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Os Elos de Márcia Basto

*Paulo Caldas Ora intimista, ora com olhar voltado para além da linha do Horizonte, Márcia Meira Basto, no seu recente “Amar elos vermelhos”, se impõe ante a lida cotidiana e suas armadilhas. Ciosa no trato da escrita, miscigena elementos de fina prosa poética com frases leves, tal gestos sinuosos de um gracioso balé. Quando desnuda a verdade, abre as cortinas do escuro e revela elogiosa capacidade de síntese, sem espaço para palavras perdidas. Deixa transparecer angústias, ansiedades, certezas de esperanças para trocar, por dores e tristezas, risos e poesia.  Sob o ponto de vista da estética, faz uso com destreza, por exemplo, do modo gerúndio, ação verbal com duração de tempo indefinida; bem como adota símiles e metáforas nascidas do notável talento com a sutileza da sua verve. Conhecida pelo apego às letras de Clarice Lispector, abraça uma permanente motivação para dedicar-se exclusivamente à literatura. A publicação, com o selo da Editora Labrador, traz esmerado projeto gráfico de Amanda Chagas e ilustrações internas de Maurízio Manzo. Os exemplares podem ser adquiridos nas Livrarias do Jardim, Leitura e na Amazon. *Escritor  

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Dualidades: Pietro Severi retrata o Poço da Panela em sua primeira exposição individual

Hoje, 8 de agosto, às 19h, o artista Pietro Severi inaugura sua primeira exposição individual, intitulada "Dualidades", na Sala da Frente Arte e Galeria, localizada no Poço da Panela. A mostra, com curadoria de Bruna Pedrosa, apresenta 31 telas que exploram as dualidades do bairro onde Severi reside há 15 anos. A exposição marca a culminância de um projeto iniciado há cinco anos, inspirado pelas caminhadas diárias ao longo do rio Capibaribe com seus filhos, que proporcionaram uma nova perspectiva sobre o bairro e sua transitoriedade. Severi, ao refletir sobre o Capibaribe e suas margens, enfatiza a dualidade entre as realidades das diferentes margens do rio e as diversas facetas do bairro. Ele retrata a coexistência entre o antigo e o moderno, o urbano e o rural, e a vida cotidiana dos moradores, mostrando um bairro vibrante e culturalmente rico. A exposição destaca a contrastante convivência entre casarios históricos e construções contemporâneas, bem como o sagrado e o profano que marcam a vida no Poço da Panela. A curadora Bruna Pedrosa ressalta que as obras de Severi capturam a transitoriedade da vida e a passagem do tempo, oferecendo um retrato multifacetado do bairro. A exposição permanecerá em cartaz até 6 de setembro e incluirá eventos como uma mesa-redonda em 17 de agosto e uma visita mediada em 24 de agosto. Severi, que iniciou sua trajetória artística no Poço da Panela e passou pela Itália para estudos adicionais, é reconhecido por seu trabalho meticuloso e pela reflexão profunda sobre sua temática pictórica.

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Duo Repercuti explora novas possibilidades da percussão no Teatro Hermilo Borba Filho

O Duo Repercuti retorna ao palco do Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, no dia 8 de agosto, às 19h30, para mais uma edição do projeto “O Som das Baquetas Convida”. Desta vez, o duo, composto por Emerson Coelho e Emerson Rodrigues, contará com a participação especial dos músicos e compositores Henrique Albino, Filipe de Lima e Silva Barros. O evento, parte de um projeto de circulação apoiado pelo Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) da Prefeitura do Recife, promete aprofundar a pesquisa musical em instrumentos percussivos sinfônicos como a marimba e o vibrafone, além de proporcionar uma experiência inovadora ao público. A apresentação dá sequência ao projeto que em junho contou com a participação de músicos da Nação Xambá.  O repertório da nova apresentação inclui obras dos músicos participantes, com destaque para a nova versão de "Pakiparabaki" de Henrique Albino, adaptada para a formação do quinteto. Além da música, o show inclui uma intervenção visual do VJ Gools, que criará efeitos cenográficos projetados diretamente nas paredes do teatro, e uma produção de figurinos com a Zarina Moda Afro. SERVIÇO O Som das Baquetas Convida Henrique Albino, Filipe de Lima e Silva Barros. Dia 8 de agosto, às 19h30, no Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, Bairro do Recife). Ingressos podem ser retirados gratuitamente pelo Sympla

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Galeria Marco Zero celebra Lula Cardoso Ayres em exposição com mais de 60 obras

“Caminhos de Ida, Caminhos de Volta” apresenta a produção do pernambucano ao longo de várias décadas, a partir de 10 de agosto A Galeria Marco Zero homenageia o artista pernambucano Lula Cardoso Ayres (1910-1987) com a exposição “Caminhos de Ida, Caminhos de Volta”. A mostra, que será inaugurada em 10 de agosto e poderá ser visitada gratuitamente até 28 de setembro de 2024, apresenta cerca de 60 obras que vão desde a década de 1940 até a última obra inacabada do artista, produzida pouco antes de sua morte. A exposição, com curadoria de Guilherme Moraes, oferece uma visão abrangente da carreira multifacetada de Ayres, destacando sua contribuição ao modernismo brasileiro e sua integração com as vanguardas europeias e brasileiras. Lula Cardoso Ayres iniciou sua trajetória artística na adolescência, apoiado pela boa condição financeira de sua família. Trabalhou como assistente do artista alemão Heinrich Moser e, em 1925, viajou a Paris, onde se deparou com as vanguardas artísticas. Após seu retorno ao Brasil, estudou na Escola Nacional de Belas Artes e explorou a produção gráfica como ilustrador e desenhista. Seu retorno ao Recife, onde ajudou nos negócios da família, marcou o início de sua profunda conexão com os temas culturais e folclóricos de Pernambuco, que se tornariam centrais em sua obra. A curadoria de Guilherme Moraes busca evidenciar a diversidade da produção de Ayres ao longo das décadas, apresentando sua evolução artística e seu interesse pelos saberes populares. A exposição está dividida em núcleos que mostram desde desenhos da década de 1940 até experimentações no abstracionismo, como a tela “Pássaro Vermelho”, exibida na Bienal de São Paulo, e sua reaproximação com a figuração. A Galeria Marco Zero está localizada em Recife e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h. Para mais informações, o contato é (81) 98262-3393 e contato@galeriamarcozero.com.

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Bicentenário da Confederação do Equador será celebrado por grupos de cultura popular

Grupos de cultura popular de matriz africana e indígena de Pernambuco se reunirão neste domingo, 4 de agosto, para comemorar o bicentenário da Confederação do Equador, um dos eventos históricos mais marcantes do estado. O evento acontecerá na sede do Pontão de Cultura e Museu Poço Comprido, em Vila Murupé, Zona Rural de Vicência, local que serviu de refúgio para o revolucionário Frei Caneca durante a revolta de 1824. A celebração ocorrerá no Engenho Poço Comprido, um local de grande importância histórica, onde o sacerdote e líder revolucionário buscou abrigo antes de ser executado no Forte das Cinco Pontas, no Recife. A programação será aberta ao público e contará com apresentações de grupos culturais de diversas cidades pernambucanas, incluindo Afogados da Ingazeira, João Alfredo, Serra Talhada, e Nazaré da Mata. As performances irão destacar tradições culturais como maracatu de baque solto, ciranda, coco de roda, e manifestações indígenas. O evento visa homenagear a bravura das lideranças locais que, em 1824, se levantaram contra as políticas autoritárias do Imperador Dom Pedro I, lutando por uma república independente e mais justa para o povo pernambucano. Além das celebrações históricas, o evento marcará a apresentação pública do Comitê de Cultura em Pernambuco, uma iniciativa do Ministério da Cultura através do Programa Nacional dos Comitês de Cultura. A festa também incluirá o Festival Celebração da Consciência Negra 2024, que contará com atividades dedicadas ao combate ao racismo e ao empoderamento da população negra. Moradores, turistas e visitantes estão convidados a participar deste encontro que celebra a memória e a resistência cultural de Pernambuco.

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Cida Pedrosa celebra a cultura nordestina no livro Claranã

Nova edição é pela Cepe e será apresentada na Biblioteca Pública de Pernambuco hoje (30) A poeta pernambucana Cida Pedrosa relança, pela Cepe Editora, a segunda edição do livro Claranã, uma obra que marca sua estreia com poesias metrificadas e rimadas. Originalmente publicada em 2015, a nova edição, que será apresentada hoje (30 de julho) na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, mantém os 40 poemas que exploram temas como amor, solidão, fé e arte. Esta versão revisada traz atualizações estéticas e novas contribuições, incluindo um prefácio do renomado Antonio Nóbrega, e reflete a profunda influência da cultura nordestina na obra. Na reedição de Claranã, Cida Pedrosa incorporou sugestões de amigos e elementos da tradição popular, como a gemedeira e o galope à beira-mar, que enriqueceram o conteúdo poético. A autora, que se inspira em cordelistas e cantadores do Sertão, ajustou rimas e versos para aprimorar a métrica do livro, mantendo a autenticidade e o sabor das poesias populares que são a marca registrada de sua produção. O prefácio de Antonio Carlos Nóbrega elogia a habilidade de Pedrosa com a língua e a poesia rimada, destacando a necessidade de expandir a percepção da poesia popular além do regionalismo. Braulio Tavares, no prefácio da primeira edição, havia enfatizado a influência da poesia popular na vida cotidiana. Cida Pedrosa, advogada e vereadora no Recife, é uma figura proeminente na literatura brasileira, com uma carreira marcada por prêmios e uma sólida contribuição para a literatura e a cultura nordestina. Serviço O que: Lançamento de Claranã, em bate-papo de Cida Pedrosa com o jornalista e escritor Cícero Belmar Quando: 30 de julho (terça-feira) Hora: 18h às 21h Onde: Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (Rua João Lira, s/n, Santo Amaro, Recife) Preço: R$ 40 (impresso) e R$ 20  (e-book)

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Monólogo de Cláudia Abreu é destaque no Teatro do Parque nesta semana

Com direção de Amir Haddad, ‘Virginia’ marca primeiro solo da atriz e sua estreia como autora teatral. No Recife, espetáculo será encenado de 2 a 4 de agosto. Foto: Pablo Henriques Claudia Abreu estreia seu primeiro monólogo, 'Virginia', no Teatro do Parque, Recife, de 2 a 4 de agosto. Dirigido por Amir Haddad, o espetáculo é inspirado na vida e obra de Virginia Woolf, resultado de cinco anos de pesquisa e experimentação. 'Virginia' marca também a estreia da atriz como autora teatral, trazendo à tona temas como o sofrimento humano, a criação artística e a condição da mulher, temas que Claudia explora com profundidade e maturidade. A peça surgiu a partir da profunda conexão de Claudia com a obra de Virginia Woolf, que começou em 1989 com a encenação de 'Orlando' e se aprofundou em 2016, quando a atriz mergulhou na leitura das obras, memórias e diários da escritora. Fascinada pela capacidade de Woolf de criar obras brilhantes apesar das dificuldades pessoais, Claudia transformou sua admiração em um texto íntimo e reflexivo, onde a escritora rememora momentos marcantes de sua vida e carreira, revelando seus afetos, dores e processos criativos. Amir Haddad, que já havia dirigido Claudia em 'Noite de Reis', trouxe ao projeto sua filosofia de liberdade criativa, permitindo que a atriz se tornasse autora de sua própria escrita cênica. O processo de criação incluiu improvisações e colaborações com a codiretora Malu Valle, resultando em uma peça que alterna fluxos de consciência para dar corpo às vozes que habitam a mente de Virginia Woolf. Com 'Virginia', Claudia Abreu apresenta um trabalho profundamente pessoal e artisticamente inovador, levando ao público uma reflexão sobre a vida, a arte e a condição humana.

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Inscrições abertas para oficina de iluminação cênica e dança para mulheres

Artistas da dança, especialmente coreógrafas, bailarinas e atrizes, já podem se inscrever para a oficina "Corpoluz Germinar para Florestar - Ramificando Narrativas como Dramaturgia Cênica Coletiva", promovida pela iluminadora cênica e artista da dança Natalie Revorêdo. Os encontros ocorrerão no Espaço Cênicas, no Bairro do Recife, entre os dias 12 de agosto e 18 de setembro, às segundas e quartas-feiras. A oficina culminará em um experimento cênico de dança, a ser apresentado no Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo Amaro, nos dias 28 e 29 de setembro, com ingressos por R$ 10 (inteira) ou absorventes, que serão doados para uma instituição que atende mulheres em situação de violência. Cinco artistas da dança, do canto e da performance facilitarão um dia de oficina cada uma, partilhando vivências e processos investigativos para a criação de obras cênicas. Natalie Revorêdo estará presente em todos os encontros, integrando corpo e iluminação como elementos vivos e complementares na dramaturgia. Ao final dos encontros, o grupo de artistas terá concebido uma obra artística em dança, onde cada participante estará envolvida em diferentes aspectos do espetáculo, como palco, trilha sonora, figurino e iluminação. O projeto, incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE), visa oferecer uma oficina de qualificação e aperfeiçoamento, apresentando a iluminação e outras linguagens da cena como elementos essenciais na composição de obras cênicas. Natalie Revorêdo destaca que a oficina busca potencializar o corpo para a cena e fora dela, ampliando a visão criativa, profissional e política das participantes. A oficina também promoverá discussões e práticas para estimular o cuidado, o autocuidado e a rede de apoio entre as mulheres, utilizando técnicas de arte-terapia, educação somática e bioenergética. SERVIÇO:Aulas:Datas: segundas e quartas-feiras do dia 12 de agosto a 18 de setembroHorário: 14h às 18hLocal: Espaço Cênicas, Bairro do RecifeVagas: 30Critério para seleção: mulheres artistasInscrições: link na bio do Instagram @natalie.revoredoCulminância artística com apresentação de espetáculo:Datas: 28 e 29 de setembroHorário: 20hLocal:Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo AmaroIngressos: R$ 10 (inteira), ou absorventes, com renda a ser revertida para uma instituição que atende mulheres em situação de violência.

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Pernambuco celebra 200 anos da Confederação do Equador com seminário

O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Comissão Temporária para as Comemorações do Bicentenário da Confederação do Equador, em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE), o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), entre outras instituições, realizará o evento "Confederação do Equador e os Desafios da Cidadania e do Republicanismo no Brasil (1824-2024)". Financiado pela FACEPE - Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, o seminário ocorrerá de 14 a 16 de agosto de 2024, na Escola Judicial - ESMAPE. O seminário contará com a participação de pesquisadores de diversas instituições do Brasil, que debaterão os desafios da cidadania e do republicanismo no contexto histórico da Confederação do Equador. Este evento é uma oportunidade única para refletir sobre os avanços e desafios enfrentados ao longo dos últimos 200 anos em relação à cidadania e ao republicanismo no Brasil. A participação é gratuita e a programação completa será divulgada em breve.

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Últimos dias da exposição "Narrativas Neolíticas" trazem programação especial

O projeto "Gráfica Lenta no Catimbau" se encerra neste final de semana na Galeria Maumau, em Recife. A exposição "Narrativas Neolíticas", que reúne mais de 150 xilogravuras de 40 artistas, estará aberta ao público nas últimas oportunidades nesta sexta, sábado e domingo, das 15h às 19h. A programação especial inclui uma roleta de descontos e a exibição inédita do documentário "Trilhas do Alcobaça". No domingo, o evento promete um encerramento memorável, destacando a roleta de descontos para aquisição de gravuras e a primeira exibição no Recife do documentário "Trilhas do Alcobaça". Produzido por Cida Andrade e o Coletivo Trovoada, e dirigido por Gabi Ribeiro, o filme explora o Vale do Catimbau. A tarde festiva contará ainda com delícias preparadas pela Dhuzati e chope artesanal da Risoflora. Desde sua abertura em 6 de julho, "Narrativas Neolíticas" tem atraído visitantes com sua imersão nas paisagens e histórias do Vale do Catimbau. O projeto, resultado de uma residência artística de dois meses no parque arqueológico, celebra o décimo aniversário da Gráfica Lenta. Além da exposição na Galeria Maumau, as obras foram apresentadas em comunidades do Vale, incluindo o território indígena Kapinawá. Em breve, um arquivo digital com audiodescrições das gravuras e depoimentos estará disponível no Instagram do projeto (@graficalentacatimbau). Serviço: "Narrativas Neolíticas" - Gráfica Lenta no Catimbau Sexta, Sábado e Domingo (26, 27 e 28) Das 15h às 19h Galeria Maumau (Rua Nicarágua, 173, Espinheiro, Recife) Entrada gratuita Programação especial no domingo com exibição de documentário inédito @graficalentacatimbau

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