Z_Destaque_culturaHistoria – Página: 36 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Exposição “J. Borges – O Mestre da Xilogravura” chega a São Paulo no Centro Cultural Fiesp

No dia 5 de abril, a partir das 19h, os convidados poderão conferir 62 obras do artista e quatro de seus filhos. O mestre J.Borge, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco, estará presente na abertura da mostra Os símbolos, contos e figuras de um imaginário popular do Nordeste poderão ser vistos gratuitamente no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista até 7 de agosto. J. Borges – O Mestre da Xilogravura é o nome da mostra que apresenta uma coletânea de 66 xilogravuras, sendo 10 obras inéditas, 10 matrizes inéditas, além das obras mais importantes da sua carreira, com temas que retratam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o melhor gravador popular do Brasil. O artista popular já teve suas obras expostas em museus pelo mundo todo. China, Japão, França, Estados Unidos, Venezuela foram alguns dos lugares que receberam as xilogravuras do Patrimônio Vivo de Pernambuco. As xilogravuras tratam do cotidiano do agreste, acontecimentos políticos, fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida. A visitação acontece, a partir do dia 6 de abril, de quarta a domingo, das 10h às 20h. Caso prefira realizar o agendamento, basta acessar o Meu Sesi (www.sesisp.org.br/eventos). José Francisco Borges, o J. Borges, de 86 anos, é Patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Estado aos mestres da cultura popular pernambucana, reconhecidos como Patrimônio Imaterial. É natural de Bezerros, no Agreste pernambucano, onde vive e trabalha até hoje. Filho de agricultores, trabalhava desde os 10 anos na lida do campo. O gosto pela poesia o fez encontrar, nos folhetos de cordel, um substituto para os livros escolares. Ao longo da trajetória, J. Borges narrou o Nordeste e, sobretudo, o interior de Pernambuco com os temas que entraram para sua coleção mais importante, a exemplo das telas ‘No Tempo da Minha Infância’, ‘Na Minha Adolescência’, ‘Vendendo Bolas Dançando e Bebendo’, ‘Serviços do Campo’, ‘Cantando Cordel’, ‘Plantio de Algodão’, ‘A vida na Mata’, ‘Plantio e Corte de Cana’, ‘Forró Nordestino’ e ‘Viagens a Trabalho e Negócios’. Todas poderão ser apreciadas pelo público durante a exposição. “Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”, afirma J. Borges. Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, entre outros assuntos. A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Por esse motivo, livretos de cordel estarão disponíveis – e pendurados por um barbante, tal como no Nordeste – para os visitantes na exposição. O Sesi-SP é uma instituição que trabalha pela educação de forma ampla e onde a Cultura é parte importante nesse processo. “Nós ficamos muito felizes por sediar uma mostra como J. Borges – O Mestre da Xilogravura. Assim, seguimos com o propósito de difundir a cultura, reconhecendo e valorizando nossos artistas e colaborando para a formação de público cada vez mais consciente na apreciação das artes visuais”, explica Débora Viana, gerente de Cultura do Sesi-SP. A mostra também apresenta 4 obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra do artista, assinada pelo jornalista Eduardo Homem. “A exposição retrata a magia da sua obra, tão importante para o povo brasileiro e para o mundo. A arte visual brasileira se tornou mais importante depois que J.Borges começou a criar seu trabalho de xilogravuras, tornando-se um dos maiores xilogravuristas do mundo. Sem dúvidas, ficará na memória do público para sempre”, afirma – Ângelo Filizola, curador da exposição e responsável pela Cactus Promoções e Produções -, que produz a mostra. O artista desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para Borges criar o desenho, no qual as narrativas próprias do cordel têm seu espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção. Serviço:J. Borges – o mestre da xilogravuraEspaço de Exposições do Centro Cultural FiespAbertura para convidados: 5 de abril de 2022;Período expositivo: De 6 de abril a 7 de agosto;Horário de funcionamento: De quarta a domingo, das 10h às 20h;Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Em frente à estação Trianon-Masp do metrôEntrada gratuita

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Exposição “Tereza Costa Rêgo – Sem concessões” chega à Galeria Marco Zero

Obras da artista plástica pernambucana serão exibidas, de forma gratuita, a partir de hoje (1º de abril) e segue até o fim do mês, com horário especial no primeiro fim de semana Em homenagem à obra madura e à dimensão tríplice da trajetória da artista plástica pernambucana, a Galeria Marco Zero tem a honra de apresentar a exposição “Tereza Costa Rêgo – Sem concessões”, sob a curadoria de Denise Mattar. Com acesso gratuito, a mostra inédita abre para visitação do público a partir de hoje (1º), e fica em exibição até o final do mês de abril, com o horário especial no sábado (02) e domingo (03) das 10h às 17h. A Galeria Marco Zero fica localizada na Av. Domingos Ferreira, nº 3393, bairro de Boa Viagem. Aclamada pela imprensa, intelectuais, políticos e público de sua terra natal, Pernambuco, Tereza Costa Rêgo faleceu, em 2020, aos 91 anos, com o status de uma lenda; alcançando essa unanimidade sem fazer concessões. Sua obra é indissociável de sua vida longa e intensa, plena de lances dramáticos, de renúncia e rebeldia, paixão e dor. Entre os destaques desta nova mostra, estão As Mulheres de Tejucupapo”, seu último painel, a emblemática série “7 Luas de Sangue”, que percorre episódios marcantes da história brasileira, e “Apocalipse”, uma obra síntese de sua produção, uma serpente ancestral, dentro da qual se desenrola a batalha da existência humana. O público ainda terá a oportunidade de conferir trabalhos potentes, que exaltam as figuras femininas de Tereza, donas de seus corpos, livres e fortes. Denise Mattar, curadora da exposição, ressalta a importância de reunir essas obras, que há tantos anos não eram exibidas por tanto tempo. A curadora explica que escolheu fazer um recorte pontuado nos trabalhos que considera mais maduros de Tereza, que ousou tratar abertamente de temas árduos e o quanto isso faz com que suas obras continuem atemporais. “Ao contrário de tantos artistas que produzem o melhor na sua juventude, Tereza envelheceu como um vinho raro, e seus aromas e sabores foram se tornando cada vez mais complexos, sutis e intrigantes. A sua pintura é forte e visceral, permeada de uma sensualidade perturbadora. Mas também retrata pontos duros do nosso povo, como toda a questão negra e a dizimação dos índios, tudo isso de maneira contundente” aponta Denise. Sua última grande pintura, “As Mulheres de Tejucupapo”, tem 8 metros de comprimento por 2,2 metros de altura e consumiu 3 anos de preparação da artista, que a finalizou com 88 anos. A obra reconta uma história de heroísmo feminino, de audácia e de luta pela terra. “Essa criação é uma ode às mulheres: à sua coragem, inteligência e independência. É tempo de compartilhar Tereza Costa Rêgo, de mostrar sua arte para o mundo”, completa Mattar. LEGADO – Joana Rozowykwiat, neta de Tereza Costa Rêgo, fez questão de ressaltar a relevância da exposição, da reunião das obras de arte de sua avó na época em que que estamos vivendo em relação à luta da liberdade feminina. Com muito orgulho ela refere-se às obras como arte composta de beleza e de coragem. “Ela foi uma mulher à frente de seu tempo, uma das principais artistas plásticas daqui do nosso estado, e seu legado é uma obra que continua provocando encantamento e reflexão em todos que tem contato com ela e isso precisa ser preservado, visto e debatido”, aponta Joana. Serviço Exposição “Tereza Costa Rêgo – Sem concessões” – Denise Mattar Galeria Marco Zero – Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem Abertura: 01/04 às 17h | Visitação 01/04 até 30/04 Horário – seg à sex | 10h-19h | sáb (02) e dom (03) |10h-17h | demais fins de semana 10h-17h Acesso gratuito

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6ª edição do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns começa nesta sexta-feira

Com o tema “Muito Além das Fadas, o FLIG terá bate-papos, oficinas, exposição, seminário e apresentação cultural a partir do dia 1º de abril Começa nesta sexta-feira (1º/04) a culminância da 6ª edição do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns (FILIG). Até o domingo (03/04), o público poderá participar de apresentações culturais, ações formativas e conversas com autores, escritores e ilustradores convidados para falar sobre “Muito Além das Fadas”, tema deste ano, e os contos maravilhoso. “Foi uma realização diferente neste ano, com formato adaptado à nova realidade, mas que conseguiu cumprir mais um pouco de seu objetivo, que é transformar Garanhuns em uma cidade leitora”, comenta Pietra Costa, diretora da Ferreira Costa, empresa idealizadora do FILIG junto com a Proa Cultural. Nesta sexta edição, o Festival já realizou em março caravanas de leituras em escolas do município e seminários com escritoras. Foram mais de 1,4 mil pessoas impactadas com as iniciativas. Os três dias de culminância contarão com espetáculo teatral, quatro Bate-papos e três Ateliês de Criação. Na sexta-feira (1º), no CPC Sesc, as atividades presenciais começam com o espetáculo “Mundo – Em Busca do Coração da Terra”, da Tropa do Balacobaco, grupo teatral de Arcoverde, às 10h30. A partir das 13h30, será realizado o terceiro Seminário FILIG de Leituras, com a autora Heloísa Prieto (SP) falando sobre “O Tempo da Voz”. Em seguida, às 16h45, Marcilene Pereira media bate-papo com os autores pernambucanos Erica Montenegro e Thiago Corrêa Ramos, este de Garanhuns. Ainda no CPC, o público pode conferir a 3ª edição da ILUSTRImagem, com o tema “Lobo, mau?”. A exposição reúne oito ilustrações de artistas brasileiros. O espetáculo e o bate-papo terão transmissão ao vivo pelo site do festival (http://filigfestival.com). No sábado (2), apenas em formato virtual, o FILIG terá dois Bate-papos com Autores: às 8h15, com Marina Colasanti (RJ) e Rosangela Lima (PE) e mediação de Monaliza Rios; e às 10h30, com Roger Mello (RJ) e Ágatha Kretli (PT), mediado por Carolina Mafra de Sá. Às 14h30, o ilustrador Nelson Cruz (MG) realiza o Ateliê de Criação: “Diante do Livro Ilustrado”. No domingo (3), às 8h15, tem Aline Abreu (SP) e o Ateliê de Criação “Desconstruindo Chapeuzinho”; às 10h30, “Princesas, príncipes e fadas: ainda existe lugar para essas personagens nos dias de hoje?”, é o tema do Ateliê de Criação de Gislayne Avelar Matos (MG). Às 14h30, a escritora indiana Rina Singh é a convidada do Bate-papo com Autora com mediação de Carolina Mafra de Sá. “Estamos muito felizes com o que estamos percebendo de apropriação das pessoas da cidade pelo projeto e a importância dele para o calendário literário e para a formação de leitores, de todas as idades”, avalia Camila Bandeira, diretora da Proa Cultural. Todas as atividades são gratuitas e as inscrições, limitadas, podem ser realizadas no www.filigfestival.com. Durante o preenchimento, é possível escolher e marcar as atividades de interesse.

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Jurema! Magia popular presente entre nós

No restaurante Sabores Ibéricos, do português Jaime Alves, fui apresentado à jornalista Luciana Araújo, da revista de variedades Jurema, ela própria juremeira, que me fez lembrar dos meus tempos de pesquisador no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa), onde encontrei notícia dessa seita popular que cultua elementos das matas, reino dos caboclos (espíritos de ancestrais indígenas brasileiros) do Século 18. Segundo se depreende do processo nº 6238, do Cartório da Inquisição, o capitão-mor dos índios da povoação de São Miguel dos Barreiros (Pernambuco), Francisco Pessoa, é acusado da prática de feitiçaria pela utilização da jurema nos rituais de pajelança. Em carta, datada de 15 de janeiro de 1782, o vigário de Sirinhaém, padre Antônio Teixeira Lima, narra à Mesa do Santo Ofício, que o dito capitão-mor é dado à prática de feitiçaria, com utilização da raiz de jurema nos seus rituais de pajelança: “No lugar chamado Camaleão costumavam se reunir o capitão- -mor dos índios, e outros índios, filhos e parentes, soldados da povoação de São Miguel dos Barreiros” para prática de feitiçaria. Todas as noites “cozinhavam uma imagem de Cristo em água de raiz de jurema” e, depois que bebiam daquela infusão, punham a imagem no chão e começavam a saltar e dançar ao seu redor. Terminada a cerimônia tal imagem era enrolada em “folhas de pacavira” (bananeira) e permanecia no fumeiro da casa do dito capitão-mor. No mesmo processo são denunciados os filhos do capitão-mor, Pascoal, Manuel e Domingos Pessoa, os alferes Antônio Bezerra e Manuel João, todos índios, moradores nas matas do Sítio Camaleão, distante dez léguas da povoação dos Barreiros. Acrescenta a testemunha Pedro Roca Barreto que “as pessoas bebem muita jurema e que depois de beberem caem como mortos e os que não têm bebido são os que fazem as danças e cantigas”. O fato foi denunciado ao governador de Pernambuco, José César de Menezes, por carta datada de 28 de novembro de 1782, na qual se pedia a prisão dos implicados; o que nunca veio a ser consumado. Hoje, longe das perseguições do passado, esse culto encontra- -se presente em grande parte da população; a feitiçaria da jurema combina elementos da magia branca europeia com elementos negros, ameríndios e cristãos; liderado por um mestre que defuma os assistentes com seu cachimbo, é a quem se recorre para resolver problemas diversos. No Carnaval, particularmente em nossos caboclinhos, a presença do culto indígena é mais frequente. O misticismo, combinado com o medo do desconhecido, está presente no inconsciente coletivo dos que fazem a grande festa e têm na pajelança a religião dos seus antepassados. Uma boa parte dos que integram as agremiações carnavalescas são seguidores do candomblé e da umbanda, havendo outros que cultuam a linha da jurema; o catimbó como é popularmente conhecida, em que os “senhores mestres” e os caboclos são invocados com a utilização de “pequenos apitos, do maracá, da jurema e do cachimbo”.

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Fundaj e Porto Digital celebram memória do manguebeat com documentário inédito

Manguebit, de Jura Capela, será exibido na próxima quinta-feira (31), no Cinema do Porto Ainda inédito no circuito, o documentário Manguebit, que gira em torno do célebre movimento cultural que mudou a paisagem musical do Brasil nos 1990, ganha uma pré-estreia exclusiva no coração da cidade que lançou suas principais figuras. Na próxima quinta-feira (31), o longa, dirigido por Jura Capela, será exibido no Cinema do Porto, em uma parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Porto Digital. A ação vem para celebrar tanto o movimento quanto a memória de Chico Science, que completaria 56 anos neste mês. Após a sessão, marcada para 18h40, um grande time de importantes nomes do manguebeat se reunirá para um bate-papo no cinema. A conversa contará com Fred Zero Quatro, fundador da Mundo Livre S/A e autor do manifesto “Caranguejos com Cérebro”, texto considerado um dos pontos de partida do mangue beat; Dengue, baixista da Nação Zumbi; Paulo André Pires, produtor do Abril Pro Rock e empresário da Chico Science e Nação Zumbi nos anos 90; e a jornalista Débora Nascimento, que cobriu a cena cultural pernambucana na efervescência do mangue. O filme reconstrói o que foi o manguebeat a partir de conversas de figuras emblemáticas do período, que ajudaram a recolocar Pernambuco como grande polo de reinvenção musical do país. O documentário ainda reverbera a influência do movimento na geração de artistas que vieram depois e que tiveram o gênero musical como influência nos seus trabalhos. A exibição faz parte de uma série de iniciativas de celebração do movimento que a Fundaj vem realizando e também reforça a parceria com o Porto Digital na promoção de eventos conjuntos. No último Carnaval, por exemplo, Chico Science foi escolhido como homenageado da instituição. No mesmo mês, o programa Sonora Coletiva, do multiHlab, trouxe Fred Zero Quatro para uma conversa sobre os 30 anos da cena mangue. ServiçoExibição do documentário Manguebit e bate-papoDia 31/03, a partir das 18h40Cinema do Porto – Cais do Apolo 222, 16º andar, Bairro do RecifeIngressos antecipados pelo Sympla: R$ 10 (inteira) R$ 5 (meia)

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RecorDança lança novo site com acervo da dança pernambucana

Na quarta-feira, 30 de março, às 18h, o coletivo pernambucano Acervo RecorDança, por meio do projeto Reconectando a própria história, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020, lançará seu novo site com o acervo que inclui recortes não lineares sobre a dança pernambucana. A plataforma disponibilizará documentos, reportagens, podcasts, vídeos, entrevistas, programas, fotos, pesquisas, reflexões e informações das diferentes etapas dos 18 anos do acervo, no endereço: www.acervorecordanca.com. Voltado à produção de conhecimento e à preservação e difusão da memória da dança em Pernambuco, o RecorDança é conduzido por sete pesquisadoras da área: Ailce Moreira, Elis Costa, Ju Brainer, Liana Gesteira, Roberta Ramos, Taína Veríssimo e Valéria Vicente. O novo site conecta a fase inicial do coletivo, de catalogação, organização de documentos e dados históricos, com as etapas posteriores de produção de conteúdos e ações de difusão, como a realização de documentários, podcasts, exposições, publicações, seminários e mostras de videodanças. A plataforma foi desenvolvida a partir de um sistema rizomático, o qual conecta todo o conteúdo do acervo. Os materiais mais antigos, que antes eram acessados de forma isolada, serão conectados aos novos conteúdos através de hipertextos que permitem uma navegação mais fluida e intuitiva, de acordo com o caminho traçado por cada visitante. O site também poderá ser acessado por celular, democratizando os canais de comunicação, além de oferecer ferramentas de acessibilidade para pessoas com baixa visão e daltonismo, através de recursos de alto contraste e dimensão das fontes. Para as pesquisadoras, o trabalho com a memória é, entre outras coisas, uma ação de construção de consciências: de si, do seu entorno, do seu tempo histórico, do seu fazer, de toda uma rede. Ailce Moreira, Elis Costa, Ju Brainer, Liana Gesteira, Roberta Ramos, Taína Veríssimo e Valéria Vicente observam que o trabalho do Acervo RecorDança agrega tanto fazedores de dança em Pernambuco quanto as pessoas envolvidas neste processo. Elas ressaltam, ainda, que a ação marca de forma positiva e contundente a posição das danças pernambucanas no cenário estadual e nacional, com todas as suas diversidades, divergências, complexidades e polifonias. Trajetória O Acervo RecorDança iniciou suas atividades em 2003, a partir de um projeto de pesquisa e documentação. O objetivo era de catalogar, difundir e entrelaçar as mais plurais narrativas de sujeitos diversos da dança pernambucana, coexistentes em um mesmo período de tempo, ao contrário da ideia tradicional de que a história deve ser contada com base em fatos cronológicos e únicos. Na época, o lançamento do acervo mobilizou vários artistas da dança do estado, na doação de materiais e concessão de entrevistas, bem como resultou em uma maior visibilidade para a classe artística. O projeto mais recente do coletivo foi o lançamento, em março de 2021, da terceira temporada do podcast Histórias ao pé do ouvido (HPO). O tema escolhido foi Narrativas Femininas e o produto foi inteiramente construído por mulheres da dança de Pernambuco. Nessa edição, o podcast contou com um grupo de estudos constituído a partir de um chamamento público, com entrevistas e criação de cinco episódios inéditos, além de um ensaio por escrito e a doação do material criado para instituições culturais e educativas de Recife. O projeto teve incentivo do Funcultura – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura.

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Livro traz histórias de mestres do artesanato

Cepe lança Feira de sonhos – artesanato pernambucano, contando a história de nomes que deixam sua marca num dos maiores eventos do gênero em toda América Latina A história de 11 mestres e mestras que tiveram suas vidas transformadas pela Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) é contada no livro Feira de sonhos – Artesanato pernambucano. Na publicação há relatos de artesãos descrevendo como começaram a ter consciência da importância do próprio trabalho, a partir da exposição na Fenearte, que se consolida como a maior feira do gênero da América Latina. O lançamento da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) será realizado no próximo dia 24, às 19h, na Casa Capitão. Os textos são dos jornalistas Catarina Lucrécia Araújo e Márcio Markman, fotografia de Daniela Nader, que rasga páginas e revela a riqueza produzida por santeiros, rendeiras, mamulengueiros e mestres das mais diversas tipologias. O projeto foi apresentado por Daniela Nader aos seus parceiros da Capibaribe Conteúdo, agência de comunicação criada pelos três autores. Antes da criação da empresa, ela era a fotógrafa oficial da Fenearte. Conheceu o trabalho de mestres e mestras. Viu a transformação pela qual esses artistas passaram ao longo dos dez anos em que ela se dedicou a fazer esses registros. “São histórias realmente inspiradoras, sensíveis, que misturam superação, talento e perseverança. E uma certeza. Quando o poder público atua de forma correta, pode sim fazer acontecer. Transforma a vida das pessoas”, ressalta Catarina Lucrécia. A autora conta que ao final do ano de 2020 o grupo apresentou o projeto Feira de Sonhos ao presidente da Cepe, o jornalista Ricardo Leitão, que acolheu a ideia, adquiriu os direitos autorais do projeto através da Cepe, e assegurou as condições necessárias para viabilizar o livro. Outros volumes já começam a ser produzidos para dar continuidade ao levantamento dessas narrativas. Para visitar os artistas e conhecer um pouco mais do dia a dia deles, a equipe tem viajado por todo o Estado. Neste primeiro volume o grupo contempla os seguintes artesãos: mestra Cida Lima e mestra Neguinha, ambas do Sítio Rodrigues de Belo Jardim; mestra Marliete, do Alto do Moura, em Caruaru, considerada uma das melhores miniaturistas do mundo; mestra Odete, de Poção, uma das mais antigas representantes da renda renascença em Pernambuco; mestre Nido, de Sirinhaém, que fundou a ONG Instituto Jardim das Artes, que oferece cursos gratuitos para ensinar o ofício a jovens em situação de vulnerabilidade; o santeiro mestre Nicola, de Jaboatão dos Guararapes; mestre Benício, de Buíque, no Vale do Catimbau; mestre Neném, de Serra Talhada; mestre Miro, mamulengueiro de Carpina; mestre Joaquim, de Tracunhaém, especialista em fazer versões diferentes de São Francisco; e mestre Fida, de Garanhuns, do Sítio Cavaco, comunidade quilombola, de Garanhuns, próxima à barragem de Inhumas. De acordo com Markman a escolha dos nomes não foi fácil. Os autores procuraram contemplar a diversidade do artesanato de Pernambuco e suas várias tipologias (barro, madeira, renda, pedra, couro etc), assim como a ampla representatividade em cada uma das regiões do Estado, tais como Região Metropolitana, Agreste, Zona da Mata e Sertão. “Outra preocupação foi identificar os artesãos que de fato mudaram de vida depois da estreia no salão dos mestres da Fenearte. Além disso, nos preocupamos em garantir um equilíbrio entre o número de homens e mulheres”, diz o autor, enumerando os critérios. Lançamento do livro Feira de sonhos – Artesanato pernambucano Dia 24 de março Às 19h Endereço: Casa Capitão (Rua Capitão Lima, 124, Santo Amaro) Preço do livro impresso R$ 110,00

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Enciclopédia Itaú Cultural: Roda de Leitura virtual debate três prosas de Sidney Rocha

No dia 23 de março (quarta-feira), o Roda de Leitura virtual, realizado pelo Itaú Cultural quinzenalmente a fim de promover a leitura compartilhada, é dedicada à prosa. São três textos do cearense Sidney Rocha, Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco por sua atuação na educação e na defesa da leitura literária nas escolas. As obras abordadas são: Matriuska, Dois Pontos e Zerocal, todas do livro Matriuska, de 2009. O encontro é mediado pela professora de literatura Renata Pimentel. Para participar, basta reservar o ingresso em https://www.sympla.com.br/evento-online/roda-de-leitura-um-dedo-de-prosa-sidney-rocha/1508094. As prosas de Sidney Rocha falam sobre relacionamentos, seus desgastes, dores e sofrimentos. Zerocal aborda a relação sexual de um casal e a falta de prazer de Camila, que não consegue chegar ao orgasmo com o marido. Matriuska, finalista do Prêmio Telecom de Literatura em 2010, hoje Prêmio Oceanos, fala sobre o encontro em que a mulher revelou todas as suas importâncias para o homem, guardadas na bolsa, inclusive a mais cara de mostrar para alguém, algo que somente algumas pessoas conhecem: uma decisão de morte. Dois Pontos é sobre o pedido de uma mulher para Deus de mais dois dias na Terra para resolver tudo o que ainda precisa tratar. Recebida a benção, ela cumpre com as promessas feitas e, em vão, pede mais um par de dias para terminar o que ainda falta. Sidney Rocha tem textos traduzidos para a Alemanha, Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Portugal, onde recebeu o Prêmio Guerra Junqueiro, pelo conjunto de sua obra. Além de Matriuska, escreveu os contos O destino das metáforas, em 2011, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti; e Guerra de ninguém, de 2015. Com o romance infantojuvenil Sofia, conquistou o Prêmio Osman Lins, em 2014. Também, publicou a trilogia Cromane: Fernanflor (2014), A estética da indiferença (2018) e Flashes (2020), todos publicados pela Iluminuras. Roda de Leitura Tem a proposta de fruição e troca entre participantes de todo o País interessados por literatura e com diferentes experiências com o ato de ler. O ponto de partida é o acervo da Biblioteca Itaú Cultural, de onde são escolhidos textos curtos para serem trabalhados, alternando sempre os gêneros entre prosa e poesia.

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“A Observadora de Sombras” tem relançamento no Recife

Diante do clamor mundial para ficar em casa, as autoras pernambucanas Maria Anna Martins e Leticia Santiago trabalharam o lançamento do livro infantil “A Observadora de Sombras” de modo exclusivamente digital. Agora, com a vacinação infantil avançando, o evento que gostariam de ter feito desde o início finalmente se realiza: um lançamento com brincadeiras, contação de histórias e muito mais. “Estamos muito felizes em finalmente poder levar ‘A Observadora de Sombras’ para as crianças num evento bonito na livraria, essa é a primeira vez que contarei a história em um evento aberto no Recife”, diz a autora Maria Anna. Na tarde, além de contação de histórias, haverá brincadeiras interativas . “A dinâmica com as crianças vai ser divertida e de forma lúdica elas vão complementar o que aprenderam com a história, que as sombras nos acompanham, fazem parte de nós”, comenta a ilustradora Leticia Santiago. Segundo ela, as crianças poderão produzir desenhos a partir do que compreenderam do livro. “O desenho é uma forma muito legal de se expressar, principalmente na infância quando a gente não está tão preso ao conceito de beleza na arte e usa o desenho realmente como forma de expressão”, ressalta a artista. “A Observadora de Sombras”, publicado pela Editora Flyve, conta a história de Camila, uma menina curiosa que, com o seu caderno amarelo, busca entender as sombras e o medo do escuro. Um convite para trabalhar a observação com as crianças e se divertir. As autoras já planejam repetir a parceria em um novo livro infantil. O evento desta sexta-feira, 25, será aberto a todos e ainda contará com lanche gratuito para as crianças. A Livraria da Praça fica em frente a Praça de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Serviço: Evento de contação de história e relançamento Local: A Livraria da Praça fica em frente a Praça de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Dia e hora: dia 25, 16h30 até 17h30 Preço: gratuito. “A Observadora de Sombras”, de Maria Anna Martins e Leticia Santiago Infantil, para crianças entre 6 e 8 anos, mas pode atender tanto crianças mais novas, quanto mais velhas, dependendo do momento da criança. 30 páginas coloridas Link para a compra na editora: https://www.editoraflyve.com/product-page/a-observadora-de-sombras

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Christal Galeria recebe a primeira exposição individual de um artista indígena em Pernambuco

Os trabalhos de Ziel Karapotó podem ser conferidos a partir deste sábado (19) A Christal Galeria, no Pina, recebe no próximo sábado, dia 19, a partir das 10h, a primeira exposição individual de um artista indígena em Pernambuco. A exposição Ziel Karapotó- Como Fumaça, com a curadoria de Bárbara Collier, pretende narrar, através de pinturas, desenhos, objetos e vídeos, os caminhos que conectam as pessoas com suas origens, através da procedência enquanto grupo humano. A mostra, que tem o apoio da Lei Aldir Blanc, através da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, poderá ser conferida até o dia 30 de abril, com entrada gratuita e aberta ao público. A abertura contará com Roda de Toré, às 17h, com a participação de Nilton Júnior e Izabelle Mota. Em Ziel Karapotó – Como Fumaça, os trabalhos apresentados passam pela potência expressiva, cosmologia e resistência na luta por territórios do seu povo de origem, a etnia Karapotó (povo indígena da região do Baixo São Francisco, na zona rural do município de São Sebastião no estado de Alagoas), até a coragem do artista em tomar rumos diversos no campo das Artes Visuais, assim como a fumaça que sai da sua xanduca (cachimbo), que se expande e penetra nos espaços visíveis e invisíveis. “Seremos levados para aquilo que não conseguimos falar, mas sim ver e sentir. Através de obras que derivam do sonho, do segredo, do sagrado, o chão da Christal Galeria se tornará um espaço de troca e representação desse país inventado e forjado chamado Brasil”, explica Bárbara Collier, curadora da exposição. Mesmo jovem, Ziel Karapotó acumula mais de 10 prêmios no campo do audiovisual, como “Um Outro Céu”, premiação organizada pela rede de universidades da Bahia (UFBA, UNEB, UFRB), do Pará (UNIFESSPA), Inglaterra (Sussex), com apoio da Fapex e junto do movimento indígena, através da APOINME. Além disso, em 2020, obteve Menção Honrosa na 7ª edição do EDP nas artes do Instituto Tomie Ohtake em São Paulo; e em 2021 foi “Criador Talento” pela Rede Globo, sendo um dos autores Indígenas do “Especial Falas da Terra”, um marco na história da TV brasileira. “Trazer para uma galeria de Arte Contemporânea um jovem artista como Ziel Karapotó, no início de sua próspera e profícua carreira, é reverberar todo potencial de seu lugar de nascença, lugar este onde o pisar na terra e do bater o pé no chão é tão ritualístico como cotidiano. É abrir espaço para que a poeira que sobe, da fumaça que corta e guia de suas tradições se transformem em técnica, em tema, em ligação com suportes prezados pelo universo das Artes Visuais”, exalta a galerista, Christiana Asfora Cavalcanti. PERFIL DO ARTISTA – Indígena de Karapotó, Ziel nasceu na comunidade Terra Nova no estado de Alagoas. Além de artista visual, atua como performer, realizador audiovisual, fotógrafo, curador e arte-educador. Em seus trabalhos aborda as questões das identidades indígenas e utiliza do próprio corpo como ferramenta discursiva e construtiva de um pensamento anticolonial. Tem no currículo uma vasta participação em exposições coletivas, ensaios fotográficos e várias performances realizadas tendo a cultura indígena como tema abordado. Serviço: Ziel Karapotó – Como Fumaça Quando: De 19 de março a 30 de abril de 2022 Onde: Christal Galeria de Artes Entrada Gratuita e aberto ao público Endereço: Rua Estudante Jeremias Bastos, 266.

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