Z_Exclusivas – Página: 5 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Dor física e depressão: como entender essa relação?

Sabemos que as demandas e as cobranças da vida moderna associadas ao ritmo acelerado do dia a dia, sobretudo, nas grandes cidades, podem ocasionar problemas em relação à saúde física e mental – e que normalmente, são manifestados através de dores no corpo e transtornos emocionais. “Dor e depressão estão intimamente relacionadas. Estudos apontam que até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas dolorosos. Depressão pode causar dor e dor pode causar depressão. É comum existir um ciclo vicioso, em que uma condição piora a outra”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna. É frequente identificar sintomas de estresse em um paciente que vive cronicamente com dor lombar ou cervical. Com o passar do tempo, essa situação pode levar a crises de ansiedade, tristeza e depressão por limitar a pessoa na realização de atividades habituais, tais como: o exercício da profissão e seus hobbies. Nestes casos, é indicado o encaminhamento para outros profissionais da área da Saúde, a exemplo de psiquiatras e psicólogos. Segundo o Dr. Amato, isso não quer dizer que o médico desconsidere algum problema físico ou esteja dizendo que a dor é somente “psicológica”. “O médico está tentando tratar de uma forma global – tanto a dor física quanto a dor emocional”, afirma Amato. Além disso, há outros sintomas de depressão que podem sugerir a avaliação de um psiquiatra em casos de dores crônicas: situações de cansaço excessivo, distúrbio do sono, mudança de hábito alimentar, apatia, sensação de desespero e tristeza contínua. Os procedimentos para tratamento de dor na coluna como as infiltrações ou as cirurgias endoscópicas, por exemplo, podem ajudar quando existe um componente físico bem evidente. Já no caso de um paciente com dor muito difusa, fica difícil avaliar. Em algumas situações, ao iniciar um tratamento multidisciplinar, com o auxílio de fisioterapeutas, psicólogos e medicamentos, o paciente percebe que a dor inicialmente difusa, começa a ficar mais localizada. Desta forma, o neurocirurgião pode identificar uma raiz nervosa lombar ou uma raiz nervosa cervical que, na maioria das vezes, representa a origem do problema. No início é muito difícil identificar o diagnóstico, mas no decorrer do acompanhamento, o problema físico pode se tornar mais aparente, viabilizando o tratamento. “Normalmente, os casos que envolvem dor crônica e depressão não são considerados graves do ponto de vista neurológico, no entanto, são difíceis de serem tratados, pois envolvem um segmento multidisciplinar. Além disso, é preciso muita força de vontade e dedicação do paciente para melhorar a sua condição, para isso é necessário seguir todas as orientações dos profissionais envolvidos”, declara o Dr. Amato.

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Prefeitura do Recife investe em tecnologia inovadora para despoluição do Riacho do Cavouco

Da Prefeitura do Recife O Riacho do Cavouco, um dos mais importantes da Zona Oeste do Recife, receberá um projeto-piloto com uma tecnologia inovadora, sustentável e de fácil manutenção que irá contribuir de maneira direta no processo de despoluição do local.  Trata-se dos Jardins Filtrantes, que atuarão no ambiente através de plantas  aquáticas nativas que realizarão a filtragem da água do Riacho do Cavouco, no trecho em que o riacho corta o Parque do Caiara, na Iputinga, Zona Oeste da cidade, e deságua no Rio Capibaribe, favorecendo a ampliação da oxigenação dessa região, auxiliando-o em seu processo de resiliência. O prefeito do Recife João Campos visitou o Parque Caiara para verificar o início das obras. “Eu estou aqui no Parque do Caiara, ao lado do Riacho do Cavouco, e é aqui que a gente vai construir o Jardim Filtrante de 7 mil m² que vai ser responsável por captar essa água que está suja e fazer o tratamento dela de maneira 100% natural. Então a captação da água é feita, coloca na parte de cima do jardim e ela vai descendo por gravidade, numa área bem grande, então através apenas de plantas, pedras, que são os filtros, consegue-se fazer o tratamento completo dessa água que está suja”, detalhou João Campos. “Com isso, a gente vai poder ter o Riacho do Cavouco, que chega no Rio Capibaribe, tendo uma parcela importante da sua água tratada e despejada de maneira adequada dentro do Rio Capibaribe. É uma ação da Prefeitura, junto com a ARIES, que tem como fonte de financiamento o Fundo Global do Clima que é um braço da ONU, e com R$ 4,5 milhões a gente vai fazer toda essa obra aqui no Parque do Caiara”, finalizou ele. A iniciativa, projeto-piloto do CITinova, é financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente. O projeto é implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e executado em parceria com a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), Porto Digital e Prefeitura do Recife. Projetados para ocupar aproximadamente 7 mil m², os Jardins filtrantes serão responsáveis pelo tratamento de parte da vazão da água poluída que desaguará no Rio Capibaribe. A tecnologia é semelhante à utilizada no Rio Sena e trata-se de uma técnica única, onde espécies cuidadosamente selecionadas associam suas raízes aos microrganismos existentes nos substratos dos filtros para, juntos, exercerem a remoção de poluentes, transformando radicais compostos de N (nitrogênio) e P (fósforo), compostos orgânicos, metais e outros componentes bioquímicos que poluem os efluentes em elementos absorvíveis pelos vegetais ou biologicamente inertes obtendo, assim, a depuração completa. A tecnologia jardins filtrantes – O Jardim Filtrante é uma tecnologia criada na França pelo arquiteto paisagista Thierry Jacquet, que durante seus estudos percebeu que as plantas eram amplamente utilizadas por cientistas em pesquisas para o controle da poluição, assim aplicou a técnica de fitorremediação para desenvolver soluções sustentáveis. Para o caso do Rio Sena, em Paris, foi criado pelo arquiteto através de sua empresa, a Phytorestore, um parque filtrante que purifica as águas do Sena, liberando água limpa para oxigenação do Sena sempre que necessário (após grandes chuvas que lavam a cidade, por exemplo), permitindo a recuperação do efluente de forma natural. A fitorremediação ocorre por meio de tanques com diferentes configurações, escavados no solo, impermeabilizados e preenchidos com substratos específicos. Na superfície dos substratos são plantadas espécies vegetais que promovem o tratamento em uma zona de raízes. Trata-se de um sistema natural, não há aplicação de nenhum tipo de agente químico artificial ou microrganismo exógeno no processo. Uma vez construído e plantadas as espécies vegetais, os microrganismos responsáveis pelo tratamento se proliferam na zona de raízes naturalmente, requerendo manutenção periódica de baixo custo. Os Jardins Filtrantes são lugares públicos e paisagísticos que integram a biodiversidade da fauna e flora locais. Eles podem constituir um meio natural pedagógico dentro de um parque público, tendo impacto direto na conscientização da população e a relação com o rio.

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Governo de Pernambuco amplia restrições

Do Governo de Pernambuco O Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 definiu nesta segunda-feira (07.02) que o limite de pessoas em eventos em Pernambuco será reduzido de três mil para 500 pessoas, em locais abertos e de mil para 300, em locais fechados. A determinação foi motivada pela aceleração do número de casos de coronavírus e da demanda por leitos. As medidas valem a partir da próxima quarta-feira (09.02) e vão até o dia 1° de março. “Sabemos de todas as repercussões econômicas, sociais e culturais em torno dessa decisão, mas não há condições sanitárias para que seja realizada qualquer tipo de festividade no período de carnaval em Pernambuco. Além disso, reduzimos a capacidade dos eventos de 3 mil para 500 pessoas e não descartamos tomar outras medidas restritivas se o número de casos continuar em crescimento acelerado”, afirmou o governador Paulo Câmara. Nos eventos acima de 300 pessoas será exigida a apresentação de teste negativo de Covid, além do passaporte vacinal. Para eventos corporativos, não-festivos, o limite será de até 1.500 participantes. A variante Ômicron da Covid-19 continua em franca aceleração em Pernambuco, impactando no aumento de positividade e, consequentemente, hospitalizações e óbitos, principalmente em não vacinados. Atualmente, 919 pacientes estão internados com quadros respiratórios graves nos leitos de UTI na rede pública – mesmo patamar de julho do ano passado. Além disso, a média móvel de confirmações diárias de novos óbitos no Estado chegou a 13,2 nesta segunda-feira (07.02) – um aumento de 128% na comparação com a de 14 dias atrás. “Este cenário de aceleração exponencial da variante Ômicron impõe a adoção de novas medidas restritivas dentro do nosso Plano de Convivência. Por determinação do Governador Paulo Câmara, vamos continuar trabalhando para minimizar os impactos da doença, com a contratação de profissionais de saúde e a abertura de novos leitos. Mas só os esforços do Governo do Estado não serão suficientes para diminuir a circulação viral e superar o vírus. Precisamos, então, do engajamento da sociedade, com o respeito aos protocolos, o reforço nos cuidados e, principalmente, com a vacinação”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.  

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Carurus e angus – A Bahia de Gilberto Freyre

Na sua obra, Gilberto Freyre olha a comida enquanto um método de interpretação da cultura, e da sociedade nos cenários do Nordeste e do Brasil. Gilberto entende a comida como uma maneira expressiva de comunicação e sabedoria tradicional. Assim, ele mostra na sua obra as matrizes africanas como tema recorrente para um vasto patrimônio cultural do brasileiro. A Bahia, em Gilberto Freyre, é sempre um encontro com o continente africano, que é admirado e revelado com destaque, e emoção, nas usas pesquisas, o que mostra um valor por ele cultivado, e que está permanentemente presente nas suas leituras sobre o brasileiro. “Vários são os alimentos predominantemente africanos em usos no Brasil. No Norte especialmente na Bahia, em Pernambuco, no Maranhão, Manuel Querino anotou os da Bahia, Nina Rodrigues os do Maranhão, o mesmo com Pernambuco. Desses três centros de alimentação afro-brasileira é a Bahia o mais importante. A doçaria de rua aí desenvolveu-se como em nenhuma cidade brasileira, estabelecendo-se verdadeira guerra-civil entre o bolo de tabuleiro e do doce feito em casa (…). (…) quitutes feitos em casa e vendidos na rua em cabeça de negras mas no proveito da senhoras: mocotós, vatapás, mingaus, pamonhas, canjicas, acaçás, arroz-doce, feijão-de coco, angus, pão-de-ló de arroz, pão-de-ló-de-milho, rolete de cana, rebuçados.(…).” (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Este comércio intenso nas ruas, com as chamadas “vendas”, marcou o consumo e a diversidade de comidas possíveis de serem adquiridas nas ruas da cidade do São Salvador. Também, as leituras sobre o dendê, sem dúvida, marcam um estilo de entender a Bahia pela boca, numa verdadeira civilização, a civilização do dendê. “(…) o caruru e o vatapá feitos com íntima e especial perícia na Bahia. Prepara-se o caruru com quiabo ou folha de capeba, taioba, oió, que se deita ao fogo com água. Escoa-se depois a água, espreme-se a massa que novamente se deita na vasilha com cebola, sal, e camarão, pimenta-malagueta seca, tudo ralado na pedra-de-ralar e lambuzado de azeite-de-cheiro. Junta-se a isto a garoupa ou outro peixe assado. O mesmo processo do efó”. (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Ainda, os temas afro-muçulmanos são presentes e marcantes na obra de Gilberto Freyre. Há uma valorização do euro-africano, que são os ibéricos encharcados da civilização Magrebe. “O arroz de hauçá é outro quitute afro-baiano que se prepara mexendo com colher de pau o arroz cozido na água e sal. Mistura-se depois com o molho em que entram pimenta-malagueta, cebola e camarão tudo ralado na pedra. O molho vai ao fogo com azeite-de-cheiro e água.” (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Todos esses são exemplos de acervos gastronômicos que são reveladores das maneiras como Gilberto busca trazer o Nordeste, as suas bases multiculturais, e as suas relações com o continente africano, tanto pelo Oceano Atlântico quanto pelo Pacífico. E assim, pela comida, Gilberto vê a Bahia e come a Bahia.

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“Assim como o tráfico de drogas, o cibercrime virou um negócio ilegal muito profissional e estruturado”.

Se algum empresário ou executivo ainda não priorizou a cibersegurança na sua empresa, é bom abrir o olho. Os cibercrimes têm se tornado cada vez mais frequentes e sua execução hoje em dia é muito sofisticada. Nada de adolescentes hackers fraudando computadores, mas verdadeiras quadrilhas, com integrantes que são profissionais especializados em diferentes tipos de fraudes, grande parte deles agindo no exterior. Muitos ataques digitais têm o poder de parar o sistema das organizações, que ficam dias sem faturar, vender e ligar os computadores. Para falar sobre esse cenário de riscos cibernéticos, Cláudia Santos conversou com Cristiano Lincoln Mattos, CEO da Tempest, uma das maiores empresas do Porto Digital, especializada em cibersegurança. A Tempest apresentou um crescimento de 40% no ano passado e possui na carteira de clientes grandes players dos setores financeiro, e-commerce, saúde, serviços e telecom. Esse desempenho, segundo Lincoln, é um reflexo do movimento das empresas que começam a se preocupar com a prevenção dos cibercrimes. “A cibersegurança, que era um assunto técnico, tem virado um tema de negócios”, constata o empresário, que explica nesta entrevista os principais tipos de crime, o impacto da Lei Geral de Proteção de Dados e analisa o megavazamento de dados de milhões de brasileiros, além do ciberataque ao Ministério da Saúde. Pesquisa da PWC, com 4.400 CEOs em todo o mundo, mostrou que para 50% deles os riscos cibernéticos estão entre as principais ameaças ao crescimento da empresa. Qual o motivo dessa preocupação? Essa pesquisa é interessante porque mostra que o assunto entrou na pauta dos CEOs, dos conselhos de administração etc. A cibersegurança, que era um assunto técnico, tem virado um tema de negócios, as pessoas estão procurando entender qual o impacto disso na estratégia das empresas. A pesquisa mostra como o mercado vem reconhecendo e dando importância ao tema. Por que isso acontece? O primeiro fundamento tem a ver com a digitalização da economia. Nos últimos cinco ou seis, especialmente nos últimos dois anos da pandemia, todos os negócios estão virando ou já viraram digitais. Quem não vendia online na pandemia passou a vender, quem não tinha trabalho remoto na pandemia passou a ter. Todos os negócios, em maior ou menor grau, estão passando por uma transformação digital, não só ao usar tecnologia dentro da empresa, mas também para vender para seus clientes, para ter uma relação com eles, para prover algum serviço. Todo esse ambiente também puxa problemas de segurança. São ameaças que podem ser vazamentos de dados, fraudes, ataques de extorsão, os chamados ransomware em que a empresa inteira para de funcionar a não ser que se pague o resgate. Quais são os principais cibercrimes de que as empresas podem ser vítimas? Existem três principais. O primeiro deles é o vazamento de dados sensíveis da empresa e aí podem ser de pessoas, financeiros, de clientes, há uma variedade. Esses dados são roubados de alguma forma, o que é um grande problema. Imagine o vazamento de dados de clientes de uma escola, uma faculdade, que tem milhares de alunos. Um outro tipo é uma situação chamada de ransomware. Especialmente na pandemia, a gente viu esse tipo de crime explodir de uma forma assustadora, tanto no mundo quanto no Brasil. São ataques feitos por profissionais, não se trata daquela lenda de um adolescente sendo hacker num fim de semana. Estamos falando de grupos criminosos extremamente sofisticados, cheios de recursos, em geral do Leste Europeu, mas também já começam a surgir alguns no Brasil. Eles invadem o ambiente digital das empresas, tomam o controle, roubam os dados e criptografam tudo. O efeito disso é o seguinte: você chega na segunda-feira para trabalhar e não consegue ligar nenhum computador da empresa, só aparece uma mensagem na telinha dizendo o seguinte: seus dados foram sequestrados, nenhum computador da empresa está funcionando, se você quiser reaver os dados tem que pagar, digamos R$ 5 milhões em bitcoin. E aí o caos está instaurado porque nada funciona: a empresa não fatura, o ponto de venda está parado. Esse tipo de ataque tem um impacto enorme e requer todo o processo de tentar recuperar o sistema. O terceiro está relacionado à área financeira e aí afeta mais quem vende online ou quem faz transações online. Então, imagine um e-commerce que pode ter um grande volume de fraude. Ou imagina um banco que foi fraudado por alguém que faz um PIX indevido para outra empresa ou para outra pessoa. Qual o impacto que a LGPD tem, principalmente nos casos de vazamento de dados? A lei força as empresas a tomarem precauções e medidas básicas de segurança. Existe uma série de providências no caso de haver um vazamento de dados: você é obrigado a notificar o ocorrido, não pode esconder debaixo do tapete, tem que avisar para o regulador, a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais), e também para os seus usuários, para a bolsa de valores etc. Além disso, se roubarem a base de dados dos seus clientes, isso já virou um problema de imagem da empresa junto a eles. Você vai ter também um problema jurídico e poderá se expor a um processo porque não seguiu a LGPD, você pode ter um problema regulatório, ser multado pela ANPD porque você não tomou as medidas básicas. É importante ressaltar que não é só a LGPD. Existem outras regulamentações de setores específicos. Por exemplo, no Banco Central há uma regulamentação de cibersegurança que todas as instituições financeiras do País têm que seguir, elas têm que implementar uma série de controles, não importa se é um grande banco ou uma corretora. Da mesma forma, o setor elétrico também deve seguir as regulamentações do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Esse aspecto da regulamentação tem acelerado o nosso mercado de segurança. Você falou que os hackers não correspondem à imagem do adolescente nerd atuando de forma amadora. Quem são esses criminosos? São grandes profissionais especializados em fraude digital, extorsão e vazamento de dados etc. Até uns 10, 15 anos atrás, ainda havia aquele perfil do curioso,

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Porto de Suape fecha 2021 na liderança em movimentação de granéis líquidos e na navegação por cabotagem

O Complexo Industrial Portuário de Suape encerrou o ano de 2021 com grande destaque na movimentação de cargas frente a outros portos públicos brasileiros. O atracadouro pernambucano finalizou o período na liderança nacional de movimentação de granéis líquidos (derivados de petróleo) e na navegação por cabotagem (entre portos do mesmo país). Além disso, Suape fortaleceu a posição como maior hub de contêineres do Norte e Nordeste do país, se mantendo no topo do ranking entre portos públicos das duas regiões. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Mesmo com a manutenção obrigatória que a Petrobras precisou realizar na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) no ano passado, que resultou em queda na movimentação geral em Suape, o porto manteve a liderança no ranking das operações de granéis líquidos entre todos os atracadouros do Brasil. O atracadouro pernambucano registrou um total de 14,9 milhões de toneladas movimentadas em 2021, contra 14,3 milhões do Porto de Santos, e dos 9,8 milhões que passaram pelo Porto do Itaqui (MA). Os granéis líquidos representam 67,8% de toda a carga movimentada em Suape. Outro destaque dos números foi a navegação por cabotagem. Das 22 milhões de toneladas movimentadas por Suape no ano passado, 13,9 milhões tiveram como origem ou destino outros portos do Brasil. Assim como nos granéis líquidos, a vice-liderança do ranking nacional ficou com o Porto de Santos (SP), com 13,1 milhões de toneladas, e o terceiro lugar com o Porto de Vila do Conde (PA), com 5,6 milhões. Na movimentação de contêineres, a estatal portuária consolidou-se como o principal hub da carga nas regiões Norte e Nordeste. Em 2021, foram 518.581 TEUs (medida de um contêiner de 20 pés), recorde absoluto da história do porto pernambucano, que completou 43 anos em novembro passado. Na sequência, aparecem o Porto de Salvador (BA), com 353.327 TEUs; e o Porto de Vila do Conde (PA), com 109.464 TEUs. O acréscimo no volume em relação a 2020, em Suape, foi de 7,1%. Outras cargas também tiveram desempenho significativo em 2021. A movimentação de veículos registrou acréscimo de 20%, passando de 39.922 unidades para 47.841. A carga geral solta, que inclui produtos e materiais não conteinerizados, como chapas de aço, açúcar ensacado, veículos, pás eólicas, entre outros, obteve incremento de 22%, com total de 492.927 toneladas. Já os granéis sólidos (trigo e coque) computaram crescimento de 22,3%, totalizando 719.174 toneladas.

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Programas de baixo custo são os preferidos dos brasileiros nas férias

Pesquisa da TIM com cerca de 46 mil pessoas em todo o país mostra que a pandemia pode ter afetado os hábitos dos brasileiros durante as férias no verão. Ao serem questionados sobre a programação para o período, as três atividades mais citadas são de baixo custo: ficar em casa (17%), visitar amigos e família (16%) e passeios na natureza, como praias e cachoeiras (13%). Os passatempos que geram gastos apareceram somente em seguida: viajar no Brasil (10%), ir a cinema, bares e shows (10%), viajar para fora do país (7%) e passeios culturais ou gastronômicos (7%). Somente 8% dos entrevistados afirmaram que ainda não se sentem seguros para sair de casa. Perguntados diretamente sobre o impacto da pandemia sobre os gastos de férias, a maioria (36%) respondeu que sua renda diminuiu. Já outros 27% afirmaram que está tudo mais caro, enquanto 20% vão aproveitar de forma mais econômica. Somente 14% disseram que o cenário sanitário atual não afetou sua programação de gastos. Neste item, a maior parte dos participantes da pesquisa (29%) vão gastar menos de R$ 500 em suas férias, seguidos dos que desembolsarão entre R$ 500 e R$ 1.000 (17%); entre R$ 1.000 e R$ R$ 2.000 (14%), que empatou com os gastos entres R$ 2.000 e R$ 5.000. Os mais abastados que investirão mais de R$ 5 mil foram somente 10% dos entrevistados. O levantamento foi feito por meio da plataforma TIM Ads, com clientes pré-pagos da operadora em todas as regiões do país. Ao todo, 46.138 pessoas participaram da enquete.  

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“É de se esperar um prejuízo emocional em crianças devido à pandemia”

A psiquiatra Helena Cerqueira conversou com o repórter Rafael Dantas sobre o impacto da pandemia nas crianças e adolescentes, as expectativas delas sobre a vacinação e acerca da atenção que os pais devem ter para os reflexos após os períodos de isolamento social vividos no País. Mesmo sem compreender completamente e não haver uma comunicação focada nelas sobre a pandemia, como a travessia desse momento tão único para a humanidade os afeta emocionalmente e psicologicamente? Para as crianças e adolescentes, o medo gerado pela pandemia (de contrair a doença ou trasmití-la para familiares, principalmente os avós) já é por si só um possível agente desencadeador de adoecimento mental. Além disso, as medidas restritivas e lockdowns se traduziram em uma perda da rotina da escola, esportes, recreação, contato com amigos e oportunidades de desenvolvimento social e emocional. É de se esperar, portanto, um prejuízo emocional nessas faixa etárias. Isso foi comprovado em um importante estudo sobre o impacto da saúde mental em crianças e adolescentes que foi publicado no JAMA Pediatrics em meados de 2021. Os autores avaliaram cerca de 80.000 crianças e adolescentes menores de 18 anos. De acordo com o estudo, as taxas de depressão generalizada e ansiedade clinicamente significativas dobrou ao longo da pandemia, com um em cada quatro jovens experimentando depressão e um em cada cinco ansiedade. O estudo também observou que crianças mais velhas e adolescentes tinham taxas maiores de depressão. Entre outros fatores, este último achado pode refletir o impacto do isolamento social em uma faixa etária que depende fortemente do convívio com os pares. Outro problema encarado pelos pais, principalmente de crianças/adolescentes que desenvolveram algum transtorno mental durante o período pandêmico, foi o retorno às aulas após o fim das restrições. Criou-se até o termo “síndrome da gaiola” em alusão aos pássaros que foram mantidos em cativeiro e depois temem sair da gaiola. Isso é compreensível pois o ensino on-line permitia que os estudantes assistissem às aulas deitados na cama, ou não assistissem, escondederem-se por trás da câmara desligada, além disso, as provas feitas sob consulta, eram mais fáceis e demandavam menos esforços. A retomada da aula presencial significa um esforço maior, uma necessidade realmente de dedicação e, para alguém que está deprimido e ou ansioso, ou que tenha ou desenvolvido fobia social, isso é algo muito difícil. Muitas crianças ficaram sem aulas em um período inicial de formação. Como uma ausência da formação nessa primeira infância pode afetá-las? Estar em sociedade é importantíssimo para o desenvolvimento sócio-emocional na primeira infância. A interação com os coleguinhas promove o desenvolvimento da habilidade de autorregulação, trabalha a capacidade de prestar atenção e estimula o desenvolvimento da linguagem verbal. Logo, após o lockdown, nós, profissionais que trabalhamos com a faixa etária pré-escolar, já observamos na prática clínica atrasos no desenvolvimento da linguagem e comunicação. Voltando o olhar para o impacto da covid ainda mais precoce: no período gestacional e primeiros meses de vida, um estudo interessante foi publicado agora no início de 2022 também no JAMA pedriatics. Os pesquisadores descobriram que os bebês nascidos durante o primeiro ano da pandemia tiveram uma pontuação ligeiramente menor em um teste de triagem de desenvolvimento de habilidades sociais e motoras aos 6 meses – independentemente de suas mães terem COVID durante a gravidez – em comparação com bebês nascidos pouco antes da pandemia. Sabe-se que os bebês nascidos de mães que têm infecções virais durante a gravidez têm um risco maior de déficits no neurodesenvolvimento, então os autores hipotetizaram que encontrariam algumas mudanças no neurodesenvolvimento de bebês cujas mães tiveram COVID durante a gravidez. Ficaram surpresos ao não encontrarem absolutamente nenhum sinal sugerindo que a exposição ao COVID no útero estava ligada a déficits de desenvolvimento neurológico. Os resultados sugerem que a enorme quantidade de estresse sentido pelas mães grávidas durante esses tempos sem precedentes podem ter desempenhado um papel. Outros fatores, incluindo menos brincadeiras e interações prejudicadas com cuidadores estressados, podem ajudar a explicar por que os bebês nascidos durante a pandemia têm habilidades sociais e motoras mais fracas do que os bebês nascidos antes da pandemia. Não foram grandes diferenças, apenas pequenas mudanças nas pontuações médias entre os grupos. Mas essas pequenas mudanças merecem atenção cuidadosa porque, no nível da população, podem ter um impacto significativo na saúde pública. Quais as principais mudanças de comportamentos das crianças que tem preocupado os pais? A Sra tem recebido muitas crianças no consultório com problemas relacionados à pandemia? Na minha prática diária percebo o que sugerem os estudos: a faixa etária da adolescência com quadros mais graves de ansiedade, depressão e fobia social. Além de uma intensa piora do excesso de uso de telas, jogos e redes sociais. Entre a faixa etária dos bebês uma maior procura de ajuda devido atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e socialização. Como as crianças estão observando a perspectiva de serem vacinadas? Afinal, desde o início da pandemia, essa essa é a primeira vez que o foco está nelas. As crianças tendem a reproduzir as opiniões, crenças e medos de seus cuidadores principais. Logo, àquelas cujos pais estão tranquilos e animados para vaciná-las, estão recebendo melhor a ideia de serem imunizadas e até empolgadas para esse momento. Eu tenho um filho que está até ansioso pelo dia de ser vacinado. Mas conheço também uma garotinha que tem medo, muito provavelmente por ter recebido notícias falsas. Como se comunicar com as crianças sobre a vacinação? Crianças pequenas são as mais afetadas pelas notícias falsas, pois não desenvolveram ainda plenamente capacidade crítica. Logo, é muito importante os pais perguntarem diretamente a elas quais são suas angústias e desmistificarem seus medos. Também é importante separar um momento para conversar e explicar, em linguagem acessível a importância e a segurança da vacinação. A perspectiva do fim da pandemia é uma ansiedade presente nos adultos. Isso já mexe com as crianças? Existe muita expectativa infantil da volta a uma vida “normal”? Como conversamos anteriormente, as crianças pequenas absorvem bastante as expectativas dos adultos ao seu redor e a maioria

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Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite inaugura sua segunda etapa neste sábado (5)

Neste sábado (05), às 14h, acontece a inauguração do mezanino do Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite, localizado no piso L2 do Shopping Patteo Olinda. O primeiro andar da loja, que é totalmente dedicada ao Gigante mais amado do Brasil, contará com programação gratuita e aberta ao público, como oficinas, exposições, sessões de fotos, rodas de diálogo, entre outras ações. A abertura do mezanino contará com a presença especial do Calunguinha, mascote do Homem da Meia-Noite, recepcionando os clientes e fazendo a alegria de adultos e crianças. Já nos dias 11, 18 e 25 de fevereiro, sempre das 16h às 17h, os Guerreiros do Passo realizam no Espaço Afetivo uma ação de vivência no frevo com roda de diálogo sobre a valorização do ritmo pernambucano e oficina de conserto de sombrinhas. Formado em 2005 por discípulos do Mestre Nascimento do Passo, o grupo é um dos cinco homenageados do Homem da Meia-Noite em 2022. No dia 12 de fevereiro, também das 16h às 17h, o mascote Calunguinha volta para o espaço para um momento de interação com os clientes. E seguindo a programação, no dia 19 de fevereiro, no mesmo horário, acontece uma roda de diálogo sobre Economia Criativa com participação de alunos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). Tanto as oficinas com os Guerreiros do Passo quanto a roda de diálogo sobre Economia Criativa contarão com vagas limitadas. Mais informações sobre inscrições podem ser obtidas no Instagram da @grifedocalunga. O espaço – Criado para ser um ponto de encontros e compartilhamento de memórias, onde os visitantes poderão conhecer e vivenciar a cultura do Calunga, o Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite teve a sua primeira etapa inaugurada em dezembro de 2021. São mais de 200m² de loja projetados pela arquiteta pernambucana Cacau Araújo e com produção cultural e curadoria de Rafaela Mendes (Rafa Q Faz), tendo como parceiros grandes marcas como Sanvidro, Fino Toque e Decortudo. “O Espaço Afetivo é mais um marco na história do Homem da Meia-Noite, um local que é a cara do Gigante, pois foi construído coletivamente agregando diversos artistas da terra que representam a história e a paixão do nosso povo pelo Calunga através das suas artes “, explica Luiz Adolpho. A Grife do Calunga está presente no local, com espaço para vendas da camisa exclusiva que celebra o nonagésimo aniversário do Homem da Meia-Noite. E para fomentar a economia local, 20 marcas criativas e artesanais estão expondo seus projetos na loja, desenvolvidos em coleções especiais em homenagem ao Gigante. Nas prateleiras, podem ser encontrados itens de moda casa, decoração, artes plásticas, acessórios e muito mais. “O Shopping Patteo Olinda nasceu valorizando a cultura local e por isso, para nós, é uma honra receber uma parte da comemoração dos 90 anos desse símbolo máximo do nosso Carnaval”, comemora Rebeca Amado, gerente de marketing do Patteo Olinda. O Espaço Afetivo funciona de acordo com o horário do centro de compras, de segunda a sábado, das 09h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h, com entrada gratuita. Todos os protocolos de segurança estão sendo seguidos, como o uso obrigatório de máscara para circulação no local e capacidade controlada de visitantes.  

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A natureza divertida de São Benedito do Sul

*Por Cláudia Santos Para quem gosta do contato com a natureza, São Benedito do Sul é uma excelente pedida. Localizada na Mata Sul, pertinho do Recife, a 174 km, oferece muitas trilhas, banhos cachoeiras, visita a engenhos antigos e, a sua área urbana abriga edificações históricas, que o turista pode conhecer num city tour a pé por suas ruas. O roteiro começa com a visita às igrejas: a Paróquia São Benedito, a Capela São Sebastião e a Capela dedicada ao Padre Cícero, passando pela estação ferroviária datada do século 19. Nesse percurso, algumas casas merecem a atenção, como a da Pousada Recanto Verde, um casarão de 200 anos. Nestes dias de verão, é um excelente lugar para se refrescar em uma de suas cachoeiras, cujo acesso é feito de automóvel (em estrada de terra, mas em bom estado) ou em trilhas. A Véu da Noiva tem percurso de 590 metros, com tempo de trilha de 15 minutos, a do Poço do Soldado é considerada de nível leve, com percurso de 200 metros e com tempo de trilha de 5 minutos e a cachoeira poço do caboclo, também de nível leve, conta com percurso de 970 metros, com período de 15 minutos. Outras surpresas aguardam os que percorrem a Trilha da Mata Jussara, que tem 3,15 km de extensão. Pelo caminho, há grutas e cavernas, como, Gruta do Babaçu, Gruta do Gravatá, Gruta do Reflexo, Caverna do Cipó e Caverna da Jussara. E ao final da trilha, o caminhante é recompensado com um delicioso banho na Cachoeira Boa Vista. Esse percurso também abriga as ruinas do Engenho do Roncador, que possui uma casa de farinha e um moinho d’água. No engenho, o visitante poderá agendar uma visita à dona Cícera Josefa, uma senhora que faz doces deliciosos de frutas e vende uma variedade de mudas de plantas. Outra experiência no ambiente rural é o Sítio Bom Destino, de José Roberto, mais conhecido como Zé Galego. O visitante conhece o sistema agroflorestal de plantio agroecológico que proporciona a regeneração da paisagem e, de quebra, ainda poderá comprar algumas hortaliças orgânicas. Vale a pena uma visita também à comunidade quilombola do sítio Timóteo, que fica bem próximo da zona urbana, para conhecer seu estilo de vida local e suas manifestações culturais, como a dança. O visitante pode apreciar uma boa comida típica nos restaurantes da Maria e Panela de Barro. A cidade também oferece boas opções de hospedagens como o hotel fazenda Betânia, as pousadas Recanto Verde e Flor do Campo e o camping Bela Vista, que conta até com um alambique, onde se pode adquirir cachaça artesanal e licores. Há guias capacitados para os roteiros dos passeios, como Célio Correia (81- 99282-0073). Mais informações: https://saobeneditodosul.pe.gov.br/cidadedasaguas/.

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