Arquivos Vi no Instagram - Página 5 de 47 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Seis dicas para progeter o Pet do barulho dos fogos no Reveillón

Infelizmente, soltar fogos de artifício ainda é uma forma de comemoração utilizada por muitos brasileiros. Se para muitos isso é sinônimo de alegria e diversão, para os animais de estimação representa agitação e ansiedade, já que o ouvido dos cães e gatos é mais sensível aos barulhos que, consequentemente, provocam medo e mudanças de comportamento. “Algumas técnicas como o adestramento ou o uso de medicamentos e coadjuvantes terapêuticos, como os florais, podem ajudar a aliviar esse estresse, mas é necessário uma consulta com um profissional especializado que ajudará a identificar o melhor tratamento para cada animal”, explica o veterinário e fundador da Animal Place, Jorge Morais que lista abaixo outras dicas para amenizar esse problema. Deixe que o animal de estimação fique no cômodo da casa que tenha menor ruído, e em segurança; Não deixe o cão ou gato preso em correntes ou caixas de transporte. Na hora dos fogos de artifício eles podem entrar em pânico e se machucar; Mantenha portas e janelas trancadas, evitando que o animal fuja e até mesmo se perca. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes; Tape os ouvidos do animal com um chumaço de algodão parafinado (hidrófobo). Não se esqueça de retirá-los assim que o barulho cessar, já que podem causar infecções caso fiquem por muito tempo; Existe uma técnica chamada de TTouch, que consiste em atar o cão com um pano para que a circulação sanguínea do corpo do animal seja estimulada, diminuindo assim, as tensões e a irritabilidade. Informe-se com seu veterinário; Nunca deixe o pet sozinho nesses momentos. A companhia do dono ajuda a passar mais segurança e amenizar esses momentos ruins.

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Francisco Brennand morre aos 92 anos

O ceramista e artista plástico Francisco Brennand  morreu hoje (19), aos 92 anos, devido a complicações de uma infecção respiratória. Ele nasceu em 1927, no Recife e em 1971 começou a reconstruir a velha Cerâmica São João da Várzea, empresa familiar criada pelo seu pai em 1917. Foram das ruínas desse conjunto que nasceu o projeto de esculturas cerâmicas da Oficina Francisco Brennand. . Francisco Brennand, um dos mais importantes e reconhecidos artistas plásticos de Pernambuco, foi o entrevistado da edição inaugural da Algomais.  Neste colóquio, Francisco Brennand, o Senhor da Várzea, bairro onde mantém sua imensa oficina com bem mais de duas mil peças de cerâmica, falou sobre sua participação na política recifense durante o primeiro governo Arraes (1961-1964), suas obras, relacionamento com o público e com a mídia. Baixe e leia a primeira entrevista da Revista Algomais: ENTREVISTA-BRENNAND  

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"Quero chegar na África. É o meu sonho!"

Aos 75 anos, Lia de Itamaracá viveu em 2019 um dos melhores momentos da carreira. Presente no premiado longa-metragem Barucau, no papel da matriarca Carmelita, a mais famosa moradora da ilha do Litoral Norte de Pernambuco recebeu o título de doutora honoris causa pela UFPE, foi homenageada pela Fenearte, pelo Galo da Madrugada e pela Câmara Municipal de São Lourenço da Mata. Foram lançadas duas publicações sobre sua trajetória. Uma biografia e um livro de fotografias, escritos pelo premiado jornalista Marcelo Henrique Andrade, que foi uma das crianças que estudou na escola em que a cirandeira trabalhou como merendeira. Cláudia Santos, Rafael Dantas e Rivaldo Neto entrevistaram Lia poucas semanas antes da última novidade do ano: o lançamento do seu quarto disco, Ciranda Sem Fim, produzido pelo DJ Dolores. A conversa era sempre interrompida por moradores e turistas que cumprimentavam a artista. Até quando o fotógrado Tom Cabral a levou para a praia para fazer as fotos desta entrevista, não faltaram crianças para abraçar ou tirar uma self com a rainha da ciranda. Ela falou sobre sua intensa atividade com o novo CD, entre shows e viagens pelo Brasil, sobre as dificuldades de sobreviver da cultura popular e confessou um sonho que ainda acalenta: levar sua ciranda para a África. Poderíamos dizer que 2019 foi o ano em que sua obra foi mais valorizada? Este ano foi bom demais. Receber o título de doutora foi o reconhecimento do meu trabalho. É a cultura e a ciranda sendo bem reconhecidas. Foram muitas homenagens e títulos neste ano. Teve ainda os livros e agora o novo CD. Como é a sua rotina hoje depois desse mais novo álbum da sua carreira? Sou Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco, tenho minha aposentadoria como merendeira em uma escola, minha rotina hoje é apresentar o meu cdzinho e circular com meus dois livros, né? E se chegar mais coisa, eu quero. Fala um pouquinho desse seu CD novo com Dj Dolores. Ser dirigida por DJ Dolores foi muito bacana. O disco vem com ciranda e com bolero. Ele chegou por meio de Beto (Hass, assessor de Lia de Itamaracá), que me passou o que ele queria fazer. Eu estava querendo gravar um novo CD há um tempo. Aí juntamos. Ciranda de Ritmos, seu terceiro álbum, foi de 2010. Por que demorou tanto para lançar um novo disco? Eu tava borocoxô. Fiquei de mãos atadas, num mato sem cachorro. Sem experiência de nada e os gestores que estavam me arrodeando, me passando a perna. O que era que Lia ia fazer? Nada, é o que o peixe faz? É cruel. A cultura é é difícil. Como está a agenda de shows? Depois que fizer o lançamento, vou para São Paulo, Rio de Janeiro e Europa. Já tem Portugal no ano que vem. Serão duas temporadas para a Europa. Aqui ainda terá o Carnaval e, antes disso, fechamos com o Réveillon em Boa Viagem. Que lugares da Europa estão previstos? Queremos começar por Montreux, na Suíça. De lá tem uns 10 festivais, na Alemanha, França, Itália. Será a primeira vez que irei para Portugal. Como falamos português, acho que o efeito vai ser maior. Vão entender a poesia da ciranda. Como tem sido a receptividade no Rio e em São Paulo? Eu chegando no Rio e em São Paulo, eu tô na minha praia. Todo o mundo me conhece, todo o mundo brinca, se diverte. É muito bom. Além dos eventos com dança e música, o lançamento dos dois livros está levando a senhora para participar de eventos literários também. Como tem sido essa nova experiência? Olhe, é bom, é bacana! Quem tá na chuva é pra se molhar. Se é o que eu quero fazer, vou fazer. Se eu queria ser artista, já sou, vou enfrentar qualquer barra. Na sua biografia, a senhora disse que se sentiu muito mais valorizada fora do Brasil do que aqui. Como é que foi sua experiência no exterior? E por que a senhora disse que se sentia mais valorizada lá fora? O meu trabalho é aqui. É onde deveria ser mais valorizada. Mas eu não sou. O Recife é o foco da cultura, mas cadê os mestres? Tão tudo parado. Não é porque eu queira ser a rainha da cocada preta, mas quem está ativa da ciranda sou eu. Lutando, lutando, os outros todos desistindo e eu enfrentando pra chegar lá. Nunca desisti. Uns já morrendo sem ter apoio. É difícil. Querer que eu faça as coisas de graça pra eles, eu não faço mais não, além do que eu já fiz. Já dei muita força a Itamaracá, muita ajuda. E se alguém tem que fazer alguma coisa por mim, faça comigo viva. Não deixe eu morrer, senão eu faço que nem Carmelita, ressuscito e vou puxar as canelas (risos). Que tipo de dificuldades você enfrenta? Recursos, capital de giro. Para tudo isso tem que ter capital de giro, tem que ter dinheiro pra fazer as coisas. Quem tem o poder na mão não ajuda, não chega perto. É pra gente se virar só? Como é que pode? Eu tenho um espaço de cultura ao ar livre aguardando recursos para ser concluído. Nosso sonho, além de fazer ciranda, é dar aula de percussão, cabelo afro, fotografia. O filme Bacurau tem rodado o mundo, com prêmios e exibições em grandes festivais. Como foi para você participar desse trabalho? Ah, Carmelita... Foi bom, né? É Lia se amostrando. Veio o convite pra mim, eu aceitei: tá bom, vamos trabalhar. Todo meu sonho era tá numa tela de cinema. Lia não só canta ciranda, Lia tá em tela de cinema, não é bom? Na direção de Kleber teve também o Recife Frio, no Forte Orange. Agora o Bacurau. Fiz outros filmes, como Sangue Azul, em Fernando de Noronha, e Paraíba Mulher Macho, aqui na Vila Velha em Itamaracá. Tô me virando também no cinema. Como foi esse contato com Kleber Mendonça Filho, que hoje é o cineasta de maior destaque do cinema

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Artesanato: a beleza e a força da sucata

Luiz Carlos Melo, 34 anos, tinha uma oficina de pintura e lanternagem dos tradicionais Toyotas Bandeirantes que circulam em massa no Agreste pernambucano. Desde criança, ele aprendeu com o pai a fazer carrinhos com as peças da sucata dos veículos. No ano de 2007, foi convidado a participar de uma oficina de arte que aconteceu na sua cidade, Brejo da Madre de Deus. Ao apresentar suas peças durante aquela formação, o instrutor, surpreso, disse: “Mas vocês já fazem arte!”. Um pequeno empurrão para que o mecânico começasse a migrar para se tornar um artesão do metal. Neste ano, além de chegar à Fenearte com um estande próprio, sua peça Coração de Pedra, energia das montanhas, foi a vencedora do concurso da Galeria de Reciclados. A produção de carrinhos era uma atividade que Luiz Carlos reservava para as horas vagas. Quando recebeu o estímulo para começar a expor e vender suas peças, ele começou a dedicar mais tempo ao artesanato. comercializou suas primeiras peças dentro de um estande de Brejo da Madre de Deus na Fenearte já naquele ano. O sucesso da comercialização das peças o motivou a seguir investindo no novo trabalho que começava a se abrir. Há cinco anos ele fechou definitivamente a oficina e passou a trabalhar apenas no ateliê. Dos carrinhos, ele passou a fazer formigas, mosquitos, insetos. Depois começaram a surgir os cangaceiros e imagens da caatinga. Ele foi tomando gosto e começou a produzir peças maiores, como alguns robôs. Atendendo a um pedido especial, de um comprador mineiro, ele vendeu um personagem do Transformers por R$ 30 mil. “Hoje eu faço de tudo um pouco. Tanto peça pequena, como sob encomenda para empresas”. Entre suas peças que circularam pelo Estado estão os mandacarus que ele chama de Resistência, que foram entregues como troféus do Festival de Cinema de Taquaritinga do Norte e do Poesia na Tela, uma mostra da sétima arte em Tabira. Uma máquina de costura assinada pelo artista, chamada de Migração, seca sem miséria, está na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe. Após anos de trabalho, suas obras seguem cinco linhas principais: animais (caranguejo, leão, galo, formiga, entre outros), personagens e cenas sertanejas (mandacaru, sanfoneiros, Lampião e cangaceiros), veículos e máquinas (carros, motos, bicicletas, aviões e a tradicional máquina de costura que simboliza a indústria têxtil no Agreste), além de árvores e utilitários (bancos, abajures). O artista tem peças expostas de forma permanente no Museu do Tietê, em São Paulo, na Universidade de Fortaleza, no Ceará, no Museu do Barro, em Caruaru, e no Museu da Sulanca, em Santa Cruz do Capibaribe. “Também há várias peças particulares que estão em Minas Gerais e até na Inglaterra”, orgulha-se Luiz Carlos. No seu currículo está a exposição Do Sertão à Ficção aos pés das montanhas, que circulou em dois shoppings no Estado. O artesão – que começou pela Fenearte no estande da prefeitura e depois de uma associação – em 2019 conseguiu ter um espaço próprio na feira. Neste ano, Luiz Carlos estava presente em vários espaços na Fenearte. Além do estande próprio, suas peças estavam nos espaços da Prefeitura de Brejo da Madre de Deus e do Sebrae e na Galeria de Reciclados. Entre os trabalhos mais destacados do ano estiveram a premiada escultura Pedra, energia das montanhas (que estava na galeria) e o Rugido da Arte aos Pés das Montanhas, o leão que ele montou para fazer a foto ao lado. A peça era alvo de desejo de muitos visitantes na feira. No município do Brejo, ele fez uma instalação de metal sobre uma grande pedra no Sítio Conceição, que fica próximo à Serra da Prata, no formato de um coração. O título da obra é Coração de Pedra, a energia das montanhas. Luiz Carlos produz esculturas para diversos tipos de clientes. Suas peças variam de R$ 50 a R$ 30 mil. O artesão tem sonho de estruturar seu ateliê para capacitar outros jovens da cidade com oficinas de artesanato. “Gostaria de ter um lugar, como uma escola, para incentivar a molecada a fazer arte”. Serviço: O ateliê de Luiz Carlos Melo fica na Rua General Dantas Barreto, no Brejo da Madre de Deus, em frente ao Estádio Municipal. Você pode conhecer mais sobre as obras do artesão no Instagram @LuizCarlos.Arte. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Porco não é tão feio quanto se pinta

Desde os tempos bíblicos, a carne de porco tem sido amaldiçoada pelas escrituras de várias religiões. Judeus e muçulmanos são proibidos de tê-la no cardápio e até a nossa sabedoria popular costuma identificá-la como um alimento “remoso” para a saúde. Mas, recentemente, surgiram várias notícias exaltando as qualidades dessa proteína como benéficas para a saúde. Afinal de contas, carne suína faz bem ou mal ao organismo? “Ela é uma das opções consideradas de proteína animal mais versáteis e saudáveis, sendo uma grande aliada na construção dos tecidos, músculos e estrutura corporal. Possui também uma boa variedade de vitaminas”, desmistifica a nutricionista Débora Wagner. “É uma excelente fonte de ferro, com baixíssimo teor de sódio, menor inclusive do que o da carne vermelha e o de frango, o que faz com que eu possa indicar aos pacientes que têm restrição no consumo desse mineral, como os hipertensos, pessoas com doença cardiovascular ou renal crônica”. Débora ressalta ainda que a carne suína tem a maior quantidade de potássio por 100 gramas, ou seja, é muito importante também na construção muscular e na saúde do coração. “Ela tem o perfil muito adequado para os doentes cardiovasculares, o que é interessante e controverso no pensamento de que carne de porco não deve ser consumida por quem tem problemas com colesterol”, esclareceu a especialista. . . Esse pensamento, segundo Lígia Barros, professora de nutrição da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) existe no Brasil desde tempos remotos e está muito relacionado à religiosidade. “Há uma parte da bíblia que menciona a carne de porco. Os judeus não consomem esse tipo de proteína, então acabamos absorvendo muitas dessas práticas ao longo de nossa formação”, relaciona. Existe também outro fator cultural. No passado, os porcos eram criados em pocilgas, ambientes sujos e de condições precárias, (isso propiciava a contaminação por Taenia solium, verme conhecido como solitária). Ainda hoje permanece essa noção de que eles vivem dessa forma. “Mas atualmente, os porcos são criados em cativeiro, com alimentação adequada (uma ração específica para os animais), por isso, não oferecem nenhum tipo de risco a quem come”, esclarece. . . Mas é preciso evitar os exageros. As recomendações do seu consumo são as mesmas para outras carnes. “É preferível que se consuma os cortes mais magros”, indicou Lígia. “Mesmo o frango, considerado um alimento pouco calórico, possui algumas partes, como a coxa, que são um pouco mais gordurosas”, comparou. Os cortes mais indicados são, justamente, aqueles em que, facilmente, se consegue eliminar as partes mais gordurosas. “A gordura não sendo entremeada com as fibras musculares do porco temos condição de tirá-la e fazer com que esse preparo tenha sabor e ao mesmo tempo seja indicado para a maioria das pessoas, principalmente o lombo, o pernil e a bisteca”, recomendou Débora. Porém, os embutidos e produtos de base suína que sejam processados ou acrescidos de substâncias de conservação, de cura e que sejam artificialmente produzidos não são indicados pela nutricionista. Tanto o bacon (barriga) ou o presunto de Parma (perna traseira) podem ser verdadeiros vilões se forem produzidos de forma artificial, utilizando substâncias tóxicas ao organismo, como nitrito e nitrato. “O Parma produzido de acordo com as tradições de origem, de forma artesanal, sem a adição desses agentes, não seria algo a ser evitado”, defendeu. Mas ela ressalvou que devem ser consumidos em quantidades moderadas. Recentemente, retomou-se uma antiga discussão sobre o uso da banha de porco como gordura para cozinhar os alimentos. Há quem defenda que seja mais saudável do que óleos vegetais ou manteiga. Lígia, porém, é comedida sobre o assunto. “Ela possui muita gordura saturada como todas as carnes, por isso, tem o seu potencial positivo, mas, para fritar alimentos, não é indicada, porque toda fritura é prejudicial”, alerta a nutricionista. O ideal é utilizá-la para refogar, porque não submete a banha a um aquecimento tão alto por um tempo tão longo. Lígia é adepta de uma visão na nutrição que defende que a restrição alimentar causa mais prejuízo do que a liberação de certos alimentos na dieta, uma discussão que vem sendo travada na literatura científica. “Procuro sempre levar em consideração as memórias alimentares de quem me procura, vai muito de acordo com aquilo que o paciente traz. Se ele faz uso de carne de porco de maneira que não comprometa a saúde dele, eu não vejo porque restringir”, salientou. Para quem, por algum motivo, ainda estiver desconfiado dos benefícios da carne suína, a nutricionista Débora Wagner relata sua experiência pessoal com a proteína. “Eu sou adepta do consumo da carne de porco e faço questão dessa ingestão frequente para minha família, muito por ser versátil, que atende a diversos tipos de receita. Eu consigo ter um corte extremamente magro e adequado a todo tipo de gente da minha casa, da minha filha de 2 anos até a minha mãe de 65”. *Por Yuri Euzébio

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"Estamos sofrendo um desmonte de políticas culturais muito radical"

Numa entrevista no Restaurante Bragantino, no Mercado da Encruzilhada, o secretário de Cultura de Pernambuco Gilberto Freyre Neto conversou com os jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas sobre sua atuação no setor público e planos para o próximo ano. Ele comentou ainda como foi sua relação como neto do sociólogo Gilberto Freyre e tratou do potencial de exploração cultural da cachaça e dos mercados públicos, duas de suas paixões. Em primeiro lugar, porque você escolheu que a entrevista fosse feita no Mercado da Encruzilhada e qual a sua relação com os mercados públicos? Primeiro, gosto muito de bolinho de bacalhau. Segundo, gosto muito de cachaça. Esse ambiente é o primeiro teatro, é o primeiro cinema, é o primeiro tudo da produção cultural do mundo. Para a cultura, o mercado tem um simbolismo muito forte. Esse é um dos primeiros equipamentos culturais que a gente tem e Pernambuco tem uma riqueza muito grande de mercados. Não sou um gerente de nenhum, não está na minha pasta, mas a gente precisa reconhecer o papel desses espaços como composição da nossa identidade. Estamos aqui tomando uma cachaça, comendo bolinho de bacalhau. Iguarias estrangeiras que aqui chegaram e se transformaram em produtos brasileiros. Como é ser secretário de cultura em Pernambuco no período em que o País é presidido por Jair Bolsonaro, que tem um desalinhamento político com o Estado? Nunca achei que a cultura fosse algo de responsabilidade única do Estado. De certa maneira eu tenho um viés liberal, ao mesmo tempo, entendo que o Brasil é uma federação. Cada estado pode e deve ter sua própria política alinhada com planos outros, que podem ser federais ou, no nosso caso específico, também com os municípios. Acho que tudo isso faz parte do universo republicano. Ao mesmo tempo, faço uma autocrítica: a nossa República nunca deixou de ter um imperador. Somos muitos centralistas, sempre fomos extremamente dependente de uma política do plano nacional. Mas o que está acontecendo hoje é o ultraliberalismo no Brasil. Da noite para o dia se desligou uma chave e se ligou outra. Estamos sofrendo um momento de desmonte de políticas de forma muito radical. Isso eleva a responsabilidade dos estados em todas as frentes, não apenas na cultura. No caso específico da cultura tem sido bastante danoso, porque há políticas de salvaguarda que estão em xeque. Os estados que têm a riqueza e a dimensão da atividade cultural como a nossa sofrem um impacto muito forte dessa desestruturação. Quais são os problemas que mais lhe preocupam neste momento? Alguns programas alimentam a capilaridade da cultura pernambucana e nordestina. O desligamento dos motores que vinham do plano federal quebra essa alimentação e isso gera uma superdependência no plano estadual. Mas existe uma limitação muito forte do Estado em absorver, da noite para o dia, o apoio à gama de manifestações em atividade, uma energia que só existia porque o plano federal atuava de forma muito objetiva. Então, isso desestrutura a dinâmica que foi construída nos últimos 20 anos. É algo que assusta bastante o poder público porque no fundo, estamos falando de uma camada da população que não vive da cultura, ela sobrevive da cultura. A ausência de uma política de proteção vai quebrar esse pilar que é basilar para a identidade do povo nordestino e de Pernambuco. No novo contexto passamos a ser protagonistas da esperança da manutenção dessas estruturas sociais que têm uma dependência forte do papel do Estado. Mas eu vejo que isso precisa ser equilibrado. Não acho que o Estado tem que ser a única ferramenta, a sociedade civil precisa participar. Estou falando de todo pernambucano, de todo nordestino. Nós precisamos ter uma política de consumo da nossa cultura. Tudo nosso é de graça porque o Estado paga. Esse é um cenário em que nenhuma indústria cultural é sustentável. O desmonte do cinema é um campo que tem preocupado mais a Secretaria de Cultura? Temos visto muita ação sua nessa área. O cinema talvez seja, entre as camadas das indústrias culturais, aquela mais bem estruturada em Pernambuco. A estruturação dessa cadeia, no caso específico, gera muito valor. Temos filmes sendo produzidos diariamente. Alguns com repercussão internacional, outros realizados em coprodução com diversos parceiros de outros países. Mas é uma cadeia que depende diretamente de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, e de recursos do Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco. A ausência de uma política no plano federal, mais uma vez, transfere uma escala gigante de dependência para o plano estadual. Pernambuco é um dos estados que certamente vai ter um grande sofrimento pela ausência de uma política nacional estruturada. Já existe hoje um impacto pela não liberação de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. Isso é um problema que precisa ser atacado. Há uma grande discussão na Ancine, que esperamos que se resolva em breve para que volte a ter uma atuação dinâmica e qualificada para que essa cadeia de valor não se perca, porque ela migra com muita facilidade. Os técnicos que trabalham no audiovisual precisam ter uma atividade econômica constante para permanecer naquele território. Eles são bastante qualificados e podem migrar com suas habilidades, com os seus saberes, para outros campos ou para outros territórios. Isso seria uma grande perda para Pernambuco também na geração de empregos. Eu posso fazer uma comparação. Acabamos de participar da inauguração de uma fábrica de medicamentos extremamete refinada aqui, custou mais de R$ 600 milhões e que vai empregar 180 profissionais, porque o nível de requisito técnico na operação dela diminui a necessidade de mão de obra. No cinema é exatamente o contrário. Bacurau, filme de Kléber Mendonça, empregou mil pessoas. É uma dinâmica de uso extensivo de mão de obra das diversas camadas técnicas e nos diversos ciclos de produção do audiovisual. Tanto dos habitantes de determinada cidade, convidados incidentalmente para alguma atividade, até o técnico de ponta que vai trabalhar no refinamento de som em um laboratório no exterior ou no nosso Porto Digital, no Portomídia. Você fala bastante da paradiplomacia (política de

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8 fotos da zona sul Antigamente

Com a proximidade do verão, destacamos hoje uma série com 8 fotos das praias urbanas da zona sul, com destaque para praias do Recife (Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa) e de Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada e Piedade). As imagens são da Fundaj e da Biblioteca do IBGE. Se você tiver imagens para compartilhar com a coluna, envie para rafael@algomais.com Clique nas fotos para ampliar. . Avenida Boa Viagem . Casa Navio, em Boa Viagem   Praia do Pina . Prédios na margem da Praia de Pina no Recife (Tibor Jablonsky, IBGE) Brasília Teimosa, em 1961 (Fundaj) . Atual Avenida Herculano Bandeira  (Avenida Ligação, Pina, do Acervo Josebias Bandeira) . Igreja Nossa Senhora de Piedade . Barra de Jangada, na década de 1950 (Recife Antigamente)

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Aprendizado contínuo para se manter no mercado

Por Rafael Dantas* Tudo o que é sólido desmancha no ar. A ilustração do filósofo alemão Karl Marx para explicar as transformações da sociedade de sua época segue atual e pode ser aplicada às inúmeras mudanças que presenciamos na educação e no mercado de trabalho. O antigo modo de formação das pessoas para a vida profissional está sendo atropelado por outras formas de aprendizagem. As tradicionais relações de trabalho que conhecemos se dissolveram por meio da tecnologia e de mudanças legais. Profissões antes veneradas e cristalizadas de status abrem caminhos para novas atividades em ascensão, principalmente ligadas à computação e à economia criativa. Para compreender os desafios desse cenário em constante instabilidade que afeta o mundo inteiro, ouvimos especialistas e estudantes no Workshop Algomais Educação 2019 realizado na Cesar School durante o Rec’n’Play. “Não tenho uma bola de cristal para falar como será o futuro das profissões, mas temos algumas pistas de um movimento que o mundo vem mostrando. Com o avanço das tecnologias todas as profissões serão impactadas e nós devemos nos preparar para isso”, advertiu o diretor-executivo da Cesar School Felipe Furtado. Ele conduziu o debate, promovido pela Revista Algomais, com mais de 100 estudantes de escolas públicas e privadas pernambucanas. Adaptabilidade, flexibilidade e saber se comunicar são algumas das habilidades necessárias para qualquer profissional, segundo publicação da Hays, empresa líder mundial em recrutamento. “É preciso ser capaz de se adaptar a vários cenários. É necessário estudar muito, entender de várias coisas ao mesmo tempo (não apenas da sua área específica de conhecimento) e, principalmente, desenvolver competências socioemocionais para se reinventar nos novos contextos”, orientou Felipe. Parar de aprender não está nos planos do pernambucano Pedro Macedo, 26 anos, que se encaixa bem nesse perfil do profissional do futuro. Ele teve um início de carreira cheio de viradas. Sound designer e produtor musical, começou a trabalhar em shows no Recife, passou por produtoras em São Paulo e, atualmente, montou um estúdio no seu apartamento no bairro de Perdizes, na capital paulista, e presta serviços para clientes diversos. Seu trabalho está presente no cinema, nas publicidades e na gravação de álbuns musicais. O mais novo campo está nas mídias interativas, em que ele presta serviço para um app feito para a plataforma do Google Assistente. Pedro trabalha no aperfeiçoamento do áudio das conversações dos usuários de aplicativos com robôs, como a Siri, a assistente inteligente da Apple. Pesquisador de música desde a adolescência, o pernambucano fez um curso tecnólogo de produção fonográfica. Depois disso, trabalhou alguns anos na Fundarpe, onde aprendeu a fazer a produção de palco e shows, além da montagem de som. Há dois anos sua formação profissional deu um novo passo em São Paulo, onde foi fazer um curso de áudio e acústica. Estão nos planos do profissional seguir para a França e estudar programação para artes e mídias interativas. “Pesquiso muito sobre os cursos e as manifestações que estão sendo feitas no mundo. Fiz algumas formações online, mas planejo voltar a estudar uma formação mais longa que pode ajudar a agregar muito na minha produção de áudio para arte sonora”, planeja Pedro. De acordo com o diretor da Cesar School, há 20 ou 30 anos as pessoas recebiam uma educação tradicional que servia para o resto da vida. Mas hoje a geração que está nascendo precisará, assim como Pedro, aprender continuamente durante a vida. O trabalho home office para vários “patrões” – que estão distribuídos pelo País e até no exterior – é outra tendência das carreiras profissionais que também é uma realidade na rotina de Pedro. Além de prestar serviços em casa, ele também viaja bastante. Pedro fechou a agenda do último mês com uma turnê no interior de São Paulo em shows, a produção de um filme em Maceió e um job em uma gravadora na capital paulista. Para onde ele vai, leva ainda um “mini estúdio”, que é uma unidade móvel para atender aos clientes remotos. “É difícil gerir o tempo com várias coisas acontecendo. Abri mão de um emprego certo para trabalhar com uma rede de clientes. Mas hoje posso morar em qualquer lugar do mundo e tenho trabalho”, diz, entusiasmado com a adaptação aos novos mercados que se abriram. As mudanças na carreira de Pedro estão em sintonia com uma tendência de autonomia que já é uma realidade no mundo inteiro. “Temos uma relação de trabalho que aponta para a autonomia do indivíduo, que está colocada não apenas na sua própria atividade de trabalho, mas na formalização do contrato de trabalho”, aponta Bruno Montarroyos, que é mestre em ciência política com foco em relações internacionais e especialista em políticas educacionais e inovação. “O aumento do home office ou do teletrabalho e o fato do profissional controlar o seu próprio horário são algumas tendências que encurtam a distância entre o empregado e o empregador. Uma situação em que o próprio trabalhador faz a gestão do seu tempo e monitora os seus resultados”, apontou Montarroyos. Bruno, por exemplo, é líder da Divisão de Gestão de Atendimento Técnico de Serviços no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), mas se divide em uma série de atividades. Ele é Google innovator certificado para a educação (educador inovador), atua como mentor em eventos de hackatons e como voluntário em startups weekends. Teve que batalhar desde muito cedo e fez várias atividades. Uma trajetória que o ensinou bastante e contribuiu para suas múltiplas atividades profissionais. “Hoje consigo ver o quanto isso foi bom. Quanto mais experiências múltiplas melhor. Sempre buscando uma vivência nova, com pessoas diferentes e aprendendo junto”. Em um mundo em constante mutação, onde as empresas têm valorizado cada vez mais a diversidade de olhares nas suas equipes, o especialista acredita que conhecimento compartilhado e trabalho colaborativo, além de aumentar a competitividade dos profissionais, podem tornar a vida das pessoas cada vez melhor. AUTOMAÇÃO Com as mudanças tecnológicas, enquanto algumas profissões devem desaparecer ou ser altamente impactadas, outras estarão em alta. De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico) quase

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16 anos de Passa Disco com muita festa

Por Yuri Euzébio Desde que me entendo por gente sou um assíduo frequentador da Passa Disco, em minhas constantes visitas sempre saí de lá mais inteligente, conhecendo mais da música brasileira e pernambucana. Mais do que uma loja, o espaço é um pedaço da memória musical do Recife, também é um norte pra quem, como eu, quer saber qual é o som que vai fazer a cabeça de geral na próxima estação ou os novos nomes da cena local. Eis que amanhã é dia de festa na loja mais charmosa da cidade. A Passa Disco celebra 16 anos em plena forma, com uma festa à altura, a partir das 15h, com lançamento dos dois novos álbuns do selo musical da loja, “Valsa” de Bruno Souto e “Desafogo” da Mazuli. Além de promover a última edição da tradicional Feira do Vinil em 2019. Haverá shows desses dois artistas que lançam suas novas obras, Bruno Souto virá acompanhado de uma banda e com as ilustres participações de dois novos nomes da música pernambucana, Jáder Cabral de Mello e Mayara Pêra. Mazuli fará uma apresentação mais intimista com voz e violão. Talvez eu seja suspeito pra falar, mas quem gosta de música tem que conhecer ou visitar com frequência a loja. Principal reduto da produção pernambucana, o espaço capitaneado por Fábio Cabral faz um trabalho hercúleo de manter a cultura do Estado acesa. Além disso, o próprio Fábio é uma enciclopédia musical, um dos maiores conhecedores da música brasileira e pernambucana que existem. Ou que, pelo menos, eu conheço. Na Feira do Vinil, Dj Murilo França vai animar a galera com direito até a parabéns pra você da Xuxa. Esse mês de novembro, em que se comemora mais um ano de vida da loja, está recheado com comemorações. Na última quarta-feira (20/11) houve o lançamento do CD de Xico Bezerra e uma exposição de Fernando Duarte, “O Forró no Recife”, onde o artista homenageia diversos forrozeiros, cantores e compositores, no próximo sábado tem a feira e no dia 27/11, próxima quarta, haverá o lançamento de um tributo a Accioly Neto reunindo mais de 30 intérpretes, entre eles Chico César, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Fagner e Almério. Ainda na quarta, será lançado o CD “Um Frevo Impossível” de Fernando Duarte com vários novos intérpretes da cena musical de Pernambuco e com uma exposição em homenagem aos 40 anos do projeto Asas da América. Ufa! Já viu que motivos pra tu dar uma passadinha na loja não faltam, né? Se nada disso te convencer, sugiro ir só pra trocar uma ideia sobre música com Fábio, eu posso garantir que vai valer a pena. Eu, se fosse tu, não perdia!! Inclusive, te vejo lá.

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O streaming chega no universo dos games

O tempo passa, o mundo se transforma, as tecnologias alteram nosso comportamento de vestir, comer, paquerar, consumir livros, quadrinhos, livros e também os games. Antes era preciso se deslocar até a esquina para poder jogar nos fliperamas, comprar aquela maçaroca de fichas, passar a tarde ou poucos minutos jogando seja Donkey Kong, Street Fighter 2 ou pilotar um carro, bem no estilo Enduro, lembra meu vei! Fliperamas ainda convivem entre nós Era diversão demais, mas era preciso ir a algum lugar para jogar. Se você tinha uma merreca maior na sua carteira, poderia comprar a mídia com o jogo, o cartucho, e um equipamento para poder jogá-lo, falo dos consoles, que desde a Atari, transformou os nossos lares ou o quartinho do ‘canto dos guerreiros’ em um mundo de magia, competição e emoção por muito tempo. Para tudo isso funcionar, você precisava ter espaço para seu console, a TV e os cartuchos, colecionados, guardados com carinho, inclusive alguns ficavam na caixinha original, tem que ser nerd e gamer pra entender essa paixão. Os consoles e os jogos evoluíram para possibilitar maior processamento gráfico e apresentar imagens, efeitos e sons cada vez mais envolventes. Com isso, veio a era das mídias em CD e depois DVD. Se você não podia comprar um console, partia para o computador do pai para jogar. Na época tinham as revistas com demos, curiosidades e macetes para passar de fase, era bom demais. Porém, novamente, além do espaço para os CDs e DVDs, tinha a área das revistas, tinha negócio de Youtube não meu vei, era analógico na veia!! Tela do jogo Ultima Online Paralelo a isso, tínhamos os jogos on-line, em sua maioria RPG para múltiplos jogadores, os MMORPGs, a exemplo de Ultima Online (1997) e, posteriormente, World of Warcraft, conhecido por WoW (2004), fazendo milhares de pessoas se conectarem simultaneamente em todo o mundo para jogar e conversar horas a fio. Mas seu computador precisava ser bom, ter uma plaquinha de vídeo e ter uma conexão de internet relativamente boa, e por isso, ficávamos à noite e a madrugada grudados no PC. Estou falando isso até agora, pra você entender que para jogar bem, tinha que ter equipamentos especializados, espaço para guardar as mídias físicas e pra instalar os jogos no PC, tinha que ter HD bom ‘virado na gota’, processador, placa de vídeo e, em alguns casos, conexão com internet. Você optava, console ou PC, mas se você era um cabra ou uma moçoila ‘nadada na grana’, tinha os dois. Aproveitando os avanços tecnológicos dos PCs, da banda larga e o comportamento de consumidores, a Valve lançou a Steam, em 2003, plataforma para comprar jogos on-line, que até nos dias atuais, nós gamers instalamos títulos e mais títulos, seja comprando ou pegando de maneira gratuita (eita que usei muito!) diretamente para o seu computador pessoal montado para jogar. Novembro de 2006, a Sony lançou o poderoso Playstation 3, que além de rodar uma nova mídia de armazenamento, o Blu-ray, também apresentava seu sistema On-line a PSN, a PlayStation Network, para compra de jogos e filmes. Em 2007, a Apple apresentou um novo modelo de negócio bom danado para novos desenvolvedores independentes (pois só grandes empresas conseguiam produzir games para os console, PC e para alguns celulares), como também para o público gamer, porque seria mais uma mídia para ter experiências com jogos similares aos vivenciados nos outros equipamentos ‘fixos’. Cada vez mais a internet passava a ser componente chave para comprar e download de jogos para os diversos artefatos físicos ou móveis, permitindo experiências alucinantes seja jogando sozinho, com amigos físicos ou virtuais. Phil Harrison anunciou a plataforma Stadia na E3 2019 E foi nesta semana, dia 19 de novembro, que a Google lançou sua plataforma de streaming de jogos, Stadia, isso mesmo meu vei, uma Netflix de jogos, onde o jogador não precisa comprar um equipamento novo para instalar os jogos, aliás, você nem instala o jogo, ele roda diretamente dos servidores da empresa, com processadores customizados de 2,7 Ghz, placa de vídeo AMD e memória RAM total de 16 GB, para prover até 484 GB por segundo de transmissão, um verdadeiro ‘pipoco de Zion’! Usando seu PC ou notebook ‘fraquinho’, você pode rodar jogos ‘Red Dead Redemption 2', 'Mortal Kombat 11' e 'Destiny 2' sem precisar fazer um upgrade, além de poder começar no PC e depois para notebook ou até mesmo na sua TV para continuar a aventura, é sensacional! Entretanto, para se deleitar com essa plataforma de assinatura, a Google sugere que o usuário tenha uma conexão de internet de 35 MB, tome banda larga  ‘virado no mói de coento’, para poder rodar jogos em resolução 4K, 60 frames por segundo e com som surround 5.1. Mas tem que ter essa conexão de verdade e não a que contratamos aqui no País, que não dá nem 10 MB. Aí você sabe, o Brasil não entrou na lista dos 14 primeiros países a usarem o Stadia: Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suíça. Mas não foi a Google que pensou em usar o stream para jogos, há alguns anos a Nvidia fez uns testes similares, onde permitiu usuários a jogarem um dos jogos da série Batman Arkham no seu PC, sem precisar instalar e nem mudar configurações, cheguei a testar e fiquei maravilhado, porque meu computador não tinha a mínima possibilidade de fazer essa façanha caso fosse rodar fisicamente o game. Foi emoção demais!!! Arcada: plataforma da Apple dedidaca ao jogos. Pois é, além da Google, a Apple lançou sua plataforma Apple Arcade para seus usuários e que vai na mesma filosofia, só ainda não possui jogos com gráficos pesadíssimos como  na plataforma do concorrente. E a Valve já trabalha nessa linha também para lançar o 'Steam Cloud Gaming'. A Microsoft, por sua vez, vem mudando a arquitetura dos sistemas operacionais do Windows e do XBox, para rodar um único sistema, possibilitando você ter seus jogos a serviço

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