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Cultura e história

Inscrições abertas para o programa que leva cinema brasileiro a festivais internacionais

Estão abertas até o dia 23 deste mês as inscrições para a 22ª edição do programa Encontros com o Cinema Brasileiro, iniciativa da Agência Nacional do Cinema (Ancine) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores para aumentar a visibilidade do cinema brasileiro no mercado internacional. Este ano, o programa vai possibilitar que novas produções cinematográficas nacionais sejam vistas pelos curadores dos festivais de Veneza, na Itália; de San Sebastián, na Espanha; e de Locarno, na Suíça. O programa aceita inscrições de filmes brasileiros de longa-metragem já finalizados e ainda inéditos fora do território nacional, ou obras em fase de finalização que já possuam corte provisório de som e imagem. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição online no portal da Ancine (www.ancine.gov.br) e disponibilizar um link onde esteja disponível para visualização um teaser/trailer com duração entre 2 e 5 minutos, legendado em inglês. As informações das inscrições e os respectivos links serão repassados aos responsáveis pelos comitês dos festivais que selecionarão de dez a 12 filmes. As curadoras Andrea Stavenhagen, delegada para América Latina do Festival de San Sebastian, e Violeta Bava, delegada para América Latina do Festival de Veneza, virão ao Rio de Janeiro entre os dias 6 e 9 de junho para assistir aos longas-metragens em sessões exclusivas. O Festival de Veneza ocorre de 30 de agosto a 9 de setembro e o de San Sebastián, de 22 a 30 de setembro. Nesta edição, excepcionalmente, a equipe do Festival de Locarno verá os filmes à distância. As produções selecionadas pela curadoria ganham isenção na taxa de inscrição no festival suíço, que será realizado de 2 a 12 de agosto. De acordo com a Ancine, o planejamento do programa Encontros com o Cinema Brasileiro leva em conta o calendário de realização dos festivais para aumentar as chances de participação dos filmes brasileiros. Em edições anteriores, já vieram ao Brasil curadores de festivais internacionais de cinema como os de Cannes, Sundance, Toronto, Roterdã, Berlim, BAFICI (Buenos Aires), Havana e Roma. (Agência Brasil)

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Companhias multinacionais trazem o universo do licenciamento de produtos para o Recife

Em constante crescimento, o mundo do licenciamento desperta a atenção do setor varejista em todo o País. Por conta da crescente relevância do mercado nordestino no cenário econômico brasileiro, a cidade de Recife foi escolhida para conhecer as vantagens de trabalhar com licença de marcas e personagens em diversas linhas de produtos. Intitulado como “Marca & Personagens – O mundo do licenciamento”, o evento, que acontecerá no dia 12 de abril deste ano, terá como objetivo mostrar o potencial do mercado de licenciamento e os benefícios de associar marcas e personagens às empresas, tais como agregar valor a linha de produtos e aumentar as vendas em até 25%. Por meio de conteúdos exclusivos e apresentação de portfólios, as empresas Disney, Warner, Nickelodeon, Cartoon Network e Redibra, referências no ramo do entretenimento, exibirão as principais oportunidades de negócios a executivos dos setores produtivos e do varejo nordestino. Uma das líderes em licenciamento e varejo no mundo, a Warner Bros. Consumer Products, por exemplo, chama a atenção diante do rico portfólio de franquias de grande sucesso no mundo do entretenimento com os personagens Scooby Doo, Tom & Jerry e a turma dos Looney Tunes, que marcaram a infância da garotada. Além disso, a empresa trabalha em conjunto com a DC Comics, que, juntas, difundem as icônicas histórias e personagens, como Batman e Superman. Também presente na programação está a Redibra, atuante no mercado de licenciamento no Brasil há mais de 50 anos, que utiliza as ferramentas de marketing para aumentar o valor de suas marcas, como Galinha Pintadinha, Show da Luna e Coca-Cola. Com a alta do setor de licenciamento no Brasil, que está entre os seis países com maior faturamento em licenças de marcas, o evento é ótima oportunidade para donos e agentes de marcas e personagens do mundo para realizar novos negócios com o empresariado da região Nordeste do País. O evento “Marca & Personagens – O mundo do licenciamento” acontece no dia 12 de Abril, no Courtyard by Marriot Recife Boa Viagem, das 14h até às 18h. A inscrição é gratuita e pode ser realizada pelo site: http://marcasepersonagens.com.br/inscricao/. Para mais informações, acesse: http://marcasepersonagens.com.br/

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Mamam abre as portas para mais uma edição do evento Antena Paraurora

Neste sábado (8), das 14h às 20h, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), equipamento cultural da Prefeitura do Recife, abre suas portas para mais uma edição do evento Antena Paraurora. Desta vez, o evento traz como tema o Barulho no Museu, em paradoxo ao imperativo do silêncio requerido nos espaços de exposição. “Quando a gente pensa em museus, galerias, imaginamos uma atmosfera de cochichos, sussurros, como se o barulho fosse incompatível e até desrespeitoso com as obras. No evento, tentamos debater a arte a partir de suas novas roupagens e horizontalidades, onde o barulho não está excluído, pelo contrário, é bem-vindo”, afirma Victor Hugo Borges, educador responsável por esta edição do evento. O projeto, realizado desde 2012 pelo setor Educativo do museu, tem como objetivo ainda dar visibilidade a jovens artistas e atrair a população para usufruir do equipamento, oferecendo lazer, ações artísticas, serviços e muita música. Ao longo de todo o dia, haverá feirinha de arte, além de venda de comidas veganas e não veganas, drinks e bebidas. Até cortes de cabelo a preços acessíveis serão oferecidos. O projeto abrirá também um espaço para conversas sobre processos criativos com Wilson Freire, diretor do filme Encruzilhada dos Trilhos, e com a produtora Marília de Matos, do projeto Passatempo da Viagem, que constrói narrativas documentais sobre jovens artistas pernambucanos. A trilha sonora ficará por conta do som experimental de Centurion da Mata & Felipe Ferraz e do DJ Bené, o Bessa. Haverá ainda um tributo à banda australiana Tame Impala. O artista visual Carlos Aquino assina os vídeos que serão projetados ao longo da programação. Em paralelo ao evento, o museu estará com as exposições Onde estão as minhas obras?, de Bruno Faria, e Sugar and Speed, com curadoria de Stefanie Hessler, abertas ao público. Serviço Antena Paraurora: edição Barulho no Museu Quando: Sábado (8) Horário: 14h às 20h Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Rua da União, 88, Boa Vista, Recife Informações: 3355-6871 Entrada franca Obs: A partir das 17h a entrada para o Antena Paraurora será pela Rua da União

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Forte das Cinco Pontas candidato ao título de Patrimônio Cultural Mundial

Um equipamento histórico administrado pela Prefeitura do Recife está pleiteando, junto à Unesco,o título de Patrimônio Cultural Mundial. O pleito o coloca em um grupo de 19 fortes brasileiros e equipamentos históricos prioritários do país, que o Iphan classificou como Conjunto de Fortificações do Brasil. Trata-se do Forte das Cinco Pontas, que também está sediando, da última segunda até esta sexta-feira (7), o Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural, promovido pelo Iphan. O prefeito participa do encerramento do evento nesta sexta (7), onde também assina a Carta do Recife, documento que reforça a candidatura dos 19 fortes brasileiros e que estabelece diretrizes para o estabelecimento de parcerias público-privadas e para a certificação de destinos patrimoniais, visando acordos específicos para cada fortificação. Além do Forte das Cinco Pontas, outros dois equipamentos pernambucanos estão nessa lista: o Forte do Brum, também localizado no Recife e o Forte Orange, da Ilha de Itamaracá.O grupo também é formado por fortes localizados no Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Todos, de acordo com o Iphan, são produtos da ocupação marítima portuguesa e holandesa, representando com a máxima fidelidade as construções defensivas implantadas àquela altura nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do Brasil, que mais tarde viria a ser considerado o maior país da América Latina.

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"A Cabana", do livro para os cinemas (por Wanderley Andrade)

Ele já esteve no topo da lista dos livros mais vendidos do New York Times. Vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo. Os números são prova concreta do sucesso editorial de "A Cabana", livro do canadense William P. Young. E seguindo o curso comum aos grandes best-sellers, chegar às salas de cinema seria apenas questão de tempo. O êxito da obra, claro, despertou o interesse de grandes produtores e atraiu importantes atores de Hollywood para o elenco. Chegou, enfim, o dia. Estreia hoje nos cinemas a comovente história de redenção e perdão que conquistou leitores de todo o mundo. Mackenzie Allen Philip conheceu o sofrimento ainda na infância. Seu pai vivia a contradição de exercer a função de presbítero na igreja do bairro e ser alcoólatra. Batia com frequência na mãe de Mack. A situação fez brotar em seu coração uma grande revolta, que o levou a uma difícil decisão. O tempo passou e Mack conseguiu reconstruir a vida. Casou com Nan e teve com ela três filhos, Josh, Kate e Missy. Mas a névoa da dor pairou outra vez sobre Mack: durante um acampamento de fim de semana, a pequena Missy desaparece. Horas depois, uma equipe de buscas da polícia localiza uma cabana e nela, um vestido sujo de sangue. Desde então, nada mais fora encontrado. Mack passa a carregar nos ombros o peso da culpa por nada ter feito para evitar a morte da filha. O tempo passou, menos a dor que continuava ferindo sua vida tal qual um espinho dilacerando a carne. Até que o improvável acontece para mudar esse quadro de sofrimento. Mack recebe uma suposta carta de Deus. Nela, um convite para uma conversa na, até então, infeliz cabana. Lá, ele encontrará, literalmente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O encontro com a trindade mudará por completo sua vida. Servirá de bálsamo para cicatrizar não apenas as feridas provocadas pela perda da filha, mas também para apagar um passado mergulhado em traumas. O elenco é composto por grandes nomes do cinema mundial e outros não tão conhecidos. Sam Worthington, protagonista do grande sucesso "Avatar", com uma boa atuação encarna Mack. A ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2012 pelo filme "Histórias Cruzadas", Octavia Spencer, interpreta Deus. Antes que surja qualquer dúvida, caro leitor, na história, Deus se apresenta para Mack no corpo de uma mulher, artifício usado para quebrar a barreira negativa associada à figura masculina paterna, fruto da infância de traumas do protagonista. Completam o elenco o ator israelense Aviv Alush, que faz o papel de Jesus, a atriz japonesa Sumire como Sarayu (na verdade, o Espírito Santo), o cantor de música country, Tim McGraw, que aqui interpreta o melhor amigo de Mack e, por fim, a atriz brasileira Alice Braga, que surge na história como a Sabedoria. O primeiro terço da história é contado de forma não-linear, através de flashbacks. Escolha mais que acertada, que dá dinamismo à narrativa. Mas a partir da segunda parte o bom ritmo do início é arrefecido. Os longos diálogos de Mack com Deus, Jesus e Sarayu, apesar de importantes para o avançar da trama, tornam a narrativa mais lenta. Falhas técnicas à parte, "A Cabana" é uma boa opção para quem procura um filme para assistir junto à família. A história faz da dor matéria-prima para uma bela mensagem de redenção e perdão. *Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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Quinta edição do Parada Criativa reúne novos artistas no Plaza Shopping

Produtos criativos, design diferenciado e talentos locais e nacionais, essa é a proposta da quinta edição da “Parada Criativa”, que volta ao Plaza, nos dias 08 e 09 de abril, no piso L4 do mall. Os visitantes poderão conhecer novos artistas e marcas no setor de artes, decoração, moda, beleza, gastronomia e muito mais. O projeto tem objetivo de incentivar e divulgar a produção da nova ‘safra’ de criadores locais e nacionais. No seu tradicional formato ‘mercado livre’, o Parada Criativa oferece aos apreciadores de novidades e garimpeiros de produtos criativos peças autorais feitas com estamparia, quadros, artigos de cerâmica, joias, pinturas, temperos, móveis, roupas, bolsas, entre outros produtos. Nesta edição a artista Simone Souto Maior leva ao público trabalho em esculturas e mandalas em papel. Já a marca “Cores com Amor”, se apresenta com banquetas pintadas à mão e vitrais de vidro. Vasinhos de barro serão expostos pela “Vasos de Luz”, e a Concretizze Design mostrará ao público peças de decoração feitas em concreto. A marca gaúcha “Bianca Leal Acessórios” apresentará seu trabalho com colares, brincos e pulseiras fabricados com reaproveitamento de cordas e torçais. Ainda na parte de acessórios, estarão representadas as marcas Gigolé, com peças delicadas feitas em madeira, “Meus Botões” com artigos produzidos com botões e fitas. No segmento joias artesanais, a Maria Duarte Joalheria apresentará peças exclusivas em prata, com estilo contemporâneo. Exibindo peças em tecido, patchwork e muito colorido estarão as marcas “Ateliê Doce Pimenta” e a “Caixa de Costura”. No setor de vestuário, a Babica Ribeiro mostra suas criações em vestidos, blusas e biquínis com estampas criativas e divertidas. Com estilo mais despojado, a marca Ponto 21 apresentará mochilas, bolsas e outras peças feitas com estamparias e tecido. Na área de design e decoração, a marca “AP13”, volta com uma nova coleção de quadros com desenhos inspirados na cultura pop como filmes, músicas, artes plásticas e frases em handmade. Já no setor de artes plásticas, a “Rosa Nunes Artes Gráficas” apresentará quadros fabricados através da colagem digital. Também tem espaço para os pequenos, a marca pernambucana “Firulinha” apresentará artigos de moda para criança de um jeito descontraído e verdadeiramente infantil. Já a “Mamãe Fez Para Mim” promete encantar as mamães e filhinhas com acessórios feitos manualmente com textura, flores, pérolas, rosas tudo no estilo princesa. A quinta edição da Parada Criativa acontecerá nos dias 08 e 09 de abril, no Piso L4 do Plaza Shopping.

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Escola Pernambucana de Circo recebe espetáculo paulista Sobrevoltas

Na próxima sexta-feira, 07 de abril, a partir das 20h, a Escola Pernambucana de Circo sedia a exibição de Sobrevoltas. Trata-se do primeiro espetáculo criado a partir do encontro de três artistas de circo integrantes do coletivo Circo Enxame, de São Paulo, com o músico percussionista Rubens de Oliveira e o diretor Rodrigo Matheus da cia. Circo Mínimo, também paulistas. A apresentação é aberta ao público, gratuita e chega à cidade a partir das ações do projeto aprovado pelo grupo enxame no rumos do Itaú Cultural de 2016. Antes disso, hoje (05) e amanhã (06), durante todo o período da manhã, os integrantes do grupo ministrarão oficinas de corda lisa, corda bamba e malabares para os artistas/educadores da Trupe Circus, da EPC. Giulia Tateishi, Jan Leca, Renato Mescoki, os três circenses brasileiros e recém-formados em escolas superiores de circo na Europa e Canadá, voltam ao seu país com vontade de criar, experimentar e dividir experiências. Sobrevoltas - Trata-se de um espetáculo de circo, sobre circo. Mergulhando na metalinguagem, os artistas se inspiram em suas trajetórias de formação e no sentido do que é o próprio circo atualmente. Eles dividem com o público seus anseios, questionamentos e satisfações enquanto artistas: múltiplos, diversos, antagônicos e erráticos. Decidem abordar diversas estéticas do circo, questionando tudo que o constitui. Corda bamba, malabarismo, corda lisa, acrobacia e música ao vivo são técnicas utilizadas para apresentar um circo que está vivo, que brilha, pensa, está em dúvida, é aberto para o mundo, para sua história e para o agora. Um circo que se põe à prova e que se descobre. Ficha técnica: Criação e concepção: Rodrigo Matheus e Rubens de Oliveira. Direção: Rodrigo Matheus. Elenco: Giulia Tateishi, Jan Leca, Renato Mescoki e Rubens de Oliveira. Composição e direção musical: Rubens de Oliveira. Coreografia: Diogo Granato. Figurino: Luciana Bueno. Iluminação: Gabriel Greghi. Técnico de som: Chiquinho Fernandes Serviço: Escola Pernambucana de Circo - Av. José Américo de Almeida, Macaxeira, nº 05. Fica na segunda rua após a Academia da Cidade da Avenida Norte (lembrando que a primeira rua é imediatamente após a Academia da Cidade. A rua da Escola é a que está entre o Restaurante Boizão e a Igreja Mórmon). Entrada Gratuita Confira o teaser:  

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Pesquisa da Ancine confirma pequena presença feminina no audiovisual

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) reconheceu a baixa participação de mulheres no audiovisual e estuda ações para equilibrar a concessão de financiamento público. Segundo levantamento inédito da própria Ancine, das 2.583 obras audiovisuais registradas ano passado na agência apenas 17% foram dirigidas e 21% roteirizadas por mulheres, embora mais da metade da população brasileira seja feminina. A pesquisa foi feita apenas em obras comerciais do chamado conteúdo de espaço qualificado, que exclui produções jornalísticas, esportivas e publicidade, por exemplo. Assim como no cinema ou na TV, predomina o olhar masculino, afirmou a agência. "[Os dados] nos levam a entender que a construção das narrativas, que vêm dos roteiristas e dos diretores, por mais que os produtores participem, é dos homens. O olhar que vai construir o imaginário de nossa sociedade e novas gerações, é masculino”, acrescentou a diretora da Ancine, Debora Ivanov, durante a apresentação do estudo, no Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual. Índices O evento foi realizado na quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, e contou com a apresentação de experiências do Canadá e da Suécia para promover a paridade. De acordo com o levantamento, as mulheres têm uma presença maior entre os produtores (41%) e diretores de arte (58%). Entre os diretores de fotografia, chegam apenas a 8%. Em vez de mostrar uma evolução natural da presença feminina no audiovisual, a Ancine surpreendeu ao revelar queda. Em 2015, mulheres dirigiram e roteirizaram 19% e 23% das obras de espaço qualificado, números que diminuíram para 17% e 21% em 2016. Nos últimos oito anos, conforme o balanço, os índices flutuaram. Mulheres dirigiram 10% dos filmes em 2014, sem nunca ultrapassar 24% de todas as produções, recorde observado em 2012. Paridade A agência também constatou que, quanto mais cara a produção, menor o número de mulheres. “Observamos mais mulheres quando é um curta ou média-metragem, porque são mais baratos. Nossa presença é maior no documentário que na ficção, o que corrobora a visão de que em obras de custo menor temos mais oportunidades”, lembrou Debora. Para mudar o cenário, a diretora informou que a agência adotou a paridade de gênero nas comissões de avaliação dos filmes que concorrem ao Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com a presença de pelo menos uma pessoa negra. Outro passo para facilitar o acompanhamento é a obrigatoriedade de autores autodeclararem o gênero ao registrarem as obras. O monitoramento da identidade étnico-racial não foi confirmado dessa vez. Mulheres negras O levantamento da Ancine não soou como novidade no setor. Pelo menos desde 2014 pesquisas revelam a ausência de mulheres e de negros no cinema nacional. Dados atualizados do Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Gemaa), vinculado ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que acompanha o tema, mostram que mulheres negras não dirigiram ou roteirizaram um filme sequer entre os de maior bilheteria no período de 1995 a 2016. O percentual de homens negros nas duas categorias não passou de 2% na direção e 3% no roteiro, enquanto homens brancos dirigiram 85% e roteirizaram 75% das principais produções nacionais. Realizadoras negras reforçaram no seminário a necessidade de se criar medidas específicas para garantir pluralidade de falas e olhares. “A gente tem urgência de transformação e as políticas públicas não caminham nessa velocidade. Estamos incomodadas. A gente não pode ser 24% da população (mulheres negras) e não estar representada”, disse a diretora do Fórum Itinerante do Cinema Negro e doutora em História, Janaína Oliveira. “Existem dados [sobre mulheres negras no audiovisual], precisamos desses dados. Precisamos avançar. Se formos esperar o formulário da Ancine incluir raça, terão se passado 15 anos”, criticou. Coletivo Segundo Janaína, apesar disso, mulheres negras estão produzindo, especialmente curtas e webséries. Ela destacou a participação da realizadora negra Yasmin Thayná no festival de cinema de Rotterdam, um dos mais importantes do mundo, ao lado do ganhador do Oscar, Jerry Benkins, e que quase não repercutiu no Brasil. O Coletivo Vermelha, criado em 2014, após divulgações das primeiras pesquisas sobre ausência de mulheres no audiovisual, avaliou que as disparidades são reflexo da sociedade e prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam uma lista de ações para enfrentá-las “Por que a classe cinematográfica aceita a regionalização e tem tanta resistência à paridade de gênero?”, questionou Caru Alves de Souza. “As narrativas e imagens ajudam a construir identidades, formar valores e comportamentos. Existe uma responsabilidade de quem cria, financia, repercute e de quem escolhe“, completou Manoela Ziggiatit. Elas leram um manifesto durante o seminário. Outra realizadora de cinema e TV, Renata Martins, aproveitou o evento, ao lado da diretora de Bicho de Sete Cabeças, Laís Bodanzky, para apelar aos colegas do setor e cobrar diversidade nos sets. “Chamo as mulheres brancas, especialmente. Dos homens brancos, não espero muito. Esse convite é para a gente pensar nossa equipe, nossa sala de criação, com quem estamos fazendo nossas trocas [profissionais].” Renata é pós-graduada em linguagens e artes pela Universidade de São Paulo e idealizadora da websérie de sucesso Empoderadas. Elenco Apresentada pela cientista política Marcia Rangel Candido, a pesquisa do Gemaa, com os filmes de maior bilheteria e que dominam o mercado, também avaliou a participação de mulheres nos elencos. O resultado é que a cada 37 homens brancos, uma mulher negra aparece, mas não em posição de prestígio. “A representação de mulheres negras quando estão protaganizando, é estereotipada, hiperssexualizada”, afirmou a cientista. A Ancine respondeu que está atenta “à interseccionalidade” e vem fazendo avanços. “Conseguimos incluir no planejamento para os próximos 4 anos o compromisso de se dedicar a questões de gênero e raça em todas ações de fomento”, disse Debora Ivanov. O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, também pretende lançar, em abril, a 2ª edição do edital Carmem Santos, que dará bônus a propostas de curtas-metragens apresentadas por mulheres. Devem ser distribuídos R$ 60 mil para 15 projetoso. (Agência Brasil)

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Ancine quer garantir acessibilidade para deficientes em cinemas

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) lançou hoje (28) o Programa de Apoio à Distribuição de Conteúdo Acessível no Segmento de Exibição Cinematográfica 2017. A iniciativa visa garantir que os lançamentos de pequeno porte contem com recursos de acessibilidade para deficientes visuais e auditivos. A acessibilidade para deficientes visuais e auditivos nas salas de cinema está prevista na Lei 13.146/2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A lei fixou um prazo máximo de quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2016, para que as salas de cinema brasileiras ofereçam, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. Após um período de consulta pública, a Ancine editou uma instrução normativa que dispõe sobre os critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados pelos distribuidores e exibidores cinematográficos. As salas de cinema deverão dispor dos recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os recursos deverão ser providos na modalidade que permita o acesso individual ao conteúdo especial, sem interferir na fruição dos demais espectadores. “O programa de apoio à distribuição de conteúdo acessível foi pensado para que todos os filmes, mesmo aqueles lançados em poucos cinemas, cheguem aos brasileiros que necessitam de tecnologia assistiva”, explicou o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. Segundo ele, a obrigação de acessibilidade “é uma questão civilizatória”. O programa lançado nesta terça-feira vai contemplar com até R$ 15 mil as empresas distribuidoras de filmes nacionais ou estrangeiros com ocupação máxima de até 20 salas de cinema. Os apoios serão destinados às obras, nacionais ou estrangeiras, a serem exibidas comercialmente até 30 de junho de 2018. Os recursos terão que ser utilizados exclusivamente para a execução de serviços de legendagem, legendagem descritiva, Libras e audiodescrição. Os pedidos deverão ser feitos em nome das distribuidoras, ou da empresa produtora que esteja distribuindo diretamente a obra, com a exigência de que estejam com o cadastro regularizado na Ancine. (Agência Brasil)

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Ganhador do Sundance chega à Netflix

No último dia 24 entrou no catálogo da Netflix o filme "Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo", mais uma de suas produções originais. O longa levou o grande prêmio do juri no Festival de Sundance 2017, conhecido como um dos maiores e mais importantes festivais de cinema independente do mundo. Tem no elenco o ator Elijah Wood, o eterno frodo do Senhor dos Anéis e a atriz Melanie Lynskey, mais conhecida por interpretar Rose, a vizinha maluca de Charlie na serie "Dois Homens e Meio". Na história, Melanie interpreta Ruth, uma auxiliar de enfermagem meio deprimida que tem sua casa invadida por bandidos. Com a ajuda do vizinho metido a roqueiro, Tony (Wood), ela decide ir à caça dos criminosos. O ator e roteirista Macon Blair estreia na direção. Antes, escrevera o roteiro de Pata de Macaco (2013) e atuara no filme Sala verde (2015). Apesar de ter o prêmio no Sundance como referência, confesso que o filme não me empolgou. O roteiro é carregado por um humor negro que não funciona, além de ser cheio de personagens mal desenvolvidos. A protagonista não tem muito carisma e Melanie não ajuda, com uma atuação apenas burocrática. Já o personagem de Elijah Wood entra e sai da história sem despertar no espectador um mínimo de apego ou identificação. Destaco também o desfecho ruim. O roteirista-diretor foi infeliz ao recorrer a soluções típicas dignas de filmes da sessão da tarde, com situações soando inverossímeis. O filme abriu a boa fase de prêmios conquistados pelas produções originais do serviço de streaming no começo do primeiro semestre. Além dele, outros filmes da empresa também alcançaram êxito por onde passaram. No César, o Oscar do Cinema francês, "Divinas", de Houda Benyamina, levou os prêmios de melhor filme de estreante, melhor atriz coadjuvante (Deborah Lukumuena) e melhor revelação feminina (Oulaya Amamra). No Oscar deste ano, a Netflix recebeu três indicações: melhor documentário (13ª Emenda) e melhor documentário curta - metragem (Extremis e Capacetes Brancos). Capacetes Brancos levou o prêmio.   Confira abaixo o trailer *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema  

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