Em sua 20ª edição, o Festival do Teatro Brasileiro (FTB) chega ao Recife trazendo o que de importante está sendo feito nas artes cênicas do Distrito Federal. De 29 de janeiro a 14 de fevereiro, serão 12 montagens em palcos do Recife e de Camaragibe, festas, uma residência artística e três oficinas de dramaturgia - as inscrições, gratuitas, estão abertas. Quatro apresentações terão audiodescrição e tradução em Libras. É um reencontro do evento itinerante com a arte pernambucana: em 2004, a cena local foi para Brasília; em 2008, Recife recebeu espetáculos baianos; e em 2009, uma caravana de Pernambuco seguiu para Bahia e Sergipe. Doze montagens de teatro adulto e para infância e juventude, dança e circo de Brasília virão a Pernambuco para 18 sessões. São eles: “Misanthofreak” (Grupo Desvio), “Achadouros – Teatro Para Bebês” (Coletivo Criadouros), “Por um Triz” (Coletivo Instrumento de Ver), “De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica” (Anti Status Quo Companhia de Dança), “Encerramento do Amor” (Cia Setor de Áreas Isoladas), “Inka Clown Show” (Cia Circo Rebote), “Frango” (Cia Errante), “Iara – O Encanto das Águas” (Cia Lumiato Teatro de Formas Animadas), “O Vazio é Cheio de Coisa” (Cia Nós no Bambu), “Columpio” (Cia Circo Rebote), “Camaleões” (Anti Status Quo Companhia de Dança) e “A Moscou! Um Palimpsesto” (Cia Setor de Áreas Isoladas). Os ingressos – há sessões gratuitas – já estão à venda no site Ingresso Rápido e na central de vendas do Teatro de Santa Isabel. Tendo o palco como resistência e atento aos acontecimentos recentes no Recife, Sergio Bacelar, idealizador e diretor do FTB, posiciona-se: “Lastimo, profundamente, o que está acontecendo. Repudio a censura e lamento que a direção do Janeiro de Grandes Espetáculos tenha se submetido à pressão feita pelo poder público. Mas tenho o desejo de ver uma classe artística unida e não se aniquilando. Outras soluções para além da guilhotina devem ser propostas. Não ficaremos calados diante da extinção de instituições que nos representam. Não nos calaremos diante da censura”, diz. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, apoio da VouVer Acessibilidade, parceria do Janeiro de Grandes Espetáculos e Apacepe, e realização da Alecrim BR Produções Artísticas, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal. PROGRAMAÇÃO: Espetáculos 02.02 Achadouros – Teatro para Bebês – Coletivo Criadouros Teatro Marco Camarotti - 16h - R$ 20 (inteira) – Livre Inspirado na obra de Manoel de Barros e dedicado a bebês de seis meses a três anos, propõe uma reflexão poética sobre a chegada do ser humano ao mundo e sobre sua capacidade transformadora e criativa. Misanthrofreak – Grupo Desvio Teatro Apolo – 19h – R$ 20 (inteira) – 14 anos >Espetáculo com Audiodescrição e Libras A tentativa da personagem de controlar sua vida se confunde com a tentativa do ator de controlar a performance. Assim, a linguagem audiovisual vem trazer reforço, complementaridade e oposição ao discurso teatral, permitindo que o espectador tenha uma experiência sensorial ampliada. Por um Triz – Coletivo Instrumento de Ver Teatro Barreto Jr – 20h – R$ 20 (inteira) – Livre Em tom documental, autobiográfico e espetacular, o solo da acrobata Beatrice Martins, ex-ginasta da Seleção Brasileira, coloca o circo em diálogo com outras linguagens. E evoca um elemento que é frequentemente posto em evidência pelo artista circense: o risco da morte. Risco que pode ser metafórico ou real. 03.02 Achadouros** – Teatro para Bebês Teatro Marco Camarotti - 11h - R$ 20 (inteira) – Livre Misanthrofreak** Teatro Apolo – 18h – R$ 20 (inteira) – 14 anos >Espetáculo com Audiodescrição Por Um Triz** Teatro Barreto Jr – 20h – R$ 20 (inteira) – Livre 06.02 Inka Clown Show – Cia Circo Rebote Camaragibe – 9h30 – gratuito – Livre Inka Clown é um palhaço latino-americano que vem das mais altas terras da América para mostrar o que traz na sua maleta: uma porção de surpresas que garantem o riso e a diversão. Tudo acompanhado de acrobacias, equilibrismo e truques, com a presença da Lhamita, uma lhama acrobata de brinquedo. Frango – Cia Errante Teatro Hermilo Borba Filho – 18h e 20h – R$ 20 (inteira) – 18 anos >Sessão 18h com Libras Frango é uma dança que mexe com questões heteronormativas. É o pinto em crescimento. É a fragilidade reprimida no corpo. É o ser criado para o consumo. É carne de borracha. É o fracassado. É a invenção de um bicho. Cia Errante é uma plataforma representada pelo artista piauiense Zé Reis para possibilitar criações que coloquem o corpo no centro do trabalho. A natureza da companhia é móvel e convida artistas e colaboradores de acordo com as demandas do projeto. Zé Reis performa e dirige obras de teatro e de dança. De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica – Anti Status Quo Companhia de Dança Museu do Estado de Pernambuco - 20h - R$ 20 (inteira) – 18 anos Um convite para refletir sobre a condição humana da perspectiva do corpo. Na fronteira entre dança contemporânea, performance art, artes visuais e experimento social, o público participa ativamente de uma experiência que levanta questões sobre como viver em sociedade em grandes centros urbanos e como o sistema econômico atual molda o comportamento. Encerramento do Amor** – Cia Setor de Áreas Isoladas Teatro Arraial Ariano Suassuna – 20h – R$ 20 (inteira) – 14 anos Dentro de uma grande sala, uma mulher e um homem se falam. É ele que começa a conversa. Ela escuta, atenta, e lhe responde com um segundo monólogo. Eles evocam sua separação, falam do antes e do agora. Pascal Rambert não traz uma resposta pronta à questão: “Quem amamos quando amamos?” Ele circula pelas possibilidades. Ele não nega os clichês dos quais se utilizam, pelo menos uma vez, aqueles que se separam, que procuram uma razão para o desamor, que revivem suas memórias, as embelezando antes de destruir tudo com algumas frases assassinas. 07.02 Columpio – Cia Circo Rebote Parque Urbano da Macaxeira – 16h – gratuito – Livre Dois personagens excêntricos,