Ecolume/IPA investirá em agricultura de baixa carbono no Sertão
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O Parque Santana, na zona norte do Recife, ganhará nova pista de Skate. O projeto é uma parceria do Ministério do Esporte com o Governo do Estado de Pernambuco e a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. Com um repasse de quase R$ 600 mil da União, e obra do Governo do Estado, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do estado, os 1.655,49 metros quadrados destinados para o Skatepark ganharão 12 novos equipamentos, como escadarias, corrimãos e rampas. A pista terá um fluxo mais fluido com um trajeto único e ficará mais democrática, atendendo a diversas modalidades do skate, como o street, o freestyle, surf skate e patinação. Para tanto, a área será interditada durante os seis meses previstos para a obra, a partir desta quarta-feira, 16. “No novo SkatePark serão implantados rampas e obstáculos, na intenção de tornar o espaço mais atrativo para os skatistas e as famílias que já utilizam o equipamento. A proposta é reafirmar o espaço como nova opção de lazer para a população da Zona Norte, principalmente nos fins de semana”, explica a secretária de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Manuela Marinho. O Parque Santana, situado no bairro homônimo, tem 63 mil metros quadrados de área. "Esse espaço vem passando por várias reformas, recebendo equipamentos esportivos e tornando-se uma nova opção de lazer e entretenimento para as famílias da cidade.", comenta Ana Paula Vilaça, Secretária de Turismo, Esportes e Lazer do Recife. O espaço tem um parque inclusivo, nomeado como Anna Laura que foi inaugurado em 2017 e possui equipamentos inclusivos, tem ainda pista de bicicross, Parcão e Academia Recife. Outras áreas especialmente pensadas para os skatistas do Recife continuam funcionando: o skatepark da Orla de Boa Viagem e a pista do Santos Dumont. Com 1050 m² de área, a pista da Orla contempla as modalidades de bowl e street e leva o nome do fotógrafo Marcelo Lyra, vitimado no mesmo acidente de avião que matou o ex-governador Eduardo Campos, que era um grande defensor e incentivador do skate. Já o Skatepark do Santos Dumont foi construído com a consultoria do skatista e desenvolvedor de pistas Anderson Trow e é composta de bancos, escadas e corrimãos típicos para a modalidade street (rua). Com 1.350 metros quadrados, ela também é destinada aos usuários de patins.
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Através deste mar/ vou chegando a São Lourenço/ que de longe é como ilha/ no horizonte de cana aparecendo (...)/Navegando este mar/ até o Recife irei,/ que as ondas deste mar/ somente lá se detém. Na série de reportagens Rio da Resistência, chegamos com João Cabral de Melo Neto, em seu poema O Rio, ao trecho mais urbano do Capibaribe. Entre seus desafios e belezas, o curso d'água mais simbólico de Pernambuco é alvo de projetos de revitalização, estudos acadêmicos e da mobilização de parte dos recifenses. Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, Alexandre Ramos, há três desafios vitais dessa passagem metropolitana. "Há uma questão mais institucional, que é implantar instrumentos para realizarmos a governança da água. O engajamento dos prefeitos e prefeitas para a revitalização do rio faz parte disso. A coleta e o tratamento de esgotos e o reflorestamento são os outros fatores essenciais. Está provado cientificamente que plantar árvores (nas margens) é como plantar água", defende. Um trabalho em andamento do comitê é sensibilizar os prefeitos para assinarem uma carta de compromisso em defesa do Capibaribe. Até o fechamento desta edição, 23 chefes do poder executivo municipal já tinham assinado. Em São Lourenço, primeira cidade visitada por Cabral na sua descida pela Região Metropolitana do Recife, aconteceu recentemente um trabalho educativo da ONG Recapibaribe com escolas públicas. Tendo sua sede no Capibar, um bar às margens do rio no bairro do Monteiro no Recife, a ONG realiza há 20 anos um trabalho de coleta de lixo e de sensibilização ambiental. "Se houvesse mais ações educativas ao longo dos 42 municípios onde o rio passa, a população sentiria mais vontade de cuidar dele", considera a presidente da organização Socorro Catanhede. Na sua atuação no Recife, a ONG chegou a retirar de uma só vez 600 toneladas de lixo. O espaço recebe visita de escolas para educação ambiental e nos eventos em datas especiais, como no Dia do Meio Ambiente, são recolhidos alimentos não perecíveis. A arrecadação de dinheiro ou de cestas básicas é destinada a pescadores que têm no rio, hoje poluído, a sua fonte de renda. "Nosso trabalho é uma junção dos três pilares da sustentabilidade: econômico, ambiental e social. Buscamos resgatar a cidadania dos pescadores", afirma Socorro. Os resíduos já eram percebidos por Cabral no poema: Via-me, rio, passar/ com meu variado cortejo/ de coisas vivas, mortas,/ coisas de lixo e de despejo. Para o professor Fernando Porto, do Departamento de Zootecnia da UFRPE, o acúmulo de resíduos no Capibaribe, associado às recentes mudanças climáticas, representa um grande risco de agravar os alagamentos no Recife, com impactos também na saúde dos seus moradores. Ele conta que os índices pluviométricos da cidade têm-se concentrado num período menor de tempo (o volume de chuvas que caía entre quatro e cinco meses está caindo em apenas dois meses). "Toda a área urbana do Capibaribe enfrenta esse problema dos lançamentos de lixo e esgoto. Quando ocorrem as chuvas mais intensas e o rio não consegue drenar, a cidade fica alagada. Lixo, animais, como ratos, e os fluidos de veículos se diluem com essa água, o que expõe a população ao contágio de doenças". Pós-doutor em biologia marinha, Porto afirma que o acúmulo dessa carga difusa de plásticos, borrachas, madeiras tem sido consumida pela vida marinha. "Nos plânctons (microrganismos) do rio venho notando uma imensa quantidade de microplástico. Isso está sendo estudado nos últimos anos como um perigo para o metabolismo humano. Por meio dos esgotos, eles chegam nesses ambientes e os peixes podem comê-los. E isso acaba chegando na alimentação humana". Um contraponto positivo da cidade, segundo o professor, é que o Recife concentra a maior área de manguezal urbano na América do Sul. "O Capibaribe está a cada dia mais fino, com suas margens sendo diminuídas. Mas o manguezal é um ativo importante que precisa ser mantido, é necessária uma política mais séria para conservá-lo. Ele capta boa parte da chuva que se acumularia nas ruas. Sem ele, a cidade pararia e ficaria ainda mais caótica nos dias de chuvas", sentencia. AFETIVIDADE De Apipucos à Madalena, Cabral apresenta um Capibaribe diferente do que via até então. Agora vou entrando/ no Recife pitoresco,/ sentimental, histórico. No olhar do poeta, são bairros que trazem uma experiência mais contemplativa do rio. Estão neste caminho, Apipucos, Poço da Panela, Casa Forte, Madalena, Jaqueira. Esse trecho, intensamente habitado, tem sido alvo de um dos maiores projetos de revitalização da cidade, o Parque Capibaribe. O projeto da Prefeitura do Recife, em parceria com o Inciti - Pesquisa e Inovação para as Cidades, da UFPE, propõe a criação de um sistema de parques integrados por 30 quilômetros nas margens do Capibaribe. Uma iniciativa de longo prazo que tem a pretensão de fazer os olhos dos recifenses se voltarem para o rio. A primeira entrega foi a construção do Jardim do Baobá, nas Graças. "A receptividade e apropriação desse pequeno parque, de 100 metros, é surpreendente. Imagine o impacto de um quilômetro de margem com esse padrão, com terraços de contemplação, um píer maior", sugere o secretário executivo de projetos especiais da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, Romero Pereira. O próximo passo será o trecho entre as pontes da Torre e da Capunga, que será licitado neste semestre e as obras, previstas para durar 18 meses, devem começar no segundo semestre. A PCR planeja outros trechos do parque. "Queremos ter o projeto pronto para buscar recursos para a sua implantação", conta Romero. Outro trecho dessa região está sendo revitalizado pelos próprios moradores. Trata-se do Jardim Secreto, um projeto da Associação dos Moradores e Amigos do Poço da Panela prestes a completar um ano. Em fase de planejamento das hortas para o local, o espaço passará também a ter a oferta de aulas gratuitas de alongamento, dança e ginástica funcional a partir deste mês. "Espaços públicos se tornam bem utilizados quando nos tornamos os verdadeiros protagonistas da cidade que sonhamos e queremos. Acreditamos que através deles podemos promover mais igualdade social,
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José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – A produção do etanol de segunda geração ou etanol celulósico, obtido a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, pode aumentar em até 50% a produção brasileira de álcool. Desnecessário enfatizar a importância econômica e ambiental dessa possibilidade, que transforma resíduo em recurso. Para tanto, o país possui a melhor biomassa do planeta, a capacidade industrial instalada, a engenharia especializada e a levedura adequada. Só falta completar a composição do coquetel enzimático capaz de viabilizar o processo de sacarificação, por meio do qual os açúcares complexos (polissacarídeos) são despolimerizados e decompostos em açúcares simples. Compor uma plataforma microbiana industrial para a produção do conjunto de enzimas necessárias é o alvo de pesquisas avançadas na área. Um importante resultado acaba de ser alcançado, com a descoberta, no lago Poraquê, na Amazônia, de microrganismos capazes de produzir uma enzima crítica para o êxito do empreendimento. Isolada, caracterizada e produzida, a enzima mostrou-se compatível com duas fases essenciais da produção do etanol de segunda geração: a fermentação e a sacarificação. A realização simultânea dessas duas etapas oferece a perspectiva de uma grande redução de custos para a indústria sucroalcooleira, uma vez que as reações podem ocorrer em um único reator e há economia de reagentes. O estudo mobilizou pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da Petrobras, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e contou com apoio da FAPESP. Artigo assinado pela equipe de pesquisadores foi publicado na Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – Proteins and Proteomics. “A sacarificação é a etapa mais cara do processo. De 30% a 50% do custo do etanol celulósico é despendido com as enzimas necessárias para transformar os açúcares complexos em açúcares simples. E, atualmente, a eficiência da conversão realizada por essas enzimas está entre 50% e 65%. Isso significa que de 50% a 35% do açúcar disponível na biomassa é ‘perdido’ durante a sacarificação. O grande propósito do nosso estudo foi encontrar biocatalisadores capazes de contribuir para o aumento da eficiência”, disse Mario Tyago Murakami do CNPEM, um dos coordenadores da pesquisa, à Agência FAPESP. Segundo o pesquisador, no arsenal de enzimas necessárias, atuando de maneira sinérgica, as beta-glucosidases têm importância fundamental, porque respondem pela última fase da cascata de sacarificação da celulose. “Sabemos que, à medida que aumenta o percentual do produto da sacarificação, a taxa do processo de sacarificação cai. Porque a presença do produto inibe a atuação das enzimas. Isso é uma espécie de regra geral. No caso específico, a glicose gerada restringe a atuação das beta-glucosidases. Esse gargalo tecnológico tem sido objeto de estudos exaustivos. Para aumentar a eficiência da sacarificação, é preciso que as beta-glucosidases sejam altamente tolerantes à presença da glicose”, disse Murakami. Devido a especificidades genéticas, decorrentes de diferenças no processo evolutivo, enzimas homólogas podem apresentar variados graus de resistência à inibição pelo produto. E o alvo dos pesquisadores no estudo em pauta foi encontrar as beta-glucosidases mais adaptadas à biomassa existente no território brasileiro. Para isso, foram investigados os processos naturais que ocorrem em diferentes biomas do país, tanto na Floresta Amazônica como no Cerrado. Flavio Henrique da Silva, da UFSCar, outro coordenador do estudo, foi o responsável por esse processo de bioprospecção. E o achado mais promissor ocorreu no lago Poraquê, na Amazônia, onde amostras da comunidade microbiana não cultivável local apresentaram genes codificadores de beta-glucosidases com o potencial industrial procurado. “Em um habitat como o lago Poraquê os microrganismos adaptaram-se a uma alimentação muito rica em polissacarídeos, constituída por resíduos de madeira, folhas de plantas e etc. A enzima beta-glucosidase presente nesses microrganismos é distinta de enzimas homólogas resultantes de pressões evolutivas diferentes”, disse Murakami. Sacarificação simultânea à fermentação Em seus estudos enzimológicos, Silva verificou que a beta-glucosidase codificada pelos microrganismos do lago Poraquê apresentava eficiência catalítica para a sacarificação do bagaço de cana-de-açúcar e tolerância expressiva à inibição pela glicose. O passo seguinte foi dado pela equipe de Murakami, especializada em biologia estrutural mecanística, que elucidou, em nível molecular e atômico, as bases do funcionamento dessa enzima. “Foi um bom exemplo de trabalho em equipe, juntando grupos de prospecção, grupos de enzimologia, grupos de estudos mecanísticos, grupos de bioinformática e etc. Utilizamos equipamentos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e de outros laboratórios nacionais”, disse Murakami. Em relação à estrutura molecular, o estudo oligomérico evidenciou uma proteína diferente das demais de sua categoria, com uma arquitetura quaternária única. “Esse estudo corroborou pesquisas anteriores do grupo a respeito dos determinantes estruturais para a tolerância da enzima ao produto, validando nosso modelo mecanístico. Além disso, verificamos que essa beta-glucosidase atua em condições de temperatura e pH compatíveis com o processo de hidrólise”, disse Murakami. Essa informação é muito relevante, porque indica que a enzima encontrada pode vir a compor um processo chamado de SSF: sacarificação simultânea à fermentação. Pelo fato de poder atuar em condições de temperatura compatíveis com o crescimento da levedura, essa beta-glucosidase propicia que a disponibilização do carboidrato resultante da sacarificação e sua fermentação pela levedura possam ocorrer ao mesmo tempo. Tal estratégia ajuda a mitigar o efeito de inibição pelo produto, porque, à medida que o açúcar é produzido, ele também vai sendo consumido pela levedura, o que alivia a enzima da inibição por uma quantidade excessiva de glicose. O passo seguinte é fazer estudos de combinação dessa enzima com os coquetéis enzimáticos fúngicos já existentes, visando o ganho de eficiência no aumento da sacarificação. “Uma vez extraído o gene de interesse, a partir de bibliotecas gênicas de microrganismos não cultiváveis e de possíveis modificações racionais baseadas no conhecimento da estrutura para aumento de termoestabilidade, ele é transferido para outros hospedeiros por meio de técnicas de biologia molecular. O hospedeiro em questão é o trichoderma, um fungo filamentoso que já possui um arsenal de enzimas ativas sobre carboidratos. Com a adição da beta-glucosidase amazônica, ele terá seu potencial aumentado. Trata-se de potencializar uma plataforma microbiana industrial já existente”, disse Murakami. O objetivo
Descoberta na Amazônia enzima-chave para obtenção do etanol de segunda geração Read More »
Com tema: Sua Atitude Salva Vidas, a Rota dos Coqueiros quer sensibilizar público para trânsito mais seguro. A ação prevê exibição de vídeos educativos, orientação e palestras. Há três meses não ocorre nenhum acidente no trecho pedagiado Para conscientizar motoristas sobre a importância do trânsito seguro, a Concessionária Rota dos Coqueiros – que dá acesso a praias do Litoral Sul pernambucano e corta a Reserva do Paiva - participa mais um ano da campanha do Maio Amarelo e prepara ações educativas ao público. Com o tema: Sua Atitude no trânsito pode salvar vida, a proposta é alertar o quanto a atitude de todos, seja motorista, pedestre ou passageiro dos veículos, pode fazer a diferença e contribuir para a redução de fatalidades. Desde o início do mês, orientações sobre segurança viária estão sinalizadas nas cancelas de entrada e saída da via. Na próxima segunda-feira (14/05), em parceria com o Detran-PE, a Turma do Fom-Fom irá abordar motoristas sobre orientações educativas no trânsito e entregar material informativo e lixocar. A ação vai acontecer das 9h às 12h, na praça de pedágio de Barra de Jangada. Já na terça-feira, dia 15/05, a campanha acontece pela manhã e à tarde, na Escola Municipal Aluísio da Cunha Morais, em Jaboatão dos Guararapes (PE). Serão exibidos vídeos educativos sobre o trânsito e tiradas dúvidas sobre como conduzir na via, reforçada a importância do uso da cadeirinha, entre outros assuntos. “Nossa intenção é sensibilizar motoristas sobre a segurança no trânsito e o respeito ao pedestre”, disse Roberta Nunes, coordenadora de sustentabilidade da Rota dos Coqueiros. Ela acrescentou que, além do público externo, os integrantes da concessionária também participarão de palestra educativa sobre segurança viária, no próximo dia 24. Preocupação constante - O cuidado e preocupação com a redução de acidentes pode ser visto através do balanço trimestral da Rota dos Coqueiros que, há três meses, comemora não ocorrer nenhum acidente no Sistema Viário da Primeira Parceria Público-Privada e a primeira PPP de rodovias do País. “Esse resultado mostra que as medidas de prevenção que realizamos ao longo do ano como ações educativas, inspeção de tráfego e conservação na estrutura viária reduzem as estatísticas de acidentes e oferecem mais segurança e conforto a quem dirige”, ressalta Rafaela Elaine, gerente da concessionária. Rafaela destaca que, há dois meses, também não houve registro de nenhuma reclamação de usuário pelos canais da ouvidoria da concessionária. Por outro lado, entre janeiro e abril deste ano, houve 50 elogios dos usuários pelos serviços e estrutura do Sistema do Paiva. Monitoramento, assistência médica e mecânica A Rota dos Coqueiros é toda monitorada pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que conta com câmeras de alta resolução para garantir segurança e tranquilidade aos usuários que trafegam pelos 6,5 quilômetros pedagiados da rodovia estadual PE-024. Também disponibiliza assistência médica com ambulância de resgate de prontidão 24 horas para realizar os primeiros-socorros, além de banheiros. Oferece ainda suporte mecânico com guincho para remoção de veículo e viatura de inspeção de tráfego para verificação das condições de segurança da via. Em caso de emergência, o telefone para solicitação é o 0800.281.0281. Maio Amarelo - O Maio Amarelo é um movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes de trânsito e tem a iniciativa de chamar a atenção da sociedade para esse problema que é uma das maiores causas de mortes no Brasil e no mundo.
Rota dos Coqueiros com programação especial na Campanha Maio Amarelo Read More »
Contemplar a obra Azáfama, do arquiteto e artista plástico Luiz Rangel, nos remete velozmente aos dias em que seguimos estressados no lento tráfego das metrópoles. O estresse de atravessar a Avenida Agamenon Magalhães, travada nos horários de pico; a lembrança dos inúmeros acidentes com vítimas; e o aspecto cinzento da poluição atmosférica dos carros e motos compõem esse cenário que mata e adoece as cidades. Um quadro pintado pela maioria dos municípios brasileiros que fizeram opção pelo veículo motorizado individual como principal modal de transporte. Um contexto, porém, que está sendo rediscutido por especialistas, poder público e pela sociedade civil organizada em busca de soluções. “Os engarrafamentos levam ao aumento do tempo de transporte, o que afeta o organismo, pois geram ainda mais emissões de poluentes. Aproximadamente 40% desses gases vêm dos veículos. Quem está no trânsito por mais tempo fica exposto às piores condições de saúde”, aponta a pesquisadora da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Tamar Roitman. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma a cada nove pessoas morre no mundo devido à poluição atmosférica. No Brasil, a cada 100 mil pessoas, 14 tem mortes ligadas à poluição do ar. As alternativas apontadas pela especialista para reverter essa situação seriam os veículos movidos a biocombustíveis, que são mais limpos, e a priorização do transporte público. “O uso de biocombustíveis é importante para o País, devido à nossa capacidade de produção. É preciso também reduzir o número de automóveis nas ruas. É muito ineficiente ter um carro com uma única pessoa, por exemplo", explica Roitman. Ela lembra que os veículos elétricos são tendência no mundo, mas sua disseminação é lenta. O adoecimento da população não acontece apenas pela poluição. O tempo desperdiçado nos congestionamentos e a violência no trânsito expõem motoristas, ciclistas e pedestres a um nível de estresse que interfere na qualidade de vida e na produtividades. Estudo do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha e do Hospital Universitário da Universidade de Duisburg-Essen aponta que o estresse no trânsito intensifica as dores de cabeça. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação indica que essa tensão das avenidas brasileiras provoca distúrbios fisiológicos e psicológicos. Daniel Valença, representante do GT de Mobilidade do Observatório do Recife e coordenador da Ameciclo (Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife), destaca ainda que ao trocar os deslocamentos a pé, de bike e de transporte público pelos veículos particulares, há uma redução da atividade física das pessoas que se tornam mais sedentárias. “Para mudar esse cenário é preciso estímulo aos transportes ativos, que diminuem a poluição e fazem com que a população caminhe. Isso reduz também a carga de estresse diário.” Valença destaca que, apesar da situação negativa da mobilidade, a disposição da população em deixar o carro, caso tenha outras alternativas qualificadas, aponta para um horizonte mais otimista. “Hoje apenas 17% dos motoristas relutariam a sair do carro a qualquer custo. A maioria da população mudaria o seu modal de transporte. Mas para isso é preciso investir na infraestrutura para que as pessoas se sintam seguras e deixem seus carros em casa”, diz. Em relação ao apoio aos ciclistas, ele informa que a principal demanda é pela construção de ciclovias, com estrutura segregada dos veículos motorizados, seguindo as orientações do Plano Cicloviário da Região Metropolitana do Recife. Outro fator que põe em cheque o atual modelo de transporte são as mortes pelos acidentes de trânsito. Só em 2014 foram 560 mortos no Recife, quase o mesmo número de homicídios por arma de fogo naquele ano. Isso torna o trânsito da capital pernambucana um dos mais violentos do País. A imprudência dos motoristas é a principal causa dos acidentes com óbitos e feridos na cidade, de acordo com o diretor de educação no trânsito da CTTU, Francisco Irineu. “Apesar de termos diminuído o índice de violência no trânsito em 30% entre 2012 e 2016, percebemos que há ainda uma incidência grande, principalmente entre os motociclistas”, afirma o diretor. Frente ao cenário agravante de insegurança no trânsito, há um esforço de conscientização dos motoristas neste mês, com o Maio Amarelo, realizado pelo poder público em parceria com instituições da sociedade civil organizada. A programação conta com Blitz Educativa sobre a Lei Seca, voltada para motociclistas; ações nos estacionamentos para destacar sobre o respeito à vaga de pessoas com necessidades especiais; entre outras iniciativas de orientação para motoristas e pedestres. Na próxima edição da série sobre transporte e cidadania, abordaremos os quatro anos de instalação do BRT.
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Serão cinco dias de atividades desenvolvidas para alertar sobre a importância das vagas prioritárias no estacionamento e os cuidados na faixa de pedestre A área Socioambiental do Plaza Shopping em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – DETRAN-PE, promove nos dias 02, 04, 05, 06 e 30 de maio as ações “Turma do Fom Fom na faixa” e “Vagas Prioritárias” para celebrar o Maio Amarelo, campanha em prol de um trânsito mais seguro. Este ano o tema é “Nós Somos o Trânsito”, trazendo para cada um, a responsabilidade de cuidar e respeitar, mensagem que é reforçada no subtítulo da campanha: Trânsito é feito de gente e a gente merece respeito. A campanha, que é mundial e foi criada pelo ONU em 2010, busca chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Entre os centros de compras do Recife, o Plaza Shopping foi o escolhido pelo Detran-PE para dar início às comemorações com o projeto “Turma do Fom Fom na Faixa”, e não por acaso, uma vez que a faixa de pedestre em frente ao Plaza Shopping é, talvez, a única faixa de pedestre na cidade que é respeitada pelo motorista. Nos dias 02, 04 e 30 de maio, os integrantes da turminha mais divertida e experiente nas leis de trânsito, estarão acompanhando pedestres em suas travessias e conversando sobre a maneira correta de atravessar a faixa em companhia de crianças ou a sós, aproveitando o momento para saudar motoristas que pararem espontaneamente para permitir a passagem dos pedestres. Já nos dias 05 e 06 de maio, a ação é dentro do Plaza Shopping e ressalta mais uma vez o respeito ao direito pelo uso das vagas especiais, sobretudo respeito aos cadeirantes. Com o título “Vagas Prioritárias” a ação conta com a participação especial da ONG DNA Solidário, voluntários do Rotary, além da Turma do Fom Fom. Na ocasião, serão colocadas cadeiras de rodas em vagas comuns do piso E1 do Edifício Garagem havendo, em cada uma delas, placas com desculpas como “é só um minutinho” e “já volto”, frases comuns ao cotidiano dos cadeirantes voluntários. A iniciativa tem o objetivo de estimular os clientes a refletir sobre a importância das vagas reservadas em estacionamentos públicos e privados. Durante o “Vagas Prioritárias”, também serão realizadas ações para esclarecer os usuários sobre o dispositivo legal que ampara a vaga reservada. O “Maio Amarelo” é um movimento internacional de mobilização e conscientização para a redução de acidentes e para um trânsito seguro em qualquer situação. Os visitantes também receberão panfletos com orientações sobre segurança no trânsito e fitilhos amarelos – símbolos da campanha, além de multa moral aos motoristas que estacionarem nas vagas erradas. MAIO AMARELO - A cor amarela da campanha foi escolhida por simbolizar atenção, em referência à sinalização de advertência no trânsito. Já o mês, foi escolhido por ter uma ligação com a história de segurança no trânsito, uma vez que foi em maio de 2010 que a ONU decretou a Década de Ações para a Segurança no Trânsito, com meta para reduzir acidentes de trânsito em todo o mundo. MAIO AMARELO NO PLAZA SHOPPING -TURMA DO FOMFOM NA FAIXA: Data: 02, 04 e 30 de maio Horário: 10h às 12h Local: faixa de pedestre em frente ao Plaza Shopping Casa Forte -VAGAS PRIORITÁRIAS: Data: 05 e 06 de maio Horário: das 11h às 13h, no sábado (05), e das 12h às 14h no domingo Local: piso E1 do Edifício Garagem
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Promovendo um diálogo entre diferentes linguagens para pensar a nova lógica das cidades brasileiras nas primeiras décadas do século 21, estreia hoje (2), a exposição ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), equipamento gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Simulacro de um universo quase urbano, com recursos audiovisuais, a mostra conta com 13 fotografias coloridas, expostas em formato de lambe-lambe. O ExistenCidades é realizado pela Jaraguá Produções com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura. Para questionar a forma como o espaço urbano vem sendo estruturado, a instalação será feita entre andaimes de construções vazados, com a assinatura de Luciana Calheiros e Aurélio Velho, da Zolu Design. Nesse cenário, as fotografias expostas sugerem a reflexão sobre as cidades, evocando resquícios de convivências, urbanização, concreto, placas, escadas e até mesmo a simples e reflexiva ideia de uma boleia de caminhão ambientada em um “não-lugar”. “Fotografei em Lajedo, Maceió, Mossoró, Goiana, Recife, Porto de Pedras, Serrita, Bonança e na Ilha de Marajó. São ‘fios da meada’ que trazem referências de cidades”, explica Beto Figueiroa, que convidou o músico e amigo Jr. Black para assinar os textos que integram a narrativa que conduzirá os visitantes pela mostra. São cinco textos, escritos em primeira pessoa, que narram histórias inventadas por Black para os personagens e cenários retratados por Beto. “Queria que, em algum momento, as fotos falassem e resolvi experimentar essa construção como uma espécie de ambientação que desse esse tipo de suporte”, conta o fotógrafo, que usa projeções de imagens para dialogar com as fotos e textos. Durante a exposição, haverá, ainda, o lançamento do catálogo da mostra e um debate sobre da cidade e seus não-lugares, com a presença, além de Figueiroa e Jr. Black, da fotógrafa Ana Lira e do professor doutor em Comunicação Social José Afonso Júnior, da Universidade Federal de Pernambuco. No mesmo dia, será realizada uma visita guiada para surdos com o objetivo de utilizar a fotografia como meio de expressão e comunicação, aumentando a visibilidade e a inclusão da comunidade surda na sociedade. Sobre Beto Figueiroa – Tendo passado parte da infância na histórica cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco, Beto Figueiroa foi criado por uma mulher cega. Mãe Ná, sua avó, morreu em 2009, aos 106 anos e sempre foi uma referência não só na conduta de vida como na arte de enxergar. O jeito de ver as coisas se construiu de maneira diferenciada – bem provavelmente pela força dos ensinamentos de Mãe Ná, que jamais o viu, mas o acompanhou de perto, desde o início de sua carreira como fotógrafo. Com trabalho reconhecido pelas principais premiações do fotojornalismo nacional, como Vladimir Herzog, Beto participou de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, além de inúmeras publicações em livros e revistas. Em 2007, esteve entre os dez brasileiros escolhidos pela Fototeca de Cuba e pelo Instituto de Mídia e Arte – Imea (SP) para representar a fotografia brasileira, sendo o mais jovem da seleção na mostra “Mirame – uma ventana da fotografia brasileña”, em Havana. Em 2014, lançou a exposição "Morro de Fé", com curadoria de Mateus Sá, formada por 25 fotografias coloridas e em preto e branco, impressas em grandes formatos, ocupando paredes e telhados com até 14 metros de largura. As imagens a céu aberto e em grandes proporções foram fixadas nas fachadas e muros das casas do Morro da Conceição. Em 2016, lançou o livro “Banzo” pela editora Olhavê e o segundo da sua carreira. SERVIÇO Exposição ExisteCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa Abertura: Dia 2 de maio, 19h Data: Até 29 de julho Local: MAMAM, na Rua da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife Estrada gratuita Informações: (81) 3355-6871
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No final do mês passado, a Prefeitura do Recife, por intermédio do Instituto Pelópidas Silveira (ICPS), divulgou as propostas de Políticas Setoriais do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, discutidas em audiência pública no dia 28.03. Do documento consta expressamente a priorização para o fluxo e a segurança do pedestre e do ciclista e para o transporte público de passageiros, além do desestímulo ao uso do transporte individual motorizado (carros e motos) como principal meio de locomoção na cidade. Trata-se da primeira vez que diretrizes dessa natureza são formalizadas em um documento com status de pré-projeto de lei. Um marco histórico! A ironia do destino é que, no dia anterior, os meios de comunicação divulgaram o resultado do Índice 99 de Tempo de Viagem (ITV 99) que, pelo segundo ano consecutivo, apontou o Recife como tendo o pior trânsito das 10 maiores capitais brasileiras nos deslocamentos em horários de pico da manhã (7h às 10h) e da noite (17h às 20h). E, ainda que essas medições feitas por meio de aplicativos de transporte mereçam ser olhadas com reservas quando determinam rankings de desempenho, o fato é que o Recife tem aparecido com frequência em colocações comprometedoras no quesito travamento de trânsito... O que, aliás, não é novidade, dada a sua estrutura viária antiga (em muitos locais plurissecular), lançada antes do advento dos veículos motorizados e sem alternativas físicas de ampliações significativas... Enfrenta o Recife, no que diz respeito ao trânsito, um problema elementar de física aplicada: não pode uma rede limitada de vias ser acrescida continuamente de veículos sem que venha a travar! Daí, a grande importância de políticas públicas que priorizem os demais meios de deslocamento que não os individuais motorizados (a pé, de bicicleta e transporte público), sempre considerando que, em termos de mobilidade, o importante é o deslocamento de pessoas e não, necessariamente, de veículos, conforme, inclusive, pode ser conferido na boa matéria sobre o tema publicada nesta edição da Algomais. Esse é, aliás, um debate muito difícil por causa da longa hegemonia do transporte individual motorizado no planejamento das nossas cidades. Por isso, é preciso que se tenha muita calma nesta hora porque, infelizmente, inexistem soluções mágicas.
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Análise em sete regiões metropolitanas indica falta de planejamento, grande diversidade de restrições ao trânsito de caminhões, ausência ou precariedade da sinalização e da fiscalização, entre outros problemas que aumentam o custo operacional e reduzem a qualidade do serviço. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou hoje (16/04) o estudo “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?” no qual analisa as condições do transporte de carga em sete regiões metropolitanas no país: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM). Os resultados mostram que a urbanização acelerada do Brasil nas últimas décadas trouxe complexidade e desafios para a logística de abastecimento das cidades onde vivem 84% da população brasileira e circulam 96,7 milhões veículos automotores. Nesse cenário, transportadores, gestores públicos e empresários lidam com variados graus de dificuldade para melhorar o transporte de cargas em centros urbanos. É preciso compatibilizar as demandas do comércio e do setor de serviços, com a variedade e volume crescente de consumo da população e, ainda, com a necessidade de melhorar a qualidade de vida nas cidades, reduzindo os congestionamentos e a poluição ambiental. O estudo constatou uma variedade de regras e de restrições à circulação de caminhões em centros urbanos, somada a problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização, entre outras deficiências que têm impacto sobre a atividade transportadora. Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades. Para a Confederação Nacional do Transporte e, é preciso aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades, entre outras providências para que o transporte de mercadorias em centros urbanos seja mais rápido, eficiente e de baixo custo. Principais barreiras Veja quais foram os problemas mais comuns encontrados pelos técnicos da CNT ao estudar as condições do transporte de cargas nas cidades que compõem as sete regiões metropolitanas analisadas: • Falta de planejamento. Na maioria dos casos, os municípios implantam restrições ao transporte de carga sem dialogar com os setores envolvidos e sem integrar suas regras de trânsito com as normas de transporte dos demais municípios da região. Além disso, muitos municípios criam legislação para o transporte de cargas, mas não divulgam ou não colocam as regras em prática. • Carência de dados e estudos para embasar políticas públicas de transporte de carga em áreas urbanas. Esse problema está associado a uma ideia simplista de que a mera proibição ao trânsito de caminhões em determinadas zonas e vias resolveria os problemas de congestionamentos, poluição etc. • Grande variação de regras de restrição ao transporte de carga dentro de um mesmo município ou em relação aos outros municípios que integram a região metropolitana. As regras mudam de um bairro para o outro, de um município para o outro, dificultando o planejamento do transporte de cargas. • Proibições de trânsito em dias e horários determinados obrigam os caminhões de carga a circular nas chamadas “janelas horárias”. Este modelo de restrição dificulta o planejamento das entregas por razões como congestionamentos e condições de recebimento de cargas. O comércio, especialmente supermercados e shoppings adotam critérios próprios de recebimento de carga que muitas vezes não são compatíveis ou entram em conflito com as restrições determinadas pelo poder público. • Falta de sinalização; sinalização precária ou mesmo em contradição com o normativo sobre transporte de carga. • Fiscalização de trânsito insuficiente para garantir o cumprimento das regras e a fluidez do transporte de cargas. • Baixa oferta de vagas de carga e descarga e ocupação indevida dessas vagas por outros tipos veículos. • Aumento do número de viagens devido à imposição de uso de veículos menores. • Falta de locais adequados e seguros de parada e descanso para motoristas que aguardam para entrar em cidades em períodos de restrição. Esse é um problema que tem agravado a insegurança sofrida pelos transportadores sendo o roubo de cargas o tipo de ocorrência mais comum. • Baixo investimento em obras de infraestrutura, principalmente em anéis viários. Consequências Os problemas encontrados pela CNT têm forte impacto nos custos e na qualidade do serviço de transporte de cargas em áreas urbanas conforme descrito a seguir: • Aumento dos custos operacionais do transporte rodoviário de carga. Em alguns casos, as barreiras encontradas pelos transportadores têm gerado taxas extras que incidem sobre o preço do frete. Dois exemplos são a Taxa de Dificuldade de Entrega (TDE) negociada a partir de um piso de 20% sobre o valor do frete e a Taxa de Restrição do Trânsito (TRT) calculada em 15% do frete. • Baixa previsibilidade da entrega de mercadorias. Além dos congestionamento e retenções de trânsito, muitas vezes o planejamento do transportador é alterado de forma imprevisível devido à falta de clareza e de transparência sobre as restrições ao transporte de carga. • Aumento da emissão de poluentes e ruídos. Restrições mal planejadas podem acarretar congestionamentos, filas de descarga, aumento no número de viagens, rotas mais longas e inadequadas e outros transtornos que aumentam os ruídos produzidos pelo trânsito e a emissão de gases poluentes na atmosfera. • Riscos de acidentes. Sinalização deficiente ou mesmo ausência de sinalização, janela de horário noturna e outras restrições são fatores que elevam o risco de acidentes. Principais soluções apontadas pela CNT Aprimorar as políticas públicas e o planejamento. Incluir o transporte de carga no planejamento urbano e nas políticas de trânsito, integrando todos os municípios das regiões metropolitanas; realizar gestão democrática e ampliar o controle social todos os setores interessados: transportadores, embarcadores, compradores, fabricantes, distribuidores, empresas de Transporte Rodoviário de Carga - TRC, Transportadores Autônomos de Carga - TAC, operadores logísticos, atacadistas, varejistas e consumidores finais. Melhorar a sinalização e a fiscalização de trânsito. Divulgar, dar maior clareza e visibilidade às restrições ao transporte de carga, divulgar rotas alternativas e ampliar a fiscalização, especialmente nas áreas de carga e descarga. Ampliar a oferta de vagas de carga e descarga e as janelas horárias para entregas e coletas. Aumentar
Estudo revela dificuldades do transporte de cargas em centros urbanos Read More »