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Cartilha da Turma da Mônica ensina cuidados com alimentos em tempos de Covid-19

A Turma da Mônica, da Mauricio de Sousa Produções (MSP), sob a orientação de pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), lançou uma cartilha que reúne informações sobre como agir em relação aos alimentos durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). O FoRC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP). A cartilha traz a Magali, a personagem comilona da turma, para ilustrar suas nove páginas. O material apresenta respostas para as dúvidas mais comuns: como higienizar vegetais, frutas e legumes, quais os cuidados que devem ser tomados com as compras que chegam por delivery, entre outras. A cartilha está disponível no Instagram e no Facebook da Turma da Mônica e pode ser baixada no site do FoRC.

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CESAR usará machine learning para entender genética de organismos e criar medicamentos

O CESAR está prestes a lançar o Computacional Natural and Life Science Research Group, uma equipe de estudos ligada ao CESAR School, dedicada a propor novos medicamentos baseados e entendimento da evolução genética de organismos por meio de machine leanirng. A iniciativa, ainda em fase embrionária, conta com 15 participantes, sendo dois professores, um aluno de Mestrado em Engenharia de Software e nove alunos de graduação do CESAR School, além de um colaborador do CESAR, e dois colaboradores externos. Segundo o coordenador do projeto, professor Erico Teixeira, existe um novo cenário criado pelo aparecimento de superbactérias e novos vírus que demandam por ferramentas e conhecimento técnico/teórico que capacite a sociedade a dar respostas eficientes e rápidas frente a doenças, sejam elas novas ou antigas. “A construção do grupo já estava sendo articulada há algum tempo, mas a chegada do Covid-19 acabou demonstrando de forma prática a relevância e a urgência da iniciativa,” disse. Teixeira revelou que além dos estudos para desenvolvimento de novas moléculas, o grupo trabalhará paralelamente com aplicação de métodos computacionais no entendimento da terapia de combate ao câncer por feixe de prótons (PCT, do inglês Proton Cancer Therapy), com o qual ele tem colaborado na Texas Tech University (TTU), nos EUA. Segundo ele, a técnica tem obtido resultados bastante positivos na produção do máximo de danos nas estruturas das células cancerígenas e um menor efeito nos tecidos saudáveis. Recentemente o professor do CESAR teve inclusive um artigo sobre o assunto publicado na revista cientifica Theoretical Chemistry Accounts. O cientista afirma que entender os mecanismos que regem a PCT é de extrema importância para maximização de seu poder terapêutico e redução dos efeitos colaterais e custos. “Métodos teóricos e computacionais se mostram propícios para explorar as reações envolvidas. Pretendemos utilizar todo o conhecimento gerado nesta experiência para desenvolver novos medicamentos e métodos de tratamento aqui no CESAR”, afirma

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95% dos médicos brasileiros acham país só terá vacina para Covid-19 no fim do ano

A pesquisa “Reflexão Médicos Covid-19: onda Brasil”, realizada pela Ipsos em parceria com a Fine Research, um instituto de pesquisa médica online, identificou como 530 médicos brasileiros de diferentes especialidades estão percebendo a pandemia do novo coronavírus no País. Segundo a opinião de 62% dos profissionais, o tratamento efetivo para Covid-19 pode demorar mais de seis meses até estar disponível. O pessimismo é ainda maior quando falamos de vacinação. A imensa maioria, 95%, acha que tardará mais de um semestre até que o Brasil disponibilize uma vacina eficaz contra a doença. Além disso, três em cada 10 ouvidos (30%) creem que demorará mais de seis meses até haver um teste rápido e em grande escala para o coronavírus. A pesquisa também listou as medidas mais eficazes, de acordo com os entrevistados, para conter a propagação da Covid-19. Com 87%, o cancelamento de eventos públicos ficou em primeiro lugar. A disseminação de campanhas de conscientização para higiene pessoal ganhou o segundo posto, com 85%. Já o desenvolvimento da capacidade de produzir testes em massa para a população foi citado por 83%, chegando à terceira posição. O uso em massa de máscaras/materiais de proteção e o investimento em respiradores e recursos para terapia intensiva (UTI) foram as iniciativas que ficaram em quarto e quinto lugar, com 54% e 53%, respectivamente. Curiosamente, medidas que têm sido utilizadas pelas gestões estaduais brasileiras foram citadas por menos da metade dos médicos participantes do estudo: o fechamento de escolas e empresas foi considerado uma ação eficaz por 49%; já a quarentena obrigatória, por 48%. Apoio governamental Oito em cada 10 profissionais (80%) afirmaram ter recebido guias de diagnóstico e informativos fornecidos pelos órgãos de saúde do governo. Dentre estes, 84% disseram que os protocolos disponibilizados eram claros ou muito claros, 11% opinaram que eram pouco ou nada claros e 5% não souberam responder. Quando perguntados sobre a efetividade das iniciativas promovidas pelo governo para conter a propagação do coronavírus no país, 87% consideraram muito efetivas ou efetivas, contra 13% que opinaram como pouco ou nada efetivas. Além disso, para a grande maioria, 80%, as iniciativas são justas; 6% acham muito restritas e 14% pouco ou nada restritas. Recursos e atendimento médico Os médicos entrevistados também avaliaram os recursos do país para o tratamento dos infectados pelo coronavírus. Para os ouvidos, a disponibilidade de testes para Covid-19 é um recurso que se encontra em colapso e com estrutura inadequada. Já a disponibilidade de EPIs, a disponibilidade de respiradores e a disponibilidade de leitos na UTI foram identificados como recursos de possível colapso e estrutura pouco adequada – ou seja, provavelmente entrarão em colapso em alguns dias ou semanas. A disponibilidade de médicos para diagnóstico, a disponibilidade de médicos para tratamento em casos de internação e a disponibilidade de medicamentos e insumos básicos para tratamento foram categorizados como recursos de possível colapso e estrutura adequada – são aqueles que devem entrar em colapso nos próximos 30 dias. Considerando a média de todos os itens avaliados, 39% dos participantes da pesquisa acreditam que os recursos do Brasil possuem uma estrutura pouca adequada e podem ocasionar colapso em breve. Em segundo lugar, estão os 36% que consideram a estrutura adequada, mas ainda assim passível de colapso. Alto risco de colapso teve 15% e baixo risco de colapso teve 10%. Para 65% dos entrevistados, a comunidade médica está muito envolvida com o objetivo de conter a pandemia de Covid-19. No entanto, os profissionais têm enfrentado uma série de desafios ao atender seus pacientes em hospitais: 64% citaram a falta de EPIs, 25% a falta de descanso, 21% a falta de protocolos claros e 17% citaram outros riscos. A pesquisa online foi realizada entre 31 de março de 2020 e 03 de abril de 2020 com 530 médicos brasileiros que fazem atendimento direto a diferentes tipos de pacientes. Sobre a Ipsos A Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 90 mercados. A companhia, que tem globalmente mais de 5.000 clientes e 18.130 colaboradores, entrega dados e análises sobre pessoas, mercados, marcas e sociedades para facilitar a tomada de decisão das empresas e das organizações. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de marketing, comunicação, mídia, customer experience, engajamento de colaboradores e opinião pública. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: www.ipsos.com/pt-br

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Seres prepara unidades prisionais para visitas virtuais

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) iniciou a distribuição de tablets e smartphones que serão usados nas visitas familiares por videoaudiência nas unidades prisionais de Pernambuco. A medida atende a uma Resolução Conjunta do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e o Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, da Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), aprovada nesta quarta-feira (06/05). O intuito é minimizar os impactos do distanciamento das famílias nesse período de pandemia pelo novo coronavírus. A Seres recebeu a doação de dez tablets e 30 smartphones e estão sendo destinados, inicialmente, às unidades da Região Metropolitana do Recife. As videochamadas ocorrerão uma vez por semana, com a duração de até três minutos, numa sala reservada, e sob supervisão. Caso o detento tenha vontade de falar com um familiar, a comunicação será estabelecida no dia e horário marcados e o visitante receberá o link a ser utilizado. Cada estabelecimento prisional definirá a programação de acordo com a sua rotina. Em Pernambuco, entre outras medidas preventivas, as visitas foram suspensas há mais de um mês para evitar a aglomeração de pessoas e a disseminação da Covid-19. “Estamos seguindo as diretrizes traçadas pelas autoridades sanitárias no sentido de combater a pandemia e resguardar vidas, tanto dos servidores quanto das pessoas privadas de liberdade e seus familiares”, explica o presidente do Consej e secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. A Gerência de Tecnologia da Informação da Seres é responsável pela instalação, coordenação e suporte das videoconferências

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Detentas da Colônia Feminina de Abreu e Lima fazem jalecos para a UFPE

A Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), na Região Metropolitana do Recife, iniciou, nesta terça (05/05), a produção de jalecos para o “Projeto Jaleco Solidário” do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A parceria da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) com a universidade objetiva a confecção dos equipamentos em TNT pela mão de obra carcerária para servirem aos profissionais de saúde durante a pandemia do novo coronavírus. “Há quase dois meses do primeiro caso da Covid-19 em Pernambuco, o sistema prisional continua com a produção de EPIs auxiliando profissionais de saúde num momento de grande dificuldade”, avaliou o secretário-executivo de Ressocialização, Cícero Rodrigues. A equipe do projeto, composta por quatro pessoas, treinou nove reeducandas para a confecção do material que segue especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No primeiro dia de trabalho a produção foi de 50 unidades, mas “a tendência é aumentar esse número à medida que adquirirem a prática”, explica a gerente da CPFAL, Rita de Cassia. As detentas inseridas no projeto têm direito à remição de pena de um dia a cada três trabalhados e ao certificado emitido pela UFPE.

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Combate à pandemia impulsiona diplomacia científica

Enquanto líderes mundiais adotam medidas unilaterais e fecham fronteiras em nome da defesa dos interesses nacionais, cientistas de diferentes países formatam um modelo de colaboração global sem precedentes na história, com o objetivo de promover descobertas conjuntas que ajudem no combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2). “A COVID-19 é um caso vívido de diplomacia científica. A maioria das manchetes de jornal é sobre a colaboração entre países por meio da ciência para defender interesses em comum. E isso se dá em uma realidade geopolítica – que emergiu nos últimos cinco anos [movimentos políticos contrários ao multilateralismo] – não muito propícia para o enfrentamento conjunto de uma pandemia”, disse Marga Gual Soler, integrante da comunidade de jovens líderes do Fórum Econômico Mundial (WEF), durante a palestra on-line Science Diplomacy & COVID-19: Challenges & Opportunities, em 24 de abril. Para a pesquisadora, as manchetes atuais mostram, no âmbito das relações internacionais, uma reconfiguração do chamado soft power – no qual se inserem, por exemplo, a diplomacia científica e os episódios de doação de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de ventiladores entre países – e também do hard power, exemplificado por sanções econômicas e pelo confisco de material médico. “É notável a velocidade com que os estudos sobre a COVID-19 estão sendo realizados. Pesquisadores em todo o mundo nunca foram tão colaborativos, embora o mesmo não esteja acontecendo no campo político entre os países”, disse Gual Soler, que integrou o corpo docente da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Diplomacia Científica e Diplomacia da Inovação (InnSciDSP), realizada em 2019 com apoio da FAPESP. O evento resultou no primeiro treinamento em diplomacia científica no Sul Global. Por causa da pandemia, está prevista para agosto uma nova reunião do grupo formado na InnSciDSP. O encontro será virtual e por meio de uma plataforma on-line. As inscrições para o processo seletivo estarão abertas entre 20 de maio e 10 de junho e podem ser feitas pelo site da Escola. Diplomacia científica Gual Soler, que é doutora em biologia molecular e tem uma extensa carreira na diplomacia científica, afirma que ciência e diplomacia tendem a ser vistas como mundos distintos, com tempos e interesses diferentes. Porém, da relação entre as comunidades acadêmica e diplomática surge a chamada diplomacia científica, ferramenta estratégica que vem ganhando relevância nos últimos anos. Tradicionalmente, a diplomacia científica pode ser dividida em três aspectos. A primeira e mais comum, chamada Science in diplomacy, ocorre quando a ciência serve de base para negociações diplomáticas. Entre os principais exemplos estão o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) e o Protocolo de Montreal, acordo internacional que, com base na ciência, conseguiu restringir a liberação de clorofluorcarbonetos (CFCs) – gases prejudiciais à camada de ozônio – pela indústria. Um segundo aspecto diz respeito à criação de acordos de colaboração científica e pode ter a finalidade de resolver problemas comuns e construir parcerias internacionais construtivas. É a chamada Diplomacy for Science. Há ainda um terceiro aspecto, chamado Science for diplomacy, quando a cooperação científica entre países ajuda na relação internacional e no diálogo político. “É comum que, após um conflito, os primeiros acordos entre os países sejam científicos, pois é mais fácil colaborar e construir nesse aspecto”, disse Gual Soler, que participou da estratégia de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos por meio de acordos científicos, durante o governo do presidente Barack Obama. Independentemente do interesse ou objetivo, para que esses três aspectos ocorram é preciso construir conexões entre ciência e diplomacia. “O cientista não precisa necessariamente ter conhecimento em política externa, nem os diplomatas precisam saber como a ciência pode ser afetada ou beneficiada pelas relações internacionais e a situação geopolítica internacional. O que diferencia diplomacia científica de acordos de colaboração internacional comum é a defesa de interesses nacionais”, explicou. Novo normal Para Gual Soler, a crise causada pela COVID-19 não poderá ser solucionada de forma parcial, o que pode jogar ainda mais luz ao multilateralismo e à diplomacia científica. “Não existe uma solução que não seja para todos. O mundo inteiro busca uma vacina, mas de que adianta vacinar a população de seu país se ainda existirem focos da doença pelo mundo? Só vai funcionar caso haja um programa de saúde global. Temos aqui a mesma lógica das mudanças climáticas, porém, ainda mais urgente”, disse. Outra ação estratégica, de acordo com a pesquisadora, é compreender como cada nação está respondendo à pandemia. “Os países que tiveram uma resposta mais robusta contra o novo coronavírus foram aqueles que tomaram medidas baseadas em evidências científicas, por meio de um conselheiro científico ou pela interface de políticas científicas”, afirmou. Dessa forma, a COVID-19 mostra sobretudo o surgimento de novos modelos de liderança global amparados na ciência, mas não apenas. “Destaco as líderes mulheres que estão apresentando ótimos resultados no combate à pandemia, como é o caso da Nova Zelândia, Alemanha, Taiwan, Islândia, Finlândia, Dinamarca e Noruega”, disse. Gual Soler destacou ainda os casos do Reino Unido e dos Estados Unidos, que demoraram em dar uma resposta baseada em evidências científicas. Inicialmente, o Reino Unido foi contra a imposição de quarentena por defender a necessidade de contágio para que a população se tornasse naturalmente imune. Essa estratégia perdurou até que um estudo do Imperial College of London mostrasse que a medida resultaria no provável colapso do sistema de saúde e um elevado número de mortes. Nos Estados Unidos, a resposta inicial foi minimizar os riscos da pandemia e houve aposta no uso de medicamentos ainda sem efeito comprovado. “Com isso, mostrou-se a extrema importância de países terem infraestruturas para a incorporação de conselhos científicos. É preciso não só ter cientistas, conhecimento e agências que ponham a ciência em prática, mas também líderes capazes de ouvir esses comitês”, disse. Gual Soler ressalta que, independente das circunstâncias, cientistas nunca devem dizer o que políticos devem fazer. “Cabe a eles apenas apresentar dados e embasamento científico para o tomador de decisão. Existem muitos interesses conflitantes, sejam econômicos, culturais ou religiosos, que precisam ser levados em conta pela política.

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Programa permite acesso de pacientes internados a familiares por videoconferência

Com o objetivo de minimizar o impacto emocional do isolamento necessário aos pacientes internados com Covid-19, o Governo de Pernambuco criou o programa Visita.com. As unidades da rede estadual de saúde receberão tablets e roteadores wi-fi que vão possibilitar o contato entre pacientes e seus familiares por meio de videoconferências. O Visita.com também será utilizado como um canal de comunicação entre as equipes médicas e as famílias, que poderão acompanhar a evolução clínica e o processo de recuperação dos pacientes por meio de boletins diários. Para implantar o Visita.com, o Governo do Estado recebeu o apoio de parceiros privados, que doaram 100 tablets e 20 roteadores. As videochamadas serão feitas pelo WhatsApp. Cada unidade de saúde terá uma equipe de “comunicação e acolhimento”, formada por profissionais que não estão lidando diretamente com cuidados assistenciais. A rotina de visitas virtuais será organizada de forma a permitir ao menos uma intervenção diária, de acordo com o fluxo hospitalar, e cada paciente terá um familiar de referência. “A situação de pandemia provocada pela Covid-19 impôs restrições de visitas e acompanhantes. No entanto, a interação social, além de humanizar o atendimento hospitalar, é, sem sombra de dúvidas, de suma importância para contribuir na recuperação dos pacientes. Além disso, é fundamental que os familiares possam estabelecer um canal para esclarecimento sobre a evolução clínica e o processo de recuperação do paciente. Por isso, vamos usar a tecnologia a favor do usuário do SUS”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo. O tempo recomendado para as videochamadas é de cinco a dez minutos por paciente, e haverá acolhimento psicológico antes e depois das visitas. No caso dos pacientes sem capacidade verbal efetiva, como os que estão entubados, as equipes devem optar por chamadas em modo viva-voz. Inicialmente, o Visita.com será implantado no Hospital de Referência Covid-19 – Boa Viagem, Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Hospital Agamenon Magalhães e Hospital Dom Hélder Câmara.   Link da fala do governador: https://we.tl/t-poLgB9CuNS

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Debate online aborda desafios ambientais e da ciência em tempos de Covid-19

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE), participa, nesta quinta-feira (07/05), da Marcha Virtual pela Ciência no Brasil. A pasta promove um debate, por meio de videoconferência, com o tema “Os desafios ambientais em tempos de Covid19 e de anticientificismo”. A live acontece às 16h40 e é transmitida pela página da Semas, integrando as ações do dia 7 de maio realizadas pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) junto a organizações regionais e instituições científicas afiliadas. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para a importância da ciência no enfrentamento a pandemia do coronavírus e suas implicações sociais, econômicas e para a saúde da sociedade. Cada instituição participante escolhe um tema para realizar o painel. O encontro da Semas contará com a participação de José Bertotti, secretário de Meio Ambiente de Pernambuco; José Antônio Aleixo, presidente da Academia Pernambucana de Ciências; Abraham Sicsu, professor da UFPE e ex-presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE); e Fábio Pedrosa, doutor em geologia Ambiental e professor da UPE e da Unicap e membro da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Pernambuco. “O momento que estamos vivendo deixa claro a importância que a ciência tem para garantir o desenvolvimento sustentável do País. O que estamos vendo é os nossos cientistas, que mesmo sem recursos e com cortes nos recursos para financiamento de pesquisa, ainda possuem a determinação para seguir adiante. Agora, precisamos nos unir e buscar na ciência a ajuda necessária para enfrentar a crise econômica provocada pela Covid-19 e encontrar soluções com medidas que promovam condições de melhorias para a sociedade e um meio ambiente saudável”, frisou José Bertotti. A Marcha pretende reforçar a busca por recursos adequados para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, para a saúde e educação no Brasil, além de divulgar o “Pacto Pela Vida e Pelo Brasil”, lançado no dia 7 de abril. O documento ganhou apoio de instituições e associações e pede a união de toda a sociedade, solidariedade e conduta ética e transparente do governo. O foco é que sejam tomadas decisões com base nas orientações dos organismos nacionais e internacionais de saúde pública no enfrentamento à pandemia. A Marcha pela Ciência de 2020 traz como temas centrais o Pacto pela vida; Educação, saúde e democracia; Ciência é investimento essencial e Fique em casa com a ciência. Além dos eventos online, haverá em dois momentos do dia já pré-determinados, de 12h às 12h30 e das 18h às 18h30, tuitaços nas redes sociais com as hashtags: #paCTopelavIda e #fiquememcasacomaciencia O pacto pela Vida foi elaborado pela SBPC com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Comissão de defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns; Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Serviço O quê: Semas participa da Marcha virtual pela Ciência no Brasil Data e horário: 07 de maio de 2020 às 16h40 Live pelo perfil: Facebook @SemasPE

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Média de idade dos primeiros afetados pela COVID-19 no Brasil é menor do que em outros países

A média de idade dos primeiros pacientes diagnosticados com a COVID-19 no Brasil, de 39 anos, foi mais baixa do que a observada em outros países. Esse fator, associado ao fato de que, na fase inicial da epidemia no Brasil, grande parte desses pacientes pertence às classes sociais mais elevadas, pode ter contribuído para o país ter registrado uma taxa de hospitalização equivalente à metade da média internacional – de 10% contra 20% de outros países. As conclusões são de um estudo internacional, liderado por pesquisadores brasileiros. Os resultados preliminares da pesquisa, apoiada pela FAPESP no âmbito do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), foram descritos em artigo publicado na plataforma medRxiv, ainda em versão pré-print (sem revisão por pares). “A condição econômica desses primeiros pacientes infectados permitiu que tivessem maior acesso a testes diagnósticos, por exemplo, facilitando inicialmente o isolamento social e a diminuição do contágio”, diz à Agência FAPESP Julio Henrique Rosa Croda, pesquisador da Fiocruz e um dos autores do estudo. Os pesquisadores analisaram as características epidemiológicas, demográficas e clínicas dos casos confirmados de COVID-19 durante o primeiro mês da epidemia no Brasil. Para isso, usaram principalmente a base de dados REDCap, criada pelo Ministério da Saúde no início do surto da doença para notificação de casos. As análises dos dados indicaram que, entre 25 de fevereiro e 25 de março, foram confirmados 1.468 casos de COVID-19 no Brasil, dos quais quase a metade (48%) foi de pessoas entre 20 e 39 anos de idade. Desse total de casos registrados à época, 10% necessitaram de internação e apresentaram como fatores de risco associados à hospitalização doenças cardiovasculares e hipertensão. “Pode ser que a média de idade dos pacientes com COVID-19 hospitalizados no Brasil seja menor do que a média mundial porque teriam maior prevalência de comorbidades em comparação com a população na mesma faixa etária de outros países. Mas essa hipótese ainda não foi confirmada”, afirma Croda. A menor média de idade de pacientes infectados e hospitalizados no Brasil em comparação com outros países também pode estar relacionada ao fato de que esse grupo etário, entre 20 e 39 anos de idade, representa uma parcela expressiva – de 32% – da população brasileira, ponderam os pesquisadores. Diferença de classe Para avaliar se os primeiros casos notificados de infecção pelo SARS-CoV-2 estavam relacionados ao perfil socioeconômico dos pacientes, os pesquisadores analisaram os casos registrados na Região Metropolitana de São Paulo, com base em dados de geolocalização do endereço dos pacientes. As análises revelaram que as regiões com maior renda per capita média apresentaram maiores taxas de testagem. “Constatamos que há uma disparidade socioeconômica no acesso ao teste de diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus no Brasil que persiste à medida que o número de casos da doença tem se expandido”, avalia Croda. Os pesquisadores também observaram que, durante o primeiro mês da epidemia de COVID-19 no Brasil, apenas 33,1% dos casos foram confirmados em laboratórios de saúde pública e o restante em laboratórios privados. “Inicialmente, a doença ficou mais restrita à população mais rica do país e, no final de março, ocorreu uma transição e passou a atingir a população mais pobre”, analisa Croda. O artigo Epidemiological and clinical characteristics of the early phase of the COVID-19 epidemic in Brazil (DOI: 10.1101/2020.04.25.20077396), de Julio Croda, Ester C. Sabino, Nuno Rodrigues Faria e outros, pode ser lido no medRxiv em www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.25.20077396v1.full.pdf.   Elton Alisson | Agência FAPESP –

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Butantan combina técnicas de biotecnologia para criar vacina contra COVID-19

Pesquisadores do Instituto Butantan vão combinar técnicas inovadoras de biotecnologia para formular uma nova vacina contra COVID-19. O objetivo é induzir no organismo, de modo mais efetivo, diferentes tipos de resposta imune contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). A nova estratégia é inspirada em um mecanismo usado por certas bactérias para “despistar” nosso sistema imune: elas liberam pequenas esferas feitas com o material de suas membranas como iscas para desviar a defesa do organismo. Essas vesículas, denominadas membranas pelos pesquisadores, têm a propriedade de ativar intensamente o sistema imunológico e, por isso, atraem células e moléculas da defesa do organismo. Os pesquisadores vão aproveitar esse artifício das vesículas de membrana e acoplar a elas proteínas de superfície do novo coronavírus. Criadas em laboratório, essas vesículas atrairiam a defesa imune contra as proteínas de superfície do SARS-CoV-2, induzindo uma memória a ser mobilizada no caso de uma eventual infecção. A formulação estimularia não só a produção de anticorpos, mas também de outras células ligadas ao sistema imune, como macrófagos e glóbulos brancos. “Para essa abordagem, juntamos duas estratégias diferentes que já vínhamos utilizando no desenvolvimento de vacinas contra outras doenças. A nova técnica permite que as formulações contenham uma grande quantidade de um ou mais antígenos do vírus em uma plataforma fortemente adjuvante, induzindo uma resposta imune mais pronunciada”, diz Luciana Cezar Cerqueira Leite, pesquisadora do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan. O estudo, apoiado pela FAPESP, integra uma plataforma de pesquisa que envolve o desenvolvimento de vacinas para coqueluche, pneumonia, tuberculose e esquistossomose, com base em técnicas desenvolvidas para a BCG recombinante (usada para prevenir formas graves de tuberculose em crianças). Recentemente, foi criada uma nova linha no projeto voltada ao desenvolvimento de uma vacina para a COVID-19. “No mundo todo, e aqui no Brasil também, estão sendo testadas diferentes técnicas. Muitas delas têm como base o que já estava sendo desenvolvido para outros vírus, como o que causou o surto de SARS em 2001. Esperamos que funcionem, mas o fato é que ninguém sabe se vão realmente proteger. Neste momento de pandemia, não é demais tentar estratégias diferentes. A nossa abordagem vai demorar mais para sair, mas, se aquelas que estão sendo testadas não funcionarem, já temos os planos B, C ou D”, diz a pesquisadora. Muitas vacinas consistem em soluções com o patógeno morto ou atenuado. São as chamadas vacinas celulares que, ao serem injetadas no indivíduo, têm por objetivo desenvolver a resposta imune contra o microrganismo, como anticorpos específicos e outras células de defesa de modo seguro, sem sofrer as consequências da doença. Dessa forma o indivíduo fica imunizado, tendo uma “memória de combate” do próprio sistema imune contra um determinado patógeno. “As vacinas celulares são formas simples, e com frequência eficazes, de se obter um imunizante, porém, essas abordagens nem sempre funcionam, principalmente para patógenos com grande variabilidade antigênica ou organismos mais complexos, com mecanismos de evasão do sistema imune mais sofisticados”, diz a pesquisadora. Estratégias combinadas O grupo do Butantan propõe a combinação de duas estratégias para o desenvolvimento de uma vacina acelular. De um lado, tem-se as proteínas recombinantes de antígenos de superfície do novo coronavírus, que têm o papel de deflagrar a produção de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2. De outro lado, utiliza-se vesículas de membrana externa (Outer membrane vesicles conhecidos como OMVs) como matriz suporte dos antígenos, para que a partícula mimetize o vírus. “As vesículas de membrana externa podem modular a resposta imunológica, em geral, aumentando e melhorando a proteção. Muitas vacinas têm o hidróxido de alumínio como principal adjuvante. No nosso caso, usaremos as OMVs para uma apresentação do antígeno com forte poder adjuvante embutido, que garante uma resposta melhor”, diz. Para isso, a vacina em desenvolvimento no Butantan usará uma plataforma inovadora de apresentação de antígenos chamada Multiple antigen presenting system (MAPS), desenvolvida por um colaborador da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e usada em uma formulação experimental contra o pneumococo. Basicamente, o complexo molecular é montado por um sistema de acoplamento semelhante ao usado para detecção na reação de ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática), muito usada em diagnósticos. Esse tipo de teste de laboratório é usado para detectar anticorpos contra um determinado patógeno e assim diagnosticar doenças. No processo desenvolvido em Harvard, um ou vários antígenos são ligados a polissacarídeos das cápsulas das bactérias, como se fossem peças de encaixar. “É uma plataforma que permite a ligação não-covalente de proteínas de forma muito eficiente, permitindo saturar a superfície da OMV com as proteínas do vírus, tornando-as bastante imunogênicas”, disse Cerqueira Leite à Agência FAPESP. A ideia de usar as OMVs partiu da observação de uma estratégia que determinadas bactérias gram-negativas adotam para escapar do sistema de defesa do hospedeiro. “Quando infectam organismos, as bactérias produzem essas vesículas a partir de sua própria membrana externa. O intuito é atrapalhar a resposta do sistema imunológico. Anticorpos e outras células relacionadas ao sistema imune ficam tentando matar as vesículas em vez de atacar as bactérias, que ficam livres para se multiplicar no organismo”, diz. Na nova formulação, a presença dessas vesículas extracelulares tem a função de estimular a resposta imunológica. “Elas são muito imunogênicas. Estudos recentes mostram que têm grande capacidade de ativar células dendríticas e macrófagos”, diz.   Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP –

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