Arquivos Tecnologia - Página 9 de 20 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Tecnologia

Idosos: a nova fronteira digital

Muito se fala sobre as Gerações Y e Z como o futuro do mercado digital. Mas, no Brasil, a população idosa é a que mais cresce atualmente: cerca de 3,6% ao ano. Em 2035, haverá mais pessoas acima de 60 anos (42,5 milhões) do que pessoas até 29 anos (30,9 milhões), segundo dados projetados do IBGE. Outro estudo, o Conflito das Gerações, realizado pela Cartello, mostra que os idosos do futuro serão muito diferentes dos idosos do presente. Se atualmente 80% das pessoas que vão formar essa população já usam aplicativos de mensagens e redes sociais, na próxima década serão ainda mais conectados. Por terem grau de escolaridade maior do que os idosos de hoje, os novos idosos ocuparão de forma mais abrangente cargos mais altos, como gerência e direção. Portanto, terão mais estabilidade financeira e renda 30% acima da média da geração atual de idosos. Do ponto de vista do consumo, os idosos do futuro não serão tão conservadores quanto os idosos atuais, mas também não serão tão instáveis como as gerações Y e Z. Os novos idosos vão se basear mais em experiências anteriores para determinar a compra do que na percepção de terceiros. A tendência também é de priorizar marcas tradicionais, mesmo que o preço seja maior. Os números acima mostram que há um grande mercado a ser explorado na próxima década. Nesse mesmo período, Pernambuco terá 1,7 milhão de idosos contra 1,5 milhão de jovens adultos, segundo dados do IBGE. Isso vai representar 600 mil consumidores a mais com novas necessidades nessa faixa de mercado nas cidades locais. Nesse sentido, muitas oportunidades de negócios surgirão. Como 40% das pessoas que serão os idosos do futuro fazem exercícios semanalmente, serviços de cuidados com o corpo – tais como academia, beleza e moda – estarão em alta. Nessa mesma linha, o mercado da saúde também vai crescer, sobretudo em áreas como fisioterapia, oftalmologia, odontologia e psicologia. Com o impacto da inevitável Reforma da Previdência, que vai obrigar essa faixa etária a trabalhar por mais tempo, outra área em alta será a educação. A busca por novos conhecimentos e novas carreiras vai aumentar entre os novos idosos para garantir a manutenção da competitividade no mercado de trabalho e uma maior renda no futuro.

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Faltam mulheres no setor de tecnologia

As mulheres são minoria entre os profissionais que trabalham nas empresas do Porto Digital. De acordo com Natália Lacerda, coordenadora do projeto MINAs, uma pesquisa de 2015 estimou que a participação feminina na força de trabalho no polo (não apenas na área tecnológica) era de apenas 30%. O problema, no entanto, está em todo o País. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, apenas 20% das profissionais da área de tecnologia são do sexo feminino. Em tempos em que a diversidade é tão valorizada nas empresas e que esse cluster tecnológico começa a importar trabalhadores para evitar um apagão de mão de obra, atrair mulheres para o setor virou um assunto estratégico e alvo de iniciativas da academia e das corporações locais. O MINAs, por exemplo, atua na base do problema. O projeto tem o objetivo de atrair estudantes para cursos do setor de TICs e contribuir para mantê-las nas formações. “Existe uma grande evasão daquelas que entram nos cursos, que queremos ajudar a combater e, a partir, daí atrair mulheres para as empresas do Porto Digital. O desafio é tornar o ambiente mais acolhedor para as mulheres”, afirma Natália. Entre as iniciativas para atingir essas finalidades está a realização de oficinas de programação para alunas do ensino fundamental e médio em escolas públicas (que contam com 50% de público feminino). Para quem já entrou no polo, está sendo construída uma creche para as profissionais que são mães. A obra é prevista para ser concluída em novembro. Também há um programa de coaching voltado para o desenvolvimento da carreira, além do apoio para aquelas que desejam ser empreendedoras no cluster tecnológico recifense, por meio do programa de empreendedorismo do Porto Digital, o Mind The Bizz. Na UFPE, por iniciativa das professoras do Centro de Informática (Cin), nasceu o grupo Cíntia, com os mesmos objetivos de atração e manutenção de alunas nas graduações e pós-graduações. Trata-se de uma rede de apoio entre as mulheres que fazem parte do Cin. No leque de atividades dessa iniciativa estão a realização de oficinas de programação para adolescentes do ensino médio e até a promoção de um hackathon focado no público feminino, o Hack Grrrl, que acontece neste mês de junho. EMPRESAS Algumas empresas do Porto Digital já possuem processos mais avançados de inclusão de mulheres. A participação feminina na In Loco, por exemplo, está acima da média do mercado de TI brasileiro. “Atualmente, elas representam 34% da nossa força de trabalho e atuam como diretoras, gestoras, engenheiras, analistas e estagiárias”, detalha Thaís Cavalcante, diretora de pessoas da empresa. . . Thaís explica não haver um programa específico para atração do público feminino, mas os critérios usados na contratação de novos profissionais tornam o processo seletivo igualitário em relação a gênero, orientação sexual ou religiosa. Entre as iniciativas de responsabilidade social da empresa está a realização do evento Mulheres na Tecnologia. Nessa ação a empresa recebe 80 alunas do ensino estadual de Pernambuco no escritório recifense para incentivá-las a seguirem a carreira na área de tecnologia. Na Accenture trabalham 700 mulheres, que também correspondem a 34% do quadro. No Brasil, a força de trabalho feminina da multinacional representa 42% do total de profissionais. “O objetivo da empresa globalmente é atingir 50% de mulheres até 2025. O tema de inclusão e diversidade é tratado com muita seriedade e comprometimento pela organização e temos diversos programas de incentivo, desde a contratação até desenvolvimento e retenção. Incentivar a diversidade e o respeito pelo indivíduo são parte do nosso DNA, entendendo que sem diversidade não há inovação”, afirma Flavia Picolo, diretora executiva. As profissionais da Accenture que são mães contam com seis meses de licença maternidade e ainda com a possibilidade de realizar metade do tempo de trabalho em home office durante o primeiro ano do bebê. A empresa possui ainda um programa de apoio e acompanhamento no retorno ao trabalho e também de desenvolvimento diferenciados para auxiliar consultoras e executivas na progressão de carreira. De acordo com Silvio Meira, ter mais mulheres trabalhando na área de tecnologia é um sonho atual do Porto Digital. “Sofremos porque há poucas mulheres trabalhando no setor. As empresas que já possuem um percentual mais elevado de mulheres são mais articuladas internamente, com menos conflitos nos times e com maior facilidade de lidar com o mercado”. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Nova tecnologia permite classificar o tumor cerebral mais comum em crianças

André Julião – Uma metodologia de baixo custo para classificar os diferentes tipos de meduloblastoma, tumor maligno do sistema nervoso central mais comum em crianças, foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores em São Paulo em colaboração com colegas de instituições na Suíça e na Alemanha. O novo método tem precisão semelhante à das caras tecnologias para sequenciamento de última geração e dá subsídios para a tomada de decisão quanto ao melhor tratamento mesmo em países com poucos recursos. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram publicados na revista Acta Neuropathologica Communications. Os pesquisadores avaliaram tumores de 92 pacientes, de 1 a 24 anos de idade, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e no Centro Infantil Boldrini, em Campinas. Para isso, usaram o método conhecido como PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real (qPCR), que demanda o uso de equipamento que custa em média US$ 30 mil e é bastante comum em laboratórios de genética e em alguns hospitais brasileiros, de acordo com Gustavo Alencastro Veiga Cruzeiro, que realizou o trabalho durante o doutorado na FMRP-USP, com Bolsa da FAPESP. Em uma primeira rodada, os cientistas verificaram a expressão de 20 genes associados ao meduloblastoma, dois a menos que os normalmente analisados em tecnologias mais caras, como o NanoString nCounter. O custo da análise de cada amostra foi igual em todas as tecnologias: US$ 60, valor idêntico às tecnologias de alta precisão disponíveis para a avaliação da expressão dos genes em tumores, de modo a permitir sua classificação em subgrupos. Mas os pesquisadores foram mais longe: observaram também por qPCR que a expressão de apenas seis genes-chave nas amostras tumorais era suficiente para definir o grupo a que pertenciam. Com isso, o custo baixou para US$ 26 por amostra. Os resultados foram confirmados por meio de um programa de computador e da aplicação de um algoritmo em 763 amostras de meduloblastomas, depositadas em um banco de dados e previamente classificadas em institutos internacionais. Por fim, 11 amostras aleatórias, das 92 coletadas no Brasil, foram enviadas para o Hospital Infantil de Zurique, na Suíça, e para o Centro de Câncer DKFZ em Heidelberg, na Alemanha, para serem analisadas por tecnologias mais caras e usadas rotineiramente. As análises foram autorizadas pelos doadores das amostras. “Os equipamentos usados nos países desenvolvidos para a classificação têm valor aproximado de US$ 280 mil na América do Sul. Os insumos usados na análise também têm preço elevado. Isso torna bastante oneroso identificar o subgrupo em que o tumor está inserido e, assim, selecionar o tratamento mais adequado”, disse Cruzeiro. Mudança de protocolo A pesquisa é parte do Projeto Temático “Interação entre alvos terapêuticos emergentes e vias de desenvolvimento associadas à tumorigênese: ênfase em neoplasias da criança e do adolescente”, coordenado por Luiz Gonzaga Tone, professor na FMRP-USP. “O projeto tem como objetivo obter novos conhecimentos sobre os mecanismos moleculares envolvidos na carcinogênese de alguns tumores pediátricos e as possíveis interações nas vias moleculares de desenvolvimento, procurando viabilizar melhores critérios de classificação e de abordagem do tratamento. No caso do meduloblastoma, vimos que o critério de classificação molecular é fundamental”, disse Tone, que coordena o Grupo de Pesquisa em Oncologia Molecular Pediátrica (GPOMP). O protocolo padrão para o tratamento do meduloblastoma, que pode afeta diferentes áreas do cerebelo, é normalmente composto por remoção cirúrgica do tumor, quimioterapia e radioterapia. Recentemente, porém, foram descritas quatro variedades do tumor, que requerem terapias com diferentes graus de agressividade. Dentre elas, há duas que respondem melhor ao tratamento. Entre os pacientes com tumores do subgrupo conhecido como WNT, a sobrevida pode ser de até 90% em cinco anos após o término do tratamento, um prognóstico considerado muito bom. Esse grupo, portanto, pode receber uma carga menor de radiação ou mesmo ser dispensado dessa terapia, que pode deixar sequelas como problemas no desenvolvimento, na cognição, de locomoção e de fala. A segunda variedade tumoral, conhecida como SHH, tem prognóstico intermediário, com uma parcela dos pacientes respondendo bem ao tratamento e outra nem tanto. O tratamento mais sugerido para esses casos é a chamada terapia-alvo, com inibidores específicos de uma proteína-chave. No entanto, os estudos existentes mostram que parte dos pacientes ainda não responde a esse tratamento em razão da diversidade na população de células desse tipo de tumor. As outras duas variedades são conhecidas como Grupo 3 e Grupo 4 e são as que mais apresentam metástase. Por esse motivo, exigem uma abordagem mais agressiva de tratamento. No entanto, a biologia desses subgrupos continua pouco conhecida. “No Brasil, não há a adoção dessa abordagem molecular usada na Suíça, Alemanha e Canadá, entre outros países. Nesses locais se faz a verificação do subgrupo do tumor e, então, opta-se por um tratamento de maior ou menor intensidade”, disse Cruzeiro, que atualmente faz estágio de pós-doutorado no Massachusetts General Hospital, da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, com apoio da FAPESP. No Brasil, segundo Cruzeiro, os pacientes com meduloblastoma seguem basicamente o mesmo protocolo de tratamento, com ressecção, quimioterapia e radioterapia, com exceção de alguns casos, como crianças com menos de três anos. Com isso, um paciente do grupo WNT, por exemplo, que talvez não precisasse de radioterapia, acaba recebendo um tratamento que seria indicado para uma pessoa com risco de metástase. Mesmo eliminando o tumor, o tratamento pode afetar a qualidade de vida da criança para sempre. Cruzeiro alerta, porém, que nem sempre o qPCR possibilita um resultado preciso. Existe de 5% a 10% de chance de o método não classificar o tumor em nenhum grupo. Esses casos, porém, correspondem a uma minoria que precisa ser submetida aos métodos mais onerosos. “Em países da América Latina, da África e na Índia, esse método de baixo custo pode classificar satisfatoriamente a maior parte desses tumores e proporcionar informações importantes para a tomada de decisões clínicas”, disse. Por Agência FAPESP

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Polo de tecnologia procura profissionais

Imagine um país cujos habitantes brigam por uma oportunidade de emprego. Nele, há uma ilha com 900 vagas de trabalho abertas e com expectativa de multiplicar esse número em um ano. Porém, poucos estão capacitados para preencher esses cargos. Essa ilustração, não é nada irreal. Trata-se da demanda de profissionais de tecnologia nas empresas do Porto Digital, no Bairro do Recife, hoje. O cenário parece atrativo, principalmente em tempos em que o desemprego bate 16,1% em Pernambuco e quase 13% no Brasil. Além dos postos atuais não ocupados por falta de mão de obra capacitada, há uma estimativa de que as gigantes desse polo abram mais quatro mil até 2020. A mesma ilha onde começou a história da capital pernambucana séculos atrás é onde estão as principais apostas de crescimento econômico para as próximas gerações. E os empregos do futuro. Esse cenário de postos de trabalho desocupados em meio ao desemprego nas alturas – e após um longo período de aumento da oferta de vagas no ensino superior brasileiro – tem explicação. Os pernambucanos estão se formando em áreas nas quais o mercado de trabalho é mais restrito ou que está em encolhimento. O setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) é ainda pouco procurado pelos jovens. E pior, a evasão nos cursos de computação, por exemplo, é de aproximadamente 75%, segundo dados do Censo da Educação Superior. “Temos 2.050 alunos em ciências da computação hoje na Região Metropolitana do Recife. Para se ter uma ideia, os cursos de direito possuem em torno de 22 mil alunos. A geração passada e a atual foram levadas para os concursos públicos. Em busca da estabilidade, seguiram para a área de direito e esqueceram que o setor de TIC está crescendo absurdamente”, compara o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. . . Uma das prioridades da direção do parque tecnológico para os próximos anos é reverter esse cenário. Levar mais gente para trabalhar no setor é um dos pontos-chave para manter a competitividade do polo e seguir atraindo investimentos. Os planos anunciados por Lucena são de ter até 2023 em torno de 20 mil profissionais nas empresas do Porto Digital. Hoje são cerca de 9,5 mil pessoas trabalhando nesse cluster. Vinícius Moreira, 25 anos, está concluindo a graduação de ciências da computação no Recife. Sua vida acadêmica começou pela engenharia civil, sem muita motivação. Até que fez algumas cadeiras de programação e decidiu mudar de área. “Fiquei apaixonado pelo setor de tecnologia. Daí comecei a me dedicar à carreira. Saí de uma área que está mais travada para uma que é inovação constante”, comenta o universitário que está estagiando na startup Pague Bem Brasil. A incursão de Vinícius pelos códigos aconteceu ainda no ensino médio, quando teve uma experiência inicial em uma disciplina de programação, em um colégio público em Aldeia. Para o futuro, ele não pretende sair do Recife. “A melhor coisa para quem estuda é saber que tem um polo deste tamanho precisando de gente o tempo todo. Quem estiver disposto, o caminho está aberto para crescer.” Essa virada na rota profissional em direção à ilha tecnológica do Recife tende a acontecer com mais outros jovens. Mas os players do Porto Digital não estão esperando que isso aconteça naturalmente. Há uma pressa para evitar que o apagão de mão de obra engesse o promissor futuro do polo. A articulação do poder público com a iniciativa privada já entrou em campo para incentivar a procura pelas carreiras no setor e acelerar a chegada desses trabalhadores no mercado. “Há uma grande deficiência entre a demanda e a formação de profissionais na nossa área. É uma conta que não fecha. E se não conseguirmos preencher as vagas que vão surgir, esse é um buraco que só vai aumentar. Acreditamos numa soma de forças para resolver esse problema. O poder público, com uma maior oferta de cursos no setor, além de mais incentivos no financiamento de bolsas nessa área. As empresas também podem fazer o dever de casa, contribuindo para a formação interna de pessoas e fazendo parcerias com ONGs em busca dos alunos que estão no ensino médio”, avalia o presidente da Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), Rodrigo Vasconcelos. A multinacional Accenture, por exemplo, tem uma parceria com a ONG Rede Cidadã, que treina jovens em vulnerabilidade social em tecnologias demandadas pelo mercado, com posterior contratação. Recentemente, o Porto Digital firmou parcerias com a Universidade Tiradentes e com a Unicap para ofertarem mais cursos na área tecnológica no Recife. “Estamos fazendo uma grade curricular em conjunto com os empresários, com a proposta de oferecermos aos alunos residência nas empresas já a partir do início da formação”, afirma Lucena. Outro plano é ofertar cursos intensivos de curta duração para engenheiros que estão desempregados para transformá-los em programadores. . . Silvio Meira, um dos idealizadores do Porto Digital e atualmente professor do Cesar School, defende a valorização das formações técnicas no Estado. “Em qualquer lugar em que se precisa de colders (programadores), a vasta maioria deles é formada em escola técnica. Isso vale para qualquer negócio do mundo. Se a gente tivesse hoje em Pernambuco escolas técnicas como a Cícero Dias ou a Porto Digital, que são as duas que formam programadores no ensino médio, teríamos mais meninos e meninas empregados”. De acordo com o secretário de Qualificação e Trabalho de Pernambuco, Alberes Lopes, o Governo do Estado está desenvolvendo um projeto de capacitação dos estudantes que passaram pelo Ganhe o Mundo, programa que leva alunos para estudar um período no exterior. “Queremos gerar oportunidades de trabalho para esses jovens nessa área em que há grande chance de serem contratados”. Ele afirmou ainda que está em diálogo com a UPE e com a Secretaria de Educação para ofertar capacitações profissionais nas unidades da universidade em todo Estado. Provavelmente no Recife, em Caruaru e em Garanhuns, cidades com maior potencial de absorção de profissionais no setor receberão cursos na área de tecnologias digitais. A urgência na atração de capital humano está

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Recife e São Paulo entram na rede internacional Fab City

O Recife e São Paulo entram, em 2019, na Rede Fab City. A rede reúne cidades em torno do compromisso de evitar o colapso dos centros urbanos até 2054, quando 70% dos moradores do mundo estarão vivendo em cidades, não mais no interior. No Brasil, outras três cidades estão na rede: Sorocaba e Belo Horizonte, desde 2018, e Curitiba, desde 2017. No mundo são, atualmente, 28 cidades, incluindo Paris, Santiago, Boston e Chicago. Ao final do evento desta semana o número será atualizado - entram também na rede Nova York, Dubai, Nairóbi, Lima e Beirute, por exemplo. A iniciativa global foi criada em 2014 pelo Massachussets Institute of Technology (MIT), a Fab Foundation e o Institute for Advanced Architecture of Catalonia (IAAC). Uma Fab City precisa reunir três players: a prefeitura da cidade, um Fab Lab e um representante da sociedade civil - no caso do Recife, é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) quem assume esse papel. Também podem fazer parte a comunidade criativa, cidadãos ativos e empreendedores que vão atuar no desenvolvimento e compartilhamento de projetos. “É um grande Think Tank Global para reimaginar as cidades para o futuro”, afirma Cris Lacerda, do Fab Lab Recife. Nesta terça-feira (18) ela segue para Amsterdã junto com um de seus sócios, Edgar Andrade, e também Rogério Morais, diretor executivo de Gestão Pedagógica da Secretaria de Educação do Recife. No Fab City Summit na cidade holandesa, após exibição de um vídeo do prefeito do Recife, Geraldo Julio, e da leitura da carta de compromisso assinada por ele, Recife será homologada como integrante da rede. Os representantes das cidades também participam, ao longo da semana, de uma série de atividades e da construção coletiva de um manual de boas práticas. Manifesto A cada ano, no encontro, alguma construção coletiva é feita. Como o manifesto Fab City, composto por dez itens. Ecologia é o primeiro: as cidades engajadas na iniciativa devem buscar um futuro com zero emissão de poluentes e respeito aos recursos naturais. O texto também defende políticas públicas inclusivas, compartilhamento de saberes, crescimento econômico, emprego e participação dos cidadãos nas tomadas de decisões. Ainda de acordo com o texto, para transformar as cidades em ecossistemas vivos e resilientes é preciso dar prioridade às pessoas e à cultura. A filosofia do código aberto é encorajada, bem como a experimentação e inovação. Leia o manifesto na íntegra: https://fab.city/uploads/Manifesto.pdf Uma das ideias para este ano é desenhar projetos e tornar as cidades 50% mais autossustentáveis até 2054. Para saber como isso é na prática, basta lembrar da greve dos caminhoneiros, em 2018, quando faltou até alimentos nos supermercados e cidades inteiras quase pararam. “Ali a gente viu o quanto uma cidade depende de outras para o seu abastecimento, precisando deslocar mercadorias com uma grande emissão de gases e impacto no meio ambiente”, cita Cris Lacerda, uma das sócias do Fab Lab Recife. Ela explica que hoje a economia adota um modelo linear, com a sociedade baseada no consumo desenfreado e no paradigma industrial PITO, Product-In/Trash-Out. Ou seja: produtos chegam na cidade e geram lixo. Localmente produtiva, globalmente conectada Na era digital, a economia não é linear, mas em espiral, e o modelo PITO perde o sentido. “Se tenho uma fábrica local de cadeiras, vou precisar da produção de grandes lotes, caminhões e contêineres para enviá-las a outras cidades e países. Por que não comercializar o arquivo do projeto da cadeira? E o que se desloca de um lugar para outro é digital. Através de Fab Labs e sistemas locais de produção você mesmo fabrica com o material e a quantidade exata que quer”, explica Cris. Passa a valer o modelo urbano DIDO - Data-In/Data-Out, ou seja, dados saindo e entrando nas cidades. “Com a fabricação digital somada à produção local forte e às conexões globais, é preciso criar programas para fortalecer esse modelo”, explica Cris. A ideia vale para vários temas: produção de energia, agricultura urbana, criptomoedas e educação para o futuro, por exemplo. O site da rede Fab City tem uma série de projetos para repensar as cidades, com inúmeros exemplos de ações de cidadania ativa e participativa. A programação em Amsterdã vai da hoje (18) até a sexta (22) e começa com um tour pela cidade junto com os representantes das outras Fab Cities brasileiras para conhecer projetos com essa temática e o empreendedorismo local. Durante a semana está acontecendo na cidade o festival We Make The City e, dentro dele, uma trilha de conteúdos que ligam Cidades e Educação. Link: https://wemakethe.city/en/ Uma das propostas para a estratégia Fab City Recife é expandir o sistema territorial de inovação da cidade, atualmente centrado no Bairro do Recife, fortalecendo a diversidade social. E o Fab Lab Recife já tem projetos com essa proposta, o programa Jornada Maker, que leva junto com a Prefeitura do Recife a experiência dos laboratórios de fabricação digital e da educação maker a escolas públicas da rede municipal, transformando-as em locais para a resolução de problemas pela própria comunidade através do uso de novas tecnologias.

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App criado por mãe brasileira permite que pais bloqueiem o celular dos filhos

Preocupada com o tempo que a filha Bia, de 13 anos, passava em frente ao celular, a educadora parental Luiza Mendonça decidiu buscar na internet alguma tecnologia que pudesse ajudá-la na organização da rotina digital da criança. E, entre as opções disponíveis no mercado, não encontrou aplicativos em português que reunisse todas as funcionalidades em um só lugar para resolver o problema de maneira personalizada, como bloqueio de acesso, organização da rotina, localização em tempo real entre outros. Foi então que Luiza enxergou uma oportunidade de negócio e criou o AppGuardian - app de controle parental que conecta pais e filhos. Com o objetivo de não só "controlar e bloquear", mas também conectar famílias e possibilitar uma rotina mais equilibrada na era digital, o app permite que os pais organizem da melhor forma o tempo que os filhos permanecem conectados - seja em celulares ou tablets. De acordo com a pesquisa Opinion Box/ Mobile Time, 23% das crianças de 4 a 6 anos tem o próprio aparelho e 61% utilizam o dos pais. De 7 a 9 anos, apenas 7% das crianças não possuem smartphone ( ou não usam o dos pais), e de 10 a 12 anos esse número reduz para 5%. Administrando a rotina digital da família Indicado para crianças de 5 a 14 anos, a tecnologia ajuda a administrar o tempo nas redes sociais, verificar a localização dos filhos em tempo real, configurar bloqueio de acesso aos aplicativos instalados, checar quanto tempo as crianças ficaram conectadas e quais os aplicativos mais usados, organizar a rotina de uso dos aparelhos por dia e hora e até travar todas as funcionalidades dos dispositivos móveis. Além disso, os pais também podem acionar o “tempo em família” - funcionalidade criada para deixar todos os familiares offline permitindo mais tempo de interação entre eles. Outra função disponibilizada pela startup é o navegador “Navegação Segura”, que filtra e bloqueia automaticamente qualquer tipo de conteúdo impróprio, como sites pornográficos. “Nossos filhos já nasceram em uma era 100% digital e sabemos que a tecnologia faz parte da identidade deles, no entanto, acreditamos que com regras bem definidas a rotina no celular fica mais saudável e segura, e foi por isso que desenvolvemos o AppGuardian”, explica Luiza Mendonça, mãe da Bia e CEO da startup. Para a CEO, além de monitorar e administrar a rotina da filha no celular e tablets de uso comum da casa, a tecnologia ainda permite que ela se conecte melhor com a Bia. “Como mãe eu me sinto mais tranquila utilizando o app, pois posso verificar quanto tempo a Bia fica no YouTube, por exemplo e, isso gera até mais interação entre nós: conversamos sobre os seus vídeos e youtubers preferidos”, completa Luiza Mendonça.

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Porto Digital abre chamada para programa de apoio a negócios inovadores

O Porto Digital e o Sebrae-PE abriram chamada para o Mind the Bizz, programa de apoio ao empreendedorismo inovador com oficinas, mentoria e coaching para startups. A segunda seleção de 2019 terá duas turmas - uma com atividades no Recife e outra em Garanhuns, no Agreste pernambucano. Para participar, os empreendedores interessados devem consultar a chamada e preencher o formulário de inscrição até o dia 1º de julho. O programa Mind the Bizz abrange startups e empreendimentos criativos que tenham o propósito de desenvolver inovação em produtos ou serviços nas áreas de Serviços, Cidades, Economia Criativa, Comércio, Indústria, Agronegócio, Serviços Públicos, Saúde, Finanças e Impacto Social. Ter pelo menos dois sócios ou fundadores - sendo um deles com formação ou experiência no setor de atuação do negócio - e garantir a dedicação de pelo menos 20 horas semanais na jornada de trabalho estão entre os pré-requisitos exigidos dos empreendedores. Composto por duas etapas, o processo seletivo se divide em qualificação das propostas e o pitch day. No primeiro momento, serão avaliados cinco critérios - que vão de perfil e disponibilidade dos empreendedores a oportunidades de negócios e capital. Já na segunda fase, os projetos selecionados deverão ser apresentados durante até cinco minutos para uma comissão julgadora, que irá recomendar ou não a participação no Mind the Bizz. O resultado final será divulgado no dia 9 de julho para a seletiva no Recife e 16 de julho para a de Garanhuns. Como forma de dar oportunidade de novos acessos ao programa e garantir sua diversidade e pluralidade, até três startups estarão isentas de 80% da taxa de pagamento. Para se enquadrar, é necessário que toda equipe seja formada exclusivamente por mulheres ou pelo menos 60% da equipe seja de empreendedores com renda familiar de, no máximo, dois salários mínimos. Durante as 10 semanas de duração do programa, os empreendedores irão construir o Plano de Desenvolvimento do Negócio, que irá orientar o enfoque a ser dado nas capacitações e acompanhamentos (consultoria e mentoria) para inserir o negócio no mercado e buscar as condições para o seu desenvolvimento após o Mind the Bizz. O programa está baseado em metodologias apropriadas para o desenvolvimento de negócios inovadores, como o Business Model Canvas, Customer Development e Design Thinking. Serviço Chamada do Mind the Bizz Inscrições: de 06/06 a 1º/07 Divulgação dos Projetos Selecionados (Recife): 09/07 Divulgação dos Projetos Selecionados (Garanhuns): 16/07 Início do Programa Mind the Bizz (Recife): 12/07/2019 Início do Programa Mind the Bizz (Garanhuns): 19/07/2019 Formulário de inscrição: http://bit.ly/MTB2019_Inscricao Chamada: http://bit.ly/Chamada_MTB2019

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Porto Digital apresenta Plano de Formação

O Porto Digital lança, em parceria com instituições de referência no ensino superior, cursos de formação e capacitação na área de desenvolvimento de software e negócios. As matrizes curriculares foram construídas com a participação do conjunto de empresários (as) do parque para atender à demanda atual por profissionais e garantir o crescimento sustentável do polo tecnológico. Os cursos serão ofertados pelo Centro Universitário Tiradentes, Fundação Dom Cabral e Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com início das atividades já no segundo semestre de 2019, as aulas terão foco em desenvolver competências e habilidades requisitadas pelo mercado e garantir o nível de empregabilidade com constante contato entre os estudantes e as empresas do Porto Digital. “Entre os diferenciais desses cursos co-branding é a Residência. A ideia, emprestada dos cursos de medicina, é que esses profissionais em formação já se integrem às empresas do parque por meio de imersão. Com isso, as próprias companhias ajudam a moldar o currículo não só acadêmico, mas de experiência profissional com programação desde o início”, comenta o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. A criação dos cursos co-branding surgiu de uma necessidade do parque: atualmente, as empresas embarcadas no Porto Digital contam com cerca de 900 vagas em aberto. Além dessa capacidade ociosa, o parque tecnológico tem previsão de dobrar de tamanho em número de profissionais e de empresas nos próximos cinco anos - ou seja, sair dos 9 mil colaboradores para cerca de 20 mil e de 328 empresas para 600 até 2024. “Por conta dessa previsão de crescimento, precisamos acelerar a formação de capital humano. Então sentamos com empresas do parque para montar o conteúdo desses cursos para que atendam às necessidades do mercado. A ideia é promover cursos que tenham como centralidade o desenvolvimento das competências técnicas aplicadas a problemas reais, bem como competências socioemocionais que facilitam o trânsito e permanência dos (as) formandos (as) no ecossistema”, comenta a gerente de Pessoas do Porto Digital, Marcela Valença. Mais detalhes sobre os cursos: • Centro Universitário Tiradentes Curso Superior Tecnólogo em Desenvolvimento de Softwares Com aulas realizadas também no Porto Digital e residência (programa imersivo e intensivo de treinamento direto nas empresas), o curso tem duração de dois anos e aborda conhecimentos que passam da introdução à programação a front-end, data science e inteligência artificial. Especialização em Desenvolvimento de Software Voltada para profissionais da área de Exatas, a especialização tem como foco aproveitar a matriz curricular em comum com a ciência da computação para abrir um novo mercado de trabalho para quem quer escolher uma nova carreira em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Programação, engenharia de software e desenvolvimento ágil estão entre os tópicos trabalhados durante o curso. • Fundação Dom Cabral Especialização em Gestão & Transformação Digital Em formato in company, a especialização é voltada para empresários do parque tecnológico que tenham interesse em desenvolver habilidades na pós-graduação e extensão profissional. Nos dois anos de duração do curso, os treinandos seguirão trilhas de desenvolvimento em formação gerencial, para pessoas e específica, além de design estratégico para transformação digital e projetos aplicados. • Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Graduação em Jogos Digitais A graduação tem como objetivo formar profissional qualificado e comprometido com as demandas do mercado de jogos, com domínio de conceito, técnica e tecnologia para multiplataformas e que seja capaz de atuar de forma criativa, crítica, inovadora e ética nas mais diversas áreas. Com duração de dois anos e meio, o curso contará com realização de aulas no parque e imersão de alunos nas empresas já no 1º período. Curso Superior Tecnólogo em Ciências da Computação Com duração de dois anos e uso de metodologia ativa problem based learning (PBL) desde o primeiro período, o curso tecnológo contará com aulas ministradas também no parque. Além disso, os alunos realizarão residência nas empresas do Porto Digital. MINAs Além dos novos cursos co-branding, o Porto Digital também tem estabelecido uma série de ações em educação e equidade de gênero por meio do programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs). Divididas nos eixos de Formação, Qualificação e Fomento, as ações da iniciativa se dividem em oficinas, hackathons, curso técnico de programação, curso de atualização profissional e outras atividades voltadas tanto para estudantes do ensino médio quanto para profissionais. Lançada em 2018, a iniciativa tem como princípios a desmistificação da ideia de que tecnologia não é “lugar de mulher”; além de transformar o ambiente educacional e profissional de tecnologia em uma realidade com maior presença feminina, mais acolhedor às mulheres e com igualdade de oportunidades.

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Jovens brasileiros passam mais de 1h30 por dia no Instagram

Estar conectado nas redes sociais é sinônimo de estar atualizado e interagindo com o mundo todo através de um simples aplicativo. O Instagram, por exemplo, é o app queridinho do momento no Brasil, reunindo atividades de diversos outros aplicativos em um só. Por se tratar de uma rede com grande número de usuários, o Cuponation compilou uma média de quanto tempo os brasileiros costumam gastar na rede. De acordo com o relatório Digital in 2018, feito pelas empresas Are We Social e Hootsuite, o Brasil está entre os três primeiros países nos quais as pessoas costumam ficar mais de 9h do dia navegando na internet. Ao fazer a mesma pesquisa em cada país participante do estudo, o relatório apontou que o brasileiro está entre os dois primeiros no ranking da população que fica mais tempo nas redes sociais, sendo em média mais de 3h e meia por dia. O Cuponation realizou um levantamento com 329 jovens brasileiros de classe média entre 17 e 25 anos (público que mais utiliza o Instagram) e constatou que os jovens passam em média 1h e 32 minutos conectados à rede social por dia. Veja mais no infográfico interativo. O relatório Digital in 2018 ainda registrou que no ano passado 62% da população brasileira já estava conectada nas redes. No mundo, só em 2017 quase 1 milhão de pessoas começaram a usar as redes sociais todos os dias - o que representa mais de 11 novos usuários por segundo, segundo a última análise da eMarketer. Ao especificar a quantidade de usuários do Instagram, apesar de a rede ocupar o 6º lugar no ranking das redes mais usadas pelo mundo (Statista-2019), no Brasil o aplicativo está em 4º lugar com mais de 55 milhões de usuários e é a rede social preferida do brasileiro mensalmente ativo, ficando na frente até mesmo do Facebook, que é a principal mídia social do país, com mais de 130 milhões de usuários, segundo a Rock Content. Link da pesquisa completa: https://www.cuponation.com.br/insights/instagram-2019  

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Alugar veículo em vez de comprar pode ser a tendência

  Veja as sete razões para alugar Locação semanal ainda apresenta outras vantagens dos modelos tradicionais Seja motorista de aplicativo ou não, alugar um carro em vez de comprar parece ser a tendência. Durante a Collision, conferência de tecnologia que mais cresce na América do Norte, palestrantes apontaram que as pessoas estão percebendo que possuir um veículo está cada vez mais inacessível devido a pagamentos do carro, seguro e estacionamento. A mudança de comportamento corporativo, fazendo com que empresas adotem o modelo home office, também é um fator que contribui para a não aquisição de um carro. Quando se aluga um veículo, muitas das despesas fixas que se tem com um automóvel próprio são de responsabilidade das locadoras. Para os motoristas de aplicativos, quando esse aluguel pode ser feito semanalmente, há ainda outras vantagens como o controle de quanto é preciso investir em relação ao tempo necessário ao volante para bater a meta pessoal de lucro. Ao pagar semanalmente não existe o comprometimento com um valor alto de aluguel, muitas vezes bloqueado no cartão de crédito, aumentando o risco financeiro. A startup PPCar, pioneira em locação de carros para motoristas de aplicativos e que oferece aluguel semanal pensou em outros benefícios para viabilizar condições mais favoráveis aos motoristas. Franquia de R$1.000,00, quilometragem maior, atendendo aos motoristas que vão trabalhar de 10 a 12 horas por dia. Os carros são 1.0, novos e econômicos (parte deles, ainda em fase de teste, roda com gás), além de não trabalharem com placas de final 9 e 0, sujeitos a rodízio às sextas-feiras em São Paulo, um dos dias de maior movimento para os motoristas de aplicativos. Custos de um carro próprio: Valor do Veículo R$50.000,00 Depreciação (20%) R$10.000,00 IPVA (4%) R$2.000,00 Seguro Anual R$3.000,00 Manutenção R$1.800,00 Pneu (4 unidades) R$1.200,00 Juros R$9.000,00 Total R$27.000,00 Mensal R$2.250,00 As locadoras de veículos tradicionais, que também entraram no segmento de motoristas de app, têm alguns entraves quando comparadas ao modelo da PPCar. Elas exigem pagamento antecipado da locação, o valor caução fica bloqueado no cartão de crédito, o valor de franquia em caso de sinistro é bem alto, entre R$ 2.000,00 e R$ 6.000,00, em caso de restrição no nome, não há liberação da locação do veículo para o motorista. Além disso, a maioria das empresas oferece o modelo de locação mensal, independentemente do motorista precisar parar por alguns dias, e essas são algumas das desvantagens. “Também não exigimos comprovação de renda e o pagamento semanal da locação do veículo pode ser feita por boleto, débito automático ou cartão de crédito”, comenta Alexandre Ribeiro, CEO da PPCar. Em alguns casos de sinistro, a startup oferece um carro reserva ao motorista, para evitar o impacto na renda. As documentações necessárias para fazer a assinatura do veículo são as mínimas exigidas por lei, como ter a CNH com EAR (para quem Exerce Atividades Remuneradas), atestados de antecedentes criminais estadual e federal negativados e comprovante de endereço, são algumas delas. A documentação é avaliada por uma equipe da PPCar e em no máximo 48 horas a empresa libera o veículo para o motorista começar a trabalhar.

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