Educação - Página: 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Baile do Menino Deus – Uma brincadeira de Natal celebra 16 anos

O Baile do Menino Deus é o verdadeiro natal pernambucano, capaz de levar turistas de todo o Brasil para Recife, a fim de assistirem, em meio a mais de 70 mil pessoas, o espetáculo dirigido por Ronaldo Correia de Brito e produzido por Carla Valença, da Relicário Produções. A edição de 2019, que acontecerá entre os dias 23 e 25 de dezembro, será a 36ª apresentação do grupo, sendo que há 16 anos a encenação é realizada, gratuitamente, no Marco Zero. O evento é uma tradição lúdica de final de ano, sendo que a cada nova montagem, são reveladas surpresas. Este ano, por exemplo, será a estreia do grupo Bongar, na peça dos Santos Reis, e também subirá ao palco o cantor Carlos Filho que interpretará a música Ciganinha. O corpo de baile, composto por onze bailarinos, também está renovado, bem como o figurino e a cenografia. Dentre todas as mudanças, a grande novidade é a estreia do Bongar, grupo de percussionistas e cantores do terreiro Xambá, que apresentará um percussionista de apenas cinco anos, o Guilherme, um talento precoce. Guitinho de Xambá, integrante do grupo originado em Olinda, comenta sobre a participação do artista mirim e a presença desta representatividade negra que vem do Quilombo Urbano do Portão do Gelo: “Para nós, da cultura negra, estar presente no Baile é muito simbólico e desafiador. E estamos levando conosco Guilherme, uma criança de apenas 5 anos, que toca os tambores da Xambá com muita propriedade, responsabilidade e respeito. Vai ser um momento lindo.” Quanto a expectativa para a apresentação, ele conta: “Participar do Baile do Menino Deus é uma honra e uma experiência ímpar, pois trata-se de uma das maiores produções cênicas de Pernambuco, que envolve também música, literatura, memória, com mais de três décadas de existência. O que mostra quão importante é o Baile para a população não só do Recife, mas de Pernambuco”. Ao longo dos seus 36 anos, a peça vem incorporando cada vez mais elementos da linguagem popular nacional na celebração do Natal, justamente uma data marcada por tantos símbolos de cultura estrangeira. A ressignificação que o Baile promove à data aproxima o público ainda mais da celebração. Carlos Filho, que em 2019 terá um novo papel ao cantar o solo da Cigana, ressalta a importância do evento para Recife e também para o desenvolvimento pessoal e convívio dos artistas: "A grande importância do Baile é sua potência de atingir um público de todas as idades e proporcionar o acesso a um espetáculo ao ar livre, num espaço público tão simbólico para o Recife. Internamente, o Baile também funciona como uma grande ‘companhia’ que seleciona artistas de diversas áreas. É bem rico esse convívio, mesmo que provisório, com parceiros tão diversos que, apesar de morarem na mesma cidade/região, não têm uma outra boa oportunidade de fazer arte juntos". Estas interações entre linguagens artísticas são ressaltadas por Carlos, que também comenta sobre sua experiência de amadurecimento pessoal ao longo dos anos de espetáculo: “É um processo bem intenso pra mim. A direção de Ronaldo é bem criteriosa e ele sabe o que quer. Eu venho do universo da música e ter que dialogar com dança e teatro me coloca numa zona de fricção desconfortável, mas muito instigante. Tanto que ando bem viciado nisso de querer estar nesse lugar o tempo inteiro. Eu atuo em mais de um personagem, ora masculino (anjo), ora feminino (pastora), ora bicho (borboleta) e agora a novidade da cigana/cigano, tudo isso tem me exposto de uma forma que só com o tempo terei precisão para avaliar o crescimento. A sensação é que o Baile aqui não termina, o Baile aqui principia. Sempre". Para a construção de seu novo personagem, o artista está em pleno processo de criação: “Farei um cigano/cigana que canta uma música belíssima que já estou apaixonado desde o momento que eu a ouvi. Estou em processo de desenvolvimento com Ronaldo para encontrar, no palco o sentido desta criatura, respeitando o texto, mas revelando ao público algo novo, como acontece a cada ano." Dentre os solos da peça, outro destaque também é Silvério Pessoa, que estará em quatro atos, sendo que há 15 anos integra a rede de artistas do Baile: “Me sinto feliz e orgulhoso por fazer parte desta grande montagem, desta superestrutura e, ao mesmo tempo, por fortalecer e representar essa história lírica, milenar, que emociona”. Sobre fazer parte do evento há tantos anos, ele pontua: “É uma grande responsabilidade, convivemos com músicos eruditos dialogando com o popular, não deixa de ser uma experiência emocional, tem que estar bem para passar a emoção que o Baile exige, no sentido de ser algo marcante nas vidas das pessoas”. O dramaturgo Ronaldo Correia de Brito, que está em ritmo de preparação, destaca o coro infantil deste ano, dizendo que talvez seja o melhor que já tiveram. Depois de tantas histórias e montagens, Brito acredita que, apesar do Baile ter se atualizado bastante nos últimos dois anos, sempre houve um respeito para que jamais se afaste da sua dramaturgia original, que lhe dá unidade. Esta observação é corroborada pela Leda Alves (Secretária de Cultura de Recife). “Este é o milagre da encenação. A produção de Carla Valença, da Relicário Produções, transformou o Baile no acontecimento mais importante das festas natalinas do Recife. Como linguagem cênica, não existe nada comparável a este espetáculo, pois trata-se da mescla de várias culturas do nosso estado, numa força única de Pernambuco. Podemos ser vistos por qualquer público, em qualquer espaço do mundo. Pela qualidade de encenação que alcançamos, ganhamos reconhecimento e, hoje, pessoas dos mais diversos lugares do país e do mundo vêm ao Recife assistir ao Baile. Ainda assim, precisamos de um investimento maior para atrair mais turistas, como acontece no Carnaval e na festa de São João. Estamos na campanha e na luta por isso”, finaliza. SERVIÇO BAILE DO MENINO DEUS – UMA BRINCADEIRA DE NATAL Datas: 23, 24 e 25 de dezembro de 2019 Horário:sempre às 20h Local:Praça do Marco Zero Acesso

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Parque de Dois Irmãos promove atividades educativas

Aos poucos o mês de dezembro está indo embora, mas as atividades do Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife, não param. No próximo final de semana (14 e 15/12), tem atividades para todas as idades, das 9h às 16h, promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas). Quem for ao Zoo, além vivenciar as atividades realizadas pelos veterinário do parque, pode descobrir muitas curiosidades sobre os animais. No sábado (14), o público pode conferir a exposição de esqueletos de animais (osteotecnia), atividades de educação ambiental com o projeto Preguiça de Garganta Marrom, condicionamento com hipopótamo, e enriquecimentos com as Emas, Emu, Araras e Papagaios. Haverá ainda a exposição Mundo dos Répteis, que traz curiosidades sobre 25 serpentes de 14 espécies, 2 lagartos e uma cobra-de-duas-cabeças. Realizada no Centro Vasconcelos Sobrinho de Educação Ambiental do Parque de Dois Irmãos, a atividade é uma parceria com o Serpentário Mata Sul. Já no domingo (15), a grade de programação envolve, afora as exposições e ações educativas, enriquecimentos com Ursos, onça-preta e Leão. Acompanhada por biólogos e veterinários do Parque de Dois Irmãos, a ação tem como objetivo de gerar bem-estar aos animais estimulando o comportamento deles como se estivessem na natureza. Às 1430, também vai rolar Falcoaria, que são demonstrações de práticas com aves de rapina. Fotos: Lu Rocha / Semas-PE Confira a programação completa: PROGRAMAÇÃO DO FIM DE SEMANA E DOMINGO NO ZOO Sábado (14/12) 9h às 17h30- Exposição de Osteotecnia (Prédio ao lado do Museu) 9h às 12h- De 13h ás 16h- Ação de Educação Ambiental com o Projeto Preguiça de Garganta Marrom (alameda dos primatas) 9h às 17h- Exposição de Serpentes (Museu) 10h- Condicionamento com Hipopótamo (Recinto do hipopótamo) 10h30- Enriquecimento com Emas e Emu (Recinto dos Emas e Emus) 15h- Enriquecimento com as Araras e Papagaios (Recinto das araras e papagaios) Domingo (15/12) 9h ás 17- Exposição de Osteotecnia (Ao lado do Museu) 9 às 12h- De 13 às 16h- Ação de Educação Ambiental com o Projeto Preguiça de Garganta Marrom (alameda dos primatas) 9h às 17h- Exposição de Serpentes (Museu) 10h- Condicionamento com Hipopótamo (Recinto do Hipopótamo) 10h30- Enriquecimento com Ursos (Recinto dos Ursos) 14h30- Falcoaria (Bosque do Pau Brasil) 15h30- Enriquecimento com a onça-preta e leão (Recinto da onça e do leão) Onde: Parque Dois Irmãos, Praça Farias Neves, s/n, Dois Irmãos, Recife - PE. Ingressos: Preço único de R$ 2,00 por pessoa - gratuito para visitantes com mais de 60 anos, crianças até 1 metro de altura e pessoas com deficiência com seus acompanhantes. Exposição “Mundo dos Répteis” Horário: 9 às 16h Local: Centro de Educação Ambiental Vasconcelos Sobrinho do Parque Estadual de Dois Irmãos, na Praça Farias Neves, s/n - Dois Irmãos, Recife - PE Ingressos: R$ 3,00 (vendidos na entrada da exposição, separadamente do ingresso do Parque*). Visitantes com mais de 60 anos, crianças até um metro de altura e pessoas com deficiência e seus acompanhantes não pagam.

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Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e apresenta o maior sistema público de transplantes do mundo. Cerca de 96% dos procedimentos realizados em todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estatisticamente, o país é considerado o segundo maior transplantador do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por meio do SUS, os pacientes recebem assistência integral e gratuita, desde os exames preparatórios, procedimento cirúrgico, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Ainda assim, o assunto merece atenção, em 2018, aproximadamente 40 mil pessoas estavam na fila de espera por um órgão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Cristiano Caveião, doutor em enfermagem e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gerontologia do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que o transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico para a retirada de um órgão (pulmão, rim, coração, pâncreas, fígado) ou tecido (ossos, córnea, medula óssea) de uma pessoa que está doente e substituição por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto. “Em grande parte das situações, a doação de órgãos é a única expectativa de vida ou até mesmo a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação”, comenta Caveião. O transplante de órgãos só pode ocorrer se tiver a doação, por isso é importante a conscientização da população, com o objetivo de reduzir a fila de espera e dar oportunidades de salvar vidas. O biomédico, doutor em química e biotecnologia e coordenador do Curso de Biomedicina da Uninter, Benisio Ferreira da Silva Filho esclarece as principais dúvidas em relação ao procedimento. Como funciona a doação pelo doador cadáver? Essa doação ocorre após a confirmação da morte encefálica, que é a perda total e irreversível das funções cerebrais, e após a parada cardiorrespiratória. A doação pode ser realizada somente com autorização do familiar, conforme previsto na legislação. O diagnóstico de morte encefálica é realizado pelo médico especialista em neurologia, com capacitação específica. Por que doar órgãos? E que órgãos podem ser doados? A doação de órgãos pode salvar várias vidas. Podem ser doados os seguintes órgãos: pulmões, coração, pâncreas, fígado, rins, intestino, vasos sanguíneos, pele, ossos e tendões. Assim, um único doador poderá salvar muitas vidas. Os doadores com parada cardiorrespiratória podem doar somente tecidos, como por exemplo: córnea, vasos, pele, tendões e ossos. E o doador vivo, o que pode doar? Considera-se doador vivo qualquer pessoa juridicamente capaz, que atenda todos os preceitos legais, e com condições plenas de saúde. Podem doar pela lei parentes de até quarto grau e cônjuges; no caso de não parentes, somente com autorização judicial. O doador vivo pode doar rins, parte do fígado, parte do pulmão e parte da medula óssea. Quem recebe os órgãos ou tecidos doados? Após a confirmação da doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada por meio do registro de lista de espera e seleciona os doadores compatíveis.

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Terça Negra lança livro sobre identidade e empoderamento

Se um lugar representa os valores e a cultura da África preservados no Recife, esse seria o Pátio de São Pedro, no bairro de Santo Antônio, local onde há duas décadas acontece a Terça Negra. Essa é a conclusão a que chegou a educadora Lúcia dos Prazeres, analisando as relações visíveis e invisíveis possibilitadas pelo encontro de cultura negra na capital pernambucana, e registradas no livro “Terça Negra no Recife: Narrativas sobre Dança, Música, Espiritualidade e Sagrado”, que será lançado na próxima terça-feira, 17 de dezembro, em edição especial da Terça Negra, no Pátio de São Pedro. A noite, que marcará também o início das comemorações dos 20 anos do festejo, terá apresentações do Maracatu Estrela Dalva, do Afoxé Omô Inã e do grupo de samba reggae Raízes de Quilombo. A publicação, fruto do mestrado da pesquisadora em Ciências da Religião, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), reúne histórias sobre o fortalecimento da identidade, cultura e espiritualidade de afro-pernambucanos, vividos a partir da Terça Negra. Dividido em cinco capítulos, o livro costura as narrativas de 12 personagens que transformaram a experiência do povo negro no Recife e tiveram suas próprias histórias fortalecidas pelos encontros de música e dança no Pátio de São Pedro. São nomes como Vera Baroni, militante do movimento negro e integrante da Casa de Religião de Matriz Africana, Ylê Obá Aganju Ocoloiá; Marta Almeida, militante negra, coordenadora do Movimento Negro Unificado de Pernambuco; Frei Tito, Doutor em Antropologia, com experiência em Antropologia da Religião; e Elza Maria Torres da Silva, sacerdotisa de matriz africana conhecida como Mãe Elza. Quando trata de música como território de ancestralidade, um dos relatos apresentados pela autora é o de Adeildo Araújo Leite, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU), que reconheceu sua identidade negra a partir das festas que participava com seu pai, mestre de ciranda e cantador de coco de roda, quando ainda criança. "Foi esse ambiente que o fez descobrir sua negritude, a potência de seu corpo e dos ensinamentos repassados a partir daquela brincadeira", explica Lúcia. Essa consciência possibilitou que Adeildo já adulto, enquanto presidente do MNU, tivesse a ideia de criar um espaço no centro da cidade que propiciasse o encontro e a troca de experiências entre quem atuava nas comunidades, com o povo e a cultura negros. Foi assim que no ano 2000 aconteceu a primeira edição da Terça Negra, então no Pagode do Didi. Com o tempo, o espaço ficou insuficiente para comportar a quantidade de pessoas, e depois de muito pleito, em novembro de 2001, a Terça Negra teve seu primeiro momento no Pátio de São Pedro. De lá pra cá, passaram pelo evento no Pátio de São Pedro mais de 300 grupos, entre afoxés, maracatus, grupos de samba, dança, hip hop, coco, bandas de samba reggae e mangue beat. Enquanto a Terça Negra possibilitou o encontro das pessoas com a força de sua cultura e o reconhecimento de sua identidade, isso reverberou no surgimento de mais iniciativas. Se no início, havia apenas cerca de cinco afoxés, atualmente são mais de 35 em plena atividade na cidade. Foi nessa efervescência de música e dança da Terça Negra que, em 2004, Vera Baroni teve um encontro transcendente com a sua ancestralidade. Na entrevista para Lúcia, registrada na pesquisa, Baroni contou que foi na apresentação do Afoxé Oyá Alaxé - posteriormente renomeado como Oyá Tokolê Owo -, que ela recebeu o Idé, bracelete utilizado por Iansã. "Por meio de sua música e dança, o afoxé transmite para as pessoas as energias da mitologia africana. É isso que o afoxé faz. No relato de Vera, ela confessa que antes ela tinha um certo receio com a religião de matriz africana, e naquele momento em que ela recebeu o elemento de Oyá todo o medo que ela tinha, acabou. Ela identifica que foi a dança que fez com que ela se reconectasse com uma história que havia perdido", conta. Ao longo da pesquisa, Dos Prazeres percebeu que, embora os grupos tenham à frente homens, muitos são dirigidos pelas mulheres, e estas estão conectadas e fortalecidas pelas relações com a espiritualidade e o sagrado. A espiritualidade pode ser encontrada na história de Conceição dos Prazeres, filha de Yemanjá, fundadora do projeto cultural Terça Negra, que em suas vivências conseguia manter unidos e fortalecidos os grupos envolvidos com a realização do evento. Uma das narrativas do sagrado é a de Dona Janete, atual presidente do Maracatu Leão Coroado, que junto à sua calunga, "Dona Isabé", encontra forças para conduzir o grupo, fundado nas imediações do Pátio de São Pedro. Ainda que a linha entre um e outro sejam tênues, Lúcia explica que a espiritualidade diz respeito a uma relação reconhecida pelos ambientes e códigos sociais. Já o sagrado, vai além: "Quando se fala da relação com o sagrado, se fala de como uma pessoa comunga, se conecta, com uma força que não é vista, que não é palpável, é sentida. Esse sagrado não está só no espaço religioso, ele permeia também o espaço de trabalho. O sagrado é qualquer movimento interior que lhe leve à transcedência. Então, uma música pode lhe elevar a tal ponto que você atinge outra dimensão. E esse sagrado eu encontrei na Terça Negra, já no percurso da pesquisa", explica. A dissertação possibilitou que Dos Prazeres percebesse na Terça Negra o encontro de todos esses níveis de relações, de maneira integrada e complementar. Em um trecho do livro, a autora descreve o encontro como sendo um "laboratório de produção, realimentação e disseminação de conhecimentos e saberes artísticos, culturais e religiosos oriundos da herança africana de nossos ancestrais. Conhecimentos e valores ressignificados pelas experiências vivenciadas nos bairros/sedes das entidades participantes da Terça Negra, que se alimentam e ao mesmo tempo são disseminadoras dessas ações para todos os grupos do Recife/Região Metropolitana/Pernambuco na perspectiva da formação de um grande território de cultura negra, com base nos valores civilizatórios africanos". A ESCRITORA - Nascida e criada e no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, Lúcia dos Prazeres,

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Lar do Nenen precisa de doações

O Lar do Nenen, organização não governamental que acolhe crianças de 0 a 3 anos em situação de abandono ou risco, está realizando uma campanha para arrecadar recursos financeiros para custear as despesas da casa. “Neste final de ano, a necessidade maior é o pagamento do 13º salário dos funcionários, além de outros itens necessários para a manutenção da casa, como alimentos, produtos de limpeza e higiene”, destaca a presidente Tuti Moury Fernandes. As doações financeiras podem ser realizadas no Banco do Brasil Ag: 1833-3 CC: 29.348-2. A instituição fica na Rua Menezes Drummond, 284, Madalena. Os interessados também podem ajudar doando leite, fraldas, material de higiene pessoal e limpeza. O Lar do Nenen sobrevive de doações, possui 22 funcionários e cerca de 40 voluntários. O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) cede uma profissional em pediatria uma vez por semana para avaliar a saúde das crianças. Na instituição, as crianças recebem toda a assistência necessária ao cuidado dos bebês, como higiene, alimentação, puericultura (cuidados do desenvolvimento infantil), acompanhamento psicossocial e recreação. Mais informações através dos fones (81) 3227-2762 e 3228-0123.

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Último frevo do ano na contagem regressiva para o Carnaval

Domingo (dia 15), o Marco Zero vai frever. No último grande show de frevo do ano, a Orquestra Arruando dá as boas-vindas às férias de verão, já na contagem regressiva para o Carnaval 2020, cuja abertura acontece em 21 de fevereiro. O esquente para a mais alegre festa do ano têm repertório de clássicos do frevo, canções autorais e releituras. Tem ainda aulão de passo e Mestre-Vivo do Frevo, o saxofonista Edson Rodrigues, integrando a orquestra. O encontro será das 15h30 às 18h, com acesso gratuito. Os 25 músicos e três cantores da Arruando apresentarão repertório especial. Entre as músicas que não podem faltar em nenhum show de frevo, estão “Último Dia” (Levino Ferreira), “Roda e Avisa” (Edson Rodrigues e J. Michiles), “Evocação” (Nelson Ferreira) e “Último Regresso” (Getúlio Cavalcanti). As autorais “Carnaval Sem Fim” e “Mágica de Fevereiro” (ambas de Nilo Otaviano e Fernando Estelita) se juntam a versões em maracatu de “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso) e “Vassourinhas” (Mathias da Rocha e Joana Batista) e “My Way” (clássico na voz de Elvis Presley) em ciranda – os arranjos são do maestro Kidbone, que acaba de receber o prêmio de Melhor Arranjador no Festival Nacional do Frevo. No último show de 2019, a Arruando presta homenagem a cinco importantes nomes do frevo, grandes incentivadores da orquestra. São eles: maestro Edson Rodrigues, maestro Formiga (Ademir Araújo), maestro Clóvis Pereira, o compositor Claudionor Germano e o historiador Leonardo Dantas Silva. A apresentação, a 52ª da Arruando, é uma realização conjunta com o Governo Federal (Ministério da Cidadania/Secretaria Especial da Cultura/Lei Rouanet) e tem patrocínio da Cervejaria Ambev e Raça Distribuição, com apoio institucional da Prefeitura do Recife. SOBRE A ORQUESTRA – A Orquestra Arruando começou sua atuação em novembro de 2013, com a realização de dois shows na Praça do Marco Zero do Recife. Desde o início, seu objetivo é apresentar o mais autêntico frevo fora do período de Carnaval. E é por isso que ela segue lutando. Por entender o frevo como a mais autêntica manifestação artística e cultural do Brasil. Por vê-lo como a afirmação da identidade irredenta desse altivo e forte povo pernambucano. E, pernambucanamente falando, o frevo precisa ser tocado, dançado, apreciado, curtido e amado ao longo do ano inteiro: em primeiro lugar na sua terra, para que, em seguida, possa ser melhor difundido pelo Brasil e mundo. Nesses seis anos, foram 52 shows em praça pública – 42 deles no Marco Zero. A quase totalidade no chão, ao lado do público e com ele interagindo. Chão que é o palco do frevo, desde os seus primórdios, nas últimas décadas do século 19. E público que é a essência do frevo, a massa “frevente” que se espremia há mais de cem anos pelas ruas dos bairros de Santo Antônio e São José, aos primeiros toques dos clarins, dando nome à música. Público que se encanta e que encanta os turistas que assistem aos shows da Arruando, os quais, no momento seguinte ao encantamento, fundem-se aos passistas. Cada qual com seu jeito singular de fazer o passo, de frevar, de pular ou, mesmo que de leve, balançar ao som desse ritmo contagiante. De fato, ninguém fica parado ou sai indiferente a nossa música-mor. + Vídeo: documentário da Orquestra Arruando mostra a luta pela valorização do frevo: https://youtu.be/UGnPRJRAmoM

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Cidades para crianças é tema de evento no Recife

O especialista e pesquisador inglês em primeira infância, Tim Gill fará a palestra "Construindo Cidades para a primeira infância",  amanhã (11), às 14h30 no cinema do Porto Digital. O evento é realizado pela Prefeitura do Recife, Bernard Van Leer Foundation e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries), tem apoio da Algomais. Tim Gill é colaborador do Conselho de Design do Reino Unido, percorre o mundo para estudar e conhecer o planejamento urbano ideal para as crianças. Seu trabalho abrange educação, planejamento e design urbano, creche e recreação. Tim Gill é referência internacional em espaços urbanos para crianças e criador do Dia Mundial do Aprender Brincando. Gill, que está realizando uma pesquisa mundial junto ao Churchill Fellowship Project sobre experiências e projetos na área, escolheu a capital pernambucana como uma das referências em relação à primeira infância. Durante esta semana, irá conhecer as iniciativas locais voltadas para o tema. Recife possui mais de 70 ações voltadas para crianças de 0 a 6 anos A partir das vivências do pesquisador inglês, os participantes do evento vão conhecer as experiências de outras cidades ao redor do mundo em políticas públicas, projetos e desenhos urbanos para a primeira infância.

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Lançado há 20 anos, “Matrix” ganha sessões especiais na rede UCI

Houldine Nascimento* O filme “Matrix” estreou nos cinemas em 1999 e rapidamente ganhou fãs em todo mundo. Para comemorar o marco, a rede UCI exibe a produção em sessões especiais até a quarta-feira (12). Na capital pernambucana, o longa está em cartaz nas salas dos Shoppings Recife (UCI Kinoplex De Lux e Recife), Casa Forte e Tacaruna, sempre às 19h45. Com direção das irmãs Lana e Lilly Wachowski, a trama futurista tem como protagonista o jovem programador de computador Neo (Keanu Reeves). Atormentado por estranhos pesadelos, ele se encontra conectado por cabos, contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. À medida que o sonho se repete, Neo começa a ter dúvidas sobre a realidade. “Matrix” conquistou quatro Oscars e arrecadou mais de 465 milhões de dólares. Além disso, outros dois filmes deram sequência ao longa: “Matrix Reloaded” e “Matrix Revolutions”. A expectativa é de que um quarto filme sobre o universo seja lançado em 2022. Para garantir ingressos do filme, é só acessar www.ucicinemas.com.br ou canais Ingresso.com, além das máquinas de autoatendimento disponíveis no hall dos complexos.

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Olinda recebe reforço operacional de 44 novos reeducandos

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, deu as boas-vindas a 44 reeducandos que passarão a atuar na manutenção da cidade ainda neste mês de dezembro. Eles irão trabalhar de segunda a sábado, no período de seis horas diárias. Com a chegada do movo quantitativo, a Secretaria de Infraestrutura passa a contar com um contingente de 281 apenados. A iniciativa é fruto de um convênio da Prefeitura com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) do Estado. Hoje, a Marim dos Caetés já é uma das cidades que mais oferecem oportunidades a reeducandos. Capinação, varrição e pintura são alguns dos serviços que eles realizam. “O prefeito promove essa garantia de direitos e nós sempre apoiamos”, disse o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. “Queremos dar uma oportunidade de mudança de vida para essas pessoas”, afirmou o prefeito Professor Lupércio. Entre homens e mulheres, os 44 reeducandos do sistema prisional formarão dois grupos de trabalho. Uma equipe de 20 irá trabalhar no paisagismo e 24 na manutenção dos principais corredores do município.

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Programa Ganhe o Mundo lança nova modalidade

Em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (09/12), no Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara lançou o Ganhe o Mundo Técnico, nova modalidade do programa, que agora contemplará jovens matriculados nas escolas técnicas do Estado. O governador anunciou ainda a Inglaterra como novo país destino. A primeira edição do PGM Técnico vai embarcar 15 estudantes de 14 Gerências Regionais de Educação espalhadas por todo o Estado. “É importante ter condições de avançar nesse programa, que é tão exitoso e já contemplou mais de 7.500 estudantes em Pernambuco. É um novo módulo técnico que se envolve dentro do Programa Ganhe o Mundo e em um novo país. Isso vai levar os nossos alunos a estudar e ter experiências em escolas conhecidas e renomadas”, afirmou Paulo Câmara, reforçando ainda a importância dessa vivência para a formação dos jovens. “São 15 estudantes inicialmente, mas a gente espera no futuro ampliar e ter realmente a possibilidade de fazer com que os sonhos dos nossos alunos sejam concretizados a partir de experiências como essa”, finalizou. Durante 18 semanas na Bournemouth and Poole College (BPC), os estudantes vão cursar matérias da base comum (inglês, matemática e educação física) e as disciplinas de conteúdo técnico equivalente aos cursos profissionalizantes em que estão matriculados no Brasil. Nesta primeira edição foram contemplados os cursos técnicos de Administração, Desenvolvimento de Sistemas, Edificações, Jogos Digitais e Suporte e Manutenção de Rede. “Estamos muito felizes em anunciar esse projeto, porque sonhamos com ele já há muito tempo. Além disso, temos a oportunidade de contar com mais países. Saímos de nove para dez destinos. Em maio nós fechamos essa parceria e, depois de muitos passos, muito trabalho, a gente fica feliz em viabilizar essa oportunidade para nossos estudantes”, disse o secretário estadual de Educação e Esportes Fred Amâncio. Jéssica da Silva Ferreira, 17 anos, cursa o 2º ano de Administração na ETE Maria Eduarda Ramos de Barros, em Carpina, e é uma das beneficiadas pela nova modalidade do programa já na primeira edição. “Espero trazer muitos conhecimentos novos que eu possa aplicar na prática do curso e no meu futuro profissional. Essa oportunidade vai abrir uma porta, um leque imenso de experiências que eu vou poder compartilhar pelo resto da minha vida”, declarou. PGM - Um dos grandes destaques da educação de Pernambuco, o Programa Ganhe o Mundo é uma ação de incentivo aos estudantes para aprenderem um segundo idioma, que culmina com um intercâmbio de um semestre letivo no exterior para os que mais se destacam em suas regiões. Em sua 8ª edição o programa contempla quatro modalidades diferentes: Tradicional, Musical, Esportivo e agora também Técnico. Desde o início, o programa já levou mais de 7,5 mil estudantes da Rede Estadual ao exterior. Hoje, o PGM oferece a opção de 10 países de destino, sendo cinco de língua inglesa (Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá e Inglaterra), quatro de língua espanhola (Espanha, Argentina, Chile e Colômbia) e um de língua alemã (Alemanha). Participaram da solenidade a vice-governadora Luciana Santos; os secretários estaduais Gilberto Freyre Neto (Cultura), Bruno Schwambach (Desenvolvimento Econômico), Albéres Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação) e Cloves Benevides (Políticas de Prevenção às Drogas); vários secretários executivos de Educação; cônsules de quatro dos país de destino do PGM; além de parlamentares federais e estaduais. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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