Tecnologia – Página: 16 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Compartilhamento de bicicletas melhora trânsito nas grandes cidades chinesas

Para quem chega às megalópoles chinesas, como Pequim e Xangai, ou mesmo às cidades de menor porte, o fenômeno das bicicletas compartilhadas chama a atenção à primeira vista. Amarelas, azuis, laranjas, verdes, elas estão por todas as partes: calçadas, saídas das estações de metrô, de trem e rodoviárias, estacionamentos. Relatório divulgado pelo jornal oficial da China Diário do Povo no fim de julho mostrou que, no segundo trimestre deste ano, os índices de congestionamento nas principais áreas urbanas chinesas registraram redução, em média, de 8% em comparação com o mesmo período de 2016 , graças à popularidade das bicicletas compartilhadas. Em Pequim, os engarrafamentos diminuíram 4,1%. O estudo, elaborado pelo sistema de navegação AutoNavi em cooperação com o Ministério dos Transportes e a Universidade Tshinghua, apontou que as bicicletas compartilhadas mudaram os hábitos de deslocamento das pessoas, o que levou à redução no consumo de combustíveis. Integrado aos modais de transporte público, o sistema de compartilhamento de bicicletas é uma alternativa para retirar veículos das ruas e reduzir a poluição nas cidades. Em 2017, estima-se que o uso das bicicletas compartilhadas poupe o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de combustível, representando 1,1% do consumo do país asiático. De acordo com o Ministério dos Transportes, mais de 1 6 milhões de bicicletas compartilhadas estão nas ruas de todo o país, e o número de usuários registrados supera 130 milhões. A bicicleta é destravada com um aplicativo no telefone celular por meio do QR Code (do inglês, Código de Resposta Rápida). Essa tecnologia permite a leitura automática do código pela câmera fotográfica do smartphone. O aluguel custa, em média, 1 yuan (R$ 0,50) a hora. Quando o ciclista termina o trajeto, ele estaciona a bicicleta e aciona uma trava. Ao contrário de outros países, como o Brasil, em que há estações para pegar ou deixar as bicicletas, na China não há pontos fixos para estacioná-las. Por isso, elas estão por todas as partes, o que traz praticidade, mas também problemas, como estacionamento de forma inadequada e ocupação excessiva do espaço público. Zhang Yunning, de 22 anos, recém-formada em filologia hispânica pela Universidade de Pequim, acredita que o serviço é muito conveniente, pois permite que ela se locomova com facilidade em trechos curtos, complementa o transporte público, além de ter melhorado um pouco a quantidade de engarrafamentos em Pequim, ainda que o trânsito continue intenso. Mas ela vê alguns problemas nesse sistema que se popularizou há dois anos. “Há tantas bicicletas que se torna um obstáculo dirigir e andar nas ruas. Também há muitas bicicletas com defeito que não são consertadas rapidamente”, disse. “É um fenômeno bastante recente e ainda não há muitas normas”, completou. Na tentativa de melhorar o serviço, o Ministério dos Transportes divulgou um documento com diretrizes para os governos municipais e para as empresas na última quinta-feira (3). Entre as medidas, administrações locais e companhias deverão providenciar espaços adequados para estacionamento, e menores de 12 anos serão proibidos de usar bicicletas como meio de transporte. As duas principais empresas do setor são a Ofo e a Mobike, estabelecidas em 2015 e 2016, respectivamente, que respondem por mais de 90% do mercado chinês. Yu Xin, um dos cinco cofundadores da Ofo, conta que a ideia do negócio surgiu entre colegas da Universidade de Pequim e, no início, começaram o serviço com mil bicicletas apenas dentro das universidades da capital chinesa. Hoje, a Ofo tem 6 milhões de bicicletas em cinco países e 120 cidades. Já a Mobike está em 100 cidades em países como Reino Unido, Japão e Cingapura, além da China. (Agência Brasil)

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Transformação digital: você sabe com quem está falando? (por Bruno Queiroz)

Para entender melhor a transformação digital, é preciso analisar a evolução do comportamento das gerações e suas relações com o trabalho, com o consumo e com a tecnologia. Saber identificar e respeitar as diferenças é o primeiro passo para se comunicar adequadamente com os três perfis mais comuns de novos consumidores: estrangeiros, visitantes e nativos. Os estrangeiros, formados pelos Baby Boomers (acima de 55 anos) e a parte mais velha da Geração X (de 35 a 54 anos), são aqueles que nasceram bem antes da internet. Foram formados vendo televisão e lendo jornais e revistas. Valorizam os empregos de carreira e buscam um padrão de vida estável. Preferem se comunicar por voz do que por texto e valorizam as relações presenciais, o que influencia diretamente na decisão da compra em lojas físicas e no consumo de produtos analógicos. Usam a internet? Sim. Mas de maneira secundária. Basicamente, esse grupo dá a sustentação (ainda) necessária para a sobrevivência dos meios de comunicação e produtos não digitais. Os visitantes são aqueles que vivenciaram a transição do mundo analógico para o mundo digital. Estão no meio do caminho. Possuem alguns dos valores dos estrangeiros, mas já estão incorporados à vida digital. Esse grupo é formado basicamente pela parte mais nova da Geração X (de 35 a 54 anos) e pela Geração Y ou Milleniuns (de 25 a 34 anos). Foram formados tendo acesso à TV a cabo, aos videogames e aos computadores. Estão sempre conectados na internet, compartilhando suas atividades pelas redes sociais. O celular é um companheiro inseparável. Devido ao excesso de informações que recebem, os visitantes são movidos a desafios e trocam de emprego com mais facilidade. São mais ansiosos que as gerações anteriores e estão sempre em busca de novas tecnologias. Os nativos são aqueles que não conhecem o mundo sem o computador e sem a internet. Possuem celular desde criança e são a primeira geração 100% digital. Formados pela Geração Z (de 15 a 24 anos), privilegiam as relações virtuais e, por isso, têm necessidade extrema de interação e exposição de opinião. Antes do “bom dia” perguntam logo a “senha do wifi”. Os nativos são demasiadamente ansiosos. Não só trocam de emprego com muita facilidade, como vão trocar de carreira algumas vezes ao longo da vida profissional. Concentram o consumo pelo comércio eletrônico e são ao mesmo tempo produtores e consumidores de conteúdo, os chamados “prosumers”. Dão preferência ao uso de serviços em contrapartida à posse de produtos, sendo a base da economia compartilhada no futuro. Apesar da classificação que vimos acima, a tendência é que, com o aumento do nível de digitalização das nossas atividades diárias, as diferenças nos hábitos de consumo e no uso da tecnologia entre os perfis tendem a ser cada vez mais imperceptíveis. O que vai fazer a grande diferença é o grau de intensidade. Por isso, é preciso estar atento aos detalhes para se comunicar da melhor forma possível com os novos consumidores. *Bruno Queiroz é presidente da Abradi e sócio|diretor da Cartello

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Empresários do polo de TIC querem firmar parceria com a IBM

Os empresários do Polo de TIC de Pernambuco estão de olho na possibilidade de desenvolver novas tecnologias a partir da computação cognitiva. Para isso, a primeira aproximação com a IBM já está marcada. Nesta quinta-feira (27), pela manhã, representantes SoftexRecife, Assespro e Seprope vão se reunir com o executivo da IBM Brasil, David Dias, responsável pelos canais do Watson (sistema de computação cognitivo da gigante). Na pauta do encontro, está a perspectiva de se efetivar parcerias. À tarde, às 14h30, será realizada uma palestra do executivo para uma plateia de empresários. Segundo o presidente do SoftexRecife, Alcides Pires, a instituição hoje coordena um grupo de discussões sobre o tema com mais de 45 executivos da área de TI no estado. “Foi a partir dessas reuniões focadas no desenvolvimento de tecnologias associadas à computação cognitiva que decidimos fazer uma aproximação com a IBM. Queremos criar – em conjunto com várias empresas – um case, um produto que beneficie toda a população e ainda gere conhecimento para as empresas do polo”, afirma. Inicialmente, a ideia para compor o case é a criação de uma plataforma digital de inteiração entre as obras e o público no Paço do Frevo, semelhante ao desenvolvido para a pinacoteca de São Paulo (exposição a Voz da Arte). No museu paulista, os visitantes podem fazer perguntas sem formalidades diretamente às obras através de um smartphone e receberem suas respostas. Contudo, os pernambucanos pensam em usar mais artifícios para ampliar a inteiração com as pessoas. “Nesse primeiro momento, o objetivo é conhecer mais a ferramenta da computação cognitiva e construir algo positivo para a sociedade. Esse aporte de conhecimento sobre uma tecnologia que vai ganhar cada vez mais proporções é muito importante para o nosso ecossistema”, reforça o presidente da Assespro, Ítalo Nogueira, acrescentando que o grupo busca contar com o suporte maior da IBM durante o desenvolvimento do case, pois há um interesse mútuo na iniciativa. O presidente do SoftexRecife também adianta que o projeto foi apresentado e bem recebido pela secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Lúcia Melo; e pelos professores Abraham Sicsu (presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco – FACEPE) e Paulo Cunho (diretor Científico da FACEPE). “Agora, eles estão estudando a possibilidade de nos apoiar nesse projeto”. Palestra – Para falar sobre o modelo comercial do Watson e seus diferenciais, o executivo da IBM, David Dias, realizará uma palestra, às 14h30, no auditório do empresarial ITBC, na Rua da Guia, Bairro do Recife. O encontro é voltado apenas para representantes de empresas de desenvolvimento de software do Porto Digital. Além de dados comerciais, Dias também apresentará alguns cases de sucesso do sistema Watson no Brasil e no exterior. Computação cognitiva – Considerada a nova era da tecnologia, a computação cognitiva traz a capacidade de máquinas processarem informações e de aprender com elas, num processo semelhante ao do cérebro humano. A IBM foi uma das primeiras a desenvolver tecnologia na área, com o sistema Watson sendo apresentado em 2011. Hoje, a ferramenta já é usada de forma mais avançada na medicina, na área jurídica, na hotelaria e gastronomia. Outras empresas de TI também estão desenvolvendo sistemas próprios de computação cognitiva. Serviço O que: Empresários do polo de TIC querem firmar parceria com a IBM Quando: 27/07, às 14h30 (palestra) Onde: Empresarial ITBC, edifício sede do SoftexRecife, na Rua da Guia, 142, Bairro do Recife.

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Recife recebe evento do Google para desenvolvedores

No sábado, 12 de agosto, Recife receberá o Google Launchpad Build, um evento gratuito para desenvolvedores de aplicativos, focado nas novas tecnologias da empresa. Com uma programação intensa, que inclui palestras, codelabs e mentorias, um time de experts do Google e sua rede de mentores se juntarão à desenvolvedores da região para auxiliá-los em tecnologias como Kotlin, PWA, Cloud, Ad Mob, SEO, Product Strategy e muito mais. “Essa série de eventos é coerente com a filosofia da empresa de compartilhar conhecimento para multiplicar benefícios para os usuários. Os conhecimentos práticos nessas novas tecnologias irão permitir aos desenvolvedores criar melhores aplicativos e soluções para seus usuários”, diz Ale Borba, responsável do Google pelo Relacionamento com Desenvolvedores. O evento é gratuito, com capacidade para 90 participantes selecionados e é focado nos desenvolvedores que já tem um aplicativo Android ou web existente. Os participantes serão selecionados pelo time do Google e, para se candidatar, basta preencher este link.

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Transformação digital: a desmaterialização das empresas e de seus produtos (por Bruno Queiroz)

Por estar ligada diretamente ao rápido e intenso avanço dos smartphones e da internet presentes em nossas vidas, somos levados a crer que a transformação digital é apenas uma mudança tecnológica. Contudo, a transformação digital é, antes de tudo, um fenômeno sociológico e econômico. No centro disso, está a mudança de comportamento dos consumidores, que estão preferindo abrir mão da posse de bens para aproveitar o que eles podem proporcionar. É o conceito da desmaterialização. Em outras palavras: usar no lugar de ter; menos produto e mais serviços; menos patrimônio e mais usufruto. Há vários exemplos da desmaterialização já em funcionamento: Educação à Distância (EAD), arquivamento em nuvem (cloud computing), trabalho compartilhado (coworking), compartilhamento de veículos. “Compartilhar é o novo possuir”, diz a propaganda da Mercedes-Benz sobre o seu sistema de aluguel de automóveis na Alemanha. Outro exemplo de desmaterialização é o comércio eletrônico, que vem impactando fortemente o comércio tradicional. Um estudo do Banco Credit Suisse, por exemplo, prevê que 25% dos shoppings nos Estados Unidos fecharão até o ano de 2022 por falta de clientes. É o reflexo da “economia do sofá”, de onde o consumidor pode suprir suas principais necessidades sem sair de casa. O que fazer, então, diante dessa nova realidade de mercado? Esse é o grande desafio que as empresas e seus produtos têm que enfrentar daqui pra frente. Um desafio permanente, já que a tecnologia muda a cada dia e cria novas formas de desmaterialização, atingindo mais mercados. “Queixar-se da internet e lamentar a morte dos antigos modelos de negócio não ajudará em nada. Queixar-se não é uma estratégia. Você precisa trabalhar com o mundo que existe e não como gostaria que ele fosse”. O conselho de Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, é um bom exemplo de mudança de atitude para encontrar caminhos de enfrentamento da desmaterialização. Outro caminho é o foco total no cliente. Colocar o cliente no centro da estratégia é construir uma saída pela qual o meio passará a ser secundário ou complementar. Seja pela internet ou presencialmente, o cliente no centro da estratégia continuará sendo cliente, gerando receita e garantindo a continuidade do negócio. Portanto, é preciso entender que o carro vai continuar existindo. As escolas, os locais de trabalho e as lojas de rua também. O que vai mudar é a forma de relacionamento com o cliente. Mas um cuidado é essencial na abordagem de adaptação à realidade da desmaterialização. Como ela só é possível porque a tecnologia avançou e vem avançando cada vez mais, não existe futuro do negócio se a tecnologia não for fortemente incorporada. *Por Bruno Queiroz, presidente da Abradi

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Pesquisa revela impacto da tecnologia no ambiente de trabalho

A pesquisa Termômetro ÁgilisRH apontou que em 98% das empresas pernambucanas entrevistadas o modo de funcionamento das organizações foi impactado fortemente pelos avanços tecnológicos. Os aspectos positivos destacados pelos entrevistados no comportamento dos profissionais foram principalmente troca de informações (95,2%), melhoria na qualidade da produção (91,6%) e organização do trabalho (87,3%). A baixa concentração na realização das atividades foi o único quesito em que a maioria das empresas considera que essa influência digital foi negativa. O estudo foi realizado com 126 respondentes entre executivos, gestores e profissionais de recursos humanos. A análise realizada pela consultoria ÁgilisRH originou-se da percepção das empresas de como as novas tecnologias têm permeado o ambiente e a dinâmica das organizações. “Tem-se falado muito sobre a disrupção digital e sobre os impactos que o mundo da internet está gerando na sociedade. Mas identificamos que a maioria dos estudos avalia os impactos desse fenômeno apenas na vida das pessoas. Percebemos que seria importante começar a pensar também como isso está afetando as organizações”, afirma a consultora Carolina Holanda, sócia da ÁgilisRH. Fazendo uma comparação com as modificações que as revoluções industriais tiveram na sociedade em diferentes períodos – e que trouxeram impactos positivos e negativos – a pesquisa buscou mapear os aspectos que garantiram melhorias e aqueles que têm dado dor de cabeça aos gestores. De acordo com Carla Miranda, também sócia da ÁgilisRH, as respostas da enquete apontaram mais melhorias do que problemas. “Os efeitos mais positivos foram sentidos na qualidade dos trabalhos. Os gestores entrevistados relacionam essa qualificação na produção com a quantidade de informações que está disponível para a pesquisa dos profissionais”, relata. O uso de ferramentas digitais, como redes sociais, e-mails e o celular, têm relação com o aperfeiçoamento na troca de informações entre os profissionais. “A organização do trabalho foi outro aspecto destacado positivamente. Avaliamos que esse avanço está ligado aos diversos aplicativos e softwares que a internet oferece para agendamento e planejamento dos horários que as pessoas não tinham antes”, diz Carla. O único quesito apontado com maior preocupação é a concentração nas atividades, que segundo 60,3% dos respondentes piorou. “Esse aspecto tem relação com outra preocupação das empresas que é a administração do tempo. Muitas pessoas têm dificuldades de discernir como usar as redes sociais no expediente”, relata Carolina. A consultora afirma que muitas organizações não conseguem lidar com essa situação, mas avalia que decisões radicais, como a proibição total do uso dessas redes, não são eficazes. “Sugerimos que as empresas construam acordos de trabalho e conscientizem os profissionais sobre como usar esses novos meios de comunicação”. EXPERIÊNCIA DIGITAL. Érika Leite Novaes, diretora do escritório de arquitetura que leva seu nome, afirma que o uso das novas tecnologias está no DNA da empresa. Fundada há quase duas décadas, o escritório fez nos seus primeiros anos um estudo de mercado sobre os softwares mais inteligentes para o tipo de atividade e investiu no VectorWorks, que entre outras vantagens permite a criação de projetos com uma perspectiva em 3D. “Isso nos deu um diferencial no mercado. Além da qualidade do produto final, ganhamos em velocidade e na satisfação do cliente”. O surgimento de mídias como o Instagram, WhatsApp e o Pinterest, por exemplo, trouxeram uma gama de referências para os profissionais que atuam no escritório, ampliaram a comunicação interna com os clientes, além de se tornarem uma janela de divulgação dos trabalhos da equipe da arquiteta. Para inibir que as ferramentas digitais desconcentrem os funcionários, a empresária afirma que foi construído um acordo limitando o uso das redes sociais para assuntos pessoais para hora do almoço ou nos intervalos. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

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Governo de Pernambuco apresenta Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para os próximos cinco anos

Promover condições de competitividade, favorecer a transformação, a pesquisa e a inclusão social através da ciência, tecnologia e inovação. Foi com esse objetivo que o governador Paulo Câmara apresentou, na manhã de ontem (11), a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para Pernambuco 2017-2022. O programa, que é fruto de parcerias entre instituições públicas, privadas, universidades e entidades sociais, pretende orientar o planejamento e as ações de desenvolvimento baseado nas áreas tema. Durante a solenidade, realizada no Palácio do Campo das Princesas, Paulo assinou o decreto que oficializa a Rede Pernambucana de Pesquisa e Educação (Repepe), uma das vertentes da Estratégia, e convênios que vão permitir o funcionamento do projeto. “Apresentamos um importante plano de estratégia para a Ciência, Tecnologia e Inovação dos próximos cinco anos. Um trabalho feito em parceria com diversos setores que estão engajados na promoção da conectividade e da inclusão. Queremos ter condições de chegar a todas as regiões do Estado com mais rapidez. E toda essa estratégia vai ajudar nisso. Vamos dar um salto de qualidade enorme em termos de conectividade em todo o Estado, principalmente, no Sertão e no Agreste, que precisam desses avanços e vão poder contar com esse suporte para avançar, seja na área da educação, de pesquisa ou nos setores produtivos”, destacou Paulo Câmara. Inspirada e globalmente conectada, a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para Pernambuco 2017-2022 foi elaborada também com a participação dos atores que se destacam na área, para orientar o planejamento e as ações de desenvolvimento baseado em ciência, tecnologia e inovação. Estão entre os colaboradores do projeto o Porto Digital, Parqtel, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Católica, FCA, Fitex e o Senai. O macro-objetivo da Estratégia é promover condições para elevar a qualidade de vida e garantir a prosperidade da sociedade a partir de seis eixos estratégicos que orientam a seleção, a implementação e o monitoramento das mais de 50 linhas de ação. São eles: Governança e responsabilidade, Desenvolvimento de talentos e criatividade, Pervasiva expansão da economia e sociedade digitais, Aceleração da inovação nas atividades econômicas, Cooperação e transferência de conhecimentos, Ambiente favorável à inovação. A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lúcia Melo, reforçou a importância das parcerias feitas para o funcionamento do programa. “Na verdade, esse é um conjunto de orientações que nós temos que construir juntos e aportar recursos de uma forma conjunta, porque não há condições efetivas do Governo atuar de forma isolada. É preciso criar e desenvolver parcerias para que Pernambuco tenha a oportunidade de crescer e de mostrar que tem capacidade científico-tecnológica para dar respostas ao investimentos. Nós precisamos ser protagonista ativos desse futuro que as transformações tecnológicas nos impõe”, disse. REPEPE – A Rede Pernambucana de Pesquisa e Educação será a primeira no Estado a ser associada à nova configuração da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A Repepe interligará – a partir de internet de alta velocidade (1 a 10 Gigabytes) – 20 municípios do Estado, podendo alcançar cerca de 400 entidades até 2018. A rede terá como diferencial um modelo de negócio inovador, baseado em parcerias público-privadas voluntárias, propiciando, inclusive, a redução de custos e o compartilhamento dos benefícios propiciados. Para garantir o funcionamento do projeto, foi assinado um convênio de cooperação técnica e integração de infraestrutura entre a Celpe, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e a Secti, para a utilização pela RNP das infraestruturas da Celpe, na área de concessão, mediante a utilização de postes, em áreas rurais com rede de distribuição/transmissão de energia elétrica. A partir desta parceria entre as instituições, o programa terá capacidade para alcançar 1.175 quilômetros, percorrendo 10 das 12 regiões de desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Para atender a Repepe, o governador também assinou a liberação de R$ 10 milhões, que serão aportados pela Secti até o fim deste ano – dentro do Programa de Produção e Difusão de Inovações para a Competitividade de Arranjos Produtivos Locais do Estado de Pernambuco (PROAPL) financiado pelo BID -, para a aquisição de equipamentos de transmissão de dados. Inicialmente, a REPEPE viabilizará a interligação de entidades de educação e pesquisa, como os Centros Tecnológicos do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), além de escolas. A partir de parcerias com outros órgãos estaduais, municipais e demais entidades. Outros potenciais públicos-alvo são centros de inovação, a exemplo do Armazém da Criatividade, em Caruaru, escolas técnicas, a TV Pernambuco, hospitais de ensino, autarquias municipais, além de bibliotecas e arquivos públicos. “Eu acho que essa união vai fazer a transformação daquilo que a Estratégia fundamentaliza. Um projeto que é fundamental para estruturar a educação, não só de Pernambuco, mas do País como um todo. E agora, nós temos essa maravilhosa oportunidade de, em conjunto, construir uma infraestrutura de uma espinha dorsal da educação e pesquisa, que passa por diversas localidades, integrando milhões de alunos, professores e pesquisadores e que vão permitir um desenvolvimento mais igualitário para essas regiões”, ressaltou o diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões. FINANCIAMENTO DE PESQUISAS – Também foi assinado durante o evento uma outorga para apoio financeiro, no valor de R$ 20 milhões, entre a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), vinculada à Secti, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos serão destinados a oito projetos de pesquisa em Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) sediados no Estado com temáticas diversificadas, como inovação farmacêutica, nanotecnologia, engenharia de software, entre outras. Os INCTs fazem parte de uma rede de excelência nacional de pesquisadores que possibilitam, de forma articulada, a reunião dos melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país. (Governo do Estado de Pernambuco)

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A caminho da geração de energia limpa

A maior parte da produção de energia no Nordeste provém dos ventos. O recente crescimento da fonte eólica (responsável por 37,2% da geração em 2016, segundo estudo do Banco do Nordeste), associada à redução do desempenho das hidroelétricas (que respondeu por 31,5%), modificou a matriz energética que move a região. Um cenário que tende a se diversificar ainda mais com os recentes anúncios de investimentos em parques solares e os incentivos públicos para a microgeração distribuída, quando o consumidor residencial, comercial ou industrial passa a ser também produtor. Somam ainda nessa composição de alternativas a geração a partir do lixo – com o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos – e da biomassa, conectada ao tradicional setor sucroenergético pernambucano. De acordo com o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, nos últimos quatro anos o Brasil passou a ser um dos países do mundo que mais investiu na matriz dos ventos e o Nordeste joga como protagonista desse novo momento. “Em alguns meses do ano, a produção eólica já corresponde a 50% de todo o consumo da região. O Brasil ainda não sabe disso. Passar desses 50% para 100% é um processo que pode acontecer rapidamente. Em 5 ou 10 anos, teremos capacidade de gerar toda energia a partir do vento e do sol”, prospecta o empresário, que é presidente da Eólica Tecnologia. De acordo com números da Associação Brasileira de Energia Eólica, Pernambuco é o sexto Estado do País com maior capacidade instalada de geração. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 31 parques eólicos em operação no Estado, gerando mais de 670 mil kW. Outros quatro estão em construção e há três novos previstos, que deverão adicionar 190 mil kW à geração total. Se alguém tem dúvida de que o papel da matriz eólica veio para ser protagonista, as cifras de alguns dos novos investimentos convencem qualquer incrédulo. No mês passado, a empresa Casa dos Ventos inaugurou na Chapada do Araripe, entre Pernambuco e o Piauí, um dos maiores complexos eólicos da América Latina. “Trata-se de um investimento de R$ 1,8 bilhão em 14 parques, capaz de abastecer 400 mil casas. A capacidade instalada deste complexo (359 MW), chamado Ventos do Araripe III, é maior do que a de todos os parques eólicos instalados em países como África do Sul, Grã-Bretanha e México”, afirma o secretário-executivo de Energias Renováveis de Pernambuco, Luiz Cardoso Ayres Filho. Esse empreendimento fecha o ciclo de investimentos da Casa dos Ventos programado para Pernambuco. De 2015 para cá, a empresa havia inaugurado outros dois complexos (Ventos de São Clemente e Eólico Caetés) no Agreste do Estado, onde investiram mais de R$ 2 bilhões. No ranking dos cinco Estados mais produtivos estão quatro nordestinos. O Rio Grande do Norte lidera, seguido pela Bahia e Ceará. O Rio Grande do Sul é o único sulista bem classificado, em quarto lugar. “Tratando-se da produção de energia propriamente dita, os principais polos são Nordeste e Sul, sendo o Nordeste responsável por mais de 70% da energia gerada por essa fonte. Importante entender que a cadeia de energia, ou seja, a produção industrial de máquinas e equipamentos, abrange de Nordeste a Sul do País”, afirma a presidente da Abeólica, Élbia Gannoum. Se Pernambuco não ocupa um lugar de liderança na geração das energias renováveis na região, o Estado possui um papel relevante na produção de equipamentos para essa cadeia produtiva. Além de ter diversas experiências pioneiras. De acordo com Ayres, o cluster industrial de Suape dispõe de quatro empreendimentos: LM Wind Power (pás para turbinas eólicas), Gestamp (torres eólicas), Iraeta/GRI (flanges) e S4 Solar (painéis solares), caçula no polo, tendo sido anunciada em setembro do ano passado. “Mesmo em um cenário de retração de investimentos, Pernambuco se mantém atrativo e competitivo. A produção de equipamentos faz parte de uma cadeia que consideramos fechada, no sentido de que temos praticamente todas as fases sendo realizadas no Estado: política energética, produção, geração e comercialização”, diz o secretário. “A presença de fábricas perto dos polos produtores é importante, no sentido logístico, inclusive, além de propiciar desenvolvimento tecnológico para a região, uma consequência muito positiva do desenvolvimento da energia eólica”, ressalta Élbia. Uma novidade na experiência pernambucana de diversificação da matriz energética é a construção do parque híbrido de Tacaratu, que abriga equipamentos para produção solar e eólica. O parque foi o grande fruto do leilão pioneiro promovido pelo Governo do Estado há dois anos. O empreendimento Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, possui uma potência instalada de 10 MW. O parque, destinado à geração fotovoltaica, está ligado a uma planta eólica de 80 MW. A planta é capaz de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para abastecer 250 mil residências, reduzindo também em grande número a quantidade de emissão de gás carbônico. Além dos empreendimentos solares de Tacaratu, estão previstos mais 6 parques, com 150 mil Kw. Os especialistas ressaltam que há um potencial de desenvolvimento desses parques (eólicos, solares ou híbridos) justamente em regiões com características mais desérticas de Pernambuco, que sofreram nos últimos anos com poucas alternativas para se desenvolver. “A implantação dessas centrais em regiões sem perspectiva de desenvolvimento resulta na chegada de uma grande quantidade de empresas, além dos investimentos em infraestrutura no momento da construção. Posteriormente esses empreendimentos geram empregos de alto nível, para engenheiros e técnicos de manutenção dos sistemas. Isso garante uma mudança no perfil socioeconômico desses locais”, avalia Methodio Varejão, doutor em eficiência energética e coordenador do curso de engenharia elétrica da Devry/FBV. POTENCIAL No segmento solar não são apenas esses empreendimentos que estão despontando. Apesar de ter uma participação ainda muito reduzida na região, todos os especialistas apontam que a energia produzida a partir da luz do sol é uma das que têm maior potencial e viabilidade para o Nordeste. “A geração solar começa a despontar. Não só com projetos de médio e grande porte, mas também num formato que vem revolucionando, que é a microgeração distribuída (energia gerada pelo consumidor). Isso não

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Energia solar fotovoltaica pode crescer mais de 300% até o fim do ano, diz setor

A geração de energia solar fotovoltaica no Brasil atingirá o patamar de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada até o fim do ano, de acordo com projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O número representa um crescimento de 325% em relação à capacidade atual de 235 MW, suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências, com até cinco pessoas em cada uma. A estimativa feita pelo setor coloca o país entre os 30 principais geradores dessa fonte de energia no mundo, com a expectativa de estar entre os cinco primeiros até 2030 em potência instalada anual. Atualmente, estão contratados, por meio de leilões de energia, cerca de 3.300 MW, que serão entregues até 2018. Os investimentos até o fim de 2017 deverão somar R$ 4,5 bilhões. O crescimento da capacidade instalada favorece ainda a geração de empregos em toda a cadeia produtiva. Pelos cálculos do setor, para cada MW de energia solar fotovoltaica instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho. Para o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o desempenho dos últimos anos mostra que o setor passou ao largo da crise econômica brasileira. “O crescimento no ano da potência instalada vai ser mais de 11 vezes mostrando que o setor está em uma fase diferente da economia brasileira, ainda em um processo lento de recuperação, enquanto esse setor sequer enxergou a crise. Crescemos a 300% ao ano durante os anos de crise e agora com esse começo de recuperação continuamos crescendo a taxas elevadas”, destacou Sauaia em entrevista à Agência Brasil. Custo O avanço da energia solar fotovoltaica no Brasil tem permitido ainda a redução de preços para os consumidores. Segundo o presidente da associação, a energia solar fotovoltaica registrou uma importante redução de preços nos últimos anos, porque este tipo de tecnologia se tornou 80% mais barata. No Brasil já é mais barato, em algumas regiões, gerar a própria energia com a instalação dos painéis solares no telhado do que comprar a energia da rede de distribuição. “Investir em energia solar fotovoltaica não é mais uma decisão puramente ambiental ou de consciência da sustentabilidade, mas acima de tudo, o principal motivo que faz as pessoas investirem nesta tecnologia é economia no bolso e competitividade para as empresas”, ressaltou Rodrigo Sauaia. A economia na conta já foi sentida por Adriana Maria Silva, de 47 anos, presidente da Creche Comunitária Mundo Infantil, na comunidade Santa Marta, do Morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio. “A gente pagava uma conta muito alta. Hoje a gente tem uma conta que pode pagar e com o dinheiro que sobra a gente pode investir na instituição, em alimentação, no material pedagógico, na manutenção do prédio”, disse. Com a geração de energia por meio dos painéis instalados no telhado dos prédios da instituição, a creche já tem somado crédito da Light, a companhia de abastecimento de energia do local. “O que vem hoje é mínimo e tem mês que não vem conta para a gente pagar”, completou Adriana, referindo-se aos créditos obtidos com a geração da energia solar. A creche foi o projeto piloto instalado na comunidade pela Insolar, um negócio social, que é um tipo de empresa autossustentável financeiramente sem distribuição de dividendos, voltada para solucionar um problema social e/ou ambiental. Mas a creche não foi a única a ter bons resultados com a redução dos custos. O dinheiro que deixou de ir para o pagamento das tarifas foi usado para a ampliação do prédio da associação de moradores, com a construção de salas para aulas de modalidades esportivas e de canto. A discussão para o desenvolvimento do uso de energia solar no Morro Dona Marta começou em 2015. Segundo Henrique Drumond, um dos fundadores da Insolar, com a parceria de empresas privadas e até do Consulado da Alemanha no Rio, a comunidade já tem 33 espaços comunitários funcionando com essa fonte renovável por meio de 190 painéis. Além disso, os projetos permitiram a capacitação de 35 moradores da comunidade sobre o funcionamento da fonte de energia e manutenção dos equipamentos. Todas as estações do sistema de transporte do plano inclinado operam com painéis que tem acopladas baterias para evitar interrupção no tráfego caso haja corte de energia. “Fizeram a instalação na própria comunidade e depois todos, divididos em equipes, instalaram refletores solares de emergência. Quando falta luz em alguns pontos do Santa Marta, esse sistema liga automaticamente e ilumina o caminho dos moradores”, acrescentou Drumond. A comunidade ganhou ainda o coletivo Santa Mídia, utilizado para divulgação de assuntos de interesse dos moradores. “É uma mídia comunitária com uma televisão que fica na estação 1 do plano inclinado e divulga os informes da comunidade, sobre mutirões, campanhas de vacinação, anúncios. É abastecida com energia solar e a gente fez uma intervenção com o projeto Morrinhos, que fez na estação, ao redor da Santa Mídia, que foi toda grafitada, uma instalação deles”, completou. Habitação popular A energia solar já está sendo utilizada em projetos de residências de interesse social. Numa parceria com a Absolar, o governo de Goiás lançou as primeiras 149 moradias do Programa Casa Solar, que prevê até o fim do ano chegar a 1,2 mil. Para o presidente da associação, a iniciativa é um caminho para que este tipo de fonte de energia possa se estender a todas as faixas de renda da população. “Um sistema como foi utilizado em Goiás pode reduzir em até 70% o custo com energia elétrica e esse dinheiro que alivia o orçamento da família para investir mais na qualidade de vida, da sua alimentação e da educação”, destacou, sugerindo que o governo federal insira este tipo de energia nos seus projetos de habitação. Leilões No sentido de garantir o processo de desenvolvimento e dar maiores perspectivas para essa fonte renovável, além de segurança nos futuros investimentos, o presidente da Absolar defendeu a volta dos leilões de compra de energia solar fotovoltaica. Segundo ele, foi cancelado um certame previsto para o fim do ano passado na área de geração

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Prefeitura do Recife promove II Torneio de Robótica

Hoje (terça-feira, 4 de julho), o Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, vai sediar a segunda edição do Torneio de Robótica do Recife a partir das 14h. A competição vai reunir 151 estudantes do 6º ao 9º anos do ensino fundamental matriculados em 35 escolas da rede e é seletiva para a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, competição nacional na qual a capital pernambucana tem se destacado desde 2015 e através das quais envia representantes para campeonatos mundiais da categoria. O torneio visa estimular os estudantes a enfrentarem desafios na construção de robôs/ carros em ambiente de resgate suplantando falhas, obstáculos e terrenos acidentados em intervalos pequenos de tempo. A disputa está dividida em duas modalidades: 33 equipes participam na modalidade Lego e outros três grupos competem na modalidade ‘Arduíno’, que consiste em robôs montados a partir de materiais recicláveis. As 15 equipes com melhor pontuação serão treinadas para a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), cuja fase estadual acontecerá até agosto e a final nacional terá lugar em Curitiba, entre 7 e 10 de novembro. Para inspirar os competidores, a equipe de oito estudantes vencedora da OBR de 2016 estará presente. Atualmente, eles se encontram em treinos diários para a etapa mundial, que acontecerá em Nagoya, no Japão, e para onde embarcam no dia 20 de julho. Entre os oito, quatro já estiveram em disputas internacionais graças ao programa Robótica na Escola, que foi implantado pela Prefeitura do Recife em 2014. ROBÓTICA NA ESCOLA – Até agora, a Secretaria de Educação investiu R$ 32 milhões no programa, que atende desde as crianças do grupo 3 da Educação Infantil até os jovens do 9º ano do Ensino Fundamental. Atualmente 73.390 estudantes têm acesso ao programa e 4.554 professores foram capacitados nesta área. O programa contempla três modalidades: robôs feitos com blocos de encaixe da Lego Education (os mais utilizados nas competições); linha de robôs humanóides NAO (com os quais os estudantes têm contato durante aulas no Centro de Tecnologia na Educação e Cidadania – CETEC) e a linha de robótica com ferramentas, que permite a construção de objetos robóticos a partir de peças simples do cotidiano, envolvendo conhecimentos de mecânica, eletrônica, programação de computadores e metarreciclagem, além de elementos da matemática, da física e de diversas áreas do conhecimento. Serviço: II Torneio de Robótica do Recife Quando: 4 de julho (terça) Horário: A partir das 14h Quem: 151 estudantes do 6º ao 9º anos Compaz Ariano Suassuna (Avenida General San Martin, s/nº, Cordeiro) (PCR)

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