Arquivos Algomais Saúde - Página 29 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Pernambuco anuncia nova dose da vacina contra a Covid-19

Os idosos com mais de 80 anos receberão a 5ª dose do imunizante contra a Covid-19. Decisão leva em conta decisão técnica do Comitê Estadual e vulnerabilidade deste público para formas graves da doença (Foto: Miva Filho / SES-PE) A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) decidiu, em conjunto com gestores municipais em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) aplicar uma quinta dose (terceira dose de reforço) da vacina contra a doença nas pessoas com 80 anos ou mais. A estimativa aponta que, em Pernambuco, 264 mil pessoas estejam nessa faixa etária. A definição foi balizada pela indicação dos especialistas membros do Comitê Técnico Estadual de Acompanhamento da Vacinação, além do último levantamento técnico da pasta, que apontou grande percentual de pacientes maiores de 80 anos entre os internados pela Covid-19 nos leitos de terapia intensiva e enfermaria nas unidades de saúde pernambucanas. "Considerando que os idosos acima de 80 anos sofrem com a imunossenescência, perda progressiva da imunidade associada ao avanço da idade, o que é um grande fator de risco para adoecimentos graves pela Covid-19, Pernambuco decide, neste momento, autorizar a aplicação de uma terceira dose de reforço nesta população, garantindo, assim, uma proteção mais robusta aos nossos idosos. Sabemos, também, que o cenário atual aponta uma falta de disponibilidade, por parte do governo federal, de imunizantes que atendam toda a população", ressalta o secretário estadual de Saúde, André Longo. Os imunizantes utilizados para a quinta dose dos idosos serão da Pfizer/BioNTech, já acondicionados no Programa Estadual de Imunização (PEI-PE). As vacinas destinadas a esse público serão enviadas para as Gerências Regionais de Saúde (Geres) na próxima quarta-feira (23/11), onde ficarão disponíveis para retirada por parte dos municípios. "É importante lembrar que só poderão tomar a quinta dose aqueles idosos que já tenham, no mínimo, quatro meses de aplicação da quarta dose da vacina. Se não, as equipes devem orientar a pessoa ou seus cuidados a voltar em tempo oportuno para aplicação desta terceira dose de reforço", explica a superintendente de Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina de Melo. Outro fator importante para a decisão foi a confirmação, nas últimas semanas, da circulação da BQ.1 e da XBB, subvariantes da Ômicron, linhagem da Covid-19, em território pernambucano. "As subvariantes da Ômicron são especialmente mais evasivas para a resposta imune das vacinas já administradas na população. O ideal seria que já tivéssemos disponíveis no Brasil as vacinas bivalentes que incluem, ao menos, as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron. Entretanto, na sua ausência, existem evidências que novos reforços com a vacina da Pfizer, induzem melhoria da proteção imunológica. Por isso, esta é uma decisão baseada no bom senso, na ciência e nas experiências relatadas por outros países", pontua o pediatra Eduardo Jorge, membro do Comitê Estadual de Acompanhamento da Vacinação. CORONAVAC PARA CRIANÇAS - Após um período de hiato por parte do Ministério da Saúde, Pernambuco deve receber, na tarde desta terça-feira (22/11), um lote com 40 mil doses de Coronavac destinadas para a faixa etária de 3 e 4 anos de idade. A nova remessa será enviada para as Geres na quarta (23), junto com os lotes de Pfizer destinados à quinta dose dos idosos. Durante reunião da CIB nesta segunda, a Secretaria voltou a alertar os gestores municipais sobre a importância de organizar o estoque, garantindo a correta administração das doses, uma vez que o recebimento de imunizantes da Coronavac para este grupo vem sofrendo descontinuidade na entrega de remessas pelo governo federal desde o primeiro semestre deste ano. ANTIVIRAIS PARA COVID - Também foi pactuado na reunião da CIB os critérios para distribuição e dispensação no Estado de 2.045 kits do antiviral nirmatrelvir + ritonavir, medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde para tratamento, em caráter experimental, da Covid-19. Segundo recomendações do órgão federal, os pré-requisitos para uso da associação dos fármacos são pacientes com teste positivo para a doença, que não requerem o uso de oxigênio suplementar e que estejam até o quinto dia do início dos sintomas. O público-alvo para o tratamento experimental são pacientes imunossuprimidos com 18 anos ou mais ou pacientes em geral a partir de 65 anos. Diante da pouca quantidade recebida, ficou definido que os kits serão encaminhados para as sedes das Geres. Cada Gerência deverá se reunir, nos próximos dias, com os municípios para pactuar e organizar a distribuição dos fármacos.

Pernambuco anuncia nova dose da vacina contra a Covid-19 Read More »

Dia Mundial do Diabetes serve como alerta para detectar sinais da doença

A diabetes é responsável por milhões de mortes anuais, sendo só em 2021 mais de 6 milhões de óbitos no mundo, 1 a cada 5 segundos A Federação Internacional de Diabetes divulgou os dados do Atlas Diabetes 2021. O estudo mostrou um grave aumento de casos da doença.  A projeção global do Atlas da Federação Internacional da Diabetes (IDF) para diabetes, em 2025, era de 438 milhões de brasileiros. No entanto, antes mesmo do prazo final, essa previsão já foi ajustada para 463 milhões em 2022. Na última edição, publicada em 2019, eram 463 milhões de pessoas vivendo com a enfermidade, saltando para 537 milhões em 2021- 16,8 milhões de pessoas apenas no Brasil.  O Brasil é o 5º país com maior incidência de pacientes diagnosticados com diabetes no mundo, ficando atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Neste dia 14 de novembro, é lembrado o Dia Mundial do Diabetes. O diabetes é silencioso e não costuma apresentar sintomas no começo. Por isso, é importante fazer os exames de rotina e prestar atenção nos sinais. Fome frequente, sede constante, feridas que demoram a cicatrizar, vontade de urinar várias vezes ao dia e formigamento nos pés e mãos são alguns dos sinais da doença. Além dos sintomas indesejados da hipoglicemia (tonturas, enjoos), o diabetes pode ter riscos mais graves como lesão nos rins, degeneração dos nervos, cegueira, riscos de AVC e infarto. “Por ser uma das doenças mais comuns no mundo todo, o Dia Mundial do Diabetes deve ser lembrado para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre o que é a doença, e principalmente suas formas de prevenção e tratamento”, ressalta Ana Cristina Vieira, nutricionista e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG). Para ter um controle das taxas glicêmicas, o acompanhamento médico e alimentação saudável são essenciais para que a doença não se agrave. A especialista destaca que, além de consumir ingredientes integrais, é importante ler os rótulos dos produtos. “Algo que não pode faltar são as fibras, grãos integrais, raízes, carnes magras, oleaginosas como castanha e amêndoas, gorduras boas (abacate, azeite), frutas com casca e adoçantes naturais como xilitol, stevia. É importante também ler os ingredientes dos rótulos dos produtos antes de consumir, porque o açúcar pode aparecer escondido com nomes como glicose, xarope de glicose ou de milho, frutose, maltose, maltodextrina ou açúcar invertido”. Tipos de diabetes - Ana Cristina ainda explica que existem vários tipos de diabetes e para cada um, é importante ter um acompanhamento médico e nutricional. Confira abaixo os tipos de diabetes: Pré diabetes: quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos estão no grupo de risco. Ajustando a alimentação e incluindo práticas de atividade física, ajudam a melhorar os níveis de glicose. Diabetes tipo 1: quando o corpo não produz insulina. Ela pode ser controlada com contagem de carboidrato avançado e alguns tipos de insulina, bomba de insulina. Diabetes tipo 2: quando o seu corpo produz insulina, mas em quantidades insuficientes. O tratamento pode acontecer apenas com dieta e atividade física, ou com medicações orais e às vezes insulina. Diabetes gestacional: se desenvolve na Gravidez, geralmente por hábitos alimentares incorretos, obesidade, idade avançada. O tratamento é feito com a orientação nutricional adequada. Para cada período da gravidez, uma quantidade certa de nutrientes, e prática de atividade física.

Dia Mundial do Diabetes serve como alerta para detectar sinais da doença Read More »

Recife começa a vacinar contra covid-19 bebês de 6 meses a 2 anos com comorbidade

A Prefeitura do Recife iniciou  a vacinação contra covid-19 para bebês de seis meses a dois anos de idade com comorbidades, listadas no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacina. O prefeito João Campos esteve no centro de vacinação do Sítio Trindade para acompanhar o primeiro dia de imunização. No Recife, a estimativa do Ministério da Saúde, baseada no IBGE, é de 4.758 meninas e meninos com comorbidades nesta faixa etária.  “A gente pede para todo mundo que está nesse grupo de seis meses a dois anos, seus pais, mães, responsáveis possam fazer o agendamento das crianças que têm alguma comorbidade. É fundamental fazer essa vacinação, que vai ser em três doses e a gente reforça a importância desse momento. Tem uma nova cepa circulando, tem um aumento de positividade de casos. Então, é fundamental cuidar das crianças que têm alguma comorbidade. Lembrando que pros outros grupos também estão abertos e cobramos que as pessoas façam esses agendamentos. Nós cobramos ao Ministério da Saúde que faça  envio de doses para as crianças que têm mais de dois anos. A gente está cobrando insistentemente, porque o Recife está pronto para vacinar, mas precisa que essas vacinas cheguem”, destacou o prefeito João Campos. Na capital pernambucana, a imunização desse grupo iniciou em quatro Centros de Vacinação da cidade. São eles: Shopping Recife, em Boa Viagem; no Riomar Shopping, no Pina; no Shopping Boa Vista, área central da cidade; e no Sítio Trindade, em Casa Amarela. A vacina será aplicada de domingo a domingo (consultar horários de cada local), sendo necessário fazer o agendamento pelo site (https://conecta.recife.pe.gov.br/) ou aplicativo do Conecta Recife. Entre as comorbidades citadas, estão: síndrome de down, diabetes mellitus, as pneumopatias crônicas graves, anemia falciforme, doenças cardiovasculares, obesidade grave, doença renal, cirrose hepática e imunossuprimidos. A lista completa das condições está disponível no Conecta Recife. A definição foi apresentada pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e validada junto aos representantes municipais em encontro da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizado nesta quinta-feira (10). Na expectativa de abrir os agendamentos, Juliana e Rafael Ribeiro, pais de Vinícius, de 1 ano e 3 meses, prontamente marcaram a imunização do filho que tem cardiopatia congênita. “Estou muito feliz e aliviada porque Vinícius está prestes a fazer uma cirurgia na semana que vem. Por isso, ele vai passar um tempo de internação relativamente longo e é uma alegria saber que ele vai estar protegido contra a covid”, contou a mãe.  De acordo com a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina utilizada para este público será a Pfizer Baby, que possui um frasco com a tampa na cor vinho e é diferente dos demais imunizantes do laboratório. O esquema vacinal dos bebês de seis meses a dois anos será feito em três doses: sendo as duas primeiras com intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose. É importante frisar que a vacina contra covid-19 pode ser aplicada sem necessidade de intervalo entre os demais imunobiológicos do Calendário de Vacinação de Rotina.

Recife começa a vacinar contra covid-19 bebês de 6 meses a 2 anos com comorbidade Read More »

Fiocruz identifica subvariante BA.5.3.1 do coronavírus no Amazonas

(Da Agência Brasil) Enquanto autoridades de saúde do Rio de Janeiro veem uma possível associação entre o aumento de casos de covid-19 entre cariocas e a subvariante BQ.1 do coronavírus, no Amazonas, a alta nas infecções, até o momento, está relacionada à subvariante BA.5.3.1, outra mutação genética do coronavírus SARS-CoV-2. A conclusão é do virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). Em investigação realizada em amostras colhidas até 21 de outubro, a subvariante BA.5.3.1 mostrou predomínio de 94%, enquanto só um caso da BQ.1 foi encontrado. Durante a primeira quinzena de outubro, o estado do Amazonas registrava uma média de novos casos diários de covid-19 próxima a 30. Após crescimento de mais de seis vezes na quinzena seguinte, o estado entrou em novembro perto dos 200 casos diários, chegando a 7 de novembro, último dia disponível no painel de dados da Fiocruz, com 144 infecções diárias na média móvel.   “Como estamos vendo, existe um aumento de casos no Amazonas recentemente, que não está associado, até o momento, com o avanço da BQ.1 e, sim, à sublinhagem BA.5.3.1”, afirmou o pesquisador, que também liderou o trabalho de identificação da variante Gamma no Amazonas no fim de 2020, meses antes de ela se espalhar e causar o colapso dos sistemas de saúde no momento mais crítico da pandemia, em 2021. Naveca explicou que o monitoramento da subvariante BQ.1 tem sido recomendado globalmente porque ela está relacionada ao aumento das infecções nos Estados Unidos e na Europa e destacou que, apesar de as duas subvariantes da Ômicron estarem associadas a cenários de alta nos casos de covid-19, o mesmo não pode ser dito sobre internações e mortes. "O que temos é um aumento de casos, mas não um aumento de casos graves. Essa é a informação mais importante no momento. Precisamos continuar monitorando para ver como vai se comportar a curva de casos nas próximas semanas, mas, felizmente não temos aumento de casos graves. Isso mostra que a imunidade adquirida pela população, principalmente por meio da vacinação, continua nos protegendo. Por isso, é fundamental que aqueles que ainda não tomaram a segunda dose de reforço procurem um posto de vacinação". No caso do Amazonas, por exemplo, enquanto as novas infecções aumentaram mais do que seis vezes na segunda quinzena de outubro, os óbitos caíram. Segundo o painel de dados da Fiocruz, o estado confirmou três mortes por covid-19 entre 1 e 7 de novembro. No processo de replicação viral, os vírus produzem mutações genéticas que geram subvariantes e variantes frequentemente, o que permite que continuem a circular e, algumas vezes, até mesmo infectar pessoas que já têm anticorpos contra eles. Naveca explicou que seu grupo de pesquisa pedirá ao comitê responsável da Organização Mundial de Saúde que reclassifique a BA.5.3.1 com uma designação própria, diferente da linhagem BA, em função das mutações encontradas em sua estrutura genética.

Fiocruz identifica subvariante BA.5.3.1 do coronavírus no Amazonas Read More »

Diariamente, 42 homens morrem por causa do câncer de próstata

Novembro azul: mês de combate ao câncer de próstata Em 17/11 é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, data que originou o movimento Novembro Azul para conscientizar, combater e prevenir uma das doenças que mais afetam a população masculina. De acordo com o Ministério da Saúde, diariamente 42 homens morrem com câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões convivem com a doença. Segundo dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a condição corresponde a 29,2% dos tumores na população masculina. Para diminuir a mortalidade pela doença e aumentar as chances de tratamento, o diagnóstico precoce e a prevenção são fatores essenciais. Por isso, exames de rotina são fundamentais, pois garantem o diagnóstico precoce da doença, permitindo altos índices de cura. Sintomas como dor óssea, incômodo ao urinar e presença de sangue na urina surgem em fases avançadas da doença, quando a expectativa de cura é menor. “Com a pandemia, infelizmente estamos notando aumento no número de tumores graves, porque os pacientes deixaram de se cuidar e fazer os exames de rotina”, lamenta Renan Eboli, urologista da Multihemo Oncoclínicas. Prevenção - Mesmo na ausência de sintomas, os homens a partir dos 45 anos com histórico familiar de câncer de próstata, obesidade e etnia negra devem procurar o urologista para realizar o exame do toque retal e o exame de sangue (PSA). Para aqueles que não tenham esses fatores, devem iniciar os exames preventivos a partir dos 50 anos. “20% dos pacientes com suspeita do tumor são identificados pelo toque retal. Adicionalmente, o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico) e a Ressonância Magnética da Próstata também levantam a suspeita. Entretanto, o diagnóstico definitivo sempre é dado pela biópsia prostática, em que um fragmento do órgão é retirado para análise, através do ultrassom transretal ou transperineal”, explica Renan Eboli. Modernização dos tratamentos - O tratamento para o câncer de próstata depende do estágio do tumor, histórico do paciente e outros fatores. O especialista aponta que a chegada de novos equipamentos e de algumas opções de tratamento nos últimos anos, possibilitaram o aumento da precisão nos diagnósticos e a melhora na qualidade de vida dos pacientes. Um exemplo disso é a incorporação do PET-CT PSMA, exame de imagem que possibilita o rastreamento mais fidedigno do tumor e de possíveis metástases, sendo importante em caso de suspeita de doença metastática e em avaliação de tumores de alto grau no pré-operatório. Renan explica ainda sobre a chegada de novos medicamentos por via oral, que vêm prolongando a sobrevida de pacientes com doença avançada. “A nova terapia antiandrogênica demonstrou pontos positivos na redução de risco de metástases. Drogas como enzalutamida, darolutamida e apalutamida têm ajudado homens que não possuíam mais indicação cirúrgica ou aqueles que apresentaram recidiva (reaparecimento) dos tumores, prolongando sua expectativa de vida”, finaliza .

Diariamente, 42 homens morrem por causa do câncer de próstata Read More »

Recife contará com programa pioneiro de rastreamento do câncer de pulmão

Real Hospital Português, em parceria com a Roche, realizará exame capaz de diagnosticar precocemente o câncer de pulmão em pacientes de alto risco O câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade relacionada a câncer em todo o mundo, responsável por mais de 2 milhões de mortes por ano. No Brasil, são quase 30 mil mortes anuais por este tipo de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de pulmão chega a tirar mais vidas do que os cânceres de mama, colorretal e cervical combinados - tipos para os quais há programas de triagem e rastreamento populacional em muitos países¹. O caráter silencioso da doença, devido à ausência de sintomas nos estágios iniciais, e a falta do rastreio como política pública são motivos para que o câncer de pulmão seja diagnosticado mais tardiamente², o que contribui para a letalidade da doença. Para colaborar com a mudança desse cenário, a farmacêutica Roche e o Real Hospital Português irão implementar um programa de rastreio do câncer de pulmão na unidade localizada no bairro Paissandu. “A detecção precoce do câncer de pulmão é possível com a utilização da tomografia do tórax com baixa dose de radiação (TCBD), indicada para pessoas com mais de 50 anos, com histórico de ter fumado por pelo menos 20 anos, como preconiza a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (U.S. Preventive Services Task Force)”, explica Michelle França Fabiani, diretora médica da Roche Farma Brasil. Em estudo realizado nos Estados Unidos³, foi demonstrado que o uso da TCBD, em associação com medidas e campanhas de cessação do fumo, reduziu a mortalidade por câncer de pulmão em cerca de 20%, quando comparado ao uso da radiografia de forma isolada. De acordo com dados do INCA, em Pernambuco foram diagnosticados 1.120 novos casos de câncer de pulmão em 2020, o que corresponde a uma taxa ajustada de 12,4 casos por 100 mil habitantes. A cidade de Recife foi responsável por 26,8% dos casos novos no estado, equivalente a 16,6 casos por 100 mil habitantes. A capital possui população de aproximadamente 1,7 milhões de habitantes4; destes, cerca de 15% se enquadram na faixa etária de risco, segundo o censo de 2010. Um software de inteligência artificial, desenvolvido pela startup Previneo, será usado para rastrear, identificar e orientar os pacientes com indicação para entrar no programa. “Com o apoio da Roche na capacitação de profissionais e transferência de tecnologia e conhecimento, estamos estruturando um programa de rastreamento para atingir a prevenção primária e secundária do câncer de pulmão”, explica Dr. Petrúcio Sarmento, cirurgião torácico do Real Hospital Português. Os serviços integrados do hospital, através de discussões multidisciplinares envolvendo diversas especialidades, além da infraestrutura e do apoio do Concierge, permitem um atendimento mais personalizado e ágil para o paciente oncológico no Real Hospital Português. “Estamos sempre em busca de atualizações e parcerias para oferecer o melhor serviço aos nossos pacientes e beneficiar o ecossistema como um todo”, completa o médico. O programa foi implementado em agosto deste ano e tem a previsão de durar até agosto de 2023. A Roche tem como objetivo expandir a iniciativa para outros hospitais do país no futuro. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as taxas de controle do câncer, possibilitando mais qualidade de vida para os pacientes”, ressalta Michelle França Fabiani. “O cenário terapêutico do câncer de pulmão vem avançando, no entanto, maior tempo e qualidade de vida estão muito associados ao diagnóstico precoce, que só é possível com a criação de programas efetivos de rastreamento para a população de alto risco”, finaliza. Programa será apresentado no maior congresso oncológico do país A parceria entre Roche e Real Hospital Português será apresentada à comunidade científica pelo Dr. Petrucio Sarmento no XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o principal evento científico nacional voltado à saúde oncológica. Além da parceria, temas como o rastreamento do câncer de pulmão e a nova campanha global da empresa, Reescrevendo a jornada do Câncer de Pulmão, estarão na agenda do simpósio satélite, que contará ainda com a participação e mediação de Dr. Rogerio Lilenbaum, diretor médico e vice-presidente do Jupiter Medical Center, e contribuições de Dr. Gustavo Prado, representante da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, e Dr. Felipe Moraes, oncologista da Beneficência Portuguesa.

Recife contará com programa pioneiro de rastreamento do câncer de pulmão Read More »

Cobertura vacinal cai e fica abaixo de 60% nas maiores cidades brasileiras, aponta CLP

Documento apresenta queda entre 2020 e 2022; nenhuma das capitais tem mais de 75% da população vacinada Levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Gove Digital, identificou que houve uma queda de 71% para 58% na cobertura de vacinação dos maiores municípios brasileiros de 2020 a 2022 e que até entre as capitais, somente três melhoraram a cobertura vacinal (Aracaju -SE, Goiânia-GO e Florianópolis-SC), mas nenhuma delas alcançou cobertura superior a 75%. Além disso, foi identificado que somente 37 municípios do interior do país, a maioria do sul e sudeste, possuem cobertura acima de 75%. Na outra ponta, 111 municípios tem cobertura abaixo de 50%. O estudo usou como base os dados sobre cobertura vacinal do Ranking de Competitividade dos Municípios 2022, que avaliou 415 cidades com população acima de 80 mil habitantes, o que corresponde a cerca de 60% da população brasileira. Dentre as capitais, cinco delas ficaram com cobertura abaixo de 50%: Salvador (BA), São Luís (MA), Macapá (AP), João Pessoa (PB) e Belém (PA). Já entre as 37 cidades com cobertura vacinal acima de 75%, 20 estão no Sudeste, 14 no Sul e as outras três são das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A maior parcela dos municípios do levantamento, 267, possui entre 50% e 75% de cobertura vacinal, enquanto que 27% das cidades analisadas, ou 111 municípios, tem cobertura abaixo de 50%. Dentre os municípios melhor posicionados na cobertura vacinal, Itanhaém (SP) ficou em primeiro lugar, seguido por Jaraguá do Sul (SC) em segundo, e São Bento do Sul (SC) na terceira colocação. Na outra ponta da tabela, Belford Roxo (RJ) é o município com menor índice vacinal, atrás de Manhuaçu (MG) e Nova Iguaçu (RJ). Ranking. Em setembro de 2022, o Ranking de Competitividade dos Municípios foi lançado pela terceira vez seguida pelo CLP em parceria com a Gove Digital, avaliando 415 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, que representam cerca de 60% da população brasileira. O ranking se baseia em 65 indicadores, distribuídos em 13 pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública das cidades brasileiras: Sustentabilidade Fiscal, Funcionamento da Máquina Pública, Acesso à Saúde, Qualidade da Saúde, Acesso à Educação, Qualidade da Educação, Segurança, Saneamento, Meio Ambiente, Inserção Econômica, Inovação e Dinamismo Econômico, Capital Humano e Telecomunicações. Todos os indicadores são oriundos de dados públicos. No caso do indicador de cobertura vacinal, que se encontra dentro do pilar de Acesso à Saúde, os dados são do Datasus de 2021 O indicador sintético da taxa de cobertura de vacinação para o conjunto de imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações. Individualmente a taxa de cobertura de cada vacina é calculada por meio da razão entre o número de doses aplicadas da dose vacinal indicada (1ª, 2ª, 3ª dose ou dose única, conforme a vacina) e a população alvo. Os dados completos estão disponíveis no link: https://bit.ly/3MOLCYA

Cobertura vacinal cai e fica abaixo de 60% nas maiores cidades brasileiras, aponta CLP Read More »

"Nós, idosos, não somos um fardo. Somos um recurso para nossas famílias e a sociedade"

Num país, como o Brasil, considerado o segundo pior para se aposentar, de acordo com ranking da consultoria de investimentos Natixis, o idoso enfrenta muitas dificuldades. Porém, as soluções existem e, algumas delas são criativas e simples. Quem garante é um expert no assunto, o médico gerontólogo Alexandre Kalache, que já comprovou isso na prática. Quando foi diretor do Departamento de Envelhecimento e Curso de Vida da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, ele concebeu a iniciativa Cidades Amigas do Idoso. Implantada em Nova Iorque, em 2008, teve grande sucesso ao executar medidas como aumentar o tempo dos semáforos para permitir que pessoas mais velhas pudessem atravessar as ruas. Kalache fundou a Unidade de Epidemiologia do Envelhecimento da Universidade de Londres onde também criou o primeiro Mestrado em Promoção da Saúde da Europa. Em 2022, foi agraciado com o Prêmio Zilda Arns de Direito das Pessoas Idosas, especialmente por sua mobilização internacional por meio do movimento Velhice Não É Doença, que resultou na retirada do termo “velhice” do Código Internacional de Doença. Atualmente é presidente do Centro Internacional da Longevidade e co-diretor do Age Friendly Insititute, baseado em Boston. Desde 2021 divide seu tempo entre o Brasil, Londres e Granada, onde é professor associado da Escuela Andaluza de Salud Publica. O gerontólogo esteve no Recife para realizar uma palestra no Sesc e conversou com Cláudia Santos sobre a necessidade de uma política voltada ao envelhecimento populacional, como o tema tem sido tratado nas campanhas eleitorais e as iniciativas para o idoso ter acesso a cuidadores. Uma delas, bem criativa, está sendo discutida na capital pernambucana. Num ranking de 44 países, o Brasil aparece como o segundo pior do mundo para se aposentar. Como o senhor avalia essa situação e a ausência de propostas para o idoso nas campanhas eleitorais? É lamentável que o Brasil esteja nesse ranking. A maioria do povo brasileiro que se vê hoje numa situação muito pior do que já era há 10 ou 20 anos. A população 60+ vai dar um salto; ela hoje representa 15% dos brasileiros (em torno de 33 milhões de pessoas), em 2050 chegaremos a 31%, com 68 milhões. Temos que considerar como criar condições de vida para que essa massa de pessoas chegando aos 50 ou 60 ou 70 anos, que já perderam a oportunidade de se preparar desde a infância. E não falo só em relação à aposentadoria. Uma mulher jovem, por exemplo, que não consegue formar massa óssea, vai acabar com osteoporose. Uma pessoa que não tem acesso ao SUS, que está sendo depauperado, não vai prevenir a hipertensão e daqui a 30 anos terá um derrame aos 58 anos, vai cair na dependência, o que terá custo para a família e para o governo. Estamos despreparados e não vejo nos partidos políticos ou nos candidatos uma proposta coerente de uma política para responder ao envelhecimento populacional. Não estou sendo partidário, apenas digo que o único que apresentou – porque me foi pedido para preparar as diretrizes de políticas para o idoso – foi o candidato Lula. Isso foi entregue a ele em mãos, por mim, num evento com 40 pessoas. Não era um evento político e, sim, de conteúdo. Afinal, trabalho há 47 anos nessa área, tenho 35 anos de experiência fora do Brasil, fui diretor da Organização Mundial da Saúde, quero ser útil a este País. Quais as propostas que o senhor sugeriu?A primeira está relacionada à saúde porque 83% dos idosos dependem do SUS, que temos que fortalecer por estar depauperado e não foi ainda mais depauperado porque veio a pandemia e, sem o SUS, seria uma carnificina ainda maior. Outro pilar é a aprendizagem ao longo da vida. É preciso investir, desde a criança até o velho, para que ele continue produtivo, não se torne obsoleto aos 47 anos e perca o emprego. O terceiro pilar que peço ao governo, seja ele qual for, é o direito de participar. Não adianta ter saúde, ter conhecimento e ter as barreiras colocadas por uma sociedade que é hedonista, que não gosta de velho, acha que ele deve morrer, é um fardo. O quarto pilar é que o governo proteja, ampare, dê segurança ao idoso, porque o horror do envelhecimento é não saber se você vai envelhecer com um teto, com comida na prateleira e o mínimo de dinheiro no bolso. A soma de tudo isso é que precisamos de uma cultura do cuidado, que ele não parta apenas da família que perdeu poder aquisitivo e, às vezes, depende da pensão daquele idoso. Quando idosos morreram por Covid-19, muitas famílias entraram na miséria. Não somos um fardo, somos, acima de tudo, recursos para as nossas famílias, para nossa sociedade, para as nossas comunidades. Investir no envelhecimento saudável, ativo e digno, é um motor para a produtividade do País porque enquanto eu estiver trabalhando, pagando imposto, gerando renda, dando emprego a pessoas que trabalham comigo, sou um recurso indispensável neste momento em que teremos menos jovens e vamos precisar cada vez mais de pessoas ativas e velhas. Quais as instituições que atuam em defesa da pessoa idosa? Tivemos as criações dos conselhos pela Constituição de 1988, um deles é o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. São compostos por integrantes do governo e da sociedade civil. Existem instituições fantásticas, não estou sendo religioso, porque não sou, mas há, por exemplo, a Pastoral da igreja católica, o Rotary Club, o Lyons, as igrejas evangélicas e há, ainda, as sociedades profissionais, como a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Esses conselhos, se forem realmente paritários, alternam o poder. Sua presidência é democraticamente eleita e por dois anos é o governo quem a encabeça, nos outros dois anos é a sociedade civil. O que aconteceu em 19 de junho de 2019? O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa sofreu uma intervenção presidencial que tirou a diretoria democraticamente eleita, no caso a diretora era da Pastoral, e colocou um interventor, que não tem informação nenhuma em gerontologia, nem sobre envelhecimento,

"Nós, idosos, não somos um fardo. Somos um recurso para nossas famílias e a sociedade" Read More »

Pandemia reduz a realização de transplantes

*Por Rafael Dantas “V ocê precisa fazer um transplante”. Essa frase assusta muitos pacientes. Ao mesmo tempo abre o caminho para uma nova vida, que só é possível graças ao avanço tecnológico e das ciências médicas e ao robusto programa do Sistema Único de Saúde. Havia um cenário crescente de cirurgias e de redução da fila de transplantes até 2019, quando chegou a pandemia que fez reduzir muito a realização de transplantes. Meses após o pico da Covid-19, o Brasil e Pernambuco vivem um período de retomada gradual das doações. No entanto, existem ainda 2.644 pacientes aguardando sua vez na fila apenas no Estado. Uma luta contra o relógio travada diariamente. De acordo com dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), a mortalidade dos pacientes na fila de transplantes no Brasil cresceu de 2,5 mil mortes em 2019 para 4,2 mil mortes em 2021. A associação informa que ao menos nove pessoas faleceram por dia aguardando transplante no primeiro trimestre de 2022. “A pandemia trouxe um impacto monstruoso. Tínhamos avançado bastante no volume de transplantes por ano. Percebemos até uma redução da negativa familiar, aumentando a quantidade de doações. Mas a pandemia foi um tsunami. Regredimos em números a quase sete anos de trabalho. Desde 2020 estamos em recuperação gradual, mas ainda não voltamos ao patamar pré-pandemia”, afirmou Noemy Gomes, coordenadora da CT-PE (Central de Transplantes de Pernambuco). Ela conta que um dos maiores impactos foi na fila de transplante de córnea, que desde 2015 era considerada zerada (quando o paciente espera menos de 30 dias pela realização do procedimento). Após a chegada da Covid-19 ao Brasil, o tempo de espera chegou a ser superior a um ano. “Hoje temos uma fila de quase mil pessoas para transplante de córnea. Chegamos a fazer metade do volume de transplantes que a gente fazia antes”, afirma Noemy. A superintendente-geral do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), Tereza Campos, conta que o serviço de transplantes da instituição sofreu com a situação nacional de falta de doadores e, consequentemente, com a queda na realização de cirurgias durante a pandemia. O hospital é o maior centro de transplantes do Norte e Nordeste. “A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15%, em 2019, para 24% em 2021. Esse aumento foi devido às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da Covid-19 pelo transplante, pois o risco de transmissão era desconhecido. Diante desse contexto, o Imip adota todas as medidas necessárias para garantir a segurança do paciente, para recuperar a performance de 2019 e continuar salvando vidas. No momento, estamos desenvolvendo campanhas nas nossas redes sociais e na instituição para conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos.” O técnico em informática Ramon Carlos, 29 anos, alguns anos antes da pandemia fez o transplante de córnea nos dois olhos. O problema na visão foi percebido ainda na adolescência e trouxe prejuízos no desempenho escolar. O diagnóstico de ceratocone o levou inicialmente ao uso de uma lente de contato e a necessidade posterior do transplante, que foi realizado no Imip. “Usei lente de contato até que chegou a minha vez na fila. Estava tenso, obviamente, com medo que o organismo não aceitasse a córnea. Mas a cirurgia foi um sucesso. Passei alguns dias com tampão no olho e depois passei a usar óculos simples que já corrigiam a visão. Três anos e meio depois, tive a recomendação de fazer o transplante do outro olho também. Hoje enxergo muito bem. Acabaram as dificuldades de estudo, de prática de esportes, que eu não conseguia fazer sem as lentes”, conta Ramon Carlos. Anos após o transplante, ele precisa apenas manter o uso de um colírio e ter um acompanhamento médico anual. Enquanto a espera de Ramon era para ter melhor qualidade de vida, os pacientes de outros órgãos vivem uma corrida contra o tempo para se manterem vivos enquanto aguardam a cirurgia. Além de córnea, Pernambuco realiza transplantes de coração, fígado, rins, rim com pâncreas e medula. De forma excepcional, também realizou transplantes de osso no Hospital Otávio de Freitas, que está em processo de credenciamento para realização do procedimento. A ampliação do tempo de espera pela cirurgia de alguns desses órgãos tem uma relação direta com a taxa de mortalidade, segundo Noemy Gomes. DESAFIOS APÓS O AUGE DA PANDEMIA Com atuação há mais de 10 anos no setor, o médico Cesar Lyra, coordenador de Transplantes de Fígado no Real Hospital Português, considera que a conscientização familiar é a grande dificuldade para ampliar as doações. “O Sistema Nacional de Transplantes é muito bem estruturado do ponto de vista organizacional. As filas por gravidade e compatibilidade funcionam muito bem e quase 85% de todas as cirurgias são realizadas com financiamento do SUS, mesmo nos hospitais privados O maior desafio hoje é aumentar a oferta de órgãos. Sobretudo os que não têm tratamento substitutivo, como fígado e coração. As pessoas que desejam ser doadoras de órgãos devem disseminar a conscientização em suas famílias. Dizer sempre que é doador de órgãos. Isso é importante para a decisão afirmativa por parte dos familiares no momento da perda do ente querido”. O chefe do Programa de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português, Rodolfo Calixto, afirma que nessa modalidade, o impacto da pandemia foi mais acentuado nos três primeiros meses da circulação do vírus. Após esse período, as cirurgias voltaram aos poucos e hoje estão normais. “Atendemos pacientes que não poderiam esperar a pandemia passar para receber o transplante.” Tereza Campos aponta entre os grandes desafios: “a dificuldade das famílias em autorizar a doação; o desconhecimento de parcela da sociedade sobre o assunto; o curto intervalo de tempo entre a retirada do órgão e sua implantação; além das constantes altas nos custos de insumos diretos e indiretos somados a uma tabela de repasses do SUS defasada em mais de uma década”. Um dos esforços em curso para

Pandemia reduz a realização de transplantes Read More »

Simulador de Paciente Humano para treinamentos será um dos destaques no Hospitalmed

Equipamento poderá ser conferido durante feira, no Centro de Convenções de Pernambuco Ter em mãos a vida de outra pessoa é de uma responsabilidade enorme e uma coisa é certa: não dá para ficar testando procedimentos como se tivesse sempre uma segunda chance. Neste sentido, o Hospital Especial Domiciliar conta com um Simulador de Paciente Humano que reproduz casos reais. O equipamento é utilizado pelas equipes médicas e de enfermagem para treinamentos contínuos e será exibido na feira Hospitalmed. De acordo com Fernanda Beltrão, Gestora de Educação Permanente do hospital, o simulador permite que sejam realizados procedimentos diversos, como entubação orotraqueal, reanimação cardiopulmonar, monitorização cardíaca e verificação de sinais vitais. “O equipamento pode ser programado para várias situações. Desta forma, nossas equipes são treinadas seguindo protocolos reais e que são monitorados, dando total precisão do que está sendo feito da forma correta ou não, sem colocar vidas em risco e desenvolvendo habilidades”, explica. Ao todo, o software do simulador é capaz de reproduzir 24 tipos de sons de respiração, 42 tipos de sons do coração e 5 sons abdominais. Além da possibilidade de editar inúmeros casos clínicos, sem restrições. “Foram investidos cerca de R$ 130 mil e contar com este simulador nos proporciona maior segurança no dia a dia das nossas equipes, atuando diretamente com os nossos pacientes”, afirma Fernanda. HOSPITALMED - Entre os dias 19 e 21 de outubro, o Hospital Especial Domiciliar estará presente na HospitalMed, a maior feira de Negócios de Saúde do Norte-Nordeste, no Centro de Convenções de Pernambuco. Durante o evento, a empresa apresentará a sua estrutura e serviços oferecidos, que a levou a ser referência em Pernambuco ao longo das últimas duas décadas. O público também poderá conferir de perto o simulador de paciente humano, vendo na prática como o equipamento funciona a partir de diversas situações que serão apresentadas.

Simulador de Paciente Humano para treinamentos será um dos destaques no Hospitalmed Read More »