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UFPE: 70 anos de grandes desafios

O pedagogo Paulo Freire, o dramaturgo Ariano Suassuna, a pesquisadora Naíde Teodósio, o químico Ricardo Ferreira, o escritor Manuel Correia de Andrade e o cineasta Kleber Mendonça Filho. O que esses nomes têm em comum além do excepcional destaque que ganharam no País e no mundo por meio de suas obras? A resposta é: todos eles integraram, como alunos ou professores, a comunidade que construiu e constrói a memória da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nos seus 70 anos de história. O corpo acadêmico deverá respirar, nos próximos 12 meses, ares de festa na instituição, que completou sete décadas no último dia 11 de agosto. A Faculdade de Direito do Recife (FDR), a mais antiga do Brasil, também celebrou seu 189º aniversário na mesma ocasião. Além disso, a data ainda marcou os 10 anos de interiorização da universidade, com a implantação dos campi em Caruaru, no Agreste do Estado, e em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. A ideia é comemorar promovendo debates, espetáculos, exposições e intervenções culturais abertos ao público. Sob a alcunha de “Tempos Transversos”, o ano festivo será dividido em três fases: passado, presente e futuro, com atividades voltadas para o resgate da história, a avaliação dos atuais resultados e o reforço dos próximos projetos. “O tema é uma criação do professor Lourival Holanda, que aborda a transversalidade do conhecimento, colocando as novas gerações em contato direto com as gerações que as antecederam”, explicou o presidente da Comissão dos 70 anos, Sílvio Romero Marques. De acordo com ele, as comemorações só se encerrarão no dia 11 de agosto de 2017. “O ciclo de festividades será concluído com a publicação de livros, revistas e artigos sobre as sete décadas da entidade”, detalhou. Segundo o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, o objetivo é conectar, cada vez mais, saberes acadêmicos e sociais. “Neste marco, é essencial que a comunidade e seus familiares e amigos desenvolvam o sentimento de pertencimento e de orgulho para com a universidade. Essa é a condição básica e indispensável para que ela se projete para o futuro como uma instituição aberta ao diálogo, à diversidade, ao respeito às diferenças e que tenha como missão a formação qualificada de seus estudantes para o País”, ressaltou. Considerada a melhor instituição de ensino superior do Norte e Nordeste pela pesquisa britânica QS University Ranking 2016, a UFPE tem se destacado nas últimas avaliações do segmento. Segundo o Ranking Universitário Folha, ela é a 10ª melhor universidade do País e o Times Higher Education a apontou como a 21ª melhor da América Latina. Apesar dos resultados positivos, a instituição ainda tem muitos desafios à frente. O reitor diz que a meta é alcançar o sétimo lugar nos rankings brasileiros. “A boa posição da UFPE nas avaliações é resultado da qualidade de seus estudantes, docentes e técnicos, além das pesquisas de ponta que realiza em ambientes de cooperação internacional com as melhores universidades do mundo. Num contexto de grandes assimetrias regionais, é uma posição a comemorar, mas estamos trabalhando duro para estarmos entre as sete primeiras do País”, planeja o reitor. “Para tal, precisamos nos fortalecer junto às empresas e aos nossos egressos. E uma boa política de comunicação é essencial, por isso criamos a nova Pró­Reitoria de Comunicação, Informação e Tecnologia da Informação (Procit), para divulgar, junto com a assessoria de comunicação, os resultados das pesquisas e seus impactos para a melhoria da vida das pessoas”, revelou Anísio Brasileiro. Para o professor do Núcleo de Teoria e História da Educação Edilson Fernandes, a maior dificuldade enfrentada é a diminuição dos recursos públicos voltados ao setor. “A questão é um debate nacional. Há preocupação com o financiamento de vários projetos importantes, como o programa de intercâmbio estudantil Ciências Sem Fronteiras”, disse Fernandes, que também apontou problemas nas áreas de segurança e acessibilidade. “Embora seja um local de produção do conhecimento, em que temos professores e especialistas em diversas áreas, a UFPE passa por dificuldades de planejamento, com destaque para a segurança dos campi. Em Caruaru e em Vitória de Santo Antão, o agravante é a acessibilidade das pessoas”, ressaltou o professor. No entanto, segundo ele, a universidade se destaca nacionalmente devido ao alto nível dos profissionais que atuam na instituição. “São nossos professores, pesquisadores, técnicos e alunos que fazem da UFPE o que ela é hoje”. No Plano Estratégico Institucional da universidade, elaborado no primeiro ano desta gestão, questões como sustentabilidade e acessibilidade são listadas como obstáculos a serem superados até 2027, ano do bicentenário da FDR. Apesar dos problemas em programas como o Ciências Sem Fronteiras (não serão concedidas novas bolsas de intercâmbio para estudantes de graduação), a reitoria, segundo Anísio Brasileiro, se compromete com o fortalecimento da internacionalização da universidade, e também das cooperações com empresas públicas e privadas e das pesquisas em áreas estratégicas para o País. “Articular novos projetos e parcerias com governos e empresas dentro de uma visão empreendedora, capaz de captar recursos para pesquisas junto a entidades nacionais e internacionais, e participar de forma competitiva em editais públicos serão nossas prioridades. Para isso, é necessário manter o padrão de excelência dos nossos cursos de graduação e pós­-graduação, favorecendo a presença de gestores nas principais agendas internacionais, com intenso programa de mobilidade estudantil para importantes universidades do exterior”, explicou Anísio Brasileiro. O reitor também garantiu a modernização do modelo de governança institucional, com a conclusão do Estatuto da UFPE ainda este ano, além da oferta de serviços universitários de qualidade à comunidade, a exemplo da recuperação do Centro de Convenções (Cecon) e da Concha Acústica. "Esperamos concluir as obras na Concha em 2017. Já a recuperação completa do Cecon deverá ser entregue em 2019, e será realizada em três etapas. Na primeira, com prazo avaliado em um ano, esperamos concluir as obras do hall, do cinema e das salas para serviços. Em paralelo, iniciamos a segunda etapa, relativa à equipagem dos auditórios. A terceira fase é a recuperação do teatro", especificou. A UFPE descende da Universidade do Recife, criada em 1946, a partir

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Número de doação efetiva de órgãos cai no Estado

Paloma Félix tinha apenas 20 anos quando começou a sentir fortes dores abdominais. Passou seis meses internada até ser diagnosticada com a Síndrome de Budd-Chiari, causadora de obstrução de veias do sistema de drenagem do fígado. Depois do reconhecimento da doença, o ultimato: ela precisaria de um novo órgão para sobreviver. Esperou mais cinco meses. Aos 21, foi submetida ao transplante de fígado. Hoje, oito anos depois, sente-se bem e se diz grata pela segunda chance que recebeu de uma família que disse sim à doação de órgãos. "Sou feliz novamente", conta. Assim como ela, este ano, 710 pessoas já foram contempladas pela doação de órgãos e tecidos em Pernambuco. Mas, na lista de espera, cerca de 1.200 pacientes ainda aguardam a sua vez. De acordo com dados da Central de Transplantes do Estado, o órgão com mais esperas, atualmente, é o rim (810), seguido de córnea (309) e fígado (70). No País, dados da Associação Brasileira de Órgãos e Transplantes (ABTO) apontam que a lista ultrapassou o marco de 30 mil pessoas. De acordo com a ABTO, Pernambuco está em primeiro lugar entre os Estados do Norte e Nordeste nos procedimentos de rim, coração, pâncreas e medula óssea, quando analisados os dados de janeiro a março de 2016. A associação alertou, no entanto, para a diminuição nas taxas de doadores efetivos, com queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, e de efetivação da doação, que também caiu 4,8%. Os dados são preocupantes e, segundo a ABTO, se não forem revertidos, podem comprometer o trabalho dos últimos anos e consequentemente aumentar a mortalidade por doenças que podem ser salvas pelo transplante. O maior obstáculo enfrentado no processo de doação está na negativa de 44% das famílias de pacientes. Em Pernambuco, os números chegam a 39%. Muitas vezes, por falta de informação, parentes não aceitam a morte do ente querido e acabam negando a transferência dos seus órgãos para outras pessoas. “O fato da conversa em vida nunca ter acontecido entre a família é um impedidor bastante comum no processo. É preciso que se discuta sobre o assunto em casa para que cada vez mais pessoas sejam salvas”, afirmou o coordenador da Unidade Geral de Transplantes do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Amaro Medeiros de Andrade. O programa nacional de transplantes é controlado e monitorado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nos Estados, são as centrais de transplante que regulam a lista dos receptores, além de receber notificações de potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica e alocarem os órgãos baseadas na fila única, estadual ou regional. Em Pernambuco, a CTPE coordena 20 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos, tecidos e transplantes (CIHDOTTs) sediadas em unidades de saúde do Recife e do interior. Há também quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) nos hospitais Imip, Real Hospital Português (RHP), Santa Efigênia (Caruaru) e Dom Malan (Petrolina). ESCOLAS A gerente do SUS no RHP, Luciene Melo, defende que a conscientização sobre a doação de órgãos deve começar desde cedo, nas escolas. “As campanhas de sensibilização das famílias devem acontecer continuamente. É um trabalho de formiguinha que, se parar, perde a força”, explicou. “Toda conscientização tem que começar pela escola, de maneira lúdica. E também no local de trabalho. A discussão do tema deve atingir todas as faixas; crianças, jovens, adultos e idosos. As pessoas têm que entender a importância do ato de doar órgãos”, enfatizou Luciene Melo. A boa notícia, em Pernambuco, vem do município de Petrolina, no Sertão. Segundo o chefe da Unidade de Transplantes de Fígado (UTF), Cláudio Lacerda, nos últimos dois anos, o local se consolidou como um polo importante de captação de órgãos e tecidos. "A equipe de procura de órgãos da cidade é extremamente comprometida e vem tendo um desempenho excelente. Cerca de 30% dos doadores que estamos utilizando nos nossos transplantes são captados lá", ressaltou o médico. Coordenada por ele, a UTF atua no Hospital Jayme da Fonte, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e no Imip. Em julho, o Jayme da Fonte comemorou o marco de 800 cirurgias, do total de 1.040 realizadas pela UTF, consagrando-se o segundo maior programa particular de transplante de fígado do País. “Hoje, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso. Após se recuperar da cirurgia, a pessoa volta a ter uma vida saudável e é reintegrada na sociedade”, explicou o médico Amaro Medeiro. “Quem nega a doação de órgãos precisa imaginar que um dia pode também estar do outro lado, à espera de um órgãos para sobreviver ou para que um ente sobreviva. Qualquer um de nós pode, a qualquer momento, passar a precisar de um transplante. Doar órgãos é um ato de amor sublime”.

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Coworking: compartilhar é a tendência

Em tempos de recessão e crise financeira, empresas pernambucanas decidiram se aliar com outras e realizar o compartilhamento dos escritórios. A ideia, aos poucos, está se alastrando. De acordo com dados da Coworking Brasil, organização que representa os números dos escritórios compartilhados, desde 2011, a quantidade de espaços divididos entre diferentes empresas subiu de 11 para 240 em todo o País. Uma das empresas que decidiram optar pelo compartilhamento do escritório foi a A Ponte Comunicação, que presta serviços de assessoria de imprensa. De acordo com Kennedy Michilis, dono da instituição, além da redução de custos, houve também uma melhora nas relações interpessoais dos funcionários. "Nós somos três empresas no prédio, que dividimos as contas. Houve uma melhora de clima dentro da equipe, porque você acaba interagindo com mais pessoas. Nós, por exemplo, temos uma copa coletiva, onde as pessoas conversam, almoçam, trocam ideias ou até mesmo ficam para a hora do cafezinho", conta. Além da A Ponte Comunicação, há mais uma assessoria de imprensa e um estabelecimento de mídia exterior. A divisão de custos é levada a sério em empresas que compactuam o mesmo local de trabalho. De acordo com Kennedy, elas dividem desde os custos com aluguel até faturas de água e energia ou até mesmo manutenções que são feitas esporadicamente. "Acho que é uma tendência, pelo menos enquanto a economia estiver retraída desse jeito", acredita. Entretanto, apesar dos reais benefícios, há alguns problemas a serem contornados. "Como o número de empresas que o espaço consegue acomodar bem é quatro e hoje só existem três, acaba sendo uma desvantagem porque existe um espaço ocioso na casa e esse espaço precisa ser bancado por quem fica. Hoje, essa redução está em torno de 20%, mas, ainda assim, são números bem interessantes", explica Kennedy. O jornalista, entretanto, alerta para possíveis obstáculos para aqueles que almejam compartilhar. Para ele, empresas de ramos diferentes podem não dar certo em um mesmo espaço. "O compartilhamento depende muito da característica do serviço, pois é isso que vai determinar ou não se você consegue compartilhar um espaço. Esse modelo funciona muito para pequenas empresas, profissionais liberais, arquitetos e advogados, por exemplo", explica. "Realmente o que determina é o modelo de negócio, não é qualquer coisa que vai dar certo, como por exemplo, um salão de beleza e uma locadora de veículos. É necessário possuir alguma convergência", esclarece. Em janeiro, o designer João Faissal decidiu sair de João Pessoa, sua terra natal, para morar no Recife. Da Paraíba, ele trouxe o modelo de escritórios compartilhados. Desde janeiro, ele divide o mesmo espaço com mais duas empresas em uma sala num prédio na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana. De acordo com o designer, o compartilhamento de espaços em João Pessoa ainda não atingiu o padrão seguido no Recife. "Acho que o nível das empresas independentes do Recife, aquelas que não estão ligadas a grandes clientes, é um pouco maior. Em João Pessoa, o pessoal ainda está começando a ter um pouco de liberdade de trabalho. Aqui, o pessoal já está muito mais à vontade", conta. Além da redução nos gastos, ele ressalta que a troca de experiências e o aprendizado é diário nesse novo tipo de empreendimento. "Antes de tudo, nós compartilhamos conhecimento. Eu trabalho ao lado de pessoas que, teoricamente, são meus concorrentes no mercado, se pensarmos no modelo tradicional. Mas, eles estão sentados perto de mim e sempre conversamos sobre como resolver problemas e abordar soluções. Para mim, isso é o que mais importa", comenta. Exatamente pela liberdade com os demais ocupantes do espaço, de acordo com João Faissal, abre-se um leque de opções para a realização de trabalhos e serviços, ou seja, a rede de contatos se estende. A queda do modelo habitual mercadológico, na opinião do designer, é uma questão de tempo. Para ele, a divisão de um espaço entre integrantes de empresas diferentes é um fragmento da evolução das relações interpessoais. "O compartilhamento é um nível inicial de se desconectar desse mercado tradicional. Creio que essa prática não é algo que vai passar, não é uma moda. Muito pelo contrário. É uma necessidade do ser humano deixar de ser tão individualista. Essa prática só favorece as relações humanas e de trabalho", analisa. De olho nessa tendência, já existem organizações especializadas em oferecer escritórios compartilhados para locação. A empresária Daniela Melo é uma das proprietárias da Workhall Coworking, que fundou em 2016, ao perceber as mudanças nos conceitos tradicionais de trabalho. "Durante a fase de montagem da empresa, que durou um ano, uma coisa que nos chamou atenção foi a tendência de compartilhar. O compartilhamento está mudando a maneira de consumo de muitos serviços, como o de transporte, como o Uber, hospedagem, como o Airbnb e, claro, de trabalho", afirma Daniela. A empresa oferece diversos serviços relacionados a essas novas práticas, com preços diferentes de acordo com a necessidade do cliente. "Procuramos oferecer toda a estrutura para o profissional, como mesas de trabalho num espaço compartilhado, salas de reunião, que podem ser alugadas por hora, e salas privativas, para aquelas pessoas que, mesmo compartilhando a estrutura, ainda precisam ter um lugar mais reservado para elas", explica. "A principal vantagem, além da economia, é a possibilidade de compartilhar e trocar experiências com outras pessoas", completa. O crescimento na procura pelos serviços faz com que o futuro seja encarado como favorável. "A nossa aposta para o futuro desse mercado é promissora. Com a tendência de compartilhamento, podemos dizer que o coworking é definitivamente um mercado do presente que permanecerá no futuro", prevê Daniela.

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Um terço desconfia dos transgênicos

O consumo de transgênicos foi alvo de uma pesquisa inédita realizada pelo IBOPE Conecta e encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). A grande constatação do levantamento é que os brasileiros ainda tem poucas informações sobre a relação entre a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico no agronegócio. Apesar disso, 80% dos brasileiros afirmaram já saber o que são transgênicos. O estudo identificou que apenas 23% das pessoas acreditam que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. Para 44% dos entrevistados, esses alimentos ainda foram pouco testados, 33% acreditam que eles fazem mal a saúde e para 30% eles causam reações alérgicas. Entre as características positivas dos transgênicos apontadas pelos entrevistados estão a resistência a pragas (que foi lembrada por 77% da amostra) e o aumento de produção (citado por 73% das pessoas). O estudo relevou ainda que 61% atribuiu a essas plantas uma maior durabilidade, uma característica que ela não teria. Nenhum dos participantes enumerou corretamente quais são as culturas geneticamente modificadas disponíveis no Brasil. Soja e milho são os alimentos mais citados. A resposta correta, soja, milho e algodão, é mencionada por apenas 11% dos entrevistados, mas eles também acrescentam outros produtos na lista, como trigo e tomate, que não possuem versões geneticamente modificadas no mercado. A maioria (73%) dos entrevistados afirmou já ter consumido algum alimento transgênico. Dos 27% que disseram que não consomem ou não sabem, 59% se mostrou aberto ao consumo desse tipo de alimento. Em contraste ao pouco conhecimento das tecnologias aplicadas à produção de alimentos e as suas desconfianças, os brasileiros associam os avanços da ciência na contribuição da cura de doenças (84%) e entendem a sua relevância para o desenvolvimento de novos medicamentos. A pesquisa foi realizada pela plataforma Conecta do IBOPE Inteligência e teve como amostragem 2011 homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, que não trabalham com biotecnologia ou em áreas correlatas. (Por Rafael Dantas, com informações do Ibope Conecta)

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Geração eólica cresce 55% no semestre

A produção de energia eólica no Brasil cresceu 55% nos primeiros seis meses do ano. Com 2.860 MW médios, o desempenho das usinas em operação no Sistema Interligado Nacional – SIN foi 1.018 MW médios superior ao registrado no mesmo período de 2015, quando foi alcançado um total de 1.842 MW médios, apontam dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Ao final do primeiro semestre, os 366 empreendimentos eólicos em operação no Sistema alcançaram 9.330 MW em capacidade instalada, ou seja, incremento de 50% frente aos números de junho do ano passado (6.211 MW), quando havia 244 projetos em funcionamento no país. Os números do primeiro semestre consolidam a liderança do Rio Grande do Norte que permanece como principal produtor de energia eólica no Brasil. As usinas potiguares produziram 911 MW médios no período, aumento de 40% em relação aos seis primeiros meses de 2015. A análise aponta o estado da Bahia na segunda colocação com 599 MW médios (+47,5%), seguido pelo Rio Grande do Sul, que alcançou 479 MWmédios (+66,6%), e o Ceará com 456 MWmédios (+25,7%) produzidos no primeiro semestre. Os dados da CCEE também confirmam o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada de usinas desta fonte, um total de 2.773 MW, aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparecem a Bahia com 1.750 MW (+82%), o Ceará com 1.733 MW (+33%) e o Rio Grande do Sul com 1.515 MW (+17%).

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Século 21: o que mudou na vida dos brasileiros?

A taxa de fecundidade do país caiu de 6,16 filhos por mulher para apenas 1,57 filhos em pouco mais de sete décadas – de 1940 para 2014. Em contrapartida, a expectativa de vida da população aumentou 41,7 anos em pouco mais de um século. Em 1900, a expectativa de vida era de 33,7 anos, dando um salto significativo em pouco mais de 11 décadas, atingindo 75,4 anos em 2014. Estas e outras constatações fazem parte do livro Brasil: uma visão geográfica e ambiental do início do século XXI, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está lançando hoje (29). Segundo o órgão, a publicação tem por objetivo “ampliar o conhecimento das alterações ocorridas no território brasileiro como resultado das transformações econômicas, demográficas, políticas e ambientais nas últimas décadas”. Dividido em nove capítulos, a obra - escrita por pesquisadores do IBGE e organizada pela geógrafa Adma Hamam de Figueiredo - aborda pontos relevantes da realidade contemporânea, reinterpretados pela análise geográfica, ao mesmo tempo em que atualiza a edição anterior, lançada em 1995. Transformação A abordagem é sobre a formação territorial e demográfica do país, da relação entre geografia e urbanização, da ocupação do território pela agropecuária, do desenvolvimento local e da diversidade cultural, dando maior visibilidade à formação territorial e demográfica à partir do inicio do século passado. Os dados destacados acima fazem parte do capítulo 2 da publicação, onde os técnicos do instituto procuram traçar um breve histórico do processo demográfico, onde faz uma reflexão tanto sobre a transição da fecundidade no país nas últimas décadas quanto sobre a evolução das taxas de mortalidade e de expectativa de vida no período. Na avaliação do IBGE, essa “radical transformação do padrão demográfico corresponde a uma das mais importantes modificações estruturais verificadas na sociedade brasileira, com reduções na taxa de crescimento populacional (de 2,01% entre 1872 e 1890 para 1,17% entre 2000 e 2010) e alterações na estrutura etária, com crescimento mais lento no número de crianças e adolescentes (cujo percentual era de 42,6% em 1940, devendo chegar a 14,1% em 2050), paralelamente a um aumento da população em idade ativa e de pessoas idosas (4,1% em 1940, com projeção de 29,4% para 2050). Povoamento No primeiro capítulo do livro, os responsáveis pela publicação procuram abordar o processo de povoamento e construção regional, apontando os caminhos que levaram à unidade territorial do país, através da noção de modernização, desenvolvimentismo e de projeto nacional. A conclusão é que a marcha do povoamento mantém, ainda nos dias atuais, a divisão geográfica historicamente estabelecida entre o litoral “mais densamente ocupado” e o interior, “onde as áreas adensadas são definidas por eixos, hidrovias e adensamentos urbanos”. Nesse aspecto, a análise sobre urbanização aborda legislação e empresas de serviços avançados. Municípios “A delimitação dos espaços urbanos, analisada no capítulo 3, mostra que, no Brasil, os critérios para demarcação desses espaços têm sido estabelecidos em termos legais, “o que os torna passíveis de influência da conjuntura política”. Inevitavelmente, isso leva à constatação de uma outra forma de expansão desses espaços: as emancipações municipais, que criam novas cidades, tema que produz intensas discussões, especialmente no que tange aos aspectos financeiros dela decorrentes. Nesse aspecto, segundo o IBGE, houve uma enorme ampliação tanto do número de cidades quanto no tamanho da população. Em 1940, o número de cidades era de menos de duas mil, número que passou para 5.565 em 2010. Território O capítulo 5 centra as análises na questão territorial descrita pela ótica da ocupação agrícola e da diversidade ambiental. Sob o subtítulo Evolução do espaço rural brasileiro, o capítulo abrange o período de 1940 a 2006, épocac em que, segundo os técnicos, “a estrutura e a configuração do processo produtivo agropecuário se consolidam no território brasileiro”. A analise é que em todo esse período houve a persistência de uma estrutura fundiária de concentração extrema, em que a grande produção monocultora predominou, a despeito de diversas iniciativas de apoio à pequena produção. O capítulo procura traçar um amplo panorama da trajetória geográfica do processo de ocupação do espaço rural brasileiro e abordar a evolução do número e do tamanho dos estabelecimentos rurais, bem como a utilização de terras, considerando as áreas das principais atividades produtivas, o total de pessoas ocupadas, o número de tratores e os efetivos da pecuária, sobretudo bovinos. (Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil)

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Confiança na indústria volta a cair

Após cinco elevações consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 1 ponto em agosto, atingindo 86,1 pontos. A maior marca do ano foi registrada em julho (87,1) e entre março e julho houve um ganho de 12,4 pontos, segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) na pesquisa Sondagem da Indústria. Em nota, o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Junior, afirmou que “a queda do ICI em agosto pode ser interpretada como acomodação após uma sequência de altas expressivas, sem alterar a tendência de alta do índice no ano. A combinação de resultados mostra continuidade da tendência de ajuste de estoques associada a uma calibragem para baixo do nível de atividade”. De acordo com o economista, mesmo com a sequência de alta nos últimos cinco meses, a indústria mostra lentidão na recuperação da demanda interna. Ele informou que o recuo em agosto não reflete a maioria dos segmentos. Foram registradas baixas em apenas nove dos 19 segmentos consultados. A consulta, feita entre 1º e 24 de agosto, reuniu as informações coletadas em 1.107 empresas. O que mais influenciou a retração foi a percepção mais negativa em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas teve queda de 1,7 ponto, passando para 87,3 pontos, e é analisada pela FGV como uma acomodação, após subir 21,4 pontos entre abril e julho. O Índice da Situação Atual apresentou a mesma variação de julho (85,2 pontos), que foi a maior marca desde fevereiro de 2015 (86 pontos). Esse resultado é atribuído a uma combinação de melhora na avaliação dos estoques com piora na percepção sobre a demanda e o ambiente de negócios. Para 14,1% das empresas consultadas, o nível de estoques está excessivo, percentual abaixo do constatado em julho (14,5%). As que avaliam como insuficiente aumentaram de 4,6% para 5,4%. A pesquisa também mostra que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,5 ponto percentual, passando para 73,8%, o mesmo registrado em maio deste ano.

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Teatro de Santa Isabel recebe projeto Concertos Para a Juventude

O projeto Concertos para a Juventude traz ao Teatro de Santa Isabel mais um concerto-aula nesta terça-feira (30), visando a formação de novas plateias para a música erudita no Recife. Nesta edição, alunos de escolas públicas, músicos e jovens em geral poderão conhecer um pouco mais sobre duas obras primas de destaque no repertório sinfônico universal: a Abertura da Ópera Tannhaüser, de Richard Wagner, e a Quarta Sinfonia em si bemol Maior, Opus 60, de Beethoven. O concerto-aula, que conta com a iniciativa e coordenação do maestro titular da Orquestra Sinfônica do Recife, Marlos Nobre, acontece sempre na véspera dos concertos oficiais da OSR, com início às 10h, no Teatro de Santa Isabel. A manhã começa com a execução da Abertura da Ópera Tannhaüser, de Richard Wagner. Esta peça começou a ser composta por Wagner em 1843, porém, suas partituras só foram finalizadas dois anos depois, em 1845. A segunda peça, a Quarta Sinfonia em si bemol Maior, Opus 60, de Beethoven, foi escrita pelo compositor alemão no verão de 1806, dedicada ao Conde Franz von Oppersdorff, que lhe ofereceu uma grande quantia de dinheiro pela peça. A sua estreia foi em março de 1807, na casa do príncipe Franz Joseph von Lobkowitz. Essas e outras curiosidades serão explicadas detalhadamente pelo maestro Marlos Nobre ao público presente. O projeto Concertos para a Juventude tem como prioridade atuar na formação musical de jovens do Recife, desenvolvendo nos alunos senso crítico, bem como, o interesse por outros estilos musicais, como o erudito. Tudo isso através de um bate papo descontraído com o maestro Marlos Nobre, que revela, nas aulas-concertos, casos interessantes sobre os autores e as composições. A experiência se torna, para muitos estudantes, uma oportunidade única de entrar num teatro e assistir a uma apresentação de uma Orquestra Sinfônica.

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Cerveja com Hambúrguer. Vai uma aí? (Por Rivaldo Neto)

Sempre é bom falar de como podemos beber e comer aproveitando o máximo destes momentos, então nada mais prazeroso que combinar as cervejas que gostamos com pratos que amamos. Uma combinação que é clássica no meio cervejeiro é beber cerveja com um bom e suculento hambúrguer. Assim como as cervejas que ganharam um impulso com o mercado em total efervescência, os hambúrgueres, que já há algum tempo antes já vinham nesse processo de “gourmetização”. O hambúrguer é uma comida extremamente versátil, um simples hambúrguer pode ser transformado em um prato gourmet. Então da mesma forma, a cerveja também oferece múltiplas possibilidades de aromas, estilos e sabores. O pão com a carne grelhada e os condimentos que hoje estão cada vez mais variados, são excepcionais para fazer ricas combinações e curtir imensas possibilidades que sem dúvida iremos gostar. Primeiro que os tipos de carnes têm suas particularidades. E quase sempre vem com algum tipo de queijo. Fora isso alguns molhos também incorporam essa áurea deliciosa que complementa de forma perfeita essa harmonização. Para comer com hambúrguer de porco ou linguiça, que geralmente são bem condimentados, e na maioria das vezes acompanhado de molhos agridoces, como o barbecue, a dica é uma Ale ou algumas de suas variações como as Red Ales ou a India Pale Ales. Essas combinações produzem um ótimo resultado. Sugiro a Bierland American Red Ale. Mesmo sendo uma cerveja de alta fermentação, ela não tem uma alta graduação 4,7%Vol, possui um bom amargor, é avermelhada e translúcida, com uma espuma mediana, aroma intenso e toques cítricos. Já para hambúrgueres de carne de boi como de maminha ou picanha, por exemplo, se forem levemente condimentados prefira uma cerveja da família Lager, que costuma ser mais encorpada com lúpulo, e bem mais refrescante. Um molho gorgonzola dá o encaixe perfeito. Experimente com a Lager da Broklin, cervejaria americana que possui excelentes cervejas. A Broklin Lager é muito refrescante, um teor de 5,2%Vol, aromas cítricos e um pouco herbal e coloração ambâr. Para um hambúrguer da frango, por ser mais leve, o ideal é uma cerveja igualmente leve, e como dito aqui que cerveja não se harmoniza por contraste como vinho e sim por aproximação dos e sabores, a pedida é degustá-lo com um molho de cebola ou de maionese com hortelã. A Dama Pilsen é uma cerveja que cai perfeitamente bem, por ser leve, com 4,8%Vol, com discreto lúpulo se sobressaindo o malte, dourada e muito refrescante. Hambúrgueres e cervejas são notadamente feitos um para o outro. MUNDO CERVEJEIRO No último dia 23 de agosto, no Chalé 92 nas Graças, a cervejaria DeBron Bier em um evento bem prestigiado por amigos, imprensa e produtores de cervejas artesanais lançou suas garrafas com os modelos exclusivos. Antes a DeBron era comercializada apenas em forma de chope e agora passa e ser envasada e distribuída no mercado para as casas especializadas. Os rótulos têm uma bela apresentação e bom gosto e deu o tom do lançamento do evento. Os convidados puderam apreciar os cinco estilos produzidos pela cervejaria: Weizen, IPA, Witbier, Lager e Golden Ale. Até chegar à garrafa, mais estudos e preocupação para aliar novidade e qualidade. Com um design diferenciado, a garrafa da DeBron Bier chega ao Estado de maneira exclusiva e tem a capacidade de controlar o creme da bebida, respeitando a quantidade de espuma comum a cada estilo. “Alguns estilos são mais propícios a formar o colarinho. É mais comum, principalmente nas belgas, agregando valor não apenas ao sabor, como também ao visual da bebida”, explica Thomé Calmon. A espuma é responsável por manter o sabor característico, o amargor, a temperatura, assim como ajuda na liberação do aroma. “Por isso que para as cervejas artesanais o colarinho é muito importante, já que o intuito é proporcionar interação entre todos os sentidos. A espuma faz parte da degustação”, ressalta Eduardo Farias. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas (rivaldoneto@outlook.com)

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Médicos Sem Fronteiras realiza atividades gratuitas no Recife

De 27 de agosto a 11 de setembro, diversas atividades gratuitas estarão espalhadas por Recife com o objetivo de conectar as pessoas à ajuda humanitária que Médicos Sem Fronteiras realiza em mais de 70 países.  Conexões MSF é um projeto que reúne exposições, filmes, intervenção artística, oficinas e conversa.  A diversidade de atividades, espalhadas por 12 locais da cidade do Recife pelo período de 16 dias, visa atrair pessoas com os mais diversos interesses, para que voltem seus olhares ao universo da ajuda humanitária e sintam-­se verdadeiramente conectadas a ele e às realidades que o compõem. Veja a programação para hoje: Galeria Janete Costa (Parque Dona Lindu), Data: de 27/08 a 02/10, Horário: de quarta a sexta­-feira, das 12h às 20h | Sábados e domingos, das 14h às 20h. Exposição fotográfica com imagens convidam o público a enxergar verdadeira e profundamente situações negligenciadas vividas por pessoas que enfrentam a invisibilidade. O trabalho de Médicos Sem Fronteiras envolve, além da oferta de ajuda médico-­humanitária a essas populações, comunicar as crises esquecidas com as quais atua. Essa exposição fotográfica traz a invisibilidade como questão, o silêncio como meio e a sensibilização como resposta. A curadoria é de Vanessa Poitena.  19h, no Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu.  A diretora de Comunicação de MSF-Brasil, Alessandra Vilas Boas, e a psicóloga Ionara Rabelo abrirão, oficialmente, o evento Conexões MSF no Recife, após a exibição a céu aberto do filme “Affliction – O Ebola na África Ocidental”. Com moderação do jornalista Francisco José, a conversa será pautada pelo trabalho da organização e suas atividades na cidade, além da participação mais do que especial dos cordelistas Davi Teixeira e Meca Moreno.     A partir de 8h, na Praça da República, o muro personalizado pelo artista Rafa Mattos estará esperando você para completar a frase “para mim, ajuda humanitária é...”. Haverá também workshop da Bike Anjos para aprender a pedalar e customização de bicicletas pela Reciclo Bikes. Todas as atividades são gratuitas.  Às 11h, os ciclistas partem para um trajeto de nível fácil, com duração de 1 hora, por pontos do Recife Antigo do Coração para divulgar a presença do Conexões MSF na cidade.  

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