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Medicamento para tratamento de Câncer de Mama será incorporado no SUS

O pertuzumabe, fundamental para o tratamento do câncer de mama metastático HER2+, subtipo mais agressivo da doença, teve hoje a incorporação ao SUS anunciada pelo Ministério da Saúde, através da publicação da Portaria 57/2017 no DOU. O medicamento foi desenvolvido especificamente para tratar a doença em sua fase mais avançada; combinado ao trastuzumabe, que também teve a inclusão no sistema público de saúde anunciada há alguns meses, potencializa os efeitos positivos do tratamento e amplia os benefícios às pacientes. Segundo o estudo “Estimativa de Mortes Prematuras por Falta de Acesso à Terapia AntiHER2 para Câncer de Mama Avançado no Sistema Público de Saúde Brasileiro”, das cerca de duas mil mulheres que foram diagnosticas com câncer de mama metastático HER2 positivo no Brasil em 2016, somente 808 estariam vivas em 2018 caso recebessem apenas quimioterapia (padrão de tratamento disponível no SUS até então). Esse número poderia chegar a 1.576 mulheres vivas caso recebessem o padrão ouro, que consiste na quimioterapia somada ao trastuzumabe e ao pertuzumabe. Ou seja, 768 mortes prematuras poderiam ser evitadas no Brasil naquele ano. De acordo com o estudo CLEOPATRA (2013), a combinação de medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe aliada à quimioterapia padrão tem o potencial de promover muito mais tempo de vida às pacientes. Em média a combinação, padrão ideal de tratamento, permite cerca de 56,5 meses de sobrevida às pacientes. Se for ministrada apenas a quimioterapia (cenário atual do SUS), é possível proporcionar cerca de 20 meses e a quimioterapia associada apenas ao trastuzumabe, cerca de 37 meses. A partir de agora, conforme determina o artigo 25 do Decreto 7.646/2011, as áreas técnicas do Ministério da Saúde terão prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta ao SUS, ou seja, o tratamento deverá estar disponível na rede pública de saúde até junho de 2018. “É com muito orgulho que aclamamos a incorporação de mais uma medicação que pode mudar a sobrevida de milhares de mulheres com câncer de mama metastático. Essa é uma conquista de muita mobilização de pacientes e é o resultado de uma conversa aberta e positiva do Governo Federal através do Ministério da Saúde e suas agências com a indústria, as instituições do terceiro setor e a população. Precisamos garantir como sociedade civil, com o apoio da sociedade médica, que drogas alvo, de alto custo, sejam usadas nos casos adequados. Ainda sim, a luta continua no câncer de mama pelo diagnostico rápido e tratamentos baseados em evidência científica”, comemora a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi.

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Mitos e verdades sobre intolerância à lactose

A dificuldade em digerir o açúcar existente no leite e seus derivados é uma realidade para muitas pessoas. A nutricionista responsável pelo Ambulatório de Nutrição do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi M. R. Ushiama, esclarece sobre o problema e alerta que o diagnóstico não deve ser sinônimo de desespero. Confira abaixo algumas dicas da nutricionista: Não é preciso viver para sempre sem lactose O tratamento inicial é a retirada total da lactose da dieta para reduzir o desconforto, como gases e inchaço abdominal. Mas, após liberação médica, é possível tentar a reintrodução de alguns derivados do leite, como queijos e iogurtes, de forma gradativa para observar a tolerância do paciente. A quantidade de lactose muda conforme o alimento Alguns derivados contêm menos lactose e podem ser tolerados, por isso é preciso reintroduzi-los aos poucos, para detectar o nível de intolerância de cada pessoa. Não é possível definir uma dosagem exata de ingestão diária, pois não se pode mensurar a quantidade de lactase, enzima que digere a lactose, que o indivíduo produz. Produtos sem lactose não têm menos cálcio A exclusão inicial de leite e seus derivados da alimentação não está diretamente relacionada à deficiência de cálcio na dieta. Esses produtos não apresentam diferença no teor do mineral em suas composições. Substituir lácteos por leites vegetais merece atenção Se o indivíduo optar por não consumir lácteos sem lactose, a substituição dos lácteos por leites vegetais, como soja e arroz, pode ser feita, porém, nesse caso, é preciso incluir fontes vegetais que contenham cálcio, como folhas verde-escuras, sementes e oleaginosas - castanhas e nozes, por exemplo. Evitar é a melhor saída Mesmo que de forma não tão aparente, alguns alimentos possuem grande quantidade de lactose em sua produção e devem ser evitados. Nesta lista estão pudins, flans, sorvetes cremosos, chocolates ao leite, manteiga, preparações com creme de leite, molho branco e gratinados.  

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Alerta para prevenção e exames que podem evitar a cegueira

Criado em 1961, o Dia Nacional do Deficiente Visual incentiva a conscientização e a solidariedade da sociedade brasileira com quem sofre de cegueira ou tem baixa visão. “É indispensável garantir acessibilidade, mobilidade e igualdade de condições para essas pessoas. Também é essencial promover o acesso universal à saúde ocular e ao exame oftalmológico, condições fundamentais para a redução de casos de cegueira evitável no Brasil”, comenta o oftalmologista Henrique Moura de Paula, do Instituto de Olhos do Recife. Estatísticas da Fundação Dorina Nowill para Cegos revelam que, dentre as deficiências declaradas, a mais comum é a visual, atingindo 3,5 da população brasileira ou 6,5 milhões de pessoas. Desse total, mais de 500 mil são cegos e 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal, sendo que 2 milhões estão no Nordeste. As principais causas de cegueira, no país, são a catarata, retinopatia diabética, degeneração macular, cegueira infantil e o glaucoma. BAIXA VISÃO – Quem tem alterações na capacidade funcional da visão se encontra neste grupo. “A baixa visão pode ser provocada por inúmeros fatores, dentre eles, a baixa acuidade visual significativa, a redução importante do campo visual ou mesmo alterações corticais e sensibilidade aos contrates”, explica de Paula. A ambliopia, visão subnormal ou visão residual são manifestações da baixa visão, cuja definição é complexa devido à variedade e intensidade de comprometimentos das funções do olho, que englobam desde a simples percepção da luz até a redução de acuidade do campo visual, interferindo na execução de tarefas. “Quem sofre dessa condição também pode apresentar nistagmo, que é o movimento rápido e involuntário dos olhos, provocando uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura”, relata o médico. Pessoas com baixa visão também apresentam grande oscilação de sua condição visual, que pode mudar de acordo com o seu estado de ânimo, as circunstâncias e as condições de iluminação. “Esses fatores incidem nas informações que se recebe do ambiente e restringem uma grande quantidade de dados importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo”, comenta de Paula. CONSULTAS PERIÓDICAS - Segundo o oftalmologista, muitos casos de cegueira precoce poderiam ser evitados. “Lamentavelmente, algumas doenças oculares são assintomáticas, enquanto outras se manifestam em estágio avançado. Por isso, as consultas periódicas com o oftalmologista são essenciais para evitar danos irreversíveis à visão”, explica. Exames preventivos e complementares também são indispensáveis. “Muitas pessoas só procuram o oftalmologista para trocar os óculos. Elas esquecem que, além do exame da refração, o médico precisa fazer o screening de algumas doenças como a catarata, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade”, destaca o médico. Quer seja na conversa com o paciente, no exame clínico ou através de testes e exames complementares (indolores e rápidos), é possível identificar alterações ou patologias nos olhos, possibilitando um tratamento precoce e eficaz. Serviço: Dr. Henrique de Paula 13 de Dezembro - Dia Nacional do Deficiente Visual Instituto de Olhos do Recife www.ior.com.br

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Entenda o que é o ceratocone

Visão borrada, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar à noite. Esses são alguns dos sintomas do ceratocone, patologia corneana que tem como característica o afinamento na estrutura da córnea e um aumento na sua curvatura. Essas alterações podem ocasionar o surgimento da miopia, elevação do grau de astigmatismo e piora da acuidade visual. “Muitos pacientes não sabem que têm ceratocone, uma vez que seus sintomas podem ser confundidos com os de um distúrbio refracional, como por exemplo a miopia”, relata a oftalmologista Jeanine Dantas, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). O desafio é o diagnóstico precoce da patologia, principalmente naqueles pacientes que apresentam progressão da miopia e astigmatismo, mas permanecem com uma acuidade visual normal e sem sinais clínicos típicos. “Por isso a importância da consulta periódica com o oftalmologista”, orienta a médica, que é especialista em córnea, doenças externas e lente de contato. Além de avaliar o histórico familiar, pois a grande maioria dos casos tem relação com a hereditariedade, é necessário incluir alguns exames complementares. A topografia corneana possibilita a avaliação da superfície e curvatura da córnea e é considerado o principal exame para o diagnóstico. O ceratocone, geralmente, se manifesta na adolescência e é bilateral. Pode estar associado a outras alterações oculares, especialmente àquelas relacionadas ao hábito de coçar os olhos. Apesar da piora progressiva da visão, o ceratocone não causa cegueira, mas precisa ser tratado. O tratamento depende do estágio da doença. “As lentes rígidas são as que proporcionam uma melhora da qualidade e quantidade da visão. Essas lentes evoluíram muito nos últimos trinta anos e, hoje, possuem vários tipos e curvaturas. Mesmo em casos avançados, podemos adaptar as lentes esclerais e obter uma resposta satisfatória”, explica. O tratamento cirúrgico consiste no Crosslink, anel intraestromal e transplantes de córnea, esse último realizado naqueles casos avançados em que as lentes rígidas e o anel intraestromal já não são mais indicados. A evolução do ceratocone pode ser rápida ou levar anos. “O ideal é que todos os pacientes diagnosticados com ceratocone sejam acompanhados semestralmente em um centro de referência que disponha de todos os recursos para seu diagnóstico e tratamento”, orienta a oftalmologista.

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Manchas podem ser sinal de câncer de pele

Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O melanoma corresponde a 4% deste total, mas, apesar de ser um dos tipos de tumores que afetam o órgão com menor prevalência entre a população, é considerado o mais grave e com grande potencial metastático. De acordo com a Dra. Daniela Pezzutti, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, esse tipo de tumor surge por conta do crescimento anormal dos chamados melanócitos, células que produzem a melanina, dando cor e pigmentação à pele. Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas. O câncer de pele melanoma é, na maioria das vezes, agressivo. "São geralmente casos que iniciam com pintas ou manchas escuras na pele, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como 'ABCD'- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro", explica a especialista. É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada. Especialistas alertam para uma avaliação precoce Sinais ou manchas que podem variar entre tons de marrom e cinza são indícios que merecem grande atenção. Muitas vezes pode ser apenas uma lesão benigna - como um hematoma ocasionado por um impacto ou ainda por uma infecção localizada -, mas que não deve ser desconsiderada em um possível diagnóstico de melanoma ou outro tipo de tumor de pele. "É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando a mancha surge repentinamente, sem algum acontecimento relacionado que justifique. Para comprovar se aquela alteração representa de fato um melanoma, é necessário realizar a biópsia" frisa a Dra. Daniela Pezzutti. Feito o diagnóstico da lesão cancerígena, é recomendável a ressecção cirúrgica da área. Quando a doença é localizada o procedimento consiste na retirada de todo o tecido comprometido e avaliação ganglionar em casos indicados. Em estágios mais avançados da doença, o tratamento envolve normalmente terapias sistêmicas. Diversos estudos apontam boas respostas de pessoas diagnosticadas com melanoma à chamada imunoterapia, medicação que estimula o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células "estranhas". "Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem dor ou algum outro tipo de desconforto. O melanoma pode avançar para os gânglios linfáticos e levar ao surgimento de metástases no cérebro, fígado, ossos e pulmões. O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer" conta a especialista.

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7 Mitos e Verdades sobre o Aneurisma Cerebral

Duas a cada 100 pessoas, em média, têm um aneurisma no cérebro, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a imensa maioria jamais irá descobrir este fato. O aneurisma cerebral é uma doença silenciosa, quer dizer, não apresenta sintoma algum ao longo da vida, a não ser, é claro, quando ele se rompe. O aneurisma é causado pelo enfraquecimento da parede de uma das artérias sanguíneas que irrigam o cérebro. Quando esta artéria está fragilizada, com a pressão do sangue forma-se uma espécie de “balão”, cujo termo médico é aneurisma. “Cerca de 9 a cada 100 mil pessoas irão vivenciar o rompimento do aneurisma, que causa hemorragia. Ele é fatal em 50% dos casos. Dos que sobrevivem, aproximadamente 66% vão ter sequelas”, relata o neurocirurgião Dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann. Assim como muitas doenças, o aneurisma cerebral ainda é cercado de mitos. Saiba o que é verdade e o que é mentira. 1. O aneurisma pode ser congênito. Verdade. algumas pessoas podem nascer com anormalidades nas paredes dos vasos sanguíneos ou com alguma doença hereditária que agrava possíveis problemas nas paredes arteriais, predispondo-as a um aneurisma. Entretanto, os fatores externos são as principais causas. “Os dois mais importantes são o fumo, que danifica a parede do vaso, e a hipertensão”, alerta do Dr. Weinmann. 2. É possível ter mais de um aneurisma de uma vez? Verdade. Dados da American Stroke Association apontam que se a pessoa tem um aneurisma, há entre 15% e 20% de chance de ter outro simultaneamente. 3. Homens têm mais chance de ter aneurisma. Mito. Três mulheres a cada dois homens sofrem com a condição. “Aproximadamente 60% dos que se rompem acontecem em mulheres”, diz o neurocirurgião. Outro dado que pesa contra as mulheres: quando o aneurisma se rompe, elas têm 74% mais chance de ter hemorragia subaracnóidea (HSA), segundo estudo publicado na revista Neurology. A HSA, quer dizer, o extravasamento do sangue para o espaço entre o cérebro e o crânio, é um dos eventos mais catastróficos de que se tem conhecimento na medicina, com uma letalidade de 50%. 4. Os sintomas do aneurisma parecem com os de um AVC. Sim e não. Muitas pessoas passarão a vida sem saber que tinham um aneurisma. “Mas, quando os aneurismas crescem, eles podem pressionar determinadas áreas do cérebro, causando sintomas que são idênticos aos de um AVC, como, por exemplo, visão dupla, perda de equilíbrio e problemas na fala”, explica o Dr. Weinmann. 5. Aneurisma pode causar um AVC? Sim. Uma das causas do acidente vascular cerebral (AVC) é o rompimento de um aneurisma. Neste caso, estamos falando do acidente vascular cerebral hemorrágico, que além da hemorragia, causa aumento da pressão intracraniana e inchaço no local. 5. Aneurisma rompido pode ser confundido com enxaqueca. Verdade. Um dos sintomas-chave do aneurisma que se rompeu é uma dor de cabeça fortíssima e praticamente incapacitante, pois ela é acompanhada de náusea, vômito, fotofobia, visão dupla e até perda de consciência. Dados da Brain Aneurysm Foundation estimam que de todos os pacientes que correm para o hospital, vítimas de fortes dores de cabeça, 1% é diagnosticado com hemorragia subaracnóidea. Portanto, se você se deparar com alguém nesta situação, leve essa pessoa imediatamente para um hospital. 6. Sexo pode aumentar a chance de o aneurisma se romper. Verdade. Um estudo publicado na revista Stroke mostrou que o sexo é um dos gatilhos para o rompimento de um aneurisma, aumentando a chance – temporariamente – em 4,3%. Já o consumo de café pode fazer o risco crescer em 10,6% e atividade física vigorosa, em 7,9%. 7. O tratamento do aneurisma requer grandes cirurgias. Depende. Se o aneurisma é muito pequeno, pode-se decidir por apenas fazer um acompanhamento ou por uma cirurgia minimamente invasiva. “A cirurgia tradicional para tratar um aneurisma se chama craniotomia. Por meio de uma pequena incisão no crânio, o médico implanta um clipe metálico entre o vaso normal e o aneurisma. É uma cirurgia que pode demorar mais de quatro horas, feita com anestesia geral. Graças ao avanço das técnicas cirúrgicas, hoje é possível realizar a embolização endovascular. O médico faz uma pequena punção na artéria femoral na virilha e implanta um micro cateter até o interior do aneurisma. Depois, o médico insere sucessivas espirais metálicas no interior do saco aneurismático até a exclusão circulatória. Esta técnica reduz as taxas de morbidade e mortalidade.

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Reposição de testosterona: O que é, como e quando é necessário?

Com a chegada dos 50 e 60 anos os homens devem se preocupar mais com a saúde. Realizar exames periódicos e prestar atenção aos sintomas apresentados pelo corpo é o mais indicado a se fazer para identificar doenças precocemente. Um dos problemas que podem ser detectados é a deficiência de testosterona. Com ela, os homens costumam sentir diminuição da libido, perda de massa muscular, aumento de massa gorda, fraqueza, dificuldade para dormir e disfunção erétil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 20% a 30% dos homens com mais de 40 anos sofrem com a deficiência do hormônio e suas consequências. De acordo com o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, a diminuição da testosterona devido à idade deve ser tratada se o homem apresentar sintomas ou complicações. Nestes casos, o tratamento é feito através da terapia de reposição hormonal, que, como o próprio nome sugere, é utilizada para suprir a falta do hormônio no corpo. “Para confirmar a deficiência de testosterona, o médico solicita um exame que mede os níveis do hormônio. Se a testosterona estiver baixa, menor que 350 ng/dL, constata-se o problema e então inicia-se o tratamento”, explica Tenório. A reposição pode ser feita através de injeções intramusculares ou com gel de testosterona, que é aplicado na pele diariamente. O médico Filipe Tenório afirma que a melhora dos sintomas ocorre em 1-2 meses na maioria dos casos, e que, usualmente, a reposição é necessária por toda a vida. “A avaliação com um especialista deve ser rigorosa para identificar se há alguma contraindicação ao tratamento. Além disso, o acompanhamento deve ser criterioso e constante, para avaliar a melhora dos sintomas e dos níveis de testosterona”, ressalta. As principais contraindicações para o tratamento são o desejo de ter filhos, já que a reposição de testosterona causa infertilidade, e a presença de câncer de próstata ativo. Filipe Tenório alerta também para um erro que as pessoas costumam cometer ao falar da doença. “Muitos chamam erroneamente a deficiência de testosterona de andropausa, fazendo o paralelo com a menopausa feminina. Mas, ao contrário do que acontece com as mulheres, a redução da testosterona não ocorre em 100% dos homens e não é uma coisa normal. Ela deve ser tratada porque o paciente tende a ter mais complicações e, inclusive, aumenta o risco de morte”, afirma o especialista.

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Como se preparar para corrida de rua

Final de ano é conhecido, além das festas de confraternizações, pela grande quantidade de corridas de rua. Muitas pessoas colocam como meta completar uma dessas competições para finalizar o ano com chave de ouro. Mas é preciso ter cuidado na hora de se preparar para essas corridas. Mesmo quem começa com uma mais leve de 5 km, por exemplo, é necessário tomar todas as devidas precauções para evitar problemas. Qualquer pessoa pode participar da atividade desde que não haja nenhuma restrição de saúde. É necessário consultar um especialista para fazer uma avaliação física. A corrida é uma atividade de alta intensidade que exige muito do sistema cardiorrespiratório, da musculatura e das articulações. “Muitas vezes, na empolgação inicial, muitos iniciantes ignoram os sinais do corpo e seguem correndo mesmo sentindo que algo não vai bem. É preciso respeitar o corpo e traçar metas a curto, médio e longo prazo. Os primeiros treinos dependem do nível de condicionamento e objetivos do corredor”, explica Anelise Russo, fisioterapeuta da Reintegrar. Uma maneira de diminuir riscos de lesões é através do treino de fortalecimento para preparar os músculos, ter um planejamento da preparação e descansar para que o organismo se recupere do estresse causado pelos treinamentos. Uma dúvida frequente é sobre qual calçado é mais indicado para esse tipo de atividade. “O tênis mais recomendado para cada corredor nem sempre é o mais caro ou o mais bonito no gosto de cada um. O tênis ideal deve ser leve, macio e com um bom amortecimento. Hoje em dia, muitas lojas fazem um teste para identificar qual o padrão de pisada (supinada, neutra ou pronada) e já indicam o melhor tênis para a prática da corrida. O tênis é o maior aliado do corredor e uma escolha errada pode causar lesões”, comenta a fisioterapeuta. Além da escolha certa do sapato, é preciso usar roupas leves e manter uma alimentação equilibrada para garantir a resistência necessária para completar a prova. Todos esses cuidados são necessários para evitar complicações para o corredor. É comum lesões nas fases iniciais da corrida. Não são graves, mas, na maioria, são lesões de “instalação” lentas. Os locais mais comuns são nos joelhos, pernas, tornozelos, planta do pé, além de lesões menores como calos, bolhas e cãibras. A orientação deve ser feita por um especialista para evitar que o participante previna problemas que vão desde a uma simples fadiga, passando por problemas musculares e de articulações, até problemas mais graves como over-training, desidratação profunda e paradas cardíacas.

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Prevenindo a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis

Primeiro de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a importância da prevenção. A Aids, sigla para Síndrome da Imunodeficiência Humana, é causada pelo vírus HIV. Ele destrói o sistema imunológico, ou seja, enfraquece as defesas do organismo, tornando o paciente suscetível a diversas doenças. “Um simples resfriado, por exemplo, pode se tornar mais agressivo em um paciente com Aids. E as infecções podem apresentar evoluções mais graves”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Recife. No entanto, ser portador do vírus HIV não significa ter Aids. Algumas pessoas podem ser soropositivas (portar o vírus) e não desenvolver a doença. O perigo é que o vírus pode ser transmitido para outras pessoas, sobretudo em relações sexuais desprotegidas. Essa também é a principal forma de contágio de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), a exemplo das hepatites virais, sífilis e herpes. Compartilhar agulhas contaminadas, além de instrumentos que cortam sem estarem esterilizados são outras formas de contágio. “Por isso é tão importante adotar hábitos como o uso da camisinha em todas as relações sexuais, utilizar seu próprio alicate e demais instrumentos na manicure, além de nunca reutilizar ou compartilhar seringas e agulhas”, alerta o médico. Além do sangue, sêmen e secreção vaginal, o vírus HIV também está presente no leite materno. Sendo assim, uma mãe infectada pode transmiti-lo ao bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. Para evitar o contágio, saber se é portadora do vírus HIV é fundamental. Esse exame é realizado durante o pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de transmissão do HIV durante a gravidez é de 20%. Esse percentual cai para cerca de 1% quando a gestante segue todas as recomendações médicas. O teste para identificar a presença do vírus HIV é realizado a partir da coleta de sangue. O resultado é sigiloso e irá orientar o paciente a buscar acompanhamento médico. O Ministério da Saúde aponta que o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil é de aproximadamente 827 mil. Dessas, 112 mil não sabem que estão infectadas. Do total de pessoas soropositivas identificadas no país, 372 mil ainda não estão em tratamento, apesar de 260 mil delas já saberem que estão infectadas “Como o vírus pode passar anos no organismo sem se manifestar, é de suma importância realizar o exame, já que mesmo sem apresentar sintomas é possível infectar o parceiro ou o bebê, no caso das gestantes”, esclarece o infectologista. Saber do contágio precocemente também aumenta a expectativa de vida do soropositivo. O tratamento adotado no Brasil é considerado referência pela OMS. Além do acompanhamento periódico por diversos profissionais de saúde, ele inclui a realização de exames e administração de medicamentos antirretrovirais, quando necessário. Essa medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo.

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Nova pesquisa revela ligação entre distúrbios do sono e enxaqueca

A Allergan plc (NYSE:AGN), líder global da indústria farmacêutica comprometida com o avanço da ciência da enxaqueca, anuncia os resultados de um importante estudo com 12.810 portadores de enxaqueca nos Estados Unidos. O estudo foi parte de uma subanálise transversal do estudo Chronic Migraine Epidemiology and Outcomes (CaMEO, Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica), com o objetivo de avaliar a relação entre distúrbios do sono e apneia do sono com comorbidades da enxaqueca crônica (EC) e enxaqueca episódica (EE). Os dados mostraram que as pessoas que sofrem de enxaqueca correm o risco de desenvolver distúrbios do sono, tais como apneia do sono (respiração irregular ou superficial durante o sono)[i], sonolência[ii], sono inadequado[iii] e ronco[iv] 1-4. Os resultados foram apresentados no 59o Encontro Científico Anual da Sociedade Americana de Cefaleia (AHS) 2017, realizado em Boston, Estados Unidos, e no 3o Congresso da Academia Europeia de Neurologia (EAN) 2017, realizado em Amsterdã, Holanda 1,2. “Ter um bom sono noturno é essencial para a nossa saúde e o nosso desempenho em atividades sociais cotidianas, bem como no trabalho3. O estudo CaMEO sugere que muitos portadores de enxaqueca crônica acumulam desgastes duplos da doença: ter de aguentar os efeitos incapacitantes da enxaqueca e quinze ou mais dias de cefaleia por mês e ainda tratar das consequências dos distúrbios do sono1,2,5”, explica a neurologista Maria Eduarda Nobre, Doutora pela Universidade Federal Fluminense, membro da Academia Brasileira de Neurologia, da Sociedade Brasileira de Neurologia e da International Headache Society. Entre os pacientes que sofriam de EC (n=1.111), 52% estavam em risco de ter apneia do sono com base no ‘Questionário de Berlim’ para apneia do sono1,2. De todos os que responderam ao questionário, 10% informaram sofrer de apneia do sono (n=1.293), dos quais 24% não haviam sido diagnosticados por um profissional da saúde1,2. Se não tratada, a apneia do sono pode elevar o risco de pressão alta, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e outras doenças graves3. Além da apneia do sono, os sintomas mais relatados pelos pacientes com EC em comparação com EE foram: falta de ar[v], sonolência[vi], sono inadequado[vii] e ronco[viii] 1,2 . Para a neurologista da Maria Eduarda Nobre a enxaqueca é mais que uma simples cefaleia. “É uma doença debilitante que pode ter um impacto profundo nos pacientes e seus familiares6-8. Para muitas pessoas que sofrem de enxaqueca crônica, nos 15 ou mais dias do mês em que a cefaleia ataca, conviver com essa dor é um enorme desafio6-8. O distúrbio do sono pode dificultar ainda mais o tratamento da enxaqueca, e por isso não deve ser ignorado1,2. Na verdade, a recomendação é que quem tem problemas de sono devem procurar ajuda médica”, defende a médica. A Organização Mundial da Saúde classifica os ataques intensos de enxaqueca entre os problemas mais incapacitantes do mundo5 . A esse respeito, eles estão na mesma classe de incapacidade que o câncer terminal, a paralisia dos membros e a psicose5. A Enxaqueca Crônica é um distúrbio incapacitante definido como a ocorrência de cefaleia por 15 ou mais dias do mês durante três ou mais meses, a qual atende aos critérios de enxaqueca (sem aura) em oito ou mais dias e/ou responde ao tratamento específico para enxaqueca, em paciente com histórico de pelo menos cinco crises de enxaqueca anteriores não atribuídas a outro distúrbio nem ao uso excessivo de medicação. A cefaleia que ocorre em menos de 15 dias por mês é classificada como Enxaqueca Espisódica1,9 . Sobre o Estudo CaMEO O Estudo de Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica (The Chronic Migraine Epidemiology and Outcomes Study - CaMEO) foi planejado para aumentar o conhecimento sobre o impacto da enxaqueca episódica e enxaqueca crônica nos pacientes, incluindo as barreiras ao tratamento, a relação entre enxaqueca e outros problemas de saúde e o ônus da enxaqueca no contexto familiar. Os pacientes foram recrutados a partir de um painel na internet de modo a representar a demografia populacional dos EUA1,2 . O estudo compreendeu os seguintes módulos: Perspectivas dos Adolescentes sobre o Ônus da Enxaqueca de seus Pais: Resultado do Estudo de Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica - CaMEO O módulo sobre os adolescentes abrangeu 1.411 pares de pai-adolescente, dos quais 168 (11,9%) tinham um pai com EC e 1.243 (88,1%) tinham EE6 . Epidemiologia da Enxaqueca em Homens: Resultado do Estudo de Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica - CaMEO O módulo sobre a epidemiologia em homens incluiu 12.495 mulheres e 4.294 homens7 . Efeito dos Sintomas Psiquiátricos sobre a Incapacidade Relacionada à Cefaleia na Enxaqueca: Resultado do Estudo de Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica - CaMEO O módulo sobre os sintomas psiquiátricos teve 16.788 participantes8 . Relação entre Distúrbios do Sono e Enxaqueca: Resultado do Estudo de Epidemiologia e Desfechos Clínicos da Enxaqueca Crônica - CaMEO O módulo sobre distúrbios do sono contou com 12.810 participantes1,2 . Vale ressaltar ainda que o tratamento da enxaqueca crônica deve ser multidisciplinar e profissional, compreendo mudança de hábitos alimentares e estilo de vida, adoção de prática de atividades físicas, com terapias medicamentosas orais, preventivas e durante as crises, tais como antidepressivos, neuromoduladores e betabloqueadores, e também com a aplicação de toxina botulínica A.

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