Arquivos Notícias - Página 633 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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A importância das taças e copos (Por Rivaldo Neto)

Muito se fala de como devemos beber uma cerveja ou vinho. Esses dois tipos de bebidas fermentadas têm um lado comum. Do vinho muito já se falou. E de cervejas? A importância das taças, copos, canecas e “pints”? Não é necessário ser um conhecedor profundo para entender os seus valores estéticos e funcionais. Assim como vinho, cerveja também necessita desse universo. Uma diferença básica é que para vinhos, a taça de cristal é item obrigatório para preservar as suas características. Pra cerveja é mais “solto”, não há uma necessidade de ser de cristal ou um vidro mais nobre. É importante, frisar que 60 a 80 por cento do gosto das cervejas é determinado pelo olfato, sendo assim, tomá-las nos copos corretos, irá proporcionar aos amantes cervejeiros, experiências mais gratificantes e prazerosas. O formato é realmente um diferencial, isso conta muito, pois dará o toque certo na carbonização e graduação. Existem muitos tipos de copos, mas vamos aos mais comuns. Para cervejas de trigo, ideal é um copo longo com uma largura maior no topo para a espuma da Weizen, geralmente cervejas nesse estilo vêm em garrafas de 500ml. No Brasil as cervejas mais consumidas são as chamadas Pilsers e agora as Lagers também vêm ganhando cada vez mais adeptos e já são responsáveis por uma grande fatia no mercado. O copo que chamamos de “tulipa” possui uma diferença sutil para esses dois estilos. o Pilsner tem a boca mais larga, enquanto o de Lager tem a boca levemente fechada. As calderetas comumente vistas em choparias é usada para se tomar English e American Ales e também para algumas lagers escuras e IPAs (Indian Pale Ale). Os copos estilo Pint, ideal para as Bitter e as Stouts, são populares em Pub’s ingleses e que comportam uma boa quantidade de cerveja, em torno de 430ml. Possuem um formato simples com um anel no topo, contendo uma boca bem maior que a base. Um detalhe curioso do anel dos Pints é que os mesmos foram incorporados por volta de 1960 para facilitar o empilhamento de copos, evitando que eles ficassem presos e quebrassem. As Goblets, têm como diferencial uma haste mais longa, para evitar o aquecimento do líquido pelas mãos, e que são ideais para serem usadas quando estamos tomando cervejas Trapistas, também conhecidas como “Cervejas de Abadia”, que são cervejas feitas sob supervisão de monges, e que assim garantem as suas origens monásticas que só esse estilo possui. Então não nos façamos de rogados, se vamos curtir uma boa cerveja, que seja da forma mais correta, isso com certeza vai fazer a diferença para que possamos aproveitar essa bebida secular, tão admirada no mundo todo! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Resultados parecidos, sentimentos diferentes

Empates com gostos completamente diferentes para as equipes pernambucanas na 2° rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, realizada no último final de semana. Enquanto o Santa Cruz, no último sábado (21), ficou no 2 a 2 com o Fluminense, em Volta Redonda, o Sport fez um jogo tecnicamente fraco contra o frágil Botafogo. O empate por 1 a 1, na Ilha do Retiro, escancarou as deficiências técnicas da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira. No Rio de Janeiro, a estrela de Grafite brilhou mais uma vez para ampliar a invencibilidade do Santa Cruz para 16 jogos. Agora, o Tricolor pernambucano está há quase dois meses sem saber o que é derrota. O camisa 23, novamente, foi o nome da equipe coral. Antes do início da competição nacional, o atacante estipulou uma meta de 15 gols. Com os quatro já anotados nas duas primeiras rodadas, faltam 11. Na próxima quarta (26), o líder da competição recebe o Cruzeiro, no Arruda. Pela organização e disciplina tática, o time de Milton Mendes pode ser considerado favorito para o confronto. Na Ilha do Retiro, por outro lado, o ponto conquistado diante do Botafogo não foi bem digerido pela torcida leonina, que chegou a vaiar o time no final da partida. Com um futebol bem abaixo do esperado, o Sport segue dando vexames. O único ponto conquistado em dois jogos, aumenta a pressão em cima do elenco e do treinador Oswaldo de Oliveira que, apesar do pouco tempo no clube, já sofre com críticas da arquibancada. Na próxima rodada, o Leão encara o Internacional, no Beira Rio. Se jogar da maneira que jogou diante do alvinegro carioca, o Rubro-Negro corre o risco de voltar goleado de Porto Alegre.

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Primeiro peão a cair no tabuleiro Temer

Caso siga a mesma lógica dos primeiros dias de governo, Michel Temer deve anunciar em breve a saída do seu ministro de planejamento, o pernambucano Romero Jucá (PMDB-RR). O vazamento de um áudio em que ele conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, caiu como uma bomba no colo do presidente interino. Até então, a fortalecimento da Lava Jato era um discurso unânime entre os novos governistas, inclusive pelo ministro. Mas, a gravação sugere que o impeachment tinha justamente o objetivo de segurar a sangria que as investigações estavam promovendo. E que, segundo Jucá, chegaria em breve aos caciques que estão hoje ao lado de Temer. Juca já era alvo de inquérito na Operação Lava Jato por suposto recebimento de propina. Temer assumiu o desgaste de trazer para dentro do seu ministério vários investigados. Afinal, "investigado não é julgado". No entanto, a gravação revela uma tentativa clara de enfraquecer as investigações, que atingiriam nomes como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do PSDB. O áudio sugere, na verdade, que a mobilização do congresso em derrubar Dilma Rousseff era justamente por conta do avanço das investigações. Pelas ações recentes de Temer, Jucá cairá em breve. Pressionado pelo fim do Ministério da Cultura, Temer voltou atrás. Os sinais de desgaste com a volta da CPMF e com a suspensão do Minha Casa, Minha Vida fizeram os ministros mudarem o discurso. A almejada coalizão, que poderá sustentar o governo Temer até 2018 precisa mais que a base dos partidos. Como chegou ao Palácio sem o voto popular, os primeiros dias do presidente interino indicam que a chiadeira das ruas interfere sim na sua gestão. A coalizão precisa do mínimo de reconhecimento popular. Nessa perspectiva, para não ter a cabeça ameaçada, Jucá deve ser o primeiro peão do tabuleiro deve cair.

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Instituições projetam inflação de 7,04%

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano foi ajustada 7% para 7,04%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,5%. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras. As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, passou de 13% para 12,75% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 11,50% para 11,38% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,83%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%. (Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil)

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Concertos para a Juventude traz Villa-Lobos, Mozart e Brahms

Uma manhã para conhecer e apreciar a vida e obra de grandes compositores. Essa é a proposta do projeto Concertos para a Juventude que chega à sua terceira edição, nesta terça-feira (24). A partir das 10h, no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, jovens estudantes de escolas públicas terão a oportunidade de participar da atividade coordenada pelo maestro Marlos Nobre, acompanhado dos músicos da Orquestra Sinfônica do Recife. A entrada é franca. No programa desta edição, o público vai poder ouvir um clássico da música erudita brasileira, o Prelúdio das Bachiannas Brasileiras nº 4 para orquestra de cordas, de Heitor Villa-Lobos. Em seguida, serão executadas duas composições de autores do post-classicismo: a Sinfonia nº 40, de Wolfgang Amadeus Mozart e, as Variações Sob um Tema de Haydn, de autoria do compositor Brahms. Nesta terceira edição, quase 370 pessoas devem assistir ao concerto, entre professores e alunos. O projeto Concertos para a Juventude tem por finalidade contribuir para a formação musical de jovens do Recife. Com isso, pretende-se desenvolver o senso crítico e também o gosto por outros estilos musicais, como o erudito, a partir de um bate papo descontraído do maestro Marlos Nobre com o público, contando causos interessantes sobre os autores e as composições. Para muitos estudantes é a oportunidade de entrar pela primeira vez num teatro e assistir à apresentação de uma Orquestra Sinfônica. Escolas interessadas em participar do projeto, que acontece sempre na terça-feira que antecede a apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, podem realizar o agendamento através do telefone: 3355.3323. Serviço: Concertos para a Juventude Quando: terça-feira, dia 24 de maio Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio, Recife. Informações: 3355.3323

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Moinho do Recife será leiloado

A Bunge Brasil, uma das maiores empresas de alimentos e agronegócio do País, acaba de colocar à venda dois de seus ativos, um Moinho e um Armazém, localizados próximos ao Marco Zero, no Recife Antigo. A comercialização dos imóveis é realizada por meio de um leilão eletrônico, que se encerrará no dia 23 de junho, às 14h. O lance inicial é de R$ 10 milhões e as ofertas podem ser feitas no site www.superbid.net . Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, Pernambuco é um Estado estratégico para a Bunge, que mantém suas atividades na região, atendendo a todos seus clientes normalmente. No Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca/PE, a empresa possui duas unidades: uma fábrica de margarinas e óleos, inaugurada em 1990, e um moinho de trigo, instalado em 2009 com investimentos de R$ 165 milhões, considerado, de acordo com a Bunge, um dos mais modernos da América do Sul. "A história da Bunge em Pernambuco teve início em 1914, com a aquisição desse moinho de trigo, no Recife. Agora, com a venda do ativo, esperamos que os prédios continuem a ser preservados e permaneçam como símbolo histórico da cidade", afirma Francisco Ganzer, diretor de Trigo & Ingredientes da Bunge Brasil. Hoje, a empresa possui liderança nacional no segmento de panificação, com a produção de farinhas de trigo e misturas para a indústria de alimentação e panificação. "Optamos em investir na mudança do moinho para Suape, uma vez que o Recife Antigo, com seus prédios e ruas históricas, tem hoje vocação turística e não comportava mais uma operação industrial", conclui Ganzer. Atualmente, a Bunge conta com oito moinhos de trigo localizados de norte a sul do País: Suape (PE), Brasília (DF), Santa Luzia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Tatuí (SP), Santos e Pacífico (SP) e Ponta Grossa (PR). Serviço: Leilão Eletrônico: Conjunto de edificações do antigo Moinho Recife – Prédio do Moinho e Armazém Prazo de encerramento: 23 de junho, às 14h Site: www.superbid.net Armazém: Terreno: 3.580,00 m2 / Construção: 3.588,00 m2 Prédio do Moinho: Terreno: 5.096,44 m2 / Construção: 24.621,65 m2

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O teatro pernambucano destinado a infância e juventude (Por Romildo Moreira)

A dramaturgia brasileira dedicada ao público infantojuvenil tem tido um considerável acréscimo de qualidade, reconhecido por todos que se debruçam ao estudo dessa matéria, desde meados da década de 1980, com o surgimento do texto de Ziraldo intitulado “Flictz”, até os dias atuais. Aqui, em terras pernambucanas, não tem sido diferente. A quantidade de autores criando excelentes obras para essa faixa etária tem superado, e muito, a produção de textos para o público adulto. Provavelmente, a partir da montagem do espetáculo “O pequenino grão de areia”, de João Falcão, a percepção da escrita infantojuvenil, no que diz respeito a sua gênese e também a sua carpintaria dramática, jamais foi a mesma na cidade do Recife, para graça e glória das novas gerações de espectadores. O extrato poético em uma literatura que mistura o possível e o imaginário num resultado cênico que atraia a camada jovem por se identificar com ela, e da mesma forma cative o público adulto, que acompanha a garotada ao teatro, por induzi-lo a ser criança outra vez no faz de conta teatral, é a essência dessa dramaturgia “contemporânea”, que cada vez mais leva à cena, temas delicados para essa plateia. E o que é melhor, com tratamento fundamentalmente artístico. Nesses trabalhos, uma temática com algum teor político nada tem de panfletário ou partidário, da mesma forma que o religioso nada diz de doutrinação, mantendo-se, categoricamente, como expressão artística. Outros exemplos de temas existem e são muitos, passando por morte, sexo, tolerância, etc. Como ressonância de tudo isso, “o teatro poderá ser considerado o mais duradouro dos muitos palácios encantados que a humanidade infantil edificou. A distinção entre arte e vida começa aí”, como já nos revelou Eric Bentley em seu livro “A experiência viva do teatro” (Rio 1981). Na vertente acima exposta, são muitos os exemplos de textos encenados nos palcos de Pernambuco, escritos por dramaturgos locais, de várias gerações, a exemplo de: “Luzia no caminho das águas”, de Alexsandro Souto Maior; “Sebastiana e Severina”, de André Neves; “Minha Cidade”, de Ana Elizabeth Japiá; “O fio mágico”, de Carla Denise; “Salada mista”, de Alexsandro Silva e “As travessuras de Mané Gostoso”, de Lucino Pontes, entre outros. – É necessário aqui lembrarmos outros autores pernambucanos com vasta experiência em dramaturgia infantojuvenil, como Marco Camarotti, Luiz Felipe Botelho, André Filho, Samuel Santos, Luiz Navarro e Paulo Lima, entre outros. Grupos e companhias teatrais da capital pernambucana têm investido, tenazmente, nas linguagens literárias e dramáticas destinadas ao público infantojuvenil, obtendo resultados cênicos impagáveis, como podemos conferir nos espetáculos produzidos por grupos como: Mão Molenga, que unifica em suas criações a linguagem de atores e bonecos; a Cia. 2 em Cena, que entrelaça as expressões de teatro e circo em suas montagens; a Cia. Animée, que encena espetáculos musicais circenses com o protagonismo da palhaçaria feminina; assim como a Cia. Meias Palavras, que busca no espaço da literatura o seu efeito cênico mais notório, sem com isso deixar inferior o tratamento dado aos elementos plásticos e sonoros de suas apresentações. No caso da Cia. Meias Palavras, a presença de Luciano Pontes (criador da companhia ao lado do ator Arilson Lopes), que além de ator é um escritor de projeção nacional para o público jovem, com vários livros publicados, destacando-se: “Uma história sem pé nem cabeça” e “O carrossel do tempo”, ambas pela Edições Paulinas e “Em briga de irmão quem dá opinião?”, pela Editora FTD, justifica a reverberação literária no repertório de suas peças. É claro que a heterogeneidade no universo da produção teatral para a infância e juventude em Pernambuco é uma realidade, com espaços garantidos para produções que optam pelos tradicionais contos de fada (com superproduções do ponto de vista de efeitos ilusionistas), convivendo harmoniosamente com as peças mais contemporâneas, exemplificadas pelas aqui apontadas, criando um leque vasto de opções para o lazer cultural da criançada. – É fato também que a contação de histórias tem sido posta à disposição do público infantil, com muita frequência, em teatros, livrarias e espaços alternativos, como a que inspira a peça que sugerimos abaixo. DICAS DE ESPETÁCULOS: “Seu Rei Mandou”, da Cia. Meias Palavras Local: Teatro Marco Camarotti – SESC de Santo Amaro Dias: sábado 21/05 e domingo 22/05, às 16h Preços: R$ 20 e R$ 10 Informações: 3216-1728 “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues Local: Teatro Apolo Dias: sexta 20/05 e sábado 21/05, às 20h. Preços: R$ 30,00 e R$ 15,00 Informações: 3355-3319 ou 33553320.   Romildo Moreira – ator, autor e diretor teatral.

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Pesquisa: 86% das mulheres sofreram assédio em público

Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid nesta sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema. A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. Formas de assédio Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos. “É quase uma exceção raríssima que uma mulher não tenha sofrido assédio em um espaço público. É muito preocupante. A experiência de medo, de ser assediada, de sofrer xingamento, olhares, serem seguidas, até estupro e assassinato. Os dados são impressionantes se pensarmos que a metade das mulheres diz que foi seguida nas ruas, metade diz que teve o corpo tocado”, diz a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman. Desigualdade de gêneros Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade. “É uma questão de gênero, de entender que na sociedade, qualquer que seja, as mulheres não são consideradas iguais aos homens. A ideia é que a mulher está subordinada no lar, na casa, no trabalho. Dados [da Organização Mundial da Saúde] apontam que uma a cada três mulheres sofre violência doméstica. Para os homens, os corpos e as vidas das mulheres são uma propriedade, está para ser olhada, tocada, estuprada”, disse. Segundo Nadine, é necessário implementar políticas públicas que garantam a segurança da mulher em espaços públicos, com políticas públicas específicas, como a iluminação adequada das ruas e transporte público exclusivo para mulheres. “Quando se pensa que quase todas as mulheres têm a experiência com abusos, não se tem a ideia do assédio. Isso tem um impacto, isso limita de andar na rua com segurança e direitos como educação e trabalho”, diz. Falta repressão A professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB), Suzana Borges, avalia que não há repressão adequada ao assédio à mulher em espaços públicos. “É uma questão social porque, em função de uma posição histórica inferiorizada, a mulher foi objeto de repressão, violência, não só nos espaços públicos, mas privados, dentro da família, em casa, no trabalho”, disse. Suzana Borges diz que há necessidade das mulheres denunciarem as situações de assédio que vivenciam no cotidiano. “Por se tratar de uma questão de gênero, a denúncia é um mecanismo que reforça a proteção”. Assédio por regiões A Região Centro-Oeste é onde as mulheres mais sofreram assédio nas ruas, com 92% de incidência do problema. Em seguida, vêm Norte (88%), Nordeste e Sudeste (86%) e Sul (85%). No levantamento, as mulheres também foram questionadas sobre em quais situações elas sentiram mais medo de serem assediadas. 70% responderam que ao andar pelas ruas; 69%, ao sair ou chegar em casa depois que escurece e 68% no transporte público. Na comparação com outros países, 43% das mulheres ouvidas na Inglaterra e 62% na Tailândia disseram que se sentiam mais inseguras nas ruas de suas cidades, enquanto que, na Índia, o espaço de maior insegurança era o transporte público, apontado por 65% das entrevistadas. Campanha Os dados são publicados no lançamento do Dia Internacional de Cidades Seguras para as Mulheres, uma iniciativa da organização para chamar a atenção para os problemas de assédio e violência enfrentados pelas mulheres nas cidades de todo o mundo. “É bastante preocupante que não haja uma perspectiva de gênero nas cidades, um planejamento que não leve isso em conta, como horários, transportes e abordagem de ensino nas escolas. Isso gera e perpetua uma cultura de violência, normatizada e normalizada, de fazer parte do desenvolvimento masculino assediar mulheres e isso não é questionado. A pesquisa mostra a naturalização da violência como uma prática bastante arraigada. Há a necessidade urgente e setorial de se enfrentar isso”, disse a coordenadora da campanha Cidades Seguras para as Mulheres no Brasil, Glauce Arzua. A campanha Cidades Seguras para as Mulheres foi lançada pela ActionAid no Brasil em 2014. O objetivo é promover uma melhoria da qualidade dos serviços públicos nas cidades para tornar os espaços urbanos mais receptivos a mulheres e meninas. Glauce aponta a educação como aspecto fundamental para que seja possível reverter o quadro de assédio ao redor do mundo. “A abordagem educacional é uma chave para o enfrentamento. Medidas como acontecem no Brasil, de vagões de trem separados, são paliativas, transitórias. Temos que quebrar essa cultura, que passa por campanhas, treinamento dos gestores, sobretudo criar espaços para que o planejamento das cidades tenha essa perspectiva de gênero”, diz. (Agência Brasil)

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Mostra Literária no Plaza neste fim de semana

Para os apreciadores de livros um bom programa para os próximos finais de semana é a feira de livros “Passeio Literário” que o Plaza Shopping recebe em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) nos dias 21, 22 e 28, 29 de maio. O visitante terá direito a participar de conversas com autores durante lançamentos, palestras, apresentações teatrais, além de uma diversificada programação infantil. A entrada é gratuita e o evento ocorre no Piso L3 do Plaza. A abertura acontece no neste sábado (21) às 15h, com o grupo de teatro Literatrupe apresentando o espetáculo “Pernambuco Terra da Poesia”, um recital de obras de poetas pernambucanos. Em seguida, a música brasileira é tema de um bate papo com o escritor Renato Phaelante e um músico convidado, mediado por Tarcísio Pereira. A programação segue com Delmo Montenegro e Eduardo Diógenes numa roda de diálogos sobre o poeta pernambucano Sebastião Uchoa Leite. As atividades do dia se encerram com o lançamento da obra completa de Sebastião Uchoa Leite, no livro “Poesia Completa”, com prefácio de Frederico Barbosa, e editado pela Cosac Naif e Companhia Editora de Pernambuco. Haverá ainda, o lançamento do livro “Cronomáticas e outros Contos”, de José Alfredo Santos Abrão. O domingo (22) é o dia dedicado às crianças. O Passeio Literário abre às 15h com show de mágica e contação de história do livro “O Coelho sem Cartola”, com o mágico Rodrigo Lima. Das 16h às 18h uma sucessão de conversas com autores, debates sobre livros e contação de histórias vão prender a atenção da garotada. Para começar, Sissi Loreto narra a história do livro “O computador que queria ser gente” com a ajuda do seu autor, Homero Fonseca. Para quem gosta ou não gosta de matemática, está aí uma oportunidade de desvendar os seus mistérios e até dar risadas das historietas vividas ou atribuídas a gênios da matemática. É o momento de Décio Valença Filho conversar sobre o seu livro, “Subversões matemáticas”, que traz jogos, quebra-cabeças e outras brincadeiras que utilizam a matemática e o raciocínio lógico. Para encerrar o domingo, e o primeiro fim de semana da feira de livros, uma roda de diálogos com os autores infantis Maria Amélia Almeida, escritora da “A Casa Mágica”, Luzilá Gonçalves, autora do livro “A Cabra Sonhadora”, e Itamar Morgado, da obra “Bia Baobá”, que falarão sobre o universo de suas obras.   SEGUNDO FIM DE SEMANA - No sábado (28), o “Passeio Literário” vai oferecer uma programação especial sobre histórias da cidade do Recife. As atividades começam com uma mesa redonda com o autor Alexandre Furtado, do livro “De ruas e inti-nerários” e a escritora Ana Maria César, da obra “Último Porto de Henrique Galvão”. O público também poderá participar de uma roda de diálogos com o escritor José Luiz Mota Menezes autor do livros “Mobilidade Urbana no Recife e seus arredores” e “Ruas Sobre às Águas: As Pontes do Recife”, sobre histórias e lendas da cidade. O debate ainda contará com a participação especial da escritora Luzilá Gonçalves. No domingo (29), o grupo “Literatrupe” volta a encenar o espetáculo, “Pernambuco Terra da Poesia”, abrindo a tarde. Das 16h às 17h o tema central da programação será Dom Helder Câmara. Os jornalistas Teresa Rozowykwiat e Félix Filho participam de roda de diálogos sobre livros que falam das ideias e da importância história do arcebispo. E para encerrar a programação, será promovida uma mesa redonda com Zildo Rocha, autor do livro “Daniel Lima Visto por Ele”, que retrata a vida do padre ligado a ala progressista da Igreja Católica, voz das Ligas Camponesas e amigo de dom Helder Câmara e Paulo Freire. TROCA-TROCA DE LIVROS – Durante todos os dias do Passeio Literário, os visitantes poderão participar de troca-troca de livros. Para as crianças, a cada três livros infantis trocados a pessoa ganha 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. E para o público adulto, a cada dois livros trocados a pessoa recebe um voucher com 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. A ação acontecerá durante todos dias do evento, das 15h às 20h, também no Piso L3 do mall. Para o diretor presidente da Cepe, Ricardo Leitão, o Plaza Shopping é mais que um diversificado centro de compras, também se transformou em local de convergência de lazer e cultura para a população da Zona Norte do Recife. “É fundamental realizar um evento literário como este. A Cepe tem grande satisfação em participar dessa iniciativa, contribuindo para disponibilizar aos frequentadores do Plaza, livros e debates literários de qualidade. É fundamental essa parceria cultural em benefício dos recifenses, dos pernambucanos e, de modo geral, de todos que mergulham no mundo mágico da leitura”, destacou Leitão. SERVIÇO: Passeio Literário Dias 21, 22 e 28, 29 de maio das 15h às 20h no Piso L3 do Plaza. Entrada  gratuita. Informações: www.plazacasaforte.com.br. PROGRAMAÇÃO 21/05 – Sábado: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Renato Phaelante (música brasileira) 17h - Conversa sobre a obra de Sebastião Uchoa Leite 18h - Lançamentos: "Poesia Completa", de Sebastião Uchoa Leite e "Cronomáticas e outros contos" de José Alfredo Abrão 22/05 – Domingo: 15h - Mágica e leitura: "O coelho sem cartola", com Rodrigo Lima 16h - Leitura e brincadeiras: "O computador que queria ser gente" 17h - Matemática divertida: conversa com Décio Valença 18h - Troca-troca de livros: 3 livros infantis = 20% de desconto em livros novos da Cepe 19h - Autores de livros infantis 28/05 – Sábado: 15h - Conversa com Alexandre Furtado e Ana Maria César sobre o Recife e sua Poética 16h - Troca-troca de livros: 2 livros = 20% de desconto em livros novos da Cepe 18h - Conversa com Luzilá Gonçalves e José Luiz Mota Menezes sobre as lendas do Recife. 29/05 – Domingo: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Tereza Rozowykwiat e Félix Filho sobre Dom Hélder Câmara 18h - Conversa com Zildo Rocha e Lourival Holanda sobre o padre-poeta Daniel Lima

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Movimentos culturais lançam manifesto pelo retorno do Cine Olinda

Os movimentos #CineRuaPE, #OcupeCineOlinda e Ponto de Cultura Cinema de Animação lançaram um manifesto direcionado às instituições responsáveis pela reforma e gestão do Cine Olinda, cinema centenário do Sítio Histórico, fechado há mais de 50 anos. O manifesto veio a público durante sessão do Cineclube CineRua, promovida ao lado do Cine Olinda, com o objetivo de questionar os descaminhos e reivindicar sua reativação imediata. Durante o evento foram obtidas mais de 350 assinaturas. Agora o mesmo documento está sendo lançado na internet nesta quarta (18), para que possa ser assinado e compartilhado. Link da petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Prefeitura_Municipal_de_Olinda_Iphan_Pela_reabertura_do_Cine_Olinda/?coMiehb Uma vez coletadas as assinaturas, o manifesto será protocolado na Prefeitura Municipal de Olinda, IPHAN, Secretaria Estadual de Cultura e Ministério Público, este último, requisitando uma audiência. MANIFESTO EM DEFESA DO CINE OLINDA Olinda, 5 de maio de 2016 O Cine Olinda é patrimônio histórico, cultural e afetivo, exemplar remanescente da arquitetura de cinemas de rua que existiram por boa parte do século 20 e 21 em diversos países. Em muitas cidades alguns foram preservados, se mantendo em atividade ininterrupta ou reativados, como parte de um movimento mundial de retomada dos cinemas de rua. Na França eles são chamados de cinéma du quartier (cinemas de bairro). Lá, alguns bairros ainda possuem seus cinemas. No Brasil muitos cinemas de rua foram extintos, demolidos ou reutilizados com usos que descaracterizaram totalmente ou quase toda a arquitetura do cinema. A cultura da demolição, que vem de tempos remotos, ainda predomina. A Região Metropolitana do Recife já perdeu inúmeros sobrados, igrejas, arcos, casas e edifícios modernistas e quase uma centena de cinemas de rua. Localizado na entrada da cidade, no bairro do Carmo, o edifício do Cine Olinda é um exemplar da arquitetura Art Déco, típica da fase pré-modernista das décadas de 20 a 40 do século passado. Apresenta planta retangular, simétrica, sala da plateia com tela e palco ao fundo, moldura para a tela com reentrâncias, estruturas da coberta em ferro, hall de entrada e bilheterias, marquises na fachada frontal, prolongando-se pelas laterais, cabine no pavimento superior, em destaque na fachada e janelas altas, podendo funcionar sem ar condicionado por estar localizado à beira-mar de Olinda. Estas mesmas características foram encontradas em outros cinemas de rua do Recife e Olinda, o que aumenta a importância de se preservar esta sala. Acreditamos em cinemas de rua como espaços de cidadania. Eles são modos de pensar e vivenciar as cidades; garantem vida aos centros e bairros; contribuem com a requalificação de espaços urbanos; valorizam a rua, os espaços públicos e de uso público; são pontos de encontro e sociabilidade; oferecem acesso à educação e cultura. Sem eles, uma cidade perde referências e o caráter simbólico no meio urbano. São edifícios que apresentam valores históricos, arquitetônicos, artísticos, contribuem com a preservação da memória urbana e deveriam estar na rota turística das cidades. Pernambuco se tornou um dos principais polos de produção cinematográfica do Brasil, sobretudo em se falando de filmes que partem do respeito à nossa inteligência para construir narrativas críticas sobre o mundo em que vivemos. Estes filmes dificilmente serão vistos em cinemas comerciais, pois salas localizadas em shoppings são unicamente interessadas no lucro fácil e se deixam levar pelo "tsunami" de filmes americanos, um maçante e violento bombardeio cultural. Neste sentido, reivindicamos o Cine Olinda como mais do que uma opção de exibição de filmes num sítio histórico e sim como um cinema público, com o dever de dar espaço a produções independentes do Brasil e do mundo, além de abrigar atividades de formação e aglutinação da produção criativa. Após 51 anos de seu fechamento, 37 anos de sua desapropriação, durante a gestão do prefeito Germano Coelho, e 35 anos de reformas malsucedidas, nos sentimos no dever de cobrar esclarecimentos e um maior compromisso dos gestores públicos responsáveis pela condução das obras e pelo equipamento em si. Tendo isso em vista, solicitamos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Eram e à Prefeitura Municipal de Olinda um esclarecimento público sobre a gestão do equipamento, prestando satisfação sobre a atual situação e que se coloque em discussão estratégias e soluções para que ele seja entregue à população ainda este ano. Solicitamos que esta audiência seja feita nas dependências do Cine Olinda, com participação do Ministério Público, seguida de deliberações sobre formas de ocupação e um plano de reinício das obras. Solicitamos também a criação de um comitê de fiscalização civil para acompanhamento tanto da obra quanto dos trâmites burocráticos para a viabilização da mesma. Assinam: Movimento #CineRuaPE #OcupeCineOlinda Ponto de Cultura Cinema de Animação Associação Brasileira de Documentaristas – ABD/PE Associação Pernambucana de Cineastas - Apeci Associação de Produtores de Cinema do Norte/Nordeste Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta - Sodeca

Movimentos culturais lançam manifesto pelo retorno do Cine Olinda Read More »