Arquivos Algomais Saúde - Página 43 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Estudos reforçam eficácia da Cannabis Medicinal no tratamento ao Covid-19

Anticonvulsivante, antinflamatório, antidepressivo e, ao que parece, antiviral também. Quanto mais a ciência estuda o canabidiol (CBD), mais descobertas faz quanto à sua aplicabilidade na medicina. Novos estudos reforçam a eficácia do composto presente na planta, agora, para o tratamento de complicações infecciosas decorrentes da Covid-19 e para o tratamento da síndrome do estresse pós-traumático resultante da doença. Artigos científicos publicados recentemente pelo International Journal of Molecular Sciences e pela National Library of Medicine enaltecem os benefícios alcançados pelo canabidiol, seja no combate a doenças do aparelho respiratório, seja no fortalecimento de propriedades cardioprotetoras, nefroprotetoras, hepatoprotetoras, neuroprotetoras e anticonvulsivantes - além do enorme potencial terapêutico que possui. Antiviral No caso do International Journal of Molecular Sciences, o tema foi destaque de uma publicação de fevereiro, assinada por cientistas da Universidade de Bonn (Alemanha) e da Universidade Médica de Białystok (Polônia). Eles examinaram a adequação do CBD como antiviral contra SARS-CoV-2 e, também, como agente de prevenção e tratamento de estados da doença em ambientes pré-clínico e clínico. Os trabalhos foram desenvolvidos com base em relatórios científicos e estudos de campo, a fim de avaliar vantagens e desvantagens do uso do canabidiol no combate à Covid-19. Os resultados foram bastante animadores e deram sinal verde para o aprofundamento das pesquisas - conforme sugerido pelos próprios cientistas. De acordo com os autores do estudo, o CBD de fato demonstrou reduzir as proteínas responsáveis pela entrada do vírus e inibir a replicação do SARS-CoV-2. Com relação aos efeitos terapêuticos, a conclusão foi que o canabidiol pode ser eficaz para melhorar a qualidade de vida de pacientes com COVID-19 e também limitar os sintomas de estresse pós-traumático. De ressalvas, os pesquisadores indicaram apenas possíveis efeitos colaterais do CBD (que raramente são graves, segundo o próprio estudo) e a necessidade do conhecimento das interações medicamentosas (também estendendo-se aos medicamentos que atuam contra COVID-19). Também fizeram um alerta quanto à vaporização do canabidiol, que não é recomendada. Síndrome do Estresse Pós-traumático Também publicado em fevereiro, pelo International Journal of Molecular Sciences, um artigo assinado por cientistas dos Estados Unidos (Artelo Biosciences), Reino Unido (University of Nottingham) e Canadá (University of Western Ontario) concluiu que o CBD pode ser uma nova opção terapêutica ao tratamento de casos de estresse pós-traumático, relacionados ao Covid. Os cientistas defenderam o aprofundamento das investigações e testes com o derivado do cannabis sativa por meio de ensaios clínicos randomizados e controlados. Entre os principais benefícios identificados no estudo, foram destacados: o valor terapêutico para melhorar o sono (aumento da duração/qualidade do sono e redução de pesadelos), a depressão, e a ansiedade, comorbidades frequentes pós-covid. Medicina canabinoide Especialista em medicina canabinoide, a médica Maria Teresa Jacob acredita que, não somente o CBD, como outros componentes da cannabis sativa, podem ser aliados no tratamento complementar da covid-19, pelos efeitos anti-inflamatórios, ansiolíticos, antidepressivos, reguladores do sono, entre outros que demonstram. "No caso da Covid, estudos preliminares apontam que a cannabis atenua as complicações respiratórias. Os pacientes com quadros de COVID-19 mais graves, ou que necessitam internação em UTI, apresentam níveis elevados das citocinas. Além das citocinas inflamatórias serem responsáveis pela síndrome do desconforto respiratório elas parecem fazer parte do desenvolvimento da fibrose pulmonar, complicação de difícil tratamento. Desta forma, a canabis poderia ser útil se adicionada às terapias anti-inflamatórias que existem atualmente para o tratamento da COVID-’19", observa Maria Teresa Jacob. Além disso, segundo ela, a prevalência de sintomas ansiosos e a Síndrome do Estresse Pós-traumático têm sido frequentes em consequência da pandemia, principalmente nas pessoas afetadas pela doença. “O canabidiol (CBD) tem se mostrado eficaz no tratamento destas patologias de forma mais segura, com menor incidência de efeitos colaterais e com início de ação mais precoce do que os tratamentos tradicionais. Desta forma, o CBD e outras substâncias presentes na planta, poderiam ser uma nova opção farmacológica para o quadro pulmonar e, também, para o tratamento das doenças de saúde mental relacionadas ao Covid-19”. Ainda assim, a especialista defende estudos clínicos mais aprofundados. “Se bem desenhados, eles se tornam necessários, e os prescritores devem estar atentos às possíveis interações medicamentosas pelo efeito do CBD nas enzimas hepáticas”, ressalta a médica. Maria Teresa também crê que as substâncias da cannabis possam ajudar no controle da dor persistente, distúrbios do sono, sensação de fadiga e distúrbios do apetite que com frequência permanecem após o quadro agudo. Por isso, a exemplo de muitos cientistas, concorda que os estudos sobre o uso da cannabis continuem ocorrendo. "É importante que esses trabalhos avancem cada vez mais, tendo em vista a enorme aplicabilidade já verificada para o tratamento de diversas patologias e, agora, em especial, ao Covid-19 e às doenças psíquicas consequentes".

Estudos reforçam eficácia da Cannabis Medicinal no tratamento ao Covid-19 Read More »

Incentivo à doação de medula óssea é essencial para reverter queda na pandemia

A pandemia do coronavírus é associada pelos especialistas à queda no número de doadores de órgãos e tecidos. Entre janeiro e agosto de 2021, por exemplo, 124.920 indivíduos foram incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). O número equivale a apenas 54,5% do total registrado em 12 meses de 2020, ano em houve queda significativa no cadastro de doadores. No total, entre janeiro e dezembro do ano passado foram incluídos 229 mil indivíduos no REDOME, 21% a menos do que em 2019. “A tendência de queda no número de voluntários é um dado que deve servir de alerta para retomarmos as ações de incentivo à doação”, explica o hematologista e professor do IDOMED – Instituto de Educação Médica, Vitor Paviani. Ainda segundo o REDOME, em agosto o País tinha 5,429 milhões de doadores voluntários. Em média, há no País 650 pacientes em busca de tecidos compatíveis. A ampliação constante no banco de doadores é essencial por causa da dificuldade em identificar a compatibilidade de tecidos entre doadores e pacientes. Em 2020, o número de transplantes de medula óssea realizados no País (279) foi o menor visto desde 2014. Para mudar esse quadro, é preciso estimular a doação. Paviani diz que o ideal é atender quatro quesitos principais para ser um voluntário: ter entre 18 e 35 anos; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Após o registro, o voluntário retira sangue para análise e os dados são mantidos em um sistema nacional consultado sempre que há um novo paciente com necessidade de tecidos. O transplante de medula óssea é usado no tratamento de alguns casos graves de leucemia. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é identificada em 10.810 brasileiros a cada ano. Quando há compatibilidade entre doador cadastrado e receptor, a coleta do material pode ser feita de duas formas: por uma máquina semelhante à usada na doação de plaquetas sanguíneas ou com uma punção na medula do doador. “São procedimentos seguros. O doador pode passar por algum desconforto, mas estará salvando uma vida”, diz Paviani. À procura por uma medula 100% compatível A fila de espera por uma medula que seja compatível não para de crescer. Além dos pacientes com leucemia, há casos (mais raros) de outras doenças que exigem o transplante como tratamento. É o caso da pequena Isabela Feckinghaus, que irá completar 5 anos de idade no próximo dia 20 de dezembro. Filha da médica Carolina Monteguti Feckinghaus, a menina foi diagnosticada com uma doença rara, a linfohistiocitose hemofagocitica. “Em junho de 2020 ela teve febre e várias lesões pelo corpo. Após várias consultas, chegamos ao diagnóstico da doença, uma síndrome de hiperativação imunológica. Em palavras simples: quando tem uma infecção, o sistema imunológico dela responde de forma exagerada, o que provoca danos a vários órgãos: fígado, coração, baço, medula óssea”, diz a mãe de Isa. “Quando soubemos o diagnóstico da Isa, eu estava gestante de 34 semanas. Fomos orientados a guardar o cordão umbilical. Caso a Isa precisasse de transplante de medula, teríamos essa opção. Infelizmente, porém as irmãs não são compatíveis. Então iniciamos a nossa busca pelo REDOME, fizemos campanha nas redes sociais. Em quase 6 meses de procura, ainda não encontramos um doador 100% compatível”. Carolina conta que a equipe médica que atende a menina decidiu tentar um transplante mesmo sem um doador 100% compatível. A medula usada foi a do pai da menina, procedimento chamado transplante haploidêntico. “Estava tudo indo bem, mas infelizmente houve uma recidiva em outubro de 2021. Ela voltou a fazer quimioterapia e precisamos encontrar um doador 100% compatível para um novo transplante”. Atualmente, a família e amigos de Isa promovem uma campanha pelo Instagram @todospelaisa onde estimulam a doação de medula óssea e consequentemente a busca por um doador 100% compatível. Banco Nacional de Doadores Pai de uma criança de 4 anos, Frederico Borges, foi um dos novos doadores cadastrados em 2020. Comovido com a situação da Isabela, o advogado que reside a mais de 800 quilômetros de distância na menina, buscou o hemocentro mais próximo da sua cidade para fazer parte do Cadastro Nacional de Doadores. “Acredito que um dos maiores obstáculos para qualquer pessoa é o desconhecimento. Eu não sabia que podia fazer a diferença para a Isabela e outras pessoas que estão aguardando o transplante de medula. Quando descobri o quanto era simples ser um doador, não consegui não fazer nada. Saber que entrar no cadastro é dar uma chance a mais para todos eles, já foi a maior recompensa que eu poderia receber ” comentou o advogado. A esperança para a cura da pequena Isabela e dos mais de 10 mil pacientes diagnosticados por ano está no cadastro de doadores. O REDOME disponibiliza no site http://redome.inca.gov.br/ todas as informações importantes para quem deseja salvar uma vida. Na página é possível encontrar os hemocentros que efetuam o cadastro nos diferentes estados do País. E, para quem já é cadastrado, vale lembrar que é importante manter as informações atualizadas. No caso de haver um paciente compatível, será preciso encontrá-lo. Por isso é importante manter os dados, principalmente endereço e telefone, sempre atualizados. A atualização é simples e pode ser realizada pela internet.

Incentivo à doação de medula óssea é essencial para reverter queda na pandemia Read More »

"Se não enfrentarmos a doença crônica e o envelhecimento na população mais pobre, o SUS vai quebrar em 10 anos".

O médico sanitarista Cláudio Duarte foi secretário nacional de políticas do Ministério da Saúde, na gestão de José Serra e diretor geral do Hospital do Servidor. Após ser aprovado em concurso, hoje atua como médico da família na comunidade Vila Arraes, no bairro da Várzea, no Recife. Com toda essa experiência, Duarte avalia que o SUS respondeu bem às demandas da pandemia e que executa um serviço de qualidade em áreas como o Samu e os programas de imunização e de transplante, além de apresentar progressos no atendimento de emergências e urgências. Mas por que a população reclama da saúde pública e os corredores dos hospitais estão lotados? Segundo Cláudio Duarte, o grande gargalo do SUS está nas políticas voltadas ao idoso e às doenças não transmissíveis. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o sanitarista detalha a sua análise e alerta para a necessidade de levar à atenção primária as mesmas estratégias que permitiram a programas como o de imunização oferecer um serviço de qualidade a todos os brasileiros. O senhor acredita que a pandemia reforçou para a população importância do SUS? Com a capacidade de resposta do SUS a esta epidemia, a população sentiu a presença desses serviços. A última pesquisa nacional de saúde feita pelo IBGE constata que 159 milhões de brasileiros usam o SUS, ou seja, 71% da população. No primeiro momento da pandemia, houve o gargalo da atenção especializada, a má distribuição dos leitos de UTI, muito concentrados nos grandes centros urbanos. O sistema foi posto à prova e, de certa maneira, ele apresentou uma capacidade de resposta, com exceção do Rio de Janeiro e de Manaus, onde sistemas locais de saúde vivem em crise em razão de processos políticos e de gestão. Houve uma grande incorporação de profissionais, os gestores fizeram parcerias público-privadas para expandir esses leitos, já que a área pública tem uma capacidade mais lenta de produzir expansão – um vez que precisa fazer licitação para comprar equipamentos, etc. O segundo momento, foi mais crítico, quando chegamos a ter em Pernambuco – sou médico plantonista da Central de Regulação – 320 pessoas na fila da UTI. Em cada plantão transferíamos cerca de 50 a 80 pessoas por dia. Foi um momento crítico, também porque a medicina ainda não sabia lidar com a doença. Em Pernambuco, tivemos pacientes intubados nas UPAs, em hospitais no interior, aguardando leitos de UTIs, que estavam sendo abertos, mas não tivemos pacientes desassistidos como ocorreu em Manaus. Depois, com a disponibilidade de vacina, surge um momento mais positivo que foi a capacidade de resposta que o SUS teve naquilo que ele vem fazendo nos últimos anos, que é o PNI (Programa Nacional de Vacinação). Houve a dificuldade de fornecimento de vacinas – que o ministério teve que correr atrás em razão da pressão da opinião pública, da academia e dos especialistas – mas quando a vacina chegou, foi aplicada e houve um grande reconhecimento do SUS que também chegou à classe média, aos formadores de opinião. O PNI tem uma grande capilaridade, tem insumos de alta qualidade, gratuitos, bem padronizados e baseados na evidência científica, com produção nacional. A Fiocruz e o Instituto Butantan praticamente conseguem abastecer para algumas vacinas 100% da necessidade nacional e em qualquer unidade desse País existe a instituição “sala de vacina”. Esse é um grande exemplo de que o SUS quando tem programas nacionais ou áreas de atuação que são padronizadas, há insumos, há regras de execução, de supervisão, nacionalmente, essa ação consegue ter um nível de qualidade. Outro programa que funciona da mesma forma é o Samu, que tem o mesmo padrão de qualidade no País, tem uma central de regulação, as ambulâncias são bem conservadas, não são liberadas por critérios políticos, obedecem a critérios de liberação de regulação, os profissionais são capacitados. É um serviço que tem visibilidade e consegue atender 100% da população. Mesmo aquela pessoa de classe média que tem um acidente, o primeiro socorro é do Samu, que a leva para um hospital público, faz um primeiro atendimento e depois essa pessoa é transferida para um hospital privado. Outro exemplo é o Programa Nacional de Transplante, uma área de alta complexidade. O Sistema Nacional de Transplante, criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso – eu era diretor do Ministério naquela época – tem uma central nacional de regulação de captação de órgãos, uma fila nacional baseada em critérios clínicos, é financiado pelo Ministério da Saúde e executado por meio dos gestores estaduais, usando uma parceria público-privada. Os hospitais de transplantes são unidades públicas ou privadas contratadas pelo SUS. Praticamente os planos de saúde não financiam esses procedimentos. Pernambuco é uma grande referência, temos áreas de excelência em transplante de fígado, rins, córnea, coração. O SUS, quando define um objetivo assistencial, quando constrói um sistema de financiamento de pactuação, quando é implantado baseado em critério nacionais de qualidade, consegue atingir objetivos com níveis de eficiência comparáveis a países de primeiro mundo. Como foi criado o SUS? O primeiro momento político e de formulação de um conceito de um sistema nacional de saúde que foi na Constituinte. Conseguimos, com alguns embates na área privada, vencer as resistências liberais e fundar aquilo que em 1991 se consolidou com a lei orgânica para a criação do SUS. O segundo momento foi a descentralização, que teria de ser executada com uma parceria dos níveis de governo federal, estadual e municipal. A municipalização foi fundamental para promover a extensão de cobertura, da capilaridade. Com os fundos de transferência dos recursos em escala nacional, os municípios passaram a ter verbas para ampliar essa rede de atenção básica, para contratação das primeiras equipes, a expansão das unidades básicas de saúde, a melhoria dessas ações voltadas para criança, mulher, vacinação, diarreia, pneumonia. Nos últimos 10 anos, fizemos um avanço progressivo na área de média complexidade, com as UPAs, um movimento que começou no Rio e se expandiu. Na gestão de Eduardo Campos, esse modelo foi implantado aqui, com 14 unidades de pronto atendimento na Região Metropolitana do Recife, que funcionam 24 horas,

"Se não enfrentarmos a doença crônica e o envelhecimento na população mais pobre, o SUS vai quebrar em 10 anos". Read More »

Pernambuco já tem 78% da população com vacinação completa

Da Secretaria de Saúde de Pernambuco Pernambuco já aplicou 14.103.262 doses de vacinas contra a Covid- 19 na sua população, desde o início da campanha de imunização no Estado (no dia 18 de janeiro de 2021). Com relação às primeiras doses, foram 7.209.842 aplicações (cobertura de 93,73%). Do total, 6.020.080 pernambucanos (78,26%) já completaram seus esquemas vacinais, sendo 5.847.007 pessoas que foram vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses e outros 173.073 pernambucanos que foram contemplados com vacina aplicada em dose única. Em relação às doses de reforços (terceira dose), já foram aplicadas 873.340 doses (cobertura de 11,35%).  

Pernambuco já tem 78% da população com vacinação completa Read More »

Não vacinados que chegarem ao Brasil terão que cumprir quarentena

Da Agência Brasil Todas pessoas, brasileiras ou estrangeiras, que entrarem no Brasil por via aérea, a partir deste sábado (11), terão que apresentar documentos de teste negativo para a covid-19 e comprovante de vacinação, caso contrário vão ter que passar por uma quarentena de cinco dias na cidade de destino. Na hipótese de voo com conexões ou escalas em que o viajante permaneça em área restrita do aeroporto, os prazos referidos serão considerados em relação ao embarque no primeiro trecho da viagem. Até então, o viajante oriundo de outro país tinha que mostrar somente a Declaração de Saúde do Viajante (DSV), documento preenchido no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e um teste RT-PCR negativo feito até 72 horas antes do embarque. A portaria interministerial, que trata das restrições, medidas e requisitos excepcionais e temporários para entrada no país, em decorrência dos riscos de contaminação e disseminação do coronavírus SARS-CoV-2 (covid-19) está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (9). Crianças Para os casos de crianças com idade inferior a 12 anos que estejam viajando acompanhadas. A portaria diz que elas estão isentas de apresentar documento comprobatório de realização de testes para rastreio da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 (covid-19), desde que todos os acompanhantes apresentem documentos com resultado negativo ou não detectável, do tipo laboratorial RT-PCR, realizado em até 72 horas anteriores ao momento do embarque, ou teste de antígeno, realizado em até 24 horas antes da viagem. Via terrestre O viajante estrangeiro, ao entrar no Brasil por rodovias ou quaisquer outros meios terrestres, também deverá apresentar à autoridade migratória ou sanitária, comprovante, impresso ou em meio eletrônico, de vacinação com imunizantes aprovados pela Anvisa ou pela OMS ou pelas autoridades do país onde ele foi vacinado e cuja aplicação da última dose ou dose única tenha ocorrido, no mínimo, 14 dias antes da data de ingresso no país; ou teste para rastreio da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 (covid-19), com resultado negativo ou não detectável, do tipo teste de antígeno, realizado em até 24 horas anteriores ao momento da entrada, ou laboratorial RT-PCR, realizado em até 72 horas antes de ingressar no território brasileiro.

Não vacinados que chegarem ao Brasil terão que cumprir quarentena Read More »

Dezembro Laranja alerta para cuidados redobrados com a pele

O verão ainda não chegou de forma oficial, mas a alta dos termômetros já é motivo de reclamação de canto a canto da região. Com isso, os cuidados com a pele devem ser redobrados para evitar vários desconfortos nos próximos dias diante das ondas de calor que tendem a ser cada vez maiores. A dermatologista Isabela Ferreira da Costa, por exemplo, aproveita o projeto Dezembro Laranja, de conscientização sobre o câncer de pele, para reforçar a importância do uso do protetor solar com recorrência no dia a dia, inclusive em ambientes internos, e a necessidade de procurar orientação especializada pelo menos uma vez ao ano. A especialista, que atende em dois consultórios na Zona Sul do Recife, enfatiza que a pandemia fez com que a consulta de rotina com vários profissionais de saúde ficasse e ainda fique de lado, infelizmente. “Isso automaticamente representa um acúmulo de várias questões para serem resolvidas, com destaque para a queda de cabelo por conta da ansiedade e do estresse às alergias, coceiras, vermelhidão, além da baixa da imunidade que pode abrir porta para várias doenças de diferentes complexidades, infelizmente”, enfatiza. “Tem sido comum receber pessoas com pequenas feridas e sinais na pele que pensam ter causas simples, mas a partir da investigação mais detalhada constatamos o quadro cancerígeno. Partimos para a orientação imediata para resolver com tratamento isolado de cirurgia ou combinado com suporte oncológico de radioterapia”, alerta a profissional. Isabela também chama atenção para outro ponto. “A pandemia deixou todos em isolamento por muito tempo. Com a flexibilização dos protocolos de convivência com a COVID-19, muitos querem aproveitar ao máximo as oportunidades de praia, piscina e atividades ao ar livre, principalmente agora no verão, diante das festividades de fim de ano e do mês de janeiro, geralmente, de férias para muitos. Por isso, é de extrema importância investir em bons protetores solares, reaplicar a cada três ou quatro horas e espalhar bem, incluindo a região das orelhas e das pálpebras. A ingestão média de dois litros de água, por dia, em sintonia com a escolha de alimentos mais leves e saudáveis, bem como o suporte de chapéus de aba larga, óculos escuro e blusas com proteção UV vão ajudar o corpo a ter mais disposição e resistência diante dos desafios climáticos da temporada favorita dos brasileiros”, conclui a doutora. Estatísticas De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer de pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.

Dezembro Laranja alerta para cuidados redobrados com a pele Read More »

Recife ganha Clínica de Reabilitação e Cuidados Paliativos

Com uma proposta de cuidado integral de pacientes e seus familiares, em suas dimensões física, psicológica, espiritual e social, chega no Recife a Clínica Florence. A clínica de transição especializada no tratamento de pacientes em Reabilitação e Cuidados Paliativos dá início a suas operações na cidade no mês de dezembro. O espaço fica localizadao no bairro das Graças, no Pátio Rui Barbosa, com 76 leitos. Essa é a primeira unidade da Florence fora de Salvador (BA), o que dá início a sua expansão para outras capitais do Nordeste brasileiro. A clínica conta com uma equipe médica e de enfermagem 24 horas por dia, os sete dias da semana. Os médicos diaristas de diversas especialidades possuem formação em terapia intensiva (cuidados pós-agudos), geriatria, clínica médica ou cuidados paliativos. A coordenação médica da Unidade da Florence em Recife é da Dra. Lívia Interaminense, geriatra e paliativista. Também há uma equipe interdisciplinar composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, farmacêuticos, serviço social e de psicologia. “Ao longo dos últimos quatro anos, a Florence tem impactado a qualidade de vida de muitos pacientes e familiares, sendo motivo de orgulho para o seguimento de saúde na Bahia. Neste contexto, nossa aspiração de crescimento se torna um dever, uma obrigação de levar o Jeito Florence para mais pessoas”, afirma Dr. Lucas Andrade, médico, idealizador e CEO da Clínica Florence. “A chegada em Recife é motivo de grande entusiasmo. É um sonho nascido ainda no primeiro ano, quando constatamos o impacto que podemos ter na vida de pacientes e familiares nos momentos mais delicados”, complementa. A Florence atende pacientes, em sua maioria procedentes de hospitais gerais, com indicação de cuidados multidisciplinares complexos, com intuito de reabilitação intensiva (funcional e adequação de cuidados), redução da complexidade dos cuidados, capacitação de familiares e controle de sintomas em todas as suas dimensões. A estrutura física foi construída oferecendo uma acessibilidade completa, com banheiros amplos e adaptados, janelas baixas e corrimões duplos, corredores, portas e elevador que possibilitam o acesso dos pacientes cadeirantes ou acamados. Os 76 quartos são privativos, com iluminação e ventilação naturais e possibilidade de customização através de mural de fotos e desenhos. A Florence atende os principais convênios do país e de forma particular. Com investimentos de mais de R$ 20 milhões, o empreendimento vai gerar cerca de 250 empregos diretos. Para conhecer mais sobre a Clínica e conferir as vagas de emprego disponíveis, os interessados devem acessar o site www.clinicaflorence.com.br.

Recife ganha Clínica de Reabilitação e Cuidados Paliativos Read More »

"Se todos estiverem vacinados e sem sintomas, pode-se tirar a máscara nos pequenos grupos familiares no Natal"

Após quase dois anos de pandemia e com o avanço da vacinação, o que se pode ou não fazer para evitar o contágio da Covid? Como se comportar nas reuniões familiares de fim de ano? E nas viagens de avião? Para esclarecer essas dúvidas, Cláudia Santos conversou com a infectologista Millena Pinheiro, supervisora médica da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Português. A especialista também comenta o que se sabe até agora sobre a nova variante Ômicron, analisa o ressurgimento de casos e mortes pelo coronavírus na Europa e ressalta que os casos da doença que chegam hoje ao hospital são, em sua maioria, mais brandos. “As formas, mesmo as graves, estão ficando mais leves, por causa da vacina. E sempre que alguém se interna e é grave, é uma pessoa que não se vacinou”. Como a senhora analisa o cenário da Covid no Brasil e em Pernambuco? Em Pernambuco, estamos numa estabilidade de casos graves, agudos, leves e também de óbitos. Há uma quantidade baixa de casos, que não deixam de surgir, mas não estão acarretando sobrecarga aos hospitais. Mas existe o viés de que testamos menos que os países da Europa, porém, se há vírus circulando, ele deve ser responsável por casos muito leves ou assintomáticos que não estão chegando ao sistema de saúde. Temos quase 74% da população de Pernambuco vacinada (dado referente ao dia 29/11), então, provavelmente, isso seja um bloqueio para a disseminação do vírus. Acho que o Brasil vem acompanhando a mesma média. Muitos Estados estão liberando a circulação de pessoas. Essa é a grande questão do momento: o que vai acontecer com esse aumento de circulação de pessoas em ambientes fechados, como shows? Isso está causando uma grande polêmica, com as entidades se posicionando contra, como o Cremepe e o Sindicatos dos Médicos em Pernambuco. Diante desse novo momento da pandemia, o que se pode e não se pode fazer? O que se deve fazer: continuar usando máscaras, principalmente quando você sai de casa. Na sua residência, em reuniões familiares com um grupo pequeno de pessoas, estando todos vacinados, sem queixas ou sintomas, você pode tirar a máscara. Agora, num local onde você não conhece as pessoas, não sabe se elas estão vacinadas completamente, ou estão com algum sintoma, a melhor maneira de controlar essa situação é o uso de máscara. As pessoas devem se vacinar, oferecer ajuda, orientação para quem não se vacinou completamente, ponderar bastante o impacto que possa ter ao participar desses eventos divulgados na mídia: você tem grupo de risco em casa? Você está completamente vacinado? Esse show ou evento vai pedir comprovante de vacinação com pré-requisito para a entrada? Sei que as pessoas estão cansadas, muitas estão depressivas, querem voltar a ter um convívio social, porém chegamos até aqui e a nossa tendência é não regredir. Se a gente regredir, em alguma medida será um impacto ruim para todos. É um momento de muita precaução. Quais os cuidados que se deve tomar nos encontros de final de ano, como o Natal? Esse questionamento foi muito discutido no ano passado, quando estávamos com uma circulação maior do vírus, começando a subir o número de casos e, por isso, recomendamos que fossem feitos pequenos grupos, no máximo 10 pessoas, que estivessem sem sintomas, que preferencialmente se evitasse a presença de grupos de risco e idosos, mas caso estivessem presentes, tivessem distanciamento das demais pessoas. Todos deveriam usar máscaras, porque ainda não estávamos vacinados. Este ano o que pode mudar: agora que estamos vacinados, podemos aumentar o nosso grupo familiar que vai participar dessas reuniões para um pouco acima de 10 pessoas, e tirar a máscara, desde que todos estejam vacinados, sem sintoma, mas mantendo os cuidados de higienização das mãos. As crianças presentes devem estar bem de saúde, sem queixas. Às vezes, desconsideramos uma coriza, “é só o narizinho escorrendo”. Se tiver mesmo um sintoma leve, coriza, tosse mais persistente, espirro, elas devem evitar o contato com os idosos e pessoas do grupo de risco, porque as crianças abaixo de 12 anos não foram vacinadas. Os idosos devem, de preferência, ficar em ambientes mais ventilados. As pessoas podem se cumprimentar? Sim, mas, principalmente, idosos muito frágeis ou alguém que seja do grupo de risco, como um paciente oncológico, devem ser cumprimentados de uma forma mais distante ou passar álcool nas mãos antes de cumprimentá-los. Deve-se evitar falar muito próximo do outro, se for um idoso muito frágil ou um paciente em tratamento quimioterápico evitar beijar no rosto. Beije no ombro. O ideal é ficar próximo, mas sem precisar tocar. Leia a entrevista completa na edição 189.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

"Se todos estiverem vacinados e sem sintomas, pode-se tirar a máscara nos pequenos grupos familiares no Natal" Read More »

Nordeste: comitê recomenda proibição de festas de Réveillon e carnaval

Da Agência Brasil O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou a proibição de festas de Réveillon e carnaval na região por conta da variante Ômicron. De acordo com boletim da entidade, as festividades de fim de ano e a folia podem gerar aglomerações que intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em uma nova onda de covid-19. O documento cita o quadro global e nacional atual da pandemia e “incertezas futuras existentes” e recomenda ainda intensificar a vacinação por meio da busca ativa de pessoas que não completaram o esquema vacinal; ampliar o ritmo da imunização por meio de estratégias como carro de som e aplicação das doses nas escolas; e manter o uso obrigatório de máscaras faciais. O comitê também defende medidas de proteção coletiva como a exigência do chamado passaporte da vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol e outros. “Essas novas variantes podem não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas como também evadirem da imunidade produzida pelas vacinas. Não por acaso que a identificação recente de uma nova variante na África do Sul, denominada Ômicron, esteja gerando tamanha tensão e expectativas entre políticos, gestores e especialistas”, destacou o boletim.

Nordeste: comitê recomenda proibição de festas de Réveillon e carnaval Read More »

Pernambuco registra menor solicitação de leitos UTI Covid-19 em 2021

Do Governo de Pernambuco A Central Estadual de Regulação de Leitos de Pernambuco registrou, na semana epidemiológica (SE) 47 – entre os dias 21 e 27 de novembro – o menor número de solicitações de leitos de UTI Covid-19 deste ano. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (02.12). Foram, ao todo, 227 pedidos, o que representa uma redução de 13% na comparação com a SE 46 e de 12% no comparativo com os últimos 15 dias. Apesar da redução nas solicitações, André Longo ressaltou que o momento atual ainda requer cuidados, sobretudo por causa da variante Ômicron. “A nova cepa nos traz uma grande preocupação e um alto nível de incertezas. Com a Ômicron, os cuidados, como o uso correto das máscaras e a lavagem frequente das mãos tornam-se ainda mais fundamentais. São atitudes que precisam estar incorporadas ao nosso cotidiano”, reforçou. De acordo com o secretário, a testagem e a vacinação também são essenciais no combate ao vírus. “O processo de imunização da população precisa continuar avançando. É crucial ampliarmos ao máximo o número de pessoas vacinadas com as duas doses e também aqueles vacinados com a dose de reforço”, finalizou. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), foram registradas 406 notificações na semana epidemiológica 47, o que representa 20 casos a mais que o registrado na semana 46 e 24 ocorrências a mais que o total da semana epidemiológica 45. Já sobre o quantitativo de pessoas que estão com a segunda dose da vacina em atraso, são 581.083. NOVO DECRETO – O secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, também participou da coletiva de imprensa e ressaltou a exigência da comprovação do esquema vacinal completo contra a Covid-19 a partir da próxima segunda-feira (06.12). O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado de ontem (01.12) e se refere à entrada em estabelecimentos públicos vinculados à administração estadual. “Pedir a comprovação de vacinação completa contra a Covid para acessar prédios públicos do Estado é mais uma forma de estimular as pessoas a completarem o esquema vacinal. Nós vamos começar pelo setor público testando o que é possível e o que não é. Quem for procurar o posto de atendimento da Compesa ou do Detran-PE, por exemplo, terá que apresentar comprovação”, explicou Rebelo.

Pernambuco registra menor solicitação de leitos UTI Covid-19 em 2021 Read More »