Z_Exclusivas - Página: 10 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Inflação do Grande Recife em 2021 foi de 10,42%, quase o dobro de 2020

Do IBGE O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana do Recife teve alta de 1,05% em dezembro, acelerando levemente em comparação a novembro, quando a variação positiva foi de 1,02%. Este foi o segundo resultado mais alto para o mês entre as 16 localidades pesquisadas, atrás apenas de Rio Branco (AC). O Grande Recife, por outro lado, teve inflação superior à do Brasil (0,73%) no período. Os dados foram divulgados nesta terça (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no acumulado de todo o ano de 2021, a inflação da Região Metropolitana do Recife ocupa a oitava posição na lista das capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, com 10,42%, percentual superior ao nacional (10,06%). No acumulado de 2020, a inflação para o Grande Recife havia sido de 5,66%, enquanto, no Brasil, o IPCA também havia sido menor, de 4,52%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta em dezembro de 2021 na RMR. O maior avanço ficou, pela primeira vez no ano, com o segmento de Vestuário (3,09%), seguido pelos Artigos de residência (2,6%), saúde e cuidados pessoais (1,52%) e despesas pessoais (1%). No entanto, grupos que pressionaram a inflação em outros meses desta vez tiveram altas inferiores a 1%. Foi o caso da Habitação, que subiu 0,95%. Comunicação teve alta de 0,83%, acompanhada pelos Transportes (0,67%), Alimentação e bebidas (0,65%) e Educação (0,2%). Já no acumulado do ano, os Transportes dispararam na frente, com alta de 21,86% entre janeiro e dezembro de 2021, impulsionada pelos seguidos reajustes no preço dos combustíveis. Habitação, pressionada pelo gás de cozinha e pela bandeira vermelha na energia elétrica residencial, ficou em segundo lugar, com 13,18%. Os Artigos de residência (11,28%) estão na terceira posição do ranking, acima do índice geral de inflação para o período. Dentro desse grupo, os videogames, os refrigeradores e as TVs tiveram os maiores reajustes, devido ao aumento da demanda, à escassez de matéria-prima para componentes eletrônicos em todo o mundo e à variação cambial. A lista fica completa com Alimentação e bebidas (9,22%), Vestuário (8,86%), Despesas pessoais (5,8%), Saúde e cuidados pessoais (3,82%), Educação (3,57%) e Comunicação (2,23%). O produto ou serviço que teve aumento mais expressivo no IPCA da Região Metropolitana do Recife em dezembro de 2021 foi a cebola (36,42%), seguido pelo óleo diesel (15,08%). As duas mercadorias também ocuparam a mesma posição no mês anterior. Na sequência, estão duas frutas: a laranja-pera (13,2%) e o mamão (9,2%), junto com os perfumes (8,61%), a maçã (8,43%), o seguro voluntário de veículo (8,08%), o café moído (7,84%) e o transporte por aplicativo (7,46%). Os brinquedos registraram avanço de 6,43% e completam a lista de dez itens com maior alta. No acumulado de todo o ano de 2021, o produto com maior reajuste de preço no Grande Recife foi o café moído (58,02%). Em seguida, estão o óleo diesel (49,91%), etanol (49,04%) e a gasolina (46,09%). Os combustíveis em geral tiveram uma forte alta ao longo dos últimos 12 meses, de 46,29%. O açúcar cristal (34,49%), a macaxeira (34,25%), a margarina (34,09%) e o fubá de milho (33,74%) também tiveram aumento considerável. O gás de botijão ocupa a décima posição no ranking, com aumento de 31,18% de janeiro a dezembro de 2021. Já os produtos/serviços com maiores reduções no preço em dezembro de 2021 estão ligados ao grupo de alimentação e bebidas. A maior retração ficou por conta da batata-inglesa (-6,78%), o tomate (-4,51%), o coentro (-4,25%) e o arroz (-4,19%). O segmento outras bebidas alcóolicas, que inclui, por exemplo, o vinho, teve retração de 3,41% no mês, além do leite longa vida (-3,36%), do alho (-3,3%) e da farinha de arroz (-3,25%). Quando se considera o acumulado de 2021, a maior queda de preço foi verificada na uva (-23,54%), seguida pelo arroz (16,28%), pela maçã (-12,02%), pelos cereais, leguminosas e oleaginosas em geral (-9,17%), além da batata-inglesa (-8,63%), da carne de porco (-8,56) e do coentro (-8,36%). SOBRE O IPCA Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 29 de novembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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"Uma das coisas mais emocionantes da Usina de Arte é ver como as pessoas do local mudaram".

A arte salva. É o que preconizam expoentes de diversas modalidades artísticas. Um exemplo interessante dessa redenção aconteceu na Usina Santa Terezinha, desativada no final dos anos 1990, quando deixou sem perspectivas a comunidade de seis mil pessoas que moram no distrito da cidade de Água Preta, na Zona da Mata Sul, onde está localizada. Mas toda essa decadência foi ressignificada com a sua transformação em Usina de Arte. Renomados artistas plásticos fazem estadia no espaço e produzem obras que compõem o cenário do exuberante jardim botânico cultivado com espécies de várias localidades do mundo. Se a produção da monocultura da cana devastou a mata atlântica, agora, com o plantio do parque, até os jacarés e as tartarugas voltaram a frequentar a região. Do contato com o projeto, várias pessoas da comunidade tornaram-se microempreendedores de restaurantes, pesque-pague, guia de turísticos e de trilhas. A vivência com a arte fez também brotar dois artistas da região que têm obras expostas no parque. Oficinas são oferecidas aos alunos das seis escolas existentes dentro da usina com temas que vão da fotografia à operação de equipamentos numa fab lab (do inglês fabrication laboratory, laboratório de fabricação). Nesta conversa com Cláudia Santos, a presidente da Usina de Arte Bruna Pessoa de Queiroz, conta a história dessa metamorfose orquestrada por ela e o marido Ricardo, que contaram com o auxílio luxuoso de vários artistas. E, para aqueles que quiserem diversificar uma programação de verão que não seja só de praias, o parque artístico-botânico e o seu entorno reserva atrações que vão da arte contemporânea, trilhas, a banhos na barragem, entre outras diversões. Como surgiu a ideia da Usina de Arte? A Usina Santa Terezinha foi construída pelo coronel José Pessoa de Queiroz, bisavó do meu marido, Ricardo Pessoa de Queiroz, que passou a infância dele na usina. Como toda usina de cana, atravessou suas crises, teve vários percalços com o governo militar e a sua última moagem foi no final da década de 1990. E ficou fechada esse tempo todo. Sou prima do meu marido e quando começo a namorar com ele, queria muito conhecer a usina, porque era muito comentada na minha família. Mas para Ricardo era uma relação mais difícil de perda. A usina foi tomada da família até ser novamente recuperada e isso causava um certo trauma. Passou-se um tempo até reabrir a casa e começar a frequentá-la. As pessoas da comunidade local estavam diariamente lá pedindo para voltar a funcionar a usina. Não acreditávamos mais nesse caminho, depois de 20 anos. Começamos a pensar como isso poderia ser feito. Fizemos uma visita a Inhotim e nos apaixonamos pela proposta. Convidamos um artista, que tem muitas peças expostas lá, Hugo França para vir para usina. Ele vem e faz o primeiro trabalho e vira um grande amigo. Ele retornou em 2013, 2014 e 2015 e nos sugeriu que convidássemos outros artistas. Então, por diversos caminhos, chegamos ao nome de José Rufino, que é convidado a pensar uma obra para a usina. Ele termina virando nosso parceiro e nesse momento nasce o projeto sem muita formatação. Nesse mesmo ano, visitamos a SP-Arte, porque já que escolhemos esse caminho, fomos aprofundar os conhecimentos, e novamente Hugo nos apresenta a Fabio Delduque, realizador do Festival de Arte Serrinha, em Bragança Paulista (SP). Foi uma sinergia gigante porque esse festival é realizado numa antiga fazenda de café e somos uma fazenda de cana. Fábio ia sair numa itinerância com um grupo de artistas. Já estava certa uma viagem para a Ilha do Marajó (PA) e Serra da Moeda (MG) e estava faltando a conexão com o Nordeste. A primeira itinerância da Serrinha aconteceu aqui na usina em novembro de 2015. Foi muito mágico. Não havia público externo, apenas a comunidade e o grupo de artistas. Achamos que era importante incluir o cenário artístico local. Fizemos alguns convites para alguns artistas do Recife participarem. Foram seis dias numa imersão, realizamos oficinas, tivemos uma performance no final do festival com os alunos , a bailarina Lu Brites e Benjamim Taubkin tocando piano na instalação da antiga usina. Foi muito, muito bonito. No final desse festival formalizamos como a usina iria funcionar. Em janeiro de 2016 nos tornamos, oficialmente, uma associação. Mas digo que estreamos em 2015, quando já atuava na usina com um pensando mais voltado para a comunidade. A partir daí desenvolvemos diversas ações, convites para residências artísticas e elegemos vários projetos. Fale um pouco do museu de arte e por que a escolha pela contemporânea. Nós o chamamos de Parque Artístico Botânico, outros chamam de museu a céu aberto. A arte contemporânea é o que há de mais atual e é uma forma de comunicar um pensar artístico muito amplo. Encontramos nesse caminho uma ferramenta boa de troca. Os artistas estão muito permeáveis e se permitem trocar com a comunidade. Rufino foi o primeiro e foi muito mágico o período que ele passou em imersão. Ele foi curador do projeto durante alguns anos. Para nós, a participação da comunidade é muito importante. Passamos a convidar a artistas que tivessem a disponibilidade de ir à comunidade, trocar, entender, conversar, explicar um pouco do trabalho realizado. Tudo que fazemos parte de dentro da comunidade para fora. O artista é convidado a conhecer a usina, ele fica quanto tempo achar necessário, não temos um cronograma muito fixo para sua permanência. Depois ele retorna, pensa numa proposta que passa pelo conselho curatorial, o artista discute com o conselho e após a aprovação, esse artista começa a frequentar a usina para instalação dessa obra. Sempre realizamos aulas, conversas com a comunidade e, muitas vezes, a obra nasce dessa troca com o espaço, com a história e com as pessoas do lugar. E como é o Parque Botânico? Como se trata de um jardim botânico, temos plantas de todos os continentes. Ainda é um projeto, mas já fazemos parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, temos parcerias com jardins do País todo, recebemos biológicos do Kews Garden (do Reino Unido). Um dos

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Governo do Estado anuncia novas restrições para conter avanço da pandemia

Do Governo de Pernambuco Diante do aumento de casos e solicitações de leitos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 do Governo de Pernambuco definiu, ontem (10.01), novas restrições no Plano de Convivência com a doença. A partir da próxima sexta-feira (14.01), será exigida a apresentação de passaporte vacinal para se ter acesso a serviços de alimentação, cinemas, teatros e museus. Já os eventos, terão a capacidade máxima reduzida para três mil pessoas e, além da exigência de comprovação de duas doses, será preciso apresentar um teste negativo para Covid-19. As medidas são válidas até 31 de janeiro. A comprovação de vacinação será de duas doses ou dose única para pessoas até 54 anos e de dose de reforço para pessoas acima de 55 anos. Nos eventos, além do passaporte vacinal será exigida a apresentação de teste negativo de covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 48 horas para exames de RT-PCR. O número máximo de frequentadores será de 50% da capacidade do espaço ou três mil pessoas em locais abertos e de mil pessoas, em locais fechados. “A ocupação dos leitos de terapia intensiva no estado chegou a 85% nesta segunda-feira. Temos um problema duplo com uma epidemia de influenza dentro da pandemia de Covid. Temos feito nossa parte com a ampliação de leitos, mas apenas isso não será suficiente. Estamos ampliando a exigência do passaporte vacinal para salvar vidas e diminuir a quantidade de mais de 500 mil pernambucanos que não concluíram sua imunização”, afirmou o governador Paulo Câmara.

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Mercado financeiro volta a diminuir previsão de crescimento em 2022

Da Agência Brasil O mercado financeiro diminuiu mais uma vez a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. As projeções constam do segundo boletim Focus de 2022, que aponta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,28%, ante os 0,36% projetado na primeira semana do ano. O boletim, divulgado pelo Banco Central (BC), reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na última semana de 2021, a previsão do mercado era de um crescimento de 0,42% e, há quatro semanas, a previsão era de 0,50%. O mercado também reduziu a previsão de crescimento do PIB - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - para 2023, de 1,8% para 1,7%. Há quatro semanas, a projeção era de crescimento de 1,9%. Em 2024, a projeção do mercado financeiro se manteve estável em relação à semana anterior, com expansão do PIB em 2%. No boletim divulgado hoje, o mercado manteve em 4,5% a previsão do PIB para o ano de 2021. Há quatro semanas, a previsão era de um crescimento de 4,71%, em 2021. Para 2022, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação das duas últimas semanas, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficando em 5,03%. Já para 2023, o mercado reduziu a expectativa de inflação para 3,36%, ante os 3,41% da semana passada. Em 2024, a previsão é mesma da semana passada com inflação em 3%. Para 2021, a previsão para o IPCA, considerado a inflação oficial do país, também variou para baixo, de 10,01% para 9,99%. É a quinta redução depois de 35 semanas consecutivas de alta da projeção. Selic e câmbio A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2022, aumentou em relação ao projetado na semana passada, passando de 11,5% para 11,75% ao ano, no boletim divulgado hoje. Atualmente a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), está em 9,25% ao ano. Para a próxima reunião do órgão, em fevereiro, o Copom já sinalizou que deve elevar a taxa em 1,5 ponto percentual. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 8% ao ano, a mesma previsão da semana passada. E para o fim de 2024, a previsão é de Selic em 7% ao ano, projeção que repete a da semana anterior. A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 também se manteve igual ao projetado na semana passada, ficando em R$ 5,60. Já para os próximos dois anos, a projeção do mercado é de alta no câmbio. Para 2023, a previsão da cotação do dólar subiu de R$ 5,40 para R$ 5,45. Para 2024, a projeção passou de R$ 5,30 para R$ 5,39. (Da Agência Brasil)

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Prefeitura do Recife lança ação de verão com o Caldinho da Vacina

A Prefeitura do Recife lançou uma ação de verão para sensibilizar os banhistas a tomarem suas doses de imunizante, seja a primeira, a segunda ou a dose de reforço para combater a covid-19. Ao longo da faixa de areia na orla da Praia de Boa Viagem, um carrinho de som está percorrendo a praia com mensagens sobre a importância da vacina, com a dica do caldinho da vacina, reforçada por dois walk-mídias (pessoas que transportam propagandas e cartazes de campanhas). Quem se vacinar ganha um caldinho (de feijão ou camarão). A vacinação não será feita na praia por motivos de conservação e segurança das vacinas, mas o primeiro ponto de vacinação para essa ação específica será no empresarial JCPM Trade Center, no Pina, onde foi montado um posto. A ação de verão acontecerá de quinta a segunda-feira, até o dia 24 de janeiro, das 8h às 15h. O trabalho será feito por uma equipe de vacinação da Secretaria de Saúde do Recife. A Prefeitura do Recife vem intensificando suas ações para ampliar a vacinação contra a covid-19. O imunizante está sendo aplicado através de ações itinerantes por diversas comunidades a cada semana. Além disso, cinco postos de vacinação nos principais shoppings da cidade seguem com vacinação sem agendamento, de segunda a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos, das 12h às 20h. No Plaza Shopping (em Casa Forte), o posto está localizado no estacionamento do piso E3. No Tacaruna (em Santo Amaro), está no térreo, próximo à Livraria Leitura. No Boa Vista (no Centro da cidade), está no térreo. No RioMar (Pina), o posto de vacinação está no piso L2, próximo à loja Tok&Stok, e no Shopping Recife (Boa Viagem), está no piso superior, próximo ao cinema. Para agilizar a vacinação, a Sesau recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). A vacina contra a covid também está sendo oferecida em 22 unidades de saúde, espalhadas nos oito distritos sanitários (veja a lista completa no site da prefeitura), com aplicação das 8h às 16h, sendo necessário fazer o agendamento pelo site (http://conectarecife.recife.pe.gov.br) ou aplicativo do Conecta Recife. Além disso, também pelo Conecta Recife,o usuário tem acesso aos outros centros de vacinação e drives-thrus com agendamento para a aplicação do imunizante.

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Eleições 2022: confira as regras para propaganda eleitoral

Da Agência Brasil O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, em dezembro, todas as normas que valerão para as eleições gerais de 2022, incluindo aquelas referentes à propaganda eleitoral. Entre as principais novidades está o endurecimento das regras relativas à produção e compartilhamento de informações sabidamente inverídicas sobre candidatos, partidos e o próprio processo eleitoral. Tais condutas já eram vedadas e coibidas pela Justiça Eleitoral, mas a nova resolução prevê a responsabilização penal mais severa de quem espalhar desinformação. Quem divulgar, na propaganda eleitoral ou durante a campanha, fake news sobre candidatos e partidos, por exemplo, fica agora sujeito à pena de detenção de dois meses a um ano, além de multa. A mesma pena se aplica a quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico acerca de partido ou candidato. A punição é acrescida de um terço se a conduta for praticada por meio de rádio, televisão ou redes sociais. Pena ainda maior – de dois a quatro anos de prisão e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil – está prevista para quem contratar terceiros com a finalidade de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou desabonar a imagem de candidato, partido ou coligação. A resolução ainda deixa explícito ser proibida a divulgação e compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral. “Isso quer dizer que eventuais mentiras espalhadas intencionalmente para prejudicar os processos de votação, de apuração e totalização de votos poderão ser punidos com base em responsabilidade penal, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação”, alertou o TSE. Assim como em eleições anteriores, segue também vedado o disparo em massa de comunicações via aplicativos de mensagens instantâneas, embora seja possível contratar o impulsionamento de conteúdo na internet, desde que o serviço seja contratado junto a empresas previamente cadastradas no TSE. Showmício Segue vedada ainda a realização, seja de forma presencial ou via transmissão pela internet, dos chamados showmícios – eventos culturais com o objetivo claro de promover candidato ou partido. Contudo, fica permitida a realização de shows e eventos com objetivo específico de arrecadar recursos de campanha, desde que não haja pedido de votos.

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"Pessoas consumistas voltaram a comprar com muita avidez"

Logo no início da pandemia, fizemos uma matéria na Algomais sobre o comportamento do consumidor e uma das principais fontes foi o consultor de branding e pesquisador Fernando Lima, do escritório de inteligência de marca änimä. Agora, às vésperas de a crise da Covid-19 completar dois anos, o que mudou? Ele deu algumas respostas surpreendentes nesta conversa com Cláudia Santos. Quem apostava que as pessoas ficariam mais solidárias após esse drama coletivo que vivemos, errou na previsão segundo o especialista. “Quem já tinha empatia ampliou muito essa sua visão empática, mas quem não tinha, não mudou muito, pelo contrário. Uma coisa que as pesquisas estão identificando é que as pessoas estão, de certa forma, até mais egoístas”. Já os consumistas, voltaram a comprar com intensidade, principalmente sapatos e roupa. Os impactos da COP 26 e do home office também são analisados pelo consultor de branding que tem detectado uma maior valorização das pessoas aos momentos de descanso. “Elas estão querendo aproveitar a vida e menos dispostas a se matar de trabalhar.” O que as mais recentes pesquisas apontam sobre o comportamento do consumidor após quase dois anos de pandemia? Nós, da änima, estamos fazendo pesquisas mas também lemos muito sobre outras pesquisas realizadas. A pandemia num primeiro momento assusta muito as pessoas, depois tem o poder de mudar hábitos e comportamento. Mas o que constatamos é que é importantíssimo ouvir as pessoas no início de pandemia quando surgem os medos, que têm a capacidade de impactar a ponto de mudar o comportamento e os hábitos. Mas é fundamental, num segundo momento, entender como essas mudanças de hábitos e comportamentos estavam se consolidando. E ao final da pandemia – tomara que seja este momento que vivemos agora – é importante pesquisar mais uma vez para saber o que permaneceu e o que foi embora. A pandemia teve uma jornada e é fundamental acompanhar essa jornada. Quem trabalha com pesquisa não pode olhar para ela como números absolutos, mas como um retrato que capta a realidade daquele momento, sob a perspectiva que as coisas mudam. Agora, respondendo a sua pergunta: nunca fizemos tanta pesquisa e isso significa que os clientes querem saber como o consumidor está pensando. Somadas as informações das nossas pesquisas com o que o mercado está dizendo detectamos que, assim como foi verificado nas primeiras pesquisas, aspectos relacionados à saúde e ao bem-estar permanecem. As pessoas estão mais preocupadas com a saúde, retornando ao médico, houve um aumento na realização dos exames. As pessoas querem entender o que está acontecendo com a saúde delas. Elas precisam se sentir mais protegidas e preparadas. A saúde inclusive hoje vive um outro momento. Passamos muitos tempo querendo curar a doença, depois passamos a aprender que é melhor se proteger da doença e agora aprendemos um item novo que é nos prepararmos para o futuro. Novas pandemias vêm por aí e novas cepas também podem vir e temos que estar preparados. Sobre aquelas questões mais comportamentais, ficou consolidado que quem já tinha empatia ampliou muito essa sua visão empática, mas quem não tinha, não mudou muito, pelo contrário. Uma coisa que as pesquisas estão identificando é que as pessoas estão, de certa forma, até mais egoístas. Observe o trânsito, as pessoas estão nervosas, querendo resolver a vida delas, querendo chegar logo em casa, não estão nem aí para o outro, para quem está no trânsito, para quem divide aquele espaço com elas. Estou fazendo duas pesquisas sobre o trânsito e a mobilidade. Todas as classes sociais falam da angústia que é encarar o trânsito hoje. As pessoas estão mais nervosas, mais ansiosas, e isso passa pelo individualismo e gera egoísmo. Então, quem não tinha empatia se tornou até mais egoísta. É um ponto ruim de ser debatido. Se elas tivessem aprendido sobre a empatia talvez diminuíssem um pouco essa ansiedade. Há muita gente tentando procurar as saídas, buscando tratamentos psicanalíticos. Muitas pessoas entenderam também que já eram ansiosas ou deprimidas, mas estar dentro de casa permitiu ter mais tempo para se perceberem melhor. E em termos de consumo, o que mostra este momento da pandemia? Há aspectos muito interessantes. Pessoas consumistas voltaram a comprar com muita avidez, principalmente calçados. O consumidor passou muito tempo sem usar sapatos e esse produto passou a vender muito. A roupa também voltou a vender mais. Houve um impacto positivo da pandemia: a roupa se tornou mais confortável e essa tendência se mantém. Passamos muito tempo de pijama e as pessoas perceberam que usar um moletom é muito mais confortável do que uma calça jeans pesada. Outro mercado que está dando pistas muito interessantes é o mercado imobiliário que não sofreu na pandemia – apenas nos três primeiros meses, quando ninguém sabia o que ia acontecer, mas depois ele voltou a emergir muito rapidamente e com muita força. Agora é um momento para observar se ele arrefece ou se continua forte. A minha dúvida é: será que as pessoas vão diminuir esses investimentos na compra de produtos de longo prazo, como um imóvel, ou elas vão voltar a querer viver com prazer, o que significa ir para restaurante, shoppings e viagens, que são experiências que custam caro? Muitas pessoas investiram na segunda moradia, compraram uma casa na praia ou em Gravatá. Mas aconteceu algo interessante: já não era mais a geladeira mais ou menos que estava na primeira casa que levaram para a casa da praia. Não. Foi a melhor geladeira, a melhor cervejeira, o melhor fogão que foi para a segunda casa, porque foi justamente o local onde os consumidores passaram a receber as pessoas. De maneira geral, entendo que o Recife já vinha num movimento muito positivo antes da pandemia com o surgimento dos restaurantes com formato de casa, com quintal, como o Ca-Já, Arvo, Trattoria da Dani. São lugares abertos. Isso aí, não tem mais volta, está consolidado. Não é que um Leite vá acabar, mas os novos restaurantes devem preferir esse conceito, até em razão das medidas sanitárias que devem permanecer. As pessoas se

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Mitos x Verdades sobre a gamificação nas empresas

Pensando em um mundo pós-pandemia, as empresas precisaram se reinventar para manter seus colaboradores engajados, para isso têm investido na gamificação, ou seja, implementam técnicas de jogos para engajar colaboradores. Empresas como iFood, Dasa, Votorantim, Hermes Pardini, Maersk, entre outras, já adotam a estratégia, com o intuito de levar saúde e qualidade de vida para seus colaboradores. Mas quais as principais características da gamificação? Como podemos implementar? Segundo Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK - startup que nasceu para ajudar as empresas a melhorarem a saúde de seus colaboradores, implementando um programa que visa transformar a vida das pessoas e o resultado das corporações -, essa é uma forma lúdica de engajar e trazer leveza para os colaboradores que, muitas vezes, encontram-se estressados com as tarefas do dia a dia. “Games proporcionam interação, amizade, momento de descontração e ainda uma motivação, pois sempre deve haver uma premiação no final”, comenta o empresário. Confira abaixo os principais mitos e verdades sobre o tema: Traz motivação para os colaboradores: Verdade. A gamificação pode ser aplicada de diversas formas, como um programa que promove saúde, por meio da atividade física, em que é possível criar uma competição saudável entre os membros de uma equipe, com uma premiação no final para quem fizer mais pontos. “Não importa como o game será aplicado, ele sempre terá o intuito de promover uma maior interação e fazer com que os colaboradores não se tornem robôs. Hoje, os colaboradores buscam felicidade acima de tudo”, complementa o especialista. Em 2022, vão aparecer em aplicativos móveis: Verdade. Uma tendência para o próximo ano é que os programas de gamificação poderão ser controlados por dispositivos móveis. O público consome notícias e conteúdos por meio dos smartphones e os aplicativos têm dominado o mercado com a chegada de novas startups. “Em 2022, essa será a tendência que as pessoas procurarão”, pontua. Melhoria no raciocínio lógico: Verdade. Jogos exigem concentração, foco e outras diversas habilidades que também precisamos ter no ambiente de trabalho. Assim, é uma forma de proporcionar isso para os membros de uma equipe, de uma forma prazerosa. ” Hoje as pessoas querem trabalhar em um lugar leve, que usufrua de suas habilidades e intensifique seus pontos positivos”, diz Tomás. Não é possível medir resultados: Mito. Como citado acima, os programas gamificados para empresas tendem a migrar para o mundo digital. E, junto com a tecnologia, surgem formas de medir os resultados daquele determinado game. “Na VIK, por exemplo, enviamos um relatório de pontos de cada colaborador, o engajamento e índices do programa. É uma forma de mostrar a importância dos resultados para quem paga a conta”, comenta Tomás. Ainda de acordo com ele, um programa como este tornou-se ainda mais importante durante o período de pandemia, quando olhar para a própria saúde e para a de quem está ao redor se tornou essencial. Além disso, dentro do ambiente corporativo, cuidar dos colaboradores é uma forma de aproximá-los ainda mais da empresa. “Cada vez mais as empresas enxergam que as pessoas que cuidam da saúde física e mental, têm melhor autoestima, estão mais dispostas ao trabalho, a novos desafios. Quando uma pessoa muda um hábito de saúde, ela se sente mais empoderada. Principalmente em um período tão delicado como o da pandemia, para a empresa ter sucesso é preciso investir em quem faz a coisa acontecer”, finaliza Tomás.

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Previsões para a economia do País e do mundo em 2022

Quais as apostas das organizações econômicas e institutos de pesquisa acerca do desempenho econômico do Brasil e do mundo em 2022? Ao longo das últimas semanas esses dados tem mudado a cada nova revisão, em geral para baixo, motivadas pelo medo do mercado internacional das novas variantes da Covid-19. Apresentamos abaixo os principais indicadores esperados para o mundo e para o Brasil no novo ano. MUNDO FMI: crescimento de 4,9% OCDE: crescimento de 4,5% Banco Mundial: crescimento de 4,1%   BRASIL OCDE: crescimento de 1,4% FMI: crescimento de 1,5% Banco Central: crescimento de 0,9%

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Um bolo para homenagear o Recife

Gilberto Freyre: “Pode-se falar de um paladar brasileiro histórico e é possível também tropical ou ecologicamente condicionados e como tal ao que parece predisposto a estimar o doce e até o abuso do doce (...) um doce o de preferência brasileira, como que barroco e até rococó (...) é a arte mais sensual da sobremesa.” Pode-se dizer que Pernambuco tem uma forte relação com a criação de bolos. Bolos que trazem memórias ancestrais ibéricas, e bolos que são reinventados para formarem novas memórias. O bolo sempre acompanhou a história de Pernambuco, pois recebe nomes de lugares, de engenhos de açúcar, de famílias; marcam datas históricas; e revelam assinaturas, de doceiras e doceiros, de famílias ilustres à época da criação da recita do bolo. Assim, os bolos marcam a vida de uma sociedade marcada pelos contextos dominantes da cana-de-açúcar enquanto verdadeiras marcas heráldicas. Os bolos são quase brasões feitos de trigo, mandioca, ovos, leite, açúcar, diga-se muito açúcar; frutas frescas e/ou secas; e especiarias do Oriente. O bolo no Nordeste é principalmente uma invenção para expressar os sabores e as estéticas dos trópicos. Bolos para exibirem o glacê “mármore”, feito à base de açúcar e cítricos. Bolos para serem apreciados no dia a dia. Bolos para as celebrações dos santos de junho, com receitas com muito milho e canela. Destaque para Gilberto Freyre que em 2020 celebrou 120 anos de nascimento, e assim, do seu livro “Açúcar” (1939), trago alguns dos muitos nomes de bolos que marcam um sentimento nativo pernambucano. Bolos nomeados como pessoas: bolo Cavalcanti, bolo de milho D. Sinhá, bolo padre João, bolo D. Luzia, bolo Souza Leão, bolo Souza Leão - Pontual, bolo D. Pedro II, bolo de mandioca à moda Dr. Gerôncio. Bolos nomeados como lugares: bolo Guararapes, bolo de bacia Pernambuco, bolo paraibano, bolo de rolo pernambucano, bolo brasileiro, bolo Souza Leão à moda da Noruega.Há outros bolos com nomes diversos como: bolo Divino, bolo de São Bartolomeu, bolo engorda-marido, bolo de São João, bolo Republicano, bolo treze de maio. Trago um estudo de caso que vai além do livro “Açúcar”. É o bolo Recife, um bolo-homenagem à capital pernambucana. Tradicionalmente mantém a forma circular, que é características dos bolos caseiros e das padarias. Ainda, pode ser apresentado no formato retangular ou de “caixa”, e com recheio de doce de ameixa. É um bolo para o cotidiano, para acompanhar o café ou chá, ou mesmo acompanhar um generoso pedaço de queijo. Sem dúvida, o bolo acompanha a vida pernambucana.  

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