workshops presencias das Coach com seus grupos periodicamente, nos quais são realizadas imersões em hábitos saudáveis que podem ser replicados no dia-a-dia. Quais resultados o programa tem apresentado? Há pouco menos de dois anos em todo o Brasil e a Moodar já apresentar um balanço positivo dos resultados, 76% das pessoas que adotaram o programa perderam peso de forma sustentável, 84% transformaram os hábitos alimentares e 80% aderiram a atividades físicas regulares. Um desejo em comum dos usuários que entram no programa é a busca por uma melhor qualidade de vida e uma das características que os une, por razões diversas, é a necessidade de um incentivo para o alcance desse objetivo. Quanto tempo de duração? O programa principal da Moodar tem duração de 4 meses, em que cada mês trabalha conteúdos relacionados a um conjunto diferente de comportamentos relacionados à perda ou à manutenção do peso. Após os primeiros 4 meses, existe um programa de manutenção de hábitos, sem limite de permanência. Qual o diferencial da moodar para os outros programas de perda de peso? O principal diferencial do programa é o acompanhamento diário para fortalecer o autoconhecimento do usuário. A Mentora de Perda de Peso participa, por meio de ligações semanais e mensagens diárias, dos hábitos dos participantes. Dessa maneira, é possível descobrir a raiz do problema para perder peso, seja emocional ou comportamental. E quem se interessar pelo programa, como deve proceder? Basta acessar o site www.moodar.com.br e preencher o cadastro. A fim de evitar frustrações, novos usuários podem fazer um teste semanal do acompanhamento por apenas R$10.

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Fevereiro é o mês de combate à Leucemia

O Fevereiro Laranja é uma campanha que busca conscientizar e alertar a população sobre a leucemia, tipo de câncer que afeta o sangue, como os glóbulos vermelhos — responsáveis por transportar o oxigênio — e os glóbulos brancos — cuja função é produzir anticorpos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que o Brasil deve registrar até o final deste ano mais de 10 mil novos casos da doença. Entre crianças e adolescentes, este é o tipo de câncer mais prevalente, sendo responsável por 33% dos casos. Em linhas gerais, as leucemias são divididas em mielóides e linfóides, - de acordo com o tipo celular comprometido - e leucemias agudas e crônicas, a depender do tempo de instalação e fase de maturação celular. "A leucemia afeta a fábrica do sangue, a medula óssea, que está localizada dentro dos ossos e é responsável por produzir todas as células sanguíneas. A doença faz com que as células sanguíneas passem a se reproduzir de forma descontrolada, gerando o comprometimento da fabricação normal do sangue. Isso leva à anemia, diminuição da imunidade e aumento do risco de sangramentos", explica Lorena Costa, hematologista da Multihemo, do Grupo Oncoclínicas. A leucemia não passa de pai para filho. Ela acontece por alterações genéticas (mutações) que ocorrem ao acaso e que acabam por desencadear o surgimento do câncer. "Não há como apontar causas exatas que permitam a prevenção para todos os indivíduos. Por isso, a melhor forma de deter o avanço da leucemia é o diagnóstico precoce", destaca a especialista. Alguns fatores, como a exposição a produtos químicos, principalmente os derivados de benzeno e à radiação em altos níveis, assim como algumas doenças genéticas como anemia de Fanconi e outras que afetam o sangue, podem elevar o risco de incidência da doença. Ainda assim, estes são apenas fatores que podem contribuir para o surgimento da leucemia, mas não são regra. Diante disso, o principal conselho da hematologista é que seja dada atenção aos sinais que podem ser indícios da doença. Sintomas - Os principais sintomas de leucemia são: cansaço fácil, palidez, dores nos ossos, febre e infecções recorrentes, além de manchas roxas pelo corpo e aparecimento de gânglios, aumento do baço e aumento das gengivas.

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Cuidados com o coração devem ser redobrados na terceira idade

*Por Dr. Pedro Rubens Pereira Junior Com o passar dos anos, é natural que nossa saúde fique cada vez mais frágil. Os músculos e órgãos do corpo simplesmente perdem a força depois de tantos anos trabalhando a todo vapor. Doenças cardiovasculares, por exemplo, tem maior prevalência na terceira idade. Por isso, para quem tem mais de 60 anos, é necessário redobrar a atenção quanto a este assunto. O Brasil conta hoje com cerca de 27 milhões de idosos, o equivalente a 13% de sua população total. A estimativa é que, até 2060, esse número cresça para 73 milhões, o que, de acordo com previsões do IBGE, será o equivalente a 32% do total de pessoas no Brasil. Então, o cuidado com doenças cardiovasculares, que atingem principalmente a população idosa, nunca foi tão crucial quanto atualmente. Como bem diz o ditado, prevenir é sempre melhor que remediar. Então, o primeiro passo é evitar os fatores de risco para doenças que afetam o coração. A falta de exercício físico e o consumo excessivo de sal, álcool, açúcar e demais alimentos gordurosos são duas das principais causas de transtornos como a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, a cardiopatia isquêmica e a valvopatia. Outros fatores externos como o stress e o tabagismo também podem agravar os quadros de saúde. Então, antes de mais nada, fuja destes hábitos que podem ser nocivos a sua saúde. Há também hábitos e alimentos que são fundamentais para manter a saúde do coração. Por incrível que pareça, por exemplo, uma boa higiene bucal pode ajudar demasiadamente. Um estudo realizado por cientistas italianos e ingleses publicado no jornal da Faseb, “The Federation of American Societies for Experimental Biology” mostrou que infecções na gengiva são grandes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. Além disso, adotar uma dieta mediterrânea, com muitos peixes, nozes, frutas e azeite de oliva contribui para o aumento o LDL (o famoso colesterol bom), diminui o HDL (colesterol ruim), e ainda ajuda a evitar a obstrução das artérias. Por fim, uma pequena dose de vinho tinto por dia contém uma quantidade sadia de resveratrol, uma substância antioxidante que ajuda a proteger o coração. O mais importante, porém, é estar em constante contato com o seu cardiologista. As visitas ao médico devem ser pelo menos anuais a partir dos 60 anos, a fim de detectar alterações precoces que podem ser tratadas antes de se desenvolver um problema mais grave. Com o acompanhamento, tratamento e prevenções corretas, é possível viver bem na terceira idade e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. *Dr. Pedro Rubens Pereira Junior é cardiologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo

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