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Festival Macuca das Artes anuncia programação completa

Música, cinema, artes plásticas, cultura popular. Marcando o retorno da Macuca ao mundo dos festivais, após vários eventos de destaque, o Macuca das Artes, que promete movimentar Pernambuco durante os dias 25 e 26 de outubro, anuncia nesta quarta-feira (11), a programação completa de música do festival que acontece no Sítio Macuca, zona rural de Correntes. Ave Sangria, Gabi da Pele Preta, Reverbo, Chico César, Luedji Luna,Arnaldo Antunes, DJ 440(Terça do Vinil)e DJ Paulo Pezãosão alguns dos nomes confirmados na grade do festival que é considerado o “Woodstock do Agreste Pernambucano”. Cultuada banda da década de 70, Ave Sangria é referência para diversas gerações e novíssimos fãs que descobriram a banda via internet, os integrantes originais Marco Polo(voz, composições), Almir de Oliveira(voz, guitarra base, composições) e Paulo Rafael (guitarra solo e viola) se reuniram em 2014 para traçar novos planos de voo. De volta aos palcos, o trio revirou o baú do tempo e de lá saíram diversas canções inéditas, compostas no período de 1969-1974. As novas canções e os clássicos da banda farão o público do Macuca das Artes viver uma experiência inesquecível. Outra atração emblemática do Festival é o multi-artista Arnaldo Antunes, que vem com show inédito que expande o conceito do diálogo entre rock e samba, alternando no repertório, além das canções do álbum seu novo albúm, resgates de rocks “Fora de Si”, “Televisão”, “Essa Mulher”e sambas “Alegria”, “Talismã”, “Só Solidão”, clássicos da sua carreira. O show conta ainda com canções tradicionais de outros autores, traduzidas de um gênero para o outro, como “A Razão Dá-se a Quem Tem”e “Exagerado”, além de novas releituras. A força e o frescor da voz baiana de Luedji Luna também marcam esta edição do festival, que apresenta “Um Corpo no Mundo”, show dançante e construído para se pensar identidade. A apresentação remete a travessia e o deslocamento em um espetáculo fluído, com canções que transitam, com referências onde nada é estanque, em uma dissolução de diversas sonoridades. Natural de Caruaru-PE, Gabi da Pele Preta teve seu primeiro contato com a música e o canto ainda criança. Iniciou oficialmente sua vida artística como atriz de musicais. Após alguns anos como uma das vocalistas do grupo Samba de Tamanca, decidiu seguir carreira solo, desbravando novos estilos, e estreitando seu diálogo com a MPB e o Pop. De Catolé do Rocha, Paraíba-PE, Chico César é considerado um dos mais importantes poetas, compositores e músicos da cultura Brasileira. O artista sobe no palco do Macuca das Artes pela primeira vez, misturando a riqueza dos ritmos brasileiros do Nordeste à sonoridades universais, em um show que traz canções que marcaram a sua carreira. A programação do festival ainda conta com a Mostra Musical do Coletivo Reverbo, que em seu show coletivo, reúne diversos nomes do atual momento musical de Pernambuco, em uma movimentação inquieta, crescente e dançante, onde a música autoral contemporânea é evidenciada e celebrada pelos artistas e pelo público. Para o palco do Macuca, o Coletivo traz compositores e intérpretes do calibre de Juliano Holanda, Flaira Ferro, Martins, Isabela Moraes,Marcello Rangel, Luiza Fitipaldie Lucas Torres. Ponto alto do evento, o Cortejo da Macuca, que expressa toda a linguagem da cultura popular, será realizado com a Orquestra Maestro Oséas, patrimônio carnavalesco de Pernambuco. Nas carrapetas, os DJs 440(Terça do Vinil) e Paulo Pezão prometem uma verdadeira viagem no mundo do vinil, com discotecagens que reúnem o melhor da música brasileira e mundial. Este ano, o festival também contempla exposições, intervenções artísticas e oficinas gratuitas de música, reisado e figurinos, em escolas públicas dos municípios vizinhos de Correntes e Palmeirina. Com o seu ativismo espontâneo, e ao mesmo tempo consciente, o Macuca das Artes é uma abrangente confraternização cultural, que cria pontos de intercâmbio entre as culturas do interior e do litoral, em um passeio que mescla tradição e vanguarda. Ponto de Cultura do estado, foi contemplado nacionalmente pelo Prêmio Culturas Populares, pelo Ministério da Cultura, por buscar o beneficiamento sociocultural da região através do fortalecimento da economia, empregos diretos e indiretos e promoção de atividades culturais gratuitas. Sob o céu estrelado, luz de candeeiro e ausência de luz elétrica, o Macuca das Artesé uma verdadeira imersão para quem busca contato com a arte, música e a natureza. Além de uma aconchegante área de camping, piscina de água corrente e uma estrutura de banheiros que inclui opção de banho quente, o Festival também dispõe de restaurantes onde serão servidos café da manhã, almoço, jantar, petiscos e lanches. Incluindo opções veganas, vegetarianas e sem glúten. Os ingressos para o Festival Macuca das Artes custam de R$ 50,00 a R$ 150,00. Todos os valores dos bilhetes para shows, camping e transfer, estão disponíveis no site da Sympla: www.sympla.com.br/macucadasartes2019. PROGRAMAÇÃO Macuca das Artes | Música Sexta 25/10 23h Reverbo 0h20 Luedji Luna 1h50 Arnaldo Antunes 3h50 DJ Paulo Pezão Sábado 26/10 14h Cortejo Boi da Macuca (Poço Comprido) 20h30 Gabi da Pele Preta 22h Ave Sangria 0h Chico César 2h Terça do Vinil com DJ 440 SERVIÇO Dias 25 e 26 de outubro, no Sítio da Macuca, Agreste de Pernambuco Ingressos, Acampamento e Transfer partindo de Recife e Garanhuns: de R$ 50,00 a R$ 150,00. Disponíveis no site da Sympla: www.sympla.com.br/macucadasartes2019

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Rogério Samico: Zen e multifacetado, artista se lança em carreira solo

Por Yuri Euzébio Com mais de 20 anos de atuação na música pernambucana, seja como produtor, compositor, cantor ou multi-instrumentista, Rogério Samico resolveu dar um novo passo na carreira lançando o seu primeiro álbum solo, intitulado apenas de “Samico”. Por telefone, um tranquilo Samico conversou com a coluna enquanto tomava um café e tentava se livrar de uma gripe. “Já era um desejo antigo, foi criando forma há dois anos, foi vindo à tona com mais força. Tinham várias ideias que estavam guardadas e chegou a hora de soltar isso pro mundo”, revelou o músico. Samico carrega uma energia leve e calma, e isso se reflete em sua música de natureza serena, que passa uma sensação boa a quem escuta. Nesse trabalho, o artista procurou estabelecer um laço entre Brasil e Angola a partir de suas vivências no país africano. “Tem muita influência do período que eu morei em Angola e a música africana ficou no meu sangue”, esclareceu. “Tem muita percussão. Basicamente os músicos que eu convidei pra gravar são percussionistas e esse é o norte que eu me guiei”, destacou. Um verdadeiro militante da música, o instrumentista não vê distinção entre as várias atividades que desempenha na produção sonora, para ele o importante é o prazer de construir e participar de diferentes linguagens musicais. “O que mais me instiga é fazer música, cada trabalho tem uma concepção musical diferente”, destacou. “Produzir o meu próprio disco foi um desafio maior ainda, porque cantar é uma coisa que eu gosto muito de fazer, mas não vinha praticando muito. Eu acho que nós somos água, vivemos mudando, agora meu desejo maior do mundo é cantar, mas amanhã eu posso pensar diferente”, reflete. Na última sexta-feira (6), o artista celebrou o lançamento do novo álbum em um show no Teatro Apolo e, com a tranquilidade costumeira, comemorou o sucesso do espetáculo. “Eu fiquei até surpreso, porque nós sempre esperamos que algo dê errado, porque no ao vivo sempre tem uma coisa ou outra que não dá certo”, confessou. “Mas foi um evento massa, todas as pessoas importantes pra mim estavam lá, o som foi feito por pessoas que eu gosto de trabalhar, a luz, a banda, o teatro que eu admiro, foi tudo maravilhoso”, comemorou o integrante da banda Marsa. Apesar da estreia com o pé direito na aventura solo, Samico continua com todos os projetos que já fazia parte e, inclusive, nos conta novidades sobre a banda da qual faz parte e que é sucesso entre o público alternativo recifense. “A Marsa tá gravando disco novo, vem coisa boa por aí. Continuo tocando com Lula Queiroga também. Todos os projetos seguem”, explicou. “Esse é um projeto meu que tava pra sair, mas que não impede nenhuma das outras coisas que eu faço, só vem acrescentar”. Ainda segundo Samico, a banda marsa faz um show de reencontro hoje no Terra Café Bar, quem quiser matar a saudade pode conferir a partir das 23 horas. Pro futuro, o músico planeja espalhar a leveza de suas canções pelo maior número de lugares que for possível. “Eu tô preparando a agenda de shows, quero fazer turnê, tocar pelo Brasil. Nós somos um trio no palco, e isso já foi no intuito de ficarmos mais leves pra voar”, pontuou o produtor. E é assim, livre e leve como um passarinho que Samico parece levar a vida, leveza parece ser a palavra que melhor define o músico e sua obra. Sabe o tipo da pessoa que você quer ser amigo mesmo sem ter visto?? Aquela admiração platônica?? Rogério Samico é desses seres de luz, além de ser um dos mais requisitados, versáteis e férteis músicos da cena pernambucana.

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8 fotos de Jaboatão dos Guararapes Antigamente

Selecionamos hoje algumas imagens que mostram a segunda maior cidade de Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes. De acordo com o histórico do município, descrito no IBGE, a origem da cidade teve o seu povoado fundado a partir de 4 de Maio de 1593, por Bento Luiz Figueira, terceiro proprietário do Engenho São João Batista. Palco das batalhas contra os holandeses em 1648 e 1649, “o primeiro nome da cidade foi Jaboatão, que vem do indígena ‘Yapoatan’, numa lembrança à árvore comum na região, usada para fabricar mastros e embarcações. A partir de 1989, passou a ser chamada de Jaboatão dos Guararapes, em homenagem ao local das batalhas históricas – os Montes Guararapes”, relatou o histórico do IBGE. . Vista panorâmica da cidade . 14º Batalhão de Infantaria . Estádio Municipal Jefferson de Freitas, em 1948 (Inscrição na foto: Oficinas da Rede Ferroviária do Nordeste (RFN) e a Fábrica de Papel Cia. Indústrias Brasileiras Portela) . Palácio Guararapes . Indústrias Rayovac . Praia de Piedade . Praia de Piedade em 1949 . Usina Jaboatão (A Usina Jaboatão é um importante ponto histórico de Jaboatão dos Guararapes. Era o antigo Engenho Suassuna, fundado pelos irmãos Diogo Soares e Fernão Soares, no ano de 1573) . Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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7 fotos da Avenida Boa Viagem Antigamente

Um dos cartões postais do Recife atualmente foi uma avenida pouco habitada, sem prédios e com um ritmo bem mais lento. As imagens da Biblioteca do IBGE e da Fundaj e nos mostram o uso da praia para o lazer dos recifenses. No texto Arruando por Boa Viagem, de Leonardo Dantas, o jornalista, que é colunista da Revista Algomais, escreve que “Aqui tem início a Avenida Boa Viagem, inaugurada no governo de Sérgio Loreto, em 20 de outubro de 1924, quando nela fez implantar uma linha dos bondes da Pernambuco Tramways, transformando-a com o tempo na bela praia da região”. No mesmo artigo, ele destacou a menção de Gilberto Freyre no livro Guia prático, histórico e sentimental da Cidade do Recife, sobre a praia mais famosa do Recife. “Pelos recifes ou arrecifes de Boa Viagem é agradável passear o menino, o moço e até o velho, quando o mar está baixo; e os peixinhos, uns azuis, outros amarelos listrados de preto, se deixam ver em toda sua glória de cores, nadando nas poças esverdeadas que o sol aquece. O sol aquece, tempo de verão e de mar baixo, a água das várias bacias que em Boa Viagem são uma verdadeira sucessão de piscinas, entre os arrecifes e a praia. Tem-se a idéia de que, dentro dessas piscinas, alguém prepara a água de banho: uma misteriosa mucama que gradua a temperatura do mar – o mar assim condicionado em piscinas – para regalo dos muitos ioiôs e das muitas iaiás da terra ou vindas do Sul e do estrangeiro que não encontram aqui o frio das águas européias ou mesmo das de Copacabana; e sim uma água ao mesmo tempo verde e morna. Um banho em Boa Viagem é um dos maiores regalos que o Recife oferece a adventícios, tanto quanto a nativos. Uma das experiências mais recifenses que o adventício pode ter no Recife: um mar de água morna, um sol que em pouco tempo amorena o corpo do europeu ou do brasileiro do Sul; vento fresco; recifes; sargaço. Um cheiro bom de sargaço fresco recebe às vezes o turista.” Confira abaixo as fotos. Clique para ampliar. . . . Descrição do IBGE da imagem: “Notas: A Casa Navio foi uma obra de Adelmar da Costa Carvalho, empresário, industrial e ex-deputado federal de Recife. Erguida na orla da praia de Boa Viagem, A Casa Navio foi uma residência que replicava com capricho as acomodações do transatlântico Queen Elizabeth. Já teve como hóspede o ex-presidente Juscelino Kubitschek.” . Hotel Boa Viagem em 1957 . Foto retirada do Hotel Boa Viagem, em 1957 . Trecho da praia nas proximidades das Ruas Ribeiro de Brito e Bruno Veloso, em 1950. (Acervo Benício Dias) . Automóvel na Avenida Boa Viagem em 1939 (Acervo Josebias Bandeira) . *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Revista Algomais e assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com) . LEIA TAMBÉM 10 fotos da Praça da República Antigamente . 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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Um passeio pelo estilo da Art Déco no Recife

Neste domingo (1), o grupo Caminhadas Domingueiras, que é conduzido pelo consultor e arquiteto Francisco Cunha, fez um passeio pela cidade do Recife para observar os prédios que tiveram a influência do estilo arquitetônico da Art Déco. Essa escola teve sua manifestação espalhada pelas artes visuais, arquitetura, design de interiores, cinema, moda, entre outros. Internacionalmente esse movimento ocorreu de forma mais forte entre 1925 e 1939. Na arquitetura brasileira, muitos edifícios foram erguidos ou projetados sob a influência da Art Déco durante a ditadura de Getúlio Vargas. No Recife, a região mais emblemática que foi planejada sob a influência desse estilo arquitetônico é na Avenida Guararapes. A imponência dos prédios, o design destacando a verticalização, uso de formas geométricas e a simplicidade das fachadas (como um contraponto aos estilos anteriores mais rebuscados) são algumas das características dessa escola na arquitetura. Na caminhada Francisco Cunha lembrou da referência dos navios antigos. Muitos desses prédios, de fato, trazem a lembrança da imagem de grandes embarcações do passado. O nome “Art Déco” é originado do termo francês “Arts Décoratifs” que tem como significado Artes Decorativas. A caminhada partiu do Marco Zero do Recife e com poucos metros do passeio, ainda na Av. Alfredo Lisboa, o grupo se deparou com o prédio da Receita Federal. Ainda no Bairro do Recife foi possível identificar edificações na Rua do Bom Jesus e na Avenida Rio Branco com as características da Art Déco. . . . . Seguindo pelas ruas do Bairro de Santo Antônio, os destaques foram para o atual prédio da OAB-PE, antigo Jornal do Commercio e para toda a Avenida Guararapes, que tem, por exemplo, o prédio dos Correios. Fizemos ainda uma parada na Praça do Sebo, que fica “no quintal” dos vários prédios. . Vista dos prédios a partir da Praça do Sebo. Ainda no Bairro de Santo Antônio, passamos pela antiga Confeitaria Glória, que foi o lugar onde João Pessoa foi assassinado. O crime foi fundamental para a Revolução de 30, que levou Vargas ao poder. Foi durante o período do Estado Novo, a partir de 37, que o ex-presidente incentivou o uso da influência Art Déco na arquitetura. A confeitaria era vizinha do Cinema Art Palácio,  fundado na década de 40, que tem uma característica mais moderna, mas também recebeu influências do Art Decó. . . . Entrando pela Boa Vista, a recepção da Art Déco veio pelo Cinema São Luiz. “O cinema São Luiz, pertencente ao grupo de Luiz Severiano Ribeiro, foi inaugurado no térreo do Edficio Duarte Coelho, no dia 7 de setembro de 1952, com modernas e luxuosas instalações”, afirmou Lúcia Gaspar, da Fundaj, no artigo Cinemas Antigos do Recife. Na Avenida Conde da Boa Vista pudemos observar outras edificações com os traços típicos desse período. . Pela Boa Vista passamos ainda pela Escola de Engenharia, na Rua do Hospício, pelo Hospital do Exército no bairro e pelo Santuário Nossa Senhora de Fátima. . . . Já na Encruzilhada, o grupo das  Caminhadas Domingueiras passou pela Escola Técnica Professor Agamenon Magalhães até chegar no mercado, que foi o ponto final do passeio. Na descrição da sua história, a escola afirma que “Em 1946, a ETEPAM estava passando por uma mudança de estrutura passando a funcionar nas instalações atuais. A escola foi apelidada de ‘’menina dos olhos do governo’’ devido aos constantes investimentos do governo na infraestrutura da instituição”. Etepam. Já o Mercado da Encruzilhada, que funciona desde 1824, passou a estrutura atual em 1950, durante o governo de Barbosa Lima Sobrinho.     Os “Vestígios do Art Déco na cidade do Recife (1919-1961): abordagem arqueológica de um estilo arquitetônico” foi inclusive o tema da tese de doutorado de Stela Gláucia Barthel, em 2015. No resumo do seu trabalho ela conta que “Foi elaborada uma Base de Dados que identificou seiscentos e oitenta e três edifícios (…). Eles se encontram em quarenta bairros, distribuídos por todas as regiões da cidade. São obras de arquitetos, engenheiros, projetistas e de pessoas que nunca estudaram Arquitetura. Pertencem a todas as classes sociais. Foram construídos entre 1919 e 1961”. Nas conclusões, a autora apontou que “Uma das constatações desta pesquisa é a de que no Recife o tempo do Art Déco se estendeu mais do que no restante do Brasil. A data mais recente é 1961, quando no resto do país isto vai até o início dos anos 50 (…). Entretanto a data mais antiga é 1919 e isto mostra que aqui o estilo chegou rapidamente, porque no mundo ele é datado no período entre guerras (1918-1939). Isto pode ter explicações pela posição que a cidade ocupa nas rotas marítimas ou aéreas, no contato com estrangeiros, que vieram trabalhar ou passear, na circulação de revistas e jornais trazidos por eles. Os bairros centrais, como o da Boa Vista e o de São José, apresentam exemplares desde 1919 e foram os pioneiros com a construção de edifícios mistos. Em todas as outras áreas da cidade há construções desde os anos 20. (…) A maioria dos autores estudados coloca como o auge do estilo no Brasil os anos 30, mas no Recife a maior parte das construções é dos anos 40. Ou seja, conviveu ainda com o Ecletismo tardio e com o Modernismo”. Você pode acessar esse estudo no link: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14975/1/tese.pdf Confira abaixo um vídeo que fizemos da Caminhada Domingueira do Estilo Art Déco. Em breve mais informações sobre o próximo passeio pelos estilos arquitetônicos do Recife.

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Revista Algomais lança o Pernambucast

Os podcasts caíram no gosto dos brasileiros. Com o crescimento do consumo de notícias, entrevistas e comentários nessa plataforma, a Algomais decidiu lançar o Pernambucast. Nossa proposta é discutir nesse novo canal alguns dos conteúdos abordados na edição impressa ou no Algomais.com. Os episódios, que serão publicados todas as quintas-feiras, estão no Spotify, Youtube e Apple Podcast. O primeiro episódio do Pernambucast é o “Serei substituído pelos robôs?” trata sobre o futuro do trabalho. Esse foi o tema da nossa matéria de capa da edição de julho. Em alguns minutos, os jornalistas Rafael Dantas e Cláudia Santos conversaram com o consultor Fábio Menezes. Esse assunto será discutido em três episódios. Você pode ouvir o primeiro episódio do Pernambucast no link abaixo. . Já está nas plataformas também o Boletim Cidades Algomais, que é um projeto da revista Algomais em parceria com a CBN Recife, que debate soluções inovadoras para o bem-estar de quem vive nos grandes centros urbanos. O programa vai ao ar todas as segundas e quartas-feiras, ao vivo na CBN Recife (105,7 FM). Já disponibilizamos 12 episódios nos nossos canais de podcast. Ouça o último episódio o Boletim Cidades Algomais no link abaixo:

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Paulo Miklos: “Sou fã da música e do cinema pernambucanos”

Por Yuri Euzébio Olá!! Eu sou Yuri Euzébio e começo hoje um espaço dedicado à música, aqui no site da Revista de Pernambuco.  Falaremos sobre a cena nacional, novidades que estão surgindo, shows, lançamentos e tudo o mais que envolva ritmo, melodia e letra. Sempre com o sotaque pernambucano, claro. No debut, teremos nada mais nada menos do que Paulo Miklos. Paulo Miklos é um artista inquieto. Músico reconhecido, com longa passagem em uma das mais importantes bandas de rock brasileiro, Titãs, ele mantém em paralelo uma premiada carreira de ator no cinema e estreou nos palcos de teatro há dois anos com uma peça sobre um músico. Ora porque não unir as duas paixões?? Ainda mais contando a história de um dos grandes ícones do jazz norte-americano Chet Baker, morto em 1988? No último domingo, o espetáculo desembarca no Recife e um simpático Paulo atendeu a coluna, por telefone, para conversar sobre essa mais nova empreitada em sua carreira. “Dezessete anos depois da minha estreia como ator no cinema em O Invasor, eu finalmente tive tempo e o convite pra estrear nos palcos”, destacou entusiasmado. Após, o lançamento do seu terceiro disco solo, o primeiro desde que anunciou sua saída dos Titãs, o cantor recebeu o convite do produtor Fábio Santana para estrelar a peça escrita por Sérgio Roveri e dirigida por João Jardim. “O teatro é uma experiência fundamental para o ator e me faltava isso. Depois de O Invasor, fiz diversos longas-metragens, recebi algumas premiações, fiz novela na TV, só faltava mesmo vivenciar uma história no palco”, confidenciou o ex-titã. Em Chet Baker – Apenas Um Sopro, o artista une duas paixões, a atuação e a música, além de celebrar uma de suas grandes influências sonoras. “A peça se passa na década de 1960 e aborda o lado humano e conturbado do Chet Baker, ele é espancado na rua em São Francisco, perde os dentes e acompanhamos sua volta ao estúdio de gravação, sem saber se ele vai conseguir ou não gravar alguma coisa. Ele tem que superar a desconfiança tanto do público quanto dos próprios amigos e outros artistas” provocou. A relação de Paulo com Chet Baker não vem de agora. Sua admiração pelo trompetista surgiu há bastante tempo e foi amor à primeira vista; “Conheci o Chet Baker na adolescência e me interessei muito pelo jazz, cantando e tocando trompete, porque eu sempre toquei flauta transversal desde criança. Quando soube da influência pra bossa nova, reconhecida inclusive pelo mestre João Gilberto, só me fez admirá-lo ainda mais” recorda o compositor. “Com o processo todo da peça, tive que me debruçar novamente sobre a vida dele, li biografias, assistir documentários e vejo como ele é um artista único e lançou uma tendência, um estilo com uma maneira cool de cantar, bem suave”, relembrou o compositor. A grande expectativa da peça é saber o desfecho do drama vivido pelo músico, se ele irá conseguir superar as dificuldades e voltar a tocar ou não. “Nós já sabemos o que aconteceu, ele superou e teve uma carreira brilhante, entrou para a história com sua voz que era quase a continuação do trompete que ele tocava” destacou o músico. Mesmo com a peça agora rodando por todo o Brasil, o músico continua a fazer shows de seu último CD A Gente Mora no Agora (2016) e não demonstra nenhuma preocupação em equilibrar as duas carreiras. No último Festival de Gramado, Paulo Miklos foi eleito melhor ator pelo filme O Homem Cordial, reconhecimento de que caminha na direção certa. Perguntado sobre a música e o cinema pernambucanos, o artista demonstra estar totalmente conectado com o que acontece aqui, relatando um carinho especial pela terra. “Sou muito fã tanto do cinema, como da música pernambucanos. Conheci pessoalmente Kleber Mendonça Filho agora em Gramado, sou muito fã dos filmes dele. Assim como os de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e outros”, revelou entusiasmado. “Na música, eu sou apaixonado pela cena pernambucana, basta dizer que a produção musical do meu disco mais recente, A Gente Mora No Agora, ficou à cargo do Pupillo, baterista da Nação Zumbi” celebra. Miklos transmite uma energia boa e isso se reflete tanto em sua música quanto em sua obra cinematográfica, figura solar, mesmo quando era mais ligado ao rock dos Titãs, ele parece não saber ou não se importar com o status que ocupa dentro da música e do cinema brasileiro. E é isso que cativa seus fãs, incluindo aqui o autor dessa coluna que vos escreve.

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CAM 60 dias dá a largada

Sessenta dias. 2 meses. 8 semanas. Esse é o período de tempo proposto pelo desafio CAM 60 Dias para uma mudança na qualidade de vida de quatro participantes. Lançado na última quarta (28), num café da manhã saudável realizado no Tulasi Mercado Orgânico, patrocinador do evento, o processo parte de quatro pilares fundamentais: alimentação, exercício físico, equilíbrio emocional e a autoestima e estética. Thiago Araujo, Rivaldo Neto, Ana Cristina Xavier e Mariana Barros vão entrar num programa de atividades físicas, nutrição e de apoio psicológico para reduzirem o peso em dois meses. O CAM 60 Dias faz parte do projeto CAM Bem-Estar, realizado pela Algomais em conjunto com a CBN Recife, com o apoio do Carrefour, laboratório Boris Berenstein, dos Hotéis Pernambuco, da Lucky Viagens e do Shopping RioMar. Em 28 de outubro será realizado o CAM Bem-Estar no Teatro do RioMar, que vai trazer palestras e os resultados do CAM 60 Dias. Thiago Araújo, coordenador de RH, tem 28 anos e aceitou participar do Desafio CAM 60 Dias com o intuito principal de organizar seus hábitos alimentares. “Hoje em dia, eu ainda sou muito desorganizado, como muita besteira, e esse é o meu grande objetivo, melhorar meus hábitos. Já a outra participante, a consultora de beleza e imagem Ana Cristina, 36 anos, pretende, ao longo do projeto, trabalhar melhor seu aspecto emocional. “Por causa da ansiedade, eu fico com vontade de comer, mesmo sem fome, e isso atrapalha muito os meus hábitos alimentares, porque eu tendo a procurar consolo nas ‘porcarias’. Então o meu objetivo maior é aprender a reeducação alimentar e manter, a longo prazo, esse estilo de vida” declarou entusiasmada. A busca por uma mudança de vida é a meta de Mariana Barros, 29 anos. “Eu estou em busca de hábitos mais saudáveis, tanto na alimentação quanto no exercício físico, então peguei esse desafio como um start pra começar com uma transformação para o resto da vida”, planejou a jornalista. Na mesma linha, Rivaldo Neto, designer gráfico de 47 anos, afirma que para ele o maior desafio do projeto é criar, dentro de seu atribulado cotidiano, uma rotina alimentar mais regrada e organizada. “Mas, tenho o interesse em manter, para depois do fim desse projeto, o que será conquistado aqui, e com isso melhorar meu sono, minha saúde e, consequentemente, conquistar a longevidade”, programa-se Rivaldo. Para acompanhar os participantes durante o tempo de desafio, foi selecionada uma equipe de profissionais especialistas, reunindo peritos da área de medicina, psicologia e nutrição, para contemplar cada uma dessas áreas basilares do projeto.  Raíssa Lyra é endocrinologista e espera possibilitar uma mudança de vida concreta aos participantes. “A minha expectativa é fazer um projeto que traga, não só em curto prazo, mas à longo prazo mesmo, uma perspectiva de vida saudável e, lógico, unindo a estética à saúde quando possível” destacou a profissional. Já a psicóloga Tássia Queiroz aponta a busca do bem-estar mental e emocional como um dos diferenciais do desafio. “Meu objetivo maior é promover um conforto psíquico a essas pessoas, que elas possam identificar pensamentos que estão causando ansiedade e aprender a responder a esses pensamentos de uma forma mais funcional e que aumente a qualidade de vida deles” pontuou a especialista. A dermatologista Karina Passos atesta que o cuidado com a estética influencia até na autoestima dos participantes. “Interfere muito. Na questão do sobrepeso e da obesidade, que é o que vamos tratar mais aqui, existem muitas doenças de pele que o responsável é o sobrepeso”, explicou a profissional. A nutricionista Débora Wagner realça a importância dos participantes entenderem o desafio como uma mudança de vida para o pleno sucesso da iniciativa. “O maior desafio, na verdade, é encarar esse processo não só como um período de dieta ou de manutenção curta desse peso, mas conceber esse processo como uma mudança no estilo de vida, como uma educação para o autocuidado em que esses hábitos sejam mantidos ao longo da vida. É a construção da saúde como estilo de vida”, defendeu a profissional. O CAM Bem-Estar  faz parte do projeto CAM – Cidades Algomais, que tem como objetivo discutir soluções inovadoras para o bem-estar de quem vive nos grandes centros urbanos. Focada na temática da saúde e bem-estar, o evento traz grandes especialistas para compartilhar e discutir cases sobre a vida saudável e tratar temáticas como nutrição sustentável, atividade física, habilidades socioemocionais e autoestima. Os ingressos estão à venda no site: cidadesalgomais.com 

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5 fotos do Engenho Massangana Antigamente

Com origens no século XVI, o Engenho Massangana, localizado no Cabo de Santo Agostinho, fez parte da infância do abolicionista Joaquim Nabuco. O ilustre pernambucano foi inclusive batizado na capela desse engenho em 1849 e lá viveu seus primeiros oito anos de vida. “O engenho Massangana tem suas origens no início da colonização portuguesa no século XVI. Situado nas margens do rio Ipojuca, no município pernambucano do Cabo de Santo Agostinho, a cerca de 40 quilômetros do Recife, tem como provável fundador Tristão de Mendonça, que recebeu as terras de Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco”, afirmou Lúcia Gaspar, da Fundação Joaquim Nabuco, no texto Engenho Massangana”¹. Uma imagem do Engenho Massangana já foi inclusive publicada na coluna Pernambuco Antigamente, no post sobre “8 Casas e Casarões do Grande Recife“. No site dedicado ao engenho, há uma pequena descrição do período de maior eferverscência do lugar e da presença do seu ilustre morador. “Na época do auge do açúcar, o rio servia para o escoamento do que era produzido nele, e nos engenhos da região, até o Porto do Recife. Em meados do século XIX o senador do império Joaquim Aurélio Pereira de Carvalho e sua esposa Ana Rosa Falcão, madrinha de Joaquim Nabuco, tornaram-se proprietários do local. Em 1849, logo que nasceu, Nabuco mudou-se para o Engenho Massangana onde viveu seus primeiros oito anos”. As três primeiras imagens são da Biblioteca do IBGE. A quarta foto é do site do Engenho Massangana. E a última do site da Fundação Joaquim Nabuco. Engenho Massangana : Casa Grande : Capela de São Mateus : Cabo de Santo Agostinho, PE . Casa Grande do Engenho Massangana . Capela de São Mateus : Cabo de Santo Agostinho, PE . Casa e capela do Engenho Massangana . Fachada da Casa Grande do Engenho Massangana . *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Revista Algomais e assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com) . REFERÊNCIA GASPAR, Lúcia. Engenho Massangana. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. . VEJA TAMBÉM LEIA TAMBÉM 10 fotos da Praça da República Antigamente . 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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Lia de Itamaracá recebe Título de Doutora Honoris Causa

Na manhã desta terça-feira, a cirandeira Lia de Itamaracá, 75 anos, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, em cerimônia no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. A solenidade teve a presença do Reitor Anísio Brasileiro. A concessão foi aprovada por unanimidade no último dia 9, em reunião do Conselho Universitário, na Reitoria da UFPE.

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