Z_Destaque_economia2 - Página: 14 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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O peso dos benefícios fiscais e a corrida aos tribunais

*Por Rodrigo Accioly Os benefícios fiscais de ICMS sempre foram uma das principais estratégias de atração de investimentos industriais para o Estado de Pernambuco e também para o Nordeste como um todo. Entretanto, a atratividade gerada por tais regimes vem perdendo relevância, o que gera uma enorme preocupação quanto ao desenvolvimento econômico do nosso estado. Em primeiro lugar, com a Reforma Tributária aprovada, todo benefício fiscal de ICMS, atual ou futuro, terá como horizonte final o ano de 2032. Porém, já agora em 2024, com a aprovação da chamada “MP das Subvenções” (transformada na Lei nº 14.789/2023), as indústrias e demais empresas incentivadas já tiveram uma redução indireta de 9,25% nos benefícios fiscais recebidos. Isso porque o Governo Federal passou a explicitamente exigir o pagamento de PIS e Cofins sobre o montante das chamadas subvenções (benefícios fiscais) concedidas por qualquer ente estatal. Ou seja: se num determinado mês, uma indústria recebe um crédito de Prodepe de R$100 mil, ela passa, nesse mesmo mês, a ter que recolher R$9,2 mil a título de Pis e Cofins. Sem considerar as mudanças no Imposto de Renda que, a depender da situação, podem gerar um agravamento ainda maior. Por se tratar de uma situação anacrônica, em que um Estado dá com uma mão e a União tira com a outra, diversos contribuintes têm recorrido ao Poder Judiciário para evitar a elevação da carga tributária. Entre as liminares proferidas ainda são raras. Espera-se que o Supremo Tribunal Federal, que já recebeu ações sobre o tema, emita uma decisão e, naturalmente, de forma favorável aos detentores de benefícios fiscais. Por fim, é necessário que os representantes do nosso Estado em Brasília formem uma frente para garantir a competitividade da indústria pernambucana, mediante manutenção de condições que garantam a paulatina redução das desigualdades regionais. *Rodrigo Accioly é sócio da área tributária do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia e consultor legislativo

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Chinesa BYD desembarca quase 2 mil carros elétricos no Porto de Suape

A megaoperação no Terminal de Contêineres, impulsionando o hub de veículos no porto de Pernambuco. As unidades serão entregues às concessionárias do Nordeste. Nesta segunda-feira (15), uma megaoperação de veículos elétricos está em andamento no Cais 3 do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Suape. A operação envolve o transporte de 1.972 veículos elétricos da BYD, uma empresa chinesa líder global na fabricação de automóveis, caminhões e ônibus movidos a baterias elétricas. A embarcação que transporta esses veículos partiu do Porto de Nansha e chegou à costa pernambucana após 34 dias de viagem. Dezenas de profissionais estão envolvidos nessa operação, que tem previsão de conclusão para esta terça-feira (16). Após os procedimentos alfandegários, os veículos serão encaminhados às concessionárias em toda a região Nordeste. A importação dessas unidades chinesas destaca a importância do HUB de Veículos de Suape, que teve um crescimento significativo de 42% em 2023 em comparação com o ano anterior. Marcio Guiot, diretor-presidente de Suape “O desembarque de quase duas mil unidades da BYD, para posterior distribuição nos Estados da região, é mais um case de sucesso do nosso hub de veículos, que expande, gradativamente, seu raio de alcance. É uma notícia muito positiva para Suape, para Pernambuco e para o Nordeste" Atuação da BYD A BYD é uma gigante global em soluções de energia limpa. Com um compromisso centrado na transição para uma matriz energética livre de poluentes, a empresa já estabeleceu fábricas para a montagem de chassis de ônibus totalmente elétricos e para a produção de módulos fotovoltaicos, ambas situadas em Campinas (SP). Além disso, possui uma terceira unidade fabril na Zona Franca de Manaus (AM), onde fabrica baterias de fosfato de ferro-lítio.

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Terra das redes: Têxtil, inovador e com raízes no Sertão

*Por Rafael Dantas Inovação é a palavra de ordem para que os milhares de produtores de um pequeno município do Sertão pernambucano consigam agregar valor ao trabalho dentro da cadeia produtiva têxtil. Com apenas 26 mil habitantes, Tacaratu, no Sertão de Itaparica, já registra um lucro anual de R$ 5 milhões, de acordo com dados da prefeitura local. A atividade mobiliza 12 mil pessoas, principalmente na produção de redes. A “Terra das Redes” nos últimos anos foi ampliando a sua produção para se tornar produtora de mantas, xales, tapetes, jogos de tapetes e utensílios domésticos e de decoração. A diversificação de produtos e acessórios foi o primeiro passo de inovação. O acesso a feiras no Estado e fora de Pernambuco e o investimento em design são alguns dos passos certeiros que contribuíram para o desenvolvimento do segmento. Rossana Webster, gerente da Unidade Regional do Sebrae em Serra Talhada, explica que o primeiro passo foi apoiar a organização coletiva desses artesãos. Um exemplo desse esforço é a Coopertêxtil, formada por 23 cooperados, que envolve direta e indiretamente cerca de 150 pessoas. “Essa organização coletiva permitiu avançar na gestão e no planejamento estratégico desses produtores, além de desenvolver novos produtos, mapear feiras relevantes para participar e melhorar a logística para o escoamento dessa produção”, afirmou Rossana Webster. Os cooperados levam atualmente seus produtos para eventos como Fenearte, Fenacce, Agrinordeste, Mãos de Minas e Feiras da Paixão. Sem os atravessadores, que faziam a ponte com o consumidor final, a margem para essa produção também aumenta. Após dois anos de parceria com o Sebrae/PE para fortalecer a gestão, a cooperativa está investindo em inovação, para criar ou redesenhar novos produtos. Uma conquista dessa colaboração é o lançamento da Coleção Varanda da Paz – Galo da Madrugada 2024, que acaba de chegar ao mercado. As peças de decoração de rede dessa coleção apresentam traços e cores inspiradas na cultura indígena do povo Pankararu, que é residente no distrito de Caraibeiras e representa cerca de 30% da população local. Esses produtos foram desenvolvidos pelas mulheres da Coopertêxtil, em colaboração com o artista plástico Leopoldo Nóbrega, responsável pela escultura do Galo da Madrugada nos últimos cinco anos. Para sair do papel, o projeto contou com investimento de R$ 70 mil, provenientes de um acordo de parceria com a Prefeitura de Tacaratu. O futuro da atividade é promissor. Rossana destaca que estão em andamento parcerias com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), para fazer com que essa produção artesanal chegue ao exterior, e com os Correios, para qualificar a rede de distribuição dentro do País, fortalecendo as vendas online, por exemplo. No campo do design, a associação prevê a nova coleção, com produtos inspirados na cultura do povo Pankararu. “Além do material de alta qualidade, há um valor agregado cultural nessa parceria. Há um incentivo também para o aprendizado do bordado nessas comunidades indígenas e um esforço para fortalecer a pegada mais sustentável nos fornecedores da matéria-prima, que é o algodão”, conta Webster.

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Fruticultores de Petrolina expõem na segunda maior feira de frutas do mundo

O Sebrae coordenou uma delegação composta por produtores, empreendedores de startups, exportadores e gestores, com o objetivo de apresentar seus produtos e explorar novos mercados. O Brasil está prestes a sediar pela primeira vez a Fruit Attraction, a segunda maior feira de frutas e hortaliças do mundo, oferecendo oportunidades de negócios e capacitação para produtores do setor. O evento acontecerá de 16 a 18 de abril, no Centro de Convenções São Paulo Expo & Convention Center. Uma delegação composta por representantes da cadeia produtiva de frutas de Petrolina, principal região brasileira em exportação de manga e uva, marcará presença, organizada pelo Sebrae/PE como parte de suas iniciativas de desenvolvimento do setor. O grupo irá expor produtos e buscar potenciais clientes para vendas diretas. A chegada da Fruit Attraction à América Latina, após 15 edições, representa uma oportunidade dos produtores locais se conectarem aos compradores estrangeiros. A participação diversificada de representantes da cadeia produtiva de frutas promete ampliar as perspectivas de mercado, promover os produtos do Sertão do São Francisco e facilitar a comercialização sem intermediários. A analista do Sebrae e Petrolina, Laianne Macedo, avalia que o evento é uma oportunidade para que a fruticultura de Petrolina possa alçar voos ainda maiores. “A feira tem compradores seguros e de abrangência mundial e reúne tendências tecnológicas de ponta que estão sendo usadas na cadeia da fruta mundial e podem servir à nossa região. É um momento importante para que os produtores possam alcançar novos clientes e realizar exportação direta, sem intermediários”, explica. Os produtores de manga e uva de Pernambuco e Bahia faturaram R$ 490 milhões com exportações em 2023, batendo recorde de faturamento neste tipo de atividade em todo país. Os dados são da Comex Stat.

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Inadimplência cai 16% em seis meses em Pernambuco

Cartão de crédito continua sendo o maior meio de endividamento das famílias, sendo apontado por 94,3% dos entrevistados   (Da Fecomércio-PE) Mais de 80% das famílias pernambucanas estavam endividadas, 29,3% enfrentavam contas em atraso e 15% não podiam pagar suas dívidas. Foi o que revelou o recorte local feito pela Fecomércio-PE sobre a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de março de 2024, elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo  (CNC). Ainda segundo o recorte, o cartão de crédito representava 94,3% das dívidas, seguido por carnês (25,4%) e crédito pessoal (6,1%). O atraso médio no pagamento era de 60 dias, comprometendo 30,6% da renda. A pesquisa também apontou as diferenças entre famílias com renda de até 10 salários-mínimos e com renda superior a 10 salários-mínimos. Enquanto 31,5% das famílias de menor renda relativa tinham dívidas em atraso, apenas 5,9% das famílias mais ricas estavam nessa situação. “O momento mais favorável dos juros, com menor custo, tem contribuído para uma maior demanda das famílias por crédito, sobretudo, parcelado”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros. De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito para pessoas físicas subiu 1,1% em janeiro de 2024. Para o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, os dados da Peic para Pernambuco, em março, apresentaram resultados otimistas. “O recuo de 16% na inadimplência pernambucana é uma excelente notícia e é explicado pelos saldos positivos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados formais do estado. Ou seja, mais pessoas estão sendo alocadas no mercado de trabalho, além de reajustes de juros. Ademais, o programa do Governo Federal, Desenrola Brasil, que já beneficiou mais de 14 milhões de brasileiros e renegociou mais de 37 bilhões, teve uma contribuição importante para esse resultado da inadimplência em Pernambuco.”, encerra.

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Lula assina MP que prevê redução de 3,5% a 5% na conta de luz

(Da Agência Brasil) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na tarde desta terça-feira (9), no Palácio do Planalto, uma medida provisória (MP) para permitir investimento em geração de energia sustentável e redução de reajustes anuais nas contas de luz até 2026. A proposta prevê R$ 165 bilhões em geração hidroelétrica, eólica, solar e de biomassa. Segundo o governo, a proposta pode gerar até 400 mil empregos com os investimentos privados. Para que isso seja viabilizado, a MP, segundo o governo, permite adequação de prazos de projetos de geração de energia limpa e renovável ao cronograma de implantação das linhas de transmissão leiloadas pelo governo para escoamento para o centro de carga. Os empreendimentos de energia renováveis poderão acrescentar até 34 gigawatts (GW) de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo projeções do Ministério de Minas e Energia (MME) A proposta também antecipa recebimento de recursos a serem pagos no processo de privatização da Eletrobras. Esses recursos pagariam os custos adicionais de energia pelo efeito da pandemia e da crise hídrica de 2021. A medida pode reduzir entre 3,5% a 5% os reajustes anuais nas contas de luz, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. "Vamos corrigir um erro grotesco que o setor elétrico conhece bem, do governo anterior. Alguém, em algum momento, achou uma ótima ideia fazer negócios com juros elevadíssimos e jogar o boleto no colo dos brasileiros e brasileiras mais pobres e da classe média, que são os consumidores regulados", destacou o ministro, que disse que os recursos serão usados para quitar empréstimos cujos juros estavam sendo repassados ao consumidor final. "Vamos quitar, vamos trabalhar para isso, os empréstimos criados a juros abusivos, contraídos durante a [pandemia de] covid e durante escassez hídrica para minimizar e impedir mais aumento de energia. Devemos R$ 11 bilhões para diminuir a conta dos brasileiros. Essas duas contas foram contraídas de forma irresponsável e nunca deveriam ter sido jogadas no colo do consumidor de energia", acrescentou. No evento, Lula não se manifestou. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo vai buscar medidas para não onerar os consumidores. "O Brasil já tem as condições mais competitivas de produção de energia limpa do mundo. Portanto, nós agora temos que aproveitar todo o investimento que foi feito para caminhar no sentido da desoneração da energia do consumidor. E ao dizer isso, nós queremos só reforçar que o nosso desejo, a nossa expectativa é que esses investimentos possam rapidamente contribuir para a geração de emprego." A proposta de MP será publicada em edição regular do Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (10). O texto tem validade imediata, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias.

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Ministério da Ciência e Sudene em debate sobre o fomento à formação tecnológica

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Sudene se reuniram para discutir parcerias visando o fomento da inovação nos 11 estados sob a jurisdição da Autarquia. A ministra Luciana Santos e o superintendente Danilo Cabral se encontraram para abordar estratégias alinhadas ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, onde a inovação é um eixo fundamental. Entre os pontos discutidos, destacou-se a necessidade de financiamento para impulsionar a geração de inovação na região e o reposicionamento da base produtiva tradicional. No centro desse debate, a ministra destacou o compromisso do MCTI com o avanço da inteligência artificial na região, ressaltando iniciativas para a formação e qualificação de pessoal, como o programa de residência em tecnologia, que tem como meta formar 40 mil jovens neste ano. Além disso, foi debatido o fortalecimento da rede de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) no Nordeste, em coordenação com a nova política industrial do Brasil, que atualmente conta com mais de 40 ICTs na região. O fomento à formação e qualificação de mão de obra no setor, que tem gerado muitos postos de trabalho no Recife e no Estado é estratégico para aproveitar as oportunidades da acelerada transição tecnológica do mundo e para fortalecer nossos pólos tecnológicos já em atividade em Pernambuco, com o protagonismo do Porto Digital. OR Empreendimentos lança primeiro compacto premium da Reserva do Paiva A OR, empresa do Grupo Novonor e responsável pelo planejamento inicial da Reserva do Paiva, lança o Evoke, um novo empreendimento que busca ampliar o acesso ao bairro planejado na Região Metropolitana do Recife. A construtora introduz uma nova categoria de produto imobiliário na área: os compactos de alto padrão, atendendo à demanda de solteiros, aposentados, recém-casados e outros perfis de moradores que buscam praticidade sem abrir mão de conforto, segurança e qualidade de vida. Com um valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 180 milhões, o Evoke marca uma nova fase na Reserva do Paiva. A primeira torre, situada na Rua Vitória Régia, 121, oferecerá 167 unidades em uma área privativa de 21 mil metros quadrados, em um terreno com mais de 14 mil metros quadrados, com a natureza abundante ao redor, incluindo 200 hectares de mata atlântica preservada e 8,5 km de praia. Grupo Dislub Equador entra em campo pelo futebol pernambucano O Grupo Dislub Equador - que atua em Pernambuco e opera nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste no mercado de combustíveis - entrou em campo para reforçar o futebol pernambucano. Além do Sport Clube do Recife e do Santa Cruz, a sexta maior distribuidora de derivados de petróleo no país passou a apoiar também o Náutico. Agora, os três times do Estado contam com aporte financeiro para entrar em campo e se preparar para as próximas disputas. O contrato de parceria já foi assinado. “É um compromisso nosso para fortalecer um esporte tão querido aqui no Estado e que muda a realidade de tanta gente. Por isso, acreditamos no futebol pernambucano”, adiantou o CEO do Grupo Dislub Equador, Sérgio Lins.

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"É preciso mais investimentos em energia. É uma questão de segurança nacional."

Felipe Valença, Diretor-presidente da Copergás, detalha planos e ações para tornar o gás natural um indutor do desenvolvimento, em especial no interior, como nos Polos Gesseiro e de Confecções. Também ressalta a importância do GN na transição energética e alerta que o País necessita investir em fontes diversificadas Há pouco mais de um mês, a Copergás anunciou que vai investir R$ 986 milhões até 2029, isso significa 65% a mais que o patamar previsto anteriormente, de R$ 596 milhões. Também planeja até 2025 levar o GN para o Polo Gesseiro na região do Araripe, num investimento inicial de R$ 6 milhões, e faz estudos para também beneficiar o Polo de Confecções do Agreste. Seus planos preveem ainda a implantação do gás natural veicular no transporte público em Pernambuco, que já está em fase de testes, além de um projeto-piloto para um novo caminhão movido a GNV. Além disso, a partir de setembro, a Copergás passa a ofertar gás natural 100% renovável, o biometano, por meio da interligação, no Ecoparque da Muribeca, do supridor Orizon. À frente desse arrojado planejamento da empresa está Felipe Valença que, há menos de um ano, assumiu a presidência. Para obter esse investimento de quase R$ 1 bilhão, ele mostrou a Commit Gás e a Mitsui Gás – sócios da Copergás juntamente com o Governo de Pernambuco – a vantagem de reduzir a distribuição dos dividendos a 25% para permitir que os 75% restantes fossem reinvestidos. Nesta conversa com Cláudia Santos, Felipe Valença ressalta a urgência de ampliar a infraestrutura do gás natural como forma de induzir o desenvolvimento no Estado. Também salienta a importância dessa fonte energética como transição para uma matriz sustentável e para a própria segurança nacional. A Copergás divulgou que, na sua gestão, pretende estimular o desenvolvimento econômico de microrregiões do Estado ou segmentos econômicos com foco principalmente na indústria. Como isso tem sido executado? Nesse novo ciclo, em que buscamos alavancas de crescimento, percebemos que a Copergás deveria estar mais conectada como indutor de desenvolvimento do Estado e temos uma grande oportunidade no interior. Enxergamos que existe uma série de polos industriais em Pernambuco que ainda não são abastecidos pelo gás, entre eles, o Polo do Araripe que foi mencionado pela maioria das lideranças que ouvimos durante a revisão do nosso planejamento estratégico. Hoje temos uma malha de gás que margeia a BR-232, vai pelo litoral até chegar a Belo Jardim. Mas há outras regiões em que precisamos atuar como, por exemplo, a área têxtil de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. É uma região que representa em torno de 20% do jeans do Brasil e, assim como o Polo do Araripe, não tem infraestrutura de gás. A boa notícia é que conseguimos aumentar o investimento da Copergás nos próximos seis anos em 65%. Isso representa quase R$ 1 bilhão. No ano passado, com a revisão do planejamento estratégico, conseguimos a confiança dos sócios para reinvestir o resultado da empresa no Estado de Pernambuco. Até então, tínhamos uma política de distribuição de 100% dos dividendos, ou seja, sobrava menos dinheiro para investir. Hoje a política de dividendos é de 25%, que é o mínimo de uma S/A. Boa parte desse recurso é para o interior, então setores, como o Polo Têxtil, serão contemplados. É um projeto de expansão que vai sair de Caruaru para o polo do Agreste. Mas isso não é para este ano porque os estudos só começam a partir do ano que vem. Levar essa solução para as indústrias impulsiona o desenvolvimento porque traz economia para empresas como o Lafepe que acabou de virar nosso cliente e tem a expectativa de economizar R$ 1,2 milhões por ano. Além de ajudar na economia, o uso do gás natural faz com que as empresas possam participar ativamente na agenda de transição energética. Há muitas indústrias que ainda queimam óleo ou madeira, como o caso do Araripe. Isso arrasa a mata nativa e cria desertos. O gás natural é muito menos poluente, oferece uma economia de pelo menos 25% de CO2. Então é realmente sustentável. Como tem sido a receptividade das empresas do gesso ao gás natural? Muito positiva. Já temos cerca de 18 cartas de intenção de empresários locais manifestando interesse. De fato, existe uma demanda. Nosso cronograma está bem definido. Nunca um presidente da Copergás esteve lá e nós já estivemos várias vezes, sempre em companhia de diversos órgãos e lideranças estaduais, pois é um assunto de interesse de todos. Na última vez, estivemos com a governadora do Estado, que anunciou a desoneração do ICMS para o Polo Gesseiro. Isso gerou confiança do empresariado local. Temos lá um projeto-piloto que começa em abril, em que um empresário está fazendo investimento e nós estamos atuando para colocar o gás em teste e, em seguida, montar a infraestrutura pra valer. Nossa previsão é que as obras sejam iniciadas até o final do ano e que, a partir do primeiro semestre de 2025, iniciaremos o fornecimento. A Copergás anunciou que também vai intensificar o acesso em localidades que já contam com rede de gás. Ainda é baixo o número de conversões em locais que já contam com a oferta de GN? Para se ter uma ideia, no ano passado, quando começamos a fazer a revisão do planejamento estratégico, identificamos que só existem nove clientes da Copergás em Caruaru e a empresa está há 15 anos lá. Queremos universalizar o consumo. Existem outras cidades que, como Caruaru, contam com uma malha de gás para uso de uma indústria ou posto de gasolina, mas não atende o pequeno e médio comércio, por exemplo. Como está o projeto em relação ao consumidor residencial? O programa Morar Bem vai entregar as casas populares com gás natural? O gás residencial no Brasil é muito elitizado. Hoje, em Pernambuco, há apenas 90 mil usuários, é um leque muito pequeno. Para ampliar esse número, fizemos uma parceria com a Secretaria de Habitação para inserir gás natural em empreendimentos do programa Morar Bem. A preferência é instalar o gás

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Lula afirma compromisso com a conclusão da Transnordestina

O presidente Luís Inácio Lula da Silva esteve presente nas obras da Transnordestina na última sexta-feira (5), em Iguatu (CE), onde reforçou o compromisso com o avanço do projeto ferroviário. Acompanhado pelo diretor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, Lula destacou a importância estratégica da obra para a região. Além do compromisso com a trecho cearense, o Governo Federal também garantiu investimentos para a linha que conecta Salgueiro ao Complexo de Suape. No âmbito do Novo PAC, está previsto um aporte de R$ 450 milhões para estudos e projetos relacionados a o empreendimento férreo em Pernambuco. Durante sua visita, Lula conferiu de perto o progresso das obras no lote 3 da ferrovia, situado a 365 quilômetros de Fortaleza (CE), onde estão sendo finalizados os trabalhos de superestrutura, essenciais para a montagem da linha férrea que conectará os estados do Piauí e do Ceará. O presidente assegurou que não haverá falta de recursos para o empreendimento, enfatizando sua relevância não apenas para a geração de empregos e redução dos custos de transporte, mas também para a diversificação dos modais de transporte no país. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, ressaltou a colaboração entre as instituições federais para impulsionar a Transnordestina, considerada a maior obra de infraestrutura ferroviária do Brasil. Ele confirmou o contínuo apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), administrado pela Sudene, ao projeto. Com mais de 1.200 quilômetros de extensão e atravessando 53 municípios nos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, a Transnordestina facilitará o escoamento da produção e contribuirá para a redução dos custos logísticos na região. A ferrovia será fundamental para o transporte de minérios, fertilizantes, grãos e combustíveis.

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Recife registra o maior aumento do custo da cesta básica em março

Em março, o custo da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores elevações foram registradas no Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%). Já as reduções mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (-2,47%), Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%). Custo das cestas A cesta mais cara do país foi encontrada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava, em  média, R$ 813,26. Em seguida, figuram as cestas do Rio de Janeiro (R$ 812,25), Florianópolis (R$ 791,21) e Porto Alegre (R$ 777,43). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram anotados em Aracaju (R$ 555,22), João Pessoa (R$ 583,23) e Recife (R$ 592,19). Salário mínimo ideal Com base no valor da cesta mais cara do país - a de São Paulo – e, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.832,20 em março, valor 4,84 vezes superior ao do salário mínimo atual de R$ 1.412,00.

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