Z_Destaque_economia2 - Página: 39 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Com vagas sobrando, especialista dá dicas de como migrar para a área de TI

Empresas precisam estar dispostas a abraçar os candidatos e colaboradores que passam por esse processo de migração de carreira Salários competitivos e o aumento da demanda no setor de Tecnologia da Informação estão atraindo interesse não só de quem está desempregado, mas também de quem pensa em mudar de carreira para uma mais promissora. De acordo com pesquisa da Land, empresa de recrutamento, 78% dos colaboradores de outras áreas das empresas gostariam de migrar para TI. A área, segundo pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), demandará cerca de 420 mil profissionais até 2024. “A transição de carreira nada mais é do que o movimento que uma pessoa faz em sua profissão, mudando sua área de atuação, seja por insatisfação com seu trabalho, por ausência de oportunidade no mercado, falta de perspectiva de crescimento ou fatores diversos. Os motivos que podem levar um indivíduo a buscar uma nova carreira ou área de atuação são muitos e bastantes individuais”, destaca a gestora de Pessoas da Procenge, Cíntia Fonseca. Para Cintia, outro fator que também têm influenciado essa migração de área é que os profissionais de tecnologia já perceberam que cursos mais objetivos, que aliam às competências técnicas e comportamentais exigidas no dia a dia pelas empresas, somados à experiência prática realizando projetos reais para grandes corporações, são mais que suficientes para entrar na área. “O diferencial do setor de TI é que devido ao déficit de profissionais no mercado e a necessidade de inclusão, escolas de tecnologia oferecem alguns cursos com diversos certificados dentro de uma única formação”, diz a gerente da área de Pessoas. O que fazer - Para quem quer fazer a transição de carreira para o setor de TI, Cíntia aconselha que o ideal seja não sair por aí buscando vagas sem saber nada da área desejada. “Partir de cara para uma pós-graduação pode ser desafiador. O aconselhável é começar com cursos fundamentais”, afirma, acrescentando que estudar o mercado, pensar nas estratégias que o farão migrar de maneira segura, fazer networking, estar disposto a tentar novos horizontes e abraçar novas oportunidades dentro daquilo que se espera para o novo contexto são pontos positivos. Para que o profissional de Recursos Humanos entenda seu momento profissional, Cintia Fonseca diz que é indispensável que o candidato deixe claro que está em transição de carreira. “Mesmo que ainda não tenha experiência na área, adicione as experiências que mais podem agregar valor e contribuir para o novo cargo, fazendo o link entre as carreiras. Surpreenda o recrutador ao mostrar que entende o perfil da vaga, sabe o que a empresa está buscando e entende como suas soft skills podem colaborar para a função”, detalha a gestora. Apoio A gestora de Pessoas salienta que também é importante que as empresas estejam dispostas a abraçar os candidatos e colaboradores que passam por esse processo de transição, orientando-os e dando oportunidades para o desenvolvimento dessas pessoas. Segundo Cíntia, as empresas precisam estar dispostas a apoiar os colaboradores em seus propósitos e processos de desenvolvimento profissional. “Capacitar e acreditar no time é a forma de troca genuína e retenção de talentos. Alinhar essas expectativas de forma honesta e transparente desde o primeiro contato é fundamental para não gerar frustrações. Assim, menores são as chances de ter um profissional insatisfeito e, por consequência, improdutivo”, salienta. Amanda Suamy, engenheira de software formada inicialmente em Ciência Contábeis, sempre teve curiosidade em saber mais sobre os sistemas auxiliares de suas atividades. Desde o início da graduação em ciências contábeis, ela teve a oportunidade de atuar na área utilizando ERP (Enterprise Resource Planning) e a forma de integração de um sistema de gestão sempre despertou sua curiosidade. Iniciando na Procenge como estagiária da controladoria, Amanda pode ver de perto como um ERP é construído, emergindo ainda mais em sua busca por entender esse produto. “Em 2019, ingressei na Procenge no setor de controladoria. Fazer parte de uma organização que desenvolve o seu próprio sistema de gestão fez com que eu tivesse outra perspectiva, então comecei a perceber como as coisas funcionavam nos bastidores”, conta. Durante a pandemia, assim como muitas outras pessoas, Amanda abraçou sua paixão pela tecnologia e buscou se aperfeiçoar na área de desenvolvimento de produto, em busca da transição de carreira: “Nesse período tive certeza de que queria atuar no desenvolvimento do produto e comecei a investir na área. Não foi fácil conciliar a área contábil com o estudo na área de desenvolvimento, mas valeu a pena cada minuto que dediquei”, reconhece. Enxergando a oportunidade de migração interna, Amanda não perdeu tempo em apostar nessa e, desde então, atua no time de desenvolvimento de software da Procenge, agradecendo a oportunidade que a empresa deu para que pudesse realizar a mudança “Em 2021, eu conquistei essa migração de área internamente. Agradeço a empresa por ter apostado em mim e me dado a oportunidade”, finaliza.

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Governo vai propor nova política de preços para a Petrobras

(Da Agência Brasil) O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (5) que a União, principal acionista e controladora da Petrobras, vai propor uma nova política de preços para a companhia com o objetivo de ajudar "a combater perdas e solavancos inflacionários". "Vamos tratar isso com todo rigor, cuidado e sensibilidade social", afirmou Silveira a jornalistas, no Palácio do Planalto, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, a ideia é que uma nova política de preços comece a ser discutida assim que tomarem posse todos os integrantes dos conselhos que dirigem a companhia, o que está previsto para o fim deste mês. "O que eu disse é que, na assembleia geral, que será feita dia 27, com o novo conselho definido, tanto o Conselho de Administração quanto o Conselho Fiscal, o governo federal, como acionista majoritário, e como controlador da Petrobras, vai, sim, discutir qual será a melhor política de preços, para a Petrobras cumprir sua função social, que está na Constituição, está na Lei das Estatais", afirmou. Mais cedo, em nota, a Petrobras reafirmou o compromisso com a “prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional”,  evitando o repasse imediato de volatilidades externas, provocadas por agentes conjunturais, bem como de oscilações da taxa de câmbio. A nota foi uma resposta indireta às declarações do ministro em entrevistas. Opep Alexandre Silveira defendeu um papel maior da Petrobras para evitar a alta volatilidade dos preços internacionais de combustíveis, e citou a recente decisão dos maiores produtores mundiais de petróleo, reunidos em torno da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). "Nós não podemos [aceitar], por exemplo, que o cartel da Opep possa influenciar e esmagar o poder de compra dos brasileiros. E, portanto, o governo do presidente Lula vai ter uma linha muito clara, nós somos acionistas majoritários, respeitaremos a governança da empresa, sua natureza jurídica, mas seremos vigorosos na defesa dos interesses do povo brasileiro", afirmou. No início da semana, a Opep anunciou corte na produção de cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, após o preço do produto cair para a faixa de US$ 70. A medida vai vigorar de maio até o fim do ano e deve elevar o preço do barril. Derivados O ministro também defendeu investimentos no parque de refino do petróleo no país para ampliar autossuficiência em derivados, especialmente gasolina e óleo diesel. De acordo com Silveira, atualmente, o Brasil importa 13% da gasolina e 25% do diesel consumidos no mercado interno. "Ou seja, teremos que nos tornar autossustentáveis na gasolina e, no médio prazo, na questão do diesel", afirmou, em uma referência à necessidade de buscar independência das oscilações internacionais de preços. Silveira acrescentou que, para o governo federal, os custos de produção da Petrobras, que são balizados em real, não podem ser calculados em dólar, como a política de preços atual da empresa. "A Petrobras produz em real e não pode ter seu custo calculado em dólar. Isso não faz sentido no nosso governo", disse.

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8 em cada 10 famílias pernambucanas estavam endividadas em março

(Da Fecomércio-PE) De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela CNC em março de 2023, 83,6% das famílias pernambucanas tiveram o orçamento comprometido com dívidas. Segundo a Fecomércio Pernambuco, em números absolutos, 436.551 famílias estavam endividadas no estado, uma queda de 0,41% em comparação com o mês de fevereiro de 2023 e avanço de 1,24% em relação a março do ano passado. A PEIC/CNC considera que o endividamento das famílias se refere a contas ou despesas contraídas com cartão de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóveis e prestações de carros e seguros. Na pesquisa, as estimativas também diferenciam dois grupos de renda: famílias cuja renda é de até 10 salários-mínimos e famílias com renda superior a esse patamar.  Gráfico 1: Endividamento em Pernambuco. Fonte: PEIC/CNC, elaboração: Fecomércio-PE. Entre as famílias que recebem até 10 salários-mínimos, o índice de endividamento foi de 84%. Já entre as famílias que ganham acima desse valor, 79,1% estavam comprometidas com dívidas. A PEIC estima que 64,5% das famílias pernambucanas com até 10 salários-mínimos comprometeram entre 11% e 50% da renda com dívidas, situação em que se encontravam 58,6% das famílias do grupo de renda mais elevada. Considerando o recorte de renda de até 10 salários-mínimos, 92,1% das famílias possuíam dívidas com cartão de crédito, enquanto 27,9% das famílias com carnês e 6,8% das famílias com cheque especial. Entre as famílias com renda acima de 10 salários-mínimos, as principais dívidas foram com o cartão de crédito (96,6% das famílias), financiamento de carro (21,3%) e carnês (21,8%). Cartão de crédito, Carnês e Financiamentos de carro são os principais tipos de dívidas. Tabela 1: Principais tipos de dívidas. Tipo de dívida Até 10 sm Mais de 10 sm Cartão de Crédito 92,1% 96,6% Carnês 27,9% 21,8% Financiamento de carro 3,2% 21,3% Cheque especial 6,8% 2,9% Fonte: PEIC/CNC, elaboração: Fecomércio-PE. A PEIC/CNC define, ainda, que a potencial inadimplência é a expectativa dos devedores de não pagarem suas dívidas no mês subsequente ao levantamento. Já o atraso no pagamento (inadimplência) é o ato de não cumprir, efetivamente, os compromissos feitos com o endividamento. Quando a inadimplência ocorre, é comum observar uma desaceleração no consumo, o que afeta principalmente pequenas empresas do setor de comércio e serviços. Essas empresas enfrentam dificuldades financeiras adicionais, pois o risco das empresas que concedem crédito pré-aprovados aumenta, o que pode levar a um aumento nas taxas de juros. Além disso, dificuldades no fluxo de caixa e redução na produção também estão associados a inadimplência. Essa falta de capital de giro pode levar a dificuldades financeiras para as pequenas empresas, especialmente em relação ao fluxo de caixa e compromissos com fornecedores. As pequenas empresas podem não conseguir pagar suas contas em dia, o que pode resultar em atrasos em entregas, perda de credibilidade e, eventualmente, perda de clientes. Ainda, a burocratização da concessão de crédito pode dificultar ainda mais o acesso das pequenas empresas ao capital de giro necessário para manter suas atividades. As instituições financeiras podem exigir uma série de documentos e garantias, o que pode ser especialmente desafiador para empresas com recursos financeiros limitados e menor capacidade de cumprir essas exigências. Em Pernambuco, 41,4% das famílias com até 10 salários-mínimos possuem dívida em atraso, enquanto apenas 8% das famílias acima dessa faixa possuem dívida atrasada. Dentre as famílias com atraso, 52,6% das famílias na faixa de remuneração mais baixa não terão condições de pagar a dívida no próximo mês, enquanto 21,4% das famílias com mais de 10 salários-mínimos terão condições de pagar suas dívidas parcialmente. Isso implica que a cobrança de juros e multas, além do impacto na pontuação de crédito e nas oportunidades futuras de empréstimo. Em geral, o tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas, em Pernambuco, é de 33 semanas – cerca de 8 meses. 31,5% das famílias com até 10 salários-mínimos estão comprometidas com dívidas entre 3 e 6 meses, enquanto 41,4% das famílias cuja renda supera 10 salários mínimos estão comprometidas com dívidas por mais de 1 ano. O tempo médio de atraso, em Pernambuco, é de 62 dias, enquanto no Brasil, o tempo médio de atraso é de 63 dias. Entre aqueles que recebem até 10 salários-mínimos, 45% têm um tempo de atraso acima de 90 dias. Enquanto a participação das famílias com renda mais elevada, 35,7% têm um tempo de atraso entre 30 e 90 dias. A pressão sobre o orçamento das famílias, associada aos diversos perfis de endividamento, pode aumentar significativamente o montante total da dívida. Isso pode fazer com que as famílias fiquem presas em um ciclo de dívida, lutando para pagar os juros em constante aumento enquanto tentam reduzir o principal. Essa pressão pode levar a cortes de gastos em outras áreas, atrasos no pagamento de contas e necessidade de buscar empréstimos adicionais para cobrir as despesas correntes. Além disso, os juros podem tornar ainda mais difícil para as famílias saírem da dívida e recuperarem a estabilidade financeira O tempo de atraso médio em Pernambuco é de 64 dias. Gráfico 2: Tempo de atraso das famílias totais.  Fonte: PEIC/CNC, elaboração: Fecomércio-PE. Os dados da PEIC em março indicaram que as famílias de menor renda relativa são as mais afetadas por dívidas. Embora o nível de endividamento tenha recuado levemente no terceiro mês do ano, esse ainda é um cenário que demanda atenção. As obrigações do cartão de crédito ainda são as preferidas dos endividados mesmo com a taxa de juros mais alta, com uma média de 411,5% ao ano na modalidade rotativo (14,5% ao mês), de acordo com o Banco Central. Os dados do Caged de fevereiro podem ser relacionados com a pesquisa da CNC, apontando para uma recuperação no poder de compra dos consumidores, em função do aumento na quantidade de empregos formais no estado, principalmente no setor de serviços. Essa tendência sugere uma possível redução nos níveis de endividamento no futuro – ou, ao menos, no patamar de endividamento e inadimplência. Por isso, além de estimular a sustentação da retomada do

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Sicredi está entre as empresas com melhor reputação no Brasil  

O Sicredi foi reconhecido, pela primeira vez, pelo monitor empresarial de reputação corporativa Merco Empresas, divulgado neste mês de março. A nona edição do ranking listou a instituição financeira cooperativa em 9º lugar na categoria “Serviços Financeiros”. A pesquisa do Monitor Empresarial de Reputação Corporativa contemplou mais de 5 mil entrevistas com membros da alta direção de empresas, população geral, analistas financeiros de todo o Brasil. Em Pernambuco, no ano de 2022, a Sicredi Recife alcançou a marca de ativos totais de R$759,5 milhões e R$ 87 milhões em patrimônio líquido, além de mais de 18 mil associados. "Esse resultado é fruto de um modelo de gestão focado no crescimento por meio do desenvolvimento sustentável e investimento na busca de soluções e inovações para melhor atendimento", afirmou Floriano Quintas, presidente da Sicredi Recife. Antes desse reconhecimento pela Merco Empresas, o Sicredi também constou na 9ª posição do ranking Merco Responsabilidade ESG – setor “Serviços Financeiros”, em 2020. 

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O arcabouço fiscal e as expectativas do mercado e da sociedade

*Por Luiz José de França A suspensão da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comitiva à China, em função da inesperada pneumonia do inquilino do Palácio do Planalto, acelerou, como esperado, a divulgação da proposta do novo “arcabouço fiscal” para a economia do País. Deixando de viajar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acertou em definitivo o teor da proposta com o presidente Lula e acelerou seu programa de visita aos chefes dos poderes legislativos e demais autoridades, que deveriam ter acesso ao seu conteúdo antes que a sociedade viesse a tomar conhecimento do seu teor – o que ocorreu , em entrevista coletiva, na última quinta-feira pela manhã. Na verdade, foram divulgadas as linhas gerais e intenções da proposta, pois o conjunto ainda precisará ser detalhado, transcrito no linguajar legal para ser enviado ao Congresso neste mês de abril, onde será debatido, analisado e aprovado em partes ou não. Em linhas gerais, a proposta aponta para: Meta geral Zerar o déficit público da União no próximo ano; superávit de 0,5% do PIB em 2025; superávit de 1% do PIB em 2026. Objetivos importantes Preservar gastos considerados prioritários em saúde, educação e segurança; Aumentar investimentos públicos e impulsionar o crescimento econômico; Controle da dívida pública e da inflação. Pontos diversos 1. Investimentos: Haverá um piso para os aportes em investimentos. Será de R$ 75 bilhões mais a inflação do ano. 2. Trava para gastos: As despesas do governo deverão crescer abaixo da expansão das receitas. Os gastos só poderão subir o equivalente a até 70% da variação da receita. A receita será apurada entre junho e primeiro de julho, já que o Orçamento é enviado em agosto. Em 2024, por exemplo, a receita considerada será entre julho de 2022 e junho de 2023. 3. Gastos: Haverá uma banda para o crescimento real das despesas, independente do comportamento da arrecadação. As despesas sempre crescerão entre 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação. O objetivo é criar um mecanismo anticíclico. Ou seja, em momentos de economia mais fraca, o gasto seria maior. E em momentos de alta, isso não vira gasto. 4. Educação e saúde: Investimentos em educação, especificamente no Fundeb, ficarão de fora do limite para gastos, porque já preveem vinculação constitucional. Os gastos com o novo piso de enfermagem também serão excluídos da trava nos gastos. 5. Resultado primário: As contas públicas terão a meta de voltarem ao azul em 2025. A previsão, para este ano, 2023, é de um déficit primário (receitas menos despesas, descontando o pagamento de juros da dívida púbica) de 0,5% do PIB. Em 2024, este déficit ficaria zerado. E, em 2025, haveria um superávit de 0,5% do PIB. 6. Bandas: Essas metas de resultado primário seriam cumpridas dentro de bandas, com um intervalo de 0,25% para mais e para menos. Para este ano, a margem é de um déficit entre 0,25% do PIB e 0,75% do PIB. 7. Margem para investir: Se as contas públicas tiverem um resultado superior ao previsto na meta, este excedente será direcionado a investimentos. 8. Trava: Se, por outro lado, o resultado primário das contas públicas ficar abaixo da meta, o governo é obrigado a reduzir as despesas para no máximo 50% da expansão da receita no ano seguinte. As reações à proposta do arcabouço, exibidas pela imprensa, foram variadas, desde as que a consideram válida e factível até as que a rotulam como não crível. Ao fim e ao cabo, a simpatia pela proposta foi maior do que a crítica. Até o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que insiste em manter a atual taxa de juros nos elevados 13,75%, que são um entrave ao projeto econômico de crescimento atual do governo, destacou, diplomaticamente, o que chamou de “esforços do ministro Fernando Haddad”. A questão central já posta por diversos economistas e estudiosos do fenômeno fiscal está na qualidade do gasto e na forma como se darão os cumprimentos da meta estabelecida no superávit. E, como no médio prazo, estes novos fundamentos serão encarados. Como uma regra de ouro ou como uma política cíclica que poderá ser modificada? Isso porque o gasto público é volátil e constante e - por opção do legislador constituinte de 1988 vinculados a receitas da União, dos Estados e dos Municípios. E, portanto, as suas premissas (do gasto vinculado a receita) devem ser perenes. E aí entra em discussão a falta de projeto que norteia as ações imediatas deste governo e de todos os outros que o antecederam desde Fernando Henrique Cardoso. A Sociedade brasileira neste tema e em outros não menos urgentes aguarda definições. Não há mais tempo a perder. *Luiz José de França é advogado

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Fecomércio-PE: Pernambuco deve faturar R$ 49 milhões com a Páscoa

(Da Fecomércio-PE) Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC), há uma expectativa de crescimento de 2,8% no volume de vendas do varejo na Páscoa de 2023. A sexta data comemorativa mais importante do ano para o comércio brasileiro será celebrada à luz de uma queda na inflação dos chocolates (-0,11%) e de um avanço nos níveis de preços do bacalhau (+3,7%), no comparativo com o mês janeiro de 2023. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco – Fecomércio PE, espera-se que o volume de vendas em Pernambuco atinja R$49 milhões, segundo o recorte local dos dados coletados pela CNC Quando relacionados ao ano passado, os preços dos itens alimentícios à base de cacau apresentaram um acréscimo de 15,8% para os chocolates em barra e 10,7% para chocolates em pó, e um aumento de 13,7% para o bacalhau. Esses percentuais foram verificados na cidade de Recife (PE). Segundo o Cepea (Centro de Estudos de Economia Aplicada), esse comportamento dos preços do bacalhau se deve principalmente às altas nos preços dos ingredientes básicos da ração de peixes, como o farelo de soja e o milho. De acordo com o CEPEA, as fortes altas acumuladas nas três primeiras semanas de fevereiro elevaram significativamente os preços. Os principais países de origem do Bacalhau são Portugal, Noruega e China. A taxa de câmbio às vésperas das festividades encontra-se no patamar de R$5,15/US$, com uma variação de -1,9% em comparação a março do ano passado. A flutuação da taxa de câmbio nos últimos 12 meses demonstrou uma valorização do Real. Contudo, além do câmbio, a influência do frete marítimo e outros custos de logísticas afetam o preço final do bacalhau. Tabela 1: IPCA, variação 12 meses. IPCA - Variação mensal, acumulada no ano, acumulada em 12 meses (%) Brasil Recife/PE Índice geral 5,6 5,42 Bacalhau 13,72 - Chocolate em barra e bombom 11,63 15,88 Chocolate e achocolatado em pó 20,39 10,77 Fonte: IBGE, elaboração: Fecomércio-PE. Enquanto isso, aumento nos níveis de preço do chocolate nos últimos 12 meses se relaciona com a elevação nos preços dos insumos (leite e açúcar) gerados pelo choque de oferta dos fertilizantes devido à guerra na Ucrânia. A diferença entre a inflação do chocolate nos níveis Brasil e Recife se explica porque o cálculo para o Brasil é feito através de uma média ponderada entre as capitais. A importação de itens comuns para a festividade da Páscoa em Pernambuco totalizou nos dois primeiros meses do ano 11.863 kg de chocolate e 57.500 kg de bacalhau, segundo dados do Secex/Ministério da Economia. Foram os dois primeiros meses do ano com maior quantidade importada nos últimos cinco anos para Pernambuco.  Gráfico 1: Importação de bacalhau para Pernambuco, considerando apenas os meses de janeiro e fevereiro. Fonte: SECEX, Ministério da Economia; Elaboração: Fecomércio-PE Os consumidores de Pernambuco esperam uma Páscoa que atenda tanto à celebração religiosa quanto às suas condições financeiras. Com a expectativa de crescimento nas vendas na Páscoa de 2023, o comércio local pode se beneficiar não apenas das vendas de alimentos e bebidas, mas também de embalagens e decorações da festividade, assim como a fabricação caseira de chocolates e ovos de Páscoa, fortalecendo os micros e pequenos empreendedores e agradando consumidores da região que buscam alternativas mais econômicas para presentear.

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Drogaria São Paulo expande rede no Nordeste e a abre 10 lojas em Pernambuco

A Drogaria São Paulo ampliou sua presença no estado e inaugura até o final de junho 10 novas unidades em Pernambuco. As lojas são em Recife, Vitória de Santo Antão, e em Caruaru. A expansão da rede acontece em um período de reposicionamento da marca, que passa a assinar suas comunicações com o mote "Cuidando de você desde sempre".  "Estamos muito entusiasmados em inaugurar novas unidades em Pernambuco, o que irá nos conectar ainda mais na jornada de saúde dos nossos clientes. Vamos oferecer experiências inovadoras, muitas delas desenvolvidas especialmente para os moradores do estado de Pernambuco. Nossa união com a TI Saúde, uma empresa nascida em Recife, nos ajudou a construir essa nova fase, que vai ser um divisor de águas para o varejo farmacêutico pernambucano”, afirma Jonas Laurindvicius, CEO do Grupo DPSP. A loja conceito da marca no Estado foi batizada de Madalena. A unidade dedicou espaços para experimentação de produtos e também conta com painéis de comunicação interativos, totens de autoatendimento e lockers para retirada de compras online.

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Confiança do empresário industrial de Pernambuco cresce em março

(Da Fiepe) Apesar de ter sido um aumento menor que o de fevereiro, a confiança segue positiva O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco cresceu no mês de março. Essa é a segunda vez que ele apresentou elevação este ano, avançando 0,5 ponto percentual e chegando aos 56 pontos. Apesar de ter sido um crescimento menor, se comparado ao de fevereiro, a confiança dos empresários permanece positiva. De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, essa melhora tem a ver também com os efeitos das festividades do Carnaval e da Semana Santa. “No fim do ano passado, havia uma insegurança grande em razão das eleições, o que fez com que o futuro se tornasse um ponto frágil e incerto para os empresários. Agora, depois do aquecimento motivado por essas festas, eles se sentem mais otimistas e veem suas produções se aquecerem”, contou. Com esse resultado, o índice estadual ficou acima da média histórica, que é de 55,78 pontos. Já com relação ao indicador nacional, o ICEI apresentou queda de 0,7 ponto percentual no mês em questão e atingiu 49,9 pontos, voltando ao cenário de desconfiança. Na visão de Andrade, é importante analisar os indicadores das ‘condições atuais’ e o de ‘expectativas’ para entender o motivo da pequena elevação no mês de março. O índice de Condições Atuais, que capta a avaliação dos empresários da indústria sobre a situação corrente dos negócios, apresentou queda na passagem mensal, atingindo 45,6 pontos, ou seja, a confiança do empresário industrial está ainda mais abalada em relação às condições atuais da economia. O que puxou o resultado para cima foi o sentimento deles em relação ao futuro. O índice de Expectativas dos empresários, de maneira geral, é o que eleva a confiança do empresário industrial de Pernambuco, visto que tem permanecido bem acima dos 50 pontos. No mês em questão, o índice de Expectativas subiu 1,5 ponto, passando de 57,3 para 58,8 pontos, ficando ainda mais distante da linha divisória dos 50 pontos, revelando otimismo dos empresários pernambucanos para os próximos seis meses.

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Aumento de receitas é principal desafio do novo arcabouço fiscal

(Da Agência Brasil) Economistas também questionam caráter pró-cíclico das novas regras Anunciada pelo governo como uma ferramenta que estabilizará as contas públicas no médio prazo, o novo arcabouço fiscal tem como principal âncora a limitação do crescimento das despesas a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Embora tenha sido bem recebido por parte do mercado financeiro, o futuro marco fiscal desperta dúvidas em alguns economistas. O principal questionamento, para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, diz respeito ao ganho de arrecadação necessário para que o país saia de um déficit primário – resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública – de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano para um superávit de 1% do PIB em 2026. Outro ponto posto em dúvida é a capacidade de a regra ser anticíclica – com gastos maiores em tempos de recessão e gastos menores em tempos de crescimento – e amortecer impactos de choques econômicos. Diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão consultivo do Senado que faz estudos econômicos, Vilma Pinto manifesta incertezas em relação ao novo arcabouço. Em comentário publicado no blog da revista Conjuntura Econômica, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ela e o analista da IFI Alexandre de Andrade ressaltaram que o texto do projeto de lei ainda precisa ser conhecido. Os dois advertiram que, conforme o apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a geração de superávits primários está condicionada ao crescimento da receita, sem buscar alterar o atual nível de gastos. “Esse tipo de mecanismo pode incentivar a busca por mais receitas não recorrentes [como renegociações de dívidas de contribuintes], que podem melhorar a situação de curto prazo, mas que não garantem, necessariamente, uma trajetória sustentável para o primário e a dívida”, escreveram a diretora e o analista da IFI. Economista e professora de MBA da FGV, Carla Beni elogia o novo arcabouço fiscal e diz que as análises sobre a dependência do marco em relação à geração de receitas são apressadas. “O arcabouço, como carta de intenções, foi bem elaborado. Tem uma característica muito importante, que é a flexibilidade, porque a economia é muito dinâmica. Então, quanto mais flexível, mais longevo passa a ser. E achei audacioso, no sentido de que pretende fazer uma redução muito grande do nosso déficit fiscal”, avalia. A professora, no entanto, reconhece que tal audácia exigirá ações adicionais do governo para estabilizar a dívida pública. A professora cita medidas como a revisão de gastos públicos para definir o que é mais eficiente; a definição de prioridades no futuro Plano Plurianual (PPA), a ser enviado pelo Ministério do Planejamento em agosto; e reformas tributárias que cobrem impostos sobre dividendos e patrimônio, revisem incentivos fiscais e tributem novos setores, como apostas esportivas. Ao apresentar o arcabouço, o ministro Haddad anunciou que o governo pretende anunciar, nesta semana, novas medidas para reforçar a arrecadação em R$ 150 bilhões, sem aumentar alíquotas ou criar impostos. Ciclos econômicos O alinhamento do novo arcabouço aos ciclos econômicos também é objeto de dúvidas. Por estar atrelado à receita, o limite de 70% de crescimento nos gastos federais tem caráter pró-cíclico, com os gastos crescendo quando a arrecadação aumenta e caindo, quando diminui. É um sistema semelhante ao do superávit primário, que vigora desde o fim dos anos 1990. Nesse modelo, embora o governo economize mais quando a economia cresce e poupe menos quando a economia encolhe, o gasto aumenta e diminui no mesmo sentido. Apesar do viés pró-cíclico, a regra introduziu um mecanismo que pode ser considerado anticíclico. O limite de 70% só vale dentro de uma banda em que os gastos reais (acima da inflação) aumentam 0,6% ao ano, em caso de baixo crescimento econômico, e 2,5% ao ano, em caso de expansão significativa do PIB. Para exemplificar, quando a economia cresce 5% em um ano, os gastos não podem crescer 3,5% (equivalente a 70% de 5%), mas sim, 2,5% acima da inflação no ano seguinte. Em momentos de recessão, quando a variação do PIB fica negativa, o gasto não se contrai, continuando a crescer no limite mínimo de 0,6% acima da inflação. Especialista em desigualdade social, o economista e sociólogo Marcelo Medeiros, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Universidade de Brasília (UnB), diz que o novo arcabouço na prática não tem caráter anticíclico. “O ideal é que uma regra fiscal tenha mecanismos para a expansão da rede de proteção social em caso de necessidade, em particular em caso de recessão. Porque o que aconteceu, na última recessão grande, é que o Bolsa Família encolheu, em vez de expandir, justamente porque estava preso por uma regra pró-cíclica. Investimentos Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o economista Eduardo Costa Pinto critica a capacidade do novo arcabouço fiscal destravar os investimentos, mesmo com as novas regras estabelecendo um piso. “Quais seriam os motores para puxar a economia nesse momento de desaceleração, como o PIB já mostrou? Ou o gasto do governo, ou o investimento público? É evidente que a nova regra é melhor do que o teto dos gastos, dá um grau de flexibilidade, mas não acho que teremos uma força, uma tração, para que a regra permita ampliação dos gastos e do investimento público para puxar a economia brasileira”, diz. Para Vilma Pinto e Alexandre de Andrade, da IFI, o limite mínimo de investimento em torno de R$ 75 bilhões, que serão corrigidos pela inflação ano a ano, tornarão o Orçamento ainda mais inflexível, fazendo com que o governo tenha de cortar em outras áreas, inclusive gastos obrigatórios. “Em que pese a boa intenção de se preservarem os investimentos, a regra aumenta ainda mais o grau de rigidez orçamentária da União”, escreveram os dois no blog da FGV. Respostas Ao explicar o novo arcabouço fiscal na última quinta-feira (30), o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que uma eventual diminuição da receita poderá adiar a estabilização da dívida pública. No entanto, ressaltou o secretário, os gastos continuarão a crescer menos que a receita

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Grupo Referencial abre 200 vagas de empregos na RMR

O Grupo Referencial, através da Referencial Desenvolvimento Energético (RDE) anunciou a abertura de 200 vagas de emprego no Recife. As oportunidades são para eletricistas, engenheiros, técnicos e pessoal de back office (administrativo e financeiro). Os currículos devem ser enviados para trabalhecom@gruporeferencial.com. Outras oportunidades Com projeto de expandir sua atuação para além da energia, a empresa planeja ainda dobrar o número de funcionários em 18 meses. Atualmente o grupo conta com 500 profissionais. Com essa ampliação, profissionais de outras áreas podem enviar o currículo para o Banco de Talentos do Grupo Referencial. Entre os novos “braços” do Grupo Referencial, nascido em Serra Talhada, em Pernambuco, está a Referencial Desenvolvimento Imobiliário (RDI) – que entrega, no próximo mês, o seu primeiro empreendimento, o En Avance Espinheiro. Os horizontes imobiliários do grupo também incluem investimentos de construção em áreas do seu banco de terrenos (Landbank) e em galpões voltados para o e-commerce, como o que vem sendo construído às margens da BR-232, visando a última etapa de entrega dos grandes players do mercado de varejo. " O Grupo Referencial está investindo R$ 35 milhões na construção de um CD às margens da BR-232 para atender a demanda dos grandes players do varejo brasileiro em Pernambuco", afirma Eugênio Marinho, fundador do Grupo Referencial.

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