Arquivos Cultura e história - Página 342 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Capilé Pizza e Grill é nova marca sob gestão do Grupo Bonaparte

O aumento do desemprego tem forçado um número cada vez maior de pessoas a abrir um negócio. É o chamado "empreendedorismo de necessidade", que visa muito mais a sobrevivência do que a ascensão social. A Pnad aponta que, entre os períodos de fevereiro e abril de 2014 e novembro e janeiro de 2016, o número de pessoas com 14 anos ou mais trabalhando por conta própria subiu de 20,8 milhões para 23 milhões, alta de 10,5%. A Serasa Experian mostra que só em janeiro deste ano houve abertura de 166,6 mil novos empreendimentos no país, 10,4% a mais do que no mesmo período de 2015. Nesse cenário, o Grupo Bonaparte apresenta a marca Capilé Pizza & Grill, cuja gestão está sob responsabilidade da franqueadora GRUPO BONAPARTE. A proposta é oferecer uma refeição acessível, no ticket menor que R$ 20,00, mas com alto padrão nos ingredientes. "A nova realidade do país trouxe um consumidores e investidores que continuam em busca de qualidade, só que de forma mais econômica. Pesquisas do setor mostram que há crescimento de vendas no mercado que cobra menos por boas opções do cardápio, como a da Fispal, onde o tíquete médio de consumo em restaurantes acima de R$ 70,00 manteve-se estável, de R$ 25 a 70 apresentou queda de 30%, de R$ 15 a R$ 25 também se manteve estável e, abaixo de R$ 15 reais, vem crescendo entre 5 e 15%", afirma Leonardo Lamartine, CEO do Grupo Bonaparte. O investimento médio na Capilé Pizza e Grill é de R$ 285 mil e os pratos têm o ticket menor que R$ 20,00, com projeto arquitetônico que facilita a operação e também reduz o número de funcionários, uma média de 12 por loja. "A marca tem um conceito fácil de ser percebido e, pelo apelo popular, já tem franqueados que irão abrir o negócio em novos shoppings de Igarassu e Olinda, além de lojas de rua nos bairros, no formato loja balcão Fast Casual. A previsão de abertura de lojas é a partir de outubro de 2017", explica Lamartine. No menu, o atrativo vem do sabor aliado a preços baixos. O cliente poderá escolher a opção de executivo ou especial, nos pratos principais (proteína mais acompanhamentos), de acordo com a preferência de faixa de preço. Há ainda o menu Molecada (infantil) e caixinhas de petiscos (fish and chips), rosbife e torradas, tiras carne acebolada e fritas), além de escondidinhos, pizzas, bebidas e sobremesas, em parceria com a Ambev e Nestlé. Além das lojas do Capilé para rua e shopping ´s, a marca também distribuirá pizzas e escondidinhos congelados, em embalagens práticas, com foco em mercadinhos e padarias de bairro, no mesmo conceito de preço interessante e qualidade para o consumidor final. GRUPO BONAPARTE VIRA CENTRO INTEGRADO DE GESTÃO (CIG) O Grupo Bonaparte está migrando para um novo formato. Além de gerir suas marcas próprias, vai atuar como Centro Integrado de Gestão (CIG), onde espera atrair marcas já existentes no mercado e que já estejam inseridas no franchising, ou que queiram entrar neste mercado. "O Grupo Bonaparte já possui 20 anos de experiência e estrutura adequada gerir outras marcas. Além da Capilé, temos outras duas outras marcas em negociação. Lamartine acredita que a dificuldade da economia fará com que tendências de consolidação, terceirização da gestão ou Joint Venture aumentem, já que ofertam otimização de custos administrativos e aumento nas margens de lucratividade para todas as partes envolvidas: fundadores da marca, franqueadora e franqueados.

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Roupa Nova traz novo show ao Classic Hall em setembro

Marcada por sucessos como Dona, Whisky a Gogo, Volta Pra mim, entre outros, a banda Roupa Nova se apresenta no Classic Hall, em Olinda, no Grande Recife, dia 6 de setembro, véspera de feriado. O grupo comemora 36 anos de estrada com a mesma formação: Cleberson, Feghali, Kiko, Nando, Paulinho e Serginho, responsável por embalar romances e dezenas de trilhas sonoras em novelas. Para o show, Roupa Nova apresenta ao público Todo amor do mundo, um projeto conceitual, que conta a história do início da carreira dos músicos, compositores, cantores e poetas, em um kit especial contento um livro ilustrado, dois CDs e um DVD. Uma história que se passa no final dos anos 60, quando os integrantes eram seis adolescentes querendo viver o sonho da música. "Estamos ansiosos para mostrar nosso novo trabalho ao público pernambucano que sempre nos recebeu muito bem", declara Kiko.

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Teatro de Santa Isabel recebe projeto Concertos Para a Juventude

O projeto Concertos para a Juventude traz ao Teatro de Santa Isabel mais um concerto-aula nesta terça-feira (30), visando a formação de novas plateias para a música erudita no Recife. Nesta edição, alunos de escolas públicas, músicos e jovens em geral poderão conhecer um pouco mais sobre duas obras primas de destaque no repertório sinfônico universal: a Abertura da Ópera Tannhaüser, de Richard Wagner, e a Quarta Sinfonia em si bemol Maior, Opus 60, de Beethoven. O concerto-aula, que conta com a iniciativa e coordenação do maestro titular da Orquestra Sinfônica do Recife, Marlos Nobre, acontece sempre na véspera dos concertos oficiais da OSR, com início às 10h, no Teatro de Santa Isabel. A manhã começa com a execução da Abertura da Ópera Tannhaüser, de Richard Wagner. Esta peça começou a ser composta por Wagner em 1843, porém, suas partituras só foram finalizadas dois anos depois, em 1845. A segunda peça, a Quarta Sinfonia em si bemol Maior, Opus 60, de Beethoven, foi escrita pelo compositor alemão no verão de 1806, dedicada ao Conde Franz von Oppersdorff, que lhe ofereceu uma grande quantia de dinheiro pela peça. A sua estreia foi em março de 1807, na casa do príncipe Franz Joseph von Lobkowitz. Essas e outras curiosidades serão explicadas detalhadamente pelo maestro Marlos Nobre ao público presente. O projeto Concertos para a Juventude tem como prioridade atuar na formação musical de jovens do Recife, desenvolvendo nos alunos senso crítico, bem como, o interesse por outros estilos musicais, como o erudito. Tudo isso através de um bate papo descontraído com o maestro Marlos Nobre, que revela, nas aulas-concertos, casos interessantes sobre os autores e as composições. A experiência se torna, para muitos estudantes, uma oportunidade única de entrar num teatro e assistir a uma apresentação de uma Orquestra Sinfônica.

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Médicos Sem Fronteiras realiza atividades gratuitas no Recife

De 27 de agosto a 11 de setembro, diversas atividades gratuitas estarão espalhadas por Recife com o objetivo de conectar as pessoas à ajuda humanitária que Médicos Sem Fronteiras realiza em mais de 70 países.  Conexões MSF é um projeto que reúne exposições, filmes, intervenção artística, oficinas e conversa.  A diversidade de atividades, espalhadas por 12 locais da cidade do Recife pelo período de 16 dias, visa atrair pessoas com os mais diversos interesses, para que voltem seus olhares ao universo da ajuda humanitária e sintam-­se verdadeiramente conectadas a ele e às realidades que o compõem. Veja a programação para hoje: Galeria Janete Costa (Parque Dona Lindu), Data: de 27/08 a 02/10, Horário: de quarta a sexta­-feira, das 12h às 20h | Sábados e domingos, das 14h às 20h. Exposição fotográfica com imagens convidam o público a enxergar verdadeira e profundamente situações negligenciadas vividas por pessoas que enfrentam a invisibilidade. O trabalho de Médicos Sem Fronteiras envolve, além da oferta de ajuda médico-­humanitária a essas populações, comunicar as crises esquecidas com as quais atua. Essa exposição fotográfica traz a invisibilidade como questão, o silêncio como meio e a sensibilização como resposta. A curadoria é de Vanessa Poitena.  19h, no Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu.  A diretora de Comunicação de MSF-Brasil, Alessandra Vilas Boas, e a psicóloga Ionara Rabelo abrirão, oficialmente, o evento Conexões MSF no Recife, após a exibição a céu aberto do filme “Affliction – O Ebola na África Ocidental”. Com moderação do jornalista Francisco José, a conversa será pautada pelo trabalho da organização e suas atividades na cidade, além da participação mais do que especial dos cordelistas Davi Teixeira e Meca Moreno.     A partir de 8h, na Praça da República, o muro personalizado pelo artista Rafa Mattos estará esperando você para completar a frase “para mim, ajuda humanitária é...”. Haverá também workshop da Bike Anjos para aprender a pedalar e customização de bicicletas pela Reciclo Bikes. Todas as atividades são gratuitas.  Às 11h, os ciclistas partem para um trajeto de nível fácil, com duração de 1 hora, por pontos do Recife Antigo do Coração para divulgar a presença do Conexões MSF na cidade.  

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14º Festival A Letra e A Voz segue com programação nesta quinta (25)

O segundo dia do 14º Festival Literário do Recife – A Letra e A Voz, nesta quinta-feira (25), traz para o público uma programação variada, que conta com duas mesas de debates, lançamento de três livros de produção feminina, e a performance artística Pérolas Negras. Todas as atividades trazem temas que reforçam a ideia do Festival de oferecer o “microfone” para as mulheres, já que existe uma produção literária latente e relevante feita por elas no país, e, sobretudo, em Pernambuco. As atividades seguem até o dia 28 de agosto com mesas de diálogo, recitais e a tradicional Feira do Livro. Às 17h, abrindo a programação, tem início a mesa de debates Conversa com a poesia, com Socorro Nunes (CE), Clarissa de Figueirêdo (PE) e Mariana Tabosa (PB). A conversa será mediada pelo pernambucano Pedro Américo de Farias, licenciado em Letras e pós-graduado em Educação de Adultos. Logo após, às 18h, acontecem os lançamentos de três produções literárias: O que ficou da fotografia, de Socorro Nunes; Tempos de Alice, de Clarissa de Figueirêdo e A mulher-fósforo, de Mariana Tabosa. Na sequência, o público confere a performance artística Pérolas Negras, com Anastácia Rodrigues. Formada em Letras, pós-graduada em Linguística e cantora com larga atuação em óperas e recitais, Anastácia Rodrigues faz sua estreia com performance individual, remontando “um antigo desejo de dar corpo e voz às mulheres invisíveis, fortes e segregadas, transformadoras de suas realidades desiguais, resistindo ao esquecimento”, conta. A performance tem a direção de Sônia Guimarães. Finaliza a programação desta quinta (25), a mesa De quem é a escrita? Do homem, da mulher ou da gente?. Os debates serão conduzidos pela arte-educadora, poeta e atriz paraibana de Umbuzeiro, Silvana Menezes, e pela gaúcha Carol Bensimon, escritora e mestre em Escrita Criativa pela PUC-RS. Quem faz a mediação é a pernambucana Mariane Bigio, comunicadora social e pós-graduada em Cultura e Comunicação.

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Renomado roteirista Doc Comparato traz seminário de roteiro ao Recife

“O roteiro é a crisálida, enquanto o filme é a borboleta. É possível fazer de um bom roteiro, um filme ruim, mas é impossível fazer um bom filme com um roteiro ruim”, defende Doc Comparato, renomado roteirista e dramaturgo, que apresenta seu Seminário Da Criação ao Roteiro, em Recife, entre os dias 5 e 9 de setembro, 5 a 9 de setembro, das 9h às 12h, no Recife Office Rooms, em Boa Viagem, sob a batuta da Art & Sonhos Produções. Com mais de trinta anos dedicados ao audiovisual, Luiz Felipe Loureiro Comparato ou mais comumente Doc Comparato nasceu no Rio de Janeiro. Médico de formação, recebeu uma bolsa de estudos nesta área na Inglaterra, nos anos 70. Já de volta ao Brasil, se dedicou ainda por dez anos tanto ao ofício da saúde, em paralelo à escritura de livros e roteiros, entre os quais materiais para várias séries e minisséries da Globo, Record e Emissoras de Televisão da América Latina e Europa, até que em 1980, após convite do cineasta Bruno Barreto, para escritura do roteiro de ‘’Beijo no Asfalto”, Doc decide mergulhar de vez no cinema, literatura, teatro e televisão. Entre seus trabalhos estão o best-seller Roteiro, livro didático sobre o assunto, traduzido para países da América Latina e Europa; assim como Da Criação ao Roteiro – considerado clássico da bibliografia sobre roteiros no Brasil, também traduzido para aquelas localidades. No currículo do carioca, se destacam ainda as primeiras séries brasileiras: Plantão de Polícia, Quarta Nobre, Mulher e A Justiceira, bem como minisséries produzidas para TV, como Lampião e Maria Bonita (1982), primeira minissérie latino-americana, e O Tempo e O Vento (1985) – esta última baseada na obra homônima de Érico Veríssimo. Transeunte entre as artes literárias e cinematográficas/televisivas, Doc – que já trabalhou ao lado de grandes mestres da escrita mundial como os Prêmios Nobel de Literatura, José Saramago e Gabriel Garcia Márquez (com este último na série Me Alugo para Sonhar para a TVE espanhola, também disponível em livro), confessa que nem sempre um bom roteirista saberá escrever um bom livro ou um autor de teatro não será, necessariamente, um bom roteirista. “No roteiro e no teatro a palavra é explícita. Na literatura o uso da palavra é implícito. Cada um tem sua técnica, sua linguagem, seu jeito de atingir o público, por isso tento dominar as técnicas específicas empregadas em cada suporte e retransmiti-las da melhor maneira possível”, pontua. Doc acrescenta: “A literatura é o princípio de tudo. Basta dizer que o roteiro é escrito, ele não é dito, nem exibido. O roteiro é apresentado no papel, o que faz dele, de certa forma, um gênero literário. O que define um bom roteirista, por sua vez, é a capacidade de contar uma história com clareza, técnica e emoção. E principalmente com a imagética: pensar em imagens. ” Pela primeira no Recife, Comparato apresenta o seminário Da Criação do Roteiro, dividido em cinco encontros e já ministrado em alguns países da Europa e América Latina, que abordará as etapas que constroem o roteiro. “Falaremos sobre a ideia, conflito, personagens, ação dramática, tempo dramático e unidade dramática. A perspectiva é fazer com que os alunos descubram que o roteirista tem que vencer uma série de obstáculos como: Qual é a minha ideia? Que conflito vou explorar? Quem vai viver essa história? Quando? Onde? Como vou construir essa história? Por que que estou contando isso? Aonde vou chegar?”, detalha. Confira a pequena entrevista cedida pelo roteirista: Como você avalia o atual cenário de produção cinematográfica/televisiva no Brasil e no mundo? No atual cenário existe muita opção, já que existem diversas mídias para exibição desses materiais. Mas, tanto hoje como no passado, está valendo a assertiva do cineasta russo Serguei Eisenstein que disse que 70% da produção cinematográfica é ruim, 20% são bons, e apenas 10% dos filmes produzidos são realmente imperdíveis. (risos) Como o cinema pernambucano se encaixa nesse cenário? Atualmente os melhores e mais originais filmes produzidos no Brasil são oriundos do cinema pernambucano. Não por acaso, nas últimas três edições do Festival do Rio, o prêmio de Melhor Filme ficou com produções de Pernambuco, como O Som ao Redor, Sangue Azul e Boi Neon. Acho que o cinema pernambucano está vivendo um grande momento, mas precisa de mais investimento. Acho importante para o Brasil que exista um núcleo de produção cinematográfica fora do eixo Rio-São Paulo. Isso está oxigenando a produção nacional, e principalmente o reconhecimento da profissão de roteirista.

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Aurora Filmes sedia a Mostra Lula Magalhães

Os amantes da sétima arte, e em especial do terror, terão lugar de encontro para apreciação de curtas sobre a temática, além de poderem participar de um debate logo após a exibição dos filmes, sobre o andamento e o futuro do audiovisual em Pernambuco. O local marcado será na produtora Aurora Filmes, das 15h às 19h, na rua da Aurora, 987, Santo Amaro, área central do Recife. Segundo Lula Magalhães, cineasta, roteirista e fotógrafo, a realização dessa Mostra é fazer com que seus trabalhos tomem divulgação no Estado e atraia outros parceiros e um público que certamente não conhece, nem tem noção deste tipo de produção no Recife. Ainda de acordo com Magalhães, o evento destina-se aos profissionais e estudantes de cinema, publicidade, rádio e TV, fotografia, roteiro e afins. Porém, a Mostra estará aberta a quem curte o estilo terror e querem dialogar sobre os novos caminhos para o cinema independente no Brasil. Mais informações pelo e-mail: lulamagalhaes1984@outlook.com Telefones de Contato: (81) 3091-9338/3031-9396

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Salve o dia do ator! (por Romildo Moreira)

Uma frase de Hermilo Borba Filho que encontramos em seu livro Diálogo do Encenador, diz: “O teatro é mais que uma arte de comunidade, é uma arte de comunhão”. Todas as vezes que o pano se abre começa o mistério. Nós nos damos ao público, “este monstro de mil cabeças”, que se integra conosco através da corrente dionisíaca”. – Entre esses mil monstros citados por Hermilo existe o mistério do ator, com seus monstros que também se manifestam de forma variada a cada representação. E esse mistério que conduz a arte da representação, ou o ofício do ator em cena, é o mais visível na arte de fazer teatro, visto que ele está física e energeticamente carregando toda uma criação comunitária diante de uma plateia e sendo veículo de uma comunhão; o espetáculo. Neste 19 de agosto, dia do ator, é bom lembrar de saudarmos, aplaudirmos e referenciarmos todos eles, homens e mulheres que dedicam as suas existências à arte da interpretação, contribuindo com a reflexão, a visão mais ampla do mundo e sobre a própria existência humana com seus conflitos e anseios, através dos seus corpos, de suas vozes e de suas verdades cênicas doadas generosamente (porque é vida) a uma plateia.   Ainda recorrendo a Hermilo Borba Filho na obra acima citada, encontro: “... uma coisa é a peça escrita, como obra literária, e outra o espetáculo resultante dessa obra. Já pensou por quantas transformações ela passa?...” – É disso que tratamos quando falamos no ator em cena, esse mostro sagrado e profano ao mesmo tempo, submisso às intemperes e fúrias de Dionísio e Baco, mas íntegro em sua condição de ator no palco.   – Aqui faço um chamado, como ator que também sou ao público em geral: vamos ao longo dessa semana aplaudir, ao vivo, esses artistas que contrariam, a cada entrada em cena, uma frase célebre de Bertolt Brecht que sabiamente sentencia em outro contexto: Infeliz a terra que precisa de herois. – Para estar em cena hoje, o ator precisa ser heroi. Lembremos então dos apelas de duas atrizes queridas para continuar trabalhando como atrizes, Joana Fomm e Augusta Ferraz. – Resta-nos então irmos ao teatro e aplaudir cada um deles, por isso sugiro as peças que estão em cartaz no Recife, coincidentemente duas delas são obras dos dramaturgos citados neste artigo. Vejamos então:   Puro Lixo, de Luiz Reis, com direção de Antônio Cadengue, no Teatro Hermilo Borba Filho, aos sábados e domingos. No elenco os atores: Eduardo Filho, gil Paz, Marinho Falcão, Paulo Castelo Branco, Samuel Lira e Stella Maris Saldanha. Zumba sem Dente, De Hermilo Borba Filho, com direção de Carlos Carvalho, no Teatro Hermilo Borba Filho, as terças-feiras, às 19h30. No elenco os atores: Mário Miranda, Daniel Barros, Flávio Renovato e Andrêzza Alves. O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros, com texto e interpretação do ator Diógenes D. Lima, com supervisão artística de Marcondes Lima e Jaime Santos, no Teatro Hermilo Borba Filho, as quartas e quintas feiras, às 20h. Ossos, de Marcelino Freire, com direção de Marcondes Lima, no Teatro Barreto Jr, todas as sextas e sábados, às 20h e domingos às 19h. No elenco os atores: André Brasileiro, Arilson Lopes, Daniel Barros, Ivo Barreto, Marcondes Lima e Robério Lucado. A Receita – Texto e direção de Samuel Santos, com a atriz Naná Sodré, no Teatro Luiz Mendonça, todas as quintas, às 20h. Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, com direção de Cibele Forjaz, no Teatro de Santa Isabel, nos dias 19, 20 e 21, às 20h. No elenco os atores: Denise Fraga, Ary França, Lúcia Romano, Théo Werneck, Maristela Chelala, Vanderlei Bernardino, Jackie Obrigon, Luíz Mármora, Silvio Restiffe e Daniel Warren. Então, viva os atores e vamos ao teatro e bom espetáculo!

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Geraldo Maia apresenta novo álbum nesta quinta

O cantor e compositor Geraldo Maia apresentará seu novo álbum, Avia, nesta quinta-feira (18), a partir das 21h, na Creperia Rouge, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. O trabalho, seu 11º, foi lançado em dezembro do ano passado e apresentado recentemente no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Hoje, o público recifense terá a oportunidade de assistir ao show completo de Avia, com letras de viés político e líricas e um som intimista. Entre os trabalhos, composições de amigos como Marco Polo, Paulo Marcondes, Tibério Azul e Marcelo Pereira. Ao lado do artista, estarão os músicos Breno Lira (guitarra e violão), Mestre Lua (percussão) e Caca Barreto (baixo acústico).

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O que é brega? (por Marcelo Alcoforado)

Brega, aprendemos desde as lições primárias, substantivo e adjetivo de dois gêneros, é termo pejorativo, aplicável a que ou a quem não tem finura de maneiras; é cafona, de mau gosto, sem refinamento, de qualidade reles, inferior... Você acabou de ver algumas definições do respeitabilíssimo dicionário Houaiss, demonstrando que o termo é bem servido de depreciações. Brega, pensando bem, é mesmo uma palavra sem categoria. Para começar, sua origem é obscura, ainda de acordo com o Houaiss. Tão obscura, aliás, que, segundo outra hipótese, brega teria vindo dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música tão peculiar embalava os romances de vida tão breve quanto o tempo que transcorria do convite ao quarto e, por fim, ao gozo. Há mais hipóteses. Como esta, por exemplo, que atribui a derivação do termo ao "Nóbrega" que dá nome à rua Manuel da Nóbrega, em Salvador – que ficava na região de meretrício da capital baiana. Em algumas histórias licenciosas, aliás, pronunciava-se o nome do padre Nóbrega como palavra paroxítona. De Nóbrega para Nobrega, teria sido um pequeno salto, pois. O brega, contudo, continuava em busca de um lugar de destaque como manifestação musical. Se nas tertúlias a simples menção da palavra causava urticária, quem sabe seus intérpretes pudessem encontrar a aceitação nos saraus musicais... Estava surgido um novo gênero de música brasileira, embora não houvesse, asseguravam os especialistas, um ritmo propriamente brega. Existisse ou não, o fato é que o termo ganhou o status de gênero musical, marcado por romantismo, simplicidade, rimas e palavras fáceis, assim evoluindo e crescendo no gosto popular e produzindo variáveis como o brega pop e o tecnobrega. A música do meretrício pouco a pouco adquiria ares de dama, quase pudicos, deixando de frequentar exclusivamente os pecaminosos bordéis. Era o tempo dos boleros e sambas-canção trinados nas vozes suplicantes dos cantores do momento, como Orlando Dias, Carlos Alberto e Cauby Peixoto. A música pegou, e, para encurtar a conversa, a partir dos anos 1980, o termo brega passou a ser cunhado largamente na imprensa brasileira para designar, preconceituosamente, ressalte-se, música sem valor artístico. Assim, o termo designava música de mau gosto, destinada às camadas populares, com exageros dramáticos que beiravam o histrionismo. Era, por exemplo, o caso da interpretação de cantores da linha romântica como Amado Batista, Wando, Gilliard, Fábio Junior e José Augusto. Em tal cenário, um rapaz de nome artístico Reginaldo Rossi se destacou. Sem vez como imitador servil de Roberto Carlos, assumiu trono e cetro de o Rei do Brega, e o sucesso logo lhe bateu às portas. Dentro da tradicional linha romântica popular, Reginaldo Rossi manteve-se como uma espécie de contraponto nordestino para Roberto Carlos, inclusive se apropriando do título de rei que já acompanhava o monarca da Jovem Guarda. Os ventos benfazejos sopravam continuamente, e a canção Garçom fez do pernambucano uma sensação no Sudeste. O brega passou a ser reavaliado – inclusive gravado por estrelas de primeira grandeza da música nacional, como Caetano Veloso. O centro da atenção aqui, porém, é o Rei do Brega e é dele que se vai falar. Para começo de conversa, foi, orgulhava-se de dizer, o primeiro cantor de rock do Nordeste, no tempo em que comandava um grupo musical batizado The Silver Jets. Antes disso, no entanto, foi professor de física e matemática, e estudou engenharia durante quatro anos, tendo iniciado a carreira artística em 1964, por influência de Elvis Presley, dos Beatles e da Jovem Guarda, segundo disse. Além do mais, foi crooner em boates do Recife, e fez duas incursões na política. Na primeira, candidatou-se a vereador de Jaboatão dos Guararapes, mas conquistou apenas 717 votos. Na segunda, tentou se eleger deputado estadual, contudo, mais uma vez, não teve êxito. Conquistou 14 934 eleitores, contentando-se em ocupar a 93ª colocação no pleito. Mas de que importava o sucesso político se, como artista, o aplauso estava do seu lado?A partir do seu primeiro disco, O Pão, foi sucesso atrás de sucesso. Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, por exemplo, foi regravada dezenas de vezes por vários artistas. E como isso fosse pouco, ele ressurgiu no Centro-Sul, o que provocou o relançamento de seus discos em CD. Logo ele passou a ser visto como cult e assinou contrato com a gravadora Sony. Foram cerca de 50 discos lançados, entre inéditos e coletâneas, mais de 300 composições gravadas e ele ainda encontrava tempo para fazer uma média de 25 shows por mês, em todo o Brasil. Ademais, ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2000, 14 discos de Ouro, 2 de Platina, 10 Platina Duplo e um de Diamante. Foi um longo e alcatifado caminho para aquele rapazola que imitava Roberto Carlos, não é mesmo? O ignorado de ontem passara a ter, a partir do Recife, fã-clubes espalhados pelas principais capitais brasileiras, como Salvador, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Maceió, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Manaus, entre outras, onde se fez conhecer por O Rei da MBB (Música Brega Brasileira). Bebedor contumaz, jogador compulsivo e fumante inveterado, Reginaldo Rossi baixou hospital no dia 9 de novembro de 2013. Retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão, mas o pior estava por vir. O resultado da biópsia confirmou o diagnóstico de câncer de pulmão, que o levou no dia 20 de dezembro de 2013. Nascido a 14 de fevereiro de 1944, Reginaldo Rossi vivera 69 anos. Com sua voz nasalada, fora, no começo, um improvável cantor que se liberara da imitação de Roberto Carlos para fazer sucesso como o Rei do Brega. Fez. Tanto que hoje, como ontem e como amanhã, em algum lugar do Brasil estarão sendo ouvidos muitos dos seus sucessos, como A Raposa e as Uvas, Garçom e tantas outras melodias, simples, é verdade, mas que embalaram tantos momentos de amor. Muitos dos que ouvem Reginaldo Rossi buscam, com gestos e palavras evasivas, fazer parecer que se trata de um simples momento exótico ou mero divertimento. É não. Na maioria das vezes, isso é só fingimento. Descabido, creia. Afinal, com sua

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