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Urbanismo

Cidade para carros ou para pessoas?

O Recife está há alguns anos entre as cidades com mais congestionamentos do País. Pesquisas, como a da companhia holandesa TomTom, apontam o trânsito da capital pernambucana como o 8º pior do mundo. Um cenário que na avaliação dos especialistas só será revertido com a valorização do transporte público e o desincentivo ao uso de veículos particulares. A relação entre a priorização dos modais de deslocamento coletivos e a qualidade de vida nas cidades é o tema da série Transporte Público e Cidadania, que iniciamos nesta edição da Algomais. Com o crescimento de renda da população no início desta década, a chamada nova Classe C passou a adquirir automóveis e motos. Fenômeno que foi freado com a crise econômica que o País atravessa, mas que deixou sequelas. “Em busca de uma situação mais confortável, as pessoas substituem o transporte público pelo individual, aumentando ainda mais os congestionamentos. Isso amplia o tempo nos deslocamentos, que é ruim para o cidadão e para o País”, aponta a pesquisadora da FGV Energia Tamar Roitman. De acordo com levantamento do Numbeo, portal especializado em comparar indicadores de metrópoles do mundo, a média de tempo de viagens no Recife é de 55,6 minutos, a pior do País. “A cidade acabou para o carro. A situação do trânsito não está pior porque a situação econômica reduziu a vendas de automóveis e a circulação de veículos. Mas, com a economia melhorando, há uma tendência dos congestionamentos aumentarem ainda mais”, aponta Sidney Schreiner, diretor executivo de planejamento da mobilidade do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira. Para superar o desperdício de tempo e de desgaste físico e mental da população nos engarrafamentos, o caminho traçado pelo poder público no Plano de Mobilidade Urbana do Recife é desestimular o uso de automóveis. “Os projetos do plano vão trazer uma indicação muito forte para a priorização do transporte coletivo (ônibus e metrô) e ativo (a pé e bicicletas)”, apontou Schreiner. De acordo com a última pesquisa Origem e Destino da cidade, 70% da população tem esses modais como principal forma de deslocamento para o trabalho, sendo que 71,7% desses são usuários do sistema de ônibus. A Prefeitura do Recife e o Governo do Estado fizeram investimentos para aumentar a velocidade dos coletivos. A PCR implantou 58 quilômetros de vias exclusivas de ônibus, as chamadas faixas azuis. De acordo com a CTTU (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife), o melhor desempenho delas está na Avenida Herculano Bandeira, onde o aumento da velocidade dos coletivos chegou a 118% após a instalação da medida. Já o governo instalou o BRT que, somando os dois ramais, tem 25,3 quilômetros de vias reservadas a esses veículos, tendo alcançado um ganho de velocidade entre14% e 17%. A aposta nas faixas azuis e o trabalho de controle urbano em pontos críticos da cidade, como as feiras públicas, são os dois trabalhos destacados pelo secretário de Mobilidade do Recife, João Braga. “Há um grande esforço no sentido de melhorar a qualidade do serviço e o tempo de viagem do transporte público. Temos discutido com as diversas comunidades para estabelecer ações que melhorem a fluidez dos ônibus”, ressalta. O secretário destaca o desafio de conscientizar a população. “Todo avanço para o transporte público gera uma reação. A maioria das pessoas tem carros hoje. Por outro lado, aumenta a pressão pela ampliação das faixas exclusivas. Mas a cidade precisa privilegiar quem transporta mais gente”, pondera Braga. Essa disputa gerou recentemente a proposta de uma comissão de vereadores do Recife para que a faixa azul da Avenida Antônio de Góes, na Zona Sul, fosse compartilhada com carros nos horários de pico. A sugestão foi negada pela CTTU, baseando-se no fato de que após a restrição do trecho para veículos individuais a velocidade dos coletivos aumentou em 35%. Além da supressão de faixas para os carros, há diversos instrumentos utilizados nas grandes metrópoles do mundo para reduzir a circulação do transporte individual, como a diminuição de vagas de estacionamentos públicos, rodízio de carros e até a instituição de tarifas de congestionamento (conhecidos como pedágios urbanos). No Recife, o Plano de Mobilidade prevê a pedestrianização de algumas vias. “O primeiro passo é focar na qualidade do sistema, investindo na eficiência e qualificação dos veículos, com ar-condicionado, wi-fi e acessos com piso baixo, por exemplo. Os resultados não serão instantâneos. Esse é um processo de médio prazo para gerar uma migração do transporte individual para o coletivo”, diz Schreiner. Na próxima edição trataremos do impacto na saúde das pessoas provocado pelo atual modelo de transportes, ancorado nos veículos individuais e movido a combustíveis fósseis. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)   CONFIRA AS DEMAIS REPORTAGENS DA SÉRIE NOS LINKS A SEGUIR: http://revista.algomais.com/urbanismo/o-transito-que-adoece-as-cidades http://revista.algomais.com/sem-categoria/avancos-e-desafios-apos-4-anos-do-brt-na-regiao-metropolitana-do-recife http://revista.algomais.com/exclusivas/inovacao-para-o-passageiro

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Projeto Ruas completas prioriza o pedestre

O crescimento da maioria das cidades brasileiras aconteceu com a supremacia do tráfego de carros. Engarrafamentos, marginalização do transporte público e invisibilidade dos pedestres e ciclistas fazem parte do retrato que é resultado desse modelo de desenvolvimento urbano, digamos, “carrocrata”. Em contraponto a esse cenário que representa a maioria das capitais do País, surgiu o projeto Ruas Completas. A iniciativa do WRI Brasil, organização sem fins lucrativos, em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos, propõe um ambiente urbano humanizado, orientado principalmente para a mobilidade ativa e de baixo carbono. O Recife será um dos 10 municípios do País que vivenciarão essa experiência a partir de uma série de intervenções que acontecerá na Rua da Hora, no Espinheiro. A aplicação dos princípios das Ruas Completas está sendo coordenado na capital pernambucana pelo Instituto Pelópidas Silveira (IPS). Após duas reuniões com moradores e comerciantes do bairro da Zona Norte e diversos debates técnicos, foram propostas várias modificações na via, como a supressão de uma das três faixas para carros, o alargamento das calçadas e a redução da velocidade máxima permitida de 50 km\h para 30 km\h. “O primeiro objetivo desse projeto é proporcionar um ambiente seguro e agradável para o convívio de todos os usuários da rua. Não apenas ser eficiente para quem se desloca de carro, mas também para os pedestres, ciclistas, usuários de transporte público. Além disso, reduzirá a emissão de poluentes e a quantidade de acidentes de trânsito”, projeta o diretor executivo de planejamento da mobilidade do IPS, Sidney Schreiner. Segundo levantamentos feitos pelo instituto, por hora transitam quase mil pedestres e menos de cem ciclistas pela rua. Entre as modificações previstas estão elevação dos trechos de travessia ao nível da calçada. A medida além de facilitar a mobilidade do cadeirante, obriga os carros a reduzirem a velocidade. Também está prevista a criação de uma ciclorrota nas faixas remanescentes de rolamento de forma compartilhada entre a bicicleta e o transporte motorizado. Com isso, as organizações envolvidas no projeto esperam até triplicar o fluxo de pessoas na região beneficiada. A requalificação das calçadas, que é por lei obrigação dos donos dos imóveis, será feita pela Prefeitura do Recife na extensão da rua, que tem quase um quilômetro. Schreiner explicou que a PCR está desenvolvendo um projeto de recuperação de 134 quilômetros de calçadas, por intermédio da URB (Autarquia de Urbanização do Recife), e que a Rua da Hora é uma das contempladas. Ele prospecta que a reforma do pavimento desse passeio público deverá ser entregue à população ainda no primeiro semestre de 2018. Morador e comerciante da rua, Fábio Cabral, dono da loja Passadisco, está empolgado com o projeto. “A diminuição da velocidade na via é um fator bastante interessante. E a requalificação das calçadas será muito positivo para melhorar a acessibilidade. Essa iniciativa tem tudo para tornar a rua mais viva o tempo todo”, comemora. Residindo há 27 anos no local, ele lembra com saudosismo do tempo em que as pessoas conviviam mais no espaço público. TRÂNSITO No ponto de encontro com a Avenida Rosa e Silva está prevista uma modificação no trânsito com a implantação de um semáforo no local para reduzir os engarrafamentos e garantir uma travessia mais segura para os pedestres. Moradora da via, Lidiane Cavalcanti, destacou a necessidade de a população enxergar o projeto de forma coletiva. “Penso que será bom para a cidade, porque haverá um fluxo maior de pessoas. As ruas mais movimentadas e mais iluminadas se tornam menos inseguras. Será bom também para o comércio local”, considera. Uma preocupação levantada nas reuniões com a população local é a necessidade de haver o acompanhamento pela população e pelo poder público após as intervenções do projeto. “As boas calçadas são muito usadas para trânsito proibido de motos ou ocupadas por carros para estacionamento. Além disso, sem a manutenção adequada, em pouco tempo tudo volta ao que era antes”, adverte o consultor Francisco Cunha, que trabalha no bairro. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) 

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Espinheiro: Paisagem verde sob ameaça

Deter a derrubada da arborização é uma preocupação cada vez mais comum dos recifenses. Os moradores de um dos bairros mais conhecidos pela grande concentração de árvores, realizaram o abaixo-assinado #EspinheiroSombreado que foi entregue ao secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Prefeitura do Recife Bruno Schwambach para que sejam tomadas providências na preservação e restauro do seu ativo ambiental. A entrega aconteceu logo após uma Audiência Pública na Câmara dos Vereadores do Recife sobre a arborização da cidade, que foi convocada pelo vereador Jayme Asfora. O documento, com mais de 100 assinaturas de moradores e profissionais que atuam no bairro, solicita que o poder público municipal realize um diagnóstico da arborização atual do bairro e que apresente um plano de manejo e rearborização para restaurar o sombreamento do Espinheiro. O consultor Francisco Cunha, que trabalha no bairro, é um dos militantes dessa causa. “O sombreamento do bairro está em amplo processo de degradação”, denuncia. Ele ressalta que o Espinheiro é historicamente um dos bairros mais arborizados do Recife, fruto do plantio de oitizeiros na primeira metade do Século 20, que promoveu um efeito de “túnel verde” em diversas ruas. “Hoje em apenas poucos trechos é perceptível esse efeito, porque há um processo contínuo de poda extensiva e erradicação de árvores sem replantio. Isso tem provocado a abertura de 'clareiras' e o aumento da insolação no bairro”, afirma o consultor. A doutora em geografia e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Mariana Zerbone afirma que a arborização da cidade é fundamental para o conforto e o embelezamento urbano. “Quando a copa das árvores é frondosa há uma grande capacidade de absorção dos raios solares. Isso cria um ambiente mais refrescante. Atua no microclima do local, reduzindo a temperatura”. Ela destaca que as árvores estão no centro de uma concorrência intensa pelo espaço na cidade.“Há uma grande disputa pela calçada, pois há um conflito entre todos que a utilizam: o transeunte, os moradores, as lojas que colocam mesas, os camelôs. A árvore é mais um elemento a disputar esse espaço”, afirma Zerbone. A professora, que já realizou uma pesquisa sobre arborização na rua Amélia, há mais de uma década, destaca que além dessa tensão pelo espaço da calçada, as árvores disputam ainda o espaço do subsolo (com as encanações) e o aéreo (com os postes e a fiação elétrica e telefônica, por exemplo). A especialista afirma que a derrubada das árvores no espaço urbano é um problema de longa data, mas que visivelmente se acentuou nos últimos anos. “Muitas vezes a própria poda errada da árvore acaba matando-a. Mas temos observado que há muitas sendo cortadas sem justificativa”, avalia. O vereador Jayme Asfora pretende apresentar, em breve, um projeto de lei defendendo algumas medidas sugeridas pelo movimento pelo #EspinheiroSombreado. O parlamentar ressaltou na audiência a relevância das árvores urbanas para tornar a cidade mais agradável e saudável ambientalmente. “Quanto mais verde nossa cidade for, mais ela vai estimular as pessoas a andarem pelas ruas e ocuparem os espaços públicos, contribuindo, inclusive, para a questão da segurança”, afirmou Asfora. A retirada da vegetação urbana da cidade, inclusive, entra em choque com um dos objetivos do projeto Parque Capibaribe, que é de elevar a taxa de área verde pública da cidade do Recife. De acordo com informações do projeto, atualmente o Recife tem 1,2 m² de área verde pública por habitante. A meta do parque é de que em 2037, quando a capital pernambucana completar 500 anos, essa média salte para 20 m² por habitante. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Prefeitura do Recife e Ademi assinam compromisso para plantio de mais de 2 mil árvores

O Recife vai ganhar mais de 2 mil novas árvores que serão plantadas em diversos espaços públicos da cidade. A ação é fruto de uma parceria entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, e a Ademi-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), que assinaram um termo de compromisso de compensação ambiental, na tarde desta terça-feira (13), na sede da entidade. A iniciativa reúne 21 empresas do setor imobiliário, que precisavam fazer o plantio de vegetação, em torno de um projeto estruturado de arborização e paisagismo. “O grande diferencial dessa ação é que ela foi pensada para atender as áreas que mais precisavam. De forma inteligente, identificamos as necessidades, fizemos os projetos e, em articulação com a Ademi, criamos a solução, que simplifica o trabalho para o setor e para a prefeitura. No final, quem ganha é a cidade, porque vamos adensar o verde onde ele é mais necessário”, destacou o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, Bruno Schwambach, que assinou o documento destacando se tratar de um exemplo a ser levado para outros projetos. O plantio deve iniciar ainda em março e vai levar cerca de 120 dias até a sua conclusão. Ao todo, serão beneficiadas 12 áreas públicas da cidade, a exemplo de canteiros centrais, refúgios, praças e passeios. Entre elas estão os canteiros centrais das avenidas Mascarenhas de Morais e Domingos Ferreira, além de passeios na Ilha Joana Bezerra. O objetivo é que a ação amplie a cobertura verde das localidades, proporcionando beleza paisagística e a criação de microclimas para amenizar as altas temperaturas e combater as ilhas de calor. Segundo o presidente da Ademi-PE, Carlos Tinoco, esta é uma ação bastante positiva e vem para repor, de forma rápida e eficaz, árvores que precisaram ser retiradas no momento da realização de diversas obras. Com isso, também se entrega um volume maior de mudas, em uma iniciativa mais impactante para a cidade. “É uma solução viável para ambas as partes [Prefeitura e setor imobiliário], que vai beneficiar com mais verde vários corredores de tráfego intenso. Também é gratificante saber que contribuímos para ter um cenário mais bonito e agradável em nossa cidade”, afirmou. No projeto, serão utilizadas mudas de árvores de grande, médio e pequeno porte, atendendo as especificações existentes no manual de arborização da prefeitura. Das mais de 2 mil plantas, a maior parte será de grande porte com copas densas que favorecem a oferta de sombras, uma vez que as áreas definidas para o plantio dispõem de espaços livres capazes de acomodar os exemplares. Além disso, a iniciativa fará uso de espécies pertencentes ao bioma da Mata Atlântica. Logradouros onde haverá plantio: - Canteiros e refúgios do bairro do Cabanga - Entorno do Hospital das Mulheres - Espaços livres e passeios da Ilha Joana Bezerra - Canteiro central da Av. Mascarenhas de Morais - Canteiro central da Av. Domingos Ferreira - Via Mangue - Terminal Marítimo - Túnel da Abolição - Passeios na Ilha do Leite - Passeios na Ilha do Retiro - Praça Arraial do Bom Jesus - Praça Compositor Antônio Maria

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Recife 500 anos aponta caminhos para o futuro no aniversário da cidade

Reunir, reviver e reinventar. Esses são os três pilares que vão nortear o Plano Recife 500 anos. A data redonda chega em 2037, quando o Recife será a primeira capital brasileira a completar 500 anos. Apesar da aparente distância, a necessidade de pensar este futuro é urgente. Para tirar do papel a cidade que se deseja para as próximas décadas, a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) apresentaram nesta segunda-feira (12) - dia do aniversário de 481 anos da capital pernambucana - a primeira etapa do projeto, resultado das escutas realizadas junto à população. Com o título de Caderno de Construção Coletiva da Estratégia de Futuro da Cidade, o estudo é o resultado da escuta de mais de 5 mil pessoas dos mais diferentes estratos da sociedade. Além disso, a pesquisa se deu por meio de mapas, documentos e investigações sobre o passado do município. Também foram feitas oficinas para entender as novidades que estão surgindo na cidade e no mundo. O resultado apresentado trouxe diretrizes, sínteses e caminhos estratégicos que vão apontar para as metas do plano definitivo, pensado para construir o Recife que os recifenses desejam em 2037. Segundo o prefeito Geraldo Julio, o objetivo é possibilitar que os recifenses tenham visão clara da estratégia que está sendo tomada para combater as desigualdades e proporcionar mais qualidade de vida aos recifenses. "Esse plano é importante para que a gente não seja somente tomado pelas urgências. Elas estão no nosso dia a dia e são fundamentais, principalmente nesse momento que o Brasil está passando e a sociedade precisa muito dos serviços públicos, mas precisamos também encontrar tempo e recurso para investir no futuro da cidade. Esse é o ponto fundamental", afirmou Geraldo. "As cidades que não pensam no seu futuro pioram a qualidade de vida e aumentam a desigualdade", acrescentou. O prefeito defende que a mobilização da sociedade é essencial para executar o plano. "Muitas das metas que estão na cartilha dependem da ação da Prefeitura, mas muitas dependem da atuação do próprio recifense", disse. Após essa primeira etapa do Plano, ele fica aberto à contribuições que podem ser feitas nos próximos 90 dias no site do Plano: www.recife500anos.org.br. A coordenação do Recife 500 Anos está a cargo da Aries, que está pensando em estratégias e ações de desenvolvimento da cidade em curto, médio e longo prazo. À frente da Agência, Guilherme Cavalcanti grifou os desafios que o Recife tem pela frente e a necessidade de "abraçar os conflitos e procurar os consensos". "A estratégia de cidade é uma visão comum que todos nós possamos perseguir", defendeu Guilherme. "O que a gente espera fazer agora é coletar o máximo de críticas e colaborações para que a gente possa organizar o material final dentro daquilo que é mais próximo das vontades e dos anseios da nossa sociedade. Os mesmos formatos que já usamos até agora - ouvir sociedade - vamos voltar e ouvir os segmentos da sociedade para saber como podemos melhorar. A partir do momento que tivermos o documento final, ele será na realidade o inicial, porque vai nortear pelos próximos 20 anos", explicou Guilherme. No primeiro momento, as informações foram coletadas pela internet, em seguida ganharam as ruas do Recife. A Aries ouviu ainda representantes das comunidades, associações de bairros e vários segmentos de movimentos sociais. Todas as ideias pensadas até o momento estão compiladas no endereço www.recife500anos.org.br. No site, é possível fazer contribuições e o cidadão pode opinar sobre o projeto ou sobre o Recife do futuro.

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8 fotos do Porto do Recife antigamente

O surgimento e desenvolvimento do Porto do Recife esteve diretamente conectado com o crescimento econômico de Pernambuco. A cidade do Recife nasce junto com o antigo ancoradouro, denominado pelo navegador Pero Lopes de Souza como "Arrecife dos Navios". Esse lugar se torna o principal porta de entrada de mercadorias do exterior e de escoamento do açúcar produzido no Estado. De acordo com informações do Porto do Recife, as primeiras iniciativas para melhoramento do ancoradouro são datadas de 1815. Mas, as obras para estruturação do atual porto acontecem apenas no ano de 1909, através da empresa Societé de Construction du Port de Pernambuco (responsável pela construção do Cais e de três Armazéns). A inauguração aconteceu em setembro de 1918. Confira abaixo as imagens que selecionamos do acervo da Villa Digital, da Fundaj. 1. Embarcações nas proximidades dos armazéns e da Western Brazilian Submarine Telegraph Company Limited (segundo a descrição da foto no acervo) 2. Alfândega e ancoradouro, registro de 1908 3. Farol da Barra, em 1912 4. Reprodução fotográfica de pintura de Jerônimo Telles Júnior do Porto do Recife 5. Cais do Porto 6. Embarcações no porto 7. Docas (Detalhe na imagem o Monumento Barão do Rio Branco) 8. Foto ampla do Porto do Recife VEJA MAIS COLUNAS 5 fotos da Rua do Sol antigamente

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8 imagens dos fortes do Recife e de Olinda antigamente

Os recifenses passam diariamente pelos fortes do Brum e das Cinco Pontas. Os olindenses convivem com o Fortim do Queijo. Mas as cidades já tiveram outras fortificações, como o Forte do Buraco e o Forte da Barra. Confira abaixo as fotos que selecionamos dos bancos de imagem da Fundaj e do IBGE. Eles integravam o sistema de defesa do Estado de Pernambuco junto a outros fortes que ficavam mais distantes da capital, como os de Paulista e Itamaracá. 1. Forte das Cinco Pontas (Foto do IBGE) 2. Quartel do 40º Batalhão das Cinco Pontas, em 1900 (Acervo Josebias Bandeira) 3. Forte do Buraco, em Olinda. Também era conhecido como Forte da Madame Bryune. (Acervo Josebias Bandeira) 4. Forte do Buraco, em 1932. (Acervo Josebias Bandeira) 5. Forte do Brum, em 1914 6. Forte do Brum, 1939 (Acervo Benício Dias) 7. Forte da Barra, também conhecido por Forte do Picão, Castelo do Mar e Forte da Laje 8. Fortim do Queijo (Acervo da Fundaj)

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Um jardim Botânico no coração de Olinda

Pouco conhecido pelos pernambucanos, o Horto d'El Rey, localizado no Centro Histórico de Olinda, foi o segundo jardim botânico do País. Criado em 1811 com o título de Real Viveiro de Plantas de Olinda, a área, que hoje é uma propriedade privada, guarda o potencial de se tornar um espaço de estudos e de visitação para realização de trilhas ecológicas. “Temos uma atenção especial nesse local por ser um sítio histórico. A prefeitura já tentou fazer uma ação efetiva no passado, mas há pendências jurídicas a serem resolvidas antes. Nosso interesse seria reabrir o horto para estudos, trilhas e escolas”, afirma o secretário de Patrimônio e Cultura de Olinda, Gilberto Sobral, sobre o antigo horto, que é registrado no cadastro de imóveis como Sítio do Manguinho. O secretário ressalta que o primeiro desafio é mantê-lo preservado. Sobral explica que a prefeitura já realiza um trabalho de monitoramento constante no entorno do terreno. O espaço abrange cerca de 14 hectares, limitando-se com o turístico Alto da Sé e os bairros do Carmo, Amaro Branco, Amparo e Bonsucesso. Para o arquiteto e urbanista Lúcio Calado, o espaço tem grandes possibilidades de uso público. “É um local estratégico que pode ser usado como um parque botânico, com trilhas. Por ser um terreno íngreme poderia até desenvolver um projeto de teleférico no horto”, sugere. O especialista ressaltou que no Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda – um documento que está em fase de tramitação na Câmara de Vereadores da cidade – pelo menos dois incisos já indicam as intenções da prefeitura para o parque. Quando trata sobre o Programa de Desenvolvimento Econômico e Urbano Sustentável, o plano sugere a “exploração do potencial do Horto d'El Rey para pesquisa científica e visitação”. A outra menção está no Programa de Preservação e Conservação do Ambiente Natural no Sítio Histórico de Olinda, quando o plano sugere a “recuperação e manutenção do Horto d'El Rey (árvores), permitindo o uso público com respeito ao meio ambiente e paisagem”. O horto foi alvo de uma pesquisa das engenheiras florestais Isabelle Maria Jacqueline Meunier e Horivani Conceição Gomes da Silva, que publicaram um artigo científico, há quase 10 anos, na Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, que tratou justamente das potencialidades da cobertura vegetal nesse espaço. “Áreas planas próximas à entrada do Bonsucesso precisam ser objeto de restauração ambiental, qualificando-as para o lazer contemplativo e para a condução de práticas educativas, nas quais se priorizem as ações de inclusão social, saúde, educação ambiental e cidadania, voltadas principalmente às comunidades do entorno”, sugeria a pesquisa. Para a região mais próxima ao Alto da Sé, o estudo traz como proposta “valorizar as estratégias de informação sobre importância do local na introdução de espécies exóticas que hoje integram a paisagem, a cultura e a economia regionais”. As pesquisadoras recomendavam ainda que nas áreas mais primitivas, de difícil acesso, a visitação deve ser restrita a trilhas, onde poderiam ser instaladas passarelas estreitas, até locais onde seja possível observar aspectos importantes da paisagem olindense, como o Farol de Olinda. Gilberto Sobral informou que há um estudo em andamento, ainda em fase embrionária, sendo feito por uma equipe vinculada ao Porto Digital, que tem uma proposta de ação no Seminário de Olinda, que envolveria também o Horto d'El Rey. “Há interesse de investidores do Porto Digital de criar um braço de atividades educacionais abrangendo economia criativa e ecologia, em que o horto viraria um grande laboratório e espaço de estudos”. Sobral lembrou ainda que existe uma Sociedade dos Amigos do Horto d'El Rey, mas que atualmente está sem atividades. HISTÓRIA De acordo com o historiador Leonardo Dantas, desde o início da colonização brasileira, os jardins das ordens religiosas de Olinda eram utilizados para aclimatação de vegetais exóticos, que foram transplantados para o País, vindos de diversas partes do mundo. Em 1797 e 1798, o Conde de Linhares, dom Rodrigo de Souza Coutinho, recomendou o estabelecimento de um Jardim Botânico em Olinda para o cultivo de novas plantas exóticas. Esse projeto só iria se tornar real quase 15 anos depois, sendo construído no antigo Jardim dos Padres da Companhia de Jesus. Inicialmente foram transplantados vegetais vindos da Guiana Francesa. Ao longo do tempo foram plantadas no horto variedades como fruta-pão, caramboleira, sapotizeiro, pinheira, entre tantas outras. “O Jardim Botânico de Olinda teve importante papel na divulgação desses vegetais e de outros que nele foram sendo introduzidos desde sua fundação”, assinalou Leonardo Dantas em artigo publicado na Algomais. No jardim chegou a funcionar um curso de botânica e de agricultura no longínquo ano de 1829. O espaço foi fechado em 1845, sendo alugado e posteriormente vendido para à família Manguinho. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Mais Vida nos Morros: Inovação que vem do alto

Casas, muros e espaços públicos do Morro da Conceição ganharam novas cores e luzes nos últimos meses. Intervenções urbanísticas e estéticas também estão previstas em outros espaços do Recife, fruto do Mais Vida nos Morros. Antenado com tendências de inovações urbanística internacionais, o programa promovido pela prefeitura, enche os olhos dos cidadãos que moram na parte baixa da cidade e mexe com a sensação de pertencimento e de cidadania dos moradores dessas regiões periféricas da cidade. Tudo começou no Alto do Maracanã, com o uso de geomantas coloridas – uma tecnologia made in Pernambuco mais barata que os muros de arrimo para conter encostas com risco de desabamento. Também foram criadas cinco áreas de convivência, além de 20 hortas colaborativas. O projeto já alcançou seis regiões de morro da cidade, como Córrego do Jenipapo, Mangabeira, Alto José do Pinho e Três Carneiros. No Morro da Conceição, além das pinturas, o projeto reformou duas praças públicas, instalou iluminação de LED, criou hortas comunitárias, parklet e áreas de convivência. A intervenção priorizou também a eliminação de pontos de acúmulo de lixo e investiu em arte urbana e paisagismo, com o apoio de mutirões populares. De acordo com o secretário de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi, o Mais Vida nos Morros é inspirado em cases da Colômbia, México e Venezuela que apontam para uma mudança de comportamento dos cidadãos quando o poder público cria uma nova ambiência. “No exterior as intervenções visavam a combater a insegurança ou o vandalismo. Aqui nosso desafio era associado à defesa civil, pois mais de 500 mil recifenses vivem nas áreas de morro. Nossas ações incluem como diferencial o ingrediente do engajamento e envolvimento do morador. Tentar fazer com que ele se observe como o grande agente de defesa civil”. Na prática, além de convidar a população para participar dos mutirões de pintura, o poder público tem uma ação de escuta dos moradores acerca das iniciativas a serem implantadas no local. “Além de reivindicar, convidamos o morador para ser parte da solução. Ser o grande protagonista de fato da transformação do seu bairro, pois ele é o especialista da sua comunidade”, argumenta Ponzi. Morador do Morro da Conceição, Fabiano Silva, 40 anos, é um dos entusiastas da iniciativa. Profissional autônomo e vice-presidente da Quadrilha Junina Tradição, ele destaca o impacto da iniciativa no olhar que a cidade passa a ter sobre a comunidade. “As pessoas passaram a enxergar o Morro não apenas como um lugar suburbano, periférico. Mas a observar o nosso patrimônio cultural e as manifestações artísticas”. Mais do que as melhorias de infraestrutura promovidas pelo projeto, Fabiano destaca a mudança na população. “O significado maior é esse legado de contribuir ainda mais para a politização da comunidade”, avalia Fabiano. Esse destaque dado pelo morador é percebido também na experiência das cidades colombianas, como foi destacado por Nathalie Renner, no livro As lições de Bogotá & Mendellín. “Para que as intervenções e seus equipamentos sejam legítimos, é imprescindível a participação social. (…) A comunidade se transforma em um ator fundamental da orientação do desenvolvimento”, afirmou a coordenadora da equipe de segurança cidadã do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao se referir à experiência de transformação urbana e cidadã de Mendellín. Uma das propostas do Mais Vida nos Morros é impulsionar também o turismo de base comunitária, que é aquele em que as comunidades se organizam enquanto arranjos produtivos locais e desenvolvem atividades de exploração turística. No País, um dos cases mais conhecidos são as visitas e hospedagens nos morros do Rio de Janeiro. Em Pernambuco há experiências nesse segmento na Ilha de Deus e na Bomba do Hemetério. O Morro da Conceição já possui uma vocação natural para o turismo religioso, com as festividades em torno do dia de Nossa Senhora da Conceição, além de uma força cultural associada às quadrilhas juninas e uma visão privilegiada da cidade. “Quando acontece uma intervenção dessa se fortalece bastante esse local enquanto roteiro turístico, que já tem um potencial cultural, religioso e gastronômico. E ele está articulado com outros lugares, como o Alto José do Pinho e o Alto Santa Isabel, que também são fortes culturalmente”, aponta o secretário. Ponzi destaca a possibilidade de impulsionar hostels nesses lugares, o que já acontece durante a Festa de Nossa Senhora da Conceição. Ele destacou ainda uma articulação do evento Restaurante Week em levar uma ação para a comunidade em 2018. “Por que um navio que chega ao Recife com alguns milhares de turistas, que trazem milhões para a nossa economia no Bairro do Recife e no Riomar não podem também visitar essa região e deixar R$ 100 mil em consumo no morro? Nos diálogos que estamos tendo com a comunidade já estão surgindo propostas de diversas atividades para potencializar isso”, revela. Mais que uma ação para resolver questões estritamente urbanas ou para dinamizar a economia, o projeto vai ganhando contornos de uma política pública de cidadania e desenvolvimento sustentável para os morros do Recife.

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Operação da Rota dos Coqueiros vai agilizar fluxo de veículos no Carnaval

A concessionária Rota dos Coqueiros realizará uma operação especial no Carnaval para agilizar o atendimento dos veículos que passarem nas praças de pedágio de Barra de Jangada - que dá acesso à Reserva do Paiva e praias do litoral sul - e de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. A ação inicia neste sábado de Zé Pereira, dia 10, e segue até a próxima terça-feira (13). Nesses dias, os chamados papa-filas ficarão localizados antes das cabines para começar a receber o valor da tarifa do pedágio. Quando o usuário chegar à cabine, ele só entrega um cartão de comprovação ao arrecadador e segue viagem. Para a folia de Momo, a operação Papa-Fila funcionará no sábado (10) e na segunda (12), das 8h às 17h. Já no domingo (11) e terça (13), dias esperados para haver maior movimento, a ação será estendida das 8h às 19h. A expectativa é que o fluxo de veículos deste ano se mantenha em relação ao período carnavalesco de 2017. A estimativa da concessionária é que 70 mil veículos passem pelas duas praças de pedágio, nos quatro dias de Operação Papa-Fila. Emergência Além de agilizar o atendimento nas cabines de pedágio, a concessionária também disponibiliza outros serviços aos usuários que trafegarem pelos 6,5 quilômetros pedagiados da rodovia estadual PE-024. Entre eles, o serviço de auxílio ao usuário, disponível 24h, para garantir assistência médica e mecânica aos usuários da via, caso necessário. O telefone de emergência é o 0800.281.0281. Também há ambulância de resgate de prontidão para realizar os primeiros-socorros, além de banheiros, guincho para remoção de veículo e viatura de inspeção de tráfego para verificação das condições de segurança da via. Parada Legal Nesta sexta (09/02) de Carnaval, a concessionária também realizará com parceiros uma série de serviços gratuitos a motoristas e veículos. Entre eles aferição de pressão, teste de glicemia, testes rápidos, vacinas e distribuição de camisinha e material educativo sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. Também haverá manutenção e checagem rápida em automóveis e motocicletas, aspiração e lavagem ecológica parcial e cristalização de para-brisas. A Parada Legal – edição de Carnaval – acontecerá das 8h às 15h, no Serviço de Auxílio ao Usuário (SAU), na praça de pedágio de Barra de Jangada. Os parceiros são: Detran, Honda, Porto Seguro, Dr. Lubrifica, Plus Med Saúde Ocupacional, Safety Med, Valle Corretora de Seguros e Secretaria Municipal de Saúde do Jaboatão dos Guararapes.

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