Cultura e história - Página: 20 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Memorial Mestre Manuel Eudócio é reinaugurado após reforma

 Reforma foi realizada pela Manifesta, marca que se inspirou na arte da família Eudócio para dar vida à sua nova coleção Em junho, durante as festividades juninas, Caruaru reabre um ponto turístico importante para os amantes da arte do barro: o Memorial Mestre Manuel Eudócio. Após estar fechado por cinco anos, o espaço será reinaugurado nesta terça-feira, 11, às 19h. A reforma do museu foi conduzida pela Manifesta, que recentemente lançou uma nova coleção inspirada nas obras de Manuel Eudócio e seus filhos. O projeto é assinado pelo arquiteto Carlos Plácido, do Plácido Arquitetura. Manuel Eudócio, um dos mais renomados mestres do barro no Brasil, nasceu e viveu no Alto do Moura. Dedicou sua vida à criação de peças que retratam a cultura e o cotidiano nordestino. Discípulo de Mestre Vitalino, Eudócio perpetuou a tradição do Alto do Moura como um dos maiores centros de artesanato em barro do mundo, sendo reconhecido nacionalmente por sua arte. O Memorial Mestre Manuel Eudócio é dedicado a preservar a memória e o legado do renomado artesão. O espaço abriga suas obras, documentos e objetos pessoais que contam a história de sua vida e trabalho. Com a recente reforma, o memorial foi revitalizado e ampliado, proporcionando uma experiência ainda mais rica e imersiva para os visitantes.  Sendo uma marca de moda pernambucana que desenvolve coleções inspiradas em obras e artistas pernambucanos, a Manifesta esteve em contato direto com registros de Manuel Eudócio durante o processo de desenvolvimento da nova coleção e, por isso, liderou a iniciativa de restauração do memorial. “Nosso objetivo é valorizar a cultura local e oferecer um espaço onde as pessoas possam conhecer mais sobre a história e a obra de Manuel Eudócio”, afirma Beatriz Soares, diretora da Manifesta.  A reinauguração do Memorial Mestre Manuel Eudócio coincide com o período de maior fluxo de turistas em Caruaru, atraídos pelo maior São João do Mundo. Visitantes de todo o Brasil terão a oportunidade de explorar um novo espaço cultural que homenageia um dos maiores ceramistas do país. Serviço: Reinauguração do Memorial Mestre Manuel Eudócio Data: 11 de junho de 2024  Local: Alto do Moura, Caruaru, PE  Horário: 19h 

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Teatro Santa Isabel recebe últimas sessões de “Capiba, pelas ruas eu vou”

O final de semana está se aproximando, trazendo a última oportunidade de assistir ao musical “Capiba, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social. O espetáculo realiza suas últimas sessões de quinta-feira (13) a domingo (16), no Teatro de Santa Isabel, antes de estrear em São Paulo. Com inovação e criatividade, o musical conta a história do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido como Capiba, utilizando diversas linguagens artísticas, incluindo música ao vivo, dança, teatro, cinema e fotografia. “Capiba, pelas ruas eu vou” valoriza a rica e plural cultura pernambucana, narrando a trajetória do compositor que viveu de 1904 a 1997. A produção conta com 45 talentosos bailarinos-cantores e 19 músicos, que trazem à vida as composições de Capiba, que vão de frevos, valsas e sambas a maracatus, cirandas e até ópera. A história é contada com uma orquestra de câmara, projeções de cinema, fotografias e dança, oferecendo ao público uma experiência inesquecível. “Capiba é um artista pernambucano que o Brasil precisa conhecer. Apesar de sua figura tímida e melancólica, ele foi capaz de arrastar multidões nos carnavais de Pernambuco, tornando-se um músico atemporal, cuja obra continua a ressoar através das décadas”, afirma a coreógrafa e diretora artística do espetáculo, Ana Emília Freire. SERVIÇO:  Teatro de Santa Isabel  13/06/2024 - 19h30 14/06/2024 - 19h30 15/06/2024 - 19h 16/06/2024 - 17h Para comprar ingressos, acesse:

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Orquestra de Câmara, forró e lançamentos na Agenda Cultural

Caixa Cultural Recife apresenta concertos armoriais da Orquestra de Câmara de Pernambuco  A CAIXA Cultura Recife apresenta, entre os dias 7 e 9 de junho, o Circuito de Música de Câmara, homenagem da Orquestra de Câmara de Pernambuco ao escritor paraibano Ariano Suassuna, criador da representação artística sonora do Movimento Armorial, e também ao maestro Clóvis Pereira, falecido no último dia 4. Os concertos são abertos ao público em três apresentações e os ingressos podem ser retirados gratuitamente uma hora antes do espetáculo. O projeto tem patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.  A riqueza e as características marcantes do gênero seguem como elemento motivador dos idealizadores da iniciativa, o maestro José Renato Accioly e a produtora cultural Carla Navarro. “Estamos muito felizes de poder retomar o projeto, agora com o apoio da CAIXA. Poder oferecer às novas gerações a possibilidade de conhecer essa música tão nossa, tão brasileira, é algo que muito nos alegra. Tenho filhos de 26, 28 anos, que não tiveram contato com o Armorial e não têm a noção exata do que ele significou para a cultura brasileira”, afirma o maestro.  Uma das novidades do repertório, que inclui peças de Cussy de Almeida, Clóvis Pereira e Jarbas Maciel, entre outros, é “Brasiliana”, composta por Edino Krieger, que será executada com solo da violista Laila Campelo. Fim de semana abre a temporada 2024 do Trem do Forró O Trem do Forró 2024 está pronto para partir. A temporada 2024 da atração, uma das festas mais tradicionais do São João do Recife, começa neste sábado (8), com vagões lotados e repletos de animação. Este ano, estavam previstas seis viagens, sempre nos fins de semana de junho, mas devido a grande procura, a organização da atração decidiu abrir um passeio extra, que será realizado no dia 29 de junho, partindo da capital pernambucana com destino ao Cabo de Santo Agostinho, em um percurso de 84km (ida e volta). O ingresso custa R$190 (valor único) e pode ser adquirido pelo site da atração (www.tremdoforro.com.br) ou nos quiosques do Ticket Folia dos Shoppings Riomar e Boa Vista. As viagens dos dias 15, 16 e 22 de junho estão com ingressos esgotados e nas demais datas restam poucas vagas. Os kits são compostos por pulseira e camisa, que dão direito a experiência completa, incluindo parada para festa na cidade do Cabo. Em cada vagão, trios de forró pé-de-serra animam os passageiros. A estrutura conta ainda com bar para maior conforto. Na chegada ao Cabo, o público é recepcionado por quadrilha junina e levado para o Pátio de Lazer, localizado ao lado da Estação Central. No local os passageiros podem apreciar o que a gastronomia junina de Pernambuco tem de melhor e se divertir com apresentações culturais. Os forrozeiros seguem em ritmo de festa na volta para o Recife. Programação cultural ganha destaque em junho no Pernambuco Centro de Convenções A programação cultural do final de semana no Pernambuco Centro de Convenções contará com os shows do festival Arrasta Pé, nos dias 7 e 8 de junho, na área externa do Pernambuco Centro de Convenções. O evento traz de volta ao complexo a tradição das grandes festas juninas, que tanto já animaram os pernambucanos. Os maiores nomes da atualidade da música brasileira estarão presentes. A estrutura conta com palcos e camarotes open bar. Na abertura, as atrações são Henrique e Juliano, Xand Avião, João Gomes, Zé Vaqueiro, Calcinha Preta e Flávio José. Já no sábado, animam a festa Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Limão com Mel, Tarcísio do Acordeon, Eric Land e Maciel Melo. A novidade é que serão destinadas duas áreas para que o público tenha acesso gratuito aos shows. De acordo com a produção, mesmo com acesso liberado, haverá controle do número de pessoas, com catraca eletrônica e revista de segurança. O número de espectadores dentro da área gratuita será limitado para evitar a superlotação. Arraial do Plaza ganha seu segundo final de semana O Plaza Shopping comemora o sucesso da sexta edição do Arraial do Plaza, que ganha seu segundo final de semana neste sábado (8) e domingo (9), no jardim do piso L2, a partir das 16h, com acesso gratuito. O evento, que tem grande aceitação desde 2017, celebra, com muito xote, xaxado, baião e forró, os festejos do Dia dos Namorados e do São João. Este ano, o projeto presta homenagem ao artista pernambucano J. Borges, o Mestre da Xilogravura, considerado patrimônio vivo e um dos maiores gravadores do Brasil. O Arraial do Plaza conta com shows de grandes nomes da música nordestina. Neste final de semana, será a vez de curtir os embalos de Capital do Sol, no sábado (08/06), e Geraldinho Lins, no domingo (09/06), ambos às 19h30. Damião Mota promete aquecer o público com um bom pé de serra na abertura de cada dia do projeto, a partir das 17h30. Beto Barbosa, Geraldinho Lins, Jorge de Altinho e Mel com Terra comandam o Forró do Seu Zezu Vem aí mais uma edição do Forró do Seu Zezu, que promete agitar a cidade de Recife. O evento acontecerá neste sábado (8), a partir das 17h, no espaço Fazeventus, em Aldeia, e os ingressos já estão à venda nas lojas Nagem e online no site Brasil Ticket (https://brasilticket.com.br/forro-de-seu-zezu.html). Os participantes poderão desfrutar de um open bar premium e curtir uma noite inesquecível ao som de grandes atrações. Além de Beto Barbosa - que fez bastante sucesso nas últimas edições do evento - a festa terá shows de Mel com Terra, Jorge de Altinho e Geraldinho Lins. A diversidade de atrações garante que o público possa dançar e se divertir ao som de grandes sucessos do forró e lambada, prometendo uma noite repleta de animação e boas vibrações.

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1964 - 2024: Pernambuco luta pela memória e justiça da ditadura

Terceira reportagem da série Memórias do Golpe em Pernambuco destaca os esforços para relembrar os fatos ocorridos nos anos da ditadura e de promover justiça e educação social para evitar novos períodos sem democracia. *Por Rafael Dantas “Purgar os erros / lembrar os mortos / fecundar os sonhos / festejar as vitórias. / Se não fizermos isto / pela nossa história / quem o fará?” Os versos do ex-preso político Marcelo Mário de Melo resumem o sentimento das vozes que lutaram para desvendar as verdades do período da ditadura civil militar brasileira. Esforços que tiveram objetivo também de gerar algum tipo de reparação para as vítimas dos crimes que aconteceram entre 1964 e 1985. Pernambuco tem algumas contribuições relevantes nesse momento pós-redemocratização do País. Embora muitas perguntas e muitos reparos ainda estejam por ser feitos, uma caminhada pela memória já foi realizada nessas duas décadas de democracia. Em Pernambuco, por exemplo, foi instalado na Rua da Aurora o que é considerado o primeiro monumento do País em memória aos mortos, desaparecidos e torturados pela ditadura militar. O Tortura Nunca Mais, é fruto de um concurso de arquitetura realizado na gestão de Jarbas Vasconcelos na Prefeitura do Recife, ainda em 1988. Ele foi erguido apenas em 1993, trazendo a representação de um homem em posição fetal, pendurado em uma haste de ferro. A imagem é uma referência à tortura dos presos no pau de arara. A construção do Memorial da Democracia, a criação de comissões da Verdade e de Anistia, a publicação de robustos relatórios desses grupos e o apoio a diferentes pesquisas vão costurando uma rede de ações no Estado para não deixar a ditadura no esquecimento. A presença de nomes de relevância na redemocratização nos espaços de poder em Pernambuco nos primeiros anos após o golpe, contribui para essa sensibilização. Além da pressão da sociedade civil, sempre presente. “Um dos principais nomes nesse período é o Miguel Arraes, que volta a Pernambuco para consolidar a democracia, para retornar às eleições diretas. Podemos chamar atenção também para Jarbas Vasconcelos, que assume a prefeitura e chega no final dos anos 90 ao Governo do Estado. Foram nomes que efetivamente lutaram por um processo democrático”, destacou o historiador e professor da Universidade de Pernambuco, Carlos André Silva de Moura. Essa peculiaridade do Estado ter eleito em 1994 o governador Miguel Arraes, um dos presos e mais famosos exilados políticos, deposto pelos militares em 1964, trouxe alguns marcos importantes para a preservação da memória. “Pernambuco tem uma característica interessante, no pós-ditadura, por termos o Governo Arraes. Ele é um dos pioneiros ao retirar da Polícia Civil a documentação do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social)”, afirmou Tásso Brito, historiador, pesquisador colaborador da Fundaj e doutorando na Universidade Federal do Ceará. Esse movimento foi importante pois, após a criação da comissão de mortos e desaparecidos, houve experiências e tentativas de queima desses arquivos em lugares que permaneciam em posse de grupos militares. “Aqui em Pernambuco, essas documentações foram levadas para o Arquivo Público. Arraes também financiou o lançamento do livro que é um dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos nacional, publicado pela Cepe”, conta o Tásso. “Houve uma chance aqui de elaborar essas memórias, antes mesmo de se criar a Comissão da Verdade. A gente sempre esteve muito ligado a essas políticas de memória”. EIXOS DAS POLÍTICAS DE JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO Os processos conhecidos como justiça de transição, que aconteceram em lugares que superaram ditaduras ou golpes, atuam em frentes como a restauração da memória e da verdade, a busca por restituições financeiras e morais, além de ações para evitar a repetição das rupturas democráticas. Na experiência brasileira, segundo Tásso Brito, houve um intervalo grande de 10 anos para essas ações ganharem corpo. Um dos marcos para a memória e justiça foi a Lei 9.140 (1995), que reconheceu como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas. É esse instrumento que promoveu a indenização para os familiares, de R$ 100 mil, além dos esforços para serem encontrados os restos mortais. Um segundo momento de destaque dessas reparações é a criação do Estatuto do Anistiado, pela Lei 10.559 (2002), que criava também a Comissão de Anistia, para reparar financeiramente e moralmente as vítimas desse processo. Desse esforço foram financiadas muitas políticas públicas, incluindo suporte a pesquisas, publicação de livros e atividades culturais, como o projeto Marcas da Memória. Essa iniciativa financiava produções artísticas e intelectuais da sociedade civil que tinha como objetivo ajudar na elaboração de memória, com filmes, documentários e projetos universitários. Em Pernambuco, houve iniciativas locais em paralelo ao que acontecia no cenário nacional. Além da criação de uma comissão estadual de anistia, houve também uma indenização às famílias dos mortos e desaparecidos políticos. Além da reparação econômica, esse esforço reconhecia os crimes do Estado e essas pessoas como vítimas. “Aqui as pessoas ganhavam até R$ 32 mil. Mas existia uma política de memória e as indenizações eram às vezes o que menos importava nesse processo. Era mais importante o reconhecimento estatal e a elaboração de projetos relacionados a essas memórias. Isso acontece aqui em Pernambuco mesmo antes da Comissão da Verdade”, explicou Tásso Brito. O passo seguinte foi a Comissão da Verdade, a partir da Lei Nº 12.528. Essa nova estrutura do Estado não estava mais focada nas restituições financeiras e morais, mas passava a direcionar sua atenção aos esclarecimentos da memória e à verdade. Pernambuco criou a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara. Foram editados dois volumes de uma publicação histórica, que fizeram um levantamento dos mortos e desaparecidos no Estado e da atuação da ditadura em áreas temáticas. Foi explicitada a incidência do regime no campo, no movimento estudantil, nos meios de comunicação. “Esse documento é o que existe de mais atual sobre os impactos da ditadura em Pernambuco. Mas nós pernambucanos ainda não conhecemos esse relatório. Apesar de ter sido lançado em 2017, é ainda de grande desconhecimento da população”, avalia Manoel Moraes, que é professor de direito

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Ocupação Espaço O Poste realiza três ações culturais em junho

Ao todo, serão três ações culturais em junho: o início da Escola O Poste de Antropologia Teatral; o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro e Ceça dos Prazeres; e a apresentação do espetáculo “Cordel do amor sem fim” O Grupo O Poste Soluções Luminosas divulga a programação do mês de junho da Ocupação Espaço O Poste. Com incentivo do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 - Espaços Artísticos, o grupo teatral realizará, ao longo do mês, três ações culturais em sua sede, localizada no bairro da Boa Vista, centro do Recife. As atividades pautam e lançam reflexões sobre visões de mundo contra coloniais, valorizando expressões socioculturais afropindorâmicas. GIRA DE DIÁLOGO - Abrindo espaço para conversas sobre vivências socioculturais afroindígenas, O Espaço O Poste recebe na sexta-feira, 14/06, às 19h, o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro, escritora e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado em Pernambuco (MNU-PE); e Ceça dos Prazeres, produtora cultural e ativista, uma das lideranças do Quilombo dos Prazeres. Com entrada gratuita para o público, o encontro tem por objetivo visibilizar o protagonismo de mulheres negras ativistas que trazem em seus trabalhos práticas e posturas de vida contra coloniais, se destacando por divulgarem e exaltarem a cultura afroindígena em Pernambuco de forma singular e inspiradora.  “Nessa conversa, queremos compartilhar conhecimento e inspirar pessoas a entenderem o pensamento de mundo contra colonial, mostrando que é possível colocá-lo em prática mesmo no sistema colonizado no qual ainda nos encontramos”, comenta Naná Sodré, uma das integrantes do Grupo O Poste. ESPETÁCULO “CORDEL DO AMOR SEM FIM” - Na quinta-feira, 20/06, às 19h, o Espaço O Poste recebe a apresentação do espetáculo teatral “Cordel do amor sem fim”, uma das mais aclamadas e premiadas montagens do grupo pernambucano. Os ingressos custam R$ 30 inteira e R$ 15 meia, podendo ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla, em link disponível no Instagram do grupo @oposteoficial.  Inspirada na poética da literatura de cordel, o espetáculo conta a história de três irmãs que vivem às margens do Rio São Francisco, no Sertão pernambucano. Após se apaixonar por um forasteiro, uma das irmãs decide esperar a volta do amado, impactando radicalmente a vida da família. A montagem tem direção de Samuel Santos e foi feita a partir do texto da baiana Claudia Barral, premiado pela Funarte no ano de 2003, na categoria Teatro Adulto – Região Nordeste. A aclamada montagem de “Cordel do amor sem fim” pelo grupo O Poste estreou em 2009, sendo apresentada nos anos seguintes em espaços alternativos no Recife, em festivais pernambucanos e também em outros estados, vindo a circular por Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pará, Maranhão e até no Uruguai, nas cidades de Pedra, Montevidéu e Punta del Leste.  A montagem, inclusive, foi vencedora de diversos prêmios, entre eles três prêmios na Bienal Nacional Potiguar de Teatro (RN) (2010); cinco prêmios no Janeiro de Grandes Espetáculos (PE) (2011); além do Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2011 e do Pro Cultura 2010, ambos concedidos pela Funarte. ESCOLA DE TEATRO - Ainda em junho, o grupo O Poste dá início às atividades da Escola O Poste de Antropologia Teatral. Alunos inscritos por meio de convocatória realizada em maio passado experimentam práticas teatrais ancoradas em manifestações culturais afroindígenas, como Caboclinho, Maracatu Rural, Capoeira, além de treinamento de voz e corpo para a cena a partir de dispositivos do Teatro Antropológico e Ancestral, tendo a cultura dos povos originários e do povo africano como referência. As aulas ocorrem nas segundas e quartas, das 19h30 às 21h30, de junho até dezembro, com professores convidados e também com os integrantes do Grupo O Poste, que vão compartilhar técnicas teatrais próprias contidas na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea”, desenvolvida pelo grupo há 15 anos. Ao término do curso, os alunos ganham certificado e participam de um espetáculo de conclusão dirigido por Naná Sodré com assistência de Samuel Santos e Agrinez Melo. SERVIÇO: Programação Ocupação Espaço O Poste - Junho de 2024Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 641 - Boa Vista, Recife/PE) Mais informações: https://www.instagram.com/oposteoficial/  >> Início das atividades da Escola O Poste de Antropologia TeatralSegunda, 03/06, duas vezes por semana, até dezembroPara público previamente inscrito >> Gira de Diálogo, com Inaldete Pinheiro e Ceça dos PrazeresSexta-feira, 14/06, às 19hEntrada gratuita Espetáculo “Cordel do amor sem fim” (Grupo O Poste Soluções Luminosas)Quinta-feira, 20/06, às 19hIngressos: R$ 30 inteira / R$ 15 meia Venda antecipada pelo Sympla (link no Instagram @oposteoficial)

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Casarão centenário é restaurado no Recife. Saiba onde

Imóvel foi reaberto nesta semana na capital pernambucana, após 20 anos fechado. Foto: Acervo do SPN *Por Rafael Dantas Uma parcela pequena da população recifense conhece o mais novo casarão restaurado na cidade. Adquirido pela Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) há exato um século, em 1924, o imóvel fica na área interna no Seminário Presbiteriano do Norte, no bairro da Madalena. O sobrado, inicialmente, foi usado para as aulas de formação teológica da casa. Após algumas décadas, se tornou um alojamento para os estudantes que moravam no interior ou em outros Estados, mas há aproximadamente 20 anos estava sem uso. A construção recebeu investimentos da Junta Regional de Educação Teológica (JURET) e da Junta Patrimonial e Financeira da IPB e foi reaberta na semana passada, em um grande evento de celebração. Ele passará a abrigar a rica biblioteca da instituição, com quase 19 mil livros, e as salas administrativas. De acordo com o diretor do SPN, o Reverendo José Roberto de Souza, quando o seminário foi transferido de Garanhuns para o Recife em 1924, sua primeira sede provisória foi estabelecida na Avenida Conselheiro Rui Barbosa, no bairro das Graças. No entanto, não demorou para que o SPN obtivesse sua propriedade definitiva, onde está o casarão. Em 31 de outubro de 1924, com o apoio da Missão do Norte, a Comissão Executiva da Assembleia Geral da IPB decidiu adquirir a chácara na antiga Rua Sá Pereira, nº 208, na Madalena (Beco da Fábrica), pertencente à família Baltar. "Durante esse século de funcionamento nesse novo endereço, o “Casarão” funcionou como salas de aulas, dividindo o seu espaço com a biblioteca e com toda a parte administrativa. Posteriormente, ele serviu como internato de casais, além de inúmeras funcionalidades. Um detalhe interessante é que o "Casarão" passou a ser denominado carinhosamente durante esses anos de “purgatório”. Porém, temos a plena certeza de que agora, com a sua atual mudança de restauro, o “Casarão” deixa de ser o antigo “purgatório’ e se torna um pedaço do céu", afirma o diretor do SPN, José Roberto de Souza. No trabalho de restauro, foi descoberto que os ladrilhos utilizados na casa datavam ainda do século 17. Embora o espaço tenha recebido um novo piso, várias dessas peças foram mantidas no espaço. O casarão manteve suas características originais na área externa e internamente ganhou um novo desenho, moderno e com acessibilidade, tendo como detalhe estético dessa construção centenária as paredes com tijolos aparentes para seus visitantes. A reforma contou com o projeto do arquiteto Fernando Guerra e os serviços de engenharia de Henrique Jatobá e da sua equipe. O evento de reabertura do espaço contou com a presença de lideranças da Igreja Presbiteriana de todo o Estado e do País. Além do resgate da funcionalidade do prédio e da relevância da preservação histórico-arquitetônica do restauro, a reabertura tem guarda um importante aspecto sentimental para a denominação, em que alguns dos presentes conheciam o Casarão ainda em seus dias que funcionou para as aulas do seminário. O prédio inicial da Casa dos Profetas está de volta! Confira abaixo o vídeo do evento de reinauguração do Casarão. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Agenda Cultural para curtir o final de semana

São João de Caruaru tem início neste sábado (1º) Começa neste sábado (1º) o Maior e Melhor São João do Mundo na zona urbana. Com programação para todos os públicos, Caruaru promete realizar o maior festejo junino da história do município. Pela primeira vez, o São João da Capital do Forró irá contar com polos dedicados às artes do pífano e do bacamarte. Tendo como homenageados Ângela Bacamarteira, Terezinha Gonzaga, Adolfo José, Ariano Suassuna e Lambreta, a abertura do São João urbano terá programação em diversos polos: Pátio de Eventos, Camarão, Quadrilhas, Repente, Instrumental Rildo Hora, Juarez Santiago, Casa Rosa, Bacamarteiros, Alto do Moura, Infantil e Pífano. Este primeiro fim de semana de festa junina em Caruaru promete uma celebração repleta de atrações imperdíveis em diversos polos espalhados pela cidade. Na sexta-feira, o Polo Casa Rosa recebe talentosos artistas como Cantor João Filho, Adelson e Forró dos Manos, e Murillo Victor, oferecendo um aquecimento perfeito para o fim de semana festivo. No sábado, o Polo Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga se destaca com a Orquestra de Pífanos de Caruaru e Maestro Mozart Vieira, seguidos por grandes nomes como Carlinhos Brown e Flávio José, garantindo uma noite de ritmos envolventes e energia contagiante. Enquanto isso, em outros polos, a diversidade cultural é celebrada com fervor. No Polo Camarão, por exemplo, o público poderá desfrutar de uma variedade de apresentações, incluindo Galego de Tapera e As Severinas. Domingo reserva momentos especiais, como as apresentações de Priscila Senna, Limão com Mel, Léo Santana e Cavaleiros do Forró no Polo Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, além do talento de Geraldinho Lins no Polo Alto do Moura. Com uma programação repleta de música, dança, folclore e tradição, Caruaru se prepara para celebrar o São João em grande estilo, proporcionando momentos inesquecíveis para moradores e visitantes. Márcia Pequeno revela o rock que tem no forró em show domingo no Teatro Apolo Como forma de dar o pontapé nas celebrações em torno dos 15 anos de carreira, a serem completados em 2025, a cantora pernambucana Márcia Pequeno sobe ao palco do Teatro Apolo, neste domingo, 2 de junho, para apresentar o show “Forrock” a partir das 16h, ao lado do sanfoneiro Fernando Vinil. A apresentação, que será aberta ao público, une dois lados do trabalho desenvolvido pela artista, que iniciou a trajetória musical pelo rock e a psicodelia para, anos depois, abraçar a música popular, em especial, o forró e o frevo. No espetáculo, que tem direção musical de Gilú Amaral, a cantora promove uma espécie de tributo a uma das bandas mais representativas da cena roqueira em Pernambuco, a Ave Sangria, hoje composta por Marco Polo Guimarães, Almir de Oliveira, Juliano Holanda e o próprio Gilú Amaral. Mas não só à Ave Sangria, na verdade, Márcia Pequeno volta às raízes para resgatar uma parte de sua história e da cena dos anos 70 no Estado. Livraria do Jardim sedia encontro literário sobre autobiografia de Maya Angelou neste sábado (dia 1º) A partir das 14h deste sábado, dia 1º de junho, a Livraria do Jardim recebe mais uma edição do encontro literário das Floriterárias. Trata-se de um grupo de leitura exclusivo para mulheres que promete uma tarde de reflexões e emoções ao abordar o livro "Eu sei por que o pássaro canta na gaiola", autobiografia da escritora, poetisa e ativista norte-americana Maya Angelou.  Para aquelas interessadas em participar, o evento é gratuito e a inscrição pode ser realizada através do link do Sympla, disponível na bio do Instagram (@livrariadojardim). A Livraria do Jardim fica localizada na Avenida Manoel Borba, nº 242, na Boa Vista, e o livro pode ser adquirido no dia do encontro com um desconto exclusivo. Shopping Tacaruna promove série de shows gratuitos no mês junino Neste mês de junho, o Shopping Tacaruna promove uma série de shows gratuitos para celebrar as festas. A programação inclui o Taca Mais Música, projeto musical do Tacaruna, que oferece shows de qualidade todas as quintas-feiras, às 19h, que realiza uma edição especial de São João, com grandes estrelas da cena forrozeira de Pernambuco. Os shows acontecem no Rooftop do mall, com entrada gratuita, sujeita à capacidade do espaço. Quem abre a programação do Taca Música Especial de São João é o cantor Petrúcio Amorim, na quinta-feira, 6 de junho.  Durante os domingos de junho, será a vez da criançada comemorar o mês junino no Shopping Tacaruna. O Rooftop do mall, espaço de lazer e entretenimento ao ar livre, localizado no piso E7 do Edifício Garagem do mall, promove uma série de shows especiais de São João, voltados ao público infantil. As apresentações começam às 17h, com entrada gratuita, também sujeita à capacidade do espaço. No domingo, 2 de junho, A Bandinha inicia a programação apresentando um show que celebra a cultura popular brasileira, com forró, quadrilha e brincadeiras típicas. Com inspiração nas tradicionais festas juninas, apresentando no repertório, grandes nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos. E. também músicas do cancioneiro popular, para todo mundo cantar e dançar junto. Plaza Shopping se prepara para sexta edição do Arraial do Plaza O Plaza Shopping já começou a se preparar para realizar a sexta edição do Arraial do Plaza, que será realizado nos próximos dois finais de semana, dias 1º, 2, 8 e 9 de junho, no jardim do piso L2, a partir das 16h, com acesso gratuito. O evento, que é um sucesso desde 2017, celebra, com muito xote, xaxado, baião e forró, os festejos do Dia dos Namorados e do São João. Este ano, o projeto irá homenagear o artista pernambucano J. Borges, o Mestre da Xilogravura, considerado patrimônio vivo e um dos maiores gravadores do Brasil. O Arraial do Plaza contará com shows de grandes nomes da música nordestina. A Banda Mel com Terra está confirmada neste sábado (1º). No domingo, dia 02/06, é a vez de Nádia Maia. No segundo final de semana será a vez de curtir os embalos de Capital do Sol, no sábado (08/06), e Geraldinho Lins, no domingo

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Museu da Academia Pernambucana de Letras ganha painéis com acessibilidade

A partir de agora, a visita à Academia Pernambucana de Letras (APL) se torna mais inclusiva, graças a novos recursos acessíveis para pessoas com deficiência visual e auditiva. Fundada em 1901, ela está situada em um casarão neoclássico do século XIX, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no bairro das Graças, oferecendo aos visitantes uma imersão histórica na trajetória da APL e e no seu extenso acervo museológico. Projeto de Acessibilidade Comunicacional O projeto “Museu da Academia Pernambucana de Letras - Um passo em direção à Acessibilidade Comunicacional”, realizado pela produtora Arkhé Cultural com o apoio do Funcultura, visa tornar acessíveis as informações imagéticas dos painéis que representam os espaços do museu. A exposição permanente inclui obras de arte, peças decorativas e mobiliário doados à Academia ao longo dos anos, oferecendo uma rica experiência cultural e histórica. Tecnologia Assistiva no Museu da APL O Museu da APL, com visitação aberta ao público, agora conta com intervenções que possibilitam a acessibilidade comunicacional. Cada um dos dez cômodos da casa possui painéis informativos equipados com QR-codes. Esses códigos direcionam os usuários a traduções em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição, promovendo a democratização do acesso ao patrimônio cultural e garantindo uma experiência inclusiva para todos os visitantes.  O horário de visitação do Museu da APL é de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. É possível realizar agendamentos para grupos através do telefone (81) 3268-2211. Jamille Barbosa, produtora cultural responsável pela Arkhé “A intervenção visa dar um primeiro passo em direção a um patrimônio cultural mais acessível às pessoas com deficiência. É um projeto importante para lançar luz ao tema, encontrar cada vez mais apoio do poder público e, consequentemente, possibilitar a fruição do acervo do Museu ao maior número de pessoas possível”. Lourival Holanda, presidente da APL “Certamente, esse passo em direção à acessibilidade inclui a APL num rol ainda muito enxuto de instituições culturais que aproximam pessoas com deficiência de atividades culturais e literárias. Pretendemos ainda ampliar o leque de iniciativas neste sentido e tornar a Academia um ambiente cada vez mais acessível e visitado pela sociedade”.

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Documentário conta a história do bloco fundado na primeira vila operária da América Latina

O curta, dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha, é um dos projetos selecionados pelo edital da Lei Paulo Gustavo de 2023 Com a crescente elitização do carnaval pernambucano, marcada por eventos privados com artistas que não fazem parte da tradição carnavalesca do estado e pelo aumento dos trios elétricos que muitas vezes ignoram as raízes culturais do carnaval, torna-se essencial valorizar os blocos de rua, símbolos de resistência. Em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, o Bloco Foiará é um exemplo notável, reunindo a comunidade do bairro Vila da Fábrica em torno da autêntica tradição carnavalesca. A história do bloco é apresentada no documentário "Eu quero é botar meu Bloco na rua", dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha. Este projeto foi financiado pelo edital da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal repassados para a Prefeitura de Camaragibe. O lançamento do curta está previsto para julho e agosto, durante um festival organizado pela Fundação de Cultura de Camaragibe, no Teatro Bianour Mendonça Monteiro. O Bloco Foiará, fundado em 1957, tem 67 anos de história. Surgiu no bairro Vila da Fábrica, a primeira vila operária da América Latina, quando os trabalhadores, após terem seu pedido de folga de carnaval negado pelos patrões, organizaram um protesto e criaram o bloco. A criação do bloco representa a resistência da classe trabalhadora e evidencia a disputa de classes na sociedade. “Eu achei interessante porque é uma iniciativa da classe trabalhadora, é um bloco simples, de rua, raíz, que abrange e une todas as pessoas daquela região. A gente vê que o carnaval está passando por um processo de elitização, mas o bloco de rua continua sendo resistência, perpetuando a tradição de um carnaval mais democrático”, explica o diretor.  Além de estar profundamente ligado à luta dos trabalhadores, o Bloco Foiará simboliza a união comunitária através do carnaval de rua. Desde a década de 1950, o bloco mantém um ritual tradicional: os foliões se reúnem na "boca da mata" de Camaragibe, uma área onde a vegetação da Mata Atlântica é preservada. Nesse local, eles aguardam a saída do Foiará, personagem principal do bloco, coberto de folhagens e reverenciado como o "herói" da mata camaragibense. Ele defende a flora local e escapa do caçador, outro personagem integrante do bloco. “A gente esperava a saída do Foiará na boca da mata. Quando a gente ouvia os fogos dentro da mata, era porque estava anunciando que o Foiará foi encontrado pelo caçador e estava saindo. A gente ficava aguardando com galhos de mato e com apitos, para fazer a folia”, é o que relata Enilde Barros, uma das foliãs mais antigas do bloco. “Quanto mais barulho, mais emocionante e bonito ficava”, complementa. O objetivo era unir os foliões, que, a cada ano, aumentavam em números. Na “boca da mata”, os moradores faziam uma mesa com frutas, feijoada e chá. “Eu ajudava na preparação da mesa e todo mundo podia se servir, era um momento de união”, afirma Enilde.  Após a saída do Foiará e do caçador da mata, os foliões seguiam em cortejo pelas ruas da Vila da Fábrica ao som de uma orquestra de frevo tradicional. São seis décadas de histórias e encontros em torno de um carnaval feito por gente humilde, que, inclusive, não possuía muitos registros na internet. “O Foiará não tinha nenhum documento escrito na internet, somente uns vídeos antigos de desfiles passados, mas não tinha registros da história do bloco que, inclusive, é bastante interessante e tem relação com a luta dos trabalhadores daquela fábrica, com a simplicidade e resistência do carnaval de rua e com o verdadeiro carnaval tradicional pernambucano. Além de valorizar as raízes camaragibenses”, finaliza o diretor Matheus Rocha. 

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Uma verve precoce

*Por Paulo Caldas “As aventuras do Nicolau”, publicação assinada por Anita Farias Braga, entra para o naipe de histórias de bichos humanizados, um dos segmentos mais aplaudidos no mundo maravilhoso dos títulos voltados para o público infantil.  Na composição do conteúdo, a narração cabe ao protagonista, coelho Nicolau e aí a autora se esmera enfileirando letras a conceber palavras nascidas de uma verve precoce.  O universo  criado é compatível com os tempos de agora e visto aos olhos espertos de Anita nos seus nove anos de idade. Pela voz de Anita, Nicolau mostra total descontração, intimidade com o leitor compondo um texto à vontade, leve, solto e até as queixas são educadas, mostradas com naturalidade espontânea: “Agora tenho que virar um coelho no charme! Não posso nem encostar um tiquito de lama no meu pelo que já vão reclamar para minha dona, Anita. Já cansei”. As aventuras do Nicolau é uma trela sublime compartilhada pelas ilustrações caprichosas de Geovana Letícia do Carmo Lima, a diagramação de Marcelo Farias Juliano e a revisão de Carmen Roselaine de Oliveira Farias. O espectro gráfico tem  a impressão em papel couchê com imagens em policromia. Os exemplares podem ser adquiridos pelo email ricardopessoabraga@gmail.com. *Paulo Caldas é escritor

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