Arquivos Algomais Saúde - Página 32 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

FITS investirá R$ 6 milhões em novo centro de especialidades médicas

Vanessa Piasson e Mano Medeiros autorizam compromisso da obra (Foto: Beckmann Feldens) A Faculdade Tiradentes (FITS) vai investir R$6 milhões, por meio de contrapartida, na construção de um centro de especialidades médicas, em Jaboatão dos Guararapes. O Ambulatório Especializado de Integração Ensino-Serviço - que estará localizado na Avenida Barreto de Menezes, em Prazeres - vai incorporar à rede SUS Jaboatão e reforçar o atendimento gratuito aos moradores do município. A nova unidade também servirá de aprendizado aos futuros profissionais da saúde, que cursam Medicina na instituição de ensino, localizada em Prazeres. A previsão é que o equipamento de saúde fique pronto em fevereiro de 2023. Para viabilizar a iniciativa, a gestão pública cederá o terreno e gerenciará todo o atendimento ao público, via Sistema Único de Saúde (SUS), além de cuidar da manutenção da estrutura. Já a FITS, ficará responsável pela construção do prédio, compra de equipamentos e disponibilidade das equipes para realizar o atendimento. “Além de ampliar o atendimento público gratuito à população, via rede municipal de saúde, o ambulatório promoverá a inclusão e será um moderno centro de excelência para o aprendizado dos nossos alunos”, adiantou Vanessa Piasson, diretora-geral da FITS. Quando estiver pronto, o ambulatório oferecerá consultas médicas em 15 especialidades. Entre elas, Cardiologia, Clínica Médica, Ortopedia, Ginecologia, Obstetrícia, Reumatologia, Endocrinologia e Neurologia. A estimativa é que sejam realizadas 1 mil consultas/mês.

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Inteligência Artificial da Saúde

*Por Rafael Toscano A inteligência artificial ainda não dominou toda humanidade, mas certamente já invadiu a área da saúde, agregando uma tecnologia que pode salvar vidas e melhorar a assistência médica para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela já está nos ajudando a personalizar a prestação de cuidados, tornar hospitais mais eficientes e tratamentos mais acessíveis, através de ferramentas para o auxílio da tomada de decisão. Mas como isso é possível? IA é o processo de ensinar um modelo computacional usando grandes e complexos conjuntos de dados. O modelo aprende com esses dados em um processo de treinamento para construir sua capacidade de tomar decisões ou prever resultados quando apresentado a novos dados. Em saúde, estamos falando de acesso a um modelo computacional que aprende, baseado na experiência de milhares de outros pacientes, se um tratamento funcionará e o que será mais eficaz para o paciente com base nos seus sintomas individuais. Assim como, os modelos de IA estão ajudando os médicos a aprender os padrões demonstrados por pacientes com sintomas parecidos ou até informações genéticas semelhantes, para a tomada de decisões bem informadas sobre seu diagnóstico e suas opções de tratamento. Essas técnica têm demonstrado eficiência até para pacientes com Câncer. O diagnóstico de câncer pode ser extremamente complicado, tanto para os médicos na tomada de decisões do diagnóstico de um câncer primário ou secundário, quanto para os pacientes, na compreensão dos riscos e índices de sucesso das opções de tratamento. É justamente para o aumento das taxas de sucesso que a IA se torna um diferencial, com a capacidade de coleta de informações de várias fontes. Alimentando modelos de dados dos exames de sangue do paciente, imagens de raio-X de lesões suspeitas, informações genéticas de uma biópsia de tecido, etc. Dessa forma, um modelo de IA treinado pode consolidar rapidamente essas informações e apresentar previsões de alta precisão do diagnóstico do paciente, opções de tratamento com maior probabilidade de sucesso e prognóstico. A IA está nos dando a capacidade de ter uma compreensão mais refinada e detalhada da saúde humana que nunca havíamos tido. Os próximos anos serão vitais para a concepção dos marcos regulatórios que definirão a aplicação dessa tecnologia incrível para a saúde, para que de fato possa impactar milhões de vidas ao redor do mundo. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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O cansaço das redes sociais

Ficar muito tempo nesses espaços virtuais tem levado à fadiga, afetado a saúde mental e já tem gente decidindo ficar desconectada. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (Reportagem publicada na edição 196.1 da Revista Algomais) As redes sociais revolucionaram a comunicação e trouxeram grandes mudanças na sociedade, mas o seu uso em excesso está deixando um legado de cansaço na população. Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook, Linkedin e tantas outras plataformas ocupam em média aproximadamente quatro horas no dia dos brasileiros, segundo um estudo da agência de marketing digital Sortlist. Quando somados os outros usos de navegação na internet, o tempo conectado supera as 10 horas por dia. Seja por trabalho ou por lazer, a vida virtual excessiva e todo o contexto atrelado a ela (como fake news, cyberbullying, cancelamentos, positividade tóxica, entre outros fenômenos) têm ampliado os problemas de saúde mental e exigido uma mudança na forma como lidamos com o mundo digital. Isadora Domício, 26 anos, é profissional na área de social mídia e enfrentou o cansaço de estar por longas horas conectada. Para além do seu horário de trabalho, ela conta que todos os intervalos e mesmo o horário de almoço eram acompanhados pelo celular e na timeline do Instagram. “Eu vivo na internet. Teve um tempo em que precisei dar uma pausa porque estava me afetando muito. Nas redes vivemos em função das outras pessoas estarem nos vendo e também ficamos observando o que os outros estão fazendo. Eu estava em um ciclo vicioso. Quando não estava no trabalho, usava o Instagram para uso pessoal. Sem perceber, automaticamente estava indo para o Instagram. Isso me cansou”, conta Isadora. A vida nas redes levava Isadora a perder momentos em família, a não aproveitar os contatos presenciais e isso já estava atrapalhando até o desejado networking profissional. “Estava sem tempo de qualidade com a família. Fiz uma pausa de um mês e depois comecei a diminuir a quantidade de entradas nas redes sociais. Parei de ver stories, passei a entrar para postar apenas. Passei a silenciar pessoas que não acrescentavam nada no meu dia. Decidi usar esse momento apenas com perfis que me edificam e não só por vício”. Mesmo após essa experiência de afastamento temporário, ela conta que hoje é preciso manter esse comportamento, inclusive ela usa o alarme do celular para limitar o tempo diário com o aparelho conectado. CANSADOS, MAS CONECTADOS Se estar conectado em excesso promove cansaço, o que nos leva a passar tantas horas nas redes sociais? Para o psicólogo e tutor da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), Leopoldo Barbosa, há um conjunto de mecanismos de estímulos e recompensas que nos leva a ficar conectados por mais tempo do que desejaríamos. “O conceito de rede nos remete a conexão. No nosso aspecto mais humano, somos seres que precisam ter pessoas por perto. As redes sociais trazem essa dimensão de um lugar onde podemos nos conectar com as pessoas. Só por isso, essas plataformas já chamam muito a nossa atenção. Mas há um segundo ponto que é o aspecto de estímulo e recompensa do nosso cérebro. Esses canais estão propostos dentro de uma dinâmica de informações rápidas, coloridas, com fotos, vídeos, músicas, estímulos auditivos e visuais. Então, naturalmente esses pontos fazem com que a gente se prenda mais ou gaste mais tempo dentro das redes, porque vamos tendo recompensas para ficar mais fixados a visualizar e observar todas essas informações”. Leopoldo considera que vivemos em um tempo de muitas cobranças para produzirmos sempre mais e melhor. E essa pressão empurra as pessoas a estarem cada vez mais conectadas, buscando estar atualizadas. “Isso gera nas pessoas o cansaço de tela, o cansaço de informações, muitas delas sequer são absorvidas. É preciso fazer uma discussão sobre esse momento social em que vivemos e que tem levado as pessoas à exaustão. As redes sociais são um lugar incrível de aprendizagem, mas o ponto de preocupação da saúde mental é o excesso. Principalmente considerando crianças e adolescentes que usam redes sociais sem orientação e podem entrar num processo de comparação banal com outras pessoas, ou mesmo de desperdício de tempo, a partir de uma perspectiva não funcional. As pessoas devem ser orientadas para o uso correto e adequado das redes sociais”. O cansaço, portanto, não está associado ao uso das redes sociais, mas ao excesso de imersão nelas e na internet de modo geral. Renata Almeida, psicóloga e coordenadora do mestrado profissional do Centro Universitário UniFBV Wyden concorda com essa análise. “Tudo que fazemos em exagero pode causar algum dano à saúde e a internet não sai desse contexto. Precisamos pensar no tempo de conexão com a internet, os tipos de páginas normalmente acessadas, a questão da infomania (busca incessante pela informação). O problema não está na internet, mas no uso que a gente faz dela. É curioso perceber que as tecnologias podem aproximar pessoas distantes, porém, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais”. No meio dessa vasta navegação, a psicóloga ressalta que os usuários lidam com muitas informações falsas (as fake news) e consomem com facilidade conteúdos de ódio, que não são saudáveis para ninguém. A própria busca incessante pelos likes entra no leque de ferramentas que nos prejudicam. Véronique Donard, psicóloga e pesquisadora que dirige o laboratório e a linha de pesquisa em ciberpsicologia da Universidade Católica de Pernambuco, defende ainda que essa sensação de cansaço tem um conjunto de raízes mais abrangente. “A questão é complexa, porque o cansaço experimentado por nossa sociedade não se deve unilateralmente às tecnologias digitais da informação e comunicação e muito menos às redes sociais em si, como se fosse uma lógica de causa/efeito. O que vem exaurindo a população é uma conjunção de fatores: socioeconômico, político, sanitário”. Ela avalia que o papel das redes sociais nessa conjuntura é como uma faca de dois gumes. “Elas nos permitem saber que não estamos sós, permitem que possamos nos expressar, mas também veiculam notícias falsas, aumentam nossa propensão a julgarmos uma

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Dicas para manter boa alimentação das crianças nas férias

Dias de folga, praia, diversão em casa: seja como for, o mês de julho sempre é um momento de relaxamento e da diminuição de vários compromissos. Durante este período, é comum que a família acabe deixando a alimentação um pouco desleixada, principalmente com o crescimento dos serviços em delivery e fast foods, que oferecem mais conforto e praticidade. No entanto, a nutricionista Nayara Kauffmann, docente da Wyden, ressalta a importância da manutenção de uma boa dieta durante as férias, especialmente com as crianças. “Vários fatores podem estar envolvidos na falta de apetite das crianças, desde fatores psicológicos, fisiológicos ou patológicos. Dessa forma, a família junto com um profissional deve tentar identificar a principal causa e traçar metas para que essa criança possa garantir um bom suporte nutricional. Uma dica muito importante é apresentar alimentos saudáveis como frutas e verduras o mais cedo possível, ainda na primeira infância, e tentar receitas diferentes para chamar a atenção”, explica ela.  A especialista afirma que é fundamental que a criança permaneça com uma rotina alimentar, realizando as refeições sempre nos horários certos e com regularidade. Uma estratégia, segundo Nayara, é misturar pratos já conhecidos pelos pequenos com legumes e verduras para facilitar a aceitação, bem como oferecer frutas frescas ao invés de sucos prontos - isso pode ajudar potencialmente na melhor ingestão de nutrientes essenciais para o organismo. No contexto amazônico, as altas temperaturas atingem bem as cidades, o que exige também um cuidado redobrado da família. Por essa razão, o indicado é oferecer sempre líquidos aos pequenos, que podem ser consumidos na forma de água de côco, sucos, picolés e muita água. Além disso, é crucial lembrar sempre de que as crianças não devem fazer dietas restritivas, com poucas exceções. Logo, uma boa forma para manter uma criança saudável é sempre oferecer alimentos nutritivos como ovo, arroz e feijão, banana, carne magra, legumes e vegetais folhosos. Se ainda houver resistência das crianças sobre a alimentação, especialistas da área destacam algumas dicas extras: · Invista na apresentação deste prato, ou seja, a forma como você vai oferecer a comida ao pequeno. Use e abuse de pratos coloridos e diferentes; · Torne o momento da refeição um momento de alegria: reúna a família, interaja e conte curiosidades sobre aqueles alimentos; · Não esqueça da criatividade: você pode transformar os alimentos em animais ou objetos divertidos. Um prato pode ficar muito mais apetitoso se formar uma carinha feliz, casinha ou personagem de desenho animado; · Integre o seu filho à cozinha: não deixe de convidar os pequenos para participar do preparo ou finalização da comida, nem que seja com tarefas mais simples como descascar frutas ou separar alguns grãos. Assim, ele se sentirá mais motivado a desfrutar do prato. 

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Férias: como evitar acidentes com as crianças no período de lazer

(Da Agência Brasil) Julho chegou e o período de férias escolares para as crianças e os adolescentes também. Aguardada pelos pequenos (e não tão pequenos) pelas numerosas possibilidades de lazer, brincadeiras e descanso, as férias alteram as rotinas o que aumenta os riscos de pequenos acidentes, quedas e traumas dentro e fora de casa. No ambiente doméstico, os responsáveis precisam cuidar de situações como queimaduras, envenenamento, afogamento, quedas, cortes, sufocação e choque elétrico. Tanto dentro quanto fora de casa é preciso estar atento ao movimento das crianças. Os acidentes mais comuns nas emergências são pequenos ferimentos e contusões, segundo o ortopedista pediátrico, Wilson Lino Junior, coordenador da ortopedia Pediátrica do Hospital infantil Sabará de São Paulo.  “As crianças estão sempre em movimento e procurando aventuras e interação com seus semelhantes. Devemos pensar em alguns fatores que podem justificar a maior quantidade de traumas e acidentes: a coordenação das crianças está em constante desenvolvimento, a marcha normal só se assemelha a de um adulto aos 6 anos de idade, mudanças corporais ocorrem até a fase final de crescimento, próximo dos 16 anos de idade”.  Segundo o médico, a criança cresce muito ao longo de pouco tempo e a relação com o mundo que a envolve muda constantemente. “Imagine que uma mesa tem a altura padrão de 80cm, uma criança aos 2 anos de idade pode passar por baixo da mesa sem necessitar abaixar e, em menos de um ano, precisa recalibrar seus parâmetros, pois se não abaixar irá bater a cabeça, um dos traumas mais comuns vistos nas emergências.” Após o acidente, a orientação é observar a criança. “Desmaios e vômitos são sinais de alerta com traumas de cabeça. Deformidades, dor intensa nos membros são sinais de fratura. Ferimentos cortantes com sangramento abundante também devem levar ao pronto-socorro", enumera o médico. "No caso de trauma nos membros, recomenda-se imobilização provisória, nos ferimentos sangrantes deve-se envolver com toalha ou pano limpo e não fazer garrotes e torniquetes. Nunca colocar substâncias como café, óleo, pasta de dente e outros produtos de crendices que podem contaminar os ferimentos, causar infecções graves e dificultar o tratamento”, alerta o ortopedista. Segundo Lino Junior, os acidentes mais frequentes costumam ocorrer dentro de casa, onde os pais, em geral, estão mais tranquilos por considerar um ambiente seguro.  Engasgos Durante as férias, crianças ficam mais expostas a pequenos acidentes. Brinquedos com peças pequenas, por exemplo, devem ser evitados. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil Além dos acidentes, há ainda outras situações inesperadas, entre elas, o engasgo, que costuma ocorrer com as crianças menores de 5 anos, de acordo com a otorrinolaringologista Saramira Bohadana, responsável pela área Aerodigestivo do Hospital infantil Sabará de São Paulo.  “A criança na fase oral, normalmente, põe tudo na boca. Se o objeto for pequeno, a criança tem risco de aspirar ou de deglutir. Os objetos que representam mais risco para a criança são as baterias. Então os pais devem tomar muito cuidado para que não tenha em casa brinquedos com baterias pequenas, porque as baterias que não são alcalinas, em contato com a mucosa tanto nasal quanto a mucosa digestiva,  corroem a mucosa e provocam perfuração e destruição do tecido e isso é extremamente grave, a criança deve ser atendida o mais rápido possível”, alerta a médica. Ela reforça que não se deve esperar para ver se o objeto sai nas fezes. “A família da criança deve sempre procurar o pronto-socorro mais próximo quando perceber que a criança se engasgou ou se ela teve algum acidente com o corpo estranho e nunca esperar para ver o que vai acontecer ou se vai eliminar nas fezes”. Pipoca e amendoim  Difícil encontrar uma criança que não goste de pipoca, mas as menores devem ficar longe do alimento, assim como do amendoim, pelo alto risco de engasgo, acrescentou a médica  “A orientação é evitar a exposição de amendoim e de pipoca para criança de 2 a 4 anos, onde o risco de engasgo é maior. Também tirar brinquedos pequenos como legos e brinquedo com bateria nem pensar. Então é tirar todo tipo de objetos que a criança pode pôr na boca e eventualmente aspirar”.  A mãe do Luis, a bancária Janaína Vieira de Oliveira Grave e Souza, passou por um susto quando o menino, aos 2 anos, engasgou com amendoim. “Ele estava com meus sobrinhos mais velhos e eles estavam comendo amendoim, o Luís pegou uma porçãozinha de amendoim e estava brincando com eles e acabou se engasgando. Na hora, ele perdeu o ar um pouco e a gente fez aquela manobra do engasgo, aquele desespero de pai, né? Vira de ponta cabeça, aperta a barriga, enfia o dedo na garganta, enfim, ele vomitou, voltou o ar e ficou tudo bem", relembra. "Mas à noite a gente acabou levando na emergência porque eu fiquei assustada, fui buscar na internet e vi vários relatos de crianças que aspiraram amendoim ou coisas parecidas. Na emergência tiraram um raio X e, aparentemente, estava tudo normal”, contou Janaína. Durante a madrugada, entretanto, o quadro mudou. “Ele estava respirando um pouco mais ofegante. Falei com a pediatra dele e ela disse que era grave e que deveria ir em um hospital pediátrico. A médica que atendeu olhou o mesmo raio X e falou que o amendoim estava no pulmão. Ele ficou internado na UTI quatro dias e precisou fazer uma broncoscopia”, conta a mãe. O procedimento foi rápido, mas o menino precisou ser anestesiado. “A doutora que atendeu ele, superexperiente, explicou como seria o procedimento pois poderia trazer sequelas, poderia demorar para localizar o amendoim, mas no caso dele foi tudo bem. Mas, como mãe, você fica fica desesperada na hora e se pergunta como que você deixou isso sendo que você cuida tanto”.  Hoje com 5 anos, Luís continua sem comer amendoim. E só está liberado para a pipoca quando tem adulto por perto. “Toda vez que ele come algo que eu acho que pode engasgar ou pode trazer algum risco, ele fica sob supervisão. Por exemplo, bolinha de chocolate, pipoca que ele ama, ele só come sob supervisão e a gente, às vezes, fica tirando casquinha, olhando ele comer”.  Objetos perigosos Segundo a médica, os

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"O sofrimento ansioso pode ser duradouro em demasia e vir acompanhado de uma constelação de sintomas"

Presidente da Sociedade Pernambucana de Psquiatria, Amaury Cantilino, foi um dos entrevistados da edição 195.3 da Algomais sobre a epidemia de ansiedade que atormenta a população. Nesta conversa com o repórter Rafael Dantas, o psiquiatra alerta para os ricos dos transtornos relacionados à ansiedade e sobre como lidar com eles. Sobre a ansiedade: o que é normal e o que não é tolerável? Quando podemos identificar se ela chegou em um nível preocupante para a saúde? A ansiedade normal tende a ser útil para o indivíduo. Ele acaba se precavendo de situações adversas do futuro, consegue evitar desfechos negativos, se mobiliza para resolução de problemas. Claro, sem desconsiderar que todos nós temos, de fato, limites. A ansiedade patológica atrapalha, paralisa, faz com que o indivíduo superestime os riscos e subestime as suas capacidades de enfrentamento de problemas. Se, na maioria das vezes, a ansiedade prejudica a pessoa, ao invés de ajudar na produtividade, é sinal de que algo deve ser feito. A OMS tem falado de uma epidemia de ansiedade, dentro desse contexto de pandemia da Covid-19. Como a pandemia contribuiu para o aumento dos casos de ansiedade? O estresse é gerador de ansiedade e a pandemia nos deu vários motivos para preocupação. A COVID com seus lutos e sequelas, as perdas financeiras, o desemprego, a mudança na rotina de trabalho, dentre outros inúmeros fatores, todas as indefinições deste período nos deixaram num alerta constante. O ser humano se sente mais confortável com o que lhe é previsível. Da incerteza germina a apreensão. A economia do País - com o risco do desemprego e a perda do poder de compra - são fatores importantes para o estresse da população de maneira geral e da classe média? A falta de emprego pode ser particularmente perturbadora. Em qualquer classe social, com o tempo, a pessoa se habitua a um determinado padrão de consumo. Já foi dito que “quanto mais você tem, mais você tem com o que se preocupar”. É o apego, o medo atávico da privação. Todos nós temos em maior ou menor intensidade. A queda da renda exige adaptações que nem todos conseguem assimilar. No país em que vivemos, onde a pobreza e as dificuldades de acesso ao básico ainda são tristes realidades para uma parcela significativa da população, não surpreende que as pessoas tenham essa aflição constante. O que é possível fazer para minimizar ou prevenir as situações mais críticas da ansiedade (já que muitos fatores geradores da ansiedade são absolutamente externos ao indivíduo)? Quando é o momento de buscar um profissional para apoio? Quando a situação deve ser direcionada a um psicólogo e quando deve ser orientado um psiquiatra? Embora boa parte dos fatores geradores sejam externos ao indivíduo e ninguém seja completamente livre, da mesma forma, ninguém é integralmente aprisionado pelas circunstâncias. Todos temos um campo de ação e, neste espaço, podemos fazer escolhas que nos conduzam a um estilo de vida mais próximo ao que nos propicia equilíbrio. Outro aspecto relevante é sempre ter a consciência de que, no mais das vezes, como diria a minha avó, “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. O sofrimento agudo, na grande maioria das vezes, é passageiro. No entanto, para algumas pessoas, esse sofrimento ansioso pode ser duradouro em demasia e vir acompanhado de uma constelação de outros sintomas como insônia, irritabilidade, crises repetitivas de taquicardia, tremores, falta de ar, etc. Ele pode se constituir numa síndrome que requer tratamento. Normalmente deve-se pensar numa consulta psiquiátrica quando ele é significativamente intenso a ponto de prejudicar sobremaneira o funcionamento social, familiar, acadêmico ou ocupacional. Atualmente, há medicamentos bastante seguros e eficazes para tratar os chamados transtornos de ansiedade, assim como diversas modalidades de psicoterapia, além de meditação, atividades físicas, etc. que podem conjuntamente promover uma melhor qualidade de vida para o indivíduo atormentado com a ansiedade.

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Pernambuco tem crescimento na taxa de positividade para Covid-19

De acordo com o laboratório DB Molecular, único exclusivamente de apoio do país, o estado de Pernambuco apresentou uma variação na positividade dos exames de Covid-19 se compararmos a semana passada (18 a 24 de junho) com a anterior (entre 11 e 17 de junho), chegando a um crescimento de 110%. Também cresceu em 53% a quantidade de exames realizados no período. No geral, no estado, a taxa de positividade foi de 42% na última semana. A taxa nacional de casos positivos chegou a 38%, sendo que essa foi a 13ª semana seguida de crescimento nos casos positivos. Os números ainda estão menores do que os registrados em janeiro, quando a taxa de positividade nacional chegou a 48%.

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3 a cada 4 hospitalizados por Covid em PE estavam com esquema vacinal incompleto

(Da Secretaria de Saúde de Pernambuco) Dos oito pacientes que morreram pela Covid-19 em Pernambuco entre o final de maio e início de junho deste ano, cinco não haviam tomado todas as doses da vacina indicadas para a sua faixa etária. É o que revela novo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), divulgado nesta segunda-feira (27/06). Já em relação aos 87 pacientes que precisaram ser hospitalizados após infecção pelo novo coronavírus neste mesmo período, 63 (73%) não estavam com a vacinação em dia. Dos pacientes que evoluíram para óbito, um (12,5%) tinha apenas uma dose da vacina, dois (25%) estavam apenas com o esquema básico (duas doses), três (37,5%) tinham três doses da vacina e apenas dois (25%) tinham as quatro doses. Seis deles estavam na faixa etária acima dos 60 anos, um dos grupos mais suscetíveis para complicações pela doença. Já entre os hospitalizados, 19 (21,8%) sequer tinham tomado uma dose da vacina contra o novo coronavírus, seis (6,9%) tinham apenas uma dose registrada nos sistemas de informação e 17 (19,5%) tinham apenas o esquema vacinal básico (duas doses). Dos 13 pacientes que tomaram todas as doses necessárias, dez tinham comorbidades associadas. Todos tinham mais de 65 anos. "Os dados e estudos apontam que, com o tempo, o nível de anticorpos cai após a vacinação. Nos idosos, há, ainda, outra questão que impacta a proteção: a imunossenescência, ou seja, o envelhecimento imunológico do organismo. O levantamento reforça a importância da imunização de reforço e acende o sinal de alerta para aqueles pernambucanos que estão com a vacinação indicada atrasada. Só assim aumentamos a quantidade de anticorpos no organismo, garantindo, novamente, uma proteção mais robusta”, ressalta a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael. Ela ainda lembra que a Secretaria Estadual de Saúde continua recomendando a utilização da máscara pela população em ambientes fechados, especialmente por pessoas com sintomas gripais, mesmo que leves, pacientes imunossuprimidos e idosos. Importante destacar que, desde a última semana, Pernambuco autorizou e iniciou a aplicação da quarta dose (ou segunda dose de reforço) da vacina contra a Covid-10 em pessoas a partir dos 40 anos de idade. Agora, toda a população que tem quatro meses de aplicação da primeira dose de reforço já pode procurar os pontos de vacinação dos municípios para tomar o segundo reforço. "Os indicadores da Covid-19 estão em alta, o que reforça a necessidade de nos proteger com a vacinação adequada e em tempo oportuno, evitando formas graves e óbitos pela doença. Os municípios devem implementar estratégias que facilitem o acesso da população à imunização, principalmente da quarta dose da vacina", alerta a Superintendente de Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina de Melo. O levantamento também avaliou outros dados relacionados à doença e aos pacientes. Dos hospitalizados, 93,1% apresentavam alguma comorbidade - as doenças cardiovasculares e o diabetes foram as principais. Já 12% dos pacientes eram crianças de até 10 anos. A média de idade foi de 60,4 anos. Do total, 35 eram mulheres e 52 eram homens. Já entre os óbitos confirmados pela doença, sete tinham 50 anos de idade ou mais. Apenas um paciente estava na faixa etária de 30 a 39 anos. Em relação a comorbidades, sete pacientes tinham doença pré-existente confirmada. Do total, cinco pacientes eram do sexo feminino e três do sexo masculino.

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"Priorizar a saúde mental nos ajuda a ter maior capacidade de enfrentar desafios e passar por eles sem tanto sofrimento"

A epidemia da ansiedade é um dos enormes sintomas deixados pela pandemia no Brasil e no mundo. Sobre as raízes dos transtornos de ansiedade que cresceram muito nos últimos anos e quais os caminhos para enfrentá-los, o repórter Rafael Dantas conversou com o psiquiatra André Aquino, preceptor de Psiquiatria da Universidade Tiradentes (FITS) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. Nesta entrevista, ele aponta alguns aprendizados desse período difícil de enfrentamento à Covid-19 e fala também sobre o estresse que acomete a população nos períodos eleitorais. A pandemia nos deixou diante de um cenário de risco mais elevado de morte, o que evidentemente deve ter aumentado a ansiedade de toda a população. Neste momento em que a Covid-19 assusta menos a população, que "legados" ficaram para a saúde mental? O legado é de que devemos sempre contar com a imprevisibilidade da vida. Quem diria que enfrentaríamos tantas perdas, sejam econômicas e vidas há praticamente 2 anos e meio? Ninguém esperava. E com a pandemia, vimos que devemos estar bem hoje, e não depois. Que priorizar a saúde mental nos ajuda a termos maior capacidade de enfrentamento de desafios e passar por eles sem tantas dificuldades ou sofrimento. Que atitudes simples como meditar e praticar exercícios físicos regularmente são eficazes para elevarmos a sensação de bem-estar e previnir o adoecimento físico e mental. E que doença mental é realmente debilitante, pode acometer qualquer um de nós, mas tem tratamento eficaz tanto com sessões de psicoterapia como com uso de medicamentos. As dúvidas sobre o futuro do trabalho/emprego, em especial após toda a crise econômica que se acentuou com a pandemia, estão entre os principais geradores da ansiedade mais exacerbada? Certamente sim. Vimos vários postos de trabalho se extinguirem de uma hora para outra e serem ocupados por computadores, máquinas e demais tecnologias. Autoatendimento, serviços à distância e demais soluções tecnológicas tornaram possível a economia não paralisar completamente durante pandemia, mas mostrou que muitos empregos podem ser substituídos total ou parcialmente por computadores ou robôs. E essa situação de incerteza é causa de aumento da ansiedade a ponto de gerar sintomas mentais. Que outros problemas geradores da ansiedade principais o Sr apontaria? Podemos citar o consumo em excesso de substâncias neuroestimulantes como o café; acesso indiscriminado às redes sociais e demais mídias que nos expõe a um excesso de informações que alarmam e geram medo/ ansiedade e ambientes onde haja excesso de pressão e cobrança. É possível lidar de uma maneira melhor com a ansiedade? O que fazer para sofrer menos com ela e quando é necessário procurar um suporte profissional? A melhor maneira de lidar com a ansiedade é aprender a lidar com os pensamentos, no sentido de não se fusionar a eles e permitir que eles cheguem e vão embora; e voltar o foco para o presente, para aquilo que está sendo feito naquele exato momento. E isso pode ser aprendido através da meditação da atenção plena (do inglês, mindfulness). Mas, muitas vezes o nível de ansiedade está tão elevado e causando tanto sofrimento psíquico e prejuízo na funcionalidade da pessoa, que é preciso o auxílio de profissionais como psiquiatras e psicólogos para manejar os sintomas ansiosos. Estamos iniciando um processo eleitoral político que promete ser mais tenso, após anos de polarização que dividiu famílias e separou algumas amizades. A eleição deste ano é um fator a mais de ansiedade? Que orientação o Sr indica para lidar com isso? Sim, porque a eleição, como um processo de escolha dos novos governantes, os detentores do poder de determinar os rumos da nossa vida social, política e econômica, tem grande influência para aumentar a ansiedade, que nada mais é do que uma sensação de expectativa em relação ao futuro. E evitar discussões acaloradas na tentativa de convencer os outros a concordarem com nossa opinião política e respeitar a dos outros é a melhor forma de aumentarmos o nosso estresse e a nossa ansiedade neste ano eleitoral.

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Fundação Dom Cabral e Instituto SAB promovem Programa Basis II no Nordeste

O projeto Basis II, idealizado pela Fundação Dom Cabral em parceria com o Instituto SAB, abraça causas que tenham impacto social na saúde e bem-estar da população em todos os seus ciclos de vida. O programa selecionará doze iniciativas sociais na área da saúde, dos nove estados da Região Nordeste do país, através de um edital com inscrições gratuitas. No primeiro momento será feito um diagnóstico das participantes para analisar o seu funcionamento e suas necessidades. Em seguida, os seus gestores terão aulas e apoio dos professores para desenvolver seu plano de ação. “Para isso utilizamos a trilha de capacitação que dá suporte em diferentes áreas, na comunicação, nas finanças, na gestão das pessoas e na mobilização dos recursos financeiros, por exemplo”, explica Márcio Rabelo, professor associado da Fundação Dom Cabral. O Basis tem como finalidade valorizar e ajudar projetos sociais na área da saúde e bem-estar, mesmo que não sejam formalizadas, que impactam na saúde das pessoas de forma abrangente, englobando tudo o que faz diferença na sua qualidade de vida. “Utilizamos a expertise da Fundação Dom Cabral para orientar os gestores dessas organizações em todos os aspectos para que elas possam se desenvolver e se tornar autossuficientes”, conta Aurea Barros, superintendente executiva do Instituto SAB. Seu edital foi lançado no dia 20 de junho, em um evento que aconteceu na Fundação Casa de Jorge Amado, localizada no coração do Pelourinho, em Salvador, na Bahia, com uma palestra do historiador Leandro Karnal. Após a palestra, aconteceu uma roda de conversa para debater o cenário da saúde na Região Nordeste pós-pandemia com participação do Dr. João Aidar, diretor do Instituto SAB, Dr. Nivaldo Filgueiras Filho, vice-presidente da ABM e conselheiro da SBC, Márcio Didier, gestor da OSID, Sérgio Araújo Rabelo, diretor do Centro Social da FDC e Márcio Rabelo, orientador da FDC. Também aconteceu um mutirão realizado pelas Obras Sociais Irmã Dulce, que foi realizado das 8:00 às 12:00, no Pelourinho e ofereceu à comunidade local exames como medição de glicemia, aferição de pressão e cálculo do índice de massa corporal, IMC. Para mais informações acesse https://institutosab.org.br/basis/

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