Os artistas Iara Sales, Sérgio Andrade e Tonlin Cheng apresentam o espetáculo "PEBA" nesta quinta e sexta (dias 28 e 29/11) em Cali (Colômbia), na instituição de arte contemporânea Lugar a Dudas. "PEBA" é resultado de uma pesquisa sobre fronteiras e trânsitos entre as culturas populares dos estados de Pernambuco e Bahia. As apresentações fazem parte da circulação de PEBA pela América Latina, que inclui Uruguai, Colômbia e Argentina. Além de apresentar o espetáculo, os artistas participam de residência artística Rehacer – 10 años después en Lugar a Dudas, em Cali. A circulação e a residência artística contam com incentivo do Funcultura, do Governo de Pernambuco. "PEBA" é uma proposta entre dança, performance, live PA e instalação (arquitetura de luz e som), desenvolvida por Iara Sales, Sérgio Andrade e Tonlin Cheng. O projeto surgiu como pesquisa em 2013 intitulado "PEBA: Transmutações do corpo brincante entre Pernambuco e Bahia". "É uma pesquisa de muitos anos e que tem um processo de amadurecimento. Tem um caminho que já foi livro-objeto, workshop e seminário", relembra a bailarina Iara Sales, que também reflete sobre a vida-obra no novo momento, já que há um ano se tornou mãe. "É um novo corpo, mais tranquilo, menos afobado", acrescenta. O nome do espetáculo "PEBA" surge da união das siglas dos estados Pernambuco e Bahia, e ao mesmo tempo se refere a gíria urbana "peba", que designa uma qualidade de baixa tecnologia. Uma “coisa peba” significa materialidade ou arranjo precário que provisoriamente resolve um problema. Peba também é uma palavra da língua indígena tupi-guarani (algumas variações são: “pewa”, “peva”, “péua”), que significa baixo, nano, anão, achatado, rasteiro, curto das pernas (quando usado para se referir a animais como tatu, por exemplo). Brincando com essas dobras histórico-performativas, a dramaturgia de PEBA é escrita como uma amarração-peba de corporalidades diaspóricas manifestadas nas festas carnavalescas e em outras práticas populares subversivas das cidades do Recife (PE) e Salvador (BA). O espetáculo teve temporada itinerante pela região metropolitana do Recife em 2015 e circulação nacional em 2016, passando pelas cidades de Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Santo Amaro (BA), Maragogipe (BA), Cachoeira (BA), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e João Pessoa (PB). No contexto internacional, o dramaturgista e diretor Sérgio Andrade destaca a importância da circulação por países da América Latina. "PEBA, como uma instalação gambiárrica, tem uma história de construir espaços para dançar; e a turnê constrói redes para o trabalho circular. O espetáculo tensiona a 'comoditização' do corpo na cultura, nos faz pensar sobre nossas heranças culturais e sobre nossa memória colonial compartilhada por muitos contextos da América Latina", afirma. CIRCULAÇÃO - Durante a turnê, os artistas participaram da Ocupação LabCrítica realizada no Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro, e do Seminário "Cuerpo y Creación, prácticas universitárias" do Instituto Escuela Nacional de Bellas Artes/ UDELAR em Montevidéu (Uruguai). Depois da Colômbia, os artistas se apresentam em La Plata (Argentina) – no Festival AÚRA; e Buenos Aires (Argentina). WORKSHOP - Em Montevideo e La Plata, Iara Sales e Sérgio Andrade ministram o Performar ______ materiales com a proposta de estimular experimentos e estratégias performativas sobre, com, a partir e através de materiais. O workshop é destinado a artistas e estudantes de dança, performance e suas dobras. TRAJETÓRIA - Iara Sales, Sérgio Andrade e Tonlin Cheng trabalham juntos desde as experiências do Grupo CoMteMpu’s (2005-2014), desenvolvendo projetos de pesquisa e criação entre dança, performance, filosofia, arquitetura sonora e outras abordagens. Em 2013, realizaram a pesquisa PEBA - Transmutações do corpo brincante, também com o incentivo do Funcultura, que resultou no espetáculo PEBA, ganhador do prêmio APACEPE de teatro e dança 2015 na categoria “melhor cenografia” e Prêmio especial – “pelo caráter performático da obra”, além de ter sido indicado a melhor espetáculo, melhor trilha sonora e melhor iluminação. PEBA ainda foi contemplado pelo Prêmio Klauss Vianna 2015 e realizou uma circulação nacional por oito cidades brasileiras no ano de 2016. Entre 2017 e 2018, os artistas desenvolveram projeto de pesquisa e criação Quem é o Mestre?, com estudos sobre pensamento coreográfico, filosofia política e arte sonora. Os próximos projetos dos artistas são a pesquisa em videodança "TRABALHO” e a montagem de espetáculo “Quem é o Mestre?”, ambos com incentivo do FUNCULTURA." materiales com a proposta de estimular experimentos e estratégias performativas sobre, com, a partir e através de materiais. O workshop é destinado a artistas e estudantes de dança, performance e suas dobras. TRAJETÓRIA - Iara Sales, Sérgio Andrade e Tonlin Cheng trabalham juntos desde as experiências do Grupo CoMteMpu’s (2005-2014), desenvolvendo projetos de pesquisa e criação entre dança, performance, filosofia, arquitetura sonora e outras abordagens. Em 2013, realizaram a pesquisa PEBA - Transmutações do corpo brincante, também com o incentivo do Funcultura, que resultou no espetáculo PEBA, ganhador do prêmio APACEPE de teatro e dança 2015 na categoria “melhor cenografia” e Prêmio especial – “pelo caráter performático da obra”, além de ter sido indicado a melhor espetáculo, melhor trilha sonora e melhor iluminação. PEBA ainda foi contemplado pelo Prêmio Klauss Vianna 2015 e realizou uma circulação nacional por oito cidades brasileiras no ano de 2016. Entre 2017 e 2018, os artistas desenvolveram projeto de pesquisa e criação Quem é o Mestre?, com estudos sobre pensamento coreográfico, filosofia política e arte sonora. Os próximos projetos dos artistas são a pesquisa em videodança "TRABALHO” e a montagem de espetáculo “Quem é o Mestre?”, ambos com incentivo do FUNCULTURA." Ficha técnica PEBA Duração: 45 min. Classificação: 16 anos Criação e performance: Iara Sales Trilha sonora original e live PA (performance): Tonlin Cheng Direção Artística: Sérgio Andrade Dramaturgia: Iara Sales e Sérgio Andrade Direção Técnica: Tonlin Cheng Direção de Produção: Iara Sales Gambiarras, instalações e objetos cênicos: Tonlin Cheng Figurino: Iara Sales e Maria Agrelli Citações musicais incidentais: Lavagem de São Bartolomeu, Orquestra Popular de Maragogipe; Acabou Chorare, Luiz Galvão e Moraes Moreira (Novos Baianos); Pernambuco é Brasil, Moraes Moreira. SERVIÇO: PEBA, com Iara Sales, Sérgio Andrade e Tonlin Cheng Datas: 28 e 29 de novembro Local: Lugar a Dudas, Cali (Colômbia)