Arquivos Cultura E História - Página 308 De 389 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Pochyua Andrade se apresenta no Quilombo Experimental

No próximo dia 06 de abril (sexta-feira) o compositor e escritor Pochyua Andrade apresenta seu repertório autoral no Restaurante Ecológico e Espaço Cultural Quilombo Experimental, em Dois Irmãos. O show marca a inserção do artista no circuito musical independente e alternativo que ganha cada vez mais força nas noites pernambucanas. O roteiro mescla os singles dos álbuns “Pochyua e Cambaçu” (2007) e “Pochyua” (2013) com canções que estarão em seu próximo projeto, e serão tocadas pela primeira vez em Recife. Natural do Recife, Pochyua retornou recentemente à capital pernambucana após uma década de trabalho em Santa Catarina. Sua obra traz experimentações que perpassam por frevos, maracatus, baiões, sambas, jazz e manguebeat. No espetáculo em formato Power Trio (violão, baixo e bateria), Pochyua Andrade terá a companhia do baixista Rodrigo Victor e do baterista Alexandre Barros, nomes conhecidos da cena regional. A formação da banda ressalta a particularidade do violão do autor e o groove que permeia suas melodias. CARREIRA Músico de formação, com uma discografia que reúne 4 álbuns, Pochyua teve destaque no cenário independente com premiações em festivais como Fucca, Femic e Mostra Sesc de Música. Suas canções já foram gravadas por nomes conhecidos como o carioca Marcos Sacramento e a catarinense Ive Luna. Em Santa Catarina teve uma participação importante no cenário musical. De acordo com Eusébio Kohler, professor de música da Universidade Regional de Blumenau, Pochyua sempre se destacou pelo repertório e influências que trouxe do Recife. “Ele se destacou como um músico com exímia qualidade, produção melódica, harmônica e texto das composições que ele faz. Sempre cultivou as ruas raízes pernambucanas. Percebíamos que era uma música que se destacava na produção local”. Paralelo à sua carreira de cantor e compositor, Pochyua realizou produções na literatura, no teatro e na música infantil. É autor do musical “Pra rodar pra dormir” e dos livros “A Vaca Minuciosa” e “Evaristo, A Cutia”. SERVIÇO Show de POCHYUA ANDRADE Sexta, 06/abril – a partir das 20h No Quilombo Experimental Rua da Biblioteca da UFRPE, 248 – Dois Irmãos / Recife Ingressos: R$ 10,00

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Caruaru por Paixão recebe exposições em museus da cidade

Com o objetivo de difundir a arte e a história de Pernambuco, a Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, em parceria com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) – através do Funcultura, traz para a cidade duas grandes exposições que serão abrigadas no Museu do Barro, no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, e no Memorial de Caruaru, que fica no antigo Mercado de Farinha, no Centro. “Um Museu Itinerante”, ficará no Memorial de Caruaru, no período de 20 de março a 1º de abril, vai mostrar ao público um pouco do rico acervo da coleção de obras do Museu do Estado de Pernambuco - MEPE, por meio de reproduções fotográficas das principais obras presentes no museu, além de vídeo com histórico do MEPE e suas coleções e a produção de um catálogo e cartilha (exemplares também em braile) para auxiliar professores no trabalho de arte-educação. Já o Museu do Barro vai receber a exposição “A Arte Popular Religiosa”, que conta com 20 peças de autores diversos pertencentes ao acervo do Museu de Arte Sacra de Pernambuco, além de peças premiadas no Salão de Arte Popular Religiosa de Pernambuco, na FENEARTE. A finalidade dessa exposição é mostrar a religiosidade em suas relações de contexto e apropriações narrativas e estéticas, em diálogo com a produção no universo popular. O projeto fica exposto a partir das 15h do dia 22 de março e vai até 9 de abril. Sobre o acervo do Museu do Estado de Pernambuco– Atualmente, a coleção do MEPE, considerada um referencial para a arte e a história pernambucana, é composta por mais de 15 mil peças, divididas nas seguintes coleções: Carlos Estevão de Oliveira (arqueologia, arte indígena e etnográfica), Liceu de Artes e Ofícios (mobiliário estilo pernambucano), Brás Ribeiro (arte decorativa), Lívio Xavier (ex-votos), Afro-brasileira, Iconografia pernambucana e a de pinturas e desenhos, enriquecida através dos Salões de Arte de Pernambuco. Serviço: Exposição “Um Museu Itinerante” Quando? 20 de março a 1º de abril Onde? Memorial de Caruaru (Antigo Mercado de Farinha – Centro) Horário de visitação: Terça a sexta – 8h às 17h | Sábado – 8h às 13h   Exposição “A Arte Popular Religiosa” Quando? De 22 de março a 9 de abril Onde? Sala de Exposições Temporárias do Museu do Barro de Caruaru (Pátio de Evento Luiz Lua Gonzaga) Horário de visitação: Terça a sábado – 08h às 17h | Domingo – 09h às 13h

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Conservatório Pernambucano de Música realiza concerto de Páscoa na Igreja de São Pedro dos Clérigos

A paixão, morte e ressureição de Cristo serão tema do concerto de Páscoa gratuito, promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música, em parceria com o Instituto Dom da Paz, no dia 28 de março (quarta-feira), às 19h30, na Concatedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, bairro de Santo Antônio. Solistas e a Orquestra de Câmara de Pernambuco, sob a regência do maestro José Renato Accioly, interpretarão músicas do período barroco, que falam sobre a trajetória do filho de Deus em duas partes. O evento tem apoio da Arquidiocese de Recife e Olinda, Oratório São Pedro dos Clérigos, Cepe e Fundarpe. A primeira parte do concerto se chama Membra Jesu Nostri, ciclo de sete pequenas cantatas dedicadas a uma parte do corpo crucificado de Jesus, com composições do organista alemão Dieterich Buxtehude. Cinco solistas cantarão sobre as feridas do Nazareno na cruz e serão acompanhados pela orquestra. No segundo período, Sabatat mater, dois solistas vocalizarão sobre o momento em que Maria, mãe do Messias, o pega nos braços após ser retirado da cruz. As canções da segunda parte, que é uma meditação sobre o sofrimento de Maria ante a crucificação e morte de seu filho, foram compostas pelo violinista italiano Giovanni Battista Pergolesi. “São composições barrocas do mesmo período da arquitetura da Concatedral de São Pedro dos Clérigos, tornando este evento único e usando a sonoridade que pertence à estrutura da igreja, que tem uma das melhores acústicas de Pernambuco”, detalha o regente José Renato, que comandará 28 músicos na ocasião. O TEMPLO Com projeto de Manuel Ferreira Jácome, a Concatedral de São Pedro dos Clérigos exibe pinturas de João de Deus Sepúlveda e Manuel de Jesus Pinto, com detalhes do mestre-dourador Inácio Melo Albuquerque. A celebração pascoal também marca o primeiro evento aberto ao grande público depois que o templo cristão passou por reformas, no ano passado. A ideia é criar uma programação para movimentar o espaço, localizado em um dos cartões-postais do Recife, o Pátio de São Pedro. Quem quiser ir de carro ao concerto poderá estacionar o veículo no Pátio do Livramento, também no bairro de São José, que contará com policiamento para garantir a segurança e conforto do público. A diretora geral do Conservatório Pernambucano de Música, Roseane Hazin, destaca que a festividade foi pensada para um momento de união e reflexão para toda a família. “Nos unimos a várias de cidades no mundo inteiro na celebração da Páscoa através da arte musical. Este concerto é uma sensível introdução à reflexão pascal, e um incentivo à meditação sobre a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo”, finaliza. SERVIÇO Concerto de Páscoa do CPM – 28/3, às 19h30, na Igreja de São Pedro dos Clérigos – Pátio de São Pedro, bairro de Santo Antônio. Evento aberto ao público.  

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Orquestra Sinfônica do Recife estreia hoje (21) temporada 2018 de concertos gratuitos

A Orquestra Sinfônica do Recife abre a temporada 2018 de concertos oficiais gratuitos nesta quarta-feira (21), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Para participar das apresentações mensais, oferecidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, basta chegar com uma hora de antecedência e garantir o ingresso na bilheteria do teatro. Para o primeiro concerto do ano, o diretor e regente da Orquestra, maestro Marlos Nobre, escolheu a Sinfonia nº 8, do compositor checo da Era Romântica Antonín Dvorák. Segundo o regente, a sinfonia tem 4 movimentos, oscilando da explosão sonora marcada pela percussão, ao típico solo de violino de Dvorák, seguido de uma graciosa dança no compasso de valsa, para culminar numa dramática turbulência. A segunda e última peça da noite será Mourão, do compositor, arranjador e estudioso da música brasileira Cesar Guerra-Peixe. O autor, que devotou boa parte de sua produção, estudos e esforços à música popular nordestina, sobretudo ao Maracatu e ao Frevo, flertou com o Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, ao qual deu grandiosa contribuição. Embaixador do Turismo- Nesta quarta-feira (21), enquanto estiver regendo o concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, o maestro Marlos Nobre, pernambucano do bairro de São José, será representado pela esposa na premiação que irá lhe conferir a comenda de Embaixador do Turismo, outorgada pela Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio de Janeiro. Será o 30º prêmio, entre nacionais e internacionais, recebido ao longo de seus 78 anos. Serviço Primeiro Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife em 2018 Data: Quarta-feira, 21 de março Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Entrada franca Informações: 3355-3322

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Tempo de pensar nas possibilidades

A Arte Plural Galeria (APG) promove exposição coletiva com artistas do seu casting e convidados que possuem um diálogo com o espaço. A mostra Possibilidades, com curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, reúne trabalhos de 12 artistas locais e do coletivo Vacilante, com obras em pintura, fotografia e objeto. São 35 peças que representam um pequeno panorama da produção artística atual. A abertura para convidados será na terça-feira, dia 20, às 19h. A partir da quarta-feira (21.3), o público poderá conferir a mostra das 13h às 19h, com acesso gratuito. A exposição ser vista até 12 de maio. Participam da mostra: Antônio Mendes, Álvaro Caldas, Bruno Alheiros, Roberto Ploeg, David Alfonso, Roberto Lúcio, Pragana, e do Coletivo Vacilante (todas pinturas); Erick Gomes, Iezu Kaeru, Leandro Pereira e Pri Buhr (fotografia), além de Dani Acioli. Possibilidades – A exposição não tem um único tema comum a todos. Trafega por possibilidades criativas que ora convergem, ora divergem, pautando-se pela diversidade das questões abordadas e dos suportes utilizados. “Gosto de repetir uma frase do crítico Mário Pedrosa, que em tempos de crise, é preciso estar com os artistas. São eles que nos livram do perigo da verdade única e nos apontam possíveis aberturas de perspectiva que outras áreas de conhecimento geralmente não nos proporcionam. A exposição é um convite, portanto, aos possíveis olhares em torno da realidade e um ponto de reflexão no contexto de hoje”, define a curadora Olívia Mindêlo. O título da mostra, além de remeter a um poema homônimo da poeta polonesa Wislawa Szymborska, também fala sobre o próprio fazer curatorial, que lida com as possibilidades de escolha em tempos de crise e no contexto de uma galeria Múltiplos – A maior parte dos trabalhos é bidimensional. A exceção é Dani Acioli, que, conhecida por desenhar mulheres, manifesta suas inquietações feministas, desta vez, em múltiplos feitos para a exposição. Esses objetos traduzem as diferentes formas de dominação e opressão ao sexo feminino. Vaginas em madeira surgem pintadas de vermelho, com desenhos da artista e a inserção de outros elementos, como faca, pregos, arames farpados, corrente, cadeado, geralmente dispostos em forma de santuários/relicários. O artista plástico Roberto Lúcio e o coletivo Vacilante trazem interpretações do cenário urbano em pinturas que dialogam com a linguagem do pop, do grafite, da street art. Enquanto isso, os pintores Antônio Mendes, Álvaro Caldas, Bruno Alheiros, David Alfonso, Pragana e Roberto Ploeg exploram entre telas e papéis, cores e preto, as possibilidades da linguagem abstrata e figurativa, por vezes atuando no limiar das duas. Imagens – A fotógrafa Priscilla Buhr apresenta trabalhos das séries Erro 99 e Lento e de um conjunto recente, ainda em processo. São imagens subjetivas que atuam no território do sensível, trabalhando signos da memória, do feminino, da dor, da maternidade, do renascimento, do descaminho, da solidão. Iezu Kaeru também aposta na fotografia conceitual, refazendo paisagens naturais com seu gesto artístico. São variações de uma pesquisa fotográfica que já vem desenvolvendo há um tempo. Já Eric Gomes e Leandro Pereira trabalham a fotografia sob um viés mais crítico. O primeiro, por meio de um trabalho documental que é parte de seu envolvimento em movimentos sociais de luta por acesso a terra no contexto urbano e rural, abordando tanto a memória do Ocupe Estelita, quanto as manifestações indígenas pelo direito de existir (no caso, em Brasília). Já Leandro Pereira coloca em perspectiva a paisagem urbana através de uma poética que experimenta reinserir edifícios através do recorte de imagens e dos recursos da fotografia digital. A Arte Plural – Comprometida em levar cultura ao público, a Arte Plural Galeria é um espaço múltiplo. Instalada no histórico bairro do Recife Antigo desde 2005, já realizou mais de 60 exposições e é reconhecida por incentivar no cenário cultural Pernambuco, a arte em todas as suas formas. SERVIÇO: Exposição “Possibilidades”, com curadoria de Olívia Mindêlo Vernissage dia 20 de março, às 19h Aberto ao público de 21 de março a 12 maio | Entrada franca. Local: Arte Plural Galeria – Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife – Recife/ PE Informações: (81) 3424.4431

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O Tirinete de Geraldo Freire

Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público.Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público. Quem se debruça sobre a leitura encontra uma narrativa líquida, que escorre solta, qual riacho em chuvarada esquiva-se da monotonia e mantém o clima perene, agradável, mas que, no entanto, nem sempre obedece as recomendações da bula quanto as técnicas literárias. Contudo há cuidados visíveis na composição dos cenários, notadamente nos primeiros capítulos, artifício que convida o leitor a participar das cenas.  Existem nesses momentos os apelos dos chamados detalhes certificadores, quando descrevem a então moradia do biografado ainda na infância. Noutro trecho, a fidelidade ao cenário se afirma na preparação da fuga do menino Geraldo para o Recife, cena bem urdida que prende o leitor nos momentos que detalha, inclusive, os trajes do garoto. A leitura ganha contornos dinâmicos quando aborda o cotidiano do Geraldo Freire adulto, o profissional bem-sucedido, de “tiradas” argutas nas incursões jornalísticas revestidas de coragem e mantem o ritmo nos instantes em que os refletores estão voltados para o seu trabalho, lazer e amigos. O mesmo não é possível afirmar dos capítulos que mostram “causos” e historietas de domínio público. É certo que o volume do livro (quase 500 páginas), corresponde à importância de Geraldo Freire no universo em que gravita, todavia e não obstante uma ou outra informação repetida ou frases de consequências óbvias poderia ceder espaço à concisão e com certeza não traria prejuízo ao conteúdo da obra. O livro tem apresentação do poeta Xico Sá, “orelha” do poeta Jessier Quirino, um interessante acervo de imagens e cuidadoso projeto gráfico de Simone Freire, com edição e impressão da Companhia Editora de Pernambuco – Cepe. Por Paulo Caldas, escritor.

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Orquestra Sinfônica do Recife dá aula gratuita de música erudita nesta terça-feira (20)

A Orquestra Sinfônica do Recife inicia, nesta terça-feira (20), no Teatro de Santa Isabel, o calendário 2018 de aulas-espetáculos do Projeto Concertos para Juventude. A partir das 10h, crianças e adolescentes previamente inscritos serão convidados a passear pelo universo da música erudita, completamente desconhecido para muitos deles. O projeto é uma iniciativa do maestro Marlos Nobre, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Esta primeira edição do Projeto Concertos para Juventude faz parte da programação da 2ª Semana da Juventude do Recife, que começa nesta terça-feira (20) e vai até o próximo dia 28m, numa articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife. A primeira aula do ano será dedicada a dois compositores, contemplados no primeiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife, a ser realizado na noite desta quarta-feira (21): o checo da era romântica Antonín Dvorák e Cesar Guerra-Peixe, arranjador e estudioso da música brasileira. Deles, serão executadas a Sinfonia nº 8 e Mourão. Entre uma peça e outra, o público poderá aprender sobre a sonoridade de cada instrumento que compõe uma orquestra e também sobre o contexto histórico em que viveu e trabalhou cada compositor erudito. Além de música, a apresentação gratuita oferece aos pequenos espectadores a possibilidade de entrar, alguns pela primeira vez, num dos mais antigos e bonitos teatros do país, há 167 emoldurando a cultura brasileira. O Projeto Concertos para Juventude tem periodicidade mensal, antecedendo sempre em um dia o concerto oficial da Orquestra, no mesmo Teatro de Santa Isabel. As inscrições para escolas e grupos interessados em participar dos Concertos para Juventude devem ser feitas antecipadamente, pelo telefone: 3355-3323. CONCERTO OFICIAL ­– No dia 21, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade ininterrupta do país, volta a subir ao palco do Santa Isabel para realizar o primeiro concerto oficial da temporada de 2018. A apresentação é gratuita e aberta ao público. O repertório será o mesmo tocado para os estudantes. Para assistir, basta retirar o ingresso no teatro uma hora antes da apresentação. Serviço Concertos para Juventude Data: Terça-feira, 20 de março Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Inscrições: 3355-3323

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Em duas semanas, dois anos

O que impele um empresário bem-sucedido a reduzir deliberadamente a importância dos seus negócios e deixar o Brasil para viver em outro país? A insegurança? A corrupção? A impunidade? Não responda agora. Antes, considere que nestes dias em que o progresso tornou o mundo pequeno, é corriqueiro deixar para trás os parentes, os amigos, a pátria, abandonar tudo, enfim. Nos anos 1700, entretanto, era uma desmedida ousadia. Havia muito tempo, Antônio Gonçalves da Cruz Cabugá planejava seguir o caminho do mundo, e até já se desfizera da maior parte dos seus bens, inclusive o sobrado onde morava. Com a chegada do dia 6 de março de 1817, porém, ele adiou a partida por duas semanas, tempo em que assumiu a presidência do Erário, cargo equivalente, hoje, ao de ministro da Fazenda, para realizar, em curtíssimo prazo, históricas intervenções na economia pernambucana. Assim foi feito. Ele estabeleceu ampla liberdade de comércio com todas as nações; isentou de taxas os produtos de primeira necessidade; democratizou o sistema de concessão de alvarás, instrumento com que os portugueses mantinham os brasileiros fora do mundo dos negócios; revogou os impostos sobre pequenas lojas, embarcações e canoas; e passou a comprar alimentos e revendê-los à população, a preço de custo. Foi um golpe contundente no monopólio dos mascates lusos, que compravam em grosso, estocavam, esperavam a fome crescer e depois revendiam aos retalheiros, hoje por cinco, amanhã por 10, depois por 15... Foram medidas de grande impacto, tomadas em apenas duas semanas, após o que ele embarcou para os Estados Unidos na condição de primeiro embaixador do Brasil junto a uma nação estrangeira. Do seu trabalho naquele país dependia o futuro do regime democrático que se buscava implantar no Brasil, a partir de Pernambuco, a capitania mais próspera do País, conquanto suas classes populares vivessem quase na miséria. Pensando bem, como gigantesca exportadora de açúcar e algodão, a capitania pernambucana, líder econômica regional, poderia progredir ainda mais, se os produtores agrícolas não fossem compelidos a um embate constante com os monopólios comerciais, os juros escorchantes e a enorme carga tributária imposta pelo governo de D. João. Nos Estados Unidos, a missão do diplomata pernambucano era obter do governo o reconhecimento da República brasileira e advogar por ela junto à Inglaterra, oferecendo em troca 20 anos de isenção de impostos para os produtos norte-americanos. Outra busca urgente era adquirir navios de guerra, armas e instrutores para equipar e treinar as tropas pernambucanas. Ele cumpriu fielmente todos os encargos. Adquiriu 10 mil fuzis e trouxe como instrutores militares franceses exilados na América do Norte após a derrota de Napoleão em Waterloo. Mas não ficou só nisso. Também fez um bom trabalho junto à imprensa. Quando algumas vozes anônimas tentaram negar o valor do movimento pernambucano, nos jornais de lá, alegando tratar-se de rebeldia de uma região isolada, diferentemente da América Espanhola, que se levantara de norte a sul, a resposta foi rápida e certeira: Boston, com uma população ainda menor que a do Recife, também começara a revolução norte-americana solitária... Ademais, o próprio Thomas Jefferson, um dos fundadores dos Estados Unidos, chegou a escrever ao francês Lafayette, herói das revoluções norte-americana e francesa, sugerindo que Lisboa perdera uma grande província, e não seria de admirar se todo o Brasil se levantasse e mandasse a família real de volta para Portugal. Quanto à segunda parte, acertou em cheio. A República foi proclamada. Mulato, pouco mais de 40 anos, rico, solteiro, farrista, aplicado praticante dos prazeres da vida, ele era abominado pelos portugueses e ferrenho defensor dos ideais franceses calcados em liberdade, igualdade e fraternidade. Um dos mais importantes vultos da Revolução de 1817, Cruz Cabugá continua presente em nosso cotidiano. Na memória de cada pernambucano e na avenida que tem seu nome ligando Recife e Olinda. *Por Marcelo Alcoforado

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Clube das Pás celebra 130 de fundação com programação especial

O Clube Carnavalesco Misto das Pás completa 130 anos hoje (19), e para marcar a data, a agremiação prepara uma série de atividades comemorativas. Na sede do Clube das Pás, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife as comemorações começam a partir das 17h com uma celebração ecumênica em Ação de Graças pela data. Em seguida, a partir das 19h, se apresentam no palco principal do clube a Orquestra das Pás e a Escola de Frevo do Clube que leva o estandarte do bloco carnavalesco do Clube Pás, o mais premiado do carnaval do Recife. Às 20h30 o discurso do presidente do Clube Rinaldo Lima abre a cerimônia comemorativa que homenageia 30 personalidades pernambucanas entre autoridades e aristas com uma medalha comemorativa aos 130 anos do Clube, entre os homenageados o cantor Glaudionor Germano recebe a honraria pela vida dedicada o frevo. Às 21h, teremos um dos momentos mais especiais da festa com o corte do bolo e uma belíssima queima de fogos. O clube promove ainda um coquetel para os convidados e em seguida, um show do cantor Elymar Santos, a partir das 22h. Fundado em 1988, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil, o Clube das Pás, como é popularmente conhecido, é o Clube de Frevo mais antigo do Brasil. Em 2018 a agremiação se consagrou bicampeã do grupo especial da categoria, com um enredo em homenagem a Carmen Miranda. Apesar da origem e da tradição carnavalesca, o Clube das Pás também é referência quando o assunto é música romântica. Grandes artistas nacionais já passaram pela casa, entre eles Elymar Santos, Roberta Miranda, Arlindo Cruz, The Fevers, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Trio Irakitan, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, Gilliard, Adilson Ramos e muitos outros. Todos os fins de semana a casa é o endereço certo para aqueles que buscam o melhor da música romântica. Hoje, o espaço se tornou o reduto romântico da cidade do Recife. 130 anos de História Fundado no dia 19 de março de 1888, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil. O Recife fervia de alegria no carnaval, enquanto um navio cargueiro atracado no Porto do Recife precisava ser abastecido de carvão, às pressas, para seguir viagem. Como não tinha trabalhador interessado naquela tarefa, em plena folia, uma empresa encarregada do abastecimento do cargueiro, ofereceu pagamento dobrado aos estivadores. Daí, o comerciante português Antônio Rodrigues reuniu um grupo de homens dispostos a deixar a folia de lado e tratar de fazer o trabalho por uma remuneração maior. Depois do serviço concluído e com muito dinheiro no bolso, o grupo de foliões, formado por Francisco Ricardo Borges, Manoel Ricardo Borges, João da Cruz Ferreira e João dos Santos, botou as pás de carvão nas costas e foi comemorar no Clube dos Caiadores. Enquanto brincavam o carnaval, eles tiveram a ideia de fundar um clube carnavalesco. Começaram a discutir os nomes: Clube das Pás de Carvão, Clube das Douradinhas e Anjos da Boa Vista. No final, foi escolhido Bloco das Pás de Carvão. Nos primeiros anos, a agremiação funcionou na Boa Vista. Depois, para erguer a sede do Clube, o grupo de foliões comprou na Rua das Hortas, por seis mil cruzeiros, um terreno de propriedade do Recolhimento de Nossa Senhora da Glória do Recife, Conceição de Olinda e Sagrado Coração de Jesus de Igarassu. Até que, muito tempo depois, a Associação Carnavalesca de Pernambuco comprou um terreno localizado na Rua Odorico Mendes, em Campo Grande, e o doou ao Clube das Pás. Meses depois, a senhora Maria do Carmo, que era sócia das Pás, arcou com as despesas de legalização do terreno junto à Prefeitura do Recife. Àquela época, na Rua Odorico Mendes só havia casas muito simples. Assim, foi erguida uma palhoça, até ser construída uma sede maior em alvenaria. Depois de duas grandes reformas, o espaço ganhou um primeiro andar e recebeu o nome de Universidade do Frevo Reitor Josabat Emiliano, em homenagem a um de seus ex-presidentes, falecido no domingo, 21 de agosto de 2016, aos 98 anos. O Bloco das Pás de Carvão desfilou nos carnavais de 1888, 1889 e 1890 e em março do último ano mudou o seu nome para Clube Carnavalesco Misto das Pás. A primeira notícia impressa sobre as Pás foi publicada no dia 4 de março de 1905, no jornal Diario de Pernambuco. A cada 13 de Maio - dia da Abolição da Escravatura - o clube realizava uma passeata pelo Recife, em homenagem ao pernambucano e abolicionista Joaquim Nabuco. Alguns clubes carnavalescos criados na época eram oriundos de corporações de operários urbanos e impregnados de elementos presentes nas procissões religiosas, que foram proibidos pelas autoridades eclesiásticas. Alguns dos elementos transplantados se encontravam em cordões de lanceiros, mascarados, diabos, balizas, bobos, morcegos e damas de frente. No final do século XIX e início do XX, surgiram no Recife, além do Clube das Pás, os clubes de carnaval Vassourinhas (1889), Lenhadores (1889), Toureiros de Santo Antônio (1914), Pão Duro (1916) e Pavão Misterioso (1919), entre outros. O Misto do nome das Pás é porque nesta agremiação podiam brincar homens e mulheres. O clube, que representa o mais tradicional espaço de gafieira de Pernambuco, possui o estandarte mais antigo, datado no início do século XX, possivelmente nos idos de 1910. O responsável pelo desenho foi Manoel de Matos, onde estavam evidenciadas folhas de acanto e outros elementos barrocos, o monograma do Clube, franjas e pingentes dourados, duas máscaras e uma boneca fabricada em porcelana francesa, trazida pelo antigo porta-estandarte, o alfaiate Manuel das Chagas. A confecção, que foi em veludo, acolchoado de algodão, forrado com cetim e bordado com fios de ouro, ficou a cargo das monjas beneditinas do Convento do Monte de Olinda. O atual estandarte das Pás foi confeccionado por Maria do Monte, uma antiga aluna e bordadeira do mesmo convento de Olinda, em 1980. O desenho tem a figura de um anjo, representada por uma boneca trazida de Portugal. O estandarte traz, ainda, os dizeres “Amor e Ordem”, bordados sobre

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Espetáculo “Começar outra vez” aborda importância de doar órgãos

O ano de 2017 foi de boas notícias para a área de transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. Segundo balanço da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado neste mês de março, o Estado ficou, em 2017, em primeiro lugar do Norte e Nordeste no número de procedimentos de coração, rim, pâncreas, córnea e medula óssea. Pernambuco ainda figura na segunda colocação do Brasil no caso do coração. Além de ações na área de saúde, a mobilização social também é essencial para divulgar a importância do ato de doar. O espetáculo “Começar outra vez”, que será apresentado no Recife no próximo dia 23.03, às 20h, no Teatro Santa Isabel, confirma o valor de também unir a cultura nessa luta pela vida. A peça foi criada a partir da vivência do ator Northon Nascimento, conhecido por papéis em novelas e séries globais, como Fera Ferida, A Próxima Vítima e Chiquinha Gonzaga; e filmes, como Carlota Joaquina. Em 2003, ele precisou de um transplante de coração. Após quatro dias na fila de espera, conseguiu o órgão e o procedimento foi realizado com sucesso. Em 2007, poucos meses após iniciar os trabalhos em “Começar outra vez”, o ator faleceu vítima da hepatite C, outro assunto que passou a fazer parte do espetáculo, que tem no palco a atriz e esposa de Northon, Kely Nascimento, e o ator Robson Vellado. Com linguagem leve, a peça apresenta a história do casal Adão (Robson Vellado) e Eva (Kely Nascimento), que, mesmo diante das personalidades diferentes e dos problemas do relacionamento, conseguem se manter juntos por meio da doação e do amor. "Mesmo com brigas, confusões e terapias, eles descobrem que o ato de doar pode solucionar os problemas da relação. Doação de amor, de paciência, de abrir mão pelo outro. E que dar uma chance ao próximo e começar outra vez são ações possíveis. Por meio dessa história toda, queremos reforçar com o público a importância de ser doador de órgãos e tecidos", afirma a atriz Kely Nascimento, que, ao final da encenação, interpreta um texto poético sobre seus dias ao lado de um transplantado. No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só ocorre com a autorização de um parente de até segundo grau do doador. O espetáculo ainda aborda a conscientização e importância do diagnóstico precoce da hepatite C, doença tratável que, sem a assistência devida, pode levar o paciente a fila de espera por um fígado. No Estado, a peça “Começar outra vez” tem o apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Central de Transplantes (CT-PE) e das secretarias estaduais de Saúde, Cultura e Turismo, Esporte e Lazer, além da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), universidades, hospitais e instituições ligadas à doação de órgãos e tecidos e apoio aos pacientes. Toda a bilheteria arrecadada da peça, já vista por mais de 100 mil espectadores, será doada para a Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (Apaf) e para a Casa de Apoio do Transplante de Medula Óssea. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Serviço Começar outra vez Dia: 23.03 Horário: 20h Onde: Teatro Santa Isabel (Praça da República, 233, bairro de Santo Antônio – Recife/PE) Classificação etária: 12 anos Ingressos: no Teatro Santa Isabel (81 3355.3323) e na sede da Apaf (R. Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro – Recife/PE – 81 3184.1244) DADOS DE TRANSPLANTES – Durante todo o ano de 2017, Pernambuco concretizou 1.790 transplantes. O quantitativo é 22,27% maior do que o mesmo período de 2016, com 1.464 procedimentos. O maior crescimento foi nos transplantes de coração, com 54 em 2017 e 38 em 2016 (aumento de 42%). Em seguida, vem rim: 404 em 2017 e 286 em 2016 (aumento de 41%). Ainda foram realizados 225 procedimentos de medula óssea (187 em 2016 – crescimento de 20%), 968 de córnea (827 em 2016 – ampliação de 17%), 129 de fígado (112 em 2016 – aumento de 15%). Também foram feitos 6 transplantes de rim/pâncreas, 2 de fígado/rim e 2 de válvula cardíaca. “O trabalho de conscientização da população e de mobilização dos profissionais de saúde para doações e transplantes de órgãos e tecidos é constante e diário. Estamos permanentemente sensibilizando os familiares dos potenciais doadores sobre esse ato de solidariedade. Também estamos focando nas capacitações dos profissionais de saúde para otimizar tanto o trabalhão de acolhimento das famílias quanto nas ações de manutenção do potencial doador e de todas as etapas para concretizar o transplante”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. FILA DE ESPERA – Atualmente, 966 pessoas estão em fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O maior quantitativo aguarda por um rim (768), seguido de fígado (93), córnea (62), medula óssea (25), coração (16) e rim/pâncreas (2). (Governo do Estado de Pernambuco)

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