Arquivos Vi no Instagram - Página 14 de 47 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Caruaru: tendências globais nos negócios locais

*Por Rafael Dantas A nova geração de empresários caruaruense está antenada com as mudanças no padrão de consumo globais. Muitos deles já preparam seus negócios de olho nas tendências apontadas pelo mercado, enquanto outros empreendedores investem em serviços conectados com os novos desejos dos consumidores. A economia criativa, setor em crescimento no mundo inteiro, tem seu espaço no Armazém da Criatividade. De acordo com Perseu Bastos, coordenador de inovação e novos negócios da instituição, a estrutura tem atraído jovens empresários atuantes no mercado ou iniciando a sua carreira. “Em nosso coworking temos 336 inscritos, atuando nas áreas de audiovisual e games (5,7%), comunicação e marketing (16,6%), economia criativa (9,5%), negócios e gestão (29,4%), moda (11,4%), tecnologias da informação (14,2%) e qualificação e educação (13,3%). No empresarial as áreas vão de energia solar à fábrica de software, passando por agência de modelos, estúdios de design e marketing digital”, exemplifica o diretor. Ele lembra ainda que na incubação o Armazém já apoiou negócios de cidades inteligentes, moda, games, design, saúde e outros serviços inovadores. A procura da população por um serviço de saúde que promova um estilo de vida saudável foi o nicho explorado pelo Instituto Victor Hugo. "A abordagem holística tem sido uma tendência global. O instituto é mais que uma clínica, é um espaço de convivência de pessoas em busca de qualidade de vida, saúde, atenção para além do diagnóstico de uma doença", afirma o jovem médico Victor Hugo Costa. “Nossa filosofia é trabalhar com poucos atendimentos por dia e consultas mais amplas, respeitando o conhecimento do paciente e a sua autonomia. Hoje eles são clientes empoderados de informação, bem diferente de uma década atrás”, constata o médico. Quem também está moldando seus negócios para as novas tendências do comércio é Luverson Ferreira, que dirige o Shopping Difusora. Com 10 anos de operações, o mall tem um fluxo diário entre 25 mil e 30 mil pessoas. É um empreendimento maduro, mas enfrenta um cenário futuro de muitas mudanças no consumo do varejo com o impacto do e-commerce. “O grande desafio é entender a transformação digital. Não apenas a tecnológica, mas a forma de pensar do cliente. Para continuar sendo relevante para a nova realidade é preciso renovar a forma de se vender como shopping center. Seguir sendo atrativo para as pessoas em tempos de comércio eletrônico”, afirma Luverson. A mudança no perfil de consumo e o desenvolvimento do mercado imobiliário na região aumentaram a demanda por serviços de arquitetura. De olho nesse segmento, Cleyton Alisson, Flávio Roberto, Nataiane Florêncio e Rayanne Porto fundaram, há dois anos, o 4 AU Arquitetura. A ideia do negócio surgiu de uma disciplina da faculdade em que um trabalho era simular uma empresa. . “Caruaru está crescendo bem rápido e abrindo a cabeça das pessoas para necessidade de investir em arquitetura. Queremos ser referência na cidade e na região”, planeja Nataiane. No portfólio da empresa estão residenciais, interiores, comércios, uma padaria, um pet shop, entre outros. A empresa foi a responsável pelo projeto arquitetônico e de interiores da CBN Caruaru e também da sede da emissora no Recife. A Chérie Cereja, loja e fábrica de moda feminina, aposta no design das peças para fortalecer a marca. A empresa, que começou na feira de Caruaru, possui hoje 15 profissionais na linha de produção e comercialização. "Estamos formalizados há 8 anos e a loja completou 5 anos. Sempre tivermos a ideia de sair feira. No começo éramos apenas a família costurando e vendendo. Hoje produzimos 2 mil peças das por mês. O diferencial é a qualidade, com modelos atualizados e um giro muito rápido. Há uma identidade da marca", afirma a empresária Natália Rocha. Além do investimento em design, a empresa está apostando em outra tendência global, que é o comércio eletrônico. "Em 2019  queremos entrar no e-commerce. Já faz um tempo que estamos nos organizando para isso", comenta a empresária. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) e assina a coluna Gente & Negócios

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Revista Algomais em duas finais do Prêmio Urbana 2019

A série de reportagens Transporte Pública e Cidadania, do jornalista Rafael Dantas, e a matéria Apaixonados por Ônibus, da universitária Laís Arcanjo, publicadas na Revista Algomais, são finalistas da 15ª edição do Prêmio Urbana 2019. A premiação, que  destaca pautas construídas em temas como mobilidade, transporte público e desenvolvimento urbano, é organizada pelo Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE). O trabalho "Transporte Público e Cidadania" concorre na categoria Série de Reportagens Impressas. As matérias foram publicadas entre os meses de abril e julho de 2018, discutindo questões relacionadas a melhoria da qualidade de vida urbana das cidades. Confira as reportagens nos links a seguir: http://revista.algomais.com/urbanismo/cidade-para-carros-ou-para-pessoas http://revista.algomais.com/urbanismo/o-transito-que-adoece-as-cidades http://revista.algomais.com/sem-categoria/avancos-e-desafios-apos-4-anos-do-brt-na-regiao-metropolitana-do-recife http://revista.algomais.com/exclusivas/inovacao-para-o-passageiro   A matéria "Apaixonados por Ônibus", finalista na categoria estudante, apresentou um grupo de buzólogos, fãs do transporte público, que colecionam fotos, brinquedos e souvenirs de ônibus. Confira a reportagem no link a seguir. http://revista.algomais.com/noticias/apaixonados-por-onibus Os vencedores serão anunciados em evento no próximo dia 22 de maio, no Armazém Blun’elle. A Algomais foi premiada nas duas últimas edições do Prêmio Urbana-PE de Jornalismo.  

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Recife ganha novo espaço cultural na quinta-feira

Recife ganha neste mês a Casa do Derby, um conjunto criativo onde as artes plásticas e as artes gráficas são as protagonistas. Casa dos anos 1930, na Praça do Derby, com térreo e primeiro andar, abriga o espaço. Em um só local convivem uma galeria de arte, a Galeria Quadrado; uma escola de pintura e desenho, a Qubo Escola; e um espaço para venda de obras originais, objetos de design e materiais de desenho artístico, a Qubo Loja. Há, ainda, o Café Cartum, um espaço para bate-papos e eventos. A inauguração da Casa do Derby acontece no dia 16 de maio, às 19 horas, com a exposição I Quadrado Internacional de Gravura, em homenagem ao mestre Hélio Soares, um dos nomes mais emblemáticos da litografia do Brasil. “A ideia da Casa do Derby surgiu da convergência de vários impulsos, reunindo vocações e interesses que se complementam”, explica um dos idealizadores, Eduardo Henriques, que identificou a oportunidade de mobilizar o espaço para o segmento artístico e cultural. Completam o time inicial mais quatro cabeças conhecidas no meio das artes plásticas no Recife: a historiadora Tarsila Myrtle, os cartunistas Ronaldo e Samuca e o marchand Roberto Nóbrega, conhecido galerista no circuito nacional. Mas nem só de artes plásticas, seu conceito original, a Casa do Derby quer viver. A ideia é também agregar outras formas de expressão artística. “A Casa do Derby é um projeto em permanente construção, um conceito aberto às influências que possa receber, de todos que venham a frequentá-la, com suas ideias e procuras. Nessa linha, a galeria pode se transformar em sala de música e encontros literários, assim como o terraço estará aberto para um bate-papo, experimentar e degustar sabores”, explica Samuca. A Galeria Quadrado O principal espaço da Casa do Derby é a Galeria Quadrado. Instalada no 1º andar, ocupa um salão quadrado de 100m2, aberto para exposições de artes plásticas, artes gráficas e fotografias de artistas pernambucanos, de outros Estados e estrangeiros. A exposição inaugural é o I Quadrado Internacional de Gravura que se junta ao Coletivo Ita-Quatiara e oferece uma exposição coletiva com uma seleção de artistas nacionais e mexicanos, incursionando pelas várias técnicas da gravura, especialmente a litografia (processo que consiste em imprimir sobre papel, com uma prensa, texto ou desenho feito com tinta sobre uma superfície calcária ou uma placa metálica, geralmente de zinco ou alumínio). O I Quadrado Internacional de Gravura será uma homenagem ao mestre Hélio Soares, uma referência e um dos nomes mais emblemáticos da litografia do Brasil. E a ideia é que o Quadrado aconteça todos os anos. A curadoria da exposição é de Rennat Said, diretor e também um dos fundadores do Coletivo Ita-Quatiara, juntamente com José Rodrigues, funcionário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), lotado na Pró-Reitoria de Extensão. Mestre Helio Soares é fundador da Oficina Guaianases de Gravura e, hoje, um dos nomes também à frente do Coletivo Ita-Quatiara, que funciona do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAC-UFPE). Em plena atividade e vigor artístico, ele acumula 55 anos dedicados exclusivamente à arte da litogravura. Por ele já foram impressas obras de grandes artistas de Pernambuco, como João Câmara e Aloísio Magalhães. “Para representar a excelência da gravura pernambucana de Gilvan Samico, da Geração Guaianases como também de nossos mestres gravadores populares a exemplo de J.Borges, Dila, Costa Leite e Marcelo Soares, escolhemos homenagear a lendária figura do impressor litógrafo e artista Hélio Soares dos Santos”, ressalta Tarsila Myrtle, uma das empreendedoras da Casa do Derby. Também integrando a exposição a Nova Grafika Mexicana, a partir de uma seleção de premiados artistas contemporâneos da Cidade do México (Eduardo Robledo, Jorge Noguez, Maria Luiza Estrada e Kalako), de Oaxaca (Eric Pov e José Martinez), de Guanajuato (Jainite Silvestre e El Pinche Grabador) e de Zacatecas (Alberto Ordaz). Em suas obras, estão presentes desde simbologias que tratam da morte, inspiradas nas gravuras de José Guadalupe Posadas e nas culturas de povos pré-hispânicos, a questões que remetem à cosmovisão dualista da Mesoamérica e de elementos contemporâneos. “Não é fácil definir a gráfica mexicana com palavras, por isso fomos buscar gravadores de norte a sul daquele país, para exemplificar esse discurso gráfico extremamente atual, fantástico e inspirador”, explica Rennat Said. A Qubo Loja Na Qubo Loja pode-se encontrar objetos utilitários e itens para presentes, derivados da produção de artistas e exposições e mostras da Casa do Derby, como camisas, pequenos quadros, reproduções, entre outras peças de design. Também deverá vender alguns materiais para artistas, como papéis e tintas especiais. A Qubo Escola O foco da Qubo Escola é fomentar o desenvolvimento da arte, com cursos de aquarela, quadrinhos, desenho de humor, cartum, caricaturas, perspectiva, cortes e modelagem, para um público a partir de 8 anos. Será uma escola de artes gráficas. Café Cartum Na área externa, com vista para o jardim, o Café Cartum é o lugar para ler, bater papo, ver uma exibição, uma performance, degustar e se divertir, tomando uma cerveja artesanal ou um café. Deve, também, dialogar com outras áreas artísticas, abrigando eventos como o lançamento de livros e apresentações musicais. Tem tudo para se tornar um ponto de encontro na cidade, já que o Derby fica em uma área central do Recife, com fácil acesso de carro, ônibus, bicicleta. Serviço: Casa do Derby Praça do Derby, 109, Derby, Recife-PE Inauguração Dia 16 de maio de 2019, às 19 horas, com o I Quadrado Internacional de Gravura, uma exposição coletiva com artistas locais e do México, em homenagem ao Mestre Hélio Soares. Horário de funcionamento da Casa do Derby Galeria Quadrado + Cartum Café + Qubo Loja Segunda a sábado Das 14 horas às 20 horas *Horário sujeito a ampliação de acordo com a agenda Qubo Escola Segunda a sábado Das 9 horas às 12 horas *Horário sujeito a ampliação de acordo com a agenda Domingo: Fechado. Entrada gratuita.

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Matérias-primas da cerveja correm risco de extinção

Produzida a partir de água, malte, lúpulo e leveduras, a cerveja é consumida em praticamente todas as partes do mundo e é responsável por cerca de 1,6% do PIB brasileiro e 14% da indústria de transformação do País, com geração de mais de 2,7 milhões de empregos ao longo da cadeia produtiva, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja. No entanto, a bebida tem seu futuro ameaçado, uma vez que dois de seus principais ingredientes correm risco de extinção: a cevada, usada para gerar o malte, e o lúpulo. A explicação para isso está nas mudanças climáticas. Segundo estudo publicado no jornal Nature Plants e em que um dos autores é o pesquisador britânico Dabo Guan, da Universidade de East Anglia (Inglaterra), se o aquecimento global continuar no ritmo atual, fenômenos como secas e ondas de calor podem afetar as principais regiões produtoras de cevada do mundo, o que pode afetar colheitas e preços. De acordo com as estimativas do material, durante os eventos climáticos mais severos, o preço da cerveja dobraria e o consumo global diminuiria em 16%, ou 29 bilhões de litros, o que é equivalente ao consumo anual total da bebida nos EUA. Mesmo sob o cenário mais otimista de mudanças climáticas, o consumo de cerveja ainda cairia 4%. Fenômeno similar acontece com o lúpulo. Nos Estados Unidos, a maior parte do ingrediente é cultivada no Yakima Valley (estado de Washington). Nesta região, espera-se um aumento de temperatura e ocorrência de secas. De acordo com cientistas, as respostas para os desafios de minimizar os impactos nas produções de cevada e lúpulo certamente estão na biotecnologia. Uma das possibilidades, apontada pela Universidade de Adelaide (Austrália), seria selecionar variedades de cevada, cujo genoma foi sequenciado em 2012, com maior quantidade de aleurona, tecido presente no grão e diretamente relacionado à quantidade de malte produzida. Segundo Matthew Tucker, professor da instituição, a identificação de tipos de cevada com diferentes níveis de aleurona poderia beneficiar a produção da cerveja. Além disso, há uma possível alternativa para substituir o lúpulo por leveduras transgênicas, com genes de hortelã e manjericão, estudadas atualmente pelo cientista Davis Charles Denby, da Universidade da Califórnia. Segundo ele, a troca do tradicional ingrediente também viabilizaria a diminuição de impactos ambientais, uma vez que a produção de lúpulo demanda intenso consumo de água. Em testes realizados no laboratório sensorial da instituição, 50% das amostras de cerveja produzidas a partir da levedura transgênica (e sem lúpulo) apresentaram o amargor típico da bebida feita de maneira tradicional. Para a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, a pesquisa de Denby é mais um exemplo de como a biotecnologia pode ser uma aliada do meio ambiente e da continuidade de diversos cultivares ao redor do mundo. "Além do uso como alternativa para minimizar os impactos da possível extinção do lúpulo, os microrganismos geneticamente modificados têm potencial para biorremediação de águas e solos poluídos", afirma a especialista. Adriana e os autores do estudo publicado na Nature Plants não descartam, ainda, que cultivares de cevada mais resistentes à seca ou ao calor possam ser desenvolvidos no futuro, o que reduziria o risco de redução ou fim do fornecimento de cerveja. O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas sobre biotecnologia e suas aplicações. Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br e de nossos perfis no Facebook, no LinkedIn e no YouTube.

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Açaí Concept torna-se patrocinadora do surfista Bernardo Pigmeu

A franquia Açaí Concept, que tem mais de 300 unidades espalhadas por três continentes, ganha destaque no canal Off, lançando-se como nova patrocinadora e apoiadora do surfista nordestino Bernardo Pigmeu (ex-WCT), considerado um dos maiores tuberiders do Brasil. De volta ao Havaí após cinco anos, o ex-WCT veste a marca numa temporada do programa "Diário das Ilhas", ao lado de outros três surfistas nacionais e de destaque mundial: Andrew Serrano (SP), Gabriel Pastori (RJ) e Guilherme Marques (SC). “Em novembro do ano passado, recebi o convite para ir gravar o programa no Havaí e, como sempre fui fã dos produtos e da marca Açaí Concept, logo entrei em contato para acertarmos essa parceria”, comenta. E enaltece: “Fui muito bem recebido e minha admiração pela franquia, que já era grande, aumentou ainda mais. Fechamos e sou muito orgulhoso em fazer parte dessa equipe”. A temporada foi registrada durante 30 dias de grande movimento da ilha, em que Pigmeu mostrou suas habilidades nas ondas, revelou opiniões, traços de personalidade e muitas conversas com os companheiros de programa sobre o mundo do surfe. Os VTs com o surfista patrocinado pela Açaí Concept estraram no canal no dia 18 de abril e, neste dia 9 de maio, será o momento de ele protagonizar a edição do programa, com exibição do seu perfil como atleta. “Frequento o Havaí desde os meus 13 anos. Sempre gostei de lá e comparecia para competições. Desta vez, a experiência foi um pouco diferente, pois não teve a pressão dos torneios. Pude colocar em prática meu surfe com tranquilidade e aproveitar mais a natureza da ilha”, disse. E completou: “Ficamos um mês na casa e foi um tempo de muitos swells e ondas ótimas”. No currículo, Bernardo Furtunato de Miranda Neto, o Pigmeu, natural do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, de 35 anos, agrega conquistas nacionais e internacionais. Começando pelo Campeonato Pernambucano, o qual ganhou três edições, ele foi bicampeão nordestino, venceu o Brasileiro e chegou ao posto de melhor amador do mundo em 2000. Durante 14 anos, construiu sua história no circuito mundial de surfe, contando com duas temporadas na principal elite de surfistas do planeta.

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Uma usina moendo arte

No mesmo solo onde a cana-de-açúcar foi a principal atividade econômica por décadas, hoje é a arte que está brotando. No antigo campo de pouso da Usina Santa Terezinha, em Água Preta, foi plantado pelo casal Ricardo e Bruna Pessoa de Queiroz, em 2016, a Usina de Arte. Inspirado no Instituto Inhotim, o projeto pernambucano é um parque-jardim botânico de 29 hectares, onde as obras de artistas consagrados estão a céu aberto. A identidade histórica do local, revelada nos trabalhos artisticos, é um diferencial desse espaço, onde a referência da economia canavieira está presente em várias instalações. "É um lugar que deixou de moer cana para moer arte. Tudo aqui foi de 2016 para cá. Inclusive as três lagoas são de água de nascente, que se formaram por gravidade. Esse é um tipo de empreendimento que não dá para ter muita pressa para construir", afirma Ricardo Pessoa de Queiroz. A Usina de Arte é um projeto que vai se construindo continuamente, com a chegada de novas obras, além da plantação de jardins com espécies vindas do mundo inteiro. O lugar inspirativo e bucólico recebe artistas e escritores que fazem residências de criação, sendo responsáveis pelas experiências e cenários com que os visitantes se deparam num passeio pelo espaço. Com exceção das obras que estão dentro do hangar, desenvolvidas pelo artista paraibano José Rufino, todas as demais estão ao ar livre. E, sempre que possível, com uma proposta de interação com os visitantes, não apenas de contemplação. No hangar, que já é um espaço que representa a memória da usina, Rufino montou uma exposição com peças e documentos antigos da Santa Terezinha. Sucatas que viraram arte completamente contextualizada com o lugar. Na parede externa do espaço há o desenho do Rio Jacuípe, que corta a região, construído com antigas ferramentas e parafusos, que terminam numa cadeira que está suspensa na parede. Seria uma referência aos antigos senhores de engenho da centenária atividade canavieira de Pernambuco? Cabe ao visitante contemplar e deduzir. As memórias trabalhistas e sociais da cultura sucroalcooleira marcam a obra desse artista, que está no projeto desde 2015, ainda antes da inauguração. Muitas peças que estão ao ar livre foram montadas com antigas estruturas usadas na Usina Santa Terezinha, que foram resignificadas pelos artistas. Esse detalhe traz uma identidade ao espaço e reforça a sua história, como a Rádio Catimbó, do artista Paulo Meira. De um dos pontos mais altos do jardim, ela funciona de fato como antena de rádio e é um dos melhores pontos de observação de todo o empreendimento, tendo a própria usina como cenário no horizonte de observação. . . Outro destaque que tem a inspiração na antiga atividade econômica da região é a obra Átrio, do artista plástico Marcelo Silveira. Construída em uma colina do parque, ela é uma réplica de uma área interna das antigas residências e que faz referência à Casa Grande. A locomotiva com a placa 21 é outra marca dos tempos áureos da indústria canavieira. No passado a Usina Santa Therezinha chegou a ter 80 quilômetros de malha ferroviária e 21 locomotivas em operação. Um pequeno labirinto cercado de plantas com efeitos alucinógenos (o Eremitério, de Márcio Almeida) e a cabeça do bandeirante suspensa sobre um dos açudes (a obra Tinha que acontecer, cabeça de bandeirante, do artista Flávio Cerqueira) são algumas instalações de destaque que compõem o intrigante acervo na Usina de Arte. O Jardim Botânico foi idealizado pelo biólogo Eduardo Gomes Gonçalves, em 2016. O lugar é visitado principalmente no final da tarde, quando o clima é mais ameno, já sendo bastante frequentado para ensaios fotográficos. Tanto espécies nativas, como ipês e carnaúbas, como exóticas, a exemplo da Palmeira Azul, vinda de Madagascar, compõem um mosaico natural do parque artístico botânico. As plantas são cuidadas pelas jovens biólogas Samara Ferreira e Joana Farias, nascidas nas proximidades da antiga usina e responsáveis pelas visitas guiadas. Quem já visitou Inhotim, vai identificar os bancos construídos com enormes troncos de árvores instalados ao ar livre da Usina de Arte. São as "esculturas mobiliárias" criadas por Hugo França a partir de resíduos florestais, que também estão presentes no museu mineiro. Ele foi um dos pioneiros nas imersões criativas na Usina de Arte. Além de ser um espaço de passeio e contemplação no ano inteiro, completamente gratuito, a Usina de Arte promove anualmente um evento cultural. O Festival Arte na Usina dura mais de uma semana, mobilizando centenas de turistas e moradores da comunidade local. Na Safra 2018, como se chamam cada edição, aconteceram apresentações de Almério, DJ Dolores, Chico César, Cordel do Fogo Encantado, entre outros. Oficinas de desenho, fotografia, moda, literatura e dança integram a programação do evento. Serviço: Usina de Arte: entrada gratuita. Visitas guiadas de segunda a sexta, às 8h e às 14h, mas o parque é aberto também aos finais de semana. Tel. 81 2125.3900. aPara uma experiência gastronômica local, a Usina de Arte indica aos visitantes a Ró Lanches ou os restaurantes Capim de Cheiro e Alquimia. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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8 fotos das Estações Ferroviárias Antigamente

Os trilhos fazem parte da memória dos pernambucanos no interior e na capital. Se hoje o sistema de transporte sobre trilhos é restrito à região metropolitana, na século passado a via férrea seguia para cidades como Garanhuns e Caruaru, além de outras cidades vizinhas ao Recife que hoje não são mais atendidas, como Olinda. Selecionamos imagens do acervo do IBGE e da Fundaj com fotos das estações. Algumas viraram centros culturais, outras desapareceram. Clique nas fotos para ampliar (as descrições das imagens e datas são dos acervos pesquisados).   Estação da Rede Ferroviária do Nordeste, em Garanhuns (IBGE) A estação de Garanhuns foi inaugurada em 1887 como ponta da linha que vinha do Recife. Mais tarde foi transformada em ramal, com a abertura da E. F. Sul de Pernambuco, a partir de Paquevira. Segundo as informações sobre a estação, o prédio preserva a arquitetura inglesa do século XIX e seria, portanto, o prédio original da estação. O ramal e a estação foram desativados em 1971. A estação ainda existe, na praça Dom Moura, e abriga o Centro Cultural Alfredo Leite desde o ano de 1979. . Estação Ferroviária em Caruaru (IBGE) A estação de Caruaru foi inaugurada em 1895. A primeira máquina do trem tinha o nome de Barbosa Lima Sobrinho, governador de Pernambuco. O prédio atual foi construído por volta de 1940, pelo seu estilo arquitetônico. O famoso Trem do Forró, que corre no carnaval de Recife todos os anos, costumava ir até esta estação. . Estação Ferroviária em São Lourenço da Mata (IBGE) A Estação de São Lourenço da Mata foi aberta em 1881. Até, pelo menos, o início de 1981, ainda havia trens de passageiros de Recife para São Lourenço da Mata, que possivelmente eram diários. . Estação da Encruzilhada (Acervo Josebias Bandeira, Fundaj) Dedicatória datada de 03.12.1904 . Estação Ferroviária S. Great Western, em Moreno (Acervo Benício Dias, Fundaj, Foto: F. Du Bocage) . Estação em Olinda, em 1905 (Acervo Manoel Tondella, Fundaj) Próximo às ruínas do Convento do Carmo . Estação do Carmo (Acervo Benício Dias, Fundaj) Estação do Carmo C.T.U.R.O.B. Data da foto entre 1895 e 1905 . Estação Central da Estrada de Ferro Recife (Acervo Josebias Bandeira) Data aproximada de 1890. Dedicatória datada de 12.12.1908. Atualmente conhecido como Estação Central e Estação Recife.   *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Cresce em Pernambuco o número de editoras cartoneras

Embora pouco conhecidas do grande público em Pernambuco, as edições cartoneras têm sido uma alternativa para novos escritores publicarem suas obras diante da crise que o mercado editorial enfrenta. Trata-se de um processo artesanal, com tiragens pequenas, de normalmente 50 exemplares, em que os livros são produzidos manualmente com capas de papelão reaproveitado. O movimento cartonero nasceu em 2003 na Argentina, que na época enfrentava uma grande recessão econômica. A iniciativa partiu do jovem escritor Washington Cucurto e do artista plástico Javier Barilaro. A ideia de unir a arte literária ao reaproveitamento do papelão baseia-se nos preceitos da economia solidária, tornando os livros mais acessíveis e baratos, ao reduzir os custos da sua produção. Pernambuco é um dos locais no Brasil onde as cartoneras mais prosperaram e hoje existem aproximadamente 15 dessas editoras no Estado. Uma das mais atuantes, a Mariposa Cartonera foi fundada no Recife por Wellington de Melo, cuja obra de estreia nesse sistema artesanal foi O Caçador de Mariposas, lançada em 2013, em homenagem a seu filho Aleph. “Eu tinha esse poema longo e havia conhecido o movimento há um ano. Pensei que seria uma forma legal de fazer o livro, porque queria produzir cada exemplar com as minhas próprias mãos”, revelou o escritor e editor. Em sua 16ª edição, a obra foi até traduzida para o francês pela Cosette Cartonera. Na França, está na sua segunda edição. . . A Mariposa acumula 33 livros publicados de vários autores e mais de cinco mil exemplares concebidos. Além de Wellington, a designer-chefe Patrícia Cruz Lima e os editores Christiano Aguiar e Tatiana Lima Faria compõem a equipe. “A literatura contemporânea é o nosso carro-chefe. Temos muito cuidado em trabalhar apenas com autores e obras em que acreditamos. Por onde nós circulamos temos uma ótima aceitação de nossos livros, tanto do conteúdo estético quanto textual”, afirma Wellington. Cada obra da editora custa em média R$ 20. A produção artesanal de livros em Pernambuco teve início com a oficina ministrada pela artista plástica Lúcia Rosa, da Dulcineia Catadora, de São Paulo, primeira cartonera do Brasil. A iniciativa foi promovida pela Secretaria Estadual de Cultura no Festival de Inverno de Garanhuns de 2012. Na época Melo coordenava o departamento de literatura daquele órgão estadual. “Estimulamos bastante o intercâmbio de experiências, por meio de oficinas na capital e no interior, o que intensificou a criação de editoras no Estado”, informou Melo. De fato, outras editoras surgiram graças a oficinas realizadas pela secretaria e também pela Mariposa. É o caso da Lara Cartonera surgida no final de 2013, no IFPE (Instituto Federal de Pernambuco), no campus de Belo Jardim. “Após a oficina, enxerguei no movimento cartonero uma nova saída para a publicação de livros”, afirmou o poeta, editor e produtor cultural David Biriguy. O mesmo caminho foi seguido pela caruaruense Candeeiro Cartonera. “Ficamos espantados com algo que nunca tínhamos visto antes: um livro com capa de papelão. A obra era O Caçador de Mariposas. Decidimos fazer algo parecido”, conta o editor Marcelo Barbosa. Desse movimento também surgiu a Malha Fina, primeira cartonera universitária do País. Sua equipe é formada por professores, alunos e colaboradores. . . Como não estão dentro do sistema editorial de mercado, os livros das cartoneras não são vendidos nas livrarias convencionais. “Nem sempre é fácil encontrá-los porque estão inseridos num contexto alternativo em que a venda direta (feita pelos próprios autores ou editores) é muito mais priorizada. Às vezes, são comercializados durante eventos e até mesmo na internet”, comentou Melo, acrescentando que a exclusão do mercado tradicional permite que as cartoneras não sejam afetadas pela crise. “A liquidez é imediata, uma vez que você trabalha diretamente com o público”. No entanto, é muito difícil um editor ou autor se sustentar apenas com a produção artesanal. “Ao participar de eventos, tenho percebido que a maioria das editoras ainda atinge um público muito reduzido”, lamenta Biriguy. “Precisamos formar leitores e isso deve ser feito ainda dentro da escola em um trabalho conjunto”, apontou o editor, que afirma ter dificuldades em vender os livros no interior. “A procura é quase que escassa. Em Belo Jardim, por exemplo, as vendas normalmente acontecem apenas em lançamentos. Já durante os eventos literários consigo ter vendas melhores”. O estímulo ao movimento é escasso no interior, porém, existem exceções. A Macarajá Cartonera iniciou uma parceria com a Secretaria de Educação de Carnaíba, Sertão do Pajeú, para promover a formação de professores e apadrinhar a criação de um selo cartonero na cidade. “Lá é um oásis na realidade cultural", surpreende-se a editora e escritora da Macarajá, Patrícia Vasconcelos. Apesar das dificuldades, as editoras seguem ampliando suas atuações. Em setembro passado, o Estado sediou o 1º Festival Internacional Cartonera, produzido pela Nós Pós. O evento contou com a participação de 21 editoras: três internacionais (Argentina, Chile e França), duas de São Paulo, quatro do interior de Pernambuco e as 12 restantes da Região Metropolitana do Recife. A feira teve a duração de um mês inteiro recheada de palestras e oficinas, que passaram por São Paulo e nas cidades pernambucanas de Lagoa dos Gatos, Garanhuns, Goiana e na capital. “Nós somos uma referência no País quando se trata do movimento cartonero”, orgulha-se Wellington. *Por Marcelo Bandeira

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Cidade pensada por elas

A revisão do Plano Diretor do Recife levou em consideração a voz das mulheres. Elas, que já são maioria da população da capital pernambucana (54%), também foram maioria entre os representantes do poder público e da sociedade civil nas discussões que resultaram no projeto que está em tramitação na Câmara dos Vereadores. Mas, por que propor um olhar de gênero para a agenda urbana? O fato é que as cidades foram construídas historicamente pelos homens e para os homens, como demonstram estudos acadêmicos. Uma realidade que contribuiu para o cenário atual de vulnerabilidade feminina em que 88% das mulheres no Brasil já sofreram assédios nos espaços públicos, segundo pesquisa do Instituto YouGov. A secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa, foi uma das mobilizadoras da participação feminina nas proposições do Plano Diretor. Ela explica que a presença delas nesse debate é necessária, porque a transformação urbana não pode ser pensada apenas pela ótica masculina. “O homem se desloca na cidade diferente das mulheres. Ele se locomove principalmente de forma pendular, do trabalho para casa e vice-versa. As mulheres andam mais devido às suas múltiplas tarefas. Trabalham, pegam os filhos na escola, levam a mãe ou sogra ao médico, fazem compras. São elas que empurram as cadeiras de rodas e os carrinhos de bebê pelas calçadas. Logo, estão muito mais sujeitas às violências nos espaços públicos”. Lalesca dos Santos, universitária e funcionária da Universidade de Pernambuco, é uma das participantes da representação civil nas discussões do novo Plano Diretor do Recife. Diante da insegurança da cidade, nos seus deslocamentos, diários ela segue de transporte público até uma região de grande movimento e completa sua viagem chamando um motorista via aplicativo até a porta de sua casa. A razão disso? Medo. “Não nos sentimos seguras na cidade. Isso não é apenas no Recife. O problema é cultural e estruturante do nosso País. O maior temor é de ser violentada. É além do assalto, da retirada de um bem. É uma questão de dignidade feminina”, explica. O estudo do YouGov apontou que 44% das brasileiras já tiveram seus corpos tocados em público. Uma das defesas das mulheres é por espaços públicos com mais pessoas e ruas mais iluminadas, por exemplo. “A cidade não é segura para ninguém, mas o Recife é um lugar muito escuro. Nós denunciamos muito isso. Somos assediadas nos transportes públicos e nas ruas, principalmente à noite. As periferias seguem lutando por melhorias nas políticas públicas”, afirma Ediclea Santos, coordenadora geral do Espaço Mulher, que funciona no bairro de Passarinho, na zona norte do Recife. . . Cida Pedrosa afirma que há premissas básicas para uma cidade ser segura. “É preciso obedecer a alguns critérios arquitetônicos que são comprovados mundialmente. Por exemplo, a cidade precisa ter uma iluminação para a altura do pedestre, para as calçadas. No Recife, a iluminação nas ruas é para os carros”, afirma. Foi sugerido, ainda, que o poder público mapeie as áreas subutilizadas para que sejam ocupadas por praças e postos de saúde, por exemplo, pois os terrenos baldios aumentam o risco da mulher ser vítima de violência. “Toda área com mais gente é menos violenta. É importante incentivar espaços de usos mistos. Quanto mais múltiplo e mais usado, mais seguro será. Ter prédios residenciais com a face baixa ocupada por comércios, academia, com uma fachada viva, ao invés de um muro de três metros, dá uma maior sensação de segurança”, diz Pedrosa. . . Além disso, está na pauta das mulheres a ampliação dos investimentos na infraestrutura viária e de transporte público, como nas paradas e na melhoria dos serviços de ônibus e metrô, de forma a reduzir a superlotação, que é um ambiente mais propício para o assédio. Mas as sugestões foram para além da mobilidade. Segundo Lalesca, foi sugerido que no caso de divórcio dos casais, a titularidade dos terrenos seja das mulheres. “É uma proposta de regularização fundiária, pois hoje, quando acontece a separação, as mulheres ficam com a guarda da crianças e os homens com a posse dos bens. Isso foi discutido e colocado no Plano Diretor”, informa. As participantes das discussões prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam também aumentar a oferta de creches e escolas em áreas indicadas pela população feminina. A inclusão de propostas com essa perspectiva de gênero para o Plano Diretor do Recife foi considerada por Cida Pedrosa um passo importante na luta das mulheres pelo seu espaço nas cidades. A aprovação da lei e o acompanhamento das transformações nas áreas urbanas são os passos seguintes nessa caminhada que não é só delas. Para saber mais sobre a tramitação do plano diretor e acerca das propostas das mulheres, acesse: www.planodiretordorecife.com.br *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Qual o futuro da internet?

Em 2019, a internet completa 50 anos, se considerarmos a sua origem a partir da Arpanet em 1969, uma rede militar que unia laboratórios nos EUA. No Brasil, a internet chegou comercialmente há 25 anos. Mas o que é a internet hoje e qual o seu futuro? Mais da metade da população mundial acessa a internet, de acordo com o relatório Digital in 2018, da Hootsuite e We Are Social, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. São mais de 4 bilhões de pessoas conectadas à rede, enquanto a população global é de aproximadamente 7,6 bilhões de seres humanos. O Catar e os Emirados Árabes Unidos são os países com maior percentual da população conectada: 99%. Logo em seguida estão Kuwait, Bermuda, Bahrain, Islândia, Noruega, Andorra e Luxemburgo, todos com 98% de sua população online. No lado dos países menos conectados, estão a Coreia do Norte (0,06%), Eritreia (1%) e Níger (4%). O Brasil está no meio desse ranking, com 64,7% da população conectada, cerca de 116 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE. Se o indicador for velocidade, a Noruega, com 61,2 Mbps, lidera o ranking. Logo depois estão Malta (54,4 Mbps) e Holanda (54,2 Mbps). Entre os países com as menores velocidades, estão Bangladesh (5,2 Mbps), Líbia e Iraque (ambos com 4,2 Mbps). Mais uma vez o Brasil está no meio do ranking, com 24,9 Mbps de velocidade média, considerando a banda larga fixa, segundo dados da SpeedTest. Mas o que vai acontecer com a internet nos próximos 50 anos? A primeira tendência é que a penetração da internet deve aumentar constantemente, atingindo a maioria absoluta da população mundial nesse período. A grande força motriz dessa expansão será a internet móvel. A segunda tendência é que a internet será invisível. Estará em todos os lugares e só sentiremos a sua presença quando ela faltar, assim como já acontece com a energia elétrica, que está presente na maioria das residências e em quase 100% das empresas e instituições governamentais. A terceira e mais importante tendência é que a internet estará também nas coisas e não somente em computadores, smartphones e relógio, como vemos atualmente. A Internet das Coisas (IOT) vai conectar quase tudo: automóveis, eletrodomésticos, sinais de trânsito, prateleiras de supermercado, roupas e muitas outras coisas que ainda serão inventadas. Será a era da internet onipresente.

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