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Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,3% neste ano

(Da Agência Brasil) O Banco Central (BC) elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 1,9% para 2,3%, segundo o relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27). No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 0.8%, ritmo considerado “robusto e superior ao esperado” pelo BC. O banco avaliou ainda que as enchentes no Rio Grande do Sul terão um impacto menor na atividade econômica do que o esperado. Segundo o relatório, no cenário doméstico, a atividade econômica e o mercado de trabalho se mostraram aquecidos, o que contribuiu para a queda no desemprego e aumento nos salários. “Esses fatores justificaram revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024, de 1,9% para 2,3%. As enchentes no Rio Grande do Sul causaram expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação”, disse o BC. Cenário externo Em relação ao cenário externo, a instituição avalia que ambiente se mantém adverso e segue exigindo cautela por parte dos países emergentes. O relatório aponta que permanecem elevadas as incertezas sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade na queda da inflação de forma sustentada em diversos países. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, diz o relatório. Inflação Para o BC, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4%, em 2024. A previsão anterior era de inflação em 3,5% O relatório diz que, apesar de ter havido um recuo na inflação, aumentou a expectativa de desancoragem. No acumulado de 12 meses, o IPCA apresentou um recuo de 4,5% em fevereiro para 3,9% em maio. A inflação também registra queda, quando se observam seus núcleos e quando se considera a métrica trimestral. “Contudo, o recuo da inflação no último trimestre foi menor do que o projetado no cenário de referência apresentado no Relatório anterior (surpresa de +0,14 p.p.), destacando‑se alta mais intensa dos alimentos. Em meio a aumento de incertezas nos cenários doméstico e externo, as expectativas de inflação para 2025 e 2026, que já se encontravam acima da meta de inflação para o período, aumentaram de 3,5% para 3,8% e 3,6%, respectivamente, segundo a mediana apurada pela pesquisa Focus”, diz o documento. Para o BC, as projeções indicam aumento da inflação no segundo trimestre de 2024, mas com retomada da trajetória de declínio, permanecendo, porém, acima do centro da meta, que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres, depois de terminado 2023 em 4,6%, com projeção de queda para 4,0%, em 2024, 3,4%, em 2025, e 3,2% em 2026, diante da meta de 3%. O BC destaca, contudo que, em relação ao relatório anterior, a projeção de inflação para 2024 e 2025 aumentou. A elevação para 2024 atingiu 0,5 p.p. e para 2025 alcançou 0,2 p.p. “Para o horizonte relevante, o aumento resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado. Contribuíram ainda o aumento das expectativas de inflação, a depreciação cambial, a inércia do aumento da projeção de curto prazo e a utilização de taxa de juros neutra maior. Por outro lado, o aumento da taxa de juros real foi fundamental para evitar um aumento mais significativo na projeção”, aponta o documento.

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Pernambuco registra 4 mil novos empregos gerados em maio

Pernambuco registrou um saldo positivo de empregos no último mês de maio, com a criação de 3.992 novos postos de trabalho formal, um aumento de 760% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 464 novos empregos. Este resultado eleva para 8.810 o número total de empregos gerados nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quinta-feira (27). Além disso, o salário médio real de admissão em maio foi de R$ 1.889,96, um aumento de 4,35% em relação a abril e 9,11% em comparação ao mesmo mês do ano passado, colocando a média salarial do estado acima da média do Nordeste. A secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, Amanda Aires, ressaltou o aumento da empregabilidade feminina no Estado, especialmente no setor de serviços. Dos novos postos de trabalho gerados em 2024, 11.546 foram ocupados por mulheres. No entanto, o setor da agropecuária registrou um saldo negativo de -725 postos, principalmente devido ao cultivo da uva e do melão. A maioria dos grandes setores produtivos apresentou saldo positivo, com destaque para serviços, comércio, construção civil e indústria.

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CMN define centro da meta contínua de inflação em 3%

(Da Agência Brasil) Horas após a edição do decreto que instituiu um novo sistema de metas de inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O colegiado reuniu-se nesta quarta-feira (26) e precisava regulamentar o indicador, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025. O CMN também definiu que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será usado para medir a inflação. "O Banco Central do Brasil efetivará as necessárias modificações em seus regulamentos e normas, visando à execução do contido nesta resolução", diz o texto. Com a fixação da meta contínua, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Apenas caso queira mudar a meta, o Conselho Monetário se reunira e publicará os novos limites de inflação, que só entrará em vigor depois de 36 meses (três anos). Formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, o CMN reúne-se todos os meses. Para 2024, continua em vigor a regra antiga, que estabeleceu meta de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto, os mesmos valores da meta contínua.

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Como a ideologização, a coletivização e a monetização estão formatando as "tribos-bolhas"

*Por Bruno Queiroz Ferreira Tenho discutido aqui na coluna da Algomais inteligência artificial, transição energética, crise climática, envelhecimento da população e intergeracionalidade como fatores que vão impactar o futuro das pessoas, das empresas e dos governos. No artigo desta edição, trago um novo fator que precisa ser observado e analisado com a mesma importância dos demais: a consolidação das tribo-bolhas. A primeira causa desse novo estilo de vida é a ideologização. Se o comportamento ideológico estava associado historicamente às religiões e, mais recentemente, à disputa eleitoral, o que se vê agora é o espalhamento para vários segmentos da sociedade. Podemos dizer, inclusive, ser uma tendência em processo de consolidação, que deve ser incorporada ao estilo de vida daqui para frente. O debate ideológico se ampliou da moral religiosa e do posicionamento político para as questões de gênero (binários X não binários), de raça (brancos X pretos), geográficas (nordestinos X sulistas), econômicas (socialismo X neoliberalismo), de regimes de governo (democracia X autocracia) e, até mesmo, científicas (pró-vacinas X antivacinas). Não basta mais casar, ter filhos, emprego, pagar boletos e fazer um churrasco no final de semana, é preciso ter uma opinião sobre quase tudo, como diria Raul Seixas. Se antes era possível viver ao largo disso, atualmente há uma “pressão” para que a ideologia seja expressa e se torne uma bandeira de vida. Não apenas nas rodas de amigos, mas também no trabalho, na família, na vizinhança e em outros grupos sociais. O mais grave é que a ideologização leva a uma lógica binária (se não está do meu lado, está contra mim) que segrega as pessoas e impede o convívio com as diferenças. Na prática, é o “nós contra eles” permanente: das expressões artísticas às manifestações públicas, diferentemente do ato de torcer por um time, por exemplo, que separava as pessoas apenas no momento do jogo. A segunda causa é a coletivização. Potencializada pela ideologização, pelo amplo alcance e alta velocidade de disseminação das redes sociais, grande parte dos temas subiram de patamar e se tornaram coletivos. Uma guerra no Leste da Europa ou no Oriente Médio, por exemplo, é de todos nós agora. Não basta ser Lula ou Bolsonaro, também temos que escolher um lado entre ucranianos e russos, palestinos ou judeus e, até mesmo, entre Biden e Trump, mesmo que isso não afete nossas vidas, na prática. Além disso, a coletivização está diminuindo o espaço de expressão individual. Estigmatizado pelo maniqueísmo e pela simplificação, o comportamento coletivo acaba se sobressaindo em relação ao ser humano. Portanto, se você é homem, logo você é machista. Se você é mulher, logo você é feminazi. Se você é preto, logo você é ladrão. Se você é branco, logo você é opressor. Conviver com as contradições está ficando mais difícil a partir da ótica da ideologização e da coletivização das causas. O contraditório está perdendo espaço. A terceira causa é a monetização. A começar pela carona pega na ideologização e na coletivização, marcas se associam às causas criando produtos específicos para explorar mercados cada vez mais segmentados e desconectados com o todo. O que poderia ser, em um primeiro momento, perda de consumidores de ideologia contrária, na verdade, se configura em aumento de vendas e fidelidade de consumidores de ideologia a favor. Isso reforça ainda mais o comportamento das tribos-bolhas. A monetização avançou também para a exploração da “pessoa”. Se antes apenas o produto resultante da agricultura, das fábricas e dos serviços eram comercializados, o indivíduo é o grande produto agora. Por outro lado, o estilo de vida ou a opinião não é mais baseada nas próprias convicções. Elas estão a serviço da construção de notoriedade, para vender palestras, cursos, treinamentos, livros etc., mesmo que não se tenha autoridade no assunto. Do lado institucional, isso também vale para as causas. A ideologização, a coletivização e a monetização estão nos levando, no final das contas, à radicalização e ao separatismo, como no passado remoto das tribos, que viviam isoladas, voltadas para suas próprias questões. Infladas pelas redes sociais, as tribos-bolhas promovem uma visão distorcida de uma realidade mais complexa. As tribo-bolhas limitam o debate amplo – desconsideram a diversidade e a inclusão – e se tornam um grande meio de propagação de intolerâncias e preconceitos.

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Inadimplência recua em Pernambuco, segundo pesquisa da Fecomércio-PE

A inadimplência em Pernambuco voltou a recuar, atingindo o menor valor em 21 meses. Apesar disso, o estado ainda conta com 425.477 pessoas endividadas, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE). Em maio, o número de endividados permaneceu em 81%, semelhante à média nacional de 78,8%. Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, 19,4% declararam que não conseguirão pagar suas dívidas no próximo mês. A pesquisa da Fecomércio-PE revelou que 29,1% das dívidas estão em atraso, o que representa 153.133 inadimplentes. O recuo da inadimplência é positivo, pois incentiva a quitação de dívidas e libera crédito aos consumidores. O principal tipo de endividamento é o de cartão de crédito, que atinge 93,6% dos endividados, devido à facilidade de acesso e ampla aceitação para compras de maior valor. Apesar do recuo, o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, destaca alguns pontos de alerta do cenário econômico. “A estabilidade no número de endividados em Pernambuco em maio esconde um dado alarmante: 29,1% das dívidas estão em atraso, refletindo uma alta inadimplência. Com o desemprego em alta, conforme revelado pelo IBGE, é possível existirem reflexos danosos no índice de inadimplência. Muitos consumidores evitarão contrair novas dívidas, mas a incapacidade de pagar as já existentes persiste”.

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Grupo JB comemora 60 anos e as expectativas do mercado

O Grupo JB, que está completando 60 anos, encerra a safra 2023/2024 com a produção de 70 mil metros cúbicos de etanol e 75 mil toneladas de açúcar a granel. Nesse mix, se destaca o álcool, carro-chefe da companhia, e que tende a ganhar uma importância ainda maior no negócio, segundo a diretora executiva Carolina Beltrão.  Bioenergia Ela avalia que a descarbonização da economia global abre grandes oportunidades para as indústrias de biocombustíveis, como a JB, que atende ao mercado interno e exporta para América, Europa e África. No Nordeste, por exemplo, estão duas montadoras que vão fabricar carros híbridos a álcool já a partir deste ano: Stellantis e BYD. Também na região, estão previstos investimentos bilionários na produção de hidrogênio verde, com a possibilidade, em estudos, de uso do etanol como matéria-prima para a industrialização do H2V.  Diversidade na produção Na área de energia limpa, além de biocombustíveis, a JB atua na geração de eletricidade por meio de biomassa de cana. A eletricidade é destinada à operação de suas unidades industriais e à venda no mercado livre. Já no segmento de gases industriais, a corporação detém 12% do mercado brasileiro de CO² puro grau alimentício, por meio da Carbogás. Essa operação, a partir do reaproveitamento do dióxido de carbono dos seus processos fabris, gera uma receita importante para o grupo e reduz as emissões diretas da companhia na atmosfera, reforçando sua agenda ESG.

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Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,96% para 3,98% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,8% para 3,85%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos. A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância. Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Em reunião na semana passada, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,08% para 2,09%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.

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Copom interrompe cortes e mantém juros básicos em 10,5% ao ano

A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o Banco Central (BC) interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros . A manutenção ocorre após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas. Na última reunião, em maio, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa tinha sido cortada em 0,25 ponto percentual. Diferentemente da última reunião, que teve um placar dividido, a decisão ocorreu por unanimidade. Em comunicado, o Copom justificou que decidiu interromper o ciclo de queda dos juros por causa do cenário global incerto e porque a alta da inflação doméstica e as expectativas “desancoradas” exigem maior cautela. “Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado. A inflação cheia ao consumidor tem apresentado trajetória de desinflação, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, destacou o texto. Segundo o Copom, a conjuntura atual está marcada por uma desinflação mais lenta que o esperado, um cenário global desafiador e a desancoragem das expectativas de inflação pelo mercado financeiro. A situação atual, destacou o comunicado, “demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”. A taxa está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida. Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, subiu para 0,46%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos puxaram o indicador após as enchentes no Rio Grande do Sul. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,93% em 12 meses, cada vez mais distante do centro da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%. A estimativa, no entanto, foi divulgada antes da alta do dólar e das enchentes no Rio Grande do Sul. O próximo relatório será divulgado no fim de junho. As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,96%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,8%. Crédito mais barato A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2024. O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,08% do PIB em 2024. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Governo federal anuncia R$ 1,6 bilhão para o setor audiovisual

(Da Agência Brasil) O governo federal vai investir R$ 1,6 bilhão no setor audiovisual, com foco na produção de filmes e séries nacionais. O anúncio foi feito hoje (19) em evento no Rio de Janeiro que celebrou o Dia Nacional do Cinema. A data é uma referência às primeiras imagens cinematográficas registradas no país, em 19 de junho de 1898, pelo cineasta Afonso Segreto. Na cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a cota de tela em cinema. A Lei 14.814/2024 foi sancionada em janeiro deste ano e determina que salas de cinema devem exibir uma cota comercial de obras cinematográficas brasileiras até 31 de dezembro de 2033. Segundo o governo, o objetivo é promover a valorização do cinema nacional. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) terá a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento da lei, com a exibição dos filmes de forma proporcional durante o ano. Lula aproveitou o evento para pedir a regulamentação do setor de streaming, discussão que está no Congresso e prevê taxação de plataformas digitais. E para cobrar a valorização das produções audiovisuais brasileiras. “Eu acho que a gente tem condições de fazer uma regulamentação para que esse país seja livre, soberano, dono do seu nariz, da sua arte e do seu futuro”, disse Lula. “Um país que não tem cultura, que não investe nela, o povo não é povo, é massa de manobra. Porque a cultura politiza e refresca a cabeça das pessoas. Por isso que acreditamos muito na cultura e investimos nela”. Durante a cerimônia, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou uma linha de crédito direcionada especialmente para a indústria audiovisual: o BNDES FSA Audiovisual. Ela foi desenvolvida em conjunto com o Ministério da Cultura e a Ancine. O orçamento inicial é de R$ 400 milhões, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. O público-alvo são empresas de controle nacional e o intuito é aprovar projetos com valor mínimo de R$ 10 milhões em custo financeiro básico. Projetos de menor porte terão apoio por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Mercadante disse que o objetivo principal é investir nos principais gargalos de produção e exibição: infraestrutura audiovisual, inovação e acessibilidade. “Vamos levantar o cinema brasileiro. Garantir tela para quem produz a alma e a história do povo brasileiro”, disse Mercadante.

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Municípios querem criar entidade representativa no Brics

(Da Agência Brasil) Municípios dos países que fazem parte do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estão se articulando para criar uma associação representativa no bloco. Um dos objetivos do novo grupo é facilitar a obtenção de financiamento conjunto do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Eduardo Tadeu Pereira, no próximo dia 21, na cidade de Kazan, na Rússia, deverá ser oficializado um documento para a fundação da Associação de Municípios dos Brics. Uma comissão de prefeitos da ABM irá ao encontro. “A ideia é que a gente possa trocar experiências de como os municípios resolveram alguns problemas e poder buscar financiamento conjuntamente. No caso do Brics, a gente acha que é importante que os municípios tenham acesso ao banco que é um novo mecanismo de financiamento internacional”, disse, nesta segunda-feira (17), na capital paulista, em entrevista durante o primeiro encontro do Urban20 (U20), grupo que concentra cidades do G20 formado pelas principais economias do mundo e co-presidido pelos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo.  Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB, até o início de 2023, tinha cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estavam investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.   No mês passado, o Novo Banco de Desenvolvimento – que atualmente é presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff, destinou US$ 1,115 bilhão, ou cerca de R$ 5,750 bilhões, para o Rio Grande do Sul. Dificuldade de Financiamentos Em discurso no U20, o coordenador-geral do Brasil no G20, o diplomata Felipe Hees, ressaltou que os financiamentos para projetos sociais no mundo, principalmente aos de combate à fome, são muito reduzidos. “É um número que é impressionante. O volume de recursos que são destinados ao financiamento é de só 2%, que realmente beneficiam políticas públicas que visam atacar esses problemas”. Ele lembrou que o aumento dos financiamentos internacionais para combater a fome é um dos pilares da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, tema que é prioridade da presidência brasileira do G20. “Não é mais um fundo de recursos que os países doadores têm que colocar. O objetivo da Aliança Global é identificar todas as possíveis fontes de financiamento que podem ser mobilizadas para beneficiar políticas públicas destinadas a atacar o problema. Existem organismos internacionais com sua carteira de fundos variados. Nesse caso, uma das maneiras de você financiar políticas públicas é procurar assegurar que essas carteiras desses organismos internacionais tenham um determinado percentual fixo, assegurado, desses recursos todos, 5% para serem destinados a políticas sociais”, disse.

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