Arquivos Algomais Saúde - Página 142 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Hipertensão é a principal causa de ataques cardíacos. Entenda o problema e como tratá-lo

A hipertensão é uma doença que atinge muitos brasileiros, sem nenhuma distinção. Apesar de ter diversas causas, algumas não podem ser evitadas, como a questão de genética, sexo, idade e até mesmo etnia. Cardiologista e professor da USP, o especialista Augusto Scalabrini Neto aponta que o ideal é se manter atento e fazer exames de rotina para saber se há ou não chances de ter o problema ao longo da vida. A doença, que age danificando o coração e o sistema arterial, faz com que o sangue seja bombeado com mais força pelas artérias, que estão mais contraídas, gerando resistência cardiovascular. "A pressão arterial está diretamente ligada com o bombeamento de sangue no coração e por isso pode causar complicações em vários órgãos do corpo, como o próprio coração, rins, olhos e o cérebro", explica o professor da USP. No entanto esses sintomas costumam aparecer apenas em estágio avançado da condição, fazendo com que as pessoas não percebam que há um problema, o que agrava ainda mais a situação. Para saber se há ou não alguma complicação, o primeiro passo é realizar o exame de pressão. Algumas pessoas recebem um diagnóstico inexato por não estarem habituados com a medição. Por isso, para medir a pressão arterial de forma correta é necessário estar calmo, não ter feito esforço físico ou ingerido alimentos ou bebidas alcoólicas nos últimos minutos. Até mesmo cruzar as pernas ou falar pode influenciar e gerar um resultado errôneo do exame. Cerca de 35% da população brasileira é hipertensa e a doença pode surgir como consequência de sedentarismo, obesidade, estresse e excessos de sal, álcool e tabagismo. "As chances de desenvolver hipertensão aumentam ainda mais se houver uma combinação desses fatores, que separados já são um perigo para saúde do coração e todos os órgãos do corpo são afetados direta ou indiretamente", comenta. Além dos tratamentos medicamentosos, a principal maneira para controlar a hipertensão é a mudança de estilo de vida. "As mudanças podem ser feitas gradualmente, mas a doença é um resultado da forma como as pessoas vivem, por isso é importante começar o tratamento o mais cedo possível", recomenda Dr. Augusto. Para as pessoas acima do peso, é importante saber que cada quilo perdido ajuda a diminuir essa fragilidade. A dieta passa a levar um pouco menos de sal, gorduras e processados. O hipertenso deve optar por alimentos cozidos ou grelhados, além de temperos naturais. Começar a praticar exercícios físicos também é um grande auxílio nesse processo. Por outro lado, é importante estar atento com o psicológico, problemas do cotidiano podem fazer com que o estresse e o nervosismo sejam algo normal, mas administrar contratempos com tranquilidade melhora a vida em todos os setores.

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Você sabe a diferença entre cisto e cálculo renal?

Quando se fala em doenças do rim, logo se vem à cabeça o cálculo renal, popularmente conhecido como pedra nos rins. Outro problema menos comum que também acomete o órgão é o cisto renal, alteração encontrada em até 15% dos pacientes com mais de 70 anos. Mas, qual a diferença entre os dois? Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, o que diferencia os dois problemas é que os cálculos são sólidos, enquanto os cistos são líquidos. Além disso, um apresenta sintomas e outro não. “O paciente com cálculo renal normalmente sente dores nas costas ou na parte anterior da barriga, sangue ao urinar (hematúria), náuseas e vômito. Já o cisto é assintomático”, explica. Outra diferença determinante é que o cálculo renal é 100% benigno, enquanto o cisto, que pode ser simples ou complexo, tem chances de ser um tumor maligno. “Os cistos podem ser classificados em quatro tipos de acordo com a probabilidade de ser maligno ou não. No tipo 1, a chance é zero. O tipo 2 e o 2f, apresenta chance de 5%. Já os tipos 3 e 4 têm chances de 40 a 80% de ser maligno”, esclarece Maia. Diagnóstico e tratamento – Como na maioria dos casos os pacientes com pedras nos rins procuram o médico após sentirem algum sintoma, o diagnóstico é mais rápido. “Uma vez que ela é identificada, o tratamento pode ser realizado através de medicamentos e intervenções cirúrgicas dependendo do tamanho das pedras”, revela. Enquanto isso, o diagnóstico do cisto costuma ser feito através de exames de rotina, como ultrassom ou tomografia. Quando identificado, o profissional recorre a uma ressonância para definir a classificação do cisto. “Os cistos dos tipos 1 e 2 são acompanhados com exame anual, sem a necessidade de extração. Já os tipos 3 e 4 são tratados cirurgicamente, devido ao alto risco de malignidade”, afirma o urologista.

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Índice de mortos por câncer aumenta

Em uma série de pesquisas, o Observatório de Oncologia, plataforma analítica criada pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), encabeçado pela ABRALE, vem alertando que se não houver mudanças significativas nas políticas públicas em pouco mais de uma década o câncer se tornará a principal causa de óbitos no Brasil. Em 2016, a projeção era de que a cada 100 mil brasileiros, 115 seriam vítimas fatais de algum tipo de tumor. Em apenas dois anos de estudo, o Observatório apontou que a projeção se tornou realidade em 10% dos municípios do país. O último levantamento constatou que um total de 516 cidades já apresentam o câncer como principal causa de morte, estas concentram 6,6 milhões de habitantes. Neste mapa, o Sul se destaca negativamente, pois 80% do montante de cidades estão nos três estados que compõem a região. Embora alarmantes, os dados mais recentes do TJCC são apenas mais um confirmador do crescimento de óbitos por câncer. Outro estudo recente, este conduzido pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), constatou, utilizando o DataSUS, que o número de mortes por câncer cresceu em 10 anos de cerca de 17%, pulando de 145 mil vítimas fatais, 78 a cada 100 mil habitantes, em 2005 para quase 207 mil mortos por câncer, 100 em cada 100 mil habitantes, em 2015. Para o patologista Clóvis Klock, presidente da SBP, entidade que faz parte do Conselho Estratégico do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, o descaso com o diagnóstico é um fator determinante para o aumento de mortes por câncer. “A partir do momento em que uma suspeita é detectada por um clínico geral, o paciente do sistema público precisa ter acesso aos exames necessários para confirmação ou descarte dessa hipótese. Além dos exames clínicos e de imagens, o mais elementar de todos é a biópsia. Analisada pelo médico patologista em um laboratório, é ela quem levará ao laudo anatomopatológico, instrumento que diz se a amostra é ou não câncer. Esse processo feito no tempo correto salva vidas”, destaca o especialista. Em outro levantamento do Observatório de Oncologia, esse realizado em agosto de 2017, constatou-se que 20,4% dos pacientes iniciam a fase de tratamento após um prazo de mais de 60 dias do primeiro diagnóstico, o que representa, mais do que um atraso perigoso, o descumprimento da Lei nº 12.732/12 (em vigor desde 23/05/3013) que estabelece o período de dois meses como prazo máximo para o primeiro tratamento oncológico no SUS a partir do laudo anatomopatológico. “Para reduzir o número de mortes é preciso focar em três pilares, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento, o Brasil peca em todas as partes”, alerta o presidente da SBP. “Dentro da minha especialidade, que se encaixa no meio desse caminho que o paciente deve percorrer, é fácil notar o quanto a população desenvolve doença por um estilo de vida inadequado, o quanto é demorado o processo de diagnóstico e o quanto esse paciente vai esperar para o início dos tratamentos”, finaliza.

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Anticoncepcional: entenda a relação entre o contraceptivo a fertilidade da mulher

O uso contínuo do anticoncepcional pode diminuir as chances de engravidar no futuro? De acordo com o médico creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Edilberto Araújo Filho, não existem trabalhos científicos que comprovem essa relação. “As causas da não gravidez pós-suspensão do anticoncepcional podem ocorrer por causa de outros problemas, como a idade avançada (acima de 35 anos as chances de gravidez diminuem), disfunções hormonais, baixa reserva ovariana ou infecções genitais”, esclarece. A partir do momento em que deseja ter um filho, uma das orientações que devem ser seguidas, após a realização dos exames de rotina na mulher e no homem é a suspensão dos métodos contraceptivos. “A chance de gravidez (até os 30 anos da mulher) fica em torno de 18% no primeiro mês e, em geral, o casal leva entre seis a sete meses para engravidar”, comenta Edilberto. O anticoncepcional pode ser indicado a partir da primeira menstruação da mulher. É um dos métodos contraceptivos que contém os hormônios estrogênio e progesterona que são inibidores da liberação dos hormônios hipofisários FSH e LH, responsáveis pelo crescimento folicular e pela ovulação. Entre os benefícios deste método contraceptivo, indica Edilberto, “está o efeito protetor contra o câncer de ovário e do útero, a diminuição do risco de formação de cistos ovarianos, o controle das disfunções hormonais para as mulheres que apresentam ovários policísticos e para as mulheres que têm disfunções menstruais com fluxo intenso ou irregular – podendo, dessa forma, diminuir a incidência de pólipos e miomas”. O anticoncepcional também pode ser usado em técnicas de reprodução assistida com o objetivo de corrigir disfunções hormonais antes da Fertilização in Vitro (FIV). As pacientes fazem o tratamento com a pílula antes da hiperestimulação ovariana para produzir os folículos e então realizar a coleta de óvulos no processo da FIV. Os anticoncepcionais hormonais são classificados em: oral, injetável, endoceptivo (como o sistema intrauterino de levonorgestrel), adesivo, anel e implante. A suspensão de cada método interfere no período de retorno da fertilidade da mulher de acordo com o tipo. Saiba como: Anticoncepcional oral, adesivo ou anel vaginal: O retorno à fertilidade é rápido e até imediato, mas pode levar até 2-3 ciclos para regularizar o ciclo menstrual. Anticoncepcional injetável ou por implante: Pode levar até seis a nove meses para regularizar o ciclo menstrual frequentemente necessário para a gravidez. Os anticoncepcionais injetáveis trimestrais devem ser usados com moderação pelas mulheres que desejam engravidar em curto período de tempo. Sistema liberador de levonorgestrel: O retorno à fertilidade é rápido e até imediato, mas pode levar até dois ciclos para regularizar o processo de menstruação.

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Conheça 10 mitos e verdade sobre a saúde da voz

Ela está por trás dos diálogos, das canções, dos manifestos. A voz, uma das principais fontes de união e interação, requer cuidados, assim como qualquer outra parte do corpo. "A voz é importante desde o momento do nascimento e é a grande responsável pela nossa comunicação e desenvolvimento em sociedade. Por isso, é essencial ter cuidados constantes com a voz e evitar ações nocivas, como gritar, pigarrear, ingerir bebidas alcoólicas e fumar", afirma a fonoaudióloga do Hospital CEMA, Thaís Palazzi. A especialista lista abaixo o que é mito e o que é verdade no que diz respeito à saúde da voz e alerta que qualquer alteração vocal que persista por mais de 3 dias deve ser investigada por um otorrinolaringologista. Confira os principais mitos e verdades: 1 - "MAÇÃ FAZ BEM PARA A VOZ" VERDADE A maçã é um alimento rico em pectina, uma substância que fornece ação adstringente e auxilia na limpeza da laringe e das cordas vocais, evitando assim o acúmulo de secreção, o famoso pigarro, nessa região. Além disso, a mastigação fortalece a musculatura responsável pela articulação das palavras. Além da maçã, as folhas verdes e frutas como banana, caju e goiaba também têm função adstringente. 2 - "PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM A VOZ SOFREM MAIS PROBLEMAS VOCAIS" DEPENDE Possíveis problemas com a voz vão depender de como ela é utilizada. Em geral, pessoas que têm uma demanda de voz excessiva, sem cuidados vocais, como, por exemplo, com excesso de gritos, má hidratação e respiração inadequada certamente estão mais predispostas a ter alterações vocais e rouquidão. É importante para esses profissionais não aumentar a intensidade da voz quando há ruídos mais altos por trás, para não prejudicá-la. 3 - "PIGARREAR TIRA A SECREÇÃO DA GARGANTA" MITO Pelo contrário, pigarrear irrita ainda mais a mucosa. O ideal, nesse caso, é hidratar-se para que a secreção saia naturalmente, ou respirar profundamente pelo nariz e deglutir em seguida. 4 - "MÁ RESPIRAÇÃO PREJUDICA A VOZ" VERDADE A saúde dos tecidos depende da boa oxigenação. Portanto, uma respiração incorreta tem consequências negativas para a saúde mental e física, afetando também a voz. A respiração é a base principal da produção vocal e precisa acontecer de maneira adequada, tanto na fala, quanto no canto. O trabalho com a voz é feito com o corpo todo, inclusive com a respiração. 5 –" ÁLCOOL E CIGARRO FAZEM MAL À VOZ" VERDADE Cigarros e determinados tipos de drogas irritam a mucosa do trato vocal e elevam a sensação de pigarro, podendo ocasionar alterações nas cordas vocais. Já as bebidas alcoólicas, além de irritar a mucosa, têm ainda efeito anestésico podendo mascarar a dor de garganta ou os excessos vocais. 6 - "BALAS DE HORTELÃ, PASTILHAS, SPRAYS BUCAIS E GENGIBRE SÃO BONS PARA A VOZ" MITO Esses recursos apenas disfarçam a dor e o desconforto, dando uma falsa sensação de melhora. Com isso, geralmente a pessoa comete excessos, pois imagina que está melhor, prejudicando ainda mais a mucosa das cordas vocais. 7 - "BEBIDAS GELADAS OU MUITO QUENTES PREJUDICAM A VOZ" VERDADE No geral, mudanças bruscas de temperatura podem, sim, prejudicar a voz. No caso das bebidas geladas ou muito quentes há um choque térmico no organismo, o que pode causar danos à saúde vocal. 8 - "GRITAR PREJUDICA A VOZ" VERDADE Gritar é uma das atitudes mais agressoras para a laringe, pois, nesse momento, ocorre ataque brusco entre as cordas vocais. Isso pode causar um edema, irritação na mucosa das cordas vocais. O grito deve sempre ser evitado. 9 - "INGERIR UMA PEQUENA QUANTIDADE DE BEBIDA ALCOÓLICA É BOM PARA CANTAR" MITO A bebida tem efeito anestésico nas cordas vocais e o cantor que recorre a ela pode cometer excessos vocais sem perceber, o que agrava o quadro, em longo prazo. O ideal sempre é optar por ingerir água. 10 - "ALGUNS ALIMENTOS PREJUDICAM A VOZ" VERDADE Alimentos pesados e com condimentos podem fazer mal à voz, como o chocolate, o café e bebidas alcoólicas. O melhor é optar por alimentos leves e com proteínas e também beber muita água para hidratar as cordas vocais.

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No Dia Mundial da Voz, fonoaudióloga alerta para a importância de ficar atento à saúde vocal

Na próxima segunda-feira (16/04), é comemorado o Dia Mundial da Voz, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde vocal. A fonoaudióloga e especialista em voz Karine Pontes, professora de perícia vocal do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), explica que hábitos simples no dia a dia já podem ajudar a prevenir problemas com a voz. “Entre os principais cuidados, evitar abuso e maus usos vocais, como falar forte, alto, gritar, pigarrear e fazer ‘competição sonora’, quando conversamos alto no barulho”, orienta. “Conversar bem acima do tom quando se tem muito ruído em volta, realmente, força a voz. Nessa situação, ela é produzida com esforço e intensidade elevada. O ideal é se afastar um pouco do barulho, se quiser conversar. No caso de festas, converse longe de caixas de som”, recomenda. Outra dica é investir numa boa hidratação, que é essencial para o bom funcionamento da voz. De acordo com a professora de fonoaudiologia, beber água é fundamental para todo o organismo, assim como para as pregas vocais, pois elas estando bem hidratadas, a voz é produzida de forma mais harmoniosa e sem esforço. “Se o indivíduo usa a voz profissionalmente, como professores e cantores, é melhor optar por água em temperatura ambiente, pois bebidas muito geladas podem causar choque térmico e, as quentes, vasodilatação”, explica Karine, lembrando que realizar mudanças de temperatura para fins terapêuticos da voz, só devem ser feitas sob orientação de um fonoaudiólogo. “Deve-se também evitar comidas muito condimentadas, gaseificadas e muito ácidas para não favorecer o refluxo laringofaríngeo, que pode agredir as pregas vocais”, alerta Karine. Para quem usa muito a voz no trabalho, os cuidados devem ser redobrados. “O ideal é procurar também um acompanhamento de fonoaudiólogo para orientar sob aquecimento, desaquecimento e prevenção de lesões de pregas vocais”. Outro fator importante é ficar atento a alguns sintomas, já que o esforço vocal pode gerar desde fadiga até alguma lesão de prega vocal, surgindo queixa como a rouquidão. “Caso essa rouquidão persista por mais de 15 dias, deve-se procurar ajuda profissional de médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo”, recomenda a professora de fonoaudiologia do IDE Karine Ponte.

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Gengibre e açafrão-da-terra são opções de anti-inflamatórios naturais

Muito utilizadas para realçar o sabor dos alimentos, as especiarias também trazem benefícios à saúde e desempenham papel importante na prevenção e tratamento de doenças. De acordo com a nutricionista e doutora em Investigação Biomédica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Roberta Cassani, condimentos naturais como açafrão-da-terra e gengibre contribuem com ação anti-inflamatória no organismo. “Estudos demonstram que a curcumina, principal princípio ativo da cúrcuma ou açafrão-da-terra, tem efeito nas etapas da via inflamatória principalmente para a artrite reumatoide, inflamação crônica em uma ou mais articulações. Já o gengibre, pode ser usado no tratamento da região da garganta e estômago”, explica Roberta.

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Mulheres devem ter mais atenção aos cuidados com o coração

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil, sendo responsáveis por cerca de 360 mil óbitos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E de cada dez que acontecem em decorrência de infarto, seis são de homens e quatro de mulheres, de acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Esse quadro faz com que especialistas alertem o público feminino sobre a importância de cuidar da saúde do coração. Os sintomas de um infarto na mulher costumam aparecer de forma mais discreta do que no homem, segundo o cardiologista Evandro Tinoco, do Hospital Pró-Cardíaco. Muitas vezes, não ocorrem dor no peito e formigamento no braço. “Sintomas como náusea, vômito, suor e problemas de respiração podem ser confundidos com uma crise de ansiedade ou passar despercebidos, o que faz com que a mulher demore a constatar a gravidade do caso”, alerta o médico. Os principais fatores de risco de doenças cardiovasculares nas mulheres são obesidade, sedentarismo, tabagismo, hipertensão, colesterol alto, situações frequentes de estresse (como a jornada dupla no mercado de trabalho e nas tarefas domésticas) e a menopausa, devido à mudança na produção do estrogênio, um hormônio que atua como protetor do coração. “Ações preventivas, como realizar uma avaliação clínica cardiometabólica, por exemplo, devem ocorrer ao longo da vida da mulher, sob a orientação de pediatras, clínicos gerais, ginecologistas, geriatras e cardiologistas. Se houver antecedentes familiares, recomendamos, em especial, realizar check-up a partir dos 35 ou 40 anos de idade, além de evitar os hábitos relacionados aos fatores de risco, com a busca de um estilo de vida saudável. Atualmente, no Brasil, as doenças cardiovasculares matam seis vezes mais mulheres do que o câncer de mama”, aponta Tinoco. Como diminuir os fatores de risco: Praticar atividades físicas; Manter uma alimentação rica em frutas e verduras; Controlar o colesterol; Não fumar.

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Cresce a incidência de puberdade precoce

Acne, aumento da oleosidade na pele, surgimento de pelos na região pubiana e das axilas. Sinais que são facilmente associados à adolescência, mas que têm se manifestado de maneira incidente em crianças. Puberdade precoce é quando o paciente começa a apresentar sinais de puberdade antes da idade que seria considerada a esperada de acordo com parâmetros médicos. Este é um dos assuntos que será discutido durante o 1º Up to Date de Pediatria de Pernambuco, promovido pela Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe), neste sábado (14), no Hotel Manibu, em Boa Viagem. Para os meninos, são sintomas da doença a evolução dos testículos e alteração da voz antes dos nove anos. Já para as garotas, que são as mais acometidas pela doença, os indícios são aparecimento de mama e menarca antes dos oito anos. A prevalência de puberdade precoce estimada no mundo é em torno de 2%, variando de acordo com a população estudada, chegando até a 48% em meninas afro-americanas. No Brasil, uma pesquisa realizada entre 2000 e 2005 revelou que cerca de 50% dos casos acontecem entre os seis e sete anos e 25% acontecem dos dois aos seis anos de idade. Antes dos dois anos, o problema é identificado em 18% dos casos. As principais consequências da disfunção são as alterações psicológicas, pois a criança ainda não é madura o suficiente para lidar com tais mudanças no corpo; ter baixa estatura quando chegar à fase adulta, postergação do diagnóstico de alguma outra doença que o paciente tenha, risco de sofrer bullying e também abusos sexuais. A patologia pode ser idiopática, ou seja, não apresentar causas específicas, mas, para os médicos, a alimentação pode ser um dos fatores de desencadeamento da doença. A médica especialista em endocrinologia pediátrica, Taciana Schuler, explica que a os disruptores endócrinos também podem ter contribuição para o aparecimento da doença. “Além da obesidade, algumas substâncias chamadas disruptores endócrinos podem afetar a produção hormonal e, hoje em dia, acredita-se que seja uma das causas de puberdade”. Ela ainda salienta que existem dois tipos de puberdade precoce, a central, que é a mais comum, e a periférica. A primeira se caracteriza pela produção de hormônios estimulada pelo cérebro. Já a segunda pode derivar do aparecimento de doenças sistêmicas, como o hipotireoidismo ou cisto ovariano. “Para a puberdade precoce central, o tratamento recomendado pelos pediatras normalmente inclui medicamentos que possam bloquear o estímulo à produção de hormônios. No caso de ser o tipo periférica, exames serão feitos para detectar a causa, ou seja, qual doença sistêmica está desencadeando esse desequilíbrio hormonal. O tratamento da segunda situação vai depender da causa do quadro em cada paciente. Pode ser via oral, um procedimento cirúrgico, entre outros tratamentos”, explica a Taciana Schuler. SERVIÇO 1º UP TO DATE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO – 14/4, das 8h30 às 17h, no Hotel Manibu – Av. Conselheiro Aguiar, 919, Boa Viagem. Inscrições: R$ 100 (associados da SBP, estudantes e residentes)/ R$ 150 (não associados). Mais informações: secretaria@sopepe.com.br ou 3231-4413.

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Câncer colorretal é cada vez mais frequente em jovens

Sangue nas fezes, alterações dos hábitos intestinais, desconformo abdominal, perda de apetite e diarreia. Esses são alguns dos sinais apresentados por um dos tipos de câncer mais preveníveis, curáveis e letais, o colorretal. A doença atinge mais de 36 mil pessoas no Brasil anualmente, de acordo com as estimativas do Inca para 2018 – é o segundo mais frequente em mulheres e o terceiro, em homens. Seu rastreamento é indicado a partir dos 50 anos (OMS), mas segundo estudo da Sociedade Americana de Câncer, dobrou o número de casos em jovens adultos. Obesidade e sedentarismo são algumas das razões pelas quais 30% dos diagnósticos são em quem tem menos de 55 anos. Assim, o documento divulgado pela Sociedade Americana conclui que indivíduos nascidos em 1990 têm quatro vezes mais chance de desenvolver câncer de reto e o dobro de chance de ter o de intestino, se comparado com alguém nascido na década de 1950. Os fatores de risco em jovens estão ligados justamente ao estilo de vida, como indica outro estudo, publicado no British Medical Journal. Segundo ele, a cada 5kg/m2 ganhos no índice de massa corporal (IMC), aumenta 9% o risco de desenvolver câncer colorretal em homens. O Dr. Tomazo Franzini, diretor da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), esclarece que a obesidade está ligada a diversos tumores, especialmente aos que acometem o aparelho digestivo. “Contudo, ela não é a causa em si, mas a consequência de uma série de maus hábitos, de estilo de vida e alimentares”. O especialista ressalta a necessidade de campanhas educacionais sobre a neoplasia. “Precisamos conscientizar a população - e os próprios médicos - a respeito desse aumento. Em jovens, o diagnóstico costuma ser tardio justamente por falta de informação: sem saber os sintomas e a possibilidade de desenvolver a patologia, tardam a procurar um especialista e, logo, a obterem o diagnóstico e iniciar o tratamento”, analisa. Abrangendo tumores que agridem o cólon e o reto, segmentos do intestino grosso, o câncer colorretal é identificado pela colonoscopia, exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal. O procedimento é a principal ferramenta para rastrear a neoplasia, uma vez que pode identificar lesões pré-oncológicas, conhecidas como pólipos, e removê-las durante o próprio procedimento. Ou seja, é capaz de prevenir, diagnosticar e tratar o câncer. “A colonoscopia é fundamental no enfrentamento do avanço dos casos da doença, por isso, precisamos desmitifica–lo e ampliar o acesso à informação sobre a doença e suas formas de prevenção. Os sinais são sutis e podem ser confundidos com outras doenças, por isso um especialista deve ser procurado sempre que houver quaisquer suspeitas de problemas no aparelho digestivo”, conclui.

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