Arquivos Economia - Página 353 de 379 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Confiança dos MPEs termina janeiro com 54,6 pontos e inicia 2018 com otimismo

O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa (MPE) atingiu 54,6 pontos em janeiro, acima dos 51,1 pontos no último mês de dezembro, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Pela quarta vez seguida, o resultado ficou acima dos 50 pontos, indicando que o clima de otimismo tem prevalecido entre os entrevistados. Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia. “Tanto a avaliação do cenário atual quanto as expectativas para futuro cresceram neste início de ano, com destaque para o crescimento do segundo componente”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “A recuperação econômica em curso contribui para a melhora do humor dos empresários. A percepção do cenário atual já é bem melhor do que a observada no início de 2017. Se confirmadas as expectativas ao longo de 2018, a confiança poderá consolidar-se acima do nível neutro, quem sabe encorajando os micro e pequenos empresários ao investimento e, por consequência, iniciando um ciclo virtuoso para a economia”, analisa. O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses. Indicador de Condições Gerais avança de 34,2 pontos para 41,6 pontos em um ano O Indicador de Condições Gerais, que avalia o retrospecto do micro e pequeno empresário sobre o desempenho de suas empresas e da economia nos últimos seis meses, subiu de 34,2 pontos em janeiro de 2017 para 41,6 pontos em janeiro de 2018. Como o índice continua abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que os empresários ainda não enxergam os últimos seis meses de forma favorável, embora o crescimento do índice aponte uma interrupção na trajetória de piora. Na abertura do indicador, tanto a avaliação regressa de seus negócios quanto da economia, apresentaram melhora na variação anual. No primeiro caso, passou de 37,4 pontos para 44,9 pontos na escala. Já para o desempenho recente da economia, a evolução positiva foi de 31,0 pontos para 38,4 pontos. Em termos percentuais, 50% dos micro e pequenos empresários sondados consideram que as condições da economia brasileira pioraram nos últimos seis meses. Apesar de elevado, o número alcançou 63% em janeiro de 2017. Já a proporção dos que notaram melhora da economia marcou 23% em janeiro. 51% dos MPEs estão otimistas com o futuro da economia do país O Indicador de Expectativas, que serve de parâmetro para avaliar o que os empresários aguardam para o futuro, ficou em 64,4 pontos em janeiro de 2018, contra 59,0 observados em dezembro de 2017 e dos 63,6 pontos que marcara em janeiro de 2017. De acordo com o levantamento, 51% dos micro e pequenos empresários estão em algum grau confiantes com o futuro da economia do país contra 18% de pessimistas. Quando essa análise se restringe à realidade da sua própria empresa, o índice cresce e atinge 64% dos empresários otimistas contra um percentual de 8% que manifestaram pessimismo com o futuro de seus negócios. Apesar da confiança dos empresários no desempenho da economia, na maior parte dos casos, os entrevistados não sabem explicar as razões: 40% desses empresários admitiram não saber o porquê de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas devem acontecer. A mesma razão é citada por 26% dos micro e pequenos empresários que estão otimistas com seus negócios. Entre os que estão otimistas com a economia, há também 38% que já notam a melhora de alguns indicadores econômicos e 16% que o País tem um amplo mercado consumidor. Já entre os que imaginam que suas empresas terão um horizonte positivo nos próximos seis meses, 35% confiam na boa gestão que fazem do negócio, medida que os fazem se distanciar dos efeitos da crise, na opinião desses entrevistados. Em sentido oposto, entre os pessimistas com a economia, a questão política também ganha protagonismo, revelando que a incerteza no campo político afeta as perspectivas econômicas de 69% dos desses entrevistados. Dentre os pessimistas com o próprio negócio, 48% afirmam que o volume de vendas está baixo e 30% consideram difícil empreender no Brasil. Outro dado investigado pelo levantamento foi o faturamento das empresas. A maior parte (49%) dos micro e pequenos empresários acredita que o faturamento poderá crescer. Outros 41% acham que ele não se alterará ao longo deste primeiro semestre do ano, contra apenas 6% dos que esperam queda das receitas.  

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Movimentação de cargas no Teca de Petrolina cresce 27,6% em 2017

O Terminal de Cargas (Teca) do aeroporto de Petrolina – Senador Nilo Coelho (PE), registrou crescimento de 27% na movimentação de cargas num comparativo entre os anos 2016 e 2017. O Teca registrou a exportação de 3.782,4 toneladas no ano passado, ante 2.964 toneladas em 2016. O aumento da oferta de voos cargueiros e a movimentação de carga existente entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017 foram os principais pilares do crescimento registrado, assim como a certificação operacional recebida em 21 de setembro, que atestou a capacidade operacional do terminal e seu funcionamento de acordo com os ditames de segurança e excelência estabelecidos pelos órgãos da aviação civil nacional e internacional. A publicação do documento também viabilizou o recebimento de uma aeronave cargueira de maior porte, a B747-8F. Desde então, o Teca recebeu dois voos semanais no último trimestre, aumentando a quantidade de voos em relação ao mesmo período de 2016 e aumentando a capacidade de carga embarcada por voo nas operações realizadas com a aeronave recém-autorizada. Atualmente, o terminal de cargas de Petrolina tem trabalhado apenas com exportações - 100% dos produtos exportados são frutas, com predominância da manga, mas embarcando também mamão, limão e uva. Passageiros O aeroporto de Petrolina também tem outro motivo para comemorar: o registro de alta de 8,52% de embarques e desembarques em 2017, quando comparado com o ano anterior. Para o superintendente do terminal, Moyses Barbosa da Silva Filho, o crescimento se dá em virtude da melhora da economia, a concorrência entre as companhias aéreas e a boa infraestrutura mantida pela Infraero, dando um conforto maior para os usuários. “Essa disputa estimula a baixa de preço e o aumento do número de viajantes que fazem a opção pelo modal aéreo”, explica.

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Número de empresas inadimplentes cresce 5,35% em 2017, mostra indicador do SPC Brasil e CNDL

O número de empresas inadimplentes continua crescendo na comparação anual. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 5,35% em 2017 – em 2016 a variação anual havia sido de 5,01% e em 2015 de 11,9%. “A crise econômica vivida pelo país nos últimos anos impôs severas dificuldades para empresas e consumidores, afetando a capacidade de honrarem todos os seus compromissos”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “Ainda há efeitos da crise, mas também há sinais de retomada da economia. Para este ano, espera-se que, à medida que os negócios se recuperem, o fenômeno da inadimplência desacelere”, explica. Número de dívidas tem crescimento de 3,64% em 2017 Outro indicador também mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de dívidas em atraso. Neste caso, o crescimento foi de 3,64% na comparação anual. “Ter acesso ao mercado de crédito é fundamental para a manutenção e expansão dos negócios. As empresas que se deparam com a restrições ao seu nome devem buscar uma boa negociação para suas pendências, algo que pode ser favorecido pelo ciclo recente de queda dos juros””, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Nordeste lidera crescimento do número de empresas negativadas A abertura do número de empresas devedoras por região mostrou que, no Sudeste, o número de empresas negativadas na comparação anual avançou mais do que em outras regiões: a alta foi de 7,37%. Em seguida, aparecem o Sul (3,18%); o Centro Oeste (2,99%); o Nordeste (2,61%) e a região Norte (2,23%). Em termos de participação, o Sudeste concentra a maior parte do número de empresas negativadas, com 46,14% do total. O Nordeste, por sua vez, concentra 20,77%, enquanto o Sul aparece com uma fatia de 17,07%. Setor de Serviços lidera crescimento do número de empresas devedoras O setor em que o número de empresas negativadas mais cresceu no ano foi o Serviços, com variação de 8,22%. Em seguida, aparecem os setores de Comércio (3,42%), Indústria (2,93%) e Agricultura (-0,99%). Quando se analisa os setores credores, isto é, aqueles setores para os quais as empresas devem, o maior avanço da inadimplência foi observado pela Indústria (4,67%), seguida do setor de Serviços (4,12%) e Comércio (3,24%).

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45% dos brasileiros não controlam as próprias finanças

Planejar as despesas da casa, organizar o orçamento de acordo com a receita disponível e não exagerar nas compras impulsivas. O brasileiro até sabe o que precisa ser feito, mas nem sempre coloca a teoria em prática. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 45% dos brasileiros admitem não fazer um controleefetivo do próprio orçamento, percentual que sobe para 48% entre as pessoas das classes C/D/E e para 51% entre os homens. Entre os que fazem uma administração precária do orçamento, 21% confiam na própria memória para gerir os recursos financeiros. Os que fazem um controle de fato do orçamento somam 55% dos consumidores, sendo o caderno de anotações (28%), a planilha em Excel (18%) e aplicativos no celular (9%) as práticas mais adotadas. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a disciplina é parte fundamental para uma vida financeira saudável. “Foco e esforço são essenciais para se alcançar uma vida financeira equilibrada. Não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, importa que o método seja organizado. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras preferem o velho caderninho de anotações. O importante é anotar e principalmente analisar os registros, de forma que o consumidor identifique onde há sobras e onde o orçamento deve ser ajustado”, aconselha a economista. O levantamento ainda revela que a maior parte dos consumidores brasileiros garante ser autodidata nos conhecimentos para gerir o próprio dinheiro: entre aqueles que acreditam ter um bom grau de conhecimento para gerenciar suas finanças pessoas, 45% aprenderem sozinhos, enquanto 34% tiveram ensinamentos desde cedo com a própria família. Os que aprenderam a gerenciar as finanças com o marido ou esposa são 14%, enquanto 9% fizeram um curso e 6% recorreram a algum especialista. De modo geral, 51% dos consumidores avaliam ter um grau ótimo ou bom para gerenciar seu dinheiro e 48% consideram esse conhecimento ruim ou regular. Além disso, três em cada dez (31%) brasileiros admitem insegurança para gerenciar o próprio dinheiro, contra 46% que se consideram seguros. Outros 23% mostram-se indiferentes. Mesmo entre os que controlam orçamento, 59% sentem dificuldades na tarefa; falta de disciplina é o maior vilão dos que não têm educação financeira De acordo com a pesquisa, em cada dez consumidores que controlam seu orçamento, seis (59%) sentem alguma dificuldade ao executar essa tarefa, sendo as principais queixas a falta de disciplina em anotar os gastos e rendimentos com regularidade (26%), a falta de tempo (12%), a dificuldade em encontrar um mecanismo simples de controle (11%) e a dificuldade em fazer cálculos (5%). Os que não sentem dificuldades somam 41% da amostra. A falta de disciplina também é a principal justificativa para aqueles que não controlam o próprio orçamento, com 34% de menções. Outros 15% não veem necessidade em registrar gastos, fazendo as contas apenas de cabeça, enquanto 11% justificam o fato de terem uma renda que varia de um mês para o outro. Há ainda 10% que admitem preguiça e 10% que não sabem como fazer. Consumidor anota despesas básicas da casa, mas se descuida das pequenas compras; 57% não planejam o mês com antecedência Entre aqueles consumidores que fazem um controle adequado do seu orçamento, os gastos de primeira necessidade e de valores mais elevados são os que recebem um tratamento mais cuidadoso. A pesquisa aponta que 92% anotam despesas básicas, como mantimentos, produtos de higiene, mensalidades escolares e contas da casa como água, luz, condomínio e aluguel. O mesmo percentual de 92% também anota as prestações contraídas no carnê, crediário e cartão de crédito que vencem nos meses seguintes. Outros 85% sempre anotam os rendimentos, como salários, pensões e aposentadorias. Entretanto, o controle dos pequenos gastos cotidianos e compras não planejadas ainda são deixadas de lado por parte expressiva dos entrevistados. O dinheiro que poupam dos salários ou investem (24% que não controlam), gastos esporádicos com lazer e beleza (30% que não controlam) e pequenos gastos do dia a dia, como estacionamento, despesas com taxi e com idas para bares e restaurantes, por exemplo (36% que não controlam), ficaram nos últimos lugares do ranking das principais anotações. No momento de lidar com o controle dos gastos mensais, os perfis dos brasileiros que controlam seu orçamento se dividem: enquanto 43% planejam o mês com antecedência, anotando os rendimentos e o que esperam gastar, outros 35% preferem anotar os gastos no decorrer do mês, verificando posteriormente como ficou o orçamento. Os que só anotam os gastos depois que o mês termina somam 21% da amostra, percentual que sobe para 25% entre os consumidores da classe C. “Anotar as despesas no fim do mês é um grande risco, pois não há um controle real do quanto se gasta. Quando chega a hora de fazer as contas, pode ser que o consumidor tenha ultrapassado o limite do orçamento, ficando no vermelho. Uma boa estratégia para evitar que isso aconteça é reservar uma quantia fixa todo mês para as compras menores e respeitar esse limite. Mas, para isso, o planejamento das contas deve ser feito no início do mês”, diz o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. 69% pechincham na hora das compras, mas 45% costumam parcelar em vez de juntar dinheiro para comprar à vista De acordo com a pesquisa, 84% dos consumidores têm o hábito de fazer pesquisa de preço e 69% costumam pechinchar em busca de valores mais em conta. Mas uma das principais dificuldades do brasileiro é se esforçar para adquirir algum bem a vista: 45% admitem não ter o hábito de juntar dinheiro para realizar uma compra de valor mais elevado à vista, optando na maior parte das vezes pelo parcelamento. A falta de paciência para esperar a quantia ser alcançada com o tempo (51%) é o principal motivo para quem nunca faz esse esforço. 77% passaram situação de aperto financeiro em 2017; corte em supermercados, lazer, beleza e pacotes de TV e internet foram alguns dos ajustes A pesquisa ainda revela que em cada dez brasileiros, oito (77%)

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Indústria da construção começa 2018 mais otimista

A indústria da construção fechou 2017 com redução da atividade e do emprego. Mas as quedas foram inferiores às registradas em dezembro dos anos anteriores. O índice de nível de atividade ficou em 44,9 pontos e o de número de empregados foi de 43 pontos em dezembro do ano passado. No mesmo mês de 2016, o indicador do nível de atividade foi de 37,9 pontos e o de emprego de 36 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 26 de janeiro. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos mostram queda da produção e do emprego em relação ao mês anterior. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI) subiu para 57,2 pontos em janeiro, o maior nível desde fevereiro de 2013. Além disso, os indicadores de expectativa cresceram pelo segundo mês consecutivo em janeiro e estão acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo. Isso mostra que os empresários esperam o aumento do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, de compra de insumos e matérias-primas e de número de empregados nos próximos seis meses. "A melhora do otimismo do setor é resultado da recuperação da economia esperada para este ano e da manutenção dos juros em patamar reduzido", afirma a economista da CNI Flávia Ferraz. Ela explica que os juros baixos diminuem os custos dos financiamentos imobiliários e devem estimular a retomada da atividade na construção. No entanto, os empresários continuam pouco dispostos a fazer investimentos. O índice de intenção de investimento caiu para 32,1 pontos em janeiro. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior é a propensão para o investimento. A baixa propensão para o investimento é resultado da elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade operacional atingiu 58% em dezembro. Isso significa que o setor operou com 42% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados. CONDIÇÕES FINANCEIRAS - A pesquisa informa ainda que os empresários continuam insatisfeitos com situação financeira das empresas. Mas o grau de insatisfação é menor do que o registrado no fim de 2016. O indicador de satisfação com a margem de lucro alcançou 37 pontos no quarto trimestre de 2017 e ficou acima dos 31,7 pontos de igual período de 2016. O indicador de satisfação com as condições financeiras das empresas subiu de 36 pontos no quarto trimestre de 2016 para 39,9 pontos no fim de 2017. O indicador de acesso ao crédito ficou em 30,7 pontos, mostrando que as empresas ainda encontram dificuldades na hora de obter empréstimos nos bancos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram que os empresários estão insatisfeitos e que o acesso de crédito é difícil. OBSTÁCULOS - A pesquisa da CNI também mostra os principais problemas enfrentados pela indústria da construção no quarto trimestre de 2018. No topo da lista, com 37,8% das respostas, aparece a elevada carga tributária. Em segundo lugar, com 29,8% das menções, os empresários citam a demanda interna insuficiente e, em terceiro lugar, com 27,4% das assinalações, está a falta de capital de giro. Em seguida, vem a inadimplência dos clientes, a taxa de juros elevada e o excesso de burocracia.

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Brasil fecha 20,8 mil vagas de trabalho formal em 2017

O Brasil fechou 20.832 vagas de trabalho formal em 2017, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (26) pelo Ministério do Trabalho. O número representa redução de 0,05% em relação ao estoque de 2016, quando foram fechadas 1.326.558 vagas. Esse foi o terceiro ano consecutivo de saldo negativo. Em 2015, houve queda de 1.534.989 vagas. Para o Ministério do Trabalho, o resultado de 2017 significa estabilidade do emprego no país. "É um resultado que veio dentro das expectativas. Todas as estimativas de mercado apontavam para algo próximo da estabilidade no emprego", avaliou o coordenador-geral de Estatística do ministério, Mário Magalhães. De acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e as demissões, 14.656.731. Apenas em dezembro, 328.539 postos de trabalho formal foram fechados – queda de 0,85% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números do Caged 2017 já incluem contratos firmados sob novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada parcial e a jornada intermitente. Foram, ao todo, 2.851 admissões para trabalho intermitente no mês de dezembro e 227 desligamentos. Em relação ao trabalho parcial, foram 2.328 admissões e 3.332 desligamentos, no mesmo período. O saldo foi de queda de 1.004 empregos. Setores de atividade Segundo o levantamento, o comércio liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 40.087 novos postos de trabalho. Em 2016 e 2015, houve perda de 197.495 e 212.756 vagas, respectivamente. A agropecuária encerrou o ano de 2017 com saldo positivo de 37.004 postos. No ano anterior, o resultado foi negativo de 14.193 postos. O setor de serviços registrou saldo positivo de 36.945 postos, interrompendo tendência de queda observada em 2016 e 2015 (392.574 e 267.927, respectivamente). Na construção civil, o ano foi encerrado com saldo negativo de 103.968 vagas, ante quedas de 361.874 e 416.689 identificadas em 2016 e 2015. No setor de indústria da transformação, houve redução de 19.900 postos, retração menor que a observada nos dois anos anteriores (324.150, em 2016, e 612.209 em 2015). Regiões O Centro-Oeste e o Sul do país apresentaram saldo positivo de emprego, da ordem de 36.823 e 33.395 vagas, respectivamente, ante resultados negativos de 66.410, em 2016, e 64.887, em 2015, no Centro-Oeste e 147.191 em 2016 e 229.042 em 2015 no Sul. Já as demais regiões do Brasil apresentaram saldo negativo, sendo o Sudeste com 76.600 postos, o Nordeste com 14.424 vagas e o Norte com 26 vagas. Nos anos de 2016 e 2015, os saldos negativos foram de 791.309 e 892.689, no Sudeste; 242.659 e 251.260 no Nordeste e 78.989 e 97.111 no Norte. (Agência Brasil)

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Brasileiros gastam US$ 19 bilhões em viagens ao exterior, maior valor desde 2014

Os gastos de brasileiros no exterior em viagens chegaram a US$ 19 bilhões em 2017, informou hoje (26) o Banco Central (BC). A despesa é a maior desde 2014, quando foram gastos em viagens ao exterior US$ 25,6 bilhões. As receitas, ou seja, gastos de estrangeiros em viagens ao Brasil foram US$ 5,8 bilhões, menor que os gastos dos brasileiros. Com isso, o saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um déficit US$ 13,2 bilhões. Trata-se também do maior saldo negativo desde 2014, quando essa conta fechou com um déficit de US$ 18,7 bilhões. Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes. No ano passado, os serviços fecharam com um déficit de US$ 33,8 bilhões, o maior desde 2015, quando chegou a US$ 36,9 bilhões negativos. "A maioria das rubricas de serviços têm apresentado crescimento de déficit, mostrando, de fato, que é disseminada uma maior demanda por serviços importados", diz o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. A conta de serviços faz parte das transações correntes, ou seja, as contas externas do país, que em 2017 fecharam com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões. O déficit, é o menor desde 2007, quando o país registrou saldo positivo de US$ 408 milhões. (Agência Brasil)

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Inovação e sustentabilidade na agenda das empresas

“O futuro está a um passo da inovação e da sustentabilidade”. Esse foi o título da conclusão do livro Pernambuco Competitivo, publicado em 2009 e que trazia os resultados da 10ª edição pesquisa Empresas & Empresários (E&E). Hoje constata-se que o Estado possui desempenhos diferentes nessas duas áreas que voltam a ser analisadas na 13ª edição do projeto E&E, que está sendo realizado pela TGI e pelo INTG, com patrocínio do Governo de Pernambuco. O economista Ecio Costa, da CEDES, que participa da pesquisa como consultor técnico, fez uma análise do panorama do Estado a partir de um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP) sobre a competitividade do País em 2017. Ecio destacou os pontos críticos e os indicadores de destaque. “Em inovação somos ainda muito mal avaliados, enquanto em sustentabilidade ambiental temos um desempenho acima da média do País”, apontou o economista durante reunião do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado. No ranking geral, Pernambuco ficou na 18ª colocação, com nota 40,8 (numa escala de 0 a 100). Mas foi apontado pelo estudo como o 8º melhor do País no item sustentabilidade, com nota 60,2. Os líderes nesse recorte são o Distrito Federal, Paraná e Roraima. O relatório da competitividade da CLP avaliou quatro indicadores: destinação do lixo, emissões de CO2, serviços urbanos e tratamento de esgoto. Dentre esses, a destinação do lixo (com a 4ª melhor nota do País, 91,3) foi responsável pela avaliação positiva do Estado na questão ambiental. Esse item obteve um avanço significativo nos últimos três anos, visto que em 2015 Pernambuco estava apenas na 23ª posição (na época com nota de 3,7). Em comparação com a média nacional, o Estado também se destacou no quesito Emissões de CO2 (que avalia a quantidade de CO2 emitido e derivado de remoção de unidades de conservação). Pernambuco ficou em 5º lugar no ranking, com uma nota de 66,7. A avaliação média do País nesse indicador é de 58,9. A preservação dos recursos naturais é considerada fundamental no livro Pernambuco Competitivo, ao analisar o cenário futuro. “A crise de sustentabilidade” – diz um trecho da publicação – "requer a incorporação do componente ambiental como elemento imprescindível para sobrevivência em um mercado global, cuja tendência é baixar, nas próximas décadas, o limiar de tolerância da produção de bens e serviços prejudiciais ao meio ambiente”. O livro destacou ainda que para Pernambuco esse fator tem um caráter mais relevante, visto que quase 90% do território pernambucano está inserido na região semiárida. No tocante à inovação, a pesquisa da CLP colocou Pernambuco apenas na 11ª posição, com uma nota 25. Um desempenho que não está muito distante da média geral do País, que é 27. Para medir a inovação nos Estados, a instituição avalia três indicadores: investimentos em pesquisa & desenvolvimento (P&D), patentes e produção acadêmica. O melhor desempenho do Estado nos indicadores de inovação é na produção acadêmica (que investiga o total de documentos publicados em periódicos acadêmicos em relação à população total) com a nota 39,7, ficando em 10º lugar no ranking nacional. O desempenho mais tímido de Pernambuco foi no item patentes. O Estado aparece com uma modesta nota de apenas 2,8 (enquanto a média nacional é 19), ficando na 15ª posição do País. Dificuldades para inovar tem sido um problema presente em todo o Brasil. O assunto foi destaque no livro Pernambuco Desafiado, fruto da 11ª Edição da E&E. A publicação havia alertado para o baixo índice de investimentos em pesquisa & desenvolvimento no País. “A posição do Brasil no contexto mundial em termos de produção científica e tecnológica e de inovação ainda é muito desfavorável, podendo comprometer a competitividade da economia brasileira”. O estudo destacou que nos países desenvolvidos a participação das empresas é crucial para a inovação tecnológica. O CLP também avaliou outros aspectos como a solidez fiscal e a eficiência da máquina, nos quais Pernambuco teve bom desempenho. Por outro lado, a segurança pública puxou o desempenho pernambucano para baixo. O assunto foi tratado na edição anterior da Algomais (número 141), que mostrou as ações governamentais para solucionar o problema. PESQUISA O projeto Empresas & Empresários está mapeando as principais ações e estratégias das organizações pernambucanas para superar a recessão econômica brasileira. Além do estudo das corporações e do cenário dos seus respectivos segmentos, o projeto também tem como proposta conceder uma premiação para homenagear uma empresa de cada setor econômico analisado na pesquisa. Também será entregue um prêmio geral para aquela que apresentar a melhor nota de desempenho de todo o Estado.

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A hora do planejamento estratégico simplificado

Tudo leva a crer que estamos começando a sair da pior crise brasileira da história documentada. A inflação beira o piso da meta, a taxa de juros é a mais baixa desde a criação da Selic e a expectativa de crescimento do PIB 2017/2018 é positiva. E apesar do ritmo da retomada não ser vigoroso (nem todos os setores percebem uma recuperação impactante e o desemprego ainda está muito elevado), é clara a melhora no aspecto geral da economia. Neste cenário, especialmente por conta dos ajustes realizados nos últimos anos para sobreviver à recessão, é essencial voltar a investir no planejamento estratégico empresarial. É natural e compreensível que as dificuldades da conjuntura reforcem a atenção nos problemas operacionais de curto prazo, mas os empresários e gestores não podem deixar de fazer o esforço de voltar a analisar o negócio em perspectiva e estabelecer prioridades não só para o curto prazo mas, também, definir ações estratégicas que possam reforçar a competitividade do negócio no futuro (daquilo que Peter Drucker chamou de “ganha-pão de amanhã”). Uma recomendação de partida é adotar um processo de planejamento simples, objetivo, participativo e consistente. De pouco adianta, no momento atual, lançar mão de metodologias muito sofisticadas que exijam um esforço muito grande de produção, principalmente quando não é adaptada à realidade de cada empresa como é muito frequente acontecer. Mais do que nunca, neste momento de saída da crise, tempo é dinheiro. Durante o processo deste planejamento estratégico simplificado, vale atentar para as mudanças ocorridas no mercado. A crise impôs muitos ajustes no comportamento dos clientes que foram obrigados a mudar hábitos arraigados de consumo. É importante focar em oferecer produtos e serviços os mais adequados possíveis a essa nova realidade, inclusive já fortemente impactada pela digitalização do varejo. No que diz respeito às equipes, assim como nos momentos mais críticos dos últimos anos em que os gestores precisaram ser transparentes na comunicação dos impactos da crise, agora é importante envolver os colaboradores o mais possível nas discussões e providências para aproveitar o reaquecimento do mercado. Quanto mais alinhada a equipe estiver com relação à estratégia da empresa, maiores serão as chances de atingimento dos objetivos definidos. Por fim, a experiência mostra que reunir o grupo de gestores em torno das questões relevantes para o presente e para o futuro do negócio, com uma metodologia adequada e sem muita sofisticação desnecessária, não apenas qualifica o planejamento e a gestão mas, também, amplia as possibilidades de execução do que for bem planejado.

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Retomada econômica: mas cadê o emprego?

Os indicadores econômicos apontam que a economia brasileira e pernambucana estão em recuperação e com estimativas positivas para 2018. O assunto foi tema da matéria de capa da edição passada da Algomais. Mas enquanto os números oficiais e a análise dos especialistas ressaltam a retomada do País, dezenas de internautas contestaram essa interpretação de virada econômica, mesmo que lenta. Nas redes sociais, recebemos diversos comentários de pernambucanos que afirmaram não sentir nenhuma melhoria na economia em 2017. Para desvendar esse cenário e compreender a diferença entre os números oficiais e o sentimento da população, ouvimos alguns desses críticos e analistas econômicos de diferentes vertentes. Fotógrafo e assistente social, Daniel Lopes, 30 anos, é um dos leitores que contestou nas redes sociais a visão otimista da economia brasileira para 2018. “O que dá a sensação de melhoria ao País é a volta do emprego. De maneira efetiva, ainda não visualizo nenhuma mudança na economia do Brasil, sobretudo em Pernambuco”. Ele afirmou só acreditar na retomada quando retornarem os grandes investimentos na indústria. Outro dos dezenas de internautas que comentaram as análises para o próximo ano foi Bruno Mendes, 29, que está desempregado. “Não percebo melhorias na economia. Tudo está muito caro e existe ainda uma alta taxa de desemprego em nosso Estado. Não há saída leve da recessão com a quantidade tamanha de trabalhadores sem emprego. É preciso fazer o dinheiro circular para a economia melhorar, oferecendo mais oportunidades aos cidadãos”. Ele ressaltou ainda a preocupante onda de violência no Estado como um reflexo da crise. Para o economista da Fiepe Thobias Silva há dois fatores que impedem a população de perceber a recuperação. O primeiro é o fato das pessoas terem como parâmetro de comparação o período antes da crise. “Durante 12 anos vivemos um crescimento econômico vigoroso, que mudava o padrão de consumo das famílias, que passaram a comprar imóveis, carro, viagens. Esse momento era muito diferente do crescimento atual, que circula entre 0,3% e 0,9%, uma variação ainda baixa sobre uma base muito ruim”, afirma. O outro fator destacado por Thobias é que a queda do desemprego ainda é tímida e as vagas surgidas são as de postos de trabalho com baixos salários. “O emprego é a última variável a se recuperar no processo de retomada. Além disso, vivemos um avanço das tecnologias, com maior eficiência das máquinas e sistemas, que reduz a necessidade de funcionários quando se compara à demanda que as empresas tinham antes da crise. Isso aponta um cenário econômico de desemprego estrutural alto, com muita tecnologia e ganho de eficiência nos processos produtivos, como hoje acontece com a Europa”, estima o economista da Fiepe. Ele avalia, no entanto, que a reforma trabalhista poderá ter uma influência positiva na recuperação do número de vagas no País. Na análise do economista Tiago Monteiro, do Cedepe Business School, a atual retomada ainda é um fator subjetivo. “Estamos falando da tração na confiança da economia, que é um elemento muito intangível”. Ele lembra que nos últimos dois anos a expectativa era negativa, o que fazia a população segurar o consumo, mas em 2017 é diferente. “Percebemos como a equipe econômica do governo começou a agir por meio das reformas com o objetivo de enviar uma mensagem de que a casa está sendo arrumada, de que estamos entramos nos trilhos, para, assim, atrair mais investimentos, pois o risco de investir por aqui começa a diminuir”. No entanto, ele considera que o varejo já deu os primeiros sinais de melhora no ano passado. Para retomar aos patamares pré-crise, o economista do Cepede considera que ainda vai demorar cerca de cinco ou seis anos. “Com a ratificação da expectativa positiva, aumentam os volumes de investimentos internos e externos. Com isso, há mais interesse em produzir e em contratar mão de obra. É uma mudança mais focada no longo prazo”. Um fator decisivo para o avanço ou recuo da economia em 2018, segundo o especialista, são as eleições. Ele diz que que o conteúdo populista de determinados tipos de discurso pode deixar o mercado receoso e frear a atração de investimentos. CONTRAPONTO Mas há quem pense diferente. O economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo afirma que o cenário recente da economia brasileira não é de recessão, mas de depressão, com danos que ainda estão longe de serem recuperados. “A atual depressão foi determinada por um engano grave da política econômica. Esse ajustamento, na verdade, desajustamento, bloqueou as empresas e provocou um grande dano no emprego e nas famílias. Há uma falsa ideia de recuperação, estamos vivendo no máximo um suspiro, uma pequena flutuação, sobre um nível muito baixo de atividade”, assegura o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Diferente da maioria dos analistas, Belluzzo vê a reforma trabalhista como um fator agravante do atual cenário. “Ela provoca uma precarização do trabalho que vai diminuir a receita da Previdência. Essa foi uma mudança que não foi bem discutida. A Previdência terá que ser estendida para mais gente que não terá emprego ou renda”, afirma. Ele considera a reforma do sistema previdenciário um ponto essencial da retomada econômica, mas também sob outro aspecto. “No mundo inteiro está se discutindo a composição do financiamento da Previdência diante do envelhecimento da população. Mas é um debate que se agrava com a perspectiva do avanço tecnológico e da robotização das atividades. A proteção social terá também o papel de proteger o cidadão dos azares das mudanças de mercado. É um tema maior que apenas a dimensão da aposentadoria”. Além de considerar o debate sobre esse tema ainda pouco profundo, Belluzzo acredita que diante da proximidade das eleições, a pressão das urnas não deve permitir a votação dessa reforma no parlamento. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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