Urbanismo - Página: 61 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

PCR apresenta Projeto de Modernização do Bairro do Recife

O Bairro do Recife carrega, em si, um emaranhado de complexidades: é ao mesmo tempo porta do futuro e da inovação regional, via Porto Digital, e o centro histórico da nossa cidade. É o endereço de uma série de equipamentos culturais e nos últimos anos descobriu sua vocação para o lazer, mas também enfrenta uma série de problemas estruturais como edificações em estado de abandono. Cartão postal e referência afetiva de uma cidade que carrega em seu nome, o bairro vai passar por uma série de transformações que tem, como principal objetivo, tornar o espaço urbano um ambiente mais inclusivo, tomando a escala humana e o pedestre, o caminhar pelas ruas, como principal referência. A série de intervenções, apresentadas na tarde de ontem (23) pelo Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Guila Calheiros, em evento com a participação de empresários, moradores, trabalhadores e outros usuários do bairro, serão puxadas por três ações principais: as obras de conversão da rede elétrica e de telecomunicações e modernização da iluminação pública, que preveem a requalificação de calçadas e ruas e implementação de malha cicloviária; o processo de arrecadação de imóveis urbanos em estado de abandono; e a implementação do conceito de Living Labs em toda a extensão do Bairro do Recife. Obras de embutimento dos fios e cabos de telecomunicação A principal ação de modernização do Bairro do Recife tem como objetivo o embutimento de fios e cabos de telecomunicação e uma série de transformações no espaço urbano, como o alargamento de 25% da área de calçadas, proposta de implementação de quatro quilômetros de malha cicloviária e a pedestrianização de algumas vias, como a Rua da Moeda, que desde o Festival REC'n'Play, realizado no início de outubro, está livre da circulação e estacionamento de carros, e a Rua do Bom Jesus, a próxima a passar pelo processo de pedestrianização. Até o momento já foram investidos cerca de R$ 730 mil dos R$ 1.747.975,01 do Fundo de Revitalização do Bairro do Recife na elaboração do projeto executivo de engenharia. A previsão é de que o projeto executivo seja finalizado em dezembro de 2019. O prazo de execução da obra é de 24 meses e o valor estimado global é de R$ 55,7 milhões. A fonte de recursos é o Fundo de Compensação da Companhia Energética de Pernambuco, a Celpe. Arrecadação de imóveis O processo de arrecadação de imóveis urbanos em estado de abandono foi iniciado em julho de 2017, com a publicação da Lei Federal nº 13.465/2017, que trata da regulação fundiária. Em dezembro do mesmo ano foi realizado um mapeamento que identificou 30 imóveis em estado de abandono. Em agosto de 2018, o decreto Nº 31.671/2018 estabeleceu os procedimentos administrativos destinados à arrecadação dos imóveis. Do mapeamento inicial, foram identificados 13 imóveis que se enquadram nos critérios estabelecidos. Desses, nove proprietários já foram notificados e um edital de notificação para os proprietários de quatro dos imóveis está em curso. Living Labs A proposta é desenvolver uma plataforma de suporte às empresas do Porto Digital, pesquisadores e empreendedores, que facilite a utilização do Bairro do Recife como um espaço de testes de tecnologias urbanas nas quais o usuário participa em condições reais, utilizando as inovações por meio de linguagens como a Internet das Coisas (IoT), série de sensores que dialogam entre si e geram dados de forma imediata. O sistema de bicicletas compartilhadas e a Zona Azul Digital são dois dos exemplos de aplicabilidades que foram primeiramente testadas no bairro e em seguida foram replicadas para toda a cidade. Por ser uma ilha e apresentar condições geográficas específicas, todo o Bairro do Recife é um ambiente controlado, ideal para a prototipação de tecnologias inovadoras. Raio X do Bairro do Recife Além de apresentar os detalhes previstos no Projeto de Modernização, Guila também trouxe na sua fala uma série de dados e informações relevantes do bairro, como o quantitativo de imóveis (396) e quantos deles estão fechados (81), além das suas condições de conservação. Ao todo, 1.123 sequenciais de IPTU estão localizados no Bairro do Recife, dos quais 51 deles (14%) estão com débitos a mais de cinco anos. Os dados econômicos confirmam a importância da atuação do Porto Digital no Bairro do Recife. As empresas que prestam serviços de informática geraram em 2018 um faturamento de R$ 1.86 Bilhão, frente aos R$ 251.7 milhões que correspondem aos outros três outros serviços de destaque somados (Instalação, Colocação e Montagem; Educação; Análise e Pesquisa de Mercado). O faturamento de TICs (tecnologias de informação e comunicação) no Bairro do Recife é mais do que o dobro do faturamento do mesmo setor em todo o restante da cidade. A apresentação completa, com todas as informações detalhadas, gráficos e comparativos, está disponível para download, em formato PDF, neste link: http://bit.ly/Modernização_Bairro_Do_Recife (Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura do Recife)

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PCR apresenta Projeto de Modernização do Bairro do Recife

Na próxima quarta (23), às 15h, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Guila Calheiros, apresenta, no Cinema do Porto Digital, os detalhes do Projeto de Modernização do Bairro do Recife. A proposta principal é readequar o espaço urbano, tomando a escala humana como referência para as transformações a serem implementadas. O evento é aberto ao público e será sujeito à lotação do Cinema, que fica no 16º andar do edifício sede do parque tecnológico. No painel, voltado para os usuários do Bairro do Recife (empresários, trabalhadores, moradores e o público em geral que frequenta o Bairro), Guila vai traçar um panorama com dados sobre a ocupação imobiliária, economia, infraestrutura e o fluxo de circulação da área, que comporta tanto o principal ambiente de inovação do Nordeste, como equipamentos culturais, monumentos turísticos e serviços como bancos, padarias, cafés e restaurantes, dentre outros empreendimentos. Entre os destaques do Projeto de Modernização estão o embutimento da fiação, a pedestrianização de ruas, o alargamento de calçadas, a implementação de uma malha de ciclofaixas e ciclorrotas e do conceito de Living Lab - série de medidas que transformarão o Bairro do Recife em um laboratório a céu aberto para que tecnologias com potencial de impactar toda a cidade sejam experenciadas, primeiro, na região. Serviço: Apresentação do Projeto de Modernização do Bairro do Recife Quarta, 23/10 às 15h Cinema do Porto Digital - Cais do Apolo, 222, 16º andar Aberto ao público (sujeito à lotação)

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Sobre a nova escola no Parnamirim

Ao longo do mês de setembro, recebi inúmeras solicitações de amigos, conhecidos e vizinhos para opinar e “agir” sobre a construção de uma escola, praticamente na esquina da rua onde moro, no bairro do Parnamirim. As alegações principais eram de que o trânsito, que já é travado nos períodos de pico, ficaria “muito pior” (e, até, “insuportável”), nos horários de chegada e saída dos alunos. Procurei me inteirar do que se tratava e, até onde pude perceber, “salvo melhor juízo” como diz a turma do direito, cheguei à conclusão de que, nesta altura do campeonato, do ponto de vista legal, há muito pouco a ser feito para mudar o que foi aprovado (que, também segundo o que pude apurar, seguiu os trâmites requeridos e o devido processo legal). Inclusive porque as atuais manifestações estão se dando sobre os efeitos ou consequências do direito de construir no local de acordo com a legislação vigente. E, de acordo com a legislação vigente, ali pode ser feita construção não só de escola mas de edifício de apartamentos, de supermercado, de academia, de centro de compras, de salas comerciais, de bar etc. O que, aliás, é positivo para dar vida diversa a um bairro que não deve ser só residencial. E, desses usos, não me ocorre nenhum mais nobre do que uma escola para os filhos dos moradores... Se vai impactar no trânsito, todos, de uma forma ou de outra, mais ou menos, impactariam também! A bem da verdade, devo ainda dizer que, do ponto de vista da benéfica participação dos cidadãos, é melhor que as mobilizações se deem “antes tarde do que nunca”. Todavia, o melhor seria que elas pudessem se dar sobre as causas, ou seja, sobre a pertinência da legislação (é adequada? poderia ser melhor? deveria ser ajustada?) que permite as construções (com seus devidos parâmetros e áreas possíveis de edificação), não só ali mas em qualquer outro lugar. Aliás, do ponto de vista institucional, este debate está justamente em curso com a revisão decenal do Plano Diretor do Recife que está na Câmara Municipal, em fase de discussão para aprovação legislativa. O que há que ser defendido, sempre, é que os legisladores considerem os diferentes interesses em jogo, do dinamismo próprio de cada bairro, dos empreendedores que podem ser estimulados, dos cidadão que precisam ser respeitados e que têm o direito de influenciar sobre o que vai ser legislado. Tratam-se, afinal, dos destinos da nossa cidade e da vida de cada um de nós!

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Inovações criativas modificam espaço urbano no Recife

*Por Rafael Dantas As cidades irão abrigar 70% da população mundial até 2054, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas. Para o Brasil, a expectativa que se desenha é que 92,4% dos habitantes vão morar nas zonas urbanas. Diante da concentração populacional nas metrópoles, buscar inovações que amenizem os desconfortos desse crescimento é uma das urgências do Século 21. No Recife, diversos atores públicos e privados têm-se mobilizado para construir alternativas para alcançar melhorias na mobilidade, condições de moradia, qualificação das áreas públicas e no próprio engajamento das pessoas no cuidado com o espaço urbano. Alguns projetos gestados na capital pernambucana, inclusive, já conquistaram notoriedade internacional e começam a ganhar escala no território. Nos últimos anos surgiram no Recife estruturas vocacionadas para criar soluções para a cidade, como a Secretaria de Inovação Urbana (da Prefeitura do Recife), o Inciti (grupo de Pesquisa e Inovação para as Cidades da UFPE), o LOUCo (Laboratório de Objetos Urbano Conectados do Porto Digital) e o FAB LAB Recife. ONGs, associações, startups e algumas empresas também estão conectadas com esse ecossistema focado no espaço urbano que tem um pé nas melhores práticas de arquitetura e urbanismo e outro no uso de novas tecnologias. Uma linha em comum de todas as iniciativas é o esforço em envolver a população na formulação dos projetos. “O Recife vive um boom de projetos e iniciativas de inovação urbana, sejam inovações tecnológicas ou sociais, mas isso é um fenômeno que também pode ser visto em diversas cidades no mundo. Tem relação com a aceleração de colapsos urbanos e com a chamada consciência de geração: os nativos digitais, que têm como características naturais a inovação, a agilidade e a colaboração. Então, junte uma série de problemas urbanos que precisam ser resolvidos, com uma geração ávida por colaborar e botar a mão na massa e temos a mistura perfeita para ações de inovação urbana”, analisa a sócia e coordenadora de tecnologia e conhecimento do Fab Lab Recife, Cris Lacerda. Frente aos desafios de defesa civil no Recife relativos à população que vive em condições de risco em barreiras, a prefeitura criou, há alguns anos, a Secretaria Executiva de Inovação Urbana. O órgão começou com a aplicação de geomantas coloridas nos morros para evitar deslizamentos, o que já era uma inovação made in Pernambuco, com baixo custo e potencial de acelerar a atuação do poder público pelo município. Mas a criatividade e a busca de novas ferramentas de intervenção urbana não pararam por aí. O Recife viu nos últimos anos os muros de arrimo, casas, escadarias e calçadas ganharem cores por meio do programa Mais Vida nos Morros. Com tinta, paisagismo, criatividade e participação dos moradores, a iniciativa criou parklets, hortas comunitárias, áreas de lazer e convivência, onde antes existiam pontos de confinamento de lixo ou espaços ociosos. Depois disso, passou a focar no engajamento das crianças, colorindo, por exemplo, o caminho delas para a escola. A medida foi realizada após ouvir os pequenos sobre o que eles desejavam para seu bairro. O novo projeto da secretaria é incentivar a coleta de embalagens plásticas e trocá-las por utensílios domésticos feitos com o material reciclado, como cabides e cestos. “O Mais Vida nos Morros é uma política pública, mas é mais parecida com uma startup. Começamos por uma estratégia de defesa civil, que se reinventou várias vezes e hoje tem um foco na primeira infância”, explica o secretário Tullio Ponzi. O programa já foi reconhecido pela ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos) como uma referência nacional em inovação em políticas públicas. “Quando construímos as ações junto com a comunidade, promovemos essa relação e engajamento do cidadão com a cidade”. O programa terá a primeira iniciativa fora da área de morros. Em 2019 o novo mote é o Mais Vida Teimosa, desenvolvendo inovações com a população de Brasília Teimosa. Além do poder público, há iniciativas privadas também de olho na condição de vida das populações mais carentes. Com um olhar sensível à condição precária das moradias das regiões mais populares, o arquiteto Antônio Neto criou a empresa social Arquitetura Faz Bem. Inicialmente a comunidade Entra Apulso, na Zona Sul, é o alvo das ações, que tem por objetivo qualificar as residências com orientação técnica e execução das obras com custo popular. “Nosso negócio é oferecer soluções de saúde a partir da arquitetura nas comunidades carentes. Observamos, principalmente, se o ambiente é iluminado e ventilado, que são fatores que interferem na saúde física e emocional de uma família. Muitas casas na periferia têm obras inacabadas, por falta de recursos, ou foram feitas sem nenhuma orientação técnica. Para atender essa necessidade, criamos projetos mais enxutos”, conta o empreendedor. O preço reduzido e uma condição de pagamento mais elástica contribuem para que mesmo as famílias de baixa renda consigam financiar uma transformação na sua moradia. Outra alternativa é a realização de campanhas de arrecadação para levantar os recursos para as obras, como a que foi realizada recentemente com apoio do Shopping Recife para a reforma de cinco residências. Por ser uma cidade cortada por rios e riachos, o Recife vê surgir nos seus cursos d’água e nas suas margens outras iniciativas de transformação com bastante criatividade. Uma delas foi desenvolvida pelas crianças incomodadas com o lixo jogado no Canal do ABC, na Mustardinha. Elas são estudantes da Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves, que possui um laboratório maker da FAB LAB Recife, e criaram uma ecobarreira de garrafas PET, uma espécie de rede que tem o objetivo de impedir que os resíduos descartados no canal sigam com as águas. A solução de baixo custo, que contou com apoio da Emlurb na sua execução, foi apresentada em feiras científicas em São Paulo e em Assunção, no Paraguai. Nas margens das águas do Recife, o maior projeto de inovação urbana em andamento é o Parque Capibaribe. Desenvolvido por meio de um convênio entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e o Inciti, ele propõe que a capital pernambucana se torne uma cidade-parque

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Rede Gestão: Geraldo Julio fala sobre os investimentos sociais no Recife

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, foi o convidado do mês de outubro da Rede Gestão para falar sobre o Compaz e o Programa Mais Vida nos Morros. Na reunião, ele tratou também sobre as inovações feitas na pasta da Educação, que já apresentam resultados dos alunos da rede municipal no Ideb. No encontro, ele falou também sobre os planos do poder municipal de realizar no curto prazo um restaurante popular e um abrigo, frente às dificuldades econômicas persistentes enfrentadas pela população de baixa renda. "O Compaz e o Mais Vida nos Morros são duas experiências inovadoras, que em nosso País só existem no Recife. É importante contextualizamos a realidade que enfrentamos. Vivemos num País que tem uma desigualdade muito grande, onde os 6 brasileiros mais ricos têm a mesma riqueza dos 100 milhões mais pobres. O índice de Gini (medida de desigualdade) indica que há 17 trimestres a desigualdade aumenta no País. Nunca tivemos uma série tão longa quanto essa. Esse é o tempo que estamos vivendo e administrando. Ao pensar numa política pública, precisamos pensar para esse contexto", alertou o prefeito. Geraldo destacou que tanto o Mais Vida nos Morros como o Compaz foram reconhecidos em premiações nacionais e internacionais sobre o combate à desigualdade social e à promoção da cidadania. O Compaz foi apontado como melhor projeto de redução de desigualdade social do Brasil, pela Oxfam Brasil e Programa Cidades Sustentáveis. O Mais Vida nos Morros foi reconhecido recentemente como o projeto de maior relevância para a primeira infância pelo Prêmio Alummi 2019, que é organizado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI). O destaque dado aos programas acontece num momento em que há um debate nacional em torno do combate da violência com ênfase na repressão e não nas políticas sociais. "Cada um na sociedade tem o seu papel. A polícia tem o seu papel, o ministério público tem seu papel. Os municípios devem trabalhar com a prevenção da violência, a cultura de paz, está assim na Constituição Federal. Infelizmente participei de uma reunião de prefeitos que pediam autorização para comprar rifles e metralhadoras melhores para enfrentar a violência em suas cidades. Nossa guarda municipal é desarmada e não tem chance nenhuma de comprarmos pistolas. Não tem quem me convença de fazer isso", afirmou Geraldo. Além das duas operações atuais do Compaz que já atendem a população, Geraldo Julio afirmou que até o final da gestão poderá entregar mais cinco centros. Quando questionado sobre a continuidade do Compaz e do Mais Vida nos Morros nas mudanças de gestão municipal, o prefeito respondeu que a principal garantia de sustentabilidade desses projetos é a participação da população em defesa dessas políticas públicas. Ele narrou o surgimento do programa Mais Vida nos Morros, dentro da Secretaria de Inovação Urbana do Recife, e a escala que ele já alcançou no território. Uma novidade mais recente do programa é a entrada mais forte das crianças na concepção das ações e na mobilização dos moradores. "Quando a gente coloca as crianças, a comunidade inteira vem. As crianças fazem uma festa e os pais chegam. Isso é uma coisa que encanta as crianças e os adultos também". Uma pesquisa mencionada pelo prefeito apontou que nas regiões alcançadas pelo Mais Vida nos Morros houve um aumento de 64,3% do número de crianças que brincam fora de casa. "É a transformação do espaço público degradado em um lugar vivo. E são as pessoas que fazem isso". VEJA TAMBÉM Ao final da reunião, Geraldo Júlio ressaltou também algumas inovações realizadas na rede municipal de educação, como o desenvolvimento dos laboratórios nas escolas, o investimento na realização de grandes feiras de conhecimentos e o incentivo ao programa de robótica. Atualmente 70 mil alunos estão integrados no programa Robótica Lego, que é um indicador de destaque mundial atestado pela Lego, segundo o prefeito. Muitos alunos da rede, inclusive, têm participado de olimpíadas educacionais no País e no exterior representando a cidade. "Temos hoje a menor taxa histórica de abandono escolar, de 0,7% no Ensino Fundamental. Isso mostra que esse trabalho está chamando a atenção das crianças. Conseguimos também triplicar o número de estudantes do 9º ano aprovados nas escolas técnicas estaduais. E, por último, tivemos o maior crescimento do Ideb no Brasil entre todas as capitais no último ano. É um resultado animador", avaliou o prefeito. Além dos membros da Rede Gestão, o encontro com a palestra do prefeito Geraldo Julio recebeu o secretário de inovação urbana do Recife, Tullio Ponzi, e o secretário de cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto. No dia do evento, foi comemorado também os 29 anos da TGI Consultoria em Gestão, que é a sede das reuniões da Rede Gestão. . . VEJA TAMBÉM  

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Copergás inicia obras do gasoduto de Muro Alto e Porto de Galinhas

A Companhia Pernambucana de Gás – Copergás deu a largada para o segundo maior projeto da empresa no ano de 2019, com o início das obras, semana passada, da expansão que levará o combustível para Muro Alto e Porto de Galinhas, em Ipojuca. A previsão da companhia é concluir as obras em meados do próximo ano. O lançamento das tubulações, atividade que marca também o início dos furos direcionais, utiliza o método não destrutivo, que busca reduzir os transtornos causados à população local. Com extensão total de 23,2 km, a tubulação que interligará essas localidades do litoral Sul de Pernambuco à rede de gás natural canalizado terá duas etapas. A primeira sairá do Complexo Industrial e Portuário de Suape até o bairro de Nossa Senhora do Ó, com 6,88 km de rede em aço. A segunda fase da obra, que ligará Porto de Galinhas e Muro Alto, será atendida por meio de uma tubulação em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), com 16,4 km. O investimento para todo o projeto é estimado em R$ 10,4 milhões, ficando atrás, em 2019, apenas do gasoduto Camaragibe-Carpina, avaliado em R$ 23 milhões, que, numa segunda etapa, também chegará ao município de Nazaré da Mata. As vantagens do gás natural – comodidade, economia e segurança – já chamam a atenção dos empreendimentos sediados na região, como hotéis, resorts e condomínios residenciais. Segundo dados de prospecção de novos clientes comerciais, levantados pela Gerência de Comercialização Residencial e Comercial (GCRC) da Copergás, cerca de 50 estabelecimentos têm interesse em migrar de sua atual fonte de energia para o gás natural. De acordo com o gerente da GCRC, Anderson Andrade, a economia oferecida pelo GN “pode superar a marca de 50%, variando de cliente para cliente”. No primeiro trimestre de 2020, a Copergás chegará à região de Porto de Galinhas também com o gás natural veicular (GNV), no posto de combustíveis Braz e Filhos. (Da Copergás)

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PCR avança no ordenamento do bairro de São José e apresenta novo plano de mobilidade

O pedestre vai ganhar 1.870 m² de livre circulação no Bairro de São José, em uma área antes tomada pelo comércio informal e por veículos. A iniciativa da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), em parceria com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), é parte do plano ordenamento da gestão municipal para o bairro de São José. A partir desta quinta-feira (10) as laterais Leste (a partir da Rua Padre Muniz até a Rua do Porão) e Sul (a partir da Rua José do Ribamar até a Rua Padre Muniz) do Mercado de São José serão pedestrianizadas, para garantir uma mobilidade segura e o uso do espaço público pelos pedestres. As vagas de Zona Azul já existentes nas laterais Oeste e Norte serão preservadas. As novidades foram apresentadas em uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (9). O projeto da CTTU prevê a implantação de faixas de pedestres elevadas, duas delas nas áreas que serão pedestrianizadas, para facilitar a travessia das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, e duas nas áreas com circulação de veículos. Além disso, outras cinco faixas de pedestres serão implantadas no entorno e cinco refúgios também serão colocados, para diminuir o espaço de travessia e garantir mais segurança aos transeuntes. Além disso, serão implantadas duas vagas de estacionamento para ônibus de turismo na lateral Norte do Mercado de São José. Ao todo, serão 25 vagas de Zona Azul preservadas nas laterais Oeste e Norte da Praça Dom Vital, incluindo vagas de carga e descarga. Para o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, a devolução do espaço para as pessoas era uma vontade antiga. "É uma grande alegria darmos mais esse passo para a melhoria do ordenamento de toda aquela área. Os turistas, os recifenses e os comerciantes comemoram junto conosco, pois esse era um desejo de todos", comenta. As obras para recuperação do pavimento original, drenagem e implantação de travessias elevadas ficarão a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e têm o prazo estimado até dezembro deste ano. O investimento será de R$ 743.745,28 e as intervenções vão beneficiar uma área total de 2.226,10 m². A requalificação será possível graças ao ordenamento do comércio informal do entorno do Mercado de São José, realizada pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc). Os comerciantes foram realocados em um espaço melhor e mais propício para a execução de suas atividades. Dessa forma, tanto os comerciantes quanto os demais usuários e frequentadores do mercado e adjacências serão beneficiados com as ações da gestão municipal. A pavimentação está sendo recuperada com a retirada do asfalto que cobre o piso original em paralelepípedos e os diversos tipos de piso provenientes das barracas que foram retiradas. A ação irá beneficiar as ruas que contornam o mercado e a Praça Dom Vital, vias que são continuação das ruas das Calçadas, Praia, Padre Muniz e do Porão, além da Travessa do Mercado. A drenagem será avaliada para identificar os problemas existentes, como abatimentos da rede e ligações clandestinas de esgoto, e para que seja restaurada. A iluminação também está sendo modernizada com a substituição das antigas lâmpadas por luminárias em LED. Além disso, a Prefeitura do Recife finalizou, em setembro, a revitalização da Praça Dom Vital, que fica em frente à Basílica da Penha. Os serviços, também feitos pela Emlurb, compreendem a recomposição da acessibilidade da praça, que conta com cinco rampas no local, paisagismo (recomposição de alegrete e colocação de grama); recuperação de todo o piso e dos 14 bancos; melhorias na iluminação; pintura geral; e recuperação do monumento de Dom Vital e da estátua de Liêdo Maranhão. A obra terá um custo de R$ 62 mil. A diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Marília Dantas, afirma que "a Emlurb está trabalhando para recuperar toda a área do entorno do Mercado de São José, uma vez que com a realocação do comércio informal foi possível identificar os problemas no pavimento e na drenagem da área. Já iniciamos também a requalificação da iluminação substituindo as luminárias por lâmpadas em LED, além de termos reformado a Praça Dom Vital, o que já trouxe uma nova vida ao local." ORDENAMENTO DO BAIRRO - Foram construídos três novos equipamentos para abrigar os comerciantes que ficavam nas ruas de todo o bairro de São José: o Centro de Comércio do Cais de Santa Rita, o Anexo do Mercado de São José e o Novo Mercado das Flores. Eles já estão em funcionamento e têm a capacidade de beneficiar cerca de 550 trabalhadores da área. Com mais essa mudança, a Prefeitura do Recife dá um novo passo para a melhoria do ordenamento do Centro do Recife. O Mercado de São José, a Praça Dom Vital e a Basílica da Penha estão mais visíveis para o turista e para o recifense, o pedestre tem mais mobilidade e os comerciantes têm um lugar mais confortável e digno para comercializar seus produtos. Os novos espaços contam com banheiros e coberta, dando mais estrutura também aos clientes. A primeira etapa do Centro de Comércio do Cais de Santa Rita está em funcionamento desde 2017, com cerca de 40 boxes de alimentação. A etapa que está sendo entregue agora tem capacidade para 374 bancas e boxes de roupas, alimentação, feira de frutas e verduras, fiteiros, estivas e alimentos como grãos, charque e frios em geral. Além desse equipamento, também foi entregue no dia 1º de setembro o Anexo do Mercado de São José, com 87 boxes de ervas medicinais e artigos religiosos, que antes ficavam no entorno no Mercado de São José, nas conhecidas barracas verdes. O equipamento vai permitir a passagem de pedestres entre a Praça Dom Vital e o terminal de ônibus do bairro. Já o Novo Mercado das Flores, que antes funcionava próximo à sede do Consórcio Grande Recife, agora está com nova localização e funciona na continuidade do Centro de Comércio

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Mais Vida nos Morros recebe premiação em simpósio internacional

O programa Mais Vida nos Morros, da Secretaria de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife, foi reconhecido como o projeto de maior relevância para a primeira infância pelo Prêmio Alummi 2019, que é organizado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI). A premiação ocorreu em São Paulo, dentro do Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância. Mais que levar cores para as periferias urbanas, com a pintura de casas, calçadas, muros de arrimo e de reconstruir vazios urbanos em áreas de convivência com pequenas intervenções, o programa, que é coordenado pelo secretário Tullio Ponzi, tem estimulado uma participação mais ativa da sociedade na resolução dos problemas vividos por cada localidade. E, a partir de atividades lúdicas, um dos públicos que tem se engajado de forma mais ativa no programa são justamente as crianças. O Mais Vida nos Morros, que já recebeu premiações da ONU-Habitat, da Child in The City e da Bernard Van Leer Foundation, tem se mostrado como um case de integração entre o poder público, sociedade e a iniciativa privada na descoberta de soluções urbanas e na promoção de desenvolvimento social.

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Próximo ao Ceasa, agricultores plantam e geram renda

Rodovias, viadutos, trânsito intenso e a silhueta dos prédios da cidade à vista. No mesmo quadro, plantação de várias hortaliças, capim e até plantas medicinais. A rotina do urbano se mistura com o cenário e as práticas rurais nas margens da BR-101. A maioria dos recifenses que passa pelas proximidades do Ceasa conhece das janelas dos carros ou ônibus o cultivo do Projeto Integrado das Hortas Comunitárias, que completa 10 anos e já alcança a extensão de 73 hectares. O incentivo do uso das nove alças no entorno do Ceasa para a prática da agricultura urbana surgiu após um processo de desapropriação de ocupações irregulares nessa região. Ao identificar que várias dessas famílias que permaneceram nas vizinhanças estavam em situação de vulnerabilidade social e tinham origens rurais, nasceu a ideia de garantir renda para elas por meio da produção de alimentos. Hoje são 162 agricultores e agricultoras que sustentam suas famílias com uma diversidade de hortaliças que são comercializadas no Ceasa e também destinada a compradores diretos que param nas proximidades da BR-101 em busca de alimentos e ração. “Parte dessa produção, que é muito grande, segue também para as feiras dos bairros vizinhos, como Jardim São Paulo, Roda de Fogo e Engenho do Meio”, relata a coordenadora do projeto, Jaciara Pereira. As principais variedades produzidas no projeto são quiabo, alface, coentro e, principalmente, o capim mian, destinado à alimentação de pássaros, que é o principal responsável pelo faturamento desses produtores. Há ainda o cultivo de macaxeira e milho. Altair de Souza, 47 anos, é um dos agricultores que tirou seu sustento do projeto desde o início. Natural de uma família da zona rural de Vitória de Santo Antão, ele veio ao Recife há 25 anos em busca de um emprego formal. Trabalhou oito anos na área de serviços gerais até ficar desempregado. Cultivar dentro da capital foi a saída para garantir renda para sua família. “Quando cheguei aqui no Recife trabalhava pela comida. Não acreditava que poderia plantar na cidade. Mas cada um tem um destino. Está dando certo”. O agricultor diz que os seus sonhos – de ter uma casa própria, um carro e de financiar os estudos dos filhos – já foram realizados. Sua filha mais velha, inclusive, acabou de entrar na faculdade de educação física. “Não tenho mais sonhos. Os planos de futuro são de continuar”, conta. Também natural de Vitória de Santo Antão, Silvano dos Santos, 50, trabalha há 20 anos na agricultura, sendo 10 dentro do projeto. Ele relata que veio para o Recife já pensando em viver da agricultura. “Vim para cá porque é melhor para viver. Produzimos muito e tem muito cliente. Quando sobra, levamos para o Ceasa”. Ele divide o trabalho do plantio com a esposa, um irmão e um filho. Apesar de ter como carro-chefe da produção também o capim mian e as alfaces, o trecho que a família de Silvano cultiva tem algumas árvores frutíferas, plantas medicinais e ornamentais. Essas produções, realizadas pela mulher, Elenilda Lins, além de serem importante para o autoconsumo, geram uma renda complementar para a família. A produção que garante o sustento das famílias é fruto de um trabalho integrado do Sindfrutas (Sindicato do Comércio de Hortifrutigranjeiros, Flores e Plantas de Pernambuco), da ONG Pedra D’água, do Ceasa e da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), que prestam assistência técnica e oferecem infraestruturas que são fundamentais para o trato da terra e para a comercialização. Uma equipe de 12 pessoas trabalha no apoio desses trabalhadores rurais. Dentro dessa equipe estão, por exemplo, um agrônomo e um técnico agrícola. A professora da UFRPE Rosimar Musser, que é engenheira agrônoma e doutora em botânica, faz a supervisão do projeto. “Após o trabalho de orientação técnica, a produtividade por hectare desses agricultores aumentou em até cinco vezes”, destacou o presidente do Sindfrutas e da ONG Pedra D’água, Alex Oliveira da Costa, que foi um dos idealizadores do projeto. Há um trator e parte de um galpão no Ceasa à disposição desse trabalho sem custo para os agricultores. Eles recebem também adubos e equipamentos de proteção individual (EPIs). Além do apoio na melhoria da tecnologia para a produção, essas instituições foram responsáveis também pelo cadastramento dos agricultores no Sindicato Rural de Jaboatão, que garante o acesso dessas famílias ao INSS. O presidente do Sindfrutas e da ONG Pedra D’água destaca ainda outros benefícios da destinação desses terrenos para hortas comunitárias. “Ao dar uma destinação para essa área, evitamos que outras ocupações irregulares acontecessem na região. Isso garantiu também mais segurança para os mais de oito mil funcionários que vêm diariamente para o Ceasa”, afirmou, referindo-se ao fato de o local não se transformar num terreno baldio. Costa destacou também que o uso dessas terras para a agricultura trouxe um benefício ambiental. Nos períodos de chuvas mais intensas, essas terras usadas para o cultivo acabam sendo o destino da água que antes não tinha onde escorrer e causava alagamentos nessa região. Jaciara Pereira ressaltou outro benefício para a cidade: o estético. “É muito bonito ver o trabalho da agricultura em plena cidade. No período do verão, principalmente, vemos todos trabalhando, felizes, podendo produzir em meio aos veículos e aviões que passam”, emociona-se a coordenadora do projeto. Silvano confirma a avaliação de Jaciara, destacando os olhares dos recifenses que circulam pela rodovia. “Essa plantação chama muito a atenção das pessoas que passam por aqui. Vemos muita gente nos carros filmando”. São muitas as funções que essa experiência rurbana, como conceituou no passado Gilberto Freyre, cumprem na cidade. O relato dos gestores do projeto e dos próprios agricultores reforça os benefícios sociais (de geração de trabalho e renda para as famílias envolvidas), alimentar (de produção em proximidade aos consumidores), ambiental (de cuidado dessas terras e prevenção aos alagamentos) além da manutenção de uma paisagem mais verde, que se contrapõe à urbanização totalizante, tão criticada por Freyre. Para qualificar mais o trabalho desses agricultores, as instituições de apoio estão buscando parcerias para construir pequenas estruturas nos lotes com local para assepsia dos

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Rec'n'Play: Visão de futuro para a Ilha de Antônio Vaz

O arquiteto e consultor Francisco Cunha conduz neste sábado (5/10) uma palestra e caminhada sobre o futuro da Ilha de Antônio Vaz, no Rec'n'Play. O evento começa às 9h na CDL Recife e, depois, a caminhada seguirá pela Conde da Boa Vista, Av. Guararapes, Rua Marquês de Olinda, Rua da Moeda, Rua do Bom Jesus e Praça do Arsenal. A Ilha de Antônio Vaz compreende Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra. Essa região já foi alvo de várias reportagens da Algomais e recentemente foi o foco do evento RxH 2019 – Uma visão de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21 na Ilha de Antônio Vaz. . Serviço: Data e horário: 05/10, às 9h Local: CDL Recife - Rua do Riachuelo, 105, Boa Vista (Edifício Círculo Católico, sobreloja)   LEIA MAIS SOBRE A ILHA DE ANTÔNIO VAZ  

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