Arquivos Economia - Página 308 de 380 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Cabras e ovelhas em vez de vacas

Um caminho apontado pelos especialistas para o futuro da Bacia Leiteira é o investimento na caprinocultura. A produção de leite caprino recuou 34% no Nordeste durante o período de 2006 a 2017, mas em Pernambuco observou-se um aumento de 16%, segundo último Censo do IBGE. “Observamos claramente que essa atividade é uma alternativa de extrema significância para os produtores, especialmente para os de base familiar, pois existem condições favoráveis na região das mais variadas ordens para que essa bacia seja cada dia mais vigorosa”, aponta Fernando Lucas, pesquisador do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco). Lucas alerta que os produtos derivados de leite caprino precisam chegar aos supermercados das cidades, capitais e grandes centros. “Só assim a bacia leiteira será verdadeiramente forte”, assegura. O pesquisador afirma que juntamente com o Cariri Paraíbano, os Sertões do Pajeú e do Moxotó, além do Agreste Central e Meridional de Pernambuco, concentram a maior bacia leiteira caprina do Brasil. Criadores como Emanuel Rocha também defendem que o Sertão deveria focar na criação de caprino e ovino, espécies mais adaptáveis ao clima sertanejo. “A cabra e a ovelha são animais de menor porte, mais resistentes às secas e comem bem menos que uma vaca. Observo que há um potencial de crescimento muito grande nesse tipo de criação. Para se ter uma ideia, atualmente o Brasil ainda importa 60% da carne de ovinos. Falta para esse segmento uma maior organização, regulamentação e incentivo também. É uma cadeia muito individualizada, que para se expandir precisa se organizar”, sugere. Já o queijo de cabra, segundo o professor da Unidade Acadêmica de Garanhuns da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) Saulo de Tarso, é uma verdadeira iguaria. E o melhor é que é mais saudável e mais magro que o produzido com leite de vaca e com mais valor agregado. Porém, todas essas qualidades esbarram num obstáculo a ser vencido: um desagradável cheiro de bode que exala do produto feito no Nordeste. Mas a solução é simples. “Basta criar a cabra e o bode separados”, soluciona Tarso. Entretanto para implantar esse manejo é necessária uma mudança de cultura por parte dos produtores para criar os animais de uma maneira diferente. Depois será preciso vencer a resistência dos consumidores. “Resolver isso é muito simples, mas até chegar nesse ponto muita gente já teve uma péssima impressão desses produtos derivados do leite de cabra”, desamina o professor da Rural. Saulo afirma ainda que o rebanho caprino tem uma fecundidade muito mais acelerada que o bovino, que seria outra vantagem competitiva. “O ciclo de produção do caprino é de 5 meses, enquanto da vaca é de 9 meses. Além disso, a cada parto a chance de nascerem gêmeos caprinos é muito maior. Com isso, em um ano é possível mais que duplicar o rebanho”, compara o pesquisador. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) LEIA TAMBÉM Bacia leiteira encontra no queijo a saída para a crise Empresa júnior inova no campo

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Nova Previdência é fundamental para retomada do crescimento, avalia CNDL

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), principal entidade representativa do setor varejista nacional, vem a público manifestar apoio à proposta da Nova Previdência, apresentada ao Congresso Nacional ontem (20). A CNDL administra o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e faturam R$ 340 bilhões por ano. “Entendemos que os principais pontos do projeto respondem aos anseios de toda a sociedade brasileira”, avalia José César da Costa, presidente da CNDL. O atual sistema previdenciário é comprovadamente injusto, desigual e insustentável, resultando em um rombo aos cofres público que já supera os R$ 290 bilhões. Com as novas regras será possível obter uma economia de, pelo menos, R$ 1 trilhão com ganhos fiscais ao longo dos próximos dez anos. Um dos destaques do projeto é o tratamento mais igualitário para trabalhadores dos setores público e privado, incluindo as demais carreiras que deverão seguir as mesmas regras. Outro ponto positivo é a uma contribuição mais justa e proporcional aos rendimentos, elevando a contribuição daqueles que ganham salários mais altos. Apoiamos que o projeto seja discutido com seriedade e transparência pelos parlamentares. Acreditamos que a Nova Previdência é o caminho certo para retomar a confiança, aumentar os investimentos e retomar o crescimento econômico, de forma sustentável, para todo o país.

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Empresa júnior inova no campo

Há pouco mais de cinco anos, em uma matéria sobre a interiorização do ensino superior, a Algomais destacou a história do médico veterinário Saulo de Tarso. Natural de Pesqueira, ele fez a residência veterinária e o mestrado na Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG) da UFRPE. O bom desempenho o levou ao doutorado na Southern Illinois University (EUA). Seu desejo após a formação era voltar ao Agreste para morar e “pagar” a região com os conhecimentos profissionais adquiridos. O pesquisador retornou ao Brasil e integra desde o ano passado o quadro docente da universidade. Em poucos meses de atividades, ele construiu ao lado dos alunos o NuInova, Núcleo Universitário de Inovações Agrárias para o Nordeste, uma empresa júnior incubada na UFRPE para atender os produtores locais. . . A empresa júnior é formada por alunos dos cursos de ciências agrárias ofertados pela UAG. O NuInova realiza serviços de apoio à agricultura, pecuária (bovinos, caprinos e suínos), orienta sobre manejos agronômicos, que envolvem correção dos solos e produção de forragens. “É gratificante ter o contato diário com o homem do campo e poder acrescentar valor a sua produção em pleno Semiárido”, afirma o estudante Manoel Henrique Alves. Ele e os colegas Edmundo Azevedo, Carla Geovanna Mendonça, Dioge Ribeiro, Joyce do Nascimento e Udhanysson dos Santos se dividem em vários cargos da empresa. “É uma oportunidade para aprendermos a gerenciar. Esse é o primeiro passo na busca de empregos ou trabalho. Faz diferença no nosso currículo”, conta Dioge Ribeiro, que é assessor de projetos. Além da experiência profissional proporcionada aos estudantes, a empresa também desenvolve inovações. O NuInova está desenvolvendo um bioproduto natural para melhorar a eficiência reprodutiva dos animais. “Como as fêmeas comem pouco no final da gestação, ficam em déficit energético. Estamos testando um produto natural, como forma de prevenção de doenças nesse período”, conta Saulo. O grupo busca a patente desse produto para torná-lo comercial e reinvestir na empresa. No campus o grupo trabalha com um pequeno rebanho de caprinos para as experimentações que os alunos farão nos projetos. Outra inovação testada é o projeto de captação de água dos aparelhos de ar condicionado de algumas salas para fazer o plantio de forrageiras nativas. A próxima meta é estender essa experiência para toda a universidade. . . O NuInova atua em seis projetos e cobra valores reduzidos pelos serviços. Sem fins lucrativos, seu faturamento é destinado a investimento na empresa, como na recente compra de uma Kombi. “Assim realmente agimos com extensão. O produtor sabe que esse serviço agrega valor ao seu negócio e para os alunos é uma forma de mostrar como aplicar inovação e tecnologia no campo com poucos recursos", conta Saulo. . *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais . . LEIA TAMBÉM Bacia leiteira encontra no queijo a saída para a crise Cabras e ovelhas em vez de vacas

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Agência Carvalheira projeta crescer 40% em 2019

Festas de alto padrão, com público numeroso e grandes oportunidades de marketing. Essa foi a receita que fez a Agência Carvalheira triplicar o faturamento nos últimos três anos e nacionalizar a sua marca. Especializada em desenvolver experiências junto aos jovens, a empresa só em 2018 atraiu cerca de 95 mil pessoas para os mais de 20 eventos que promoveu. Para 2019, além de entrar no crescente mercado do Carnaval de São Paulo, o jovem time de sócios da agência projeta levar seu padrão para o continente europeu. “Nos últimos anos triplicamos a estrutura e a operação para alcançar esses resultados. Em 2018 tivemos um crescimento de 58% de faturamento e pouco mais de 30% de público”, informa o diretor executivo Victor Carvalheira. A empresa nasceu em 2004, estreando com uma festa de Natal. Os 600 ingressos colocados à venda foram comercializados rapidamente. “O consumidor sentia falta de eventos de mais qualidade no Recife, embora a cidade já tivesse a tradição de festas de Natal. Começamos chamando os amigos e, desde o princípio, tivemos muita atenção com a produção de todos os detalhes do evento. A marca se tornou muito forte e há sete ou oito anos a empresa virou o primeiro negócio de todos os sócios”, conta Geraldo Bandeira, que é advogado de formação, mas deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à Carvalheira. Hoje a casa sede oficial da empresa, situada na Imbiribeira, onde são realizados vários eventos, tem capacidade para 2,5 mil pessoas. A agência vem crescendo ao longo de mais de uma década até ganhar um novo patamar, principalmente após o primeiro ano do Carvalheira na Ladeira, que acontece durante a folia de Momo em Olinda. A festa reuniu 25 mil pessoas no ano passado e é responsável por 50% do faturamento anual da empresa. Uma grata novidade que alegrou os sócios é que 52% do público do ano passado era composto por turistas. “Nós nos tornamos um produto turístico importante para o Carnaval, porque trouxemos um perfil de turista que não vinha para Pernambuco. É um visitante que ia para a Bahia, o Sul do País ou alugava uma casa de praia, buscava outro tipo de folia”, conta Jorge Peixoto, diretor comercial e de relações públicas da Carvalheira. Além do Carnaval, o trabalho no Réveillon de Fernando de Noronha, que acontece desde 2015, é outro ponto forte da empresa que contribuiu para nacionalizar a marca. Os primeiros passos da expansão em território nacional foram a realização de eventos em Fortaleza (Feijoada de Seu Carva) e Alagoas (Semana Santa dos Milagres) no ano passado. O próximo horizonte a ser atravessado é a capital paulista, onde a expectativa de público é de 15 mil pessoas na primeira edição do Carnaval na Cidade. “Com o projeto de São Paulo, que impacta muito nosso negócio, somados a outros que começamos recentemente, temos a expectativa de crescimento de 40% no faturamento em 2019”, afirma o diretor executivo. Outra novidade da empresa para 2019 será levar a Carvalheira para Europa, com um evento em Lisboa. A estreia no Velho Mundo deverá acontecer no segundo semestre. “Estamos criando um produto específico para Portugal. Os portugueses estão vivendo um momento de paixão intensa com a música brasileira. Estamos aproveitando essa situação para internacionalizar a marca”, planeja o diretor comercial. Jorge afirma que o diferencial dos eventos da empresa não são as atrações musicais, mas todo o serviço em volta do show. Em pesquisas com o público, os principais itens que levam a uma compra de ingresso das festas da Carvalheira são a comodidade, os serviços, a segurança, a equipe, entre outros. “As pessoas enxergam muitos motivos antes da atração. Não vendemos shows, vendemos experiências”, diferencia Jorge. Os ingressos, que custam entre R$ 300 e até mais de R$ 900 são disputados e geralmente somem rapidamente ao serem colocados à venda. A empresa desenvolveu nos últimos anos também a expertise de oferecer o serviço de marketing de experiências e publicidade dentro da agenda anual da Carvalheira ou mesmo na realização de pequenos eventos segmentados para marcas. “Temos uma estrutura para responder à demanda criativa de nossos patrocinadores. Atendemos 100% do pacote ou orientamos as agências dos clientes. Hoje 90% dos nossos patrocinadores são atendidos neste modelo”, conta o diretor. Para formar esse braço de produção e dar conta dos novos eventos, os fundadores (Eduardo Carvalheira, Geraldo Bandeira, Jorge Peixoto, Rafael Lobo e Victor Carvalheira) receberam um time de novos sócios, composto por Eduardo Rocha, Ulisses Pernambucano, Ricardo Rodrigues (Kadito), Thiago Wanderley e Valmir Wanderley. Com novos serviços e 23 festas no calendário, o ano de 2019 promete a consolidação da marca como referência de promoção de eventos de qualidade no cenário nacional. EM NÚMEROS 58% foi o crescimento do faturamento em 2018 30% foi o aumento de público no ano passado 40% é a projeção de crescimento de faturamento em 2019 . *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais  

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Consultor da TGI ministra palestra em evento para empresários de Petrolina

O Petrolina Law & Business Day, evento que reuniu empresários para debater as perspectivas empresariais para 2019, contou com a palestra do consultor Tiago Siqueira, que é sócio da TGI e da Revista Algomais. O seminário foi promovido pelo escritório BVP – Berardo, Vasconcellos & Pontes Advogados, com apoio da Fiepe, da Revista Algomais e da TGI, no Hotel Nobile, em Petrolina. “Pensamos nesse evento como uma forma de inserir o importante setor produtivo e empresarial de Petrolina nas discussões acerca dessas positivas alterações econômicas, legislativas e jurisprudências que se apresentam”, explicou o advogado André Berardo, sócio da BVP Advogados.   O evento contou com palestras que trataram de temas como a terceirização de atividade fim e as oportunidades que surgiram com a nova jurisprudência em matéria tributária. Tiago Siqueira, sócio da TGI, falou sobre o tema “Impactos das mudanças nas empresas e nas pessoas”, tratando dos dois mais recentes processos de mudança que o mercado atravessa: o momento político-econômico que o Brasil está vivendo e a nova era do mundo digital. Para o consultor, o país passou por uma crise muito grave, com grande aumento no número de desempregados, um fator que modificou os hábitos da população e consecutivamente o desempenho do mercado. “Porém, há sinais de otimismo por parte dos empresários. Isso já é o primeiro passo para a retomada da economia”, afirmou. Além da crise, outro fator que anda mexendo muito com o mercado é a evolução do mundo digital. “O comportamento do consumidor está sendo modificado de várias formas. Um desses comportamentos se chama ‘economia do compartilhamento’, onde o acesso às coisas passa a ser mais importantes do que a posse delas. Exemplos disso são as plataformas de compartilhamento como AirBnb e Uber, os aplicativos de streaming como Netflix e Spotify, entre outras”. Para o consultor, as empresas que não buscarem se adaptar a este novo cenário, serão mais afetadas e ficarão para trás.

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Escritório pernambucano é destaque em ranking internacional

Pelo quarto ano, o Queiroz Cavalcanti Advocacia é destaque no ranking da Leaders League, agência francesa de classificação que mapeia o mercado e faz referência aos principais executivos em nível internacional. Dessa vez, o escritório pernambucano – que tem 20 anos de atuação no mercado corporativo e conta com dez unidades no Norte-Nordeste – recebeu recomendação para as áreas de Consumidor de Volume, Cível Comercial, Trabalhista, Trabalhista de Volume e Recuperação de Crédito. Essa classificação leva em conta dados de pesquisas realizadas com empresas públicas e privadas de vários países, além de escritórios de advocacia nacionais e internacionais. O ranking também recomendou seis advogados do Queiroz Cavalcanti Advocacia. Dois deles são os próprios sócios-diretores Carlos Harten e Bruno Cavalcanti. Startups e Inovação Em junho do ano passado, o Queiroz - com unidades entre Pernambuco, Bahia, Paraíba, Ceará, Maranhão e Amazonas - foi o único escritório jurídico do Norte e Nordeste a entrar no ranking do Leaders League, na categoria Startups e Inovação. Já em abril, foi reconhecido nas áreas trabalhista, consumidor e trabalhista larga-escala. E em novembro, foi premiado na área tributária.

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Idade para aposentadoria pode subir de acordo com expectativa de vida

A idade mínima para a aposentadoria poderá subir em 2024 e depois disso, a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida dos brasileiros. Se a expectativa de vida após os 65 anos para homens e 62 para mulheres subir, haverá ajuste na idade mínima na proporção de 75% sobre os meses de aumento. Por exemplo, se a expectativa de vida subir em 12 meses, a idade mínima sobe em 9 meses. A proposta de reforma da Previdência enviada hoje (20) ao Congresso Nacional estabelece idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com contribuição mínima de 20 anos. Nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição. Atualmente, aposentadoria por idade é 60 anos para mulheres e 65 anos para os homens, com contribuição mínima de 15 anos. A aposentadoria por tempo de contribuição é de 30 anos para mulheres e 35 para os homens. Também houve mudança na aposentadoria rural é de 60 anos tanto para homens quanto para mulheres, com contribuição de 20 anos. A regra atual é 55 anos para mulheres e 60 anos para os homens, com tempo mínimo de atividade rural de 15 anos. A proposta também estabelece idade de 60 anos para ambos os sexos na aposentadoria de professores, com 30 anos de contribuição. Atualmente, não há idade mínima para professores e o tempo de contribuição é 25 anos para mulheres e 30 anos para os homens. (Da Agência Brasil)

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Bacia leiteira encontra no queijo a saída para a crise

Na área mais seca do município de Jupi, no Povoado Colônia, o pequeno produtor Adriano Melo, 39 anos, e sua família criam nove vacas e possuem uma produção artesanal de queijo coalho. O nome do sítio é Boi Morto e as águas da região são salgadas. Mas em meio às dificuldades naturais, que se agravaram nos últimos anos de falta de chuvas, ele conseguiu desenvolver, com orientação técnica, um produto que foi eleito o melhor do Estado em três categorias (sabor, textura e aroma), na feira da Agronordeste do ano passado. O trabalho bem-sucedido foi coroado recentemente também com o selo de certificação da Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco). O reconhecimento permite a Adriano comercializar o queijo para todo o Estado e com desconto no ICMS, além de proporcionar um valor agregado à sua produção. Uma história de sucesso familiar que representa um movimento de recuperação lenta, mas sustentável da Bacia Leiteira de Pernambuco. . . O setor de produção e processamento de leite no Estado está retomando a produtividade perdida nos extensos anos de seca e caminha para uma melhor competitividade das queijarias artesanais. A capacitação de pequenos produtores de leite e queijo e o incentivo público para comercialização dos seus produtos têm qualificado essa produção e facilitado a sua chegada ao consumidor final. O incentivo à criação de caprinos é outro horizonte ainda pouco explorado, mas com grande potencial de expansão segundo os especialistas. A produtividade de leite de Pernambuco ainda está longe dos seus tempos áureos, mas cresceu 14% em 2018, segundo a Adagro. O Estado fechou o ano com uma produção diária de 1,8 milhões de litros de leite, frente a 1,68 milhões no início do ano passado. Antes do prolongado período de seca, o volume produzido chegou a aproximadamente 2,5 milhões por dia, de acordo com informações do Sindileite (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Pernambuco). “A redução não foi culpa do produtor, mas da estiagem prolongada”, justifica o empresário e vice-presidente do Sindileite, Carlos Albérico Bezerra. “Os açudes das propriedades secaram de 95% a 98%. A pastagem não floresceu e com isso houve essa redução forte. Estamos saindo dessa grande seca. A esperança de ser um ano melhor é muito grande, mas as informações dos principais centros climáticos ainda não confirmam um ano mais chuvoso”, ressalva Bezerra. Sua empresa, a Integração Agropastoril, processa entre 10 mil e 12 mil litros por dia, de produção das fazendas próprias e de pequenos produtores fornecedores. O leite destina-se, principalmente, para a merenda escolar das prefeituras, além de hotéis. O prolongado período de estiagem acabou provocando uma verdadeira “seleção natural”, em que só sobreviveram os empresários e os animais que melhor se adaptaram a esses tempos de vidas secas. “O setor está se reerguendo com uma genética melhor, um produtor mais especializado e um consumidor mais consciente. E isso tudo está vindo junto com mais formalização”, analisa Vânia Freire Lemos, coordenadora operacional do Centro Tecnológico de Laticínios do Itep (Instituto Tecnológico de Pernambuco), em Garanhuns. Ela explica que a falta de chuvas “filtrou” os rebanhos e as pessoas que atuavam no setor. “Sem alimento ou água, se retêm os melhores animais. Os piores não resistem ou o produtor teve que retirá-los. Isso selecionou muito o rebanho, permaneceram os melhores. Já os produtores que não tinham expertise ou se capacitaram ou tiveram que sair do setor”. . . Vânia ressalta ainda que essa retomada acontece no momento em que a economia brasileira também dá os seus primeiros sinais de reequilíbrio. “Estamos saindo de uma crise e quando começa a melhorar o consumo, o produto lácteo é o primeiro que passa da gôndola para o carrinho do consumidor. Isso incentiva o produtor”. O economista Pedro Neves de Holanda ressalva que há uma grande estagnação nesse mercado não só em Pernambuco, mas em todo o País e no mercado internacional, onde o preço ficou praticamente congelado nos últimos anos. “O consumo no Brasil foi enfraquecido devido à recessão econômica. Com menor demanda e rebanho, Pernambuco precisa investir em tecnologia e produtividade para alcançar uma melhor presença no mercado. No Brasil a expectativa é que a oferta e a demanda se ajustem com a retomada do crescimento”, estima. Apesar da recuperação em andamento, os produtores locais estão enfrentando uma queda dos preços. O presidente da Sociedade Nordestina de Criadores, Emanuel Rocha, afirma que o litro de leite, que já custou R$ 1,50, hoje está sendo comercializado por R$ 0,90. Uma baixa que vai na contramão da inflação do valor dos insumos do setor. Essa situação é reflexo do aumento da produção leiteira nacional. Outra causa é a importação de leite em pó por grandes indústrias, o que confronta a política de incentivos fiscais que beneficia essas empresas. Tais incentivos foram concedidos a companhias que se instalaram em Pernambuco, desde que, como contrapartida, fizessem a captação de 50% de leite fluído dos produtores de Pernambuco. “A permissão de fracionamento do leite em pó foi uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para atender uma demanda do Semiárido. Contudo, gestão está sendo feita junto ao ministério para revogação dessa normativa, a qual tem sido bastante prejudicial aos nossos produtores de leite e derivados”, explica o pesquisador Sebastião Guido, do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco). Para enfrentar o baixo preço, muitos criadores têm optado pela produção de queijo, que oferece melhor rentabilidade que a venda de leite in natura. Opção que também foi incentivada pelo Governo do Estado. A Lei nº 16.276/2017 criou condições mais favoráveis aos pequenos produtores, com incentivos à formalização, o que abre novos mercados e os isenta de ICMS. De acordo com o diretor-presidente da Adagro, Paulo Roberto de Andrade Lima, uma queijaria, uma usina, um posto de refrigeração e até uma granja leiteira podem ser enquadradas entre os beneficiários dessa lei. “Com o decreto, 165 estabelecimentos já foram visitados pela Adagro para requerer o registro ou a construção de um novo estabelecimento. Desses, 15 já receberam a licença

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Economia brasileira cresceu 1,1% em 2018, diz FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,1% em 2018, segundo cálculos – divulgados hoje (19), no Rio de Janeiro - pelo Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV). É a mesma taxa de expansão apresentada em 2017. A alta foi puxada principalmente pelos serviços, que se expandiram 1,3% no ano. A indústria e a agropecuária também tiveram avanços, ainda que mais moderados, de 0,4% e 0,6%, respectivamente. Entre os serviços, aqueles que mais se destacaram em 2018 foram os imobiliários (3,1%), comércio (2,1%) e transportes (2%). Os serviços de informação foram os únicos que apresentaram queda (-0,1%). Já entre os segmentos da indústria, foram registradas altas na eletricidade (1,4%), transformação (1,3%) e extrativa mineral (1,1%). A construção teve queda de 2,4%. Sob a ótica da demanda, o destaque ficou com a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, que cresceram 3,7% no ano de 2018. O consumo das famílias avançou 1,8% e o consumo de governo, 0,2%. As exportações tiveram alta de 4%, inferior ao crescimento de 8,1% das importações. No último trimestre do ano, o PIB ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 1% na comparação com o último trimestre de 2017. O desempenho oficial do PIB é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que só deve divulgar o resultado de 2018 no próximo dia 28. (Da Agência Brasil)

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Rodada de Negócios da Moda Pernambucana começa amanhã (20) em Caruaru

Dos insumos ao produto final, a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP) atende a toda cadeia produtiva da moda da região que compõem o Polo de Confecções do Agreste, o segundo maior do país. Com 140 expositores confirmados para a 27ª RNMP, que acontece de 20 a 22 de fevereiro, no Polo Caruaru, a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), realizadora do evento, espera um aumento de cinco a dez por cento na geração de negócios que foi de 20 milhões de reais na última edição. Os expositores irão apresentar para lojistas de todo o Brasil as tendências para a temporada outono/inverno nos segmentos surfwear, streetwear, praia, fitness, moda íntima, bebê, infantil, juvenil, jeanswear, jeans infantil, modas feminina e masculina, além de bolsas, calçados infantil e adulto e acessórios. “A expectativa é bastante positiva. O evento está totalmente ocupado. Compradores de todos os estados do país já estão confirmados, com passagens emitidas e hospedagens reservadas na cidade. Agora, estamos nos preparativos finais para receber todos muito bem e fazermos bons negócios”, enfatiza o coordenador do evento, Wamberto Barbosa. A iniciativa, realizado há 13 anos pela Acic, vem se reinventado para contemplar não apenas as transformações da moda no Brasil e no Mundo, mas, também, os diferentes públicos e suas necessidades. A Alameda da Moda, o Pernambuco que Cresce e o InoveTex, novos espaços incorporados, exemplificam essa renovação e ajudam a fazer da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana o evento mais completo do Nordeste no segmento. Alameda da Moda O espaço aberto ao público contará nesta edição com uma loja colaborativa de marcas de acessórios e vestuário criadas pelos alunos da Faculdade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).Além disso, um escritório de consultoria fashion estará à disposição dos visitantes. Uma grande novidade é uma startup gourmet: a Casa Cavalcanti. InoveTex Criado na última edição, o InoveTex é destinado aos fornecedores da cadeia têxtil e é um espaço aberto ao público ligado ao segmento que pode visitar os estandes, através de credenciamento, e ter acesso às novidades em fios, tecidos, aviamentos, tecnologia e soluções financeiras. Na 27ª RNMP, serão nove empresas participantes que irão aproveitar o fluxo segmentado de pessoas proporcionado pelo evento como uma oportunidade de expandir seus negócios e alcançar novos mercados. Pernambuco que Cresce Nesta edição, o espaço voltado para micro e pequenas empresas contará com sete participantes. Quando criado, na 25ª RNMP, cinco expositores participaram do piloto do projeto. As empresas também ficam divididas por segmentos e expõem seus produtos em uma versão compacta dos estandes tradicionais que são adquiridos por um valor acessível ao porte do negócio. O objetivo é incentivar o acesso ao mercado nacional de forma organizada e fortalecer a competitividade. Grandes marcas A maior concentração de expositores está no espaço tradicional. Para esta edição, 120 estandes foram comercializados para marcas de confecção, calçados e acessórios de Pernambuco, Paraíba, Goiás, Ceará e de Santa Catarina. “Nesta parte do evento, estão as empresas de maior porte, mas todas as marcas que expõem na Rodada de Negócios estão aptas a comercializar para o Brasil todo com produtos e serviços de qualidade, porém em escalas distintas”, explica Wamberto Barbosa. O investimento na ampliação da Rodada de Negócios fortaleceu ainda mais o evento. “Promover a oportunidade do fabricante da nossa região ter contato com o varejo nacional e mostrar a sua inovação, o seu produto e o seu design é a proposta principal da RNMP”, finaliza o coordenador. A RNMP tem como correalizador o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e conta com o patrocínio do Banco do Nordeste (BNB) e do Governo Federal. A Prefeitura de Caruaru apoia o evento. O Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a Associação Comercial e Industrial de Toritama (Acit), a Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (Ascap) e o Sindicado das Indústrias do Vestuário do Estado de Pernambuco (Sindivest/PE) são parceiros da iniciativa.

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