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Economia

União não vai refinanciar dívida das pequenas empresas

O presidente Michel Temer vetou integralmente o projeto que instituía o programa de refinanciamento para micro e pequenas empresas – o Refis das micro e pequenas empresas. A justificativa é que a medida fere a Lei de Responsabilidade Fiscal ao não prever a origem dos recursos que cobririam os descontos aplicados a multas e juros com o parcelamento das dívidas. A decisão foi comunicada diretamente por Temer ao presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, com quem se encontrou em São Paulo, em agenda privada. O objetivo da instituição, porém, é trabalhar para que o Congresso Nacional derrube o veto presidencial enquanto o ministério da Fazenda estuda uma solução para o impasse econômico da medida. “O Refis foi aprovado com ampla maioria. O veto não é por questões políticas, mas um veto por questões técnicas. Sanado o problema, a vontade política continua”, argumentou Afif Domingos, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa do Sebrae. Em dezembro, após se reunir com Temer, o empresário garantiu que o projeto seria sancionado. Segundo Afif, a equipe econômica do governo vai estudar os impactos orçamentários do chamado Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Projeto Aprovado em dezembro pela Câmara e pelo Senado, o programa concede descontos de juros, multas e encargos com o objetivo de facilitar e parcelar o pagamento dos débitos de micro e pequenas empresas, desde que 5% do valor total seja pago em espécie, sem desconto, em até cinco parcelas mensais. O restante da dívida poderia ser pago em até 15 anos. A adesão incluía débitos vencidos até novembro de 2017. Se não fosse vetado, os empresários poderiam participar do programa em até três meses após entrada em vigor da lei. Condições atuais Como a decisão sobre a derrubada do veto ocorrerá somente após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro, o Sebrae orienta as micro e pequenas empresas a procurarem a Receita Federal, até o fim deste mês, para negociar o parcelamento de débitos tributários, para que não sejam eliminadas do Simples Nacional. “As empresas têm até o dia 31 de janeiro para solicitar o refinanciamento nas condições antigas, que não são tão favoráveis. E precisam aguardar o mês de fevereiro, quando o Congresso deverá derrubar esse veto. Com isso, as empresas poderão migrar para uma condição mais favorável de parcelamento e continuar no regime”, afirmou o presidente do Sebrae. Segundo o órgão, o Refis deve beneficiar cerca de 600 mil empresas brasileiras que devem cerca de R$ 20 bilhões à União.

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Depósito na poupança foi o maior dos últimos três anos

De acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central, em 2017 os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 17,12 bilhões. O resultado aponta uma mudança de tendência em relação aos dois anos anteriores, que tiveram saques superiores aos depósitos. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. Em 2017, a poupança voltou a atrair recursos mesmo com a queda de juros. Isso porque o investimento voltou a garantir rendimentos acima da inflação, que teve queda. Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. No ano passado, os depósitos totalizaram R$ 2,085 trilhões e os saques R$ 2,068 trilhões. Com a entrada líquida de recursos na poupança, ou seja, com os depósitos superando os saques, no final de 2017 o estoque dos valores depositados teve aumento. O volume total aplicado passou de R$ 664,99 trilhões, em 2016, para 724,60 trilhões, em 2017.

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Preço de material escolar no Recife pode variar mais de 1000%

O consumidor precisa pesquisar muito antes de comprar o material escolar para os filhos. A conclusão é reforçada por pesquisa do Procon Recife, feita em dez estabelecimentos comerciais da capital pernambucana, que identificou diferenças de até 1095% nos preços dos produtos. O objetivo do levantamento, que verificou produtos como apontador, caneta, lápis e cadernos, foi incentivar o consumidor a economizar, mostrando as grandes variações de preços de um estabelecimento para outro. A diferença mais notável no custo do material foi a do apontador de lápis plástico, que varia de R$ 0,20 a R$ 2,39, o equivalente a 1095%. Outras variações expressivas foram identificadas no apontador de metal, que pode ser comprado entre R$ 1,50 e R$ 7,40, uma diferença de 393%. A borracha grande varia de R$ 1,35 a R$ 5,50, percentual que chega a 307%. No caso da régua de 30 cm, o preço mais barato foi R$ 0,80 e o mais caro R$ 2,10, uma variação de 162,5%. Para a gerente-geral de Defesa do Consumidor do Procon Recife, Raquel Moraes, as expressivas diferenças de preço significam que o consumidor precisa ficar atento. “A pesquisa é um instrumento muito valioso para quem deseja economizar, pois a partir dela os consumidores podem comparar os valores dos produtos”, salienta. LISTA - De acordo com a Lei Federal 12.886/2013, as escolas não podem incluir na lista de material escolar itens de uso coletivo, como papel ofício, fita adesiva, pincéis/lápis para quadro branco e cartucho de tinta para impressora. Também é proibida a cobrança de taxa ou pagamento adicional para cobrir estes custos, uma vez que os gastos com material escolar de uso coletivo e itens relativos à infraestrutura da escola devem ser fornecidos pela própria instituição de ensino, tendo em vista que já são considerados no cálculo do valor das anuidades ou semestralidades. A lista de material escolar deverá ser disponibilizada com antecedência para que o consumidor tenha a liberdade de pesquisar preços e marcas dos materiais solicitados. Desta forma, a escola não poderá exigir marcas, bem como determinar o estabelecimento para compra do material. Outro detalhe é que todo o material que for entregue ao estabelecimento de ensino, mas que não seja utilizado pelo aluno, deve ser devolvido. ATENDIMENTO - Para maiores informações é possível contatar o Procon Recife nos telefones 0800-2811311 e 3355-3290, além do e-mail procon@recife.pe.gov.br. O órgão fica na rua Carlos Porto Carreiro, 156, Boa Vista, e atende das 8h às 13h. Há também os postos avançados de atendimento no Compaz Governador Eduardo Campos e no Compaz Escritor Ariano Suassuna, que fica na avenida General San Martin, s/n, esquina com a Abdias de Carvalho.   Maiores variações de preços identificadas pela pesquisa do Procon Recife: Apontador de lápis plástico Menor Preço R$ 0,20 Maior Preço R$ 2,39 Variação 1.095% Apontador de lápis metal Menor Preço R$ 1,50 Maior Preço R$ 7,40 Variação 393% Borracha Grande Menor Preço R$ 1,35 Maior Preço 5,50 Variação 307% Régua de 30 cm Menor Preço R$ 0,80 Maior Preço R$ 2,10 Variação 162,5% Giz de cera com 12 cores Menor Preço R$ 1,90 Maior Preço R$ 4,60 Variação 142,10% Cola Branca Menor Preço R$ 2,49 Maior Preço R$ 5,50 Variação 120,88% Pasta c/ elástico - ofício fina Menor Preço R$ 2,50 Maior Preço R$ 4,90 Variação 96% Caderno de 01 matéria Menor Preço R$ 21,00 Maior Preço R$ 40,00 Variação 90,47% Marca Texto várias cores Menor Preço R$ 1,90 Maior Preço 3,50 Variação 84,21% Lápis de Cor c/ 12 cores Menor Preço R$ 18,90 Maior Preço R$ 31,00 Variação 64,02%    

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8 dicas para a compra de material escolar

Os preços de materiais escolares variam muito entre as lojas e mesmo na internet, por esse motivo, é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças. Para quem tem filhos, esse é um dos maiores gastos do início do ano e devido à falta de educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro. Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), recomenda pesquisar preço e, principalmente,  negociar os valores das compras. O primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. O especialista elaborou algumas orientações sobre o assunto: 1. Essa despesa é recorrente, ou seja, precisa fazer parte do planejamento anual. Para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos; 2. Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo; 3. No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso; 4. Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas; 5. A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total; 6. Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos; 7. No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado; 8. O ideal é sempre fazer os pagamentos à vista, mas se não for possível, opte por poucas parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2017 por vários meses.  

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Quatro em cada 10 consumidores fecharam 2017 no vermelho

De acordo com os dados do Indicador de Propensão ao Consumo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), quatro em cada dez consumidores (38%) afirmaram estar no vermelho ao final de 2017, ou seja, sem conseguir pagar todas as contas; e 45% dizem estar no limite do orçamento. Apenas 13% estão com sobra de recursos, o que mostra uma imensa maioria ainda em situação de aperto. Com as contas no limite, quase a metade dos consumidores (48%) pretendem diminuir o nivel de gastos no próximo mês. Entre esses, a principal razão é o nível elevado dos preços, citada por 24%, além do desemprego (18%), a busca constante por economizar (18%); e o endividamento e a situação financeira difícil (16%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a renda extra de final de ano pode ajudar a aliviar esse quadro, mas não se deve contar apenas com isso. “O pagamento do 13º salário pode aliviar a situação do consumidor, mas vale lembrar que se trata de um aumento de renda temporário. Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e fazendo ajustes quando necessário. É uma tarefa constante, que exige disciplina, mas que faz diferença no bem-estar financeiro do consumidor”, afirma. Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo de janeiro são em sua maioria roupas, calçados e acessórios (27%), remédios (17%), recarga para celular (13%), perfumes e cosméticos (10%), móveis (8%), entre outros. Cartão de crédito: 47% admitem aumento do valor da fatura. Média dos gastos foi de R$ 1.035 Em novembro, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a utilização das principais modalidades e mapeia os gastos e itens mais comprados via crédito pelo consumidor brasileiro, marcou 23,7 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de usuários e de frequência do uso das modalidades. De acordo com o levantamento, seis em cada dez (63%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito em novembro, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (37%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (31%), crediário (10%) e o cheque especial (5%) foram as modalidades mais usadas. Há ainda, 3% de consumidores que recorreram à empréstimos e 3% a financiamentos. Quase metade dos (47%) usuários de cartão de crédito aumentaram o valor da fatura no último mês de novembro. Para 30%, o valor se manteve estável frente aos meses anteriores, enquanto somente 19% notaram uma diminuição no total a ser pago na fatura. Considerando os entrevistados que se lembram do valor do último mês, a média dos gastos foi de R$ 1.034,75. Os itens de primeira necessidade como alimentos em supermercados (66%) e remédios (51%) foram os mais adquiridos por meio do cartão de crédito. Gastos com combustível (36%), bares e restaurantes (33%), roupas e calçados (31%) e recarga para celular (15%) ocupam as demais posições do ranking. 22% dos que tomaram empréstimos ou financiamentos possuem parcelas em atraso De acordo com o levantamento, quase a metade (47%) dos brasileiros consultados considera que atualmente está difícil conseguir empréstimo ou financiamento no mercado. Apenas 11% consideram a contratação fácil. Ao tentar fazer uma compra parcelada em estabelecimentos comerciais, 27% dos consumidores tiveram o crédito negado em novembro, sendo que 10% estavam com o CPF negativado e 8% a falta de comprovação de renda ou não tinham renda suficiente para adquirir o bem pretendido. A sondagem mostra ainda que, considerando os consumidores que possuem empréstimos e financiamentos atualmente, 27% admitem ter havido atrasos ao longo do contrato e 22% disseram estar, no momento, com parcelas pendentes de pagamento, o que totaliza aproximadamente 49% de consumidores com dificuldades para honrar esses tipos de compromissos. “Ao tomar um empréstimo, o consumidor não deve aceitar a proposta de olhos fechados. É preciso analisar o quanto pagará de juros e ver se o valor das parcelas não comprometerá a renda e o pagamento de outros compromissos. Caso contrário, o consumidor só estará adiando um problema”, analisa a economista. Metodologia O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Os dados foram coletados entre 1 de dezembro e 15 de dezembro de 2017.

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Balança comercial terá superávit de US$ 50 bi em 2018

Depois de registrar o superávit recorde de US$ 67 bilhões em 2017, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) deverá fechar 2018 com resultado positivo em torno de US$ 50 bilhões, disse hoje o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto. Ele ressaltou que esse saldo garantiria o segundo maior superávit da história. De acordo com Abrão Neto, tanto as exportações como as importações tendem a crescer neste ano. Ele não forneceu valores, mas disse que as vendas e as compras do exterior deverão encerrar 2018 no maior valor desde 2015. O superávit comercial, no entanto, diminuirá porque as compras do exterior tendem a crescer em ritmo maior que as vendas, por causa da recuperação do consumo das famílias e dos investimentos das empresas. Em relação às exportações, o secretário citou o crescimento previsto de 11,5% na produção nacional de petróleo e de 10,6% na fabricação de veículos como fatores que impulsionarão a balança comercial brasileira em 2018. Apesar da queda esperada de 5% na safra de grãos este ano, os embarques de produtos agrícolas para o exterior deverão manter-se porque o estoque de grãos no país está no maior nível em cinco anos, suficiente para atender à demanda. Em 2017, os preços médios das exportações subiram 10,6%; e os volumes, 7,6%. Para este ano, Abrão Neto disse que as projeções para os preços das commodities (bens agrícolas com cotação internacional) estão mistas. Em relação aos produtos minerais, ele disse que a estimativa para a cotação internacional do petróleo é de estabilidade por causa da prorrogação do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Ele, no entanto, espera uma retração no preço do minério de ferro, cujo preço subiu 40,9% no ano passado. Sobre as commodities agrícolas, o secretário disse que o MDIC projeta manutenção do volume de grãos exportado por causa dos estoques reguladores. Em relação aos preços, ele disse que não há indicação de variações significativas nos preços internacionais este ano. Mercados Em 2017, o desempenho de diversos mercados estrangeiros contribuiu para o superávit recorde da balança comercial. As exportações aumentaram 35,3% para a China, principal parceiro comercial do Brasil; 12,3% para os Estados Unidos, segundo maior parceiro, e 32,4% para a Argentina, puxada pela venda de veículos. Para este ano, Abrão Neto disse que o desempenho da economia internacional favorece o crescimento das exportações. “O FMI [Fundo Monetário Internacional] prevê crescimento de 3,7% para a economia mundial este ano. A China crescerá 6,5%; os Estados Unidos, 2,3%; a Argentina, 2,5%; a zona do euro, 1,9%, e a América Latina e o Caribe, também 1,9%. A Organização Mundial do Comércio projeta alta de 3,2% no volume de comércio internacional.” Acordos O secretário de Comércio Exterior ressaltou que a entrada em vigor de acordos comerciais também impulsionará as vendas externas do país em 2018. Ele mencionou o acordo automotivo com a Colômbia, que permite o embarque de até 25 mil veículos brasileiros por ano sem cobrança de tarifas, e o acordo de livre comércio com o Egito. Em relação ao câmbio, ele lembrou que o boletim Focus – pesquisa do Banco Central com instituições financeiras – projeta cotação média do dólar de R$ 3,31 para este ano, próximo da estabilidade. Abrão Neto citou ainda a desburocratização como fator que facilitará o comércio do Brasil com outros países este ano. A partir de julho, todas as exportações serão feitas por meio do Portal Único de Comércio Exterior, que requer menos documentos e procedimentos formais. Ao longo de 2018, será adotado um novo sistema de importações, com menos burocracia. “Esperamos ganhos na corrente de comércio [soma das exportações e importações] com esse novo modelo”, declarou.

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Principal meta dos brasileiros para 2018 é juntar dinheiro

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pesquisaram quais são as expectativas e projetos dos brasileiros para 2018 e mostram que, mais da metade dos brasileiros (54%) estão mais otimistas com o cenário econômico de 2018 e 58% acreditam que a sua vida financeira também será melhor. A pesquisa mostra que as principais metas financeiras para este ano são juntar dinheiro (45%) e sair do vermelho (27%). Porém, em uma nota que vai de 1 a 10, onde 1 é muito ruim e 10 é muito bom, a expectativa para a economia brasileira para 2018 é de 5,7 e a da vida financeira pessoal é de 6,7. Entre os que acham que a situação da economia vai piorar (13%), as principais consequências serão ter de evitar gastos com coisas desnecessárias para guardar dinheiro (54%), comprar menos (45%) e ficará mais difícil de economizar e fazer reserva financeira (41%). Já 19% acreditam que o cenário econômico em 2018 será igual a 2017. Como medida para superar os problemas decorrentes da crise econômica em 2018, a maior parte dos entrevistados deve evitar o uso do cartão de crédito (26%), organizar as contas da casa (25%) e aumentar a renda fazendo trabalhos extras (22%). De acordo com o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, a insegurança de parte significativa dos brasileiros é resultado de uma combinação de fatores. “De um lado, o cenário de incerteza em relação a eleição presidencial que se aproxima, com alto grau de imprevisibilidade e que também afeta a percepção do mercado; do outro, a lentidão do País para superar os obstáculos que impedem a retomada da atividade econômica, situação agravada pelos níveis de desemprego ainda elevados”, afirma Pellizzaro. “Fica a impressão de que a qualquer momento é possível ter de enfrentar uma demissão, por exemplo. Isso só vai mudar a médio prazo, à medida que as pessoas forem sentindo a melhora dos indicadores econômicos no dia a dia”. Em 2018, apesar dos problemas econômicos do País, 38% não gostariam de abrir mão de fazer uma reserva financeira, 29% não querem abrir mão dos planos de celular e internet e 23% do plano de saúde. Segundo os entrevistados, os principais fatores que podem influenciar o aumento do seu consumo no ano que se inicia são o preço dos produtos (47%), as promoções (40%) e a melhora na economia (32%). O levantamento do SPC Brasil mostra ainda que em 2018, pensando na vida financeira, 44% pretendem fazer alguma reserva, 14% querem financiar uma casa própria e 12% pretendem financiar um automóvel. Entre os principais temores para 2018 estão possíveis problemas de saúde (40%), ser vítima de violência ou assalto (32%) e não conseguir pagar as dívidas (31%). A corrupção foi lembrada, sendo para 86% dos brasileiros, o problema mais importante do País a ser resolvido em 2018, seguida pela crise econômica (61%), a violência (58%), saúde (47%), educação (41%), e o desemprego (37%).    

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Governo avalia que produção agrícola teve ano excepcional

O ano de 2017 está sendo considerado excepcional para a agricultura brasileira. A surpressafra de 238 milhões de toneladas de grãos produzida em 2017 é um marco histórico, segundo Neri Geller, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ele atribuiu o resultado a uma conjunção de fatores positivos que ajudou a consolidar o Brasil como um dos mais importantes players do agronegócio no mercado global. Geller lembra ainda que o Plano Agrícola e Pecuário "propiciou os instrumentos necessários para o produtor trabalhar com tranquilidade e segurança”. Ao fazer o balanço da Politica Agrícola em 2017, o secretário destacou que a mobilização de recursos alcançou o total de R$188,3 bilhões para o crédito rural em operações de plantio, comercialização e custeio para a safra 2017/18. Para o Seguro Rural foram destinados R$ 550 milhões e R$ 1,4 bilhão no apoio à comercialização da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Também estão garantidos recursos de investimentos em armazenagem de R$ 1,6 bilhão. Além disso, o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) disponibilizou um total de R$ 21,7 bilhões, sendo R$ 18 bilhões para custeio, e R$ 3,7 bilhões para investimentos". disse o secretário. Modernização Modernizar a produção agrícola foi, segundo o secretário, parte integrante da Politica Agrícola em 2017. Ele lembrou que o programa de Inovação Tecnológica (Inovagro) disponibilizou linha de crédito para conectividade no campo, o que contribuiu para melhorar ainda mais a gestão das propriedades rurais, por meio da informatização e acesso à internet. O programa, que financia equipamentos de agricultura de precisão, conta com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor. Outro programa importante na avaliação de Geller foi o de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) que foi ampliado em em 82% passando a contar com R$ 9,2 bilhões. O programa permite o financiamento de máquinas e implementos agrícolas em até 90% com prazo de pagamento de sete anos. O limite de financiamento de custeio é de R$ 3 milhões por produtor, por ano-agrícola. Para o médio produtor o limite é de R$ 1,5 milhão. O prazo de pagamento é de 14 meses para produtores de grãos. Infraestrutura e logística Um dos gargalos da produção agrícola, o escoamento de toda a produção agrícola, principalmente a da Região Centro-Oeste, recebeu uma atenção especial em 2017. O secretário explicou que empreendimentos privados, implantados com o apoio do governo federal, permitiram a inversão do rumo logístico de boa parte da exportação brasileira de soja e milho, e a expansão da capacidade dos corredores de exportação do Arco Norte - formado pelos portos das regiões Norte e Nordeste. A exportação por esses portos deverá totalizar 26 milhões de toneladas embarcadas para o exterior, representando 24% da exportação nacional. O Arco Norte já tem capacidade de embarque de 40 milhões de toneladas/ano de granéis agrícolas, número que deverá ser ampliado, de acordo com as demandas do setor produtivo. “Por esse vetor logístico’, observou Neri Geller, “os custos de movimentação se situam bem abaixo daqueles registrados pelos portos do Sul/Sudeste, considerando-se o município mato-grossense de Sorriso como ponto de referência. Isso confere ao produtor rural a oportunidade de ampliar sua receita, pela economia obtida na cadeia logística, com reflexos positivos no desenvolvimento regional, na ampliação das áreas produtivas e na geração de emprego e renda”. O custo médio da logística de movimentação para os portos do Pará e Amapá poderá ter redução de US$ 50 por tonelada no transporte da fazenda ao porto, o que resulta em maior apropriação de receita pelos produtores e, consequentemente, maior desenvolvimento regional e geração de emprego e renda. “A melhoria das condições de logística e infraestrutura – após a conclusão das obras da BR 163 – é condição imprescindível para o escoamento da produção, o que contribuirá para a ampliação das exportações”, concluiu o Secretário de Política Agrícola. “Já foram atingidos recordes, uma vez que de janeiro a novembro houve aumento em 13% das vendas ao exterior, quando comparado a 2016. Exportamos 65,8 milhões de toneladas de soja e 25,2 milhões de toneladas de milho”. afirmou o secretário. (Da Agência Brasil)

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Governo simplifica a tributação para o Polo Gesseiro

O Governo de Pernambuco assinou hoje a simplificação da cobrança de ICMS da cadeia produtiva de gipsita, gesso e derivados no Estado. O recolhimento do tributo será concentrado nas mineradoras, exonerando o restante da cadeia nas operações relacionadas às saídas internas, interestaduais e exportação de gipsita e derivados. O decreto foi fruto do diálogo do poder público com representantes do Polo Gesseiro do Araripe, que responde por cerca de 90% da produção de gesso do Brasil. "Essa medida, publicada no Diário Oficial de hoje, reduzirá a burocracia e a informalidade do setor. O Polo Gesseiro é muito importante para Pernambuco, gera renda e empregos, fundamentais nesse momento de recuperação da nossa economia", disse Paulo Câmara. Pernambuco é o estado que possui as maiores reservas de gipsita do país, a maior parte concentrada no Polo Gesseiro do Araripe, abrangendo os municípios de Araripina, Bodocó, Ipubi, Ouricuri e Trindade. Ao todo, 40 minas de gipsita estão instaladas na região. O polo também conta com, aproximadamente, 180 empresas calcinadoras, responsáveis pelo processo de transformação da gipsita em gesso, que estarão dispensadas de recolher o ICMS. A alteração contempla, ainda, em torno de 300 fábricas de artefatos de produtos de gesso, onde são feitas as placas, forros e blocos de gesso utilizados na construção civil e decoração de residências. A gipsita e o gesso estão atrelados, em especial, à cadeia da construção civil, sendo matéria-prima do cimento. Além disso, seu uso é disseminado no agronegócio, que utiliza gesso agrícola como fertilizante de solos. A extração e processamento da gipsita são a atividade econômica mais relevante do Sertão do Araripe, movimentando cerca de R$ 70 milhões anualmente. Aproximadamente 2,3 toneladas de gipsita foram extraídas do Polo Gesseiro em 2017.

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Petrolina lidera geração de empregos em 2018

A cidade de Petrolina liderou a geração de empregos em Pernambuco no ano de 2018. De acordo com os números apresentados pelo Caged, o saldo de empregos de janeiro a novembro do município foi de 2.037 postos de trabalho. Um número que seria maior se o desempenho do município no mês anterior não fosse tão negativo, com o fechamento de mais de 3 mil vagas. No desempenho dos 11 primeiros meses do ano, Petrolina foi seguida por Vicência (1.881 vagas criadas) e Timbaúba (510). Na outra ponta, o Recife foi a cidade pernambucana que mais perdeu vagas de emprego em 2018, foram fechados 4.309 postos. No ranking dos municípios que mais fecharam vagas, a capital foi seguida por Jaboatão dos Guararapes (-1.314 postos) e Bezerros (-710 vagas). O saldo do ano no Estado é negativo em 443 vagas. Quando observado apenas o indicador do mês de novembro, o desempenho estadual foi positivo, com saldo de 571 vagas.

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