Arquivos Entretenimento - Página 106 de 125 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Animacine lança clipe da banda Devotos

Em primeira mão, o 3º Animacine – Festival de Animação do Agreste lança, no próximo sábado (9/12), o videoclipe da banda pernambucana Devotos para a música “Eu o declaro meu inimigo”, feito em animação. A exibição será gratuita às 19h, no Parque da Cidade, em Gravatá, e terá a presença dos integrantes da banda Cannibal, Neilton e Celo. O clipe faz parte do projeto Músicas Animadas, idealizado por Lula Gonzaga, é produzido pelo Ponto de Cultura Cinema de Animação, e é dirigido pelo animador Marcos Buccini (professor da UFPE e diretor do laboratório Maquinário, de animação da Universidade) e co-dirigido por Tiago Delácio, realizador e coordenador do Animacine. “Quando Lula nos pediu para produzir o clipe do Devotos, convidei Buccini que é um admirador da banda, e imediatamente topou”, cometa Tiago Delacio. “Primeiramente pensamos na técnica de rotoscopia com os alunos do Maquinário, mas as pessoas começavam a conhecer o projeto e pedir pra participar, comecei a convidar outros artistas”, diz Buccini. Feito de forma colaborativa por 127 animadores de todo o País, o vídeo é construído sob a técnica da rotoscopia, dispositivo que permite criar desenhos a partir de capturas de filmagens reais. A gravação com o vocalista Cannibal e cia aconteceu na casa do guitarrista Neilton (estúdio da banda) e mostra o cotidiano pelo Alto José do Pinho, na zona norte do Recife. A faixa faz parte do novo disco do icônico grupo de punk rock hardcore, ainda sem nome. Colaboraram no clipe animadores e artistas de várias origens, desde os renomados César Coelho e Aída Queiroz (fundadores do ANIMAMundi), Victor-Hugo Borges (criador e diretor da série de animação “Historietas Assombradas”, atualmente exibida no Cartoon Network), Maurício Squarisi (um dos expoentes da animação brasileira, de Campinas-SP), José Maia (mestre da animação nascido no Rio Grande do Sul), o pernambucano André Rodrigues (da animação “Mundo Bita”), entre outros, até artistas plásticos (Lourival Cuquinha e Galo de Souza) até iniciantes. Crianças também participaram com desenhos, entre elas a filha de 5 anos de Cannibal. Cada artista convidado recebeu seis frames e a missão de animar um frame com meio segundo de filmagens. A criação era livre, porém sob duas condições: que o desenho fosse em preto, branco e vermelho (cores do Santa Cruz, time do tricolor Cannibal) e tivesse alguma ligação com a imagem original. “No clipe do Devotos, cada artista fez os frames totalmente diferentes dos outros artistas. Não houve uma combinação prévia, o que gerou sequências caóticas entre si, porém harmônicas em relação ao conteúdo do clipe. Gosto muito dessa estética caótica, uns fizeram em estilo mais cartum, outro mais realista. Teve gente que imprimiu e desenhou por cima, outros usaram carvão, stopmotion e até bordado. O resultado é incrível”, comenta Buccini, que dirigiu, em parceria com Rodrigo Édipo, o videoclipe da banda pernambucana Volver (Você que pediu), ganhador de dois prêmios e participante em seis festivais. O lançamento do clipe “Eu o Declaro Meu Inimigo” na programação do Animacine consolida e descentraliza a produção da animação na região. O Ponto de Cultura Cinema de Animação vem realizando clipes em animação de outros Pontos, como o de Lia de Itamaracá, do Côco de Umbigada, dos Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho, do Boi da Macuca, dentre outros. Programação - O 3ª ANIMACINE – Festival de Animação do Agreste, começou na quarta (dia 6) e exibirá 110 filmes de 21 países em mostras competitivas e paralelas. Ganhando notoriedade por ser o único do gênero a focar atenção na regionalização, evento idealizado pelo Patrimônio Vivo de Pernambuco e pioneiro da animação Lula Gonzaga leva ainda masterclass, debates e oficinas para as cidades de Gravatá, Bezerros e Caruaru. Todas as atividades acontecem entre os dias 6 e 12 de dezembro e são gratuitas. A programação completa está no site www.animacine.com.br.  

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Filme homenageia o cineasta Federico Fellini

Federico Fellini costumava fazer dos sonhos e da fantasia figuras recorrentes em seus filmes. Tão poético quanto as produções dirigidas pelo cineasta italiano, o longa Em Busca de Fellini surge como uma doce e singela homenagem a um dos principais nomes do cinema mundial. Dirigido pelo sul-africano Taron Lexton, o filme não faz da homenagem a Fellini um pretexto para existir: tem vida própria, apresentando personagens bem construídos, a começar pela protagonista. Lucy (Ksenia Solo), apesar dos seus 20 anos, tem a inocência de uma adolescente, fruto de uma infância marcada pela sombra superprotetora da mãe, Claire, interpretada pela excelente Maria Bello. Ao descobrir que está com câncer em estágio bem avançado, Claire entende que chegou a hora de abrir as portas do mundo para a filha. A história ganha fôlego a partir do momento em que Lucy sai para uma entrevista de emprego. O sentimento de frustração, após descobrir que não era o trabalho que esperava, dá lugar ao início de uma paixão: o cinema de Fellini. Ao participar de um festival em homenagem ao cineasta, ela fica encantada com seus filmes e com a beleza de personagens como a doce Gelsomina de A Estrada da Vida. É quando decide, então, ir à Itália conhecer o diretor. A procura por Fellini leva Lucy a belas cidades italianas, como Veneza e Roma. É de beleza ímpar a cena em que a protagonista é guiada para dentro do Coliseu por seu par romântico, interpretado pelo ator italiano Enrico Oetiker. Fellini está presente no filme não apenas quando suas obras são citadas ou trechos delas são exibidos. Ele está na trilha sonora quando numa cena triste é tocada a música tema de A Estrada da Vida. Também no figurino, mais especificamente na roupa usada por Lucy em sua viagem para a Itália. Roupa inspirada no conhecido traje da personagem Gelsomina, também de A Estrada da Vida. O filme bebe de outras fontes, entre elas, o clássico Alice no País das Maravilhas. A obra surge em meio às histórias que costumavam ser lidas por Claire para a filha ainda criança. Trechos do livro também são reinvocados como relances de um sonho no momento em que Lucy é perseguida por um estranho dentro de um labirinto em Veneza. Em Busca de Fellini é belo e marcante de jeito próprio, bem longe, é verdade, da genialidade do cinema felliniano. Se genial ou não, é boa opção para os já familiarizados com a obra de Fellini, como também para aqueles que nunca viram algum de seus filmes. Estreia: 07 de dezembro Local: Moviemax Rosa e Silva.

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Conheça “O Matador”, primeiro filme brasileiro produzido pela Netflix (Por Wanderley Andrade)

Após produzir a série brasileira 3% e ter alcançado boa recepção de seus assinantes, principalmente nos EUA, a Netflix aposta em mais uma produção tupiniquim, desta vez, um longa-metragem: O Matador. Escrito e dirigido pelo carioca Marcelo Galvão, o filme é um western no estilo Sérgio Leone, ambientado no sertão nordestino, período de declínio do cangaço. A história tem como protagonista Cabeleira, interpretado pelo ator português Diogo Morgado. Cabeleira teve uma infância marcada pelo abandono: ainda bebê, fora deixado sozinho em meio à caatinga. Prestes a ser devorado por uma onça, é salvo pelo conhecido pistoleiro, Sete Orelhas (Deto Montenegro), que executa o animal. Sete Orelhas resolve adotar a criança, que cresce aprendendo todos os pormenores do manejo de uma arma. Mas chega o dia em que Sete Orelhas vai à cidade grande e, desde então, nunca mais retorna. É quando começa a jornada de Cabeleira à procura por seu pai de criação. O roteiro falha ao mudar o foco do Cabeleira para o Tenente, personagem interpretado por Paulo Gorgulho. Tenente tornou-se pistoleiro após ter esposa e filho mortos a mando do Francês, um fazendeiro inescrupuloso dono da maioria das terras da região. A trama secundária quebra o ritmo do filme e faz o espectador esquecer do protagonista. Apesar do furo no roteiro, a história ganha força outra vez com o retorno de Cabeleira, culminando, enfim, em um surpreendente desfecho. O elenco é formado por grandes atores, entre eles, o experiente ator francês Etienne Chicot que já acumula 40 anos de carreira. Chicot atuou ao lado de Tom Hanks no filme O Código Da Vinci. Estão também no elenco a atriz Mel Lisboa, o ator Igor Cotrim e a cantora portuguesa Maria de Medeiros. Chama a atenção a fotografia do longa que, através de belos planos abertos, exibe a imensidão e secura das terras sertanejas. O sertão apresentado não é aquele extremamente caricato costumeiramente visto em produções televisivas. Não à toa, O Matador conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Gramado. As locações escolhidas para o filme foram o Pico do Papagaio e o distrito de Cimbre, em Pesqueira e as cidades de Paulo Afonso (BA) e Campinas (SP). Com O Matador, Marcelo Galvão consegue homenagear, de uma só vez, os clássicos westerns spaghetti e o sertão nordestino através de suas belas paisagens e personagens peculiares. Sem dúvida, uma boa estreia brasileira na era dos serviços streaming.  

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Animage: festival contará com mais de 100 filmes na programação

Atado ao discurso em defesa da liberdade de ideias "em tempos de acirramento do conservadorismo e falsos moralismos" começa, no próximo dia 24, no Recife, o Animage - Festival Internacional de Animação de Pernambuco. O evento chega à sua oitava edição já consolidado como um dos principais festivais de cinema de Pernambuco e um dos maiores do país em quantidade de filmes (este ano, exibirá mais de 100). A mostra competitiva contará com 88 produções de 29 países, entre eles, EUA, Colômbia, Polônia e Japão, além do Brasil. Também será promovido um Masterclass, com a ilustradora e animadora Rosana Urbes, criadora da personagem Guida. O festival será realizado em cinco lugares diferentes: Cine São Luiz, Caixa Cultural Recife, Cinema do Museu, Teatro Bianor Mendonça Monteiro (Camaragibe) e Teatro Apoilo 235. Em entrevista à Revista Algomais, o curador do evento, Júlio Cavani, conta como surgiu o Animage e fala sobre algumas produções que estarão na programação. Revista Algomais - Como surgiu o festival? Júlio Cavani - O festival foi criado há oito anos por Antonio Gutierreze, o mesmo produtor dos festivais Rec Beat (música) e Continuum (arte-tecnologia), que também já foi produtor das bandas Mundo Livre S/A e Cordel do Fogo Encantado. Na primeira edição do Animage, o curador foi o cineasta Pedro Severien. Em 2017, faço a curadoria do festival pela terceira vez. Qual temática o Festival explorará? O festival não tem um tema anual. O conjunto de filmes selecionados sugere algumas combinações, mas não é algo intencional, até porque são mais de 100 filmes muito diversificados entre si. Por causa do contexto atual da sociedade brasileira, com acirramentos de conservadorismo e casos recentes de censura, talvez a questão da liberdade de expressão ganhe um significado especial este ano no festival. Das mostras que serão exibidas você destaca alguma em especial? Destaco especialmente as sessões de longas-metragens que serão realizadas no Cinema São Luiz, com os filmes Torrey Pines, Teerã Tabu, Tenha um Bom Dia, Minha Vida de Abobrinha e I'll Just Live in Bando. É muito raro poder assistir a longas-metragens de animação no Recife. No Recife, normalmente apenas filmes de animação infantis entram em cartaz nos cinemas. O Animage é uma oportunidade única para ver filmes adultos, de vários países. Como você avalia a força do Festival no estado? Com mais de 100 filmes a serem exibidos em oito locais, o Animage já é um dos maiores festivais de cinema do Recife. É também um dos principais festivais de cinema de animação do Brasil. É o festival do país, por exemplo, com o maior número de longas-metragens de animação na programação. Como está Pernambuco em relação ao Cinema de animação? O livro História do Cinema de Animação em Pernambuco, lançado em 2017 por Marcos Buccini, oferece um bom panorama sobre o assunto. A produção do estado tem aumentado a cada ano e novos artistas e cursos têm surgido. Os curtas de animação pernambucanos também estão participando de cada vez mais festivais. Além disso, o crescimento é verificado não só no cinema, mas na internet e na televisão também, seja na publicidade ou em séries de sucesso, como o Mundo Bita. Confira a programação completa.

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Série pernambucana de terror é destaque no Janela Internacional de Cinema do Recife

Na segunda (06), o público da décima edição do Janela Internacional de Cinema do Recife pôde assistir, com exclusividade, no Cine São Luiz, a "Mancupium", episódio-piloto da série de terror, Fãtásticos. A produção, que tem DNA puramente pernambucano, foi idealizada pela dupla André Pinto e Henrique Spencer. Eles também assinam a direção, montagem e efeitos especiais, estes, realizados em parceria com a empresa Portomídia. Fãtásticos mistura elementos de terror, fantasia e Sci-Fi. Ao todo, serão seis episódios com duração, em média, de 45 minutos. Ainda em fase de pós-produção, a primeira temporada será veiculada em 2018, a princípio, na TV Universitária (TVU), da UFPE. Em entrevista à Revista Algomais, André Pinto fala sobre o projeto e faz uma análise do mercado atual da produção de séries para a TV. Algomais - Como surgiu a ideia do projeto? André Pinto - Em 2006 conheci Henrique Spencer, produtor da Plano 9. Fizemos juntos um curso de efeitos especiais ministrado por Ricardo Spencer. Lá travamos contato com realizadores com interesses afins em torno do cinema de Gênero, e saímos com uma ideia de produzir alguma coisa de fantasia e Horror. Anos depois, entre 2013 e 2014, nas animadas conversas com os membros do coletivo Toca o Terror, surgiu a ideia de desenvolver uma série para a TV inspirada nas antologias fantásticas (Twilight Zone e Contos da Cripta são algumas inspirações). A partir daí foram plantadas as sementes de Fãtásticos. Qual a premissa da série? A série revela histórias fantásticas, conectadas por uma trama principal que conta como um grupo de amigos se reuniram para ajudar um escritor a criar material para um romance. O universo da série remete ao ancestral hábito de contação de histórias diante de uma fogueira. Por que a escolha pelo horror? Você já havia realizado outro trabalho relacionado ao gênero? Todo os meus trabalhos anteriores a Fãtásticos possuem um viés de fantasia. Dirigi e roteirizei um total de 11 curtas, a grande maioria explorando aspectos e convenções do cinema de Horror. Entre o cinema de sonhos e pesadelos, fico com o segundo. Como foi a recepção do público na primeira exibição? Foi bem positiva. O que mostramos do X Janela de Cinema do Recife foi uma "versão em construção" do primeiro episódio, que foi suficiente para despertar a curiosidade em torno da história, que está apenas começando. Ver o feedback do público ainda na fase de finalização do material foi importante.   Recentemente a série brasileira 3% ganhou bom destaque no serviço de streaming Netflix. Relacionando o fato à sua experiência com a microssérie Fâtásticos como você avalia o mercado atual de produções para a TV? Estamos passando por uma fase excitante na TV. Como as tevês por assinatura, e principalmente os serviços de streaming estão cada vez mais necessitando de conteúdo exclusivo para seus canais, surgem mais oportunidades de exibição para projetos como Fãtásticos. Aliado isso ao fato de que entre as séries de maior audiência no mercado estão as que exploram as temáticas de fantasia, horror e Sci-Fi.

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Cinema francês em alta com a estreia de “O Melhor Professor da Minha Vida” (Por Wanderley Andrade)

Histórias inspiradoras sobre professores que transformaram a vida de alunos através de métodos bem à frente do seu tempo, há muito rendem bons filmes. Difícil esquecer de clássicos como Ao Mestre com Carinho (1967) e Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Outro belo exemplo, desta vez mais recente, é a coprodução EUA/Reino Unido/Quênia, Uma Lição de Vida (2009). O longa narra a jornada de Kimani Marug, um queniano de 84 anos que, com a ajuda da professora, decide voltar à escola. Essa relação de amizade entre professor e aluno mostra ser fonte inesgotável de inspiração para roteiristas e produtores. Seguindo a mesma temática, chega aos cinemas, nesta quinta, a produção francesa, O Melhor Professor da Minha Vida. No filme, Denis Podalydès interpreta François Foucault, um professor de Literatura de uma importante escola de Paris. Um encontro com uma funcionária do Ministério de Educação resultará na proposta para lecionar em um colégio de periferia. François terá como desafio mudar a realidade de alunos indisciplinados como Seydou (bela interpretação de Abdoulaye Diallo), que sofre com a mãe doente e busca refúgio na marginalidade. O Melhor Professor da Minha Vida discorre sobre transformação. Seydou não será o mesmo após o encontro com François Foucault e a Literatura. Em contrapartida, a experiência com a nova turma marcará profundamente a vida de François e afastará medos e preconceitos acumulados até então. Sua boa relação com os alunos despertará ciúmes nos outros professores. Este é o primeiro longa-metragem dirigido por Olivier Ayache-Vidal, que também assina o roteiro. A fotografia é de David Cailley, que tem no currículo filmes como Amor à Primeira Briga (2014) e In Califórnia (2015). A câmera trêmula de Cailley confere às cenas de conflito maior tensão e um tom mais intimista. A história, fundamentada em um tema já exaustivamente explorado no cinema, poderia, sem cerimônia, atar-se à comodidade e falta de inspiração característicos ao clichê. Mas o roteiro bem escrito, livre de pontas soltas, e a competente direção de Olivier Ayache-Vidal dão ao filme a simplicidade e paradoxal profundidade de uma boa aula. Confira os horários de exibição.

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Meninos também podem ser presidentes? (por Beatriz Braga)

*Por Beatriz Braga A Islândia é considerado o melhor lugar do mundo para ser mulher. Não coincidentemente, foi o primeiro país do planeta a eleger uma presidente, Vigdís Finnbogadóttir. Depois de algum tempo do seu governo, um garoto se aproximou da dirigente e perguntou “meninos também podem ser presidentes quando crescerem?”. Ouvi a história na palestra da empresária islandesa Halla Tomasdottir. A plateia ri, claro. A inocência do garoto que ainda não conhece o mundo é tragicômica, mas traz a beleza do nosso ecossistema perfeito. Aprendemos pelo exemplo. Lembrei do menino e da presidente ao ver a série Big Little Lies (HBO) - uma ótima dica para sua semana. Alerta spoiler! Em uma das várias histórias paralelas da trama, uma menina é agredida no colégio e as mães tentam descobrir quem é o pequeno ofensor. As suspeitas recaem sobre Ziggy, criado por uma mãe solteira, vítima de estupro. A herança biológica, aparentemente, estaria latente em uma criança meio “esquisita”. Ninguém desconfia dos filhos do casal perfeito da cidade, mãe e pai loiros, altos, belos e educados. Mas é justamente o casal de comercial que esconde a faceta do marido agressivo. Eles acreditam que mantêm a relação abusiva em segredo, porém um dos filhos começa a dar sinais de que ouvia (e aprendia) com a relação dos pais. A herança do hábito, pois, fala mais alto. O primeiro garoto, fruto do crime, é criado ao redor de compreensão, fala mansa e carinho. A mãe olha nos seus olhos e conversa com sinceridade. O filho da família “perfeita” cresce em volta dos gritos e dos ciúmes. Enxerga na coleguinha o que o pai vê na mãe: uma propriedade. Herança é coisa séria. Não necessariamente a que engordará nossas economias, mas aquela que fará de nós os humanos que somos. Na mais nova polêmica brasileira, eu volto a pensar no exemplo que damos às crianças. Um artista fazia uma performance envolvendo nudez no Museu de Arte Moderna de São Paulo e uma garota, acompanhada da mãe, pegou no seu pé. Chamaram o artista de pedófilo, acusaram-no de erotizar a infância. O problema do mundo não está na nudez. E muito menos na criança que interage com ela. Está na forma como a sociedade trata a natureza e nos traumas que passamos para nossos filhos. Erotizamos os nossos corpos e censuramos atitudes naturais desde pequenos. Nem todo nu é erótico. Tem o que é arte, aprendizado e beleza. Enquanto nos ocupamos de reprimir performances artísticas, o machismo real, bem vestido, destrói infâncias e dá péssimos exemplos à próxima geração. A polêmica do MAM é o eco do “fecha perna, menina” que passamos a vida escutando. Censuramos a arte, calamos nossos filhos e toleramos músicas que falam das “novinhas” na balada. Sejamos vigilantes, sempre, mas vamos escolher melhor nossas batalhas. Halla Tomasdottir tinha sete anos quando viu a primeira greve de mulheres na Islândia. Doze quando Vidgis assumiu o poder. Aos 47, inspirada pelo seus modelos da infância, candidatou-se à presidência. Não ganhou as eleições, ficou em segundo lugar, mas destaca como uma vitória o impacto de sua empreitada na filha adolescente. A autoconfiança, diz ela, foi transmitida pelas gerações. De alguma maneira, a filha de Halla, o pequeno agressor, Ziggy e a menina do MAM são histórias paralelas de erros e sucessos com nossas crianças. Que tal abraçarmos a missão de, todos os dias, prestarmos atenção ao que dizemos e fazemos perto delas? Menos censura, mais arte, mais amor e mais bons exemplos, para começar.

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TGI promove o evento Empresa Familiar Competitiva com Werner Bornholdt

"Empresa familiar robusta e longeva" será o tema do evento Empresa Familiar Competitiva, que acontecerá no dia 20 deste mês. O workshop, promovido pela TGI Consultoria em Gestão, terá uma palestra do economista Werner Bornholdt, doutor em psicologia das organizações e maior especialista sobre o tema no Brasil. Serão apresentados também os resultados da segunda sondagem sobre Governança nas Empresas Familiares Pernambucanas, realizada pela TGI. “As estatísticas atuais mostram que apenas 5% das empresas familiares brasileiras conseguem chegar na 3ª geração e o que mais ameaça a longevidade dessas organizações é a questão da sucessão. Nesse sentido, esse evento trará para os participantes uma visão sobre como lidar com este processo, os cuidados e os riscos, para que as famílias empresárias possam se preparar antes que os problemas estejam instalados”, afirma Georgina Santos, sócia da TGI. Werner Bornholdt tratará sobre o tema “Empresa Familiar Robusta e Longeva: o que fazer para reforçar a competitividade da empresa familiar ao longo do tempo”. Durante a palestra, o especialista falará sobre assuntos como o significado das empresas familiares no contexto mundial e brasileiro; modelos de Governança e Gestão, alinhamento estratégico da família empresária e educação; valores e código de condutas, planejamento sucessório na sociedade/propriedade; conselhos de sócios, de administração, de família e family office; entre outros. O evento, que acontece no auditório do JCPM das 8h às 12h30, é voltado para sócios, herdeiros, sucessores, executivos e outros integrantes de empresas familiares. As inscrições podem ser realizadas no site: www.tgi.com.br/eventoempresafamiliar As inscrições custam R$220 por pessoa. Pacotes para duas pessoas custam R$200 cada. Para três ou mais participantes o investimento por pessoa é de R$180. Mais informações pelo telefone (81) 3134-1740 ou pelo link https://goo.gl/FNYHq5.

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Filme de Angelina Jolie retrata os horrores da guerra civil do Camboja

Era esperado que a relação estreita de Angelina Jolie com o Camboja renderia um filme algum dia. Produzido pela Netflix, First They Killed My Father (Primeiro Mataram Meu Pai, em uma tradução livre) estreou no serviço de streaming no último dia 15. Baseado no livro de memórias da ativista Loung Ung, narra sua luta pela sobrevivência ao lado da família durante o regime do Khmer Vermelho, período em que morreram cerca de 2 milhões de cambojanos. O filme acompanha a jornada de Loung que, aos cinco anos, recebeu treinamento militar para defender o Khmer Vermelho durante a guerra civil cambojana. Retrata sem cortes e muito realismo os horrores de uma guerra que arrancou precocemente sua infância. First They Killed My Father foi gravado inteiramente no Camboja e a base do elenco formada por atores locais. Destaque para a boa atuação de Sareum Srey Moch, que encarna a protagonista. O filho adotivo de Angelina, o cambojano Maddox Jolie Pitt, também atua no longa, além de acumular a função de produtor. Este é o quinto trabalho de Angelina como diretora, função que abraçou desde 2007 com o documentário A Place in Time. A partir de 2011, seguiu para a ficção com Na Terra de Amor e ódio. Em 2014, dividiu opiniões da crítica especializada com o filme de guerra, Invencível. Já em 2015, recebeu duras críticas pelo insosso À Beira Mar, longa em que contracena com Brad Pitt. First They Killed My Father prova que Angelina amadureceu como diretora. É um tratado sobre a perda da inocência, um retrato cru da insanidade da guerra e da contradição de um regime que prega igualdade de direitos tolhendo a liberdade. A história de Loung Ung ecoa como um grito de denúncia de uma realidade, infelizmente, ainda tão palpável para muitos em pleno século XXI. Confira o trailer:

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Amaro Freitas Trio apresenta Sangue Negro no Instituto Ricardo Brennand

Considerado revelação no jazz autoral pernambucano, o Amaro Freitas Trio realiza show no próximo sábado, 30 de setembro, como culminância das celebrações pelo aniversário de 15 anos do Instituto Ricardo Brennand, na Várzea. A apresentação começa às 15h30 e irá acontecer na Sala do Conselho. Na ocasião, o trio apresenta o repertório do disco Sangue Negro, álbum de estreia do pianista que dá nome ao grupo. No show Amaro Freitas terá a companhia do baixista Jean Elton e do baterista Hugo Medeiros, seus parceiros também na gravação da obra. Os ingressos são R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Esta é a primeira apresentação do trio após uma turnê nacional que o trio realizou que incluiu apresentações nas cidades de Fortaleza, Natal, Florianópolis, Petrópolis, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2016, quando do lançamento de Sangue Negro, o trio arrebatou o Prêmio MIMO Instrumental e, desde então, tem colecionado uma série de apresentações com elogios de público e crítica. No total, o público poderá conferir as seis canções autorais que integram a obra, que promove uma reconstrução do jazz com sotaques de frevo, samba e música afro. “É impossível falar de musicalidade brasileira sem a identidade afro”, ressalta Amaro. Especificamente no piano, ele lembra de nomes aos quais presta tributo como Sinhô, essencial ao samba brasileiro, bem como o pernambucano Moacir Santos. A homenagem ao Nordeste fica por conta de uma releitura de ‘Lamento Sertanejo’, de Dominguinhos, e da canção ‘Baião de dona Eni’. Sangue Negro - Minimalismo, Bebop, Afrojazz, Samba, Frevo e Balada. Estas são algumas das sonoridades que permeiam Sangue Negro. Além de obter elogiosas críticas da mídia, o Amaro Freitas Trio foi vencedor do Prêmio MIMO Instrumental de 2016 e Sangue Negro figurou entre os principais lançamentos de jazz do ano. A turnê de lançamento já percorreu cidades como Fortaleza, Natal e Santa Catarina, Petrópolis, São Paulo e Rio de Janeiro. Amaro Freitas - nascido em 1991, no Recife, Amaro é um dos destaques da cena instrumental pernambucana. Como tecladista e diretor musical, Amaro acompanha cantores da nova cena local. Em agosto de 2015, promoveu um workshop com o pianista Rafael Vernet em Pernambuco, e em dezembro do mesmo ano, coproduziu e arranjou o disco do cantor Romero Ferro, juntamente com o produtor carioca Diogo Strausz. Show - Sangue Negro - Amaro Freitas Trio Quando: 30 de setembro (sábado) Onde - Instituto Ricardo Brennand Endereço - Alamenda Antônio Brennand, s/nº - Várzea Entrada: R$ 25 (inteira) e R$ 12 (meia – pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos mediante documentação). Crianças até 7 anos não pagam Informações: (81) 2121.0352 /0365

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