Entretenimento - Página: 44 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Descendo a ladeira

Trabalhei 43 anos em propaganda. Há 14, tô fora. Agora, posso falar. Taí uma coisa que já se fez melhorzinha no Brasil: propaganda. Hoje, a questão não é nem se os comerciais de televisão são bons ou ruins. Se fossem apenas medíocres, já estariam no lucro; uma vez que lembrados. Mas nem isso. Passam batidos. Você mesmo, leitor, lembra de algum que viu ontem à noite? Outro dia, fiz o que fazia com regularidade profissional, mas que há muito tempo não me dava à pachorra de fazer: liguei a TV para ver os intervalos comerciais. Dia seguinte, tentei lembrar do que tinha visto. Necas! Como lembrava de tudo que havia feito e visto no dia anterior, menos dos comerciais, afastei a presença do alemão, Alzheimer. Tirando o “Passa no Posto Ipiranga”, que tá no ar há muito tempo, não lembrei de nenhum comercial. Nem unzinho sequer. Quer dizer, quando lembrava de alguma coisa, não lembrava do produto. E vice-versa. A geleia é geral. Testei entre amigos e amigas. E você, leitor, mesmo jovem, também pode testar: pergunte aos que têm mais de 40 anos se lembram disso: “o primeiro a gente nunca esquece” e “tem mil e uma utilidades”. Bordões publicitários que, incorporados à linguagem do dia a dia, eram ditos quando se pretendia expressar uma experiência de vida inesquecível e algo que pudesse ser usado para diversas tarefas. Reais ou metafóricas. Washington Olivetto, criador dos comerciais (para Valisère e Bombril), dizia que as pessoas preferiam “ser seduzidas a serem estupradas”. O que houve, então? Mudaram as preferências? Um comercial não era criativo e original para ser obra de arte nem para fazer a fama do seu criador. Mas para ser percebido e o produto lembrado. Diferente, para não ser confundido com um concorrente, com atributos semelhantes. Se bem-humorado (alguns, até engraçados), para que o produto anunciado ganhasse a simpatia do mercado. Alguém duvida do poder de sedução do humor? Aqui no Recife, quem tá na faixa dos 30 e alguma coisa haverá de lembrar: “Quer moleza? Vai no Balaio!” (criado pelo meu amigo Jairo Lima para o Grupo Bompreço) e “Davanira! Tire sua roupa da janela. Toda vez que vejo ela na janela, só me alembro de você sem ela” (do maior jinglista pernambucano de todos os tempos, Carol Fernandes, para Casas José Araújo). Citei apenas quatro comerciais. Houvesse espaço (e saco do leitor), teria citado dezenas. É provável qu’essa propaganda medíocre que taí hoje em dia seja reflexo da falta de imaginação e burrice que reinam, soberanas, sobre o País. Ao ver uma mulher descendo o morro com uma trouxa de roupa na cabeça, João Gilberto disse a Moraes Moreira: “Lá vem o Brasil descendo a ladeira.” P.S.: Em 1918, impressos em cartazes publicitários, os versos do pernambucano Bastos Tigre faziam sucesso nos bondes de todo o país: Veja, ilustre passageiro, / o belo tipo faceiro / que o senhor tem ao seu lado. / E, no entanto, acredite, / quase morreu de bronquite. / Salvou-o o Rhum Creosotado.

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Sete curtas pernambucanos estão selecionados para o Festival Curta Cinema

O Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro – o Curta Cinema – selecionou para sua próxima edição, que começa dia 30, cinco filmes pernambucanos, sendo quatro deles para a Competição Nacional. "Auto-Falo"de Caio Dornelas, que terá sua estreia mundial no evento, traz Nivaldo, personagem interpretado por Cllau Soares, alternando entre momentos fantasiosos com seu carro e momentos reais na sua convivência com outras pessoas. O filme faz uso de artifícios técnicos como a iluminação e o esquema de cores para dar um tom absurdo à relação que Nivaldo tem com seu carro e colocá-la em contraponto ao modo com que ele lida, principalmente, com Roberta, personagem interpretada por Sammia Gonçalves. O filme se passa em Ponta de Pedras, distrito do município de Goiana, em Pernambuco, que possuía menos de 10 mil habitantes segundo censo de 2010. Com isso, Caio Dornelas, diretor do filme e nascido em Goiana, explora um dos aspectos de sua terra natal: as atividades industriais que vêm crescendo na região, inclusive com a criação de um Distrito Industrial, onde encontram-se diversas fábricas, e, mais recentemente, com a instalação de uma fábrica de automóveis da FIAT, inaugurada em 2015. Também na Competição Nacional estão “Caçador”, de Leonardo Sette, ficção que narra a história de Nakuá, um índio que está mudando de aldeia e se percebe perdido diante do mundo novo; “Marie”, de Leo Tabosa, que fala sobre o regresso de Mário ao sertão para reencontrar o pai na figura de Marie, uma mulher trans, e “Thinya”, de Lia Leticia Leite, que surgiu a partir de um álbum de fotos comprado em um mercado de Berlim, cujas imagens ilustram textos de cronistas alemães que viajaram para o Brasil entre os séculos XVI e XVIII, compondo uma alegoria sobre colonizadores e colonizados. “Tempestade”, de Fellipe Fernandes, que mostra um homem tentando discernir sonhos e fatos em seu cotidiano vivendo em um país abatido pela crise, está na mostra paralela Panorama Brasil, enquanto “Volta Seca”, de Roberto Veiga, será exibida em Primeiros Quadros. "Caranguejo Rei”, de Matheus Farias”, participa da mostra Interzona, especializada em filmes de terror.

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O Galo da Madrugada, o maior Bloco do Mundo, desembarca em São Paulo

A Oficina de Alegria, produtora pioneira na retomada do Carnaval de Rua em São Paulo desde 2011, se une aos fundadores do maior bloco do mundo pelo Guiness Book e anuncia o inédito desfile do Galo da Madrugada, principal bloco recifense, no Carnaval Paulistano de 2020. O acordo, em fase de captação de recursos para o desfile, foi muito bem recebido pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A presença do Galo da Madrugada, que nunca saiu de Recife em mais de 40 anos de história e reuniu 2 milhões de pessoas em seu último desfile, reforça a dimensão e a pluralidade conquistada pelo Carnaval de Rua em São Paulo, com grande participação da Oficina de Alegria. A tradicional festa popular se consolidará entre as principais do País em 2020, com o maior número de blocos inscritos no cadastro oficial da Prefeitura. Fundamental no ressurgimento da ocupação urbana durante o Carnaval em São Paulo, a Oficina de Alegria dá um novo passo ao trazer o Galo da Madrugada, que se junta aos já tradicionais, Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Fogo & Paixão, Os Capoeira e Bloquinho, presenças fixas em São Paulo, também promovidos pela produtora.

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No Ar Coquetel Molotov faz uma de suas melhores edições em Belo Jardim

A etapa do Festival No Ar Coquetel Molotov, em Belo Jardim vem ganhando cada vez mais público e força. A celebração de cinco anos do evento, que encerrou na noite do último sábado (20), lotou a cidade dos músicos, com público que veio de várias cidades do estado, para assistir os shows de bandas do calibre de Academia da Berlinda, Ciel Santos, Jessica Caetano e muito mais, no Parque do Bambu. Mais de 3 mil pessoas compareceram no festival que começou pontualmente às 15:10h, com apresentação inédita para o público infantil, do Tapete Voador. O show foi a grande novidade desta edição do festival e animou a criançada que lotou a apresentação. A noite foi cheia de pontos altos, com Ciel Santos em um show espetacular, Jessica Caetano sendo vista como a grande surpresa da noite, Academia da Berlinda entre as atrações mais esperadas e os shows incríveis de Luiz Lins, fenômeno entre os jovens, Mago Trio, Nix Lamarge e o cortejo do Maracatu Boi da Gente, que encerrou o festival com muita maestria. O No Ar movimentou a cidade durante toda a semana, com uma programação completamente gratuita que contou com oficinas, Imersão com o grupo Tomaga, Cine-Concertos e a Mostra Play The Movie. “Foi uma das edições mais lindas que já fizemos, sem dúvida nenhuma. Acho que esse foi o primeiro ano que conseguimos chegar mais próximo do formato do festival no Recife, com feira, diversos expositores, Food Trucks, bar exclusivo da Itaipava e TNT Energy Drink, o Divercidades, intervenções artísticas e ainda o Som Na Rural. Foi lindo”. Conta a diretora do festival, Ana Garcia. O Festival segue para a sua 16 edição, no dia 16 de novembro, no Caxangá Golf Club, em Recife, com shows de Lia de Itamaracá, Clarice Falcão, Sevdaliza, MC Tha, Lineker e os Karamelows, OQuadro e muito mais, em uma maratona de mais de 12 horas de música.

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Exposição coletiva "Ocupadas" reúne sete artistas mulheres

Com um time renovado, agora composto por sete mulheres artistas, o projeto Ocupe Chris chega à sua segunda edição. Há oito meses, as artistas Alice Vinagre, Ana Flávia Mendonça, Ana Lisboa, Irma Brown, Laura Melo e Lia Letícia se juntaram à Christina Machado para vivenciar coletivamente seus processos de criação no Ateliê das Águas Belas, lar e espaço de trabalho de Chris há mais de 30 anos. Tendo a argila como matéria-prima, as sete mulheres artistas desenvolveram obras que dão vida à exposição coletiva “Ocupadas”, com abertura no dia 09 de novembro, das 16h20 às 21h, no Ateliê das Águas Belas. A mostra segue aberta até 14 de dezembro deste ano, e durante período acontecerão outras ativações no ateliê. Assim como na primeira edição do projeto, que contou com os artistas José Paulo, Renato Valle, Rinaldo, Maurício Castro, Joelson, Dantas Suassuna e Daniel Santiago, além da própria Christina, as artistas se reuniram semanalmente, sempre às quintas-feiras, para produzir. Ao longo desses oito meses de vivência, elas desenvolveram trabalhos que resultaram não apenas em peças de barro, mas também em instalações e vídeos. Há um importante componente nesse processo: a espontaneidade própria à experimentação com a argila, popularmente conhecida como barro. Desde o contato com a água, com o ar e o calor das mãos, passando pela adição de outros materiais como óxidos e pigmentos, até a queima da peça no forno, existe uma incerteza quanto ao que realmente acontecerá com o barro, que é conhecido também como a técnica que une o equilíbrio entre os quatro elementos. Assim, a partir de um processo de criação potencializado pela coletividade, entre conversas, afetos e acolhimentos, cada artista desenvolveu suas poéticas individuais, que são atravessadas pelas mais diversas pulsões criativas e discursivas, como questões políticas sobre direitos individuais e coletivos das mulheres e dos seres humanos como um todo. Já o nome escolhido para a mostra, “Ocupadas”, tem relação com a própria condição de ser mulher: “O nome veio de Laura Melo, que é mãe e artista, assim como muitas de nós. Vem dessa ideia de que nós, mulheres, estamos constantemente ocupadas, seja trabalhando, estudando, cuidando dos filhos. É uma jornada de trabalho dupla, tripla. Estamos sempre nos desdobrando para fazer tudo”, diz Christina.

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Orquestra Sinfônica do Recife faz duas apresentações gratuitas no Teatro Santa Isabel

A Orquestra Sinfônica do Recife promove o encontro entre recifenses de todas as gerações e a obra de dois grandes compositores da música erudita do Brasil e do mundo nesta penúltima semana de outubro. Nesta terça e na quarta-feira (22 e 23), Villa Lobos e Tchaikovsky terão suas obras lembradas nos dois encontros que a Orquestra terá com o público recifense, promovidos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Na terça-feira, a partir das 9h, o Projeto Santa Isabel em Cena recebe mais uma edição dos Concertos para Juventude, apresentação dos músicos da Orquestra Sinfônica do Recife dedicada a crianças, adolescentes e todos os públicos em busca de intimidade com a música erudita e com o teatro. Sob o comando do maestro Marlos Nobre, a apresentação terá tom informal e pedagógico, convidando a um passeio pelas histórias e sonoridades da música erudita. Na ocasião, os participantes também serão apresentados às instalações do Teatro de Santa Isabel, uma das mais antigas e majestosas casas de espetáculo do país. Na quarta-feira, a Orquestra Sinfônica, de novo sob a regência de Marlos Nobre, apresenta mais um concerto oficial da temporada 2019, gratuito e aberto ao público. As peças escolhidas pelo maestro para a apresentação foram: o Prelúdio da Bachiana nº 4, do célebre compositor brasileiro Villa Lobos, e a Sinfonia nº 4 (em fá menor), de Tchaikovsky, compositor russo do período romântico, cujas obras estão entre as músicas mais populares do repertório clássico mundial. Os ingressos para o concerto serão distribuídos na bilheteria do Santa Isabel, uma hora antes da apresentação. Para assistir aos Concertos para Juventude, é preciso agendar participação pelo e-mail teatrodesantaisabel.educativo@gmail.com. Serviço Concertos para Juventude no Santa Isabel em Cena Data: Terça-feira, 22 de outubro Horário: 9h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio Inscrições: 3355-3323 Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife Data: Quarta-feira, 23 de outubro Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel Entrada franca Informações: 3355-3322

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Festival Canavial Artes Cênicas leva oficina, teatro e exposição para Goiana

A 13ª edição do Festival Canavial, batizado, este ano, de Festival Canavial Artes Cênicas, vai encher o município de Goiana, na Região Metropolitana do Recife, de muita programação. O evento, programado para acontecer de 04 a 10 de novembro, conta com uma grade de atividades diversificada, que reúne exposição, teatro, dança, oficina, teatro de bonecos e contação de histórias. Tradicional no calendário cultural pernambucano, o festival vai acontecer no Cine-Teatro Polytheama e em dez escolas públicas municipais.Durante uma semana, moradores da cidade e da região vão poder aproveitar bastante, já que o evento promoverá atividades nos turnos da manhã, tarde e noite, gratuitamente. “A Zona da Mata Norte há muito tempo necessita de um festival para mostrar sua produção teatral no campo da cênica convencional, contemporânea e/ou popular. Somos a região dos grupos de Cavalo Marinho. As ideias de Alexandre Veloso, que faz parte do Movimento Canavial, juntamente com Felipe Andrade e Cleiton Santiago, que é um batalhador do teatro pernambucano, se alinharam perfeitamente com os anseios do Movimento Canavial” ressalta Afonso Oliveira, idealizador e coordenador do Movimento Canavial. Com uma abrangente proposta, o Festival Canavial Artes Cênicas 2019, propõe, nesta edição, atuar na formação de novas plateias, de modo que, crianças de escolas públicas, tenham oportunidade de estarem em contato com as artes, por meios das oficinas de teatro e dança. Na ocasião, o público vai poder prestigiar apresentações culturais voltado às Artes Cênicas de várias cidades pernambucanas, como Gravatá, Recife, Aliança, Condado, Vitória de Santo Antão, Itambé e Limoeiro e também de João Pessoa - Paraíba. O artista e mamulengueiro Chico Simões, de Brasília (DF), também será uma das atrações convidadas do festival. A estimativa do evento é reunir cerca de cem pessoas, entre artistas, profissionais, produtores e acadêmicos ligados às artes cênicas. O Festival Canavial Artes Cênicas é uma realização da Afonso Oliveira produções Culturais e os produtores culturais Alexandre Veloso, Cleiton Santiago e Felipe Andrade. A iniciativa faz parte do Movimento Canavial, que produtores culturais, agremiações, empresas, associações, Mestres, Mestras e Artistas de diversas linguagens, formando uma extensa rede, em prol da valorização da cultura que se estende da mata ao sertão pernambucano. O projeto conta com o patrocínio da Prefeitura de Goiana. Espetáculos Recheada de uma programação eclética e diversificada, o festival conta com trabalhos premiados e inéditos, produzidos por artistas de reconhecida consagração de público do estado, e de outras regiões do País, que vão ocupar o palco do Cine-TeatroPolytheama, avenida Nunes Machado, Centro. Lá, o público vai poder se divertir com peças de vários gêneros, como comédia, contos, drama, histórias da carochinha e marionetes. Entre os espetáculos e grupos locais que integram a grade desta 13ª edição estão: Como salvar um casamento (Limoeiro); A feira de Gonzaga (Itambé); O menino que virou história (Vitória de Santo Antão); Para sempre Teresina (Gravatá); Show Opinião de Novo (João Pessoa); O peru do cão coxo (Limoeiro). Além desses, também se apresentam o espetáculo de dança “Ebulição” da bailarina Valéria Vicente; cavalo marinho Mestre Batista (Aliança), Cavalo marinho Estrela do amanhã (Condado) e o mamulengo Presepada, do Chico Simões (DF). Com capacidade para receber cerca de duzentos espectadores, o Cine-TeatroPolytheama, que fica na Av. Marechal Deodoro da Fonseca, Centro, será palco das atividades de formação artística. As oficinas têm como público-alvo crianças de 7 a 10 anos, de escolas públicas municipais. No local, os estudantes serão convocados a terem uma experiência, por meio de atividades lúdica e sensorial pedagógicas, com o universo do teatro, da cultura popular e da vivência dentro de um teatro. As oficinas, oferecidas gratuitamente, acontecerão nos turnos da manhã. Já a etapa das apresentações acontecerá nas escolas no período da tarde, invadindo o ambiente escolar com muita arte. Cerca de 350 alunos serão impactados com a iniciativa. Homenageado Nesta edição, o Festival Canavial Artes Cênicas, homenageia o artista plástico e ceramista, Zé do Carmo, natural de Goiana, que faleceu aos 85 anos de idade, em abril deste ano. Patrimônio Vivo de Pernambuco, Zé do Carmo, se destacou pelas peças em barro que representavam personagens do imaginário nordestino. Além disso, ocupou lugar de destaque como dramaturgo e diretor teatral, escrevendo vários trabalhos. Destaque para criação do "Auto de Natal do Vovô Natalino", que criticava a tradição do Papai Noel boreal - estranha ao nosso cotidiano. Publicação que chamou a atenção do sociólogo Gilberto Freyre, em um artigo publicado em artigo no Jornal Diário de Pernambuco, intitulado "Meu Caro do Carmo", em 1983. Exposição Além das atividades de formação, o Cine-Teatro Polytheama, também será ocupado pela exposição “O mundo cênico de Zé do Carmo”- homenageado do festival. A mostra, aberta ao público em geral, retrata uma das importantes obra do artista. Nela, o público vai poder conferir um pouco da história e vida de Zé do Carmo, natural de Goiana, que levou a vida como ícone da dramaturgia e diretor teatral, atuando sempre com a excelência artística. Além do Auto de Natal do Vovô Natalino, a exposição também mostrará a influência teatral de Zé do Carmo nos dias atuais. Serão apresentados os registros do grupo teatral Deu Babau, da cidade de Goiana, que remontou o Auto de Natal do Vovô Natalino e produziu o espetáculo "O Anjo Cangaceiro", em homenagem ao artista, que criou peças de barro, escreveu peça de teatro, pintou quadros com anjos populares e inspirou gerações. Roda de Conversa A roda de conversa será o momento de maior reflexão sobre a importância da manutenção das Artes Cênicas no interior de Pernambuco. Atores, diretores, produtores e artistas serão convidados para a roda. Afonso Oliveira será o coordenador da conversa, que acontecerá no sábado, 09 de novembro, no Cine-Teatro Polythema. Sinopse sobre os espetáculos: Como Salvar um Casamento - A peça é uma deliciosa comédia que mostra de forma muito descontraída, inteligente e bem humorada, as diversas situações sobre o relacionamento amoroso, com histórias que se entrelaçam e são independentes. A mostra tem texto do mineiro, Bruno Motta e de Daniel Alves e a direção do Vitoriense Cleiton Santiago. Premiada na 21º MOSTEV

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Xadrez itinerante desperta interesse dos estudantes de Olinda

Já pensou dar um xeque-mate manipulando os Simpsons ou o Harry Potter, ou ainda travar uma batalha no tabuleiro com os personagens medievais da Guerra nas Estrelas? Esses e outros personagens têm atraído cada vez mais os estudantes da rede municipal de Olinda para o projeto do Xadrez Itinerante. A ideia é utilizar a prática do jogo como ferramenta pedagógica para desenvolver nos alunos a concentração, o raciocínio lógico, memorização e o conhecimento em história. O projeto é conduzido pelo chefe do Departamento de Educação Física, Pedro Botelho. É ele quem transita com os tabuleiros pelas unidades de ensino da rede municipal. “Quando o assunto escolhido para aula é a Monarquia, no jogo, os 32 personagens representam a República Brasileira. O rei vira o presidente; a justiça, rainha; o senador se transforma no bispo; a mídia escrita e televisa, são os cavalos; o Congresso Nacional, as torres e os deputados federais são os peões. E assim o Xadrez trabalha o sistema político e o exercício da cidadania” relata, o professor. E a história não para. No xadrez regional, concebido pelo Mestre Vitalino, é possível encontrar a figura de Lampião e Maria Bonita e até o Bumba Meu Boi. Mais de 4 mil crianças passaram pelo Projeto Xadrez Itinerante. A constatação é de que os jogos temáticos têm melhorado o índice de desenvolvimento escolar dos estudantes em disciplinas como Matemática, História. Geografia, Artes, Cidadania e Ética, além de aprender valores como solidariedade, respeito, fraternidade, justiça e amizade.

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Envelhecimento Criativo abre inscrições para turmas de teatro com idosos

O projeto Envelhecimento Criativo, idealizado pela arte-educadora Emanuella de Jesus, está com inscrições abertas, neste mês de outubro, para curso de teatro para idosos, que será realizado em 2020, na Casa Maravilhas, na Boa Vista, Centro do Recife, e também na Casa Astral, no Poço da Panela, Zona Norte da cidade. Há oito anos trabalhando com o Grupo de Pesquisa e Criação Artística Criativ’Idade – formado por idosos hoje com idade entre 61 e 94 anos –, Emanuella despertou para as questões senescentes, e o resultado da sua inquietação é este projeto, que, além de cursos, promove oficinas e palestras para discutir novas formas de enxergar e vivenciar a velhice. “Envelhecer está carregado de coisa negativa, e isso está dentro do nosso inconsciente – eu, às vezes, ‘me pego’ não sabendo lidar, porque a gente entra numa paranoia social. Mas porque envelhecer não pode ser bacana? A velhice, eu acredito, é um resultado de tudo o que se faz na vida, então como desenvolver estratégias criativas para envelhecer bem?”, provoca Emanuella de Jesus, sobre as indagações que a impulsionaram na criação do Envelhecimento Criativo. A reflexão, aliás, faz-se urgente, visto que o Ministério da Saúde estima que, já em 2030, o número de idosos ultrapassará o de crianças e adolescentes até 14 anos. . Da experiência com o Grupo de Pesquisa e Criação Artística Criativ’Idade, Emanuella de Jesus desenvolveu um método específico para o fazer teatral com alunos-atores idosos, chamado Poética da Dramaturgia de Pertencimento. O trabalho com o grupo já rendeu duas peças de teatro, “Vamos Falar de Amor” (2012-2014) e “Retratos de uma Lembrança Interrompida” (2016-2017), e o minidocumentário “Velhice em Cena – O Teatro na Idade da Liberdade”, lançado recentemente e disponibilizado no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Pf5icTcMvUo. Emanuella, ainda, produz conteúdo para o canal no YouTube Envelhecimento Criativo; e, no Carnaval, comanda o bloco Se Meus Cabelos Brancos Falassem. Para o curso de teatro, as inscrições podem ser feitas pelo site do projeto, www.envelhecimentocriativo.com.br, e pelo WhatsApp (81) 99424-3938. “VELHICE EM CENA” O doc “Velhice em Cena – O Teatro na Idade da Liberdade”, dirigido por Emanuella de Jesus com Sérgio Santos, reúne depoimentos dos oito idosos do Grupo de Pesquisa e Criação Artística Criativ’Idade, que é acompanhado por ela desde 2011, quando era professora de teatro no Sesc Piedade, tendo depois migrado juntos para o Sesc Santa Rita. O curta também mostra imagens das montagens “Vamos Falar de Amor” (2012-2014), a partir de cartas escritas por eles, e “Retratos de uma Lembrança Interrompida” (2016-2017), sobre memórias da ditadura; além da Vivência Artístico-Pedagógica em Teatro Documentário (2018), em que se apresentaram como contadores de histórias, no festival Usina Teatral. Emanuella desenvolve uma pesquisa continuada com o grupo baseada numa metodologia própria de ensino de teatro a alunos idosos, criada por ela e chamada de Poética da Dramaturgia de Pertencimento. O método rendeu dissertação de mestrado concluído na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e publicada no livro “Caminhos para uma Dramaturgia de Pertencimento – Processos Criativos para Alunos-Atores Idosos” (Edições Sesc, 2016). “Idosos gostam muito de contar histórias, então os estimulei a me contarem, e depois a escreverem; a partir delas, desenvolvi a dramaturgia de memória, e em seguida a de pertencimento, porque eles se apropriam daquilo de uma forma que as memórias do corpo e da fala são ativadas, e então ficam livres para mexerem no texto, uma vez que compreenderam o sentido daquele drama”, explica ela, sobre a aplicação da sua metodologia no processo de elaboração do primeiro espetáculo, “Vamos Falar de Amor”. Já no primeiro semestre deste ano, Emanuella e o grupo escreveram a peça “Quem Foi que Inventou essa História de que Ser Velho É Ruim?”, que deve estrear em 2020. A proposta é discutir representações da idade – o que é ser velho e o que é ser jovem, e como essas diferenças se dão ao longo do tempo; ou porque ser jovem é sinônimo de felicidade e velho, não? INSCRIÇÕES www.envelhecimentocriativo.com.br WhatsApp (81) 99424-3938.  

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Orquestra Criança Cidadã abre 11ª Cúpula dos BRICS

A Orquestra Criança Cidadã será a principal atração musical da cerimônia de abertura da 11ª Cúpula dos BRICS, que acontecerá no Palácio Itamaraty, em Brasília, no dia 13 de novembro, às 20h. Sob regência do maestro Nilson Galvão Jr., os 50 músicos do grupo farão um número com arranjos de quatro canções folclóricas e populares típicas dos países visitantes (Rússia, China, Índia e África do Sul) e de sucessos brasileiros de diversos ritmos: do frevo ao samba, passando pela bossa nova e pelo forró. O grupo também realizará outras três apresentações na capital federal: na Caixa Cultural Brasília, no Átrio dos Vitrais do edifício Matriz da Caixa e na abertura de uma agência do banco. Esses demais concertos serão dirigidos para convidados da Caixa ou projetos sociais indicados pela instituição, patrocinadora máster da Orquestra Criança Cidadã. Gerida pela Associação Beneficente Criança Cidadã, a Orquestra Criança Cidadã é um projeto social de educação musical inaugurado em 25 de julho de 2006, no Recife, por iniciativa do juiz de Direito João José Rocha Targino – em parceria com o maestro Cussy de Almeida (1936-2010) e com o desembargador Nildo Nery dos Santos (1934-2018) – e atende 360 jovens, com idade entre 07 e 21 anos, da comunidade do Coque (Recife), do distrito de Camela (Ipojuca) e da zona rural do município de Igarassu. Para incentivar a criatividade musical, o projeto conta com uma orquestra principal e mais de uma dezena de grupos representativos: trios, quartetos e quintetos de cordas; grupos de sopros, percussão e flautas doces; o núcleo de música popular, além de corais e orquestras de diferentes níveis (infantil, infantojuvenil e juvenil). Diversos alunos da Orquestra já tiveram a chance de realizar intercâmbio musical em países como Polônia, Áustria, República Tcheca, Alemanha, México, Canadá e Espanha. No dia a dia da Orquestra Criança Cidadã, os alunos permanecem no projeto por um período de quatro horas, sempre no contraturno escolar, e recebem aulas de instrumentos de cordas, sopros e percussão, luteria, teoria musical, flauta doce e canto coral. O projeto conta ainda com apoio pedagógico; atendimento psicológico, médico e odontológico; aulas de inclusão digital; fornecimento de três refeições por dia e fardamento.

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