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Sexta-feira 13: cinco filmes imperdíveis para curtir no dia mais assombrado do ano

Marcada por superstições e mistérios, a sexta-feira 13 é conhecida como o “dia do azar” e carrega uma aura sobrenatural que intriga as pessoas há gerações. As lendas urbanas frequentemente associam essa data a eventos inexplicáveis, maldições e histórias de fantasmas, criando um clima de suspense. Recife, com suas ruas históricas e seu patrimônio cultural, é um dos locais mais reconhecidos no Brasil por suas histórias de assombrações. Adriano Portela, diretor do filme Recife Assombrado (2019), que terá uma sequência em 2025 e uma série em 2024, compartilha sua visão sobre o papel do terror no cinema e na sociedade: “O terror nos convida a refletir profundamente sobre a condição humana. O medo e o alívio são sensações poderosas. Trabalhar com esse gênero, que já foi tão marginalizado, é uma forma de explorar os dramas humanos. Um pouco de medo não faz mal a ninguém (risos)”, destaca o diretor. Pensando nisso, Adriano preparou uma lista com cinco filmes de terror para você entrar no clima desta sexta-feira 13 e viver momentos de tensão e sustos. Siga o diretor no Instagram: @adriano.portelaa.

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10 imagens das reformas do Porto do Recife Antigamente

O Porto do Recife completou 106 anos ontem. A coluna Pernambuco Antigamente tratou de fazer um passeio no passado dessa região história do Recife, pelas páginas da Revista de Pernambuco, em 1925. Na época, ele estava em plena reforma. O porto recentemente celebrou a conquista de R$ 120 milhões do PAC, que serão investidos na dragagem do canal de acesso e na melhoria da infraestrutura, permitindo a chegada de navios de grande porte com até 12 metros de calado. As obras estão previstas para começar ainda em 2024. Além disso, em agosto, o porto realizou um leilão bem-sucedido que resultou na arrematação de três áreas portuárias, assegurando investimentos de cerca de R$ 60 milhões. Esses investimentos expandirão a capacidade do porto para movimentar açúcar, malte e grãos. Outro marco significativo é a mudança para um caixa superavitário, um feito notável após mais de duas décadas de déficit. Para completar as boas notícias, o primeiro semestre de 2024 trouxe um aumento de mais de 40% na movimentação de cargas em comparação com o mesmo período do ano anterior. 1. Avenida do porto sem o primitivo gradil 2. Dragagem para o Cais 3. Outra obra de serviço de dragagem do cais 4. Trabalhos de construção da avenida do porto 5. Aterro junto à Ponte Giratória 6. Novas linhas férreas em construção 7. Obras destinadas ao edifício de administração das docas 8. Armazém B em construção 9. Desenho interno do Armazém B 10. Edifício das Docas no dia da inauguração *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Instituto Ricardo Brennand celebra 22 anos com show intimista de Martins

Evento reforça o papel cultural do espaço pernambucano Neste domingo (15), o Instituto Ricardo Brennand comemora seus 22 anos com um show especial do cantor pernambucano Martins, às 16h, na galeria do museu. O evento promete uma experiência intimista para o público em um dos maiores centros culturais do Brasil, localizado na Várzea, no Recife. Fundado em 2002, o Instituto é reconhecido por seu vasto acervo de obras de arte, armas brancas e documentos históricos. Desde sua criação, o espaço já recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes e foi premiado várias vezes pelo TripAdvisor como o melhor museu da América do Sul e do Brasil. A celebração com o show de Martins reforça o compromisso do Instituto em promover a cultura e a arte pernambucana, oferecendo uma programação que vai além da visitação tradicional, estimulando o encontro entre diversas formas de expressão artística. Serviço:

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11 fotos dos palácios municipais de Pernambuco antigamente

Ainda no clima das eleições municipais, a coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio hoje pelos palácios ou casarões que sediam ou foram no passado a casa dos poderes executivo de vários municípios pernambucanos. Muitos desses prédios são verdadeiros ícones da arquitetura nas cidades do interior e da Região Metropolitana. A maioria das imagens resgatadas são de um século atrás, da Revista de Pernambuco. Nesse álbum que publicamos hoje há imagens também da Biblioteca do IBGE e dos próprios municípios. Alguns desses prédios permanecem como sede do poder municipal. Prefeitura de Olinda Prefeitura de Caruaru, maior município do agreste pernambucano Palácio dos Guararapes, em Jaboatão Prefeitura de Nazaré da Mata Prefeitura de Garanhuns Prefeitura de São Lourenço da Mata Prefeitura de Igarassu Prefeitura do Paulista Prefeitura de Petrolina Prefeitura de Inajá Para encerrar, uma imagem com um recorte de jornal de 1925. O prédio, que na época foi do Club Internacional, anos após foi adotado como Gabinete do Prefeito. A provável última sede antes da ida do poder municipal para o Cais do Apolo. A prefeitura mantinha outros edifícios na mesma Rua da Aurora, que também foram sede do poder municipal. O prédio se tornou museu e abriga atualmente o Mamam. Desde a década de 1930 se discutia no município a necessidade de construir um novo edifício para a prefeitura, que só veio a acontecer na década de 70, um projeto é do arquiteto Jorge Martins Junior. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) *

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Vera Holtz apresenta Ficções no Recife

Espetáculo de sucesso com mais de 85 mil espectadores será encenado no Teatro do Parque Após uma temporada aclamada em Portugal, Vera Holtz retorna ao Brasil com o espetáculo Ficções, inspirado no best seller “Sapiens”, de Yuval Noah Harari. A peça, que já percorreu 25 cidades e atraiu 85 mil espectadores, será apresentada no Teatro do Parque, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, às 20h. Com uma narrativa fragmentada e provocante, o espetáculo explora o poder das ficções criadas pela humanidade, como deuses, nações e sistemas políticos. A adaptação teatral é assinada por Rodrigo Portella, que transforma as reflexões de Harari em uma experiência cênica envolvente e interativa. Vera Holtz se desdobra em diversos personagens, improvisa e dialoga diretamente com o público, enquanto é acompanhada pelo músico Federico Puppi, autor da trilha sonora original. O objetivo é desafiar o espectador a refletir sobre as “ficções” que moldam a sociedade contemporânea, em uma montagem que mistura teatro, performance e música. Produzido por Felipe Heráclito Lima, Ficções não pretende apenas traduzir o conteúdo do livro de Harari para o palco, mas sim criar um espaço de interação e questionamento. A peça questiona a nossa insatisfação diante das inovações e ficções que dominam o mundo, provocando o público a participar ativamente da construção do espetáculo, que é uma verdadeira performance em constante evolução. Serviço:Ficções com Vera HoltzDatas: 10, 11 e 12 de setembro, às 20hLocal: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 – Boa Vista, Recife)Ingressos: R$ 21 (meia, plateia popular) a R$ 160 (inteira, plateia nobre)Ingressos à venda: Sympla e bilheteria do teatroDesconto Vivo Valoriza: 50% de desconto para clientes (não cumulativo com meia entrada)Acessibilidade: Intérpretes de Libras em todas as sessões

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“A ocupação dos holandeses no Brasil gerou a profissionalização deles no tráfico de pessoas escravizadas”

Dirceu Marroquim, Historiador e curador da exposição “1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas” explica a mostra que está no Museu do Estado de Pernambuco que propõe um olhar a partir da atualidade para esse período da história que está no imaginário cotidiano do pernambucano. Quem for à exposição 1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas – que está no Museu do Estado de Pernambuco até o dia 6 de outubro – não deve esperar um simples mergulho no período das lutas contra os batavos. Mas uma interessante experiência sobre como esse passado permeia o cotidiano dos pernambucanos. Também conduz o visitante a refletir sobre diversos aspectos que levaram ao apagamento do protagonismo de negros e indígenas na memória sobre essa época, e sobre questões que povoam o imaginário da terra dos altos coqueiros: A Pátria nasceu após a Restauração? Se os holandeses permanecessem, Pernambuco estaria melhor? A reflexão é feita a partir da contraposição de um discurso hegemônico representado, em obras seculares, como as que mostram homens (em sua maioria brancos) nas lutas contra os invasores, e artistas contemporâneos como Nathê Ferreira, que traz um grande painel destacando uma mulher nega que mata um leão por dia, que tem o provocativo título: Qual é a sua batalha? Cláudia Santos conversou com o historiador Dirceu Marroquim, curador da exposição juntamente com Maria Eduarda Marques e Helena Severo. Ele explica como a mostra foi montada e resgata informações pouco conhecidas como culto a Iansã no final do Século 18 que era uma celebração feita por escravizados no Monte Guararapes e que se perpetuou em territórios da população afrodescendente. Como é que surgiu a ideia dessa exposição? Ela surge da tentativa de olhar para uma data: os 370 anos da rendição dos holandeses. É uma história que permeia o imaginário da nossa população. Não é estranho você ver turistas na rua do Bom Jesus, por exemplo, e as pessoas dizerem para eles: essa é uma rua que é do tempo dos holandeses. Você encontra muitos vestígios dessa história na nossa vida cotidiana. Só que a gente não olha muito sobre os desdobramentos dessa memória ou de como ela foi construída. A exposição nasce com a tentativa de problematizar como foram construídos os discursos nacionalistas ou que se pretenderam tentar dar unidade a essa memória. O nosso ponto de partida é entender que essa é uma problemática presente e não sobre o passado. Apesar de o título da exposição ser 1654, ela não é uma exposição sobre o Século 17, mas sobre 2024. A nossa linha do tempo é de frente para trás, começa em 2024. A proposta dessa exposição foi tentar lançar muito mais perguntas do que oferecer respostas prontas, para que as pessoas saiam da exposição se perguntando: que história é essa? Lançando assim a boa dúvida. Procurando olhar para essa história colocando em dúvida essas batalhas, essa memória católica, que cai num certo discurso hegemônico. A pergunta que permeia a exposição – Qual é a sua batalha? – serve um pouco para ilustrar o intuito dela. Como é a exposição? Ela está dividida em quatro módulos. O primeiro deles trata sobre Presença, é basicamente uma tentativa de olhar para esses 24 anos de ocupação, entre 1630 e 1654. Só que a gente faz isso lançando mão de objetos e de reproduções que não remontem ao Século 17, mas que sejam olhares contemporâneos sobre esse passado. Na entrada da exposição tem uma reprodução feita por Marcelo Andrade, estudante de arquitetura da Unicap, que criou uma página chamada Mauritsstad Digital que foi fruto do trabalho de conclusão de curso dele. Ele reproduziu em 3D a Cidade Maurícia. Então, conseguimos dar uma dimensão material a essa cidade que a gente vê numa representação tão chapada. Em seguida, temos um setor de cartografia no qual vemos a cidade evoluindo, o tecido urbano que vai crescendo e ao mesmo tempo vemos as permanências, como a Praça da Independência, a Rua de São José, cujos traçados permanecem. Estamos falando dessas idas e vindas. Nesse módulo, inclusive, tem um quadro que é do parceiro Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que retrata Maurício de Nassau e um homem escravizado atrás dele. Ao mesmo tempo, em frente a esse quadro, temos a obra do artista plástico contemporâneo James Duarte, cujo nome é Cimento Nassau, mas ele mostra um Nassau meio zumbi, com a mão putrefata. Trata-se de uma denúncia para mostrar que esse homem, a quem se atribui como ilustrado, quase um renascentista, representa a economia do açúcar que utilizava mão de obra escravizada. O segundo módulo é chamado Restauração, em que abordamos as guerras pela recuperação de Pernambuco que começam em 1645 e terminam em 1654. Só que a forma de abordar também tem as suas idas e vindas temporárias. De um lado, trazemos representações do Século 18 das batalhas dos Guararapes e das Tabocas. Temos uma representação feita por Victor Meirelles, que ficou pronta em 1879 e foi encomenda imperial, de certo modo uma ode ao gentil da terra, ou seja, à população local. Quem está à frente é o brasileiro Vidal de Negreiros. Por outro lado, temos a batalha da Nathê, artista plástica urbana extraordinária, que fez um painel intitulado: Qual é Sua Batalha? Ela morou nos Montes Guararapes, tem experiência grande no território. Na sua obra, a representação de uma batalha cheia de homens lutando desaparece. Ela mostra uma mulher negra lutando contra um leão. Então, seja no Século 17, seja hoje ou daqui a 100 anos, essa é uma imagem que constrói sentido e que aproxima o passado do presente. No centro desse módulo da Restauração há quatro totens que são os restauradores pernambucanos, a tetralogia: Henrique Dias, Felipe Camarão, André Vidal Negreiros e João Fernandes Vieira. Mas no centro, a gente procurou trazer uma espécie de memória de soldados. Conseguimos rastrear nas crônicas de guerra o nome dos terços que eram as tropas desses restauradores. Esses nomes

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Fundaj avança na preservação do acervo de Josué de Castro

Documentação do médico e geógrafo pernambucano passa por catalogação e digitalização, com planos de seminários e publicações sobre seu legado A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) intensificou o tratamento técnico do acervo do renomado médico e geógrafo Josué de Castro, visando ampliar o acesso e a preservação de sua obra. O acervo, sob os cuidados do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), está em processo de catalogação e digitalização, com 2.662 itens já disponíveis online. Além disso, uma agenda de seminários e publicações está sendo preparada para difundir o legado de Josué de Castro, conhecido por seu pioneirismo nos estudos sobre a fome e a desigualdade social. Nesta quarta-feira (4), o presidente do Centro de Estudos e Pesquisas Josué de Castro, José Arlindo Soares, visitou o Cehibra e destacou a importância da preservação deste acervo no Nordeste. “O acervo está bem conservado e o processo de digitalização está avançado. A equipe é dedicada, e o nível de trabalho superou as expectativas. Este é o local mais adequado para garantir a preservação e o acesso ao acervo”, afirmou José Arlindo, ressaltando a importância de transferir à Fundaj os documentos que ainda estão sob posse da família. A presidenta da Fundaj, Márcia Angela Aguiar, também reforçou o compromisso da instituição com a difusão do acervo de Josué de Castro. Segundo ela, a acessibilidade a este acervo é crucial para pesquisadores e para a sociedade como um todo. A preservação e a disponibilização desse importante legado reforçam a missão da Fundaj em promover o conhecimento sobre temas centrais, como o combate à fome e à desigualdade social, temas amplamente abordados na obra de Josué. O trabalho da Fundaj não se limita à preservação documental. A instituição estabelece parcerias com outras entidades, como o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP) e o Centro Josué de Castro, para fomentar a pesquisa e a difusão do pensamento crítico sobre as questões sociais abordadas por Josué. Com iniciativas como essas, a Fundaj reafirma seu papel como guardiã de um acervo fundamental para o entendimento das causas da fome e das desigualdades no Brasil e no mundo.

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Sociedade luta pela preservação do patrimônio histórico do Paulista

Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista articula várias ações para preservar a memória da identidade local. *Por Rafael Dantas Vizinha de municípios com amplo patrimônio arquitetônico, como Olinda e Igarassu, a cidade do Paulista tem se destacado na luta pela preservação de sua história. Conhecida pelo passado industrial têxtil da família Lundgren, ainda abriga lugares de diferentes períodos históricos, como o Forte de Pau Amarelo, com aproximadamente 300 anos, e as ruínas da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape. A criação recente do IHGAAP (Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista), em 2023, um desdobramento do Movimento Pró-Museu, tem reforçado a defesa da preservação desses edifícios de grande importância para a identidade local. As iniciativas para preservar o patrimônio histórico do Paulista são variadas e ambiciosas, especialmente por meio do IHGAAP. “Queremos oficializar junto ao Iphan a existência de um centro histórico que reflita tanto o período colonial quanto o operário têxtil da cidade” que já foi o maior parque têxtil da América Latina. Essa história precisa ser resgatada”, afirma Ricardo Andrade, presidente do instituto e historiador. A falta de reconhecimento formal desse patrimônio dificulta o acesso a recursos financeiros para o município. Sem um centro histórico oficializado, Paulista ficou de fora dos investimentos do PAC Cidades Históricas. Recife, Olinda, Igarassu e Goiana, por exemplo, já possuem essa “distinção” e puderam concorrer. As disputas recentes mais intensas pela preservação do patrimônio arquitetônico da cidade estiveram em volta do Cine-Teatro Paulo Freire. Fundado em 1944, o espaço está em ruínas. Há um projeto municipal para a construção de um complexo multicultural, que derrubaria a estrutura atual. Mas a iniciativa recebe críticas dos cidadãos que têm interesse na preservação da memória da cidade. Uma ação de embargo evitou a demolição. Bernadete Serpa, escritora e ex-funcionária das fábricas têxteis da cidade, estava presente na inauguração do espaço, quando era criança. Na época, com o nome de Cine-Teatro Municipal, ele recebeu na sua cerimônia de abertura a visita do então interventor Agamenon Magalhães. Ela lembra que o político brincou com o cabelo dela ao entrar no prédio. “Sou da primeira turma do Grupo Escolar Dantas Barreto, fundado no dia 28 de maio de 1944, em plena guerra. Ele foi inaugurado no mesmo dia do teatro, eu não me esqueço porque Agamenon brincou com os cachinhos do meu cabelo quando ele entrou no auditório, de noite. Eu fui atriz do Teatro Paulo Freire, com uns 17 anos. Recentemente vieram com um megaprojeto para o local. Já está demolido o teto do grupo escolar e do teatro, além de uma sala anexa muito especial”, afirma a escritora. Além da destruição do prédio, que integra a identidade patrimonial da cidade, uma das críticas do instituto ao projeto é pelo fato de o teatro ter sua capacidade reduzida. Enquanto as instalações antigas comportavam 400 lugares, sua nova versão proposta pela prefeitura é de que tenha 250 assentos. A falta de diálogo com a classe artística no redesenho do projeto também é questionado pela população. O valor da obra de todo o complexo, anunciado no ano passado, foi de R$ 10 milhões. Só a construção do novo-cine teatro custará R$ 7 milhões segundo o último anúncio da Prefeitura do Paulista. Outra reclamação dos defensores do patrimônio do Paulista é acerca do Forte de Pau Amarelo. Ele foi construído no Século 18, tendo suas obras iniciadas em 1729. No século seguinte, após a chegada da família real ao Brasil, há um projeto de reconstrução, que duraria décadas. Apesar de uma trajetória secular, vindo ainda do período colonial e construída no local por onde os holandeses invadiram Pernambuco anteriormente, a fortificação foi abandonada. Nos últimos anos, a Prefeitura do Paulista anunciou uma revitalização, com previsão de restauro de equipamentos históricos, das instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas, concretagem, remoção e reassentamento de telhas, pinturas, entre outros serviços. O investimento anunciado em 2023 era de R$ 340 mil. Neste ano, o poder municipal anunciou uma vistoria, mas sem declarar uma previsão de conclusão. “Para esse tipo de obra é preciso uma empresa com notória especialidade na área de preservação e restauro. As obras estão ‘às baratas’. O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural está parado também. É o segundo de Pernambuco, após fundado o de Paulista. Infelizmente, essa pauta da preservação, da identidade e da memória não existe”, critica Ricardo. “Nossa luta no Instituto, o bom combate, é para que haja ações e políticas públicas voltadas para a preservação do patrimônio”. Procuramos o poder municipal para se pronunciar sobre as obras em andamento, mas até o final desta edição não houve resposta. PATRIMÔNIO RELIGIOSO O ícone mais conhecido da cidade de Paulista é a Igreja de Santa Isabel Rainha de Portugal. Inaugurada em 1950, ela está preservada e em atividade. Porém, o patrimônio religioso da cidade guarda outros templos importantes Quem redescobriu as ruínas da antiga Igreja Nossa Senhora dos Prazeres foi o padre Renato Maia, que chegou na cidade nos anos 1980. “Quando se fala em Paulista, o que vem à mente das pessoas é a história dos Lundgren, da Fábrica de Tecidos e das Casas Pernambucanas. Quando cheguei, falava-se de uma igreja em ruínas no meio da mata”, relembra o religioso. Ele relembra que ao estudar a obra do historiador Pereira da Costa descobriu que, para comemorar a expulsão dos holandeses, foram construídas duas igrejas em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres. Uma no Monte dos Guararapes e outra no chamado na época Monte Maranguape. Ela foi construída por Fernandes Vieira em 1656. “A igreja estava em ruínas, não tinha condições para nada. Era muito difícil de chegar, com muito mato ao redor. Descobrimos o lugar, fizemos caminhadas e celebrações nas proximidades das ruínas. Minha preocupação sempre foi de criar essa identidade e um sentimento pela história da cidade”, afirmou o padre Renato. O processo de ocupações irregulares na região é um fator atualmente que pressiona pela manutenção dessas ruínas. O pleito do religioso e dos membros do instituto é de que haja ao menos um

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Festival de Ópera de Pernambuco celebra compositor pernambucano Euclides Fonseca

O maestro Wendell Kettle foi responsável por orquestrar a obra “A Princesa do Catete”, que integra o acervo da biblioteca do Instituto Ricardo Brennand. O Festival de Ópera de Pernambuco (FOPE), que teve início na última sexta-feira (23), no Teatro de Santa Isabel, chega à sua quinta edição trazendo uma homenagem aos 170 anos de nascimento do compositor Euclides Fonseca (1854-1929), o primeiro compositor de óperas nascido em Pernambuco. O evento, que segue até o dia 08 de setembro, é uma realização da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sob direção artística do maestro Wendell Kettle, com incentivo do Funcultura para duas óperas. Nesta edição, entre os trabalhos que serão apresentados, o maestro Wendell Kettle resgata a obra “A Princesa do Catete”, ópera composta por Euclides Fonseca em 1883 e que integra o acervo da Biblioteca José Antônio Gonsalves de Mello, do Instituto Ricardo Brennand. A obra foi composta a partir do libreto escrito pelo também pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913), escritor conhecido e um dos fundadores da Academia Pernambucana de Letras. A parceria entre o compositor e o escritor resultou em uma comédia única, com valor imensurável para a cultura de Pernambuco e do Brasil. A montagem desta ópera é mais do que uma celebração da história musical do estado, ela se revela, acima de tudo, como um convite para que o público conheça e valorize essa herança. “Essa dobradinha entre Euclides Fonseca e Carneiro Vilela é de um valor cultural muito importante. Então queremos que todos possam vir, assistir e prestigiar, para conhecer e para valorizar a ópera produzida aqui no nosso Estado”, destaca o maestro Wendell Kettle. O trabalho exigiu a orquestração de “A Princesa do Catete”, que é a definição de quais instrumentos tocam em cada parte da música, as melodias, as harmonias e os ritmos. “É sempre um desafio você traduzir na composição textural de uma orquestra a linguagem que o compositor expressou no piano. Então eu procuro sempre ter um estudo do ritmo dramático da obra para saber como orquestrar determinado momento”, explica o maestro e idealizador do festival Wendell Kettle. Essa não é a primeira vez que Wendell Kettle faz o trabalho de orquestração de óperas de Euclides Fonseca. O mesmo trabalho precisou ser feito com as óperas “Leonor” e “Il Maledetto”, apresentadas em edições anteriores do FOPE. “A primeira ópera de Euclides Fonseca, “Leonor”, tem duas versões. Uma versão de 1883, que ele mesmo orquestrou, e depois ele fez uma versão com piano, em 1915. Nós juntamos essas duas versões para que a gente pudesse ter uma ópera de uma duração maior”, explica o maestro. A restauração das obras de Euclides Fonseca é um trabalho meticuloso, que envolve não apenas a modernização da orquestração, mas também a preservação da essência original das composições. O processo de orquestração é crucial, ainda, para a valorização e modernização do repertório operístico local, possibilitando que essas obras sejam mais acessíveis e atraentes para novos públicos. “Também restauramos a obra “Il Maledetto”, um drama bíblico em um ato, baseado na história de Caim e Abel. Do “Il Maledetto”, a gente tem uma abertura orquestrada, mas com uma orquestração não convencional para os dias de hoje. Então nós modernizamos a orquestração da abertura, colocamos o violoncelo e complementamos com alguns outros instrumentos”, complementa Wendell Kettle. A Academia de Ópera e Repertório da UFPE tem desempenhado um papel crucial nesse processo de restauração e divulgação das obras de Fonseca. A expectativa é que o projeto se complete no próximo ano, com a montagem de “As Donzelas d’Honor”. Além disso, há planos para uma parceria com a Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenada pela professora Melina Peixoto, que estudou “A Princesa do Catete” em seu doutorado, visando ampliar a visibilidade das obras de Fonseca. Sobre Euclides Fonseca Euclides de Aquino Fonseca é uma figura histórica de grande importância para a música pernambucana. Natural do Recife, ele foi pioneiro na composição de óperas no estado. No festival deste ano, a escolha de “A Princesa do Catete” reflete a vontade de resgatar e celebrar o legado cultural deixado por Fonseca. Abolicionista, compôs em 1888 um Te Deum para comemorar a abolição dos escravos. O compositor atuou também como crítico musical, professor, pianista e maestro, com atuação de destaque no Club Carlos Gomes, sociedade artística amadora atuante no século XIX em Pernambuco. É patrono da cadeira de no 26 da Academia Brasileira de Música e membro da Academia Pernambucana de Música. Em 1925, escreveu e publicou, pela editora do Diario de Pernambuco, o livro “Um século de vida musical em Pernambuco”. Euclides Fonseca chegou a ser convidado a continuar os estudos de piano na Alemanha, mas recusou o convite com receio da distância da família, bem como de tornar-se ingrato ao seu país. Por razões semelhantes, recusou convites feitos por Carlos Gomes, o compositor de ópera mais importante do país, para trabalhar em Belém, no Pará, e também a proposta feita pelo regente Alberto Nepomuceno, para seguir para o Rio de Janeiro. Sobre o V Festival de Ópera de Pernambuco O Festival de Ópera de Pernambuco começou na última sexta-feira (23) e segue até 08 de setembro, no Teatro de Santa Isabel. A realização é da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta UFPE, sob direção artística do maestro Wendell Kettle. No primeiro fim de semana, o público conferiu a obra “O Menino Maluquinho”, ópera composta pelo maestro Wendell Kettle em homenagem ao icônico personagem do escritor Ziraldo. O elenco do espetáculo infanto-juvenil era composto apenas por crianças. No último fim de semana do evento, a ópera apresentada será “O Elixir do Amor”, trabalho do italiano Gaetano Donizetti. Os ingressos custam a partir de R$ 30 (meia-entrada) e podem ser adquiridos apenas presencialmente na bilheteria do Teatro de Santa Isabel. Programação “A Princesa do Catete”, de Euclides Fonseca; dias 29/08, 30/08 e 31/08 (20h) e 01/09 (19h) | | Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira) “O Elixir

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Lançamento literário celebra 150 anos da imigração italiana no Brasil

Evento gratuito acontece na UNICAP no dia 30 de agosto No dia 30 de agosto, a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) será palco do lançamento da obra “Memória dos 150 Anos da Imigração Italiana no Brasil”. O evento, que acontecerá no Auditório Dom Helder Câmara às 18h30, comemora os 150 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Brasil, oferecendo ao público uma antologia que destaca a rica herança cultural italiana no país. O livro é resultado de uma colaboração entre a Editora Inhouse e o Comites Nordeste – Comitê dos Italianos Residentes no Nordeste, com apoio cultural do Instituto Humanitas da UNICAP. Organizado por Maria Carolina Russo, presidente do Comites Nordeste, pela conselheira Gabriela Weber Buonocore e pelo editor Márcio Martelli, da Editora Inhouse, a obra reúne contribuições de 42 escritores de todo o Brasil. Com 274 páginas, o livro apresenta relatos e memórias dos descendentes de italianos que buscaram uma vida melhor no Brasil, ajudando a moldar a sociedade brasileira. Aberto ao público, o lançamento promete ser uma noite de celebração e reflexão sobre o impacto da imigração italiana no Brasil. Além da apresentação do livro, o evento contará com discursos de representantes das instituições envolvidas e atividades que ressaltam a importância deste marco histórico. Serviço: Lançamento da obra “Memória dos 150 Anos da Imigração Italiana no Brasil” Data: 30 de agosto de 2024Horário: 18h30Local: Auditório Dom Helder Câmara, Bloco A, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)Entrada: Gratuita

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