Z_Destaque_culturaHistoria - Página: 27 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Z_Destaque_culturaHistoria

Cinema da Fundação recebe o Festival de Cinema Neerlandês

A programação dos filmes holandeses abre a programação da mostra e acontece  até o dia 4  de dezembro O Cinema da Fundação recebe, neste mês de dezembro, o  Festival de Cinema Neerlandês, que acontece pela primeira vez no Brasil. Com uma seleção de filmes premiados, os longas-metragens  serão exibidos apenas na Sala do Derby, com entrada gratuita. O festival faz parte da 25ª Mostra Retrospectiva/Expectativa do Cinema da Fundação. A abertura do festival contou com as presenças do embaixador do Reino dos Países Baixos no Brasil, André Driessen, e da Cônsul Honorária do Reino dos Países Baixos em Pernambuco, Annelijn van den Hoek. “É uma grande honra para a Fundação Joaquim Nabuco fazer a abertura da 25ª Mostra Retrospectiva/Expectativa com o Festival de Cinema Neerlandês, que começa ser exibido primeiro no Recife para depois seguir por outras capitais brasileiras”, afirma o coordenador do Cinema da Fundação, Ernesto Barros “Para além de toda a história em comum entre pernambucanos e holandeses, a cinematografia do Reino dos Países Baixos têm uma grande relevância para a história do cinema mundial. Acreditamos que o nosso público, sempre ávido por novidades, comparecerá em peso à sala do Cinema da Fundação Derby", complementa. No sábado (3), às 18h10, será a vez do filme I Don’t Wanna Dance (2021), dirigido por Flynn Von Kleist,  baseado nas experiências da vida real do ator principal Yfendo van  Praag. Von Kleist já fez o curta-metragem de 2017 Omdat ik Yfendo heet e o curta-metragem de  2018 Crows Nest sobre esse assunto. A programação deste dia  também tem o filme Nr.10 (2021), de Alex van Warmerdam, que teve seu lançamento feito em mais de cem salas de cinema na Holanda. O suspense, com sessão marcada para às 20h, mostra como  Günter, encontrado em uma floresta alemã quando tinha quatro anos de idade, cresceu em uma  família adotiva. Quatro décadas depois, ele leva uma vida normal. Ele não começa a se  perguntar sobre suas origens até que um estranho numa ponte sussurra uma única palavra em  seu ouvido. Para o encerramento do Festival de Cinema Neerlandês, no domingo (4), serão exibidos os filmes “The Paradise Suíte” (2015), às 17h20, e “Soof”, às 19h40, na Sala do Derby. O primeiro filme foi dirigido por Joost van Ginkel, com elenco formado por Anjela Nedyalkova, Issaka Sawadogo e Boris Isaković, foi selecionado como representante dos Países Baixos na edição do Oscar 2016.   O longa segue uma série de pessoas que, voluntariamente ou não, se mudam do exterior para  Amsterdã: três meninas da Bulgária, que dizem que serão modelos para uma sessão fotográfica,  mas acabam na prostituição, o homem africano Yaya, que perde seu emprego e se mete em  problemas financeiros, o maestro musical sueco Stig, cujo filho Lukas desaparece, a criminosa de  guerra sérvia Ivica, que agora dirige um bordel no distrito de luz vermelha de Amsterdã, e Seka,  da Bósnia, que reconhece Ivica de seu passado. À medida que as histórias evoluem, elas se  fundem e estas pessoas, cada uma com origens tão diferentes, terão que contar com suas novas  amizades. No romance dirigido por Antoinette Beumer, a personagem principal Soof, está chegando aos 40 anos e tem tudo que sempre quis: três filhos, uma pequena empresa  de catering, um doce marido Kasper e um lindo lar. Até que ela começa a se perguntar: "Isso é  tudo o que existe? Lembrando que os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Cinema uma hora antes do início de cada sessão.

Cinema da Fundação recebe o Festival de Cinema Neerlandês Read More »

Feira da Literatura Infantil (Flitin) começa nesta quinta-feira na APL e faz homenagem a Ziraldo 

(Da Cepe) A Feira da Literatura Infantil (Flitin) volta a ocupar os jardins da Academia Pernambucana de Letras (APL), a partir desta quinta-feira (01), homenageando o escritor, jornalista, dramaturgo, caricaturista, chargista e pintor mineiro Ziraldo, que em outubro passado completou 90 anos de idade. Em sua quarta edição, a feira, que integra o Circuito Cepe de Cultura, mantém a proposta de uma programação interativa, lúdica e gratuita. Seguirá até domingo (4), sempre das 9h às 20h, oferecendo shows musicais, espetáculos infantis, oficinas, lançamentos literários, exibição de filmes, entre outras atividades.  Um dos grandes expoentes da literatura infanto-juvenil, Ziraldo conta com mais de 180 livros publicados tanto para o público infantil quanto para o adulto. Muitos dos seus títulos, acompanham gerações de leitores, como Flicts (1969, editado em mais de vinte idiomas)  e  O menino maluquinho (1980, um dos maiores fenômenos editoriais brasileiros). Na 4ª Flitin, ele será celebrado em iniciativas como oficinas e uma amostra de sua obra literária que acontecerá no Museu da Academia Pernambucana de Letras - aberto para visitação durante o período da feira. Arte-educador, coordenador educativo do Museu da Cidade do Recife, Emerson Pontes irá trabalhar nas oficinas Ziraldo: leitura que celebra a pintura, dois importantes livros: Além do Rio (1992) e Os hai-kais do Menino-maluquinho (2012). A proposta apresentará trechos de cada obra, extraindo delas os elementos necessários para o processo criativo dos pequenos. Por ser um projeto colaborativo, o trabalho de cada criança resultará, no final, em um grande painel. Inspirada na cultura dos brinquedos populares, a arte-educadora Mila Tavares também promete uma experiência divertida na oficina que ministrará e que tem como referência o livro Flicts (a história de uma cor que não consegue encontrar o seu lugar no arco-íris). “Vamos apreciar a leitura de Flicts, fazer um experimento com mistura de cores e aprender a confeccionar um corrupio, que ao girar formará uma nova cor”, antecipa.  Lançamentos - Cinco livros serão apresentados ao público da Flitin durante a programação do final de semana. No sábado, a cordelista, poeta, cantora e contadora de histórias Mari Bigio lançará quatro títulos que integram a Coleção Canoa (Companhia das Letrinhas, 2022): A bruxa do breu, Uma carta para o pirata, A sereia garbosa e Aliens, a lição. Com ilustrações de Rodrigo Chedid, os livros inspiram-se na literatura de cordel para contar histórias inusitadas, como a do pirata que não sabe nadar e a da sereia cantora lírica que sonha em ser uma rockstar. No domingo, o jornalista, editor e escritor Thiago Corrêa Ramos conversa com a criançada sobre o seu livro Dona Copa (Vacatusa, 2022), com  ilustrações de Eduardo Padrão. Inspirado em uma experiência que o autor teve com suas duas filhas, vivida durante a Copa da Rússia (2018), Dona Copa usa o futebol enredo narrativo para falar sobre relações familiares.   Além dos lançamentos, contações de histórias apresentarão ao público infantil os livros Rafa, o Piloto de Girafa, de Henrique Vale; O que é isso que eu sinto, de Marcela Egito; Bia Baobá, de Itamar Morgado; A Menina que Engoliu um Céu Estrelado, de Gael Rodrigues; O Encontro de Mário, de Márcia Cristina Silva, e A palavra da boca para fora, de Clara Angélica, todos editados pela Cepe. Shows e espetáculos - Na programação teatral, a Cia 2 em Cena levará para o palco da Flitin os palhaços Dodo (Sóstenes Vidal), Cadinho (Ricardo Vendramini e Dunga (Davison Wescley) no espetáculo Enquanto Godot não vem.  Poesia, cantoria e muito humor se entrelaçam na encenação de Seu Rei Mandou, da Cia Meias Palavras, que resgata histórias populares.   O Circuito Cepe de Cultura é uma realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com curadoria da Fundação Gilberto Freyre, e apoio das prefeituras municipais. Em 2022 já foram realizadas a 1ª Feira Literária de Amaraji (Fliamar), a 2ª Feira Literária de Goiana (Fligo), a 6ª Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), a 4ª Feira Literária do Sertão (Felis), a 2ª Feira da Poesia do Pajeú, a 1ª Feira Miol(o)s Olinda, além do Polo Literário do 3º Festival Café Cultural de Taquaritinga do Norte. Ainda em dezembro acontecerá a 1ª Feira Literária de Camaragibe. Acompanhe abaixo a programação da 4ª Feira da Literatura Infantil: 1 de dezembro, quinta-feira Cineminha/Auditório  As Aventuras de Tita, de Victor Flores e Eduardo PadrãoHorários: 9h, 9h30, 10h, 10h30, 13h, 13h30, 14h, 14h30   9h - Contação de histórias/TendaRafa, o Piloto de Girafa, de Henrique Vale, com Lili 9h – Atividades Recreativas/PalcoOficinas e contação de história (Secretaria de Educação do Recife) 10h  – Oficina/Tenda Ziraldo: leitura que celebra pintura, com Emerson Pontes (atividade inspirada no livro Os hai-kais do Menino-maluquinho, de 2012) 14h – Contação de histórias/TendaO que é isso que eu sinto, de Marcela Egito, com Lili 15h  – Oficina / Tenda Ziraldo: leitura que celebra pintura, com Emerson Pontes (atividade inspirada no livro Os Hai-kais do Menino-maluquinho, de 2012) 17h  – Cantata Natalina/PalcoParticipação do coral da Escola Sunny Place  18h  – Show/PalcoCom o mágico Rodrigo Lima 2 de dezembro, sexta-feira  Cineminha/Auditório  Musicália, de Irina França e Camila MonartHorários: 9h, 9h30, 10h, 10h30, 13h, 13h30, 14h,14h30  9h – Contação de histórias/Tenda Bia Baobá, de Itamar Morgado, com Lili 9h – Atividades Recreativas/Palco Oficinas e contação de história (Secretaria de Educação do Recife) 10h  – Oficina/Tenda Ziraldo: Leitura que celebra pintura, com Emerson Pontes (atividade inspirada no livro Além do Rio, 1992)  14h – Contação de histórias/Tenda A Menina que Engoliu um Céu Estrelado, de Gael Rodrigues,com Lili  3 de dezembro, sábado  Cineminha/Auditório  Além da lenda, de Erickson Marinho e Bruno AntonioHorários: 9h, 9h30, 10h, 10h30, 13h, 13h30, 14h,14h30  9h – Oficina/TendaFlicts e o giro de cores em um corrupio, com Mila Tavares (contação de história da obra Flicts, de Ziraldo, seguida de oficina de construção de corrupio) 10h30 – Show/Palco Brincadeira tem hora. Com o grupo Tintim por Tintim  14h – Contação de histórias/Tenda O Encontro de Mário, de Márcia Cristina Silva, com Lili 15h – Lançamento de livros/Tenda A bruxa do breu, Uma carta para o pirata, A sereia garbosa e Aliens, a lição (Companhia

Feira da Literatura Infantil (Flitin) começa nesta quinta-feira na APL e faz homenagem a Ziraldo  Read More »

7 imagens do Recife na Copa de 1950

O clima é de Copa do Mundo, ainda mais após a primeira vitória rumo ao hexa no Catar. No meio dos festejos em verde e amarelo, a Pernambuco Antigamente resgata 7 imagens em preto e branco da Copa de 1950, quando o Recife foi o palco de algumas partidas. Ilha do Retiro, com uma capacidade bem menor que a atual(Foto do site História do Futebol) Registro de um gol Chileno no Recife, na Copa de 50, contra os Estados Unidos(Foto do site O preço de uma Copa, de um registro da Gazeta Esportiva Ilustrada) De acordo com o site Vozes da Zona Norte (com imagens do Diário de Pernambuco da época), as fotos abaixo são respectivamente de gols do Estados Unidos e do Chile, no Recife Torcida do Recife lota a Ilha do Retiro (Imagem do Diário de Pernambuco, na Hemeroteca da Biblioteca Nacional) Raro registro de Jules Rimet no Recife (Imagem do Diário de Pernambuco, na Hemeroteca da Biblioteca Nacional) No vídeo abaixo, é possível ver os sete gols desse dia na Copa do Mundo no Recife, no canal Futuro Sport Recife. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais

7 imagens do Recife na Copa de 1950 Read More »

Legado de Paulo Freire em exposição no Museu do Estado

Cerca de 140 peças compõem a exposição, com eixos dedicados à infância no Recife, o exílio na ditadura, o retorno ao Brasil e a alfabetização de adultos em Angicos (RN) O legado construído pelo patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire, estará em exposição no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) a partir desta sexta-feira (25), no bairro das Graças, Zona Norte da capital. A visitação aberta ao público geral tem início no sábado (26), e segue até fevereiro de 2023, com entrada gratuita. A Ocupação Paulo Freire foi concebida pelo Itaú Cultural de São Paulo e chega ao Recife com a realização do Sesc em Pernambuco junto ao Governo do Estado e Prefeitura do Recife. Além da exposição, a programação inclui círculos de cultura, conferências, apresentações artísticas e culturais, exibição de filmes e lançamento de livros. O itinerário de atividades completo será disponibilizado no site do Sesc PE e é construído com o apoio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Oficina Francisco Brennand; Museu do Estado de Pernambuco (MEPE); Instituto de Educação e Direitos Humanos Paulo Freire e o Centro Paulo Freire de Estudos e Pesquisas. Com curadoria dos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural e expografia assinada por Thereza Faria, a Ocupação acompanha a trajetória de Freire, desde o nascimento, em 1921, passa pelo desenvolvimento do seu método de alfabetização – que, implantado em Angicos (RN) acabou ganhando dimensão internacional – e o segue nos diferentes países onde viveu, durante o exílio forçado pelo período militar, até seu retorno e atuação no Brasil, onde morreu em 1997. Cerca de 140 peças, entre fotografias, vídeos e dezenas de originais, compõem a exposição que está dividida em quatro eixos – Formação, Angicos, Exílio e Retorno. Uma animação com as páginas manuscritas de Pedagogia do Oprimido, o mais conhecido livro de Freire, abre os caminhos do público para a exposição, a qual se encerra com o mapa Paulo Freire no Mundo exibindo os lugares tocados pela obra do pesquisador que revolucionou o trabalho de alfabetização de adultos. Parte do material exibido na exposição e outros itens exclusivos podem ser acessados através do site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br/ocupacao). Recifense, Freire acumula 29 títulos Honoris Causa, além de uma miríade de cátedras, grupos de pesquisa e institutos dedicados ao reconhecimento e expansão do seu trabalho. O público poderá conhecer mais desta trajetória, que se inicia com as primeiras palavras escritas debaixo da mangueira em sua casa no Recife e passa por momentos marcantes da sua vida. Dentre elas, estão: a experiência de alfabetização desenvolvida em Angicos, onde cerca de 300 pessoas foram alfabetizadas em alguns dias; o exílio durante o golpe civil-militar, período no qual escreveu Pedagogia do Oprimido; e o retorno ao Brasil como professor universitário e secretário municipal de Educação de São Paulo, até sua morte em maio de 1997, aos 75 anos, um ano após a publicação de Pedagogia da autonomia, sua última obra A Ocupação se encerra destacando a internacionalização do trabalho de Freire e sua imensa contribuição ao fazer pedagógico, exibindo uma variedade de itens, a exemplo de materiais para formação de educadores, minutas para projetos de lei prevendo melhoria das condições de trabalho dos profissionais e outros para a divulgação de ações específicas, como a criação e/ou reativação de conselhos de escola. SESC – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, por meio de 24 unidades fixas, incluindo os hotéis Guadalupe (Sirinhaém), Triunfo e Garanhuns. Oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde, inclusive para quem dispõe do Cartão do Empresário da Fecomércio/PE. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação da credencial entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital (https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br. Serviço - Ocupação Paulo Freire Local: Museu do Estado de Pernambuco - MEPE Endereço: Av. Rui Barbosa, 960 - Graças, Recife - PE Período: 26 de novembro de 2022 a 12 de fevereiro de 2023 Funcionamento: Terça a sexta-feira: 11h às 17h | Sábados e domingos: 14h às 17h Agendamentos: educativo.mepe@gmail.com

Legado de Paulo Freire em exposição no Museu do Estado Read More »

Festival Aurora Instrumental faz edição dedicada às mulheres

Temporada batizada de O Som que NELAS Habita vai de 24 a 27 de novembro com sequência de oito concertos no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda O Festival Aurora Instrumental volta repleto de novidades em 2022. A primeira é a mudança de endereço: os shows saíram do Teatro Arraial, no Recife, e passam a ocupar o palco do Teatro Fernando Santa Cruz, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. Consolidado como espaço de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana, o festival oferece espetáculos liderados por mulheres, sob a curadoria da violeira Laís de Assis. A edição foi intitulada de “O Som que NELAS Habita”. O olhar feminino a partir de novas sonoridades e a união de diferentes linguagens são o foco do evento, contemplado pelo Funcultura. Serão oito concertos, de 24 e 27 de novembro (quinta-feira a sábado), sempre a partir das 19h, e no domingo, às 17h. Laís de Assis destaca o papel do evento de fomentador da produção feminina na música instrumental no Estado. “São poucos os espaços dados às mulheres, sobretudo, quando pertencentes a grupos étnico-raciais entendidos como minorias. Acompanhando estas mudanças, sugerimos um maior enfoque das produções das mulheres instrumentistas do Estado, potencializando a diversidade musical destas artistas”, comenta a curadora. A preocupação é reforçada pelo diretor artístico, o percussionista Gilú Amaral: “Precisamos repensar por que as mulheres estão fora deste mercado musical, ou os motivos para estarem em menor quantidade. É também uma questão política”, argumenta ele, que é um dos idealizadores do Aurora, ao lado do produtor executivo Félix Aureliano. A trombonista Neris Rodrigues e a rabequeira e violinista Aglaia Costa abrem a programação, no dia 24. A olindense Neris, graduada em Música pela UFPE, com Bacharelado em Trombone, assume influências afro-indígenas e latino-americanas, ao lado de programações sonoras eletrônicas e da improvisação. No repertório, coco, baião e choro são reinventados pela artista, que já tocou com Johnny Hooker, Banda Clave de Fá e o sambista Jorge Riba, além de Orquestra 100% Mulher e Cordel do Fogo Encantado. A porção armorial do festival vem com Aglaia Costa, uma das principais representantes da rabeca no Estado. Integrante da Orquestra Sinfônica do Recife por mais de 30 anos, quando se dedicava ao violino, ela abraçou a rabeca como instrumento principal. Para este show, Aglaia e sua rabeca estarão acompanhadas no palco por mais três violoncelistas, equilibrando o erudito e a percussão popular, com alfaia e tarol. No repertório, compositores pernambucanos (Edson Rodrigues, Sérgio Campelo, Antônio Madureira e maestro Clóvis Pereira) e músicas autorais. No dia 25, a flautista Ingrid Guerra faz sua estreia como atração principal, ao lado de Lígia Fernandes (violão e guitarra) e Diôgo Do Monte (percussão). Ao assumir o protagonismo, Ingrid satisfaz o desejo de abraçar a flauta popular, com predominância do frevo, e músicas que compõem sua memória afetiva, indo pelo forró, xote e salsa. Licenciada pela UFPE e técnica em flauta pelo Conservatório Pernambucano de Música, ela homenageia seus mestres, como César Michiles e Sérgio Campelo, e estrelas como Altamiro Carrilho e Sivuca. Em seguida, é a vez do Desdobrado Trio, liderado pela violeira Raquel Paz. O conjunto traz uma formação inusitada para o universo popular, ao unir um instrumento erudito de cordas friccionadas à sanfona e ao violão de 7 cordas de aço. Entre os shows da carreira, apresentações no Conservatório Pernambucano, Usina de Arte, Poço das Artes e na Mostra Canavial de Música Instrumental. Mistura peculiar A terceira noite de performances mostra uma mistura peculiar, ao unir a guitarra da garanhuense Lígia Fernandes à rabeca de Renata Rosa, de São Paulo, mas que divide sua rotina com Pernambuco desde os anos 90. Os estilos de tocar guitarra nas regiões N e NE do Brasil são evidenciados no show “Guitarra à brasileira”, do Lígia Fernandes Trio. Dedicada ao repertório de músicas instrumentais autorais, o grupo também aposta em releituras de compositores consagrados, a exemplo de Fred Andrade, Jacob do Bandolim e Armandinho. Por sua vez, Renata Rosa traz composições instrumentais, cavalos-marinhos e releituras de sua trajetória musical autoral, tendo como eixo a rabeca. Ela conta com a participação de Rodrigo Samico na viola e violão de sete cordas. A artista tem discos premiados no Brasil e no exterior, como o CD de estreia “Zunido da Mata” (Prêmio Choc de l'Année do Le Monde de la Musique). Produziu o primeiro CD de Mestre Luiz Paixão – “Pimenta com Pitú”. O Aurora também abraça a música instrumental do interior do Estado, ao convidar Vitória do Pife, para abrir a última noite. Ela apresenta composições autorais, como “Assobios ao Vento” e “A briga do Cachorro e Onça”, com a participação especial de Laís de Assis, fechando com “Baião Destemperado”. Luthier de pífanos, professora, musicista e compositora desde 2017, a caruaruense Vitória Maryellen adotou o nome artístico de Vitória do Pife por ser discípula do Mestre João do Pife, que a apresentou ao instrumento. A apoteose do Aurora será com Negadeza, residente no Rio de Janeiro. Neta de Dona Selma do Coco, ela iniciou há 25 anos o contato com a música, quando tinha 12 anos e começou a tocar mineiro na banda da avó. Filha de Aurinha do Coco e Zezinho, herdou a influência de outros nomes da cultura popular. Seu contato maior é com instrumentos percussivos; destaque para o pandeiro. Inclusão social Três pontos no Aurora Instrumental estão conectados à questão da inclusão social: 10% da bilheteria por dia será disponibilizado para pessoas trans e travestis (na lista Trans Free) e os ingressos possuem a meia-entrada a R$ 15, que dá acesso a pessoas com deficiência, idosos com mais de 60 anos e estudantes, além de professores e ID Jovem (de 15 a 29 anos, de baixa renda). O terceiro ponto é a arrecadação de absorventes higiênicos, junto aos espectadores, para instituições em Olinda que acolhem mulheres em situação de vulnerabilidade. SERVIÇO: Festival Aurora Instrumental – O Som que NELAS Habita. De 24 a 26/11, às 19h; 27/11, às 17h, no Teatro Fernando Santa Cruz (Mercado

Festival Aurora Instrumental faz edição dedicada às mulheres Read More »

Miolo(s) Olinda reúne editoras e artistas independentes no Mercado Eufrásio Barbosa

(Da Cepe) Considerado um dos mais importantes eventos de arte gráfica e produção editorial independente do Brasil, a Feira Miolo(s) ganha pela primeira vez uma edição fora de São Paulo desde que foi criada em 2014. Integrando o Circuito Cepe de Cultura, a Miolo(s) Olinda acontecerá de 26 a 27 de novembro, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, contando com atividades prévias, o Esquenta Miolo(s), nos dias 24 e 25. Com curadoria da editora paulistana Lote 42, a feira será um importante espaço de discussão e divulgação do trabalho de editoras, coletivos e artistas das mais diversas áreas. Contará com a participação de 58 expositores de 14 estados. Aberta ao público em geral, tem toda programação gratuita. O Esquenta Miolo(s), ciclo de formação voltado para editores e artistas gráficos, propõe uma série de atividades, entre elas, oficinas de minizines com o artista visual  Fabio Zimbres, na quinta-feira (24), das 10h às 13h; de encadernação criativa com o escritor e editor Fred Caju (Castanha Mecânica) e outra de criação de cartazes com serigrafia ministrada pelo editor, encadernador, impressor e produtor gráfico Daniel Barbosa (Caderno Listrado) - ambas na sexta-feira (25), respectivamente nos horários das 10h às 13h30 e das 14h às 18h. Paulista radicado em Porto Alegre, Fabio Zimbres (FZ), é uma referência no universo dos quadrinhos e das publicações independentes. Foi um dos fundadores da revista de HQ underground Animal e criou a editora Edições Tonto, na qual publicou a Coleção Mini Tonto, reunindo livrinhos em quadrinhos de artistas brasileiros e latino-americanos, entre outras. Pernambucano, autor do poemário Nada Consta (Cepe Editora, 2018), Fred Caju é editor desde 2007. Criou, em 2018, a MOPI — Mostra de Publicações Independentes e em 2019 o Colofão.lab, um laboratório de experimentações analógicas no bairro de Santo Amaro. Curitibano, fundador do ateliê/editora Caderno Listrado, Daniel Barbosa Há mais de 15 anos se dedica a produção de livros e cadernos artesanais, além de impressos serigráficos para projetos de arte, design, literatura e quadrinhos.  Outro destaque será o debate sobre memória gráfica (sexta-feira, às 19h). A conversa, que reunirá os designers Camila Brito, Gabri Araújo, Fátima Finizola, Renata Paes - autora do livro Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda (Cepe Editora, 2022) - e Tarcísio Bezerra, propõe discutir o design nas mais diversas áreas, como na arquitetura, artes gráficas e em projetos editoriais. As atividades do Esquenta Miolo(s) têm vagas limitadas. Interessados poderão se inscrever através através do endereço eletrônico https://linktr.ee/feiramiolos.  A confirmação da participação será feita pela organização da feira por e-mail. Fala Miolo(s) - Durante a feira, a atividade Fala Miolo(s) contará com uma farta programação de palestras que abordarão temas como circulação de produtos, criação e arte impressa. Serão cinco no sábado (26) e outras cinco palestras no domingo, sempre a partir das 14h. No sábado, às 14h, o paulista Gustavo Piqueira (Casa Rex) - artista gráfico, escritor e um dos mais premiados designers do Brasil - estará na palestra “Livro livre: deslocamentos, desmontes, baralhadas e transcodificações na ocupação do território impresso”, apresentando algumas de suas obras cujo cerne narrativo é o questionamento e a ruptura dos princípios de categorização do livro e das linguagens que o ocupam. Ainda no mesmo dia, a palestra “Do fanzine ao livro: a artesania da publicação” (16h), levará a editora, designer e produtora da Livrinho de Papel Finíssimo Editora (PE), Sabrina Carvalho, que falará sobre sua experiência editorial. Às 17h, em “alegria de um TIPO bem raro”, Cibele Bonfim, uma das fundadoras do Ateliê de Ofícios (BA), compartilhará com o público histórias que atravessam a memória gráfica, num arco de tempo/espaço, indo do Ceará à Bahia. O bate-papo abrirá espaço ainda para outros assuntos, como técnicas gráficas tradicionais e o legado de Flávio Oliveiras, seu companheiro, designer, grafiteiro, ilustrador e serigrafista que morreu no ano passado, vítima da covid-19. A programação do sábado fecha com a conversa “Ragu - experimentação nos quadrinhos, edição coletiva e autoralidade” (18h), que reunirá os pernambucanos Christiano Mascaro (jornalista, designer gráfico e ilustrador) e João Lin (com atuação na produção de quadrinhos, cartuns, ilustração, tatuagem, videoarte e música experimental). No domingo, às 14h, na conversa “Fora do centro: o potencial descentralizador das feiras de arte gráfica”, os jornalistas, editores da Lote 42 e criadores da Miolo(s), Cecilia Arbolave e João Varella, falarão sobre suas jornadas, a importância de eventos de publicações independentes e, sobretudo, o que tais encontros podem agregar culturalmente às cidades fora dos grandes centros urbanos. Às 15h, a designer e produtora recifense Gabriela L’Amour (Chuvisco Editora) conduz a conversa na palestra “O apego ao analógico: design e publicação independente” abordando temas como o apego material através dos livros, zines e revistas e a relação do design gráfico/mercado independente com esses produtos. O jornalista, escritor, ilustrador  e editor independente Aureliano (RN) estará na palestra “Um caminho para Xanadu: entrando na dança do mercado editorial”, às 16h. Falará sobre sua trajetória no mercado editorial - das produções autorais e experimentais às aventuras na literatura comercial, além do espaço conquistado nas mídias sociais. Às 17h, o escritor, editor da Mariposa Cartonera e ex-editor da Cepe, Wellington de Melo, estará na palestra “Publicação independente: um caminho das pedras” revelando sua experiência de editor e de como vem ajudando novos autores e autoras a publicar livros independentes. No último bate-papo do domingo, “Uma biblioteca no aqui e agora”, às 18h, Jurandy Valença (foto acima), artista visual, curador, jornalista e  diretor da Biblioteca Mário de Andrade, conversa com o público sobre a experiência de estar à frente da maior biblioteca de São Paulo (a segunda do país) e onde acontecem as edições da Miolo(s). Experiências gráficas -  A Miolo(s) Olinda também garantirá aos visitantes a oportunidade de participar de experiências gráficas. Uma delas é a de imprimir cartazes em serigrafia com Daniel Barbosa. E outra é uma vivência com carimbos, conduzida por Gilberto Tomé, da Gráficafábrica. A ideia é criar publicações e cartazes, tendo entre tantas fontes de inspiração, a arquitetura do próprio Mercado Eufrásio Barbosa e da cidade de Olinda. “Estamos com bastante expectativa com

Miolo(s) Olinda reúne editoras e artistas independentes no Mercado Eufrásio Barbosa Read More »

Sexteto GraVIs traz novo fôlego ao canto coral  

Grupo de cantores líricos realiza minitemporada em espaços culturais do Recife com quatro apresentações até dezembro, incentivadas pelo SIC, da Prefeitura do Recife. A estreia é dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música  Trilhar um caminho diferente de outros grupos vocais líricos, incentivando o novo na música, é o que mais interessa ao Sexteto GraVIs, conjunto de artistas pernambucanos que faz sua estreia em curta temporada de quatro apresentações gratuitas, entre os meses de novembro e dezembro, em espaços públicos do Recife. A ideia é valorizar o repertório local a cada concerto-aula, através das seis vozes masculinas, que mostram do frevo e maracatu a músicas sacras, sem acompanhamento instrumental (a cappella). A primeira apresentação será no dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música.   No repertório de oito músicas pinçadas do acervo de Henrique Albino, Dierson Torres e Lúcia Helena Cysneiros, além de Capiba e Clóvis Pereira, quatro composições são inéditas. O projeto foi aprovado pelo SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife.   Eudes Naziazeno, Guilherme Jacobsen, Isaac Pedro, Marcelo Cabral de Mello, Osvaldo Pacheco e Rodrigo Lins, os integrantes do Sexteto GraVIs uniram seus talentos vocais como tenores e barítonos, naipes das vozes masculinas de um coral, ao lado criativo do diretor musical, maestro, arranjador e ensaiador Henrique Albino, que ajuda na condução das performances, além de ter criado duas das músicas do setlist e assinado seis dos oito arranjos mostrados em cena, com exceção das músicas de Lúcia e Dierson, que trazem arranjos originais dos próprios autores.    O formato das apresentações é semelhante ao de um concerto-aula, no qual os integrantes começam com uma introdução didática de 10 a 15 minutos, explicando quais estilos musicais farão parte do show. “A formação não é tão comum, então temos estes dois caminhos: fomentar obras e arrojá-las. É um concerto não-usual. Com o objetivo de formar plateias, fugindo da obviedade, aproximando o público da linguagem, para informar e fazer com que mais pessoas possam apreciar a música vocal”, afirma Eudes Naziazeno, que idealizou o projeto com Albino. Ele destaca também a questão social, pois, além de serem gratuitas, as performances ocorrem para o público em locais como o COMPAZ Miguel Arraes (na Avenida Caxangá).   Apesar de estar inserido no universo erudito, o GraVIs traz forte sotaque da cultura nordestina, pernambucana. Depois de se conhecerem no Departamento de Música na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os artistas se reuniram e gravaram as primeiras músicas antes da pandemia, em 2019. Alguns integrantes já fizeram parte de outros grupos corais, regidos por Flávio Medeiros, a exemplo do Contracantos e Opus 2. “A formação de coral masculino é comum em outras culturas. Aqui é algo mais raro. Temos a influência dos aboios, com predominância maior dos homens cantando”, pontua Guilherme Jacobsen, que assina a coordenação pedagógica do Sexteto.  Para ele, a recepção da plateia ao trabalho do GraVIs costuma ser positiva. “Há um sentimento expresso de descoberta. Estamos em busca de dar um acesso gratuito e democrático à cultura”, observa.   FAIXA A FAIXA   O “Kyrie”, da “Grande Missa Armorial”, de Capiba, foi escolhido para fazer parte do show, assim como o “Glória”, de Clóvis Pereira, pela inserção dos sons, ritmos e melodias com forte ligação com o Movimento Armorial. Henrique Albino fez um grande esforço nos arranjos para trazer toda esta música só para a voz, levando a ela as nuances dos instrumentos. São usadas palmas com o corpo, assovios, outros elementos e sonoridades que não estão na música original. No Glória, o solista é Marcelo Cabral de Mello, que puxa a composição, mas mantém o coro assumindo gestos sonoros incorporados à interpretação.   Já “Maria”, faixa criada por Lúcia Helena Cysneiros, foi imaginada a partir de um poema de um livro escrito pelo pai da autora. Mostra uma criatura de alma ardente, enfrentando a frieza do mundo. A partir da música, chega aos ouvintes o momento de encanto que tal cena proporciona. A louca travessia de Maria é mostrada, a partir da perspectiva do poeta. A música tenta expressar simplicidade e uma energia surpreendente de vida.   A apresentação segue com a romântica “Amor de mi alma”, do norte-americano Zane Randall Stroope. É o momento da apresentação em que o grupo mostra algo de fora do Brasil, mas usando o arranjo de um compositor local, com experimentações em cima do original. Até pela sua origem, tem questões harmônicas e desenhos melódicos que permitem aproveitar a formação de sexteto para manter fraseados importantes. As diferentes modulações, tonalidades de vozes a cada repetição, fazem com que a parte do meio da música ecoe como um mantra, a exemplo de um órgão tendo o som de suas teclas apertadas reproduzido continuamente.   Em seguida, vem “Não quero saber, não (uma brincadeira bachiana)”, de Dierson Torres,  experimentando diversas vozes. Segundo Guilherme, é uma clara referência a Johann Sebastian Bach, suprassumo do contraponto musical, usando a linguagem contrapontística, brincando com a passagem de uma voz para outra, como na fuga (forma musical).    No “Stabat Mater” criado por Henrique Albino há desde uma polirritmia que remete à música medieval e aos impressionistas como Debussy, no século 19, até uma citação a Pergolesi, do período barroco. A sobreposição de tensões e dissonâncias, no trecho final, faz com que a música volte a ter um efeito mais sutil. No repertório sacro, o Stabat Mater fala da via-crúcis, descrevendo o sofrimento de Maria, a dor de ver o filho pendente na cruz.   No maracatu, também de autoria de Albino, ele brinca com a repetição insistente das vozes (ostinato), e inverte as sílabas da palavra, que se transforma em “Tumaracá”. Por fim, o show se encerra com a junção de dois frevos conhecidos do nosso Carnaval – o “Hino da Troça Ceroula” e “Cabelo de Fogo”, esta última do Maestro Nunes, desconstruídos através dos arranjos e vozes.   Serviço:   18/11, 19h, na Semana da Música do Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, Boa Vista)   

Sexteto GraVIs traz novo fôlego ao canto coral   Read More »

Teatro nos Parques Unilever promove apresentações a céu aberto em Garanhuns

A 2a edição nacional (17ª temporada) reúne obras para públicos de todas as idades, encenadas por talentosos grupos Com a missão de formar público e democratizar o acesso da população às artes cênicas, o Teatro nos Parques Unilever chega a sua 17ª edição, com diversos espetáculos para pessoas de todas as idades, encenados por companhias consagradas. O projeto passa pela cidade pernambucana de Garanhuns, nos Parques Ruber Van Der Linder (Pau Pombo) e Euclides Dourado (dos Eucaliptos) nos dias 19 e 20 de novembro. A programação tem início com o espetáculo Luanda-Ruanda, do Coletivo Tear, que se apresenta no dia 19, às 11h, no Parque Pau Pombo. O espetáculo é resultado de um trabalho das artistas em comunidades quilombolas de Garanhuns e resgata histórias e lendas ligados à ancestralidade. Ainda no sábado, às 16h, no Parque Euclides Dourado, tem a peça Espavento, do Teatro de Retalhos. Na trama, o dono do cerco anuncia que procura artistas para montar o melhor espetáculo da Terra. Sem virtuosismo algum e pouquíssimo dinheiro, os palhaços contam com a memória dos circos que encantavam as cidades e, com a ajuda do público, até pode dar certo! No domingo, dia 20, às 11h, o Coletivo Tear volta ao Parque Pau Pombo para apresentar Ayô - Histórias de Griô, que resgata a figura dos griôs africanos, a partir de histórias reais e fictícias, fábulas e cantigas. E a programação se encerra com chave-de-ouro com o espetáculo de teatro de mamulengos Re Te Tei, da Tropa do Balacobaco, apresentado no domingo, às 16h, no Parque Euclides Dourado. A peça conta as peripécias de Chico Catolé, um moleque treloso, brincalhão e inventador histórias que está sempre se metendo em confusão. Desta vez, o menino perde o fígado em uma disputa com a figura do Papa Figo e precisa fazer tudo para recuperá-lo.

Teatro nos Parques Unilever promove apresentações a céu aberto em Garanhuns Read More »

Recife sedia evento que debaterá os 100 anos da Semana da Arte Moderna no Brasil

Filhos de artistas como Cândido Portinari, Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Di Cavalcanti participam de debates sobre o atual cenário cultural e os direitos autorais. Na foto, o advogado Ticiando Gadêlha, um dos organizadores do evento. Foto: Érico Hiller No ano em que se celebra os 100 anos da Semana da Arte Moderna, o Recife será sede de um evento que discutirá o mercado da arte no Brasil, revelando o atual cenário de artistas e familiares de grandes nomes da cultura que hoje lidam diretamente com a proteção dos direitos autorais e propriedade intelectual das obras. No formato de mesa redonda, o debate acontecerá no dia 17 de novembro, a partir das 8h30, no restaurante Solar do Douro, no Pina, e contará com a participação dos filhos de artistas como Cândido Portinari, Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Di Cavalcanti. O evento será dividido em três momentos: um café da manhã seguido de dois painéis de discussão que abordarão os temas A arte de Pernambuco para o mundo e Os 100 anos da Semana que evidenciou o Brasil para o mundo. O primeiro debate contará com a participação de Leonora da Hora (Abelardo da Hora) e Maria Conceição Brennand (Francisco Brennand). Já o segundo painel será composto por Elisabeth Di Cavalcanti Veiga (Di Cavalcanti) e João Cândido Portinari (Cândido Portinari). A primeira realização da Semana de Arte Moderna anda de mãos dadas com um marco no desenvolvimento da regulamentação de direitos autorais no Brasil: a adesão ao Tratado de Berna, que ampliou internacionalmente os direitos autorais como direito de propriedade. Após a ebulição da arte moderna e contemporânea no país, em 1922, a discussão em torno das autorias das obras, apropriações, citações, entre outros pontos, foi aprofundada e a lei atual de Direitos Autorais, em vigor desde 1998, foi fundamental para preservar e proteger obras e grandes artistas. O evento está sendo organizado pelo advogado Ticiano Gadêlha, especialista em Propriedade Intelectual, através do escritório Tôrres Gadêlha Advocacia, em parceria com o Instituto de Advogados de Pernambuco (IAP), presidido por Gustavo Ventura. “Estamos reunindo as primeiras gerações diretas de importantes artistas da cultura pernambucana e brasileira para debatermos o atual cenário da arte no nosso país, incluindo os direitos autorais e a Propriedade Intelectual. Uma mesa redonda que vai celebrar não só os 100 anos da Semana da Arte Moderna, como também a preservação e evolução da arte. Teremos um debate enriquecedor”, afirmou Ticiano Gadêlha. Serviço: Direitos Autorais nos 100 anos da Semana da Arte Moderna 17 de novembro (quinta-feira) Horários: Café da Manhã: 8h30 às 9h10 Abertura: 9h10 às 9h20 1º Painel A arte de Pernambuco para o mundo: 9h20 às 9h50 2º Painel Os 100 anos da Semana que evidenciou o Brasil para o mundo: 9h50 às 10h20 Local: Restaurante Solar do Douro (Av. Antônio de Goes, 60 - Pina, Recife - JCPM Trade Center, Térreo)

Recife sedia evento que debaterá os 100 anos da Semana da Arte Moderna no Brasil Read More »

Festival de cinema OLAR une Pernambuco e América Latina

Promovido por cineastas pernambucanas, 1º Observatório Latino-Americano de Realizadoras tem programação online e gratuita de 16 a 26 de novembro Pensado para visibilizar o cinema latino-americano protagonizado por mulheres, o Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR), uma iniciativa comandada por cineastas pernambucanas, realiza seu primeiro festival de cinema entre 16 e 26 de novembro, com transmissão de aulas abertas e filmes gratuitamente através da Internet. O festival surge como um movimento que busca exercer a América Latina a partir do cinema. Para isso, proporciona um espaço de encontro e diálogo entre trabalhadoras do audiovisual de diversos países, promove a construção de memória das realizadoras do cinema latino-americano e a formação de profissionais. Idealizado por Cíntia Lima e Lilian de Alcântara, cineastas pernambucanas, o festival ganha corpo com dez dias de programação gratuita que protagoniza Pernambuco no circuito audiovisual latino-americano. “Nosso objetivo é fazer do OLAR um espaço de troca de conhecimento para que observemos e conheçamos o trabalho umas das outras”, pontua Cíntia.  PROGRAMAÇÃO - O 1º OLAR tem início na quarta e quinta (16 e 17/11), com a Oficina de Crítica Cinematográfica. Oito participantes de Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia e Cuba, selecionadas através de inscrições, embarcam em dois encontros online via Google Meet com a pesquisadora Mariana Souza. A atividade bilíngue vai propor escrita sobre os filmes exibidos e posterior publicação no site do festival.  No domingo (20) acontece a abertura das mostras de filmes, com uma live oficial no YouTube e no Facebook, e a Mostra Referência Olar, que coloca foco sobre a obra da realizadora indígena mexicana Yolanda Cruz. Até a segunda (21), o longa “Hope, Soledad” e o curta “Las lecciones de Silveria”, ambos de direção de Yolanda, podem ser assistidos gratuitamente pelo público no site do festival.  De terça (22) a sábado (26) entram em cartaz também no site do festival a Mostra Competitiva, que concederá o Prêmio Sara Gómez de Melhor Curta-metragem; a Sessão Relatos de Cine, com obras que abordam a participação das mulheres na história do cinema; e a Sessão Perspectivas Pernambucanas, que traz um panorama contemporâneo das produções do Estado. A curadoria de filmes é assinada pelas idealizadoras com participação de Caroline Pavez, cineasta mapuche chilena, nas duas primeiras sessões. Ao todo, as três mostras reúnem 20 curtas de diversos gêneros de Cuba, Brasil, Argentina, Chile, Guatemala e México.  Entre 23 e 25/11, o OLAR transmite aulas abertas através do YouTube sobre três temáticas - “Co-produção Internacional”, com Mariana Murillo; “Acessibilidade no Audiovisual”, com Danielle França; e “Olhares Lesbianos - Narrativas de (r)Existências”, com Thais Faria. Ainda no sábado (26) acontece uma live de encerramento do festival com a premiação do melhor curta da Mostra Competitiva Sara Gómez. Tanto os filmes quanto as aulas abertas contam com opções de legenda em português e espanhol, podendo ser conferidos de toda a América Latina. O 1º OLAR é uma realização da Olar Filmes com incentivo do Funcultura através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.  SERVIÇO:  1º Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR) De 16 a 26 de novembro Gratuito e online www.realizadoraslatinas.com 

Festival de cinema OLAR une Pernambuco e América Latina Read More »