Arquivos Cultura e história - Página 305 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

O Homem de Sambaquí se apresenta no Quartas da Dança

Nesta quarta-feira (11), véspera de feriado, o Projeto Quartas da Dança ocupa a pauta do Teatro Arraial Ariano Suassuna com o espetáculo O Homem de Sambaqui, da Trapiá Cia de Dança, a partir das 20h. A ação é resultado de uma articulação entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. O Quartas da Dança dedica a pauta de equipamentos culturais da cidade à cena local de dança, com condições especiais. Os grupos selecionados têm direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação dos teatros. O espetáculo O Homem do Sambaqui, da Cia Trapiá Cia de Dança, propõe uma releitura do Brasil atual, convidando o público a se questionar sobre as causas que levaram à turbulência que o país atravessa e sobre o jeitinho brasileiro. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). E serão vendidos na bilheteria do teatro. Companhia - A Cia Trapiá de Dança foi fundada em 1989 pelos coreógrafos e bailarinos Otacílio Júnior e Valdi Nunes, com o objetivo de preservar e dar visibilidade à cultura popular e de perpetuar as danças populares como linguagens da arte cênica. Confira a programação completa do Projeto Quartas da Dança: Teatro Barreto Júnior - Andanças: Louvação a São João (Quadrilha Junina Raio de Sol): 18 de outubro, às 20h - Ser Tão Ariano (Cia Sopro-de-Zéferino, do Ária Social): 1 de novembro, às 20h Teatro Arraial Ariano Suassuna - O Homem do Sambaqui (Cia Trapiá Cia de Dança): 11 de outubro - Destramelar (Grupo Destramelar): 1 e 8 de novembro, às 20h - Dançando para Yansã (Balé Afro Raízes): 6 e 13 de dezembro, às 20h (PCR)

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Música é protagonista no Festival MIMO de Cinema​

O Festival MIMO de Cinema anuncia programação completa para a edição Olinda, que acontece entre os dias 17 e 19 de novembro. Serão exibidas 13 produções inéditas, entre longas, médias e curtas-metragens, divididas em duas mostras: Panorama Brasil e Um Outro Olhar. As projeções acontecerão na tenda do Mercado da Ribeira e no pátio da Igreja da Sé. São obras de diferentes gêneros, que cativam a plateia desde a primeira edição em 2004, com projeções ao ar livre, em telões, tendas, cineclubes e salas de exibição. Com direção e curadoria de Rejane Zilles, as sessões de cinema contarão com a presença com alguns diretores das obras selecionadas por meio de edital. A abertura da programação deste ano será com o longa-metragem pernambucano de Sérgio Oliveira, “Super orquestra arcoverdense de ritmos americanos”. O filme, premiado no Festival do Rio 2016, nas categorias “Melhor direção de documentário” e “Melhor fotografia”, traz, em tom de fábula, um recorte do sertão contemporâneo, onde convivem festas de debutantes riquíssimas e pessoas e animais em paisagens áridas. Outro destaque do festival é o longa inédito “Híbridos, os espíritos do Brasil” dos cineastas franceses Vincent Moon e Priscilla Telmon. O documentário explora o tema dos rituais religiosos Brasil afora e toda a musicalidade que emerge desses fenômenos sociais. Moon alcançou notoriedade internacional com a produção de vídeos para internet de artistas como REM, Arcade Fire, Tom Jones, Beirut, Grizzly Bear e Sigur Ros. Na Igreja da Sé será exibido o documentário "Onildo Almeida - Groove Man", que narra a história do caruaruense autor de clássicos imortalizados por Luiz Gonzaga. O pernambucano revisita aos 88 anos algumas de suas 600 canções. Interpretado por Agostinho dos Santos, Maysa, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Gal Costa, Gil e Caetano, o compositor é chamado de “groove man” pelos tropicalistas, dada a variedade de gêneros e ritmos que explorou ao longo da carreira. Outros filmes narram a trajetória de ícones da música popular brasileira. É o caso de “Torquato Neto – todas as horas do fim”, sobre a vida e obra do poeta em diversas manifestações artísticas (a começar pela música) e o seu protagonismo na revolução cultural brasileira nas décadas de 1960 e 1970. Ele ficou conhecido como “o anjo torto da Tropicália”. O documentário “Clara Estrela” (de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir), conta em primeira pessoa, a trajetória de Clara Nunes. O longa-metragem é construído sem entrevistas, apenas com depoimentos da cantora na mídia impressa, na voz da atriz Dira Paes, e se destaca pelo ineditismo do arquivo de imagens e pela minuciosa seleção musical. Na mesma sessão será exibido o mais recente trabalho do cineasta Beto Brant “Ilú Obá de Min - Homenagem à Elza Soares, a Pérola Negra” - que acompanha o desfile do coletivo de tambores e corpo de baile formado exclusivamente por mulheres, pelas ruas de São Paulo no Carnaval de 2016, exaltando a cultura afro-brasileira. Já “Fevereiros”segue os passos de Maria Bethânia no Carnaval de 2016, quando foi homenageada pelo vitorioso enredo da Mangueira, “Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá”. Completando a programação, uma rica seleção de curtas-metragens, onde a musica é protagonista. Realizado por Lu Araújo Produções e Musickeria, o MIMO Festival é apresentado pelo Ministério da Cultura, Bradesco e Cielo, tem o patrocínio do BNDES e Hero – Serviço de Segurança Digital, promovido pela FS, tem como parceiras a Prefeitura de Paraty e Olinda, além de contar com a Azul Linhas Aéreas como companhia Aérea Oficial e Minalba como Água Oficial, apoio da Estácio e 99. Em julho deste ano, a segunda edição portuguesa do festival alcançou um sucesso estrondoso, levando 60 mil pessoas à cidade de Amarante. Na Escócia, em janeiro, o MIMO foi convidado para representar o Brasil ao promover o Showcase Scotland 2017, do Celtic Connections. TENDA DA RIBEIRA 17 (SEXTA-FEIRA) Panorama Brasil 18h CINEBIOGRAVURA Diretor: Luís Rocha Melo Documentário I 28 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I Livre "Um minuto!", responde a voz que dubla um anônimo figurante, em uma cena de “Tocaia no asfalto” (Roberto Pires, 1962). A quem pertence essa voz? Cinema, jornal, rádio e música, fotos de família e cartas pessoais, um estranho ser de duas cabeças, as mãos sobre a ninfa seminua, pistolas e futuros no Planalto Central, Thelonious Monk e Sonny Rollins. A cinebiogravura de um brasileiro do século XX. SUPER ORQUESTRA ARCOVERDENSE DE RITMOS AMERICANOS Diretor: Sergio Oliveira Documentário I 77 minutos I 2016 I Recife I Livre O deserto brasileiro, o sertão nordestino, uma banda de baile anima festas de debutantes. Enquanto isso, a região é transformada por máquinas, que mudam a paisagem árida, e animais cantam e dançam ao som de standards americanos. “Start spreading the news...” 20h COSME Diretor: Luciano Scherer Documentário | 13min |2016 | Porto Alegre/RS | Livre Filmado na Itália e Inglaterra, aborda a vida do cantor e compositor brasileiro Thiago Médici, conhecido como Cosme. Ele embarca para a Europa em 2012, em busca de uma nova vida e da cidadania italiana. Tem os documentos roubados, vai para uma cidade do interior e acha um violão no porão em que vive. Em 2016, muda-se para Londres, dividindo seus dias entre a música e o trabalho numa loja de brinquedos. BAMBAS Diretora: Anná Furtado Documentário | 20min | 2017 | São Paulo | Livre O curta-metragem dá voz às sambistas de São Paulo de diferentes idades, classes e ideias. O filme desenha um panorama da vida dessas mulheres, mostrando as dificuldades e situações que o samba impõe às que se aventuram em suas rodas. FEVEREIROS Diretor: Marcio Debellian (Tenda da Ribeira | 17 (SEXTA) | 20h Documentário I 71 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I Livre A partir do vitorioso carnaval da Mangueira em homenagem a Maria Bethânia, o filme percorre uma viagem entre Rio e Bahia, acompanhando a cantora no universo familiar, festivo e religioso que inspirou o enredo “Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá”, de 2016. 18 (SÁBADO) 18h ILÚ OBÁ DE MIN – HOMENAGEM A ELZA

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Caravana Saltimbancos leva teatro para as crianças da zona rural de Caruaru

Quatro bichos que, sentindo-se explorados por seus donos, resolvem fugir para a cidade e tentar a sorte como músicos. Essa é a história dos Saltimbancos, peça de teatro musical que conta as aventuras de uma gata, uma galinha, um cachorro e um jumento. Agora, as crianças da zona rural de Caruaru vão poder conhecer de perto essa história consagrada no teatro brasileiro. A iniciativa da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC), em parceria com as Secretarias de Educação e Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural, vai levar nove alunos do curso de teatro da Casa da Cultura José Condé para se apresentar para estudantes de escolas do município. “Essa é uma grande oportunidade de proporcionar, para quem mora na zona rural, um contato maior com a cultura, e de forma gratuita. Além de que os alunos do curso de teatro podem, pela primeira vez, mostrar o que aprenderam”, comentou Lúcio Omena, presidente da FCTC. Nesta quarta (11), a Caravana Saltimbancos chega à Escola Municipal Capitão Rufino, na Vila Canaã, no 2º distrito, a partir das 9h. Dirigida por Nildo Garbo e com produção cultural de Zé Carlos, a peça tem duração de 40 minutos. As próximas comunidades a receber a caravana são o Sítio Lajedo do Cedro, no dia 17 de outubro, e Sítio Cipó, no dia 19. Além da zona rural, a peça será encenada na Estação Ferroviária, no dia 12 de outubro, em comemoração ao Dia das Crianças.

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Dia das Crianças será comemorado em equipamentos culturais

A diversão está garantida no dia 12 de outubro. Para comemorar o Dia das Crianças, equipamentos culturais da Prefeitura do Recife prepararam uma programação especial para a criançada. As atividades são gratuitas. No Sítio Trindade, localizado em Casa Amarela, a tarde será de muitas brincadeiras para garotada. A partir das 16h, vai ter oficina de brinquedos recicláveis, pintura com lápis de cera e até cinema ao ar livre na lona de circo, às 17h. Na ocasião, as próprias crianças irão escolher o filme que desejam assistir. Os participantes poderão ainda adquirir peças com preços diferenciados no brechó, além de conferir a feira de comidas e brinquedos infláveis. No Museu da Cidade do Recife, no Bairro de São José, a criançada vai aprender brincando sobre a história da cidade onde vive. Entre as 14h e as 16h, será oferecida a oficina gratuita ForteBrincar, para pequenos recifenses com sete anos ou mais. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail educativomcr@gmail.com. Além de descobrir como e com que finalidade foi construído o Forte das Cinco Pontas, os participantes colocarão a mão na massa para construir seu próprio forte, usando papelão, papel colorido e tinta guache. A oficina é uma homenagem à fortificação e uma forma de semear, entre as futuras gerações de recifenses, o apreço pelo equipamento, que completa 387 anos no próximo dia 25. Serviço Dia das Crianças no Sítio Trindade Quando: 12 de outubro Horário: 16h Local: Sítio Trindade, Estrada do Arraial, 3259, Casa Amarela Informações: 3355-3410 Museu da Cidade do Recife Oficina ForteBrincar Quando: 12 de outubro Horário: 14h às 16h Local: Museu da Cidade do Recife, Bairro de São José Inscrições e informações: educativomcr@gmail.com Serão oferecidas 25 vagas gratuitas

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Etelvino Lins: você já ouviu falar dele? (por Marcelo Alcoforado)

Ocupar um nicho na memória de um povo não impõe atos de bravura ou realização de prodígios. Pode-se ocupar um lugar honroso na mente das pessoas, sim, bastando a convicção das suas crenças, a disposição de perseguir incansavelmente seus objetivos e, ao alcançá-los, saber o que fazer com eles. Etelvino Lins de Albuquerque, pernambucano de Alagoa de Baixo, hoje Sertânia, foi um homem dessa cepa. Ele chegou em 20 de novembro de 1908 e, muito cedo, começou a mostrar o quanto importa saber querer. Após uma infância parecida com a de qualquer criança de seu estrato social, em 1930 ele se graduou em direito e deu início a uma vitoriosa carreira. Logo foi nomeado promotor público de Goiana, cargo que ocupou até agosto de 1934, quando foi nomeado delegado auxiliar. Logo ele revelou a que viera, operando uma profunda reforma nos quadros policiais. Em seguida, foi convidado a ocupar a Secretaria do Governo de Pernambuco, cargo que assumiu de imediato. Depois, em fevereiro de 1945, em substituição a Agamenon Magalhães, que assumira o Ministério da Justiça, foi nomeado interventor federal em Pernambuco. A morte súbita daquele político, porém, em agosto de 1952, deflagrou as articulações partidárias para a eleição de um sucessor que completasse o mandato do titular, com a escolha recaindo nele. Nomeado governador, ele renunciou ao mandato de senador que antes conquistara, tomando posse na governadoria em dezembro de 1952. E prontamente arregaçou as mangas, inclusive com participação ativa dos esforços de criação do PSD em Pernambuco. Resultante do golpe político-militar que depôs o presidente Getúlio Vargas, entretanto, foi destituído, voltando ao Senado, onde se elegeu primeiro-secretário e se reelegeu na legislatura seguinte. Político por índole, Etelvino Lins, diferentemente de muitos políticos de hoje, foi fiel à ética. Tanto que eleito vice-presidente do TCU declinou da escolha argumentando que a condição de presidente do PSD pernambucano, cargo que voltara a exercer, se conflitaria com a presidência daquele tribunal. Decidiu, assim, concorrer a mais uma eleição, elegendo-se deputado federal, e ao concluir seu mandato, em janeiro de 1963, passou a fazer parte do colégio de ministros do TCU. O quadro político nacional, contudo, levou ao movimento de 31 de março de 1964, que ungiu, em 1965, Etelvino Lins presidente do TCU. Posicionamento marcante do político pernambucano foi discordar do presidente Castelo Branco, que enviara ao Congresso um anteprojeto de constituição restringindo a competência do TCU, o que suscitou forte reação dos que compunham o corpo de ministros daquele tribunal. Etelvino Lins não perdeu tempo. Imediatamente elaborou emenda ao anteprojeto que, aprovada, integraria o texto constitucional promulgado em 1967 e facultaria ao TCU manter a prerrogativa de analisar as contas da Presidência da República, e emitir opinião sobre as emissões de papel-moeda. Com a chegada de 1969 Etelvino Lins decidiu aposentar-se, mas a política o chamava. Assim, após oito anos de afastamento das lides políticas, no pleito de 1970 concorreu, mais uma vez, à Câmara Federal, elegendo-se, novamente, deputado. Naquele tempo, ele já vira algo que hoje está tão em voga. A necessidade de uma profunda reforma da legislação eleitoral, por exemplo. Em março de 1972 ele apresentara projeto neste sentido, sancionado pelo presidente Ernesto Geisel. Foi a batizada Lei Etelvino Lins, transferindo para a Justiça Eleitoral os gastos com alimentação e transporte para os votantes do meio rural no dia das eleições, mas restringindo os gastos com a campanha. Há quem o responsabilize pela morte, na sacada do Diario de Pernambuco, do estudante Demócrito de Souza Filho, o que tisna sua passagem pela vida pública. Há porém os que falam em seu favor, inocentando-o daquele infausto acontecimento. Etelvino Lins, que soube querer, que soube conquistar e que soube o que fazer com as suas conquistas, faleceu no Rio de Janeiro, no dia 18 de outubro de 1980. Passados 37 anos, pouco mudou.

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Educação: proatividade rima com diálogo

Um dos grandes entraves para a inovação no Brasil é a falta de diálogo. Segundo a Pesquisa Industrial sobre Inovação Tecnológica, elaborada pelo IBGE, as maiores fontes de conhecimento das empresas brasileiras são principalmente as áreas da própria empresa. As feiras, exposições e os concorrentes aparecem em seguida. O canal com os clientes surge em último. Sérgio Cavalcante avalia que nas instituições de ensino superior há um isolamento acadêmico da sociedade e, inclusive, entre os próprios docentes. Um fenômeno que ele chama de “mercadofobia universitária”. O especialista avalia que a manutenção de contextos restritos, seja nas empresas, faculdades ou escolas, atrapalha a formação das pessoas inovadoras e a construção de soluções para os problemas do País. “Se um aluno de medicina não conversa com o estudante de engenharia, computação, administração, como eles vão conhecer os problemas uns dos outros para propor soluções? A universidade deveria ser uma união de diversidades”, propõe Cavalcante. No contexto escolar, algumas experiências já apontam para a necessidade de dialogar com opiniões diferentes para construir novos processos, serviços ou produtos relevantes. A Rede Educacional Damas criou no ano passado o Comitê de Inovação. Trata-se de um núcleo que envolve representantes de todos os colégios que se encontram regularmente para pensar a inovação para toda a rede, que conta com 11 escolas, sendo 4 delas em Pernambuco. “Cada escola tem um grupo temático (GT) de inovação local, que envolve alunos e profissionais das áreas pedagógica e administrativa. Analisamos cases de outros lugares, estudamos sobre inovação e estamos projetando ações para 2017 baseados nas análises que fizemos”, afirma Ricardo Silva, coordenador de educação tecnológica do Colégio Damas. Vários projetos gestados no núcleo estão em desenvolvimento. Um produto recém-construído na própria escola foi um aplicativo usado na aprendizagem de inglês para os alunos da educação infantil. No Colégio Madre de Deus foi formado um colegiado com os alunos que participam da construção das ações ao longo do ano. “A representatividade faz parte do dia a dia da gente. Estimulamos os alunos a escutarem seus colegas e trazerem para a direção o que eles estão pensando, propondo”, informa a gestora pedagógica do colégio Socorro Oliveira. “Quando fazemos com que o estudante participe da tomada de decisões e da produção de conteúdo, por meio de projetos e pesquisas, vamos formando um indivíduo que é sujeito e protagonista da sua história escolar”, analisa. Além do diálogo interno, a instituição tem um projeto de high school em parceria com a Missoury University (EUA) que oferece, de forma simultânea, a formação brasileira e americana do ensino médio. “Esse projeto coloca o aluno em contato com o mundo inteiro, fazendo um link com outros espaços. Ele está estudando no colégio, mas é um cidadão do mundo”, salienta Socorro. A parceria permite aos estudantes que concluam o high school serem admitidos, de forma automática, nos cursos de graduação da universidade americana. Outro projeto é um programa de verão que possibilita aos alunos terem uma vivência de curta duração no ambiente acadêmico da universidade americana, realizando cursos do seu interesse. PROFISSÕES Uma queixa recorrente dos estudantes do ensino médio é a pressão por escolher carreira nas tradicionais áreas de medicina, engenharia ou direito. Para dirimir as dúvidas sobre as diversas profissões e estimular que os alunos sigam seus sonhos, o Colégio Dourado promove diálogos dos estudantes com profissionais de áreas distintas, algumas sugeridas pelos próprios alunos. “É uma mesa redonda para debater profissões para que eles possam escolher seus caminhos profissionais. Já recebemos designers, artistas plásticos, médicos, sempre de acordo com o interesse deles”, afirma Maria José Dourado, diretora da escola. Apaixonada por moda, Luma Albuquerque, 17 anos, aluna do Colégio Dourado, já deu os primeiros passos de sua trajetória profissional. Ela pretende ser estilista e montar um negócio. “Na escola fui muito estimulada à criatividade e em casa ao empreendedorismo. Pretendo estudar moda e desde os 14 anos montei um plano de negócios para criar uma loja de biquíni”. Enquanto não ingressa na faculdade e consolida o seu sonho, a jovem montou uma loja virtual de quadros em PVC, a Sea Side, para gerar capital para investir no futuro negócio. Só no Instagram ela já tem mais de 2,6 mil seguidores e começa a participar de feiras para comercializar os produtos.

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Para formar o cidadão contemporâneo

Na era da informação, a sociedade anseia por cidadãos que tenham mais do que apenas conhecimento. As capacidades e habilidades para lidar com as demandas do Século 21 estão bem além do que é exigido em qualquer exame de acesso às universidades. O CEO do C.E.S.A.R. e professor da UFPE Sérgio Cavalcante destaca ser necessário um comportamento inovador para resolvermos os problemas do mundo contemporâneo. Apesar dos brasileiros serem bastante criativos, ressalva Cavalcante, o modelo tradicional do sistema de ensino no País joga contra uma formação mais crítica, analítica e inovadora. Para o CEO do C.E.S.A.R., quando o sucesso do modelo de educação é apenas preparar o ingresso dos alunos para as instituições de ensino superior a sociedade sai perdendo. Esta edição especial coloca em discussão alternativas e apresenta experiências educativas em Pernambuco que estimulam alunos a serem protagonistas do seu aprendizado e do mundo. “A aprendizagem na maior parte das escolas e universidades é totalmente obsoleta porque insistem em produzir uma pedagogia baseada na transmissão de informação. Bom, não precisamos de transmissão de informação, porque a informação está toda na internet.” A provocação do sociólogo espanhol Manuel Castells já foi compreendida por instituições que têm apostado em novas formas de construção do conhecimento. Aprendizados que dialogam com a vida e com a realidade dos alunos, de forma multidisciplinar. A pressão pelo ingresso nas instituições de ensino superior do País faz as escolas adotarem um modelo “entregar tudo de bandeja”, de acordo com Sérgio Cavalcante. “Não se ensina a ler, aprender, buscar e analisar informações. Não se ensina a apresentar os resultados. Ensina-se a resolver problemas e não a encontrá-los. Isso desestimula os alunos a serem analíticos e proativos”. Ele avalia que há um grande risco dos estudantes se tornarem acadêmicos passivos, consecutivamente, profissionais que não conseguem encontrar soluções e inovar. Para estimular a autonomia dos alunos na construção do conhecimento, uma inovação implantada no Colégio Equipe, neste ano, foi a criação da sala Aprender a Aprender. “É um espaço de estudos que tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do conhecimento e raciocínio dos alunos”, afirma o monitor Rafael Andrade, que é universitário, do curso de Bacharel em Física da UFPE, e ex-aluno do Equipe. A proposta do ambiente é colaborar com os alunos para aproveitarem melhor seu tempo e material e avançarem nos estudos além do que é exigido pelos professores. “Buscamos valorizar o processo de aprendizagem e não apenas a aquisição de conteúdos”, completa o professor Armando Vasconcelos, diretor do colégio. Na sala, os monitores são responsáveis por dar o suporte aos estudantes nas dúvidas que tiveram nas aulas, mas também são provocadores de novos conhecimentos. “Oferecemos algumas questões-desafios que não irão ser cobradas em provas, mas incitam o raciocínio. Debatemos temas atuais, políticos, sociais, que são mais difíceis de serem tratados na sala de aula convencional”, explica Rafael. O design da sala foi construído também para facilitar o múltiplo uso do espaço, para os diferentes tipos de práticas de aprendizado que são utilizadas no local. Os estudantes do ensino médio também são desafiados a desenvolver um projeto de pesquisa em grupo ao longo de todo o ano. “Nosso objetivo é desenvolver a autonomia do aluno na pesquisa e produção de conhecimento”, afirma Vasconcelos. Além do acompanhamento do professor, os alunos são avaliados por uma banca composta por docentes do colégio e convidados do mercado e das universidades. De acordo com o diretor, os alunos têm optado por temas com viés de protagonismo social e relacionados com as áreas profissionais que pretendem seguir. “É uma simulação da vida real e acadêmica”. Laboratório Para instigar os alunos a colocarem a “mão na massa”, a Aba Global Education trouxe, desde fevereiro, o Fab Lab Recife. Trata-se de um laboratório que integra uma rede mundial de fabricação digital elaborada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “É uma fábrica digital com computadores, impressora 3D, cortadora a laser e outros equipamentos. É um espaço para prototipar ideias, fabricar objetos de interesse dos alunos e da escola. Os professores são facilitadores, que desafiam a produção dos grupos”, afirma Eduardo Carvalho, diretor da ABA. Com o Fab Lab foi criada também a Maker School, baseada na cultura maker (faça-você-mesmo). Nela são oferecidas oficinas de conteúdos de eletrônica, fabricação digital, gameficação, raciocínio lógico, entre outros. Tanto nos cursos de inglês como na sua escola bilíngue, a ABA oferece um ecossistema que estimula o aluno à criatividade, autonomia e inovação. “Nossa visão é formar cidadãos globais, líderes e empreendedores. Desenhamos um currículo em que tratamos questões do que fazer para criar um mundo melhor. Desde o ensino infantil conversamos sobre os países, grandes líderes mundiais e discutimos problemas globais”, completa o diretor. Eduardo explica que há uma atuação transversal na instituição em prol do desenvolvimento da aprendizagem para o século 21. “Quatro habilidades são fundamentais: pensamento crítico, criatividade, colaboração e comunicação. Outras como iniciativa, flexibilidade, capacidade de adaptação, que são questões mais pessoais, e a competência de usar bem as mídias, são importantes para o trabalhador no mundo contemporâneo”. Diversos projetos na ABA estimulam o empreendedorismo, a criatividade e até mesmo as habilidades relacionadas ao equilíbrio emocional. O incentivo à iniciação científica é o caminho escolhido pelo Colégio Lubienska para estimular o protagonismo estudantil. Inspirados na metodologia do design thinking, que tem como proposta “pessoas pensando em solução para pessoas”, a escola convida os alunos a escolherem um tema para pesquisar e pensar em soluções viáveis. “Procuramos desenvolver uma ação educativa que coloque o aluno como protagonista do seu processo de aprendizagem. Eles estão desenvolvendo os projetos desde o início do ano. Fazem os protótipos para resoluções dos problemas escolhidos, testam com a comunidade, até chegar a solução”, afirma Sandra Spinelli, coordenadora pedagógica do ensino fundamental 1. Um dos projetos desenvolvidos por estudantes do 5º ano do ensino fundamental foi voltado para a acessibilidade, por uma turma que tem dois alunos cadeirantes. Eles pesquisaram alternativas de rampas portáteis para espaços que não são acessíveis. “Eles identificaram que as rampas já usadas para essa finalidade eram

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“Baú da Camilinha” no Gerações Musicais de outubro

Inspirado em autores como Ziraldo, Monteiro Lobato, Ruth Rocha, o casal João Menelau e Camila conta e canta histórias nos palcos do Recife, com o seu “Baú da Camilinha”. Sucesso total entre o público infantil, serão os convidados do 31º Gerações Musicais da Arte Plural Galeria, em homenagem às crianças, no mês a eles dedicados. Será no sábado (14). O evento é gratuito e começa às 16h. A APG fica na Rua da Moeda, 140, no Bairro do Recife. O projeto acontece, mensalmente, com convidados para um descontraído bate-papo com o público sobre sua trajetória profissional e um “pocket show” para animar a plateia. A proposta do casal é despertar a criatividade das crianças e o interesse pela leitura. Em suas apresentações, vão tirando do baú surpresas em forma de livro. As histórias são narradas de uma maneira única, intercaladas com canções especialmente criadas para cada momento e vivenciadas pela garotada. Gerações – Este é a primeira edição dedicada ao público infantil do Gerações Musicais. Criado há três anos para reunir músicos de diferentes gerações para compartilharem suas experiências e debater sobre cultural, o projeto tornou-se um encontro mensal. Acontece sempre na última quarta-feira de cada mês, exceto neste mês. A coordenação do projeto é de Marco Rosati. SERVIÇO: 31ª edição do Gerações Musicais 2017 Com “Baú da Camilinha” – Camila e João Menelau Data: 14 de outubro, sábado, às 16h Entrada franca. Local: Arte Plural Galeria – Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife - Recife – PE Informações: (81) 3424.4431

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Mercado da Encruzilhada de portas abertas para o Projeto Feira Livre do Poço

Quem costuma ir ao Mercado da Encruzilhada agora passará a contar com uma atividade diferente todos os sábados, a cada 15 dias, até o final deste ano. No último sábado (07) o mercado abriu suas portas para o Projeto Feira Livre do Poço. A parceria entre a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, por meio da Autarquia de Serviços Urbanos (CSURB), e o projeto, que é de iniciativa não governamental, busca diversificar os atrativos que movimentam o lugar. Com isso é oferecido ao consumidor outros tipos de produtos a serem comercializados e, consequentemente, de interatividade com a cidade e com as pessoas. A feira teve origem no bairro do Poço da Panela, Zona Norte do Recife e com a parceria o projeto inicia uma nova fase: ele passa a ser itinerante e a primeira parada até dezembro é o Mercado da Encruzilhada. No espaço reservado à montagem da feira, o público vai encontrar barracas com produtos alimentícios diversificados que estarão disponíveis para venda e que somam as opções já existentes nos boxes do mercado. São 22 tipos de operações de alimentos com opções saudáveis e 15 bancas com artigos de moda, acessórios e artes. Quer montar uma hortinha em casa? A Feira Livre do Poço leva também para comercialização pequenas mudas de temperos e ervas, um incremento a mais que levará mais sabor para as receitas. “Abrimos o Mercado da Encruzilhada para uma proposta inovadora e com atrativos que são diferentes daquilo que normalmente é oferecido dentro dos mercados. A proposta é movimentar, diversificar e atrair pessoas para uma programação de final de semana dentro do mercado, que é um espaço de encontro, de convivência entre as pessoas”, explica Berenice Lima, presidente da CSURB. Algumas atrações estão previstas para acontecer ao longo do dia. Às 11h, os visitantes da feira conferem a apresentação do grupo circense Malanarquistas. As crianças também contarão com programação especialmente pensada para elas. A Colheita Literária, marcada para começar Às 15h, promete mexer com a imaginação dos pequenos com contações de história. Também pensando na garotada, de maneira inclusiva, haverá curso de cupcake, pequenos bolos decorados que são sucesso entre os menores. ‘Para animar a festa’ o som fica por conta dos embalos das décadas de 1960, 1970 e 1980. No comando dos hit’s, DJ Paulinho Costa. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Belo Jardim passa a integrar Mapa do Turismo Brasileiro

A cidade de Belo Jardim agora faz parte oficialmente do Mapa do Turismo Brasileiro, dentro da “Região Turística Fé e Arte”. O levantamento completo do Mapa do Turismo Brasileiro foi divulgado pelo Ministério do Turismo, no último dia 14 de setembro. Em todo o país, foram listados 3.285 municípios em 328 regiões turísticas. O estado de Pernambuco conta com 103 municípios com vocação turística, distribuídos em 16 regiões. Com esta conquista, o município de Belo Jardim adota o turismo como estratégia de desenvolvimento local e dá o primeiro passo para a definição de políticas públicas para o setor. Na avaliação do secretário Municipal de Cultura, Esporte, Turismo e Eventos de Belo Jardim, Silvio Romerio, inserir Belo Jardim no Mapa do Turismo Brasileiro foi uma ação extremamente importante, uma vez que 90% dos recursos disponibilizados pelo Ministério do Turismo para investimento no setor serão direcionados para os municípios brasileiros que fazem parte deste Mapa. “A partir de agora trabalharemos fortemente para fazer jus a esta conquista e nossa próxima ação para o setor será a atualização do inventário turístico da cidade”, completa o diretor de Turismo do município, Hamilton Sérgio. Segundo ele, a intenção é desenvolver o turismo na cidade, com respaldo técnico e responsabilidade socioambiental, de modo a garantir a distribuição equitativa dos benefícios decorrentes desta atividade entre todos os envolvidos com o turismo.

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