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Recife recebe três musicais infantis neste final de semana

O mês de férias se aproxima do fim e uma opção para os pais é levar a criançada ao teatro. O Recife recebe no sábado (21), o musical "Enrolados: A Nova Aventura de Rapunzel", apresentação única no Teatro Barreto Júnior às 16h30. Já no dia (22), há duas opções: o Reino Congelado-inspirado em Frozen”, apresentação que acontece às 15h, no Teatro do Centro de Eventos, na Imbiribeira. No mesmo teatro, às 17h tem sessão de “Encanto: Os dons da Família Madrigal”. Todos os ingressos podem ser comprados no Sympla ou na bilheteria dos teatros. O evento é promovido pela companhia Helena Siqueira Produções. No teatro Barreto Júnior, o musical "Enrolados: A Nova Aventura de Rapunzel", traz um roteiro divertido que emociona o público com personagens cômicos, lindas canções e muitas aventuras. É um espetáculo para toda a família se emocionar e entender a força interior e a força de seus sonhos. Entre os personagens, a princesa Rapunzel, a feiticeira Gothel, Flynn Rider. Emmanuel Matheus assina a direção da peça, adaptação teatral é de Ivaldo Cunha, Madson de Paula é o responsável pela coreografia SERVIÇO: ENROLADOS: A NOVA AVENTURA DE RAPUNZEL QUANDO: sábado (21) de janeiro HORÁRIO: 16h30 LOCAL: Teatro Barreto Júnior FAIXA ETÁRIA: livre ENTRADA: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia), podem ser comprados no site sympla ou na bilheteria do teatro No Teatro do Centro de Eventos, o musical “Encanto: Os dons da Família Madrigal” se apresenta. Na história a família Madrigal que é protegida pelas montanhas da Colômbia e abençoados por um milagre, vive num vilarejo recluso chamado de Encanto. A peça apresenta reflexões sobre relações familiares, quem somos no mundo e o que nos faz especiais. A magia transformou o lugar em um paraíso, todos os Madrigal ganham dons mágicos e especiais, menos Mirabel, que salva sua família. Encanto, tem adaptação teatral e direção de Ivaldo Cunha Filho e coreografias de Kássio Soares. SERVIÇO: ENCANTO- OS DONS DA FAMÍLIA MADRIGAL QUANDO: domingo (22) de janeiro HORÁRIO: 17h LOCAL: Centro de Eventos Recife, Imbiribeira, Recife-PE FAIXA ETÁRIA: livre ENTRADA: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia), podem ser comprados no site sympla ou na bilheteria do teatro Uma das mais belas histórias de amor chega ao Centro de Eventos Recife: “O Reino Congelado- inspirado em Frozen”. O espetáculo conta a história das irmãs Elsa e Anna, que eram muito amigas quando crianças. Elsa, a mais velha, tem o poder de transformar tudo que toca em gelo e produzir neve. Elas passam por alguns contratempos, perdas, revelações, aventuras e emoções. O musical que retrata sobre o poder do amor é feito com elenco pernambucano, formado por atores e bailarinos. Montagem tem adaptação teatral e direção de Ivaldo Cunha Filho, assistência de direção é assinada por Kleber Valentim e as coreografias por Kassio Soares. SERVIÇO: O REINO CONGELADO- INSPIRADO EM FROZEN QUANDO: domingo (22) de janeiro HORÁRIO: 15h LOCAL: Centro de Eventos Recife, Imbiribeira, Recife-PE FAIXA ETÁRIA: livre ENTRADA: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia), podem ser comprados no site sympla ou na bilheteria do teatro

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Recife dá as boas vindas ao Ano Novo Chinês pelo segundo ano

Evento ocorrerá no dia 19, a partir das 17h30, no Marco Zero, no bairro do Recife. Apresentações de dança, coral e de maracatu integram a programação, além de show de luzes no prédio da ACP (Da Prefeitura do Recife) Na próxima quinta-feira (19), a partir das 17h30, o Recife comemora o Ano Novo Chinês com um show de luzes e projeções com símbolos da cultura do país asiático, no Marco Zero, no bairro do Recife, e no Prédio da Associação Comercial de Pernambuco (ACP). Pelo segundo ano consecutivo, a capital pernambucana prestigia a passagem anual com um grande show de luzes. Antes, haverá apresentações da Dança de Leão, Coral do Instituto Confúcio da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Maracatu Encanto do Pina. O espetáculo ocorrerá em dois horários, um iniciando às 19h20, e outro das 19h45 às 20h, com duração de 15 minutos cada. A projeção cênica é composta de equipamentos de alta resolução que projetam as imagens estilo mapping nos prédios da ACP, Caixa Cultural e Avenida Marques de Olinda. O ano de 2023 será marcado como o ano do Coelho, símbolo de sorte em diversas culturas. Esse é o segundo ano consecutivo que o evento acontece na cidade, uma parceria da Prefeitura do Recife, por meio do Gabinete do Centro do Recife e das secretarias de Turismo e Lazer e de Cultura, com o Consulado Geral da República Popular da China, tendo como uma das finalidades o estreitamento do relacionamento entre os dois países. O evento será prestigiado pelo Cônsul Geral da China em Recife, Yan Yuqing, os vice-cônsules da China em Recife, He Yongwei, Han Zhiqiang. ANO NOVO CHINÊS - É uma referência à data de comemoração do ano-novo adotada por diversos países da Ásia. O calendário chinês é lunissolar, leva em consideração tanto as fases da lua, diferente do calendário Gregoriano do ocidente. Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião. Apenas doze teriam se apresentado e, em agradecimento, Buda os transformou nos signos da astrologia chinesa. Serviço: Abertura do Ano Novo Chinês Data: Quinta-feira (19) Hora: A partir das 17h30 Local: Marco Zero - Bairro do Recife

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Almério faz show tributo a Cazuza no Recife

A poesia atemporal de Cazuza e a visceralidade de Almério se encontram no palco do Teatro do Parque, no Recife, nesta quarta-feira (18/01), às 19h. O show "Tudo é Amor: Almério canta Cazuza" está de volta ao Recife, com única apresentação dentro da programação do 29º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). Com direção geral de André Brasileiro, direção artística de Marcus Preto e direção musical Juliano Holanda, "Tudo é Amor" traz Almério interpretando 18 canções do repertório de Cazuza, abraçando hits dos anos 1980 e músicas lado B. O resultado é uma potente performance de palco que prega liberdade e empatia, e reaviva a memória de Cazuza para novas gerações através de canções que marcaram época, como "Brasil", "Exagerado" e "Nosso amor a gente inventa". O show é orientado pelo repertório do disco homônimo lançado em 2021, um projeto idealizado por Ione Costa, empresária da instituição sociocultural Parças do Bem. “Eu queria gravar Cazuza com um nordestino e tinha certeza de que essa voz tinha que ser a do Almério”, comenta ela. SERVIÇO: Show “Tudo é Amor: Almério canta Cazuza” no 29º JGE Quarta-feira, 18 de janeiro de 2023, às 19h Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista) Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia. Venda antecipada: Mais informações: https://www.instagram.com/almerioficial/ 

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Porto de Galinhas ganha museu com réplicas de personalidades

Atração chega para fortalecer o entretenimento do destino turístico pernambucano Porto de Galinhas conta com mais uma opção de passeio para toda família: museu de cera com réplicas de personalidades. Espalhados em 25 cenários ambientados, o local de mil metros quadrados conta com mais de 70 personagens nacionais e internacionais, em tamanho real e características idênticas. Há nomes que representam famosos da história, cinema, música, esportes, televisão e política. A opção que proporciona aos visitantes uma viagem pelo mundo atende o público que circula pelo famoso centrinho de Porto em busca de artesanato, ou culinária regional. A impressão é que as representações podem ganhar vida a qualquer momento. Fãs das grandes personalidades representadas no museu ficarão surpresas com a sensação de estarem frente a frente com seus ídolos. Já pensou em posar para foto ao lado da Rainha Elizabeth II? Ou entrar em uma cabine telefônica, como se estivesse em Londres? O visitante que mergulhar na experiência vai se deparar com a estátua de Amy Winehouse e ao fundo, a música, dela, por exemplo. Vai ver figuras do futebol como Pelé e Neymar lado a lado. A estátua do ex-presidente dos EUA, Barack Obama é outro destaque. Alguns inventores que marcaram a humanidade com suas criações também ganharam espaço no museu. Cenários e personagens infantis também fazem parte da experiência e encantam crianças e adultos com a atmosfera que faz com que as pessoas se sintam em um filme Marvel, com a sensação de estar em cima de um prédio ao lado do Homem Aranha, ou no fundo do mar ao lado do Aquaman ou na própria Fenda do Bikini com o Bob Esponja. Esses e outros personagens de filmes que fazem muito sucesso nas telinhas do mundo inteiro também estão presentes no museu.   SERVIÇO: Museu de Cera de Porto de Galinhas HORÁRIO: funciona todos os dias das 9h às 22h30 ONDE: rua Esperança, 163, centro de Porto de Galinhas, Ipojuca-PE. ENTRADA: adultos: R$49,99, | crianças de 3 a 12 anos: R$29,99 | acima de 60 anos: R$24,99. Estudantes apresentando carteira DNE dentro do prazo de validade: R$24,99. (Entre os dias 15 e 28 de fevereiro o Museu conta com uma condição especial para os moradores de Pernambuco. Os interessados devem apresentar comprovante de residência no nome do morador, cônjuge e filhos de até 18 anos. A entrada será de R$20,00 + 1kg de alimento não perecível. Os alimentos serão doados para entidades sociais da região.)

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"1821" revela o movimento que derrotou último governador português em Pernambuco

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Entre as diversas histórias pouco conhecidas de Pernambuco, o Movimento de 1821 é um dos nobres acontecimentos quase esquecidos. Menos lembrado que as revoluções de 1817 e 1824, que integram o mesmo contexto político de enfrentamentos das forças locais e portuguesas, ele guarda fatos curiosos e relevantes que costuram esse episódio que integra um dos períodos mais dinâmicos da política pernambucana. Dentre os livros lançados pela CEPE na Coleção Pernambuco na Independência, uma das obras inéditas se volta justamente para revelar os acontecimentos que romperam em Goiana e chegaram ao Recife para derrubar o último general português que comandou o Estado. 1821 - A "revolução" liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego , escrita pelo historiador Josemir Camilo de Melo presenteia os amantes da história com as narrativas que se confrontam nesse movimento. Apesar da distância de tempo, já superando 200 anos, e do pouco conhecimento popular sobre esse episódio, que culminou na Convenção de Beberibe, a Revolução de 1821 tem o privilégio de ter um conjunto de documentos históricos que apresentam esse conflito por pontos de vista opostos. Entre os destaques estão de um lado, um livro deixado pelo revolucionário Felipe Mena Calado da Fonseca com suas memórias, já escrito em sua terceira idade, além do jornal Segarrega, do mesmo autor. Do outro, o próprio Luís do Rego Barreto escreve a sua Memória Justificativa, ainda em 1822 sobre sua conduta em Pernambuco, com um destaque para esse enfrentamento final que levou a sua queda. O contexto que levou a deposição do general, o passo a passo do movimento que tomou inicialmente Goiana e avançou sobre o Recife e os detalhes da Convenção de Beberibe, que elevou Gervásio Pires à condição de governador de Pernambuco. Foram vários os enfrentamentos militares entre as forças revolucionárias e portuguesas durante a revolução. A tensão das negociações do governante para evitar o conflito e o grau de articulação dos revolucionários para desmontar as ações do governante português são algumas das preciosidades deixadas pelos documentos históricos e revelados no livro. Didaticamente, o autor demarca esse movimento em três períodos: de outubro de 1820 a agosto de 1821, quando chegam ao Brasil as primeiras notícias da Revolta do Porto; o segundo de agosto de 1821 até a assinatura da Convenção de Beberibe e eleição de Gervásio Pires, período em que aconteceram os embates mais duros entre o governante português e os revolucionários; e finalmente entre outubro de 1821 e novembro de 1822, quando chegam ao Estado as notícias da Independência do Brasil. Além de apresentar a trajetória de Mena Calado e a ascenção de Gervásio Pires, o livro destaca ainda um personagem de maneira mais especial: o goianense liberal Francisco de Paula Gomes dos Santos. O historiador o descreve como um "Patriota sem ambições, modesto e nobre". Josemir Camilo o apresenta como uma liderança que "depois de prestar serviços à independência do Brasil, e à união do império, desapareceu da cena política e morreu em sossegado retiro". O herói goianense foi sepultado em 1845 na Matriz de Santo Antônio, no Recife. Autoritarismo do general Luís do Rego, interesses pernambucanos, imperiais e portugueses, ressentimentos das prisões de 1817, da qual Mena Calado e Gervásio Pires foram alguns dos presos, e a circulação de ideias liberais são alguns dos elementos que fomentam o contexto da revolução, que aconteceu um ano antes da Independência do Brasil. Uma leitura que merece a atenção dos pernambucanos e dos brasileiros, dada a relevância dos acontecimentos no Estado naqueles anos para o cenário nacional. O livro pode ser adquirido nas lojas da Cepe e também no site da editora. 1821: A “REVOLUÇÃO” LIBERAL EM GOIANA E A QUEDA DO GENERAL LUÍS DO REGO. Sinopse: Resultado de pesquisa inédita, o relato de Josemir Camilo situa a atuação dos liberais de Goiana no movimento libertário que levou à formação da República instituída pelos pernambucanos em 1817, e como enfrentaram a violenta repressão que se seguiu. Sobre o autor: Josemir Camilo de Melo é historiador pela Universidade Católica de Pernambuco e possui mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco. É estudioso de História Regional do Brasil, atuando principalmente com história econômica (ferrovias, secas, escravidão), estudos afro-brasileiros, memória, patrimônio e cultura. É autor de "Mobilidade Social no Nordeste (1850-1900)" e "Uma Família de Engenheiros Ingleses no Brasil: De Mornay Brothers". *Rafael Dantas é jornalista, especialista em gestão pública, mestre em Extensão e Desenvolvimento Local. Na Algomais assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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9 imagens da Praça dos Três Poderes, em Brasília, Antigamente

Em referência aos acontecimentos do último final de semana, a coluna Pernambuco Antigamente abre uma exceção e traz uma coletânia de fotos da Biblioteca do IBGE sobre esse complexo de prédios que são o ícone da política e democracia brasileira. De acordo com a descrição das imagens na Biblioteca do IBGE: "A Praça dos Três Poderes é um amplo espaço aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo), o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). Como em quase todos os logradouros de Brasília, a parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções foram projetadas por Oscar Niemeyer. A Praça está localizada no extremo leste do Plano Piloto, mede aproximadamente 120 x 220 metros, de modo que os prédios representativos dos poderes não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso. Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes, inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi, considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti, em frente ao Supremo Tribunal Federal. Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade".

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Editora Cubzac lança livro "Na pele feito fagulha de tiro", de Júlia Arraes, no Recife

A Editora Cubzac lança, no Recide, primeiro livro da jornalista Júlia Arraes. Após lançamento no Rio de Janeiro, Júlia vem a sua terra natal para apresentar aos conterrâneos o livro de crônicas poéticas “Na pele feito fagulha de tiro” (Editora Cubzac), com prefácio do poeta Everardo Norões. O lançamento vai acontecer dia 22 de dezembro, 19h, no Mocó Bistrô (Rua das Graças, 178, Graças), com apresentação e bate-papo promovidos por Gianni Gianni, escritora, e Ester Suassuna Simões, doutora em Ciência da Literatura. Júlia é editora de política na GloboNews Brasília. Trabalhou na CBN Recife e CBN São Paulo de 2013 a 2017, em seguida, na Globo News Rio de Janeiro. Em outubro de 2022 iniciou sua atividade em Brasília. Serviço: Lançamento do livro Na pele feito fagulha de tiro, de Júlia Arraes Data: 22 de dezembro de 2023 Hora: 19h Local: Mocó Bistrô (Rua das Graças, 178, Graças)

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Livro da Cepe Editora discute O enigma Gilberto Freyre

Em nove ensaios, a obra trata de assuntos e aspectos da trajetória do sociólogo, como suas posições políticas e o envolvimento na gestão cultural A historiadora Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke é enfática quanto a Gilberto Freyre. Para ela, o sociólogo pernambucano (1900-1987) continua vivo. E justifica: muitas de suas ideias, ligadas a questões como ecologia, racismo, multiculturalismo, patrimônio cultural e homossexualidade, não perderam relevência com o tempo e seguem “provocando controvérsias apaixonadas, admiração e até fúria”. O argumento está no ensaio que a pesquisadora assina em O enigma Gilberto Freyre - Ensaios de imersão, livro a ser lançado pela Cepe Editora neste sábado (17), às 16h, no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), nas Graças, bairro da Zona Norte do Recife. Com nove ensaios de diferentes autores, o livro, de 240 páginas, é uma forma de mergulhar um pouco mais na complexidade da obra de Freyre. De acordo com os organizadores da obra, Josias de Paula Jr. e Roberto Azoubel, os ensaios “tratam de assuntos e aspectos vários do pensamento freyreano, com graduações também distintas de concordância ou discordância em relação ao autor de Casa-grande & senzala”. Entre os assuntos e aspectos abordados, os textos enveredam pelos caminhos do sociólogo na política, na gestão cultural, na relação com editores. Maria Lúcia, pesquisadora associada do Centre of Latin American Studies da University of Cambridge, assina A mão direita e a mão esquerda de Gilberto Freyre, no qual analisa o lado político do sociólogo, inicialmente de ideias mais próximas à esquerda e até acusado de ser comunista e que, com o passar do tempo, se aproxima da direita. A pesquisadora relembra que o pernambucano chegou a defender o regime civil-militar instaurado em 1964 no Brasil. Mas, em 1981, declara que “1964 foi uma grande revolução fracassada”, comparável ao “totalitarismo soviético” e “sucumbido às pressões dos tecnocratas econômicos.” Ainda no campo da política, o professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco Anco Márcio Tenório Vieira ressalta que Freyre, entre os anos 1920 e 1940, “resistiu ao canto da sereia das ideologias totalitárias”, sem abraçar, no entanto, os valores da democracia liberal. “Na verdade, os princípios da democracia liberal nunca encontraram morada no pensamento de Freyre”, pontua. O autor de Casa-grande & senzala afirma em um dos artigos da época que a “democracia burguesa sacrifica o que há de melhor e de mais saudável no princípio de liberdade”, e que “a democracia liberal fracassou”. Anco Márcio destaca que a profissão de fé antiliberal de Freyre será reiterada ao longo de sua atividade intelectual, tendo concebido as “instituições democráticas” como expressões dos valores da “democracia social”. O ensaísta complementa que no entender de Freyre, “a única democracia de fato seria aquela nascida das práticas e dos processos socioculturais que, ao longo do tempo, iam urdindo o modo de ser e os horizontes mentais dos atores que constituem o tecido sociocultural de determinado país ou de determinada nação.” Os ensaios mostram que as contribuições de Freyre ocorreram em várias áreas. Além do campo das ideias, por exemplo, apoiou a política de preservação da herança cultural do país e de, forma indireta, articulou durante a Era Vargas um novo sentido de luso-brasilidade, que veio a ser chamado de luso-tropicalismo e permitiu ao governo de Getúlio Vargas “encontrar valor na herança cultural lusa”. Das contribuições freyreanas, a teoria sobre a miscigenação de raças e culturas como definidora da identidade brasileira aparece em mais de um dos nove ensaios do livro. Alfredo Cesar Melo, professor de teoria literária na Unicamp (SP), afirma que, ao descrever “a antiga civilização do açúcar”, o sociólogo fala na existência de problemas sociais, políticos e ecológicos, mas ressalta que é da contradição do senhorio e da escravidão, que nasce “uma cultura vibrante e exemplar”. Serviço O que: Lançamento do livro O enigma Gilberto Freyre: Ensaios de imersão Quando: 17 de dezembro de 2022 Horário: 16 horas Onde: Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 960, Graças, no Recife // * Entrada franca

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Cantata “Bandeira do Divino” resgata a tradição natalina no Brasil

Espetáculo do Conservatório Pernambucano de Música leva para o palco do Teatro de Santa Isabel coral com 80 crianças, Orquestra de Câmara de Pernambuco e grupo SaGrama. Serão duas apresentações gratuitas neste sábado e domingo “Os devotos do Divino vão abrir sua morada pra bandeira do Menino ser bem-vinda, ser louvada…” Após três anos de interrupção, os versos da música de Ivan Lins serão entoados novamente pelo Coral Infantil do Conservatório Pernambucano de Música no Teatro de Santa Isabel. A cantata natalina “Bandeira do Divino” resgata toda a tradição da natividade no Brasil. Traz um repertório formado por pastoril, cavalo marinho, boi-bumbá e reisado, executado pela Orquestra de Câmara de Pernambuco e o grupo SaGrama. A temporada 2022 do espetáculo será neste sábado e domingo, às 19h e às 17h, respectivamente. “Estamos muito felizes com o fato de poder remontar este espetáculo tão bonito, que é a “Bandeira do Divino”, após três anos. O último foi em 2019; nos anos seguintes, não conseguimos fazer por causa da pandemia, que exigia o isolamento social. Foi uma fase difícil, principalmente para quem vive de música, pela perda do contato com o público, tão importante. Trazer o espetáculo de volta agora significa trazer a plateia de volta, resgatar esta integração e também festejar que estamos juntos, estamos bem, com saúde. A montagem é uma celebração à vida”, destaca a gerente do Conservatório, Rose Hazin. Durante uma hora e 15 minutos, cerca de 150 pessoas - incluindo 80 crianças, 30 músicos da orquestra e 11 no time do SaGrama, mais equipe de produção - sobem ao palco para dar vida a esta história que fala de “paz, amor e fraternidade”, como salienta a gestora da escola de música. “O espetáculo é muito bonito e traz uma visão completamente diferente do Natal, ao mesmo tempo em que se mantém como uma celebração. As crianças estão eufóricas, vivendo um misto de emoções e sentimentos, por pisar ao palco e pela oportunidade de participar de um espetáculo de verdade. Muitas delas jamais entraram num teatro e essa experiência estimula a participação deles na vida acadêmica, dá vontade de estudar mais, de se igualar àqueles artistas que estão no palco.” O maestro José Renato Accioly, que divide a direção artística com Quiercles Santana, reforça a importância deste encontro. “É uma vivência única que as crianças de iniciação musical experimentam ao participar deste espetáculo musical profissional, com uma orquestra. Elas ganham a oportunidade de entender como funciona uma produção como a “Bandeira”, e de contribuir para a produção; têm a chance de acompanhar tudo funcionando, participam dos ensaios e observam toda a disciplina que envolve uma montagem profissional”, salienta José Renato. O repertório inclui 20 músicas, que receberam arranjos para coro e orquestra criados por Sérgio Campello, líder do SaGrama. São peças do cancioneiro musical, como “Vinde, vinde, moços e velhos”; “Linda Borboleta”, “Queima da Lapinha” e “Meu Bom José”, que aparecem ao lado de obras de Dimas Sedícias (“Boi Babá” e “Novena”) e Lourival Oliveira (“Carnavá na Roça”), além da faixa que dá nome ao musical. O diretor do SaGrama também assina algumas composições, a exemplo de “Guerreiro do Além-Mar” e “Severino”. Ao longo do musical, dez crianças se intercalam em cena como solistas, nos papéis de Diana, Mestra, Contramestra, Borboletas, Pastores, Camponesa, Ave Maria e Estrelas. A Cia. Perna de Palco, dirigida por Anna Miranda, resgata a dança e os personagens clássicos da cultural popular. “A ideia é fazer com que esse repertório seja incorporado na vida de todos os que participam e suas famílias. As crianças vão para o ensaio e levam para casa as músicas para continuar ensaiando, e assim os pais acabam entrando também neste espírito. Na outra edição, a plateia cantava praticamente todas as músicas porque este repertório era incluído no dia a dia, na rotina da família. Dessa forma, conseguimos manter estas músicas vivas, reintroduzimos elas na vida das pessoas, perpetuando este cancioneiro natalino”, diz o maestro. Além de ensaiar com os pequenos e (re)aprender o repertório, parte dos pais também atuam como voluntários na produção. “Temos toda a logística de receber os meninos e, ao fim da apresentação, devolver aos pais. Imagine que são 80 crianças! É um superexercício de produção manter tudo isto funcionando também nos bastidores”, acrescenta a produtora Carla Navarro, que rege essa “orquestra” formada por familiares e equipe de produção nas coxias do teatro. Serviço: Cantata Natalina “Bandeira do Divino” Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio) Quando: sábado (dia 17 de dezembro), 19h; domingo (18 de dezembro), 17h Quanto: Entrada gratuita. Ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo

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