Arquivos Vi no Instagram - Página 11 de 47 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Vi no Instagram

Música, dança, circo e moda na Feirinha da Torre

Muita música, apresentação de danças urbanas e arte cênica para quem quer entretenimento de qualidade e gratuito. Amanhã (13), na Praça José Sales Filho, não faltará motivos para o público curtir atrações das mais variadas. A programação faz parte da 7ª edição da Feirinha da Torre e contará com a presença de artistas locais de diversas áreas. Para início das apresentações o grupo Q-RISO promete prender a atenção do público de todas as idades com seu teatro de bonecos. Em seguida o grupo Kings On The Beats coordenado por Felipe Alexandre, dará um show de danças urbanas. A programação segue com a banda Dona Chica, formada no Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), traz um repertório eclético nas vozes das cantoras Andreza Pontes, Kyara Muniz e Jullyanne Santos, além dos músicos Guilherme de Araújo, Anny Barreto, Júlio da Cunha e Romário Thomaz, contando, ainda, com a participação de Thiago Torres. Para fechar as apresentações do palco cultural, a banda RAIZ DE VENTO descortina a noite com a poesia de sua música, levando ao público o som marcante e singular de seu trabalho autoral. Também à tarde, o evento contará com a presença de Ana Peroba que irá conversar sobre moda e estilo. A atividade ajudará o público com dicas sobre as novas tendências e como montar seu look de forma prática e econômica, aproveitando, inclusive, aquelas peças que foram retiradas do uso ou deixadas temporariamente de lado e que, facilmente, encontramos nos brechós da Feirinha. A presença de mais de 70 expositores garante a satisfação de quem já está se acostumando com o evento a cada segundo sábado do mês! Os moradores do bairro da Torre elogiam a iniciativa que contribui com o meio ambiente, com a ciência, o artesanato e a diversidade cultural pernambucana e a consciência ambiental promovida pela Economia Circular. A Feirinha se reinventa a todo o momento e conquista o público pela qualidade e variedade. A Praça José Sales Filho fica na Av. Beira Rio, esquina com a Rua Conde de Irajá. À sua frente o Rio Capibaribe contribui para uma das mais agradáveis vistas da Cidade. Segundo os organizadores, a Feirinha visa contribuir com a valorização do espaço, estimulando a convivência e incentivando a preservação do local. Na próxima edição acontece ainda a oficina de construção de brinquedos com material reciclável e um acervo de brinquedos e livros infantis estará disponível para as crianças se divertirem. O ‘Ciência na Praça’, projeto criado pela pesquisadora Roberta Leme, continuará proporcionando as pessoas conhecimento científico nas mais variadas áreas do saber. Para a 7ª edição, a Universidade Federal Rural de Pernambuco, que segue em parceria com o projeto, trará professores que irão levar ao público informações sobre zoonoses (doenças infecciosas de animais, capazes de ser naturalmente transmitidas para o ser humano). A Feirinha da Torre começa às 10h e as atrações estão marcadas para ter início às 16h. A entrada é gratuita e o evento encerra às 20h. SERVIÇO: O quê? Feirinha da Torre Quando? Dia 13 de julho de 2019, das 10h às 20h. Onde? Praça José Sales Filho (Esquina da Av. Beira Rio com Rua Benjamin Constant, bairro da Torre, Recife.) Quanto custa? Gratuito

Música, dança, circo e moda na Feirinha da Torre Read More »

'Bacurau' vence o prêmio de melhor filme em competição internacional

“Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, venceu o prêmio de melhor filme no 37° Festival de Cinema de Munique (Filmfest München), na principal Mostra, a CineMasters Competition. Em maio, o longa havia sido contemplado com o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, onde teve sua première mundial. No Brasil, “Bacurau” terá sua primeira projeção no Festival de Gramado, como Filme de Abertura fora de competição no dia 16 de agosto. A estreia nas salas brasileiras será no dia 29 de agosto, com distribuição da Vitrine Filmes. O prêmio em Munique prevê 50 mil euros em equipamentos Arri para o próximo filme dos realizadores. Juliano Dornelles, codiretor e coroteirista de “Bacurau” e a produtora Emilie Lesclaux, foram a Munique receber o prêmio. “Uma honra poder receber esse prêmio que ja permite pensar num próximo projeto”, diz Emilie Lesclaux. “Bacurau” teve a sua première portuguesa sábado à noite abrindo o Festival de Vila do Conde para um Teatro Municipal lotado. A sessão foi apresentada por Kleber Mendonça Filho. Desde a sua première mundial em Cannes, “Bacurau” ja recebeu convites para mais de 100 festivais e mostras ao redor do mundo e já foi vendido para inúmeros territórios em cerca de, até agora, 30 países. A distribuição internacional inclui lançamentos em salas, home video e streaming nos Estados Unidos e Canada, Reino Unido, França, Japão, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, República Tcheca, Taiwan, em países da América Latina e Escandinávia. Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram comprados pela prestigiosa Kino Lorber, que tem lançado filmes como o vencedor da Palma de Ouro em Cannes “Sono de Inverno”, de Nuri Blidge Ceylan, o Urso de Prata em Berlim “Tabu” de Miguel Gomes e “A Visitante Francesa” de Hong Sang-Soo. Em entrevista à revista Variety, esta semana, a Vice-Presidente da distribuidora Wendy Lidell, afirmou que “Bacurau” tem potencial. “Platéias certamente serão seduzidas pela atmosfera fantástica do filme, que mistura questões politicas, humanismo, ficção cientifica e elementos do gênero Western, e há elementos para tornar-se um sucesso de bilheteria”. “Bacurau” também já foi exibido no Festival de Cinema de Sidney, Austrália, e no SoFilm Summercamp, em Nantes, e La Rochelle, ambos na França (onde o filme estreia em setembro), e segue esta semana para a competição do Neuchâtel International Fantastic Film Festival, na Suíça. Rodado no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, “Bacurau” é um filme de aventura ambientado no Brasil ‘daqui a alguns anos’. Conta a história do povoado Bacurau, que some do mapa após o falecimento de uma de suas moradoras mais queridas, Dona Carmelita, aos 94 anos. "Bacurau" é a segunda coprodução entre a CinemaScopio do Recife (“O Som ao Redor”, “Aquarius”) e a SBS em Paris (“Synonymes”, de Navad Lapid, vencedor do urso de ouro em Berlim, “Elle”, de Paul Verhoeven, “Mapas Para as Estrelas”, de David Cronenberg). “Bacurau” também é uma coprodução com a Globo Filmes, Simio Filmes, Arte France Cinema, Telecine e Canal Brasil. Produzido por Emilie Lesclaux, Said Ben Said e Michel Merkt, tem patrocínio da Petrobras, Fundo Setorial do Audiovisual, Funcultura (Governo de Pernambuco) e do CNC (Centre National de la Cinematographie, France). SINOPSE: Um western brasileiro. Um filme de aventura e ficção científica. Daqui a alguns anos... BACURAU, um pequeno povoado do sertão brasileiro, dá adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida, falecida aos 94 anos. Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade nao consta mais nos mapas.

'Bacurau' vence o prêmio de melhor filme em competição internacional Read More »

Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência

Os deputados que integram a comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Câmara dos Deputados aprovaram na tarde de hoje (4) o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O placar foi 36 votos a favor e 13 contra o relatório. Os parlamentares vão se debruçar agora sobre os 19 destaques de bancadas e 88 individuais com sugestões de mudanças ao texto-base. Os deputados da base governista apontaram a necessidade de reformar a previdência para reverter o déficit no sistema de aposentadorias e pensões. Para os favoráveis à PEC, a reforma vai trazer de volta a geração de emprego e renda na economia brasileira. De acordo com o líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), a reforma é necessária para que o governo não atrase salários e aposentarias. “O país está quebrado, estados e municípios estão quebrados e agora a iniciativa privada está indo para a quebradeira”. A oposição considera que a reforma vai desmontar o sistema de previdência social e será mais dura com os mais pobres. Segundo o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), a PEC vai afetar o sistema de proteção social, sobretudo de quem ganha até quatro salários mínimos. Ivan Valente lembrou que o elevado desemprego e a grande informalidade no país dificultam a contribuição previdenciária dos trabalhadores. “Essa reforma é recessiva, vai tirar R$ 1 trilhão de circulação da economia brasileira. Não há consumo, o comércio e a indústria vão mal”. Nova versão Em seu novo voto complementar, lido ontem (3), Samuel Moreira manteve as regras para as aposentadorias dos policiais que atuam na esfera federal. As categorias, que incluem policiais federais e legislativos, se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo. Em seu novo texto, Moreira recuou da permissão para que estados e municípios aumentem a contribuição dos servidores públicos locais para cobrir os rombos nos regimes próprios de Previdência. A possibilidade constava do relatório apresentado na terça-feira (2) pelo relator. Com a desistência, os estados e os municípios voltam a ficar integralmente fora da reforma da Previdência. Caberá às Assembleias Legislativas estaduais e às Câmaras Municipais aprovar a validade da reforma para os governos locais, assim como o aumento das alíquotas dos servidores sob sua alçada. Principal ferramenta para elevar a arrecadação da seguridade social e cobrir parte do rombo da Previdência, o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% será restrito a bancos médios e grandes. A modificação constou do novo voto complementar do relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O texto anterior, lido na terça-feira (2), previa que a elevação da alíquota valeria para todas as instituições financeiras, exceto a B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo). As cooperativas de crédito haviam sido beneficiadas com aumento menor, para 17%. (Da Agência Brasil)

Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência Read More »

10 fotos do artesanato pernambucano antigamente

Em dias de Fenearte, a coluna Pernambuco Antigamente traz uma série de fotos especial do Mestre Vitalino. A maioria nas imagens são da Villa Digital. O artesão que levou o nome de Pernambuco para além das fronteiras (temos imagem de uma exposição nos Estados Unidos) nasceu em 1909, no Sítio Campos, em Caruaru. Ele morou e trabalhou no Alto do Moura. "Filho de lavradores, iniciou-se com apenas 6 anos (1915) na arte do artesanato de barro. Como toda criança fazia bichinhos - boi, cavalo, bode - com as sobras do barro usadas por sua mãe que era louceira, designação dadas às mulheres que faziam utensílios domésticos de barro. Chamava a esta produção de loiça de brincadeira. Vitalino passou da loiça de brincadeira para as cerâmica figurativa com a peça Caçador de onça: um gato maracajá trepado numa árvore, acuado por um cachorro e o caçador fazendo pontaria, que foi vendida na Feira de Caruaru. (...) O material que ele usava para a suas peças era o massapê, que retirava da vazante do rio Ipojuca e transportava em balaios para casa. O barro era molhado e deixado em depósito por dois dias para ser curtido, sendo então amassado e modelado. As peças eram cozidas em forno circular, construído ao ar livre, atrás da casa", descreveu Lúcia Gaspar, da Fundaj. . Mestre Vitalino confeccionando um boi de barro (Acervo Katarina Real, Fundaj) . Mestre Vitalino ao lado da estante com suas obras, em 1960 (Acervo Katarina Real, Fundaj) . Vitalino contemplando sua obra (Fundaj) . Vitalino e família . Mestre Vitalino em viagem (Foto: Wikipedia) . Estudantes no Museu de Brooklyn, em contato com peça de Vitalino (Acervo Katarina Real, Fundaj) . Estudantes no Museu de Brooklyn, em contato com peça de Vitalino (Acervo Katarina Real, Fundaj) . Estudante visitando a seção sobre Vitalino, no Museu de Brooklyn . Peça antiga de Vitalino (Biblioteca do IBGE) . Família de retirantes (Villa Digital) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)  

10 fotos do artesanato pernambucano antigamente Read More »

Secretaria de Turismo de Pernambuco, Prefeitura do Recife, Cittamobi e MobiBrasil lançam o projeto do BRT Cais do Sertão

Por mais um ano, durante todo o mês de julho, o Centro Cultural Cais do Sertão promoverá passeios de BRT pelas ruas do Recife. Os tours deste ano do projeto BRT Cais do Sertão acontecerão até o dia 21 de julho. A ação tem como principal incentivador o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, em parceria com a MobiBrasil, Cittamobi, Fundarpe. “Para comemorar mais um ciclo junino de bonanças, uma das festividades mais importantes do calendário turístico do Estado, estamos promovendo o BRT Cais do Sertão. A ação inovadora do equipamento será um diferencial para a festa, promovendo uma conexão entre o Cais e a cidade do Recife”, explicou o Secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. O projeto, que já vem sendo desenvolvido desde março, conta com adesivação e decoração interna e externa, seguindo o padrão da identidade visual do Centro Cultural Cais do Sertão. Foram destacados elementos da cultura popular sertaneja, entre eles a chita, a famosa fachada de cobogós do equipamento, além de cores vibrantes. Para participar do BRT, você precisa: 1. Baixar o APP do CittaMobi, se cadastrar e realizar a sua inscrição! A inscrição no BRT Cais do Sertão é gratuita, sendo o ponto de saída do passeio no Centro Cultural cais do Sertão, localizado na Avenida Alfredo Lisboa, S/N Armazém 10; 2. Acesse o MENU, vá no item CUPONS e procure o item de inscrição BRT CAIS DO SERTAO; 3. A inscrição é limitada a geração de 1 (um) código QR Code por usuário referente a inscrição no passeio, com validade diária. Ou seja, o usuário deve gerar o código QR code apenas no dia do passeio; 4. O passeio do BRT Cais do Sertão funciona nos dias 02, 04, 07, 09, 11, 14, 16, 18 e 21 de julho, sempre a partir das 18h e com um Trio de Forró embarcado e animando a festa; 5. Participam desta promoção quaisquer pessoas físicas residentes em todo o território nacional, que possuírem o aplicativo CittaMobi instalado no celular e tiverem gerado um código QR Code de inscrição, exclusivo e intransferível a ser apresentado no ato do passeio; 6. Promoção válida das 18h do dia 1º de julho de 2019 e às 18h do dia 21 de julho de 2019, de acordo com o horário oficial de Brasília.

Secretaria de Turismo de Pernambuco, Prefeitura do Recife, Cittamobi e MobiBrasil lançam o projeto do BRT Cais do Sertão Read More »

7 jardins do Recife antigamente

Entrando no clima de férias, a coluna hoje faz um passeio por antigos jardins do Recife. Desde os maiores (Jardim Botânico do Recife e do Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos) até outros menores e hoje quase inexistentes na cidade. O jardim da Rua do Hospício e do Espírito Santo são quase que irreconhecíveis. Clique nas fotos para ampliar. . Jardim Botânico do Recife (Biblioteca do IBGE) O Jardim Botânico do Recife (JBR) foi criado no ano de 1960, a partir da reformulação do Parque Zoobotânico do Curado, que fazia parte da Mata do antigo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Nordeste (Ipeane). . Jardim do Derby (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim do Palácio do Campo das Princesas . Jardim do Parque Treze de Maio (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos (Biblioteca do IBGE) . Jardim do Espírito Santo (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim da Rua do Hospício . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

7 jardins do Recife antigamente Read More »

Saneamento, uma antiga demanda do Recife

O avanço do saneamento básico do País no final do século 19 e no início do século 20 teve como um dos protagonistas o engenheiro civil Saturnino de Brito. Ele atuou em 53 cidades brasileiras e foi fundamental para o processo de urbanização do Recife no início do século passado. Após convite do então governador Herculano Bandeira, em 1909, Saturnino desenvolveu seu trabalho no capital pernambucana entre 1910 e 1917. Doze anos depois vem a falecer, após entregar um plano de melhoramentos que modificou a realidade sanitária da cidade. O crescimento urbano do País e a ampla expansão das cidades, sem a devida atenção ao saneamento, resultaram num cenário caótico no Brasil. Noventa anos depois da morte do sanitarista, sua luta é bastante atual. Com uma PPP em andamento na Região Metropolitana, projetos milionários em execução nas Bacias dos rios Capibaribe e do Ipojuca, e com um amplo debate em torno da Medida Provisória 868 no Congresso Nacional, o saneamento ganhou um protagonismo maior na agenda pública brasileira. Recentemente, ao discutir sobre o papel do BNDES, o ministro da economia, Paulo Guedes, defendeu que o “S” do nome do banco deveria ser de saneamento, ao se referir sobre as prioridades da instituição. “Por que quase após 100 anos da morte de um dos principais sanitaristas do mundo, essa questão do saneamento no Brasil é ainda muito crítica? O País gasta muitos recursos com a saúde para tratar doenças que não existiriam se tivéssemos investido em saneamento”. A indagação é do engenheiro civil Clifford Ericson Júnior, ex-professor do Instituto Federal de Pernambuco. A resposta dada pelo especialista é que faltou nas últimas décadas: planejamento, formulação de leis e execução de projetos de longo prazo. “Os investimentos em saneamento que deixaram de ser feitos por décadas e o crescimento desordenado das nossas cidades resultaram numa demanda de grandes volumes de recursos para elaboração de projetos e construção de obras", analisa. "É preciso um alinhamento das três esferas de poder (municipal, estadual e federal) por várias gestões para reverter este quadro”. A poluição de trechos das praias de Olinda e Paulista, que se tornaram impróprias para banho, são o sinal da gravidade desse cenário na região, segundo o especialista. Clifford defende também que o saneamento demanda uma abordagem holística, que extrapola a coleta e tratamento de esgotos. “Saneamento envolve também abastecimento de água, drenagem, coleta e destinação do lixo e o controle dos vetores. Como não é possível sanear uma favela sem urbanizá-la, para enfrentar esse problema no Recife precisamos também de um programa de habitação para remover palafitas, por exemplo, e dar qualidade de vida para as pessoas que vivem nessas condições”. Para enfrentar o cenário do déficit de esgotamento sanitário, Pernambuco celebrou em 2013 uma das maiores PPPs do País. Além do cenário desafiador de chegar a 90% das residências da Região Metropolitana do Recife atendidas pelo abastecimento de água da Compesa, a operadora privada (inicialmente a Odebrecht Ambiental e hoje a BRK Ambiental) tinha outro grande serviço pela frente: a recuperação da antiga rede. O engenheiro civil Luciano Barreto lembra que no tempo de Saturnino de Brito o Recife tinha uma área urbana pequena e as residências eram casas. “Perto dos 100 anos depois, temos uma situação totalmente diferente. Toda a região está ocupada e as antigas casas viraram edifícios. Ou seja, mesmo na área saneada depois de Saturnino, há um grande desgaste pelo tempo de uso e pelo dimensionamento menor que o necessário para a verticalização pela qual a cidade passou”. Ele lembra ainda que a rede antiga da cidade foi construída com manilhas de barro vitrificadas. Uma tecnologia avançada para a época, mas que tem vida útil mais limitada. Além de parte do sistema ainda ser do tempo de Saturnino de Brito, o diretor do contrato da PPP do Saneamento em Pernambuco, Fernando Mangabeira Albernaz, afirma que foram identificados alguns ativos originários de datas mais remotas. “No trabalho de recuperação da rede encontramos coletores tronco da época do domínio holandês. E tem muita coisa do tempo de Saturnino de Brito”. O diretor afirma que Pernambuco chegou a ser referência de tratamento de esgoto no País, mas perdeu esse destaque ao longo do tempo. Os primeiros anos do contrato da PPP, segundo Mangabeira, foram dedicados principalmente à recuperação do antigo sistema de esgotamento. No balanço da empresa foram restaurados 1.883 km de redes coletoras de esgotos, equivalente à distância de ida e volta entre Recife e Petrolina. Houve no período também o restabelecimento de 159 unidades operacionais, como estações elevatórias e de tratamento. Nos cinco primeiros anos da PPP do Saneamento, o índice de coleta e de tratamento de esgotos na RMR passou dos 27% para 39% dos efluentes gerados. A meta é chegar a 90% até 2037. O diretor afirma que apesar das dificuldades de financiamento no período mais acentuado da crise econômica do País, são investidos por ano entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões. “Desde 2018 entramos num ritmo forte de investimentos”. O gestor prevê que até o próximo ano Jaboatão dos Guararapes, que tinha 5% do território atendido pelo esgotamento sanitário, alcance o índice de 20% com as obras em andamento. Na expansão do sistema ele destacou ainda que há frentes de trabalho em São Lourenço da Mata, com previsão de conclusão ainda em 2019, e em Goiana (na sede e em Ponta de Pedras), que devem ser concluídas em 2020. “Até o final deste ano devemos ter mais 50 mil novos usuários conectados à rede. E até o final do próximo ano, chegaremos num número aproximado de 100 mil novos usuários”, projeta Mangabeira. Se o trabalho de Saturnino de Brito foi no Recife, o desafio pernambucano com o saneamento se estende pelo interior do Estado. Enquanto na RMR o caminho encontrado pela Compesa para acelerar a universalização foi via PPP, nas Bacias do Rio Capibaribe e do Rio Ipojuca são obras da própria companhia as responsáveis pelo avanço do sistema de esgotamento sanitário. O presidente da Compesa, Roberto Tavares, afirma que com

Saneamento, uma antiga demanda do Recife Read More »

Energia solar e "Uber dos barcos": soluções para o congestionamento

Muitos recifenses sonham em fazer seus deslocamentos na cidade pelo Capibaribe. Seria uma maneira prazerosa de livrarem-se do trânsito e ainda contemplar o Recife a partir do ângulo de quem navega nas águas desse rio que serpenteia quase toda a capital pernambucana. Esse sonho está um pouco mais perto de se tornar realidade com dois novos projetos que prometem sair do papel no médio prazo. Um deles é um tipo de Uber dos barqueiros que já trabalham oferecendo a travessia pelo curso d’água e o outro prevê a construção de uma embarcação movida à energia solar. Com o investimento garantido de US$ 7,5 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente, essa embarcação compõe o projeto CITinova, desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação (MCTIC). O barco terá como percurso o Parque do Caiara, no bairro do Cordeiro, até a Praça das Cigarras, no Poço da Panela. A iniciativa tem como parceiros executivos o Porto Digital e a Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia). A embarcação transportará entre 20 e 25 pessoas e sua conclusão está prevista para o ano de 2021. Além do barco, da construção das estações e do investimento em melhorias urbanas no entorno dos locais de embarque, a iniciativa contemplará também um jardim filtrante. Essa “peça” do projeto será instalada no Canal do Cavouco, purificando cerca de 10% da vazão, que será destinada para uma piscina pública. A urbanização do entorno das estações seguirá as diretrizes do Parque Capibaribe, com ciclovia, calçadas qualificadas, áreas para bicicletas compartilhadas e de espera. “Um dos nossos objetivos com o projeto é promover o uso de novas tecnologias para acelerar a transição para cidades sustentáveis”, afirma o diretor nacional do Citinova, Guilherme Wiedan. A preocupação com a acessibilidade é outro diferencial. “Descobrimos que a população idosa não consegue acessar os barcos que navegam pelo rio. Nosso projeto será acessível para incluir essas pessoas”, afirma a coordenadora Isadora Freire. No percurso que será feito pela embarcação já existe uma forte procura de mobilidade pelo rio. “Há uma demanda hoje reprimida que é de acesso à UFPE. Seria muito mais rápido atravessar o Capibaribe e pegar um ônibus para completar o trajeto. Queremos potencializar essa demanda”, planeja. O outro projeto é o Navegue, desenvolvido pelos sócios Caio Scheiddger e Nathália Monteiro que participaram de um hackathon de dados abertos e mobilidade, organizado pelo Porto Digital e pelo Governo Britânico. A startup pernambucana foi incubada recentemente no Porto Digital. “Pensamos em conectar peças que já existem no quebra-cabeça: os barqueiros, que aqui já trabalham, os pescadores e a demanda das pessoas. A gente percebeu que boa parte do trânsito segue, mais ou menos, em paralelo ao rio, principalmente na Zona Norte. Resolvemos viabilizar essa possibilidade do rio ser um possível corredor viário como alternativa ao imenso problema de imobilidade existente”, explica Nathália. O objetivo do Navegue é conectar passageiros e barqueiros. A entrega do aplicativo será uma das últimas fases do projeto. A previsão é que esteja disponível para os recifenses num prazo de seis meses. Os sócios explicam que o momento é de entendimento de quem usa e oferece o transporte. Eles já iniciaram as conversas com o Poder Público em busca da criação de estruturas (decks) de acesso aos passageiros nos principais pontos de embarque e desembarque. “Fizemos esse estudo com os barqueiros e vimos que já existe esse nicho de mercado no Recife. Entendemos que outra oportunidade imensa é capacitar os barqueiros e conquistar as pessoas para que elas entendam o rio não só como lazer, mas também como um meio de transporte. O rio é completamente navegável”, assegura Caio. Diferente do projeto Rios da Gente, elaborado ainda para a Copa de 2014, que prevê longos percursos e embarcações de um porte maior, essa iniciativa propõe o uso de pequenos barcos e trajetos mais curtos. Para o barqueiro e pescador, Anísio da Silva Barros, 54 anos, o projeto vai elevar o número de passageiros. “Nossa clientela com certeza vai aumentar. Seria ótimo se o governo fizesse também uma limpeza no rio. Como eu trabalho como barqueiro e pescador, esse projeto pode até me ajudar a aumentar a renda”, comemora Anísio que trabalha com passeios e possui uma embarcação com capacidade para até 10 pessoas. Além de fazer a conexão dos passageiros com os barqueiros, o projeto visa também oferecer oportunidades de capacitação para esses profissionais e mapear o fluxo de pessoas que se deslocam pelos rios. O último estudo que apresentou números sobre a navegabilidade, de 1997, apontava uma média de 1,1 mil travessias por dia. *Por Rafael Dantas, com colaboração de Marcelo Bandeira

Energia solar e "Uber dos barcos": soluções para o congestionamento Read More »

Ciao cresce e abre mais uma loja no Shopping RioMar

A experiência do consumidor tem sido um dos diferenciais utilizados pelas empresas para ganhar mercado. Foi pensando nessa estratégia que os irmãos Simon, Bernardo e Barthô Carrazzone juntamente com o amigo Heliantho Guerra resolveram abrir uma marca de moda masculina, a Ciao, no Shopping Recife. A grande questão era saber como se destacar em meio a tantas outras lojas de roupas voltadas para o público masculino existentes num shopping center. A solução encontrada pelos jovens empresários foi oferecer serviços diferenciados, apostando na personalização do atendimento. Foi assim que resolveram resgatar a figura do alfaiate, oferecendo serviços desse profissional para clientes que desejem fazer ajustes nas peças compradas na loja para que fiquem com caimento perfeito. “Sempre gostamos muito de moda, somos de família italiana, temos isso na veia”, conta Simon, que durante as temporadas na Itália costumava admirar o estilo com que os conterrâneos de Versace e Armani se vestiam. Ele e seus sócios perceberam que muito dessa elegância devia-se à maneira como as roupas se encaixam perfeitamente no corpo dos estilosos italianos. Daí, a importância do ajuste das peças. “O segredo da moda masculina está no caimento. Por isso, oferecemos os serviços de um alfaiate para que o cliente que comprar uma peça na loja possa ajustá-la de forma personalizada”, explica Simon Carrazzone. Até certo tempo atrás, o homem brasileiro não dava muita importância a esses detalhes da moda. Mas, segundo Simon, esse comportamento está mudando. “A preocupação com o visual está crescendo em todas as faixas etárias. Isso é perceptível na área de cosméticos, na abertura de barbearias e, agora, também no vestuário”, assegura o empresário. O ajuste que a Ciao oferece é vitalício, ou seja, o cliente pode fazer quantos quiser numa mesma peça. “Ele pode, por exemplo, comprar uma camisa de manga longa, ajustá-la e depois, num segundo momento, se quiser mudar, pode cortar a manga”. A marca também permite ao consumidor a possibilidade de mudar os botões das peças e até de optar se quer ou não bolsos nas camisetas. Caso queira, o consumidor pode escolher entre uma variedade com padronagens diferentes. Essa personalização inclui ainda a decisão de onde colocar a marca da Ciao nas peças de roupa ou até mesmo de adquirir a roupa sem a marca. “Tudo isso é oferecido sem nenhum acréscimo no preço da compra”, destaca Bernardo. Enquanto aguarda a conclusão dos ajustes das peças compradas, o consumidor pode desfrutar do lounge da loja, que oferece o descanso num sofá e a possibilidade de tomar uma cervejinha, um licor, ou um café expresso feito na hora. “Queremos que o cliente se sinta acolhido e não tenha vontade de ir embora”, revela Simon. “Tudo isso é investimento em fidelização. Temos cativado clientes fiéis. Entregamos mais do que as demais lojas entregam. Queremos ser o varejo novo, com experiência em consumo na loja”, explica Simon. A estratégia tem dado certo. Com apenas cinco meses da inauguração da loja, a Ciao conseguiu o retorno dos R$ 350 mil investidos no negócio. “Somente no Natal vendemos R$ 480 mil”, salienta Bernardo. Por mês são comercializadas uma média de mil peças, o que gera um faturamento nas vendas de R$ 150 mil mensais. Animados com o sucesso no Shopping Recife, os sócios decidiram abrir uma nova unidade neste mês de junho. Desta vez, no RioMar, num espaço de 120 metros quadrados, um investimento de R$ 400 mil. A novidade é que na nova loja a garotada também vai ser contemplada com o lançamento da linha infantil. “Vamos abrir a Ciao Bambino. Esse foi um pedido das mães, que expressavam o desejo de adquirir roupas para seus filhos com um caimento mais ajustado”, justifica Simon. Todas essas inovações acabaram por despertar o interesse de pessoas que sugeriram a abertura de franquia da marca. Os sócios da Ciao já receberam propostas de várias capitais do Nordeste. Mas eles analisam que ainda não é hora de se lançarem pelo caminho da franchising. “Precisamos maturar mais o nosso negócio”, previne-se Simon. *Por Cláudia Santos, editora da Algomais

Ciao cresce e abre mais uma loja no Shopping RioMar Read More »

6 fotos das rádios de Pernambuco antigamente

A imprensa pernambucana tem grande tradição. Hoje destacamos algumas imagens que nos levam à história de algumas das principais rádios de Pernambuco. O acervo do IBGE nos leva à fotos das recifenses Rádio Jornal e Rádio Clube, além das Rádios Difusoras de Caruaru e Garanhuns. Clique nas imagens para ampliar. . Rádio Clube de Pernambuco (Acervo do IBGE)   Rádio Jornal do Commercio de Pernambuco (Acervo do IBGE) . Rádio Jornal do Commércio   Rádio Difusora de Caruaru (Acervo do IBGE) . Rádio Difusora de Garanhuns (Acervo do IBGE) . Rádio Difusora de Garanhuns (Acervo do IBGE) . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)  

6 fotos das rádios de Pernambuco antigamente Read More »