Arquivos Algomais Saúde - Página 60 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Pesquisadores da UFPE comprovam eficácia do isolamento social no combate ao coronavírus

Da Ascom da UFPE Estudos desenvolvidos por pesquisadores e pesquisadoras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desde o início da pandemia de Covid-19 atestam a eficácia de medidas de restrição de convívio social para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV2), agente causador da enfermidade que, em um ano, já provocou a morte de mais 280 mil pessoas no País. Levantamentos depositados no Observatório Covid-19 ou divulgados no link de Pesquisa da Assessoria de Comunicação da Universidade (Ascom-UFPE), de variadas áreas de conhecimento – Economia, Ciência Política, Estatística, Saúde Pública, Biofísica, entre outros – comprovam a validade da relação positiva entre lockdown e redução dos casos de Covid-19, ou partem desse pressuposto para alcançar novas e válidas assertivas sobre a pandemia. É o caso do artigo científico desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Métodos de Pesquisa em Ciência Política (MPCP), que conta com docentes e especialistas da UFPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC-PE). Segundo o estudo “O efeito do lockdown sobre a epidemia da Covid-19 no Brasil: evidências a partir de uma análise de séries temporais interrompidas”, publicado em 31 de agosto de 2020, a depender do rigor com que o Estado de Pernambuco adotasse o sistema de isolamento social, até 30 de junho do ano passado, poderiam ter sido poupadas cerca de quatro mil vidas, com uma média de 93 mortes a menos por dia. De acordo com o artigo, em meados do ano passado, quando o Brasil apresentava curva ascendente da primeira onda da pandemia, “em São Luís (MA), observamos uma redução de 37,85% enquanto em Fortaleza a queda foi de 33,4% na diferença média de óbitos diários se o lockdown não fosse implementado. Da mesma forma, a intervenção diminuiu a mortalidade em Recife por 21,76% e Belém por 16,77%. Políticas de distanciamento social podem ser ferramentas úteis para achatar a curva epidêmica”. Estudiosos de Economia da UFPE, no estudo “Assessing the impact of social distancing on covid-19 cases and deaths in Brazil: an instrumented difference-in differences approach 1”, concluíram, em outubro de 2020, que o alinhamento entre as esferas de governo, em tempos de crise social, deve ser ampliado por meio da consonância de discursos e políticas públicas. “Soluções que não são essencialmente farmacológicas, como lockdown, são necessárias para combater a contaminação por doenças respiratórias virais com propagação rápida”. Os autores vão adiante e alertam que “o sucesso dessa estratégia depende da conscientização da população e da ação coordenada pelos poderes públicos, que se mostra fator decisivo para o engajamento da população”. Outra evidência científica produzida no âmbito das pesquisas da Universidade Federal de Pernambuco, o artigo “Chaotic model for Covid-19 growth factor", da área da Engenharia Biomédica, relata que o fator de ascensão dos casos de covid oscila de grandes valores para pequenos valores, “como característica de um comportamento caótico, e não apenas por um crescimento exponencial constante”. Os autores concluem que “compreender a complexa dinâmica da disseminação da Covid-19 é fundamental para a tomada de decisões, como manter distância social e encontrar novos medicamentos e vacinas”.

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Pernambuco recebe mais 198 mil doses de vacinas da Sinovac/Butantan

Pernambuco recebeu ontem (16), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, mais 198.600 vacinas contra a Covid-19 da Sinovac/Butantan. Com as vacinas, para as duas doses, será possível avançar na imunização dos idosos entre 75 e 79 anos, além dos trabalhadores de saúde. Com mais esse quantitativo, o número de doses recebidas pelo Estado totaliza 1.052.960 unidades. Com essa nova remessa, sobe para 59% o quantitativo de idosos entre 75 e 79 anos que poderão ser protegidos. Em relação aos profissionais de saúde, chega-se a marca de 86% desse grupo prioritário. As vacinas serão recebidas no Programa Estadual de Imunização, que fará a verificação e divisão igualitária entre os municípios pernambucanos, levando em consideração a base de cálculo populacional dos grupos prioritários do próprio Ministério da Saúde.

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"A política de saúde é do governo e não do ministro"

Diante do anúncio do novo ministro da saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga, perguntamos ao Dr. George Trigueiro, presidente do Sindhospe (Sindicato dos Hospitais Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas de Pernambuco), quais as perspectivas sobre os rumos do combate à pandemia nesse novo momento. Mesmo com um gestor de caráter mais técnico, não há um otimismo quando aos próximos passos. "Como o próprio ministro afirma, a política de saúde é do governo e não do ministro. Ele foi convocado para dar continuação ao trabalho do ex-ministro Pazuello. Embora seja um bom gestor e conheça o trabalho nas entidades de classes, pelas afirmações que deu até agora, parece que nada vai mudar", afirmou Trigueiro. Perguntamos também ao presidente do Sindhospe qual deveria ser prioridade neste momento de combate à pandemia. Para Trigueiro, o novo ministro tem duas missões claras: acelerar a campanha de vacinação e reforçar as medidas de proteção:  "A prioridade, sem dúvida, é a vacinação. Incentivar as recomendações sanitárias: uso de máscara, distanciamento físico e tratamento baseado em evidências científicas. Desejo boa sorte e sucesso, para o bem do nosso país".

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Fiocruz entrega mais de 1 milhão de doses de vacina a partir de quarta

Da Agência Brasil Um lote com 1,080 milhão de doses de vacinas produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será estregue esta semana ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Serão disponibilizadas 500 mil doses na quarta-feira (17) e mais 580 mil até sexta-feira (19). Em março, segundo a Fiocruz, será entregue um total de 3,8 milhões de doses da vacinas. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses por dia. A vacina fabricada pela Fiocruz foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Para sua efetividade completa, ela necessita de duas doses, em um intervalo de oito a 12 semanas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso do imunizante inclusive para as novas variantes que vêm circulando no Brasil e em outros países, como a África do Sul. A vacina previne os casos graves e as hospitalizações por covid-19. De acordo com os estudos publicados sobre a vacina Oxford-AstraZeneca, sua eficácia geral é de 82%.

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Saiba os mitos e verdades sobre manter um ambiente higienizado

Passado um ano, o excesso de limpeza já faz parte da rotina de muitas pessoas para combater o Coronavírus. Já se sabe que é extremamente importante utilizar máscaras, manter o distanciamento social e lavar bem as mãos, se possível complementando com álcool em gel. Afinal, em março completam 365 dias desde a chegada do coronavírus no Brasil. Mesmo assim, com todo ritual de limpeza pessoa e do ambientes, existem alguns lugares que requer uma atenção redobrada na hora de tirar aquela sujeirinha. O banheiro e a cozinha são exemplos de ambiente que precisam estar em perfeitas condições de higiene. Neste sentido, é importante que algumas medidas sejam tomadas diariamente e que uma limpeza mais completa seja feita com frequência. “ O produto usado para cada ambiente faz toda diferença na hora de higienizar. Já que o banheiro e a cozinha são lugares com maior número de germes, é preciso utilizar produtos que limpem e que sejam bactericidas e, para isso, o detergente e o cloro formam uma dupla perfeita”, a diretora administrativa da Valença Química. Além do detergente clorado, que possui cloro e detergente num só produto, o álcool 70% virou a vedete da vez no quesito higienização. Mas, o seu uso ainda gera muitas dúvidas sobre como garantir a higienização do ambiente em tempos de pandemia. Sua utilização tem sido frequentemente por meio de um pano úmido com água para depois passar no chão ou em outro lugar que deseja higienizar, o que perde sua eficácia. “A melhor forma de aproveitar o álcool 70% é jogando- o em cima do local que deseja higienizar, para depois passar o pano. Desta forma, sua eficácia permanece e o ambiente ficará totalmente higieniza”, alerta. Outra dúvida bastante frequente é sobre a melhor forma de utilização do álcool 70% liquido e o álcool gel. Ainda de acordo com Carla, a versão liquida é indicada para ambientes e o gel, para higienização pessoal das mãos. “ O álcool gel possui durabilidade maior que o liquido, por isso é mais indicado para as mãos. Mas, caso a pessoa prefira utilizar o álcool líquido não tem problema. O que muda é que ele deve ser utilizado mais vezes para garantir a higienização”, esclarece. Além da limpeza diária dos ambientes, as roupas e utensílios pessoais devem ser tratados como prioridade no quesito limpeza. As máscaras, que viraram obrigatórias há um ano, merecem uma atenção especial e tem levantado muitas dúvidas na hora de lavar. Mas, te que ser lavada separadamente das outras roupas? Resposta é não. As máscaras pode ser lavadas junto com outras roupas sem problema algum.

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Quais as razões para o novo pico da Covid-19 no Brasil?

O Brasil vive o pior momento da pandemia do novo coronavírus. Nesta semana o País ultrapassou o marco de 2 mil mortes em um dia, superando os Estados Unidos, por exemplo, que observam a queda dos números da Covid-19. Em um cenário de vacinação que não se acelera e com um índice de isolamento social muito abaixo do praticado no ano passado, conversamos com o infectologista Raphael dos Anjos, que apontou 5 motivos para a nova alta da pandemia. - Relaxamento das medidas de proteção (máscaras, álcool nas mãos) pela população "Nsse aumento no número de casos o que chama atenção, em especial, é o aumento da população jovem acometida pelo coronavírus e isso se refere ao afrouxamento das medidas preventivas. Muita gente acredita que a gente passou pela pandemia. Mas, muito pelo contrário, a gente está vivendo uma nova onda depois de um ano, com uma alta de casos graves e um aumento no número de novos casos. Essa não é a hora de relaxar, é a hora de intensificar o que a gente aprendeu ano passado. E não é só porque surgiram as vacinas que a gente pode afrouxar essas medidas preventivas". - Retorno das aglomerações em eventos e atividades econômicas, impulsionadas pelo fim do auxílio emergencial "Com o fim do auxílio emergencial muitas pessoas voltaram às ruas por necessidade e com isso foi favorecido o reaparecimento das aglomerações. Essa é outra medida preventiva que foi retirada das práticas diárias. Então, associado a isso, a gente observa esse aumento de casos. Estamos passando novamente por um novo período de restrição de diversas atividades que não são consideradas essenciais para não termos um colapso que já é real no sistema de saúde. Tanto público, como privado". - Falsa expectativa de que o início da vacinação é o fim da pandemia (e demora no avanço da vacinação) "Muitos acham que a vacinação é a cura da pandemia. Ela ajuda bastante, é uma ferramenta importantíssima, mas a gente tem alguns pontos para colocar. Primeiro, a população por completo não é vacinada de maneira imediata. São passos curtos que estamos dando para vacinar as diversas faixas etárias da população. Estamos ainda nos pacientes  acima de 70 anos. Daqui que a gente consiga abranger toda a população isso vai demorar muito. Mas diversos diversos segmentos da população, diversas comunidades, entendem que com a chegada da vacina a gente não precisa mais se preocupar. Ela é apenas uma ferramenta adicional, a gente precisa manter aquelas medidas preventivas. - Chegada de novas variantes "Uma coisa que a gente observa em pandemias é a tendência do vírus se transformar, sofrer mutações. Então, com o passar tempo, a gente pode ter uma população de vírus nova. Por isso, a gente está observando descobertas de novas variantes de coronavírus, que a gente não tem a certeza ainda se a vacina é efetiva. A gente precisa ainda observar. E a vacina vai sofrendo modificações também. Talvez a gente precise até retomar uma nova administração delas, isso a gente não sabe ainda. Para evitar novas variantes, a gente tem que pensar na saúde da comunidade. Então, a minha saúde é importante para o próximo, porque eu posso transmitir esse tipo de doença e comprometer inclusive as pessoas que tentam se proteger". - Descolamento entre as medidas do poder público e das orientações científicas "Observamos a divulgação de terapias e de medidas preventivas diferentes do que é comprovado cientificamente em relação à Covid-19. A gente lembra o seguinte, diversos estudos são lançados diariamente e a gente não constatou ainda, não só no Brasil, mas no mundo, nenhuma medida preventiva, fora a higienização das mãos, do distanciamento social e da utilização das máscaras. Então, não existe nenhuma medicação, não existe nenhum tratamento que seja específico para o novo coronavírus. Por isso, a gente alerta a população em relação a disseminação das fake news e do posicionamento errado de diversas figuras públicas que não são da área de saúde".

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Cantor Anderson Freire abraça campanha para ajudar doentes de fígado

Considerado um dos principais ícones da música gospel brasileira, o cantor e compositor Anderson Freire gravou um depoimento em apoio a campanha solidária “Seja um amigo da APAF e não deixe a APAF fechar". Em vídeo publicado nas redes sociais da Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (APAF), localizado em Santo Amaro, no Recife, o artista que é mantenedor de alguns projetos no Brasil e costuma apoiar causas sociais, reforçou a necessidade do funcionamento do espaço e que os serviços oferecidos não podem parar. “Ela [a APAF] tem 18 anos atuando no Brasil, e as circunstâncias vem para fazer parar, mas você pode ser alguém que pode motivar a continuar. Seja você um motivador da APAF. Seja você alguém que investe na APAF, alguém que abraça a camisa e transpira a APAF”, reforçou Anderson Freire, ao encerrar o vídeo cantando a música raridade, uma das suas mais conhecidas composições e recorde de sucesso em reprodução. Com quase 2 mil composições, Anderson é autor de músicas que foram gravadas por grandes nomes da música gospel no Brasil, como “Ressuscita-me”, interpretada por Aline Barros, “Sou Humano” e “Advogado Fiel”, de Bruna Karla, “Não é Tarde”, interpretada por Fernanda Brum, além de “Tempo”, gravada recentemente por Luciano Camargo. Cassiane, Damares, Davi Sacer, Jozyanne, e Gisele Nascimento, são outros artistas do gospel brasileiro que tem músicas de autoria do cantor capixaba. Vencedor do Grammy, a principal premiação do mundo da música e com sete álbuns autorais, Anderson Freire tem 10 anos de carreira solo. https://www.instagram.com/p/CMUfjUwBTyO/ CONTATOS Quem desejar falar com os voluntários da associação, pode fazer contatos através do telefone (81) 3184.1244 ou (81) 9 8894.7939.    COMO AJUDAR A APAF? ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DE APOIO AOS DOENTES DE FÍGADO – APAF CNPJ: 04.833.011/0001-03 Banco Santander: Agência: 4020, Conta Corrente: 13000011-8 Chave PIX: 04.833.011/0001-03

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Riscos da Covid-19 são maiores para pessoas obesas

Em tempos de avanço de casos de covid-19 e alta taxa de ocupação de leitos, quem tem problemas com a balança deve atentar para o sinal vermelho. É que a obesidade aumenta o risco de se desenvolver as formas mais graves da doença, inclusive com maior risco de morte. Essa relação é preocupante, considerando que o calendário de vacinação da pandemia deve se estender até 2022 e baixar a guarda em relação à alimentação e hábitos de vida, neste cenário, podem trazer consequências perigosas. O alerta é da médica endocrinologista Karina Santos, que atua na linha de frente do combate à doença, na rede municipal do Recife, e é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e da Endocrine Society (EUA) . Para se ter uma ideia, 62% da população adulta do Brasil está acima do peso (com sobrepeso ou obesidade), o que sinaliza que, em caso de contaminação, milhões de pessoas estão sujeitas a complicações graves em decorrência da covid-19 e dificuldades no tratamento. Esse tema foi abordado em estudos realizados na Califórnia (EUA) e no Reino Unido e as conclusões são preocupantes. A pesquisa apontou que o risco de morte para doentes da covid-19 com obesidade do nível 1 (ou seja, pessoas com índice de massa corporal, IMC, de 30 a 34,9) é 23% maior. O IMC é um indicador para avaliar se a pessoa está numa faixa de peso ideal - proporcional a sua altura. O estudo concluiu que esse risco é 81% maior para os doentes com obesidade do nível 2 (IMC entre 35 e 39,9). E se a obesidade for de nível 3 (IMC acima de 40), o risco de que o coronavírus leve a óbito é praticamente o dobro em relação a um paciente na faixa de peso ideal. Por que quem tem excesso de peso corre maior risco? Um dos fatores que contribui para que a letalidade do coronavírus seja maior em quem está acima do peso é que os obesos têm uma capacidade limitada de inibir a replicação viral. Dessa forma, quando infectados pela covid-19 apresentam uma carga viral maior quando comparados a outros doentes. Além disso, na covid-19, ocorre algo uma reação exagerada do corpo ao vírus, levando à produção de proteínas chamadas de citocinas inflamatórias, que provocam inflamações em todo o corpo. Vale ressaltar que os obesos já apresentam um tipo de inflamação crônica de baixo grau que, somada aos efeitos do coronavírus, acaba levando a um quadro mais grave. Outro fator que contribui para a chance maior de formas mais letais nos obesos, segundo dra. Karina Santos, é o aumento do risco de tromboses – formação de coágulos que bloqueiam o fluxo do sangue – que podem evoluir para uma embolia. Um problema adicional é a dificuldade de ventilação mecânica, já que a gordura em excesso prejudica a expansão dos pulmões. Até procedimentos simples do tratamento, como colocar o paciente deitado de barriga para baixo, se tornam mais complicadas em pacientes com esse perfil. A lista de complicações não para por aí: a obesidade também está associada a outras doenças, como a diabetes do tipo 2, que eleva o risco de agravamento. Problemas com a balança pioraram na pandemia “A associação entre excesso de peso e risco de morte por coronavírus se torna mais preocupante considerando que muitas pessoas que não tinham esse problema engordaram na pandemia e outras que já tinham sobrepeso ou eram obesas ganharam ainda mais peso”, destaca a especialista. “Isso porque a fase do isolamento social, no 1º semestre de 2020, gerou efeitos colaterais para uma parcela da sociedade, como sedentarismo, ansiedade, aumento no consumo de alimentos processados e até um consumo maior de álcool”, explica. A médica ressalta que, mesmo após a flexibilização das medidas restritivas no 2º semestre do ano passado e a reabertura das academias e outros locais de atividade física, muitas pessoas que ganharam peso não conseguiram emagrecer. “Entre outros fatores, um deles é o medo que muita gente ainda tem de ir para esses locais em meio a uma pandemia”, detalha. Um dos termômetros para avaliar o crescimento ou agravamento dos casos de obesidade é justamente o aumento no número de pacientes nos centros especializados em emagrecimento. No consultório de Karina Santos, por exemplo, a demanda teve uma alta de 40%, liderada pelas mulheres. Tratamento pode incluir uso de medicamentos A médica explica que o tratamento para quem tinha peso normal e brigou com a balança na pandemia, assim como o de quem já tinha um quadro de obesidade e piorou em meio à covid-19, é semelhante. O tratamento envolve check up completo, dieta com acompanhamento de um nutricionista, redução do consumo de bebidas alcoólicas, atividade física (em casa ou em academia, com supervisão de um personal trainner) e, se for o caso, tratamento para outras doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Se o quadro envolve pressão alta e doenças cardiovasculares, o paciente será acompanhado por especialistas da área. E se o nível de peso exigir, o tratamento inclui medicações para emagrecimento. No geral, a melhoria da qualidade de vida, alimentação, atividade física e fortalecimento do sistema imunológico contribuem para que o paciente com excesso de peso e que passou por um tratamento adequado para emagrecimento tenha mais chance de resistência às formas graves da covid-19. Esse é o posicionamento de instituições como a Federação Latino-americana de Obesidade. A entidade, que tem trabalhado para conscientizar a sociedade sobre esse tema, defende que o emagrecimento associado a um quadro de vida saudável, reeducação alimentar e práticas esportivas surtem efeito em relação a reduzir o risco de formas mais grave da covid-19 ou de vir a óbito. “Além das conclusões dos estudos nos Estados Unidos e na Inglaterra e do posicionamento da federação, a experiência tem comprovado que, de fato, pessoas obesas e que perderam peso acompanhadas por especialistas e contraíram a covid-19 têm mais chance de, se forem contaminadas, desenvolver formas mais leves da doença e reagem melhor ao tratamento do coronavírus”, sustenta

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Fiocruz prevê produção de 1 milhão de vacinas por dia até final do mês

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) espera produzir um milhão de doses da vacina contra a covid-19 por dia até o final de março. A estimativa foi divulgada durante a visita técnica do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, quando foi anunciado o início da produção em larga escala. Durante o encontro, representantes da Fiocruz previram a entrega de 3,8 milhões de doses para o mês de março. A produção dos lotes de pré-validação e validação foram finalizadas no último domingo (7), com testes de consistência e estabilidade dentro dos parâmetros desejados. Esses lotes poderão ser incorporados ao Programa Nacional de Imunização (PNI), mediante aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o início da operação dessa primeira linha nesta segunda-feira, a Fiocruz iniciará o escalonamento gradual da produção. “A primeira linha em funcionamento hoje está produzindo cerca de 300 mil doses por dia. Ainda esta semana, caso a produção ocorra dentro do previsto, uma segunda linha de produção deverá entrar em operação para aumentar a capacidade produtiva. A expectativa é chegar, até o final de março, com as duas linhas em funcionamento, com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia”, informou a Fiocruz em nota publicada em sua página na internet.

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Pernambuco recebe 79 respiradores para ampliar vagas de UTI

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) recebeu, na tarde desta segunda-feira (08/03), mais 79 respiradores comprados pelo Governo de Pernambuco, em um investimento de R$ 3,5 milhões. Os novos equipamentos recebidos hoje serão enviados, nos próximos dias, para unidades de saúde da Região Metropolitana do Recife e interior, possibilitando a abertura de novos leitos de terapia intensiva em todo o Estado. Nas próximas semanas, a SES-PE ainda vai receber outros 150 ventiladores já comprados pelo Governo do Estado. No ano passado, para enfrentar a crise do novo coronavírus, o Governo já havia adquirido outros 365 respiradores mecânicos. Além disso, levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de 2019, apontou que Pernambuco já tinha, antes da pandemia, a 8ª melhor proporção de respiradores por habitantes do país e mais de 75% destes aparelhos estavam em funcionamento na rede pública. MAIS UTIS - Começaram a funcionar nesta segunda (08/03) mais 10 leitos de terapia intensiva no Hospital Memorial Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. As vagas estão sendo disponibilizadas a partir de contratualização com o serviço, que já tinha aberto, na última sexta (05/03), outras 10 UTIs. Com isso, a rede estadual já conta com 2.074 leitos, sendo 1.068 de terapia intensiva. A expectativa é que, ainda hoje, o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa também transforme 10 leitos de enfermaria em 10 vagas de UTI. Nos próximos dias, ainda estão previstos mais 30 leitos de UTI nos hospitais do Tricentenário (20 vagas), em Olinda, e Santa Maria, em Araripina (10), no Sertão do Araripe. Além disso, até o final da semana, mais vagas de terapia intensiva Alfa devem ser colocadas em operação. Em relação aos leitos de enfermaria, entraram em funcionamento nos últimos dias 14 leitos no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, e 20 no Hospital Santa Maria, em Araripina. A secretaria estadual de Saúde ainda está com chamamento público aberto para contratação de leitos dedicados à Covid-19 junto aos hospitais privados. "Estamos ampliando permanentemente as vagas para terapia intensiva no Estado, seja em serviços próprios ou conveniados e também contratualizando com a rede privada. O esforço para ofertar essas vagas em todas as regiões pernambucanas têm sido constante, mas ratifico que cada um precisa fazer a sua parte para aliviar essa pressão que nosso sistema de saúde têm sentido nos últimos dias. Precisamos respeitar as regras sanitárias, o distanciamento social e a higienização das mãos para diminuir os adoecimentos e, consequentemente, os internamentos, além de mais mortes que poderiam ser evitadas", afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.

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