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Novas regras para fertilização no Brasil: Veja o que mudou

O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou novas regras ligadas aos casos de reprodução assistida no Brasil. Entre os principais pontos a se destacar na revisão dos casos pelo CFM estão a expansão no critério para quem cederia temporariamente o útero para uma gestação compartilhada (a famosa “barriga de aluguel” ou “barriga solidária”), a redução no prazo para descarte de embriões e o congelamento de material para uma gestão tardia. Especialistas no assunto avaliaram a mudança positivamente, pois elas conseguem englobar alguns grupos que antes não tinham o alcance de tais técnicas. “Essa atualização inclui questões sociais e biológicas que não eram consideradas anteriormente na avaliação médica para a utilização de reprodução assistida”, afirma o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife. “É um avanço muito bom, pois amplia a possibilidade de procriação de indivíduos que desejam”, comemora. No caso da barriga solidária, por exemplo, anteriormente a cessão temporária do útero só podia ser feita por familiares ascendentes, isto é, que estariam acima do paciente. “A partir da alteração, familiares em grau de parentesco consanguíneo descendente, como filhas e sobrinhas, são permitidas a emprestar o útero para a gestação do filho de um terceiro”, esclarece Tenório. Além disso, pessoas solteiras (homens ou mulheres) e casais homoafetivos femininos também passam a ter o direito de utilizar técnicas de reprodução assistida. As mulheres que enfrentarão tratamentos de doenças que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro. O Conselho Federal de Medicina permite, agora, que a doação de óvulo possa ser feita voluntariamente por qualquer mulher de até 35 anos. Anteriormente, apenas mulheres que também estavam em tratamento com técnicas de reprodução assistida podiam doar os óvulos. Na prática, esta mudança facilita a obtenção de óvulos de doadoras compatíveis. Além disso, os programas de reprodução compartilhada somente cobriam os custos da doador se a própria paciente doasse parte de seus óvulos para outra mulher que também estivesse tentando uma gravidez por tal meio. Agora é possível que uma mulher tenha seu tratamento custeado se ela conseguir uma outra doadora compatível. “Isso afeta positivamente, já que muitas não possuem uma boa produção de óvulos e não podem pagar para realizar o serviço”, comenta Filipe Tenório. O tempo para o descarte de embriões também foi alterado: reduziu de 5 anos para 3 anos, incluindo em casos de embriões abandonados pelos doadores. No entanto, alguns pontos foram mantidos, como o número de embriões que podem ser transferidos de acordo com a idade da mulher, a proibição da redução de embriões caso mais de um fosse fertilizado e da comercialização de embriões ou seleção por características biológicas, e a permissão do estudo do embrião para detectar doenças genéticas previamente. Confira as mudanças propostas na nova resolução: - Filha e sobrinha também podem ceder o útero; - Mulheres acima de 50 anos, em situações específicas e com autorização médica podem utilizar o tratamento de reprodução assistida – já que, segundo pesquisas, as brasileiras estão engravidando cada vez mais tarde; - Mulheres podem, assim como os homens, doar seus gametas voluntariamente; - Pessoas solteiras podem recorrer a cessão temporária de útero; - Casais homoafetivos femininos podem recorrer à gestação compartilhada; - As mulheres que enfrentarão tratamentos que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro; - O prazo para descarte de embriões diminuiu de 5 anos para 3, diminuindo os custos e a quantidade de embriões acumulados que foram abandonados.

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Criança também pode ter pressão alta que precisa ser monitorada

Diversas entidades médicas internacionais de pediatria, entre elas a Sociedade Americana de Pediatra e a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que pediatras realizem a aferição da pressão arterial em crianças e adolescentes. A recomendação visa identificar quadros de hipertensão (HAS, hipertensão arterial sistêmica) na infância, já a partir dos 3 anos de idade, como medida preventiva. “As causas variam com a idade, sendo que quanto mais jovem e mais elevada a pressão arterial, maior a possibilidade de a hipertensão ser de causa secundária, isto é, devido a doença renal, por exemplo. O diagnóstico precoce, realizado através da mensuração da pressão arterial e controle adequado da hipertensão, evita que ocorram alterações crônicas no sistema cardiovascular e no processo de aterosclerose”, explica a nefropediatra Maria Cristina de Andrade, da clínica MBA Pediatria e da UNIFESP. Desde a década de 60 são realizadas pesquisas para determinar os valores referenciais normais da pressão arterial (PA) em crianças e adolescentes. Uma das principais causas do aumento da prevalência de hipertensão infantil é a obesidade. Crianças obesas têm probabilidade maior de hipertensão em até 11%. No Brasil, o excesso de peso e a obesidade atingem 53% da população, incluindo as crianças. A hipertensão arterial é uma doença crônica que, estima-se, acomete cerca de 20% de toda a população mundial. É um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral), insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos dos olhos. Na grande maioria dos casos a pressão alta em crianças é assintomática. Em muitas situações, tanto na hipertensão primária, sem causa definida, quanto na secundária, devido a uma doença identificável (insuficiência renal, estenose de artéria renal, nefrites, alteração da tireoide, etc.), a hipertensão assintomática pode causar lesão de órgãos e, quando não tratada, a criança pode levar o quadro hipertensivo para vida adulta. Geralmente, na infância, as causas da hipertensão são secundárias; entre os adolescentes, a causa primária prevalece. Crianças com doenças renais, prematuras, com problemas na tireoide e apneia e distúrbios do sono têm maior chance de ter hipertensão. Em adolescentes, a HAS primária geralmente associada à obesidade é mais frequente, e é preciso instituir mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios físicos. Um dos fatores da obesidade entre adolescentes é a ingestão em alta quantidade de alimentos industrializados, calóricos e gordurosos. Como os pais podem (e devem) ajudar no tratamento? Os hábitos alimentares dos pais tendem a refletir nos filhos. Normalizar o peso é uma das principais iniciativas, e isso deve ser incentivado. “O tratamento é mais eficaz quando os pais participam, aceitam a doença da criança e incentivam todo o processo do tratamento, mantendo a rotina de medicação, da prática de exercícios e da intervenção nutricional”, esclarece a nefropediatra Maria Cristina de Andrade. Quando aferir a pressão em crianças? A aferição da pressão arterial em crianças que apresentam um quadro de saúde normal deve ser realizada a partir dos 3 anos de idade, uma vez por ano. Em casos de patologias identificáveis, a periodicidade deve ser menor. Quando há antecedentes mórbidos neonatais, doenças renais ou fatores de risco familiar, o pediatra deve averiguar a pressão antes dos 3 anos e em períodos mais curtos. Como é feita a aferição em crianças? O mais comum é a avaliação no consultório com técnica auscultatória (estetoscópio) e medição com esfigmomanômetro (compressor com bolsa inflável de borracha). Outro método é com técnica oscilométrica (aparelhos digitais), usualmente utilizados em prontos-socorros. Além disso, para investigação mais aprofundada, pode ser realizada a monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA), que exige a averiguação por um período de 24 horas. A pressão arterial na infância e adolescência varia conforme a idade, sexo e altura da criança. De acordo com tabelas internacionais, a pressão arterial é classificada como normal, elevada e hipertensão arterial; sendo que a hipertensão é dividida em 2 estágios de acordo com a gravidade. A aferição da pressão arterial deve ser realizada com o paciente tranquilo por 2 a 3 minutos. Para as crianças maiores de três anos utiliza-se a posição sentada. Em pacientes menores de três anos e lactentes, a aferição deve ocorrer com a criança deitada e com o braço ao nível do coração. Doença Renal Crônica A principal causa de hipertensão secundária em crianças e adolescentes é de origem renal, como estenose de artéria renal, nefrites e a doença renal crônica. A hipertensão em longo prazo pode causar doença renal crônica, podendo, inclusive, o paciente vir a necessitar de terapia dialítica na fase adulta. Esta evolução pode ser evitada com diagnóstico precoce da hipertensão arterial. “O primeiro passo é realizar a aferição da pressão arterial nas consultas de rotina com o pediatra. Se for diagnosticada a hipertensão, deveremos investigar uma doença de base e possíveis co-morbidades para que o tratamento anti-hipertensivo adequado possa ser adotado”, conclui a nefropediatra da MBA Pediatra e da UNIFESP.

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Amamentação pode evitar 823 mil mortes infantis por ano

Realizado a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro estudo que mapeou os padrões globais do aleitamento materno e os relacionou com a preservação da saúde de crianças e mães é o segundo colocado da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi. O trabalho, indicado pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) demonstra ainda o caráter cumulativo dos benefícios trazidos pela amamentação, como a proteção contra a mortalidade infantil, redução das hospitalizações por doenças infeccionas na infância e a má-oclusão dentária, bem como aumenta a inteligência, e reduz a ocorrência de sobrepeso e diabetes De autoria do médico epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a pesquisa avaliou dados vindos de 153 países, de 1995 a 2014, concluindo que o leite materno, em nível quase universal, poderia prevenir 823 mil mortes de crianças menores de cinco anos, por ano. Assim como, no mesmo período, evitaria 20 mil falecimentos por câncer de mama. Segundo Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, estudos dessa magnitude reforçam a necessidade de que a produção científica brasileira seja incentivada e reconhecida. “Para nós, receber trabalhos com esse alcance demonstra que estamos no caminho certo, reconhecendo a contribuição desses especialistas na garantia de um futuro melhor às próximas gerações”, destaca. A presidente da entidade também ressalta que um dos aspectos importantes desse trabalho é a constatação de que, nos países de baixa e média renda, apenas 37% das crianças são exclusivamente amamentadas. O trabalho tem, ainda, o mérito de apontar países e regiões nos quais devem ser reforçadas as campanhas de aleitamento. A série da The Lancet, publicação que veiculou o estudo de Victora, aponta que se as taxas de amamentação dos Estados Unidos, China e Brasil aumentassem para 90%, e se esses mesmos índices subissem para 45% no Reino Unido, haveria uma diminuição de custos com tratamentos para doenças comuns na infância de aproximadamente US$ 2,45 bilhões nos Estados Unidos, US$29,5 milhões no Reino Unido, US$223,6 milhões na China e US$6 milhões no Brasil. Nesta edição, com atualização do valor pago, o prêmio total distribuído será de R$ 250 mil, divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação

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Pediatras prestam serviços à população no Parque da Jaqueira dia 10 de março

Assuntos relacionados à saúde de crianças e adolescentes orientam o evento “Pediatras no Parque”, promovido pela Sociedade de Pediatria de Pernambuco (SOPEPE), no próximo dia 10 de março, no Parque da Jaqueira, no Recife. A ação contará com pediatras, nutricionistas e educadores físicos para informar e tirar as dúvidas dos pais e responsáveis sobre a prevenção e cuidados de doenças da estação, atividades físicas e alimentação saudável na infância. Os médicos também prestarão serviço de atendimento as crianças aferindo peso, altura e o IMC para averiguar se a criança vem crescendo de acordo com os indicadores sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No espaço Eco Núcleo, quatro bancadas serão montadas para que a população possa se informar sobre a prevenção de arboviroses, o uso de repelentes, a importância da leitura e do brincar para as crianças, atividades físicas e como utilizar as mídias digitais de forma adequada. Workshops sobre alimentação saudável com equipe multidisciplinar também fazem parte da programação do encontro. Os especialistas vão falar sobre introdução alimentar e alimentação responsiva, quando a criança é encorajada a comer sozinha e aprender sobre sua saciedade. Opções de preparo de lanches saudáveis para levar à escola também estão na programação. Na Academia da Cidade, espaço destinado à prática de exercícios, educadores físicos e pediatras vão ensinar pais e filhos a se divertirem juntos, com brincadeiras e atividades físicas lúdicas. O presidente da SOPEPE, Eduardo Jorge Fonseca, destaca o caráter educativo do evento. “O Pediatras no Parque tem o objetivo de levar os pediatras diretamente ao encontro da comunidade. E isso será feito por meio da promoção de atividades para toda a família. Enquanto os pais e responsáveis se informam e participam de workshops sobre saúde infantil, as crianças se divertem com as atividades preparadas”, explica. O especialista destaca ainda que esta aproximação com a comunidade permite uma troca de informações de forma direta e facilita o canal de comunicação com toda a família. SERVIÇO Pediatras no Parque – 10 de março, das 9h às 13h, no Parque da Jaqueira (Rua do Futuro, 959, Graças - Recife). Evento aberto ao público.

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Dia Mundial do Rim: saúde da mulher é o tema de 2018

A doença renal crônica se caracteriza pela perda lenta e irreversível do funcionamento dos rins, órgãos cuja função é vital: remover as substâncias tóxicas e o excesso de água do organismo. Silenciosa, os primeiros sintomas da doença só aparecem em estágios avançados, quando já não há cura. Pensando nisso, os nefrologistas da Fresenius Medical Care decidiram chamar atenção para a necessidade da prevenção e aproveitam o Dia Mundial do Rim para isso. O número de pacientes com doença renal crônica que precisaram de diálise cresceu de 42 mil para 122 mil nos últimos 16 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia. Mas esse dado poderia ser diferente se uma simples medida fosse tomada: a inclusão do exame de creatinina na lista de obrigatórios nos check-ups anuais. Tal exame detecta o problema antes de ele ser uma insuficiência permanente, permitindo que o nefrologista atue para manter os rins funcionando. "Como se trata de uma doença silenciosa é difícil estabelecer um protocolo de sintomas que identifiquem o início de uma doença renal. A principal medida de prevenção é manter hábitos saudáveis que evitam as doenças que estão frequentemente associadas como a obesidade, a hipertensão e o diabetes. E no caso destas duas últimas doenças já existirem, cuidar para sempre manter um ótimo controle dos níveis de pressão e da glicose", destaca a nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care. Sintomas - Falta de apetite, náuseas, anemia e perda de massa muscular são alguns dos sinais da doença. O funcionamento da glândula endócrina também é afetado e pode causar problemas de fertilidade e desempenho sexual. "É importante lembrar os pacientes de verificar sempre a saúde dos rins. Não dá para só esperar os sintomas aparecerem, porque eles só surgem em fase tardia. Os cuidados para evitar a doença renal são os mesmos para se evitar diabetes e hipertensão como fazer exercícios periódicos, manter o peso adequado, ter alimentação saudável, não fumar e fazer check-up. A atenção tem que ser dada à prevenção. Exames muito simples como o de urina e o que mede a creatinina no sangue, que pode ser feito em postos de saúde, ajudam a identificar se o rim está funcionando bem", destaca a dra. Ana Beatriz Barra. Causas - Diabetes e hipertensão, doenças em geral provocadas pela obesidade, estão entre as principais causas. Outros fatores de risco incluem distúrbios no sistema autoimune, histórico familiar de doença renal e baixo peso ao nascimento. Nos casos crônicos, diálise e transplante – De acordo com o Ministério da Saúde, 20 mil pessoas estão em lista de espera para receber transplante de rim, com tempo médio de 18 meses até conseguir um órgão. A diálise é a opção até o transplante ou para pacientes que não querem ou não podem transplantar por outros motivos de saúde. A diálise cumpre o papel que os rins doentes não podem fazer. No caso da hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, liberando o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos, e controlando a pressão arterial e mantendo o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 111 mil pacientes fazem diálise e a estimativa é que mais de 30 mil novas pessoas passem a precisar do tratamento todos os anos.

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Cadastro de doadores de medula óssea em PE cresce 173% em cinco anos

O esforço em sensibilizar a população sobre a importância de ser um doador de medula óssea tem se refletido ao longo dos últimos anos. A prova disso é que de 2013 a 2017, o número de cadastros na Hemorrede Pública de Pernambuco passou de 3.811 para 10.413 doadores. O quantitativo representa uma ampliação de 173% nos registros de pessoas interessadas em doar medula em caso de compatibilidade. No ano passado, o Hemocentro (HC) Recife registrou 6.148 novos possíveis doadores, enquanto as unidades captadoras da Fundação Hemope no interior do Estado receberam 4.265 novos cadastros. As unidades hemoterápicas de Petrolina e Ouricuri, no Sertão pernambucano, tiveram o melhor desempenho, com 908 registros cada. "Todo o nosso esforço é para sensibilizar os possíveis doadores para que possamos ajudar de forma efetiva aqueles que estão esperando por um transplante. Com o aumento de campanhas externas, alcançamos variados espaços. A falta de conhecimento, os mitos que envolvem a doação de medula óssea e o preconceito de muitas pessoas precisam ser combatidos", pontua a assistente social Josiete Tavares, coordenadora do cadastramento de doadores de medula óssea do Hemocentro Recife. Outro fator que contribuiu para o aumento foi a flexibilização dos horários no processo de cadastro no Hemocentro Recife. "Atualmente, estamos disponíveis a atender qualquer pessoa que nos procure no hemocentro. Também trabalhamos com doadores de sangue que chegam na unidade. Incentivamos as pessoas para que elas também façam parte do banco de dados de doadores de medula óssea", explica a coordenadora. A unidade no Recife funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Para informações das outras unidades espalhadas no Estado, basta ligar para o 0800.081.1535. Para ser um doador, o interessado, que deve ter entre 18 e 55 anos, pode procurar o hemocentro do seu Estado e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea. O voluntário irá assinar um termo de consentimento e preencher uma ficha com informações pessoais. Será retirada uma pequena quantidade de sangue (10 ml) do candidato a doador. É necessário apresentar um documento de identidade neste processo. O sangue do possível doador será analisado em laboratório para identificar características genéticas que vão ser cruzadas com dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade. Todos os dados são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Vale lembrar que o cadastro deve estar atualizado. "Temos muitas perdas porque o cadastro do possível doador está desatualizado e não conseguimos contactá-lo", ressalta Josiete. Os doadores podem atualizar as informações pessoais pelo site do Inca (Instituto Nacional do Câncer) ou através do e-mail redome@hemope.pe.gov.br. DADOS - Desde o primeiro transplante de medula óssea em Pernambuco, em 1999, já foram realizados 1.968 procedimentos no Estado. Em 2017, foram 225 procedimentos (187 em 2016 – crescimento de 20%). Em 18 anos de transplantes de medula óssea no Estado, 2015 registrou o maior número de procedimentos (233). (Governo do Estado de Pernambuco)

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Câncer de colo de útero mata 250 mil mulheres por ano

Responsável por mais de 250 mil mortes de mulheres por ano, o combate ao câncer de colo de útero por meio da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) é fruto de pesquisa da Dra. Luisa Lina Villa. O estudo despertou cientistas e pesquisadores de todo o mundo para essa importância e, por isso, a especialista ganhou o terceiro lugar do Prêmio Péter Murányi 2018. Indicada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a iniciativa acompanhou a resposta imunológica de 500 adolescentes vacinadas. Causador de infecções, verrugas genitais e câncer de pênis, o HPV é o principal responsável pelo desenvolvimento do câncer uterino em pacientes de diferentes faixas etárias. Devido a essa probabilidade, a vacina contra o vírus já faz parte do calendário obrigatório do Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde e é aplicada em meninas com idade entre 9 e 14 anos, e em meninos de 12 a 13 anos (até 2020 devem ampliar a campanha para os jovens a partir dos 9 anos). Para Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, iniciativas desse tipo são essenciais para garantir a qualidade da vida. “Pesquisas como essa evidenciam o compromisso de nossos pesquisadores com o bem-estar dos brasileiros, principalmente com as gerações futuras. Esse trabalho também reforçou a força feminina na ciência, projetando o potencial das pesquisas promovidas em nosso país”, destaca. A contribuição da equipe brasileira, coordenada por Dra. Luísa Lina Villa, fez parte de um amplo estudo envolvendo voluntárias residentes em países como Estados Unidos, Finlândia, Noruega e Suécia. Com a atualização do valor, o prêmio total pago será de R$ 250 mil, montante dividido entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação. Recorde de inscrições Para esta edição, focada em saúde, a Fundação Péter Murányi recebeu 225 trabalhos, vindos de toda a América Latina. O número representa um recorde de inscritos em toda a história da premiação. Os finalistas foram avaliados por um júri composto por representes de entidades nacionais e internacionais ligadas à área de saúde, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades de renome e membros da sociedade. O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação. A premiação conta com o apoio das seguintes entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências); Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); Aconbras (Associação dos Cônsules no Brasil); Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). SERVIÇO Prêmio Péter Murányi 2018 – Edição Saúde Fevereiro: realização do Júri, na qual escolhem o vencedor e as colocações (2º e 3º lugar) Abril: Cerimônia de entrega das premiações Informações: www.fundacaopetermuranyi.org.br

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Mitos e verdades sobre a doação de medula óssea

Os números de doadores de medula caíram em 2017. Essa queda tem impacto direto em pacientes que buscam o tratamento de doenças como a leucemia e o linfoma (cânceres no sangue). O Dr. Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador da área de Transplante de Medula Óssea (TMO), explica que a doação pode salvar vidas. “Os doadores voluntários, cada vez mais escassos, poderiam ajudar milhares de pacientes que esperam um transplante de medula” afirma o médico. A doação acontece de forma rápida. O voluntário faz um cadastro e, em cinco minutos, é coletado 5ML de sangue. O material é analisado para saber se é compatível com algum paciente e para excluir a possibilidade de doenças que poderiam ser transmitidas aos pacientes que recebem as doações. Quando há a compatibilidade, é feita a coleta da medula em ambiente seguro e com toda a assistência médica necessária ao doador. Apesar de simples, o Dr. Massumoto explica que as pessoas ainda têm dúvidas sobre a doação. Para esclarecer esses questionamentos e reforçar a importância da doação de medula, listamos alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira! Qualquer pessoa pode fazer a doação – Mito. Apesar de ter poucas restrições, os doadores devem ser pessoas entre 18 e 55 anos idade que não tenham doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico como Lúpus ou Diabetes tipo 1. Estar com seu cadastro atualizado ajuda para doação – Verdade. Para que as instituições que recebem o cadastro do doador possam entrar em contato quando aparecer um receptor para a medula, os dados precisam estar atualizados - endereço e telefones. O processo de doação é burocrático – Mito. É possível se cadastrar como doador nos hemocentros localizados em todos os Estados. O cadastro é feito no banco de doadores, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas. Posso doar mais de uma vez – Verdade. A medula se regenera em 15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente que pode receber o transplante, a doação pode ser feita após esse período. O doação é dolorosa - Depende. O incômodo pode ser de leve a moderado. ​A medula do doador pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa ocorre apenas a punção da veia que fica próxima ao quadril e a inserção de uma agulha ligada a um equipamento de aférese (processadora celular). A doação só vale para minha cidade – Mito. O banco de dados dos doadores voluntários é universal. Caso não seja encontrado um doador no país em que o paciente está, há uma busca nos bancos de outros países. Caso seja encontrada uma medula compatível, é feita a coleta dela no pais de origem e o Governo de cada país pode transportá-la até o receptor. Posso voltar às atividades diárias rapidamente – Verdade. A recuperação ​é rápida. A recomendação médica são de três dias de repouso e, como a doação é prevista em lei, o doador pode se ausentar do trabalho no dia da doação e, dependendo do estado de recuperação do paciente, o atestado pode ser para três dias. “A informação é uma ferramenta importante para atrair novos doadores que podem salvar vidas”, finaliza o Dr. Massumoto.

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Secretaria de Saúde de Belo Jardim oferece teste da orelhinha

Com o compromisso de garantir atendimento neonatal especializado, a Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Secretaria de Saúde, oferece o exame de emissões otoacústicas, conhecido como teste da orelhinha, na rede municipal de saúde. O teste é realizado para identificar precocemente alterações na audição do recém-nascido. O teste da orelhinha é realizado com a colocação de um fone acoplado a um aparelho na orelha do bebê. O equipamento emite sons de fraca intensidade e recebe as respostas que o bebê produz, identificando alguma possível alteração no sistema auditivo. Mensalmente, cerca de 120 crianças realizam o exame na rede de saúde municipal. O exame é realizado pela fonoaudióloga Diana Pastor, às terças-feiras, na Policlínica Professor Ulisses Lima, a partir das 8h, por ordem de chegada. Ao término do exame, os pais ou responsáveis pelo bebê recebem o resultado. O teste pode ser realizado 48 horas após o nascimento do bebê. “Caso o resultado do exame seja ausente, quando os estímulos otoacústicos não são respondidos pelo bebê, o teste é reagendado e realizado em outra consulta com a mesma profissional, para confirmação do diagnóstico. Se for confirmada a perda ou ausência da audição, nós encaminhamos o bebê para um médico otorrino que irá avaliar o caso de forma mais específica”, explica a fonoaudióloga. A marcação do exame do teste da orelhinha é realizada na Sala de Vacina Severina Parteira. Para solicitar o agendamento, os pais ou responsáveis devem comparecer à unidade portando o cartão de vacina do bebê e o cartão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Serviço Marcação – Posto de Vacinação Severina Parteira Endereço: Rua Tereza Augusta Maciel, sem número, Bairro Boa Vista. (Ao lado do Hospital Júlio Alves de Lira). Atendimento: 7h30 às 12h30 e das 14h às 17h. Exame – Policlínica Professor Ulisses Lima Endereço: Avenida Geminiano Maciel, sem número, no Centro. (Por trás da prefeitura) Atendimento: Terças-feiras, a partir das 8h, por ordem de chegada.

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Dia mundial das doenças raras: saiba o que é atrofia muscular espinhal

Há dez anos, o dia 29 de fevereiro foi escolhido para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras, justamente por ser um dia raro. Nos anos não bissextos, como 2018, a data é lembrada um dia antes. Ultimamente, muito tem se falado sobre as doenças raras. Uma em especial tem chamado muito a atenção: a AME, atrofia muscular espinhal. Mas o que é - e ainda mais importante - quais os sinais que indicam a manifestação dessa doença? A AME é uma das mais de 8 mil doenças raras conhecidas no mundo e afeta aproximadamente de 7 a 10 bebês para cada 100 mil nascidos vivos. No Brasil, não há um levantamento que indique o número exato de pessoas afetadas pela doença. A AME pode começar a se manifestar em diferentes fases da vida e, quanto mais cedo aparecem os primeiros sintomas, maior é a gravidade da doença. Apesar de ser uma única doença, a AME é dividida clinicamente em tipos, com base no início dos sinais e sintomas e nos marcos motores atingidos pelos pacientes. Todos os sinais e sintomas têm como base a fraqueza, atrofia (diminuição de tamanho) e hipotonia (flacidez) musculares. Pacientes com AME Tipo 0 apresentam os sintomas já ao nascimento ou na primeira semana de vida, e geralmente têm sobrevida de semanas ou meses. Pacientes com AME Tipo 1 desenvolvem a doença até os seis meses, e geralmente não são capazes de sentar ou de sustentar a cabeça. Essas crianças apresentam dificuldades respiratórias graves, e dependem de cuidados intensos diários. Pacientes com AME Tipo 2 apresentam os primeiros sintomas entre sete e dezoito meses de vida, e geralmente são capazes de sentar, mas não de andar. As principais complicações observadas nessas crianças são de ordem motora e ortopédica, como deformidades graves na coluna. Pacientes com AME Tipo 3 têm início da doença na infância, após dezoito meses de vida. Essas crianças apresentam menor acometimento e são capazes de andar, porém podem perder essa habilidade com a evolução da doença. Pacientes com AME Tipo 4 desenvolvem a doença quando adultos, e geralmente apresentam fraqueza de membros inferiores que pouco interfere com suas atividades. A AME é uma doença neuromuscular genética rara, com padrão de herança autossômico recessivo. "A pessoa com AME apresenta dificuldade para produzir a proteína de sobrevivência do neurônio motor, também conhecida como SMN. Essa proteína é essencial para a manutenção das células encarregadas do desenvolvimento e controle dos nossos músculos, os neurônios motores localizados na medula", esclarece Juliana Gurgel-Giannetti, médica neuropediatra associada à Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil. As pessoas com AME apresentam um defeito no gene SMN1, principal responsável pela produção da proteína SMN. "Com o déficit na produção de SMN, ocorre a degeneração dos neurônios motores na medula espinhal e, por consequência, músculos controlados por esses neurônios têm seu desenvolvimento e função prejudicados. Isso se reflete em atrofia, fraqueza e hipotonia musculares que, em última análise, causam perda de função motora. Essa perda prejudica seriamente a qualidade de vida do paciente, muitas vezes impedindo-o de realizar ações básicas, como respirar, se alimentar e se movimentar", detalha a especialista. Sinais e sintomas – Os principais sinais da doença são fraqueza muscular progressiva, simétrica (nos dois lados do corpo); hipotonia e atrofia muscular; dificuldade em controlar e movimentar a cabeça, sentar, engatinhar e caminhar; respiração e deglutição também podem ser afetadas. A AME não afeta a cognição, ou seja, a atividade intelectual é totalmente preservada. O diagnóstico de AME só é feito de forma conclusiva através de um teste genético específico. Por se tratar de uma doença que atinge diversos músculos e funções do corpo, especialistas sugerem uma abordagem multidisciplinar de cuidados, que pode ajudar a melhorar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes de forma geral. Dentre os diversos tipos de cuidado, destacam-se as abordagens respiratórias, nutricionais e motoras. "Um dos principais grupos musculares atingidos é aquele relacionado à respiração. Por isso, desde cedo é importante monitorar e fortalecer a função respiratória, assim como manter um equilíbrio nutricional adequado", salienta a especialista Juliana Gurgel-Giannetti.Há dez anos, o dia 29 de fevereiro foi escolhido para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras, justamente por ser um dia raro. Nos anos não bissextos, como 2018, a data é lembrada um dia antes. Ultimamente, muito tem se falado sobre as doenças raras. Uma em especial tem chamado muito a atenção: a AME, atrofia muscular espinhal. Mas o que é - e ainda mais importante - quais os sinais que indicam a manifestação dessa doença?    

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